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1 CAPACITAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR Raimundo Gabino dos Santos Rosângela M. Inocêncio-Rodrigues RESUMO O objetivo desta pesquisa foi verificar o processo de capacitação dos gestores de 15 (quinze) escolas estaduais de educação básica na cidade de Campo Mourão/Pr, analisar a visão de cada gestor a respeito das dificuldades encontradas na administração escolar, bem como das necessidades de capacitação para o bom desempenho de sua função. Os dados foram obtidos mediante questionários estruturados aplicados aos diretores e diretores auxiliares destas escolas, bem como análise de documentos constante no Núcleo Regional de Educação e sites da Secretaria de Estado da Educação - SEED. O tratamento dos dados foi efetuado por meio de tabulação simples das respostas apresentadas. Os dados revelam que nos últimos anos, os diretores escolares participaram de poucos cursos e/ou treinamentos inerentes ao processo de gestão e, demonstram ainda, um desconhecimento dos meios de divulgação das ações governamentais para a capacitação destes gestores. Palavras-chave: capacitação; gestão; educação. 1 INTRODUÇÃO As escolas Públicas Estaduais Paranaenses podem ser administradas por professores habilitados em qualquer disciplina de formação acadêmica, desde que esses profissionais da educação preencham aos pré-requisitos legais determinados na Lei nº 14231 de 26/11/2003, bem como na Resolução nº 2487/2005, que orienta e define os critérios de participação e escolha, mediante consulta à comunidade escolar, para designação de Diretores e Diretores auxiliares da Rede Estadual da Educação Básica do Paraná. De acordo com a legislação vigente esta consulta ocorre periodicamente, sendo que os professores interessados ao cargo de Diretor Escolar, submetem-se a um processo de pleito eletivo, colocando seus nomes à apreciação da comunidade escolar. Pais, alunos maiores de 16 anos, funcionários e professores votam, para eleger aquele profissional da educação que irá direcionar as políticas educacionais daquela comunidade escolar por um período de três anos. Ao fazer suas escolhas esta comunidade busca obter uma gestão eficaz e que apresente resultados que atinjam as necessidades apresentadas pela sociedade. Gestão por resultados e eficaz é um tema contemporâneo de interesse do Estado, dos Sindicatos e de todo cidadão,

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CAPACITAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR

Raimundo Gabino dos Santos Rosângela M. Inocêncio-Rodrigues

RESUMO

O objetivo desta pesquisa foi verificar o processo de capacitação dos gestores de 15 (quinze) escolas estaduais de educação básica na cidade de Campo Mourão/Pr, analisar a visão de cada gestor a respeito das dificuldades encontradas na administração escolar, bem como das necessidades de capacitação para o bom desempenho de sua função. Os dados foram obtidos mediante questionários estruturados aplicados aos diretores e diretores auxiliares destas escolas, bem como análise de documentos constante no Núcleo Regional de Educação e sites da Secretaria de Estado da Educação - SEED. O tratamento dos dados foi efetuado por meio de tabulação simples das respostas apresentadas. Os dados revelam que nos últimos anos, os diretores escolares participaram de poucos cursos e/ou treinamentos inerentes ao processo de gestão e, demonstram ainda, um desconhecimento dos meios de divulgação das ações governamentais para a capacitação destes gestores.

Palavras-chave: capacitação; gestão; educação.

1 INTRODUÇÃO

As escolas Públicas Estaduais Paranaenses podem ser administradas por professores

habilitados em qualquer disciplina de formação acadêmica, desde que esses profissionais da

educação preencham aos pré-requisitos legais determinados na Lei nº 14231 de 26/11/2003,

bem como na Resolução nº 2487/2005, que orienta e define os critérios de participação e

escolha, mediante consulta à comunidade escolar, para designação de Diretores e Diretores

auxiliares da Rede Estadual da Educação Básica do Paraná.

De acordo com a legislação vigente esta consulta ocorre periodicamente, sendo que os

professores interessados ao cargo de Diretor Escolar, submetem-se a um processo de pleito

eletivo, colocando seus nomes à apreciação da comunidade escolar. Pais, alunos maiores de 16

anos, funcionários e professores votam, para eleger aquele profissional da educação que irá

direcionar as políticas educacionais daquela comunidade escolar por um período de três anos.

Ao fazer suas escolhas esta comunidade busca obter uma gestão eficaz e que apresente

resultados que atinjam as necessidades apresentadas pela sociedade. Gestão por resultados e

eficaz é um tema contemporâneo de interesse do Estado, dos Sindicatos e de todo cidadão,

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principalmente, do conjunto de educadores paranaense. Então, por que esta tão sonhada

eficácia pública não acontece de fato, a começar pelo trabalho de gestão desenvolvido no

interior de nossas escolas? Quais as principais dificuldades encontradas pelos gestores neste

processo?

Não são poucas as reclamações que, constantemente são realizadas por parte de Diretores e

também por parte dos representantes dos segmentos organizados da escola: APMF –

Associação de Pais Mestres e Funcionários, Grêmios Estudantis e Conselhos Escolares quanto

as dificuldades encontradas na gestão das escolas públicas principalmente nas decisões que

lhes são necessárias tomar em conjunto.

Portanto, a idéia central deste trabalho é, por meio da pesquisa realizada em escolas da rede

pública estadual, analisar o processo de capacitação dos gestores, a visão de cada um a

respeito das dificuldades encontradas na administração escolar, bem como das necessidades de

capacitação para o bom desempenho de sua função.

A relevância teórica deste estudo se dá, uma vez que, busca contribuir para o entendimento da

importância da capacitação dos gestores para a dinâmica das organizações educacionais, assim

como, observa-se a necessidade de maiores pesquisas sobre gestão educacional, pois foram

realizados poucos estudos sobre a abordagem da ação dos gestores e a necessidade de

capacitação no sentido de melhorar o desempenho e o alcance dos resultados desejados.

Para atingir os objetivos do estudo, este texto está desenvolvido em seis partes. A primeira

parte foi destinada à abordagem do tema e objetivo necessário para direcionar o estudo e suas

limitações, bem como sua utilidade e possível contribuição teórica. Na segunda parte,

apresenta-se uma contextualização teórica sobre o assunto em análise e, na parte seguinte, a

metodologia utilizada, apresentando a delimitação da pesquisa, definindo a população e a

amostra, bem como as fontes, formas de coleta e o tratamento dos dados.

Na quarta parte para tornar a análise mais compreensiva, num primeiro momento, faz-se um

histórico da cidade de Campo Mourão e considerações sobre a estrutura dos colégios

participantes da amostra. A partir disto, na quinta parte, inicia-se a apresentação e análise dos

dados. O sexto tópico demonstra as considerações referentes ao processo de capacitação e

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necessidades apresentadas pelos diretores e diretores auxiliares, bem como as sugestões para

desenvolvimento de pesquisas futuras na área.

2 BASE TEÓRICA

A partir da década de 80, o conceito de administração escolar passou a ter novo significado na

educação brasileira. O enfoque passa a ser determinado pelas múltiplas competências dos

gestores, objetivando a identidade de uma educação de qualidade baseada na transparência,

organização e articulação entre necessidades materiais e humanas que avance no processo

sócio-educacional.

É necessário, portanto, uma reflexão sobre as características próprias, funções e formas de

atuação dos gestores, implicando em uma nova dimensão e reestruturação do próprio sistema

educacional, principalmente, naqueles em que o processo de gestão se dá por meio de um

pleito eletivo que envolve a comunidade escolar.

A parceria governo-comunidade começa a ter relevância, uma vez que a sociedade passa a

desempenhar uma participação efetiva no processo das decisões. Desta forma, o hábito de

monitorar os resultados e avaliar o sistema, exige que ocorra o desenvolvimento de estratégias

participativas.

Surge assim, a gestão democrática e significativa na concepção do Estado decorrida a partir da

década de 90 e, no Paraná, desenvolvida concretamente a partir de 2003, inclusive, sob a

perspectiva da concepção pedagógica histórica crítica.

Mediante mudanças de sentido, e a concepção da educação, de escola e da relação escola

sociedade, a administração escolar passa a perceber a necessidade de ampliação de sua

compreensão, exigindo que os gestores garantam e gerenciem operações estabelecidas por

órgãos centrais de modo responsável. Repassando informações, controlando, supervisionando

e dirigindo as ações de acordo com as propostas do sistema de ensino acordadas com os

interesses da comunidade.

O gestor dessa dinâmica deve ser um mobilizador e articulador da diversidade cultural

existente, buscando dar uma identidade à escola, capaz de resolver conflitos, contradições e

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incertezas, construindo oportunidades de crescimento e transformação nas relações de poder,

de práticas e organização da escola.

2.1 GESTÃO DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO

A proposta diferenciada de gestão e a luta pela construção de uma nova escola com

participação popular e comprometida com a qualidade do ensino são bastante significativas

nesse momento histórico. Esta preocupação pode ser observada em várias ações dos governos

estaduais e federais. O prêmio Inovação em Gestão Educacional instituído pelo Governo

Federal em 2006 é um exemplo destas ações.

A portaria no. 2, de 17 de maio de 2006 institui o prêmio no âmbito do Programa de Apoio aos

Dirigentes Municipais de Educação – PRADIME, com a seguinte finalidade:

incentivar o desenvolvimento de experiências inovadoras em gestão educacional nos municípios brasileiros, que contribuam para o alcance dos objetivos e metas do Plano Nacional de Educação - PNE, em especial, a melhoria da qualidade do ensino, o aumento do nível de escolaridade da população, a democratização da gestão da educação pública e a superação das desigualdades sociais e regionais no que tange ao acesso, permanência e sucesso do aluno na escola (REGULAMENTO - PRÊMIO INOVAÇÃO EM GESTÃO EDUCACIONAL, Art. 1º, p.3)

Observa-se, claramente, no projeto do Ministério da Educação a busca de uma gestão, além de

democrática, que leve a melhoria da qualidade do ensino e o alcance dos resultados do Plano

Nacional de Educação.

A LDB – Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 (BRASIL, 1996), por sua vez, contempla e

assegura às unidades escolares públicas de educação básica, idéias progressistas com graus de

autonomia pedagógica, administrativas e de gestão financeira, observadas nas normas do

Direito Financeiro Público.

A gestão democrática é um processo de aprendizado e de luta que vislumbra nas especificidades da prática social e em sua relativa autonomia, desenvolvendo a possibilidade da criação de meios para a efetiva participação de toda a comunidade escolar na gestão da escola. (DOURADO, 1998, p.79).

Segundo Borguetti (2000, p.115 apud SANTOS, 2008), é “por meio da gestão democrática

que os indivíduos avançam na conquista da cidadania, pois à medida que tomam decisões em

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conjunto, percebem e vivenciam seus direitos e deveres, aprendendo a respeitar limites e a

conviver com idéias divergentes”.

No entanto, observa Paro (2004), atualmente o diretor, enquanto responsável pela escola, tem

que prestar contas de todos os seus atos diante do Estado, e por isso teme que a situação fuja

ao seu controle e que ele venha a responder por medidas ou atitudes tomadas por outros.

Talvez esta seja uma explicação da centralização da maioria das ações de gestão na figura do

diretor.

O Estado do Paraná, por exemplo, em relação à Escola Pública, posicionando à gestão como a

função que reflete a defesa dos direitos de participação da comunidade (pais, alunos,

funcionários, entre outros,...) requer, por processo democrático e eletivo, a participação

coletiva na definição das políticas educacionais, garantindo a autonomia da escola de modo

organizado, onde interesses individuais não devem se sobrepor aos interesses coletivos.

Observa-se, entretanto, que o uso da expressão “Gestão”, na educação é bastante recente. E,

não surgiu na intenção de substituir a palavra “Administração”. Portanto, não há aqui um

sinônimo ou modismo. Mas, uma alteração de conceito que propicia mudanças de

comportamento e interpretação.

No passado, os Diretores Escolares eram tidos como um administrador que mantinha todas as

informações e decisões em suas mãos. Hoje, a essência da missão e o perfil do gestor escolar é

a criação, valorização e edificação de um cenário de encorajamento, para que todos os

envolvidos no processo educativo sintam a liberdade, o prazer e o desejo de protagonizar sua

obra pedagógica educacional.

A principal tarefa do Gestor é a criação de um ambiente propício ao compartilhamento de

idéias e ações envolvendo sempre o maior número de colabores possíveis. Para se obter esse

comportamento, o gestor precisa saber lidar com todos os segmentos, de tal forma que o

ambiente na escola seja o mais harmonioso e flexível possível, pleno de confiança. Um

ambiente, portanto em que os atores, e aqui, principalmente os professores tenham segurança

para fazer de sua prática didático-pedagógica uma constante experimentação.

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Reconhece-se a importância de uma escola bem equipada e aparelhada em consonância com o

momento evolutivo que se vive, no entanto nada é mais importante que o processo e as ações

necessárias para que esta estrutura seja colocada em funcionamento da forma mais eficiente e

eficaz possível. E é este o papel daqueles que assumem de forma democrática, a direção das

escolas.

2.2 CAPACITAÇÃO DE GESTORES EDUCACIONAIS

Entre as várias tarefas desempenhadas pelos gestores do atual sistema educacional, uma delas

é a de capacitar os diretores das escolas. Segundo Machado (2000a), diante de um contexto

onde o enfoque está no resultado e não no processo cada vez mais o diretor precisa ter

competência e ser capacitado especificamente para esta função.

Os diretores das escolas precisam adquirir conhecimento técnico para administrar seus

recursos humanos, materiais e financeiros, sendo capazes de utilizar ferramentas de

planejamento e administração que lhe possibilitem uma eficaz gestão de todos os recursos

disponíveis.

A cada dia os gestores do sistema mostram-se preocupados com a qualidade administrativa e

educacional dos diretores das escolas estaduais, uma vez que não se pode esperar o uso da

relação ensaio e erro. Os diretores precisam estar capacitados para resolver conflitos,

desenvolver trabalhos em equipe, monitorar resultados, planejar e coordenar as tarefas. De

acordo com Lück (2000, p.29), “a responsabilidade educacional exige profissionalismo”. A

afirmação da autora é decorrente de uma mudança cultural ocorrida pela mudança da forma de

gestão, ou seja, mais flexível e com foco nos resultados.

Entretanto, a preocupação com a melhoria da gestão ainda não tem levado á mudanças

significativas nas escolas. Segundo as pesquisas do SAEB - Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Básica, os pequenos diferenciais nos resultados podem ser explicados, mais pela

relação com a titulação elevada dos diretores, do que pela sua participação em cursos de

treinamento. De acordo com Machado (2000b), esta identificação põe em discussão a

“pertinência e adequação dos treinamentos realizados, que, em muitos casos, não estão

atendendo as reais necessidades daqueles que tem acesso aos mesmos”.

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Embora se encontrem algumas experiências bem-sucedidas nesse campo, Machado (2000b)

afirma que, “na maioria dos casos, as ofertas existentes continuam vinculadas ao padrão

tradicional de capacitação (...)”. Segunda a autora, a Inglaterra possui um programa bastante

estruturado de capacitação de diretores e candidatos ao cargo. Após a realização de um

diagnóstico é realizado um mapeamento das necessidades e o próprio candidato elabora seu

plano de desenvolvimento profissional propondo metas de melhoria de seu desempenho. O

programa contempla as seguintes categorias: (a) qualificação profissional para os candidatos a

diretor, (b) liderança para os diretores, (c) liderança e gerenciamento para os iniciantes com

até 2 (dois) anos (MACHADO, 2000b).

Seja no Brasil ou na Inglaterra, estas experiências buscam o desenvolvimento de competências

profissionais que estejam voltadas aos objetivos institucionais e às práticas dos gestores na

resolução de problemas e alcance dos resultados.

2.2.1 Capacitação de Gestores no Estado do Paraná

Os atuais desafios e as mudanças constantes da sociedade exigem que os diretores das escolas

assumam o papel de gestores, tornando-se um articulador dos anseios da escola e da

comunidade, integrando os vários grupos da sociedade e atendendo as “novas exigências

educacionais apresentando perspectivas para melhoria da escola” (DIAS, 2006, p.16)

Como comentado anteriormente, há uma preocupação das lideranças federais, estaduais e

municipais em desenvolver uma nova postura na gestão da educação. Para tanto, Dias (2006),

afirma ser preciso desenvolver novas práticas que levem a uma visão mais horizontal, uma

“socialização que passa sem dúvida pela organização e pelas responsabilidades que estão

postas para sua gestão” (p.98).

A construção dessa prática perpassa por um amplo investimento em ações que busquem a

formação de um profissional de “planejamento e gestão capaz de conciliar a capacidade

técnica e o conhecimento, com a capacidade pessoal (...) de convencimento de outros setores a

respeito do valor e da importância de educação no contexto social” (GARCIA, 2001 apud

DIAS, 2006, p.107). Desta forma, o processo de capacitação e de educação continuada deve

abordar temas que levem o gestor a perceber que a maneira como ele conduz a escola favorece

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tanto o relacionamento entre os atores, quanto o desenvolvimento de uma proposta pedagógica

adequada.

Entretanto, estas ações estão apenas iniciando no âmbito federal, estadual e municipal. No

estado do Paraná, a rede pública de ensino, segundo a coordenação de educação continuada da

Secretaria de Educação do Estado – SEED, tem um amplo programa de formação continuada,

tanto presencial, quanto a distância, oferecida por meio de cursos, simpósios, seminários,

grupos de estudos, produção científica, pedagógica e acadêmica (FORMAÇÃO..., on-line,

2008).

Além destas iniciativas, em abril de 2004 a Secretaria de Estado da Educação cria a

Coordenação de Capacitação dos Profissionais da Educação - CCPE, responsável pelo

Programa de Capacitação dos Profissionais da Educação. Esta coordenação tem como

atribuição estabelecer normas para a realização de eventos de Capacitação dos Profissionais da

Educação da Rede Pública Estadual de Ensino (PARANÁ, 2006).

Ainda em 2004, o Governo do Estado do Paraná criou a Escola de Governo tendo como

atribuição promover a formação e o desenvolvimento de pessoas e de processos, visando

melhorar o conhecimento, as competências e as habilidades dos servidores públicos (ESCOLA

DE GOVERNO, on-line, 2007).

De acordo com a apresentação da Escola (ESCOLA DE GOVERNO, on-line, 2007), a mesma

tem como princípios:

- o SABER: pautado em conhecimento, aprender a aprender, aprender continuamente,

transmitir e compartilhar conhecimento;

- o SABER-FAZER: é a aplicação do conhecimento adquirido, em visão global e sistêmica;

trabalho em equipe; liderança; motivação; comunicação e gestão de conflitos;

- o SABER-FAZER-ACONTECER: busca a atitude empreendedora, inovação, agente de

mudança e foco em resultados.

A confiança depositada pela comunidade escolar nos diretores através do voto, em alguns

casos parece dar-lhes a sensação de competência, observada muitas vezes, pelo desinteresse

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pessoal na busca pelo aperfeiçoamento técnico, tão importante para exercer o cargo com

eficácia e eficiência.

As ações de capacitação do estado do Paraná, de acordo com os objetivos dos programas

oferecidos (PARANÁ, on-line, 2008), buscam uma perspectiva pedagógica progressista,

delineando diretrizes gerais para a função de direção, com base na compreensão da

organização pedagógica da escola, nas relações democráticas do processo coletivo de trabalho

e na socialização do conhecimento.

No entanto, mesmo com essa variedade de oportunidades para capacitação, os Diretores

Escolares, usufruíram pouco ou quase nada. De acordo com o sistema de controle de

capacitação da SEED, disponível on-line, no ano de 2007, especificamente para Diretores,

houve apenas um encontro de 08 horas, descentralizado, realizados em cidades pólos e

dirigido por técnicos da Secretaria de Estado da Educação. No ano anterior (2006), foi

ofertada como capacitação, a Jornada Pedagógica, curso de 40 horas, não obrigatório,

amparados nos trabalhos desenvolvidos pela CADEP – (Coordenação de Apoio à Direção e

Equipe Pedagógica). A Jornada Pedagógica aconteceu em etapas de 08 horas não

consecutivas, dirigida por pessoas que compõem a equipe pedagógica do NRE (Núcleo

Regional de Educação). Regionalmente, cada participante da CADEP, tinha o compromisso de

atuar como multiplicador, repassando assim, os textos e experiências vivenciadas nos

encontros estaduais realizados por aquela coordenação.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa adotada neste trabalho é de natureza exploratória, pois tem como objetivo

proporcionar maiores informações sobre o tema, e observar, analisar e interpretar os fatos sem

que haja a manipulação ou interferência do pesquisador. (ANDRADE, 1997). A população e

amostra do presente estudo foi composta pelo grupo de diretores e diretores auxiliares das

escolas estaduais da cidade de Campo Mourão. A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 18

de dezembro de 2007, envolvendo 12 (doze) Diretores e 8 (oito) Diretores auxiliares das 15

(quinze) Escolas Públicas Estaduais em atividade naquela cidade.

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Participaram da pesquisa as seguintes escolas: (1) Colégio Estadual de Campo Mourão; (2)

Colégio Estadual Dom Bosco; (3) Colégio Prefeito Antonio Teodoro de Oliveira; (4) Colégio

Estadual Marechal Rondon; (5) Colégio Estadual Dr. Osvaldo Cruz; (6) Colégio Estadual

Profa. Ivone Soares Castanharo; (7) Colégio Estadual Darcy José da Costa; (8) Colégio

Estadual Unidade Pólo; (9) CEEBEJACAM; (10) Colégio Estadual Jaelson Bíácio; (11)

Colégio Estadual Vinicius de Moraes; (12) Colégio Estadual Novo Horizonte; (13) Colégio

Agrícola Estadual de Campo Mourão; (14) Colégio Estadual Alvorada e; (15) Colégio

Estadual Tancredo de Almeida Neves.

Os dados secundários foram verificados através do PPP - Projeto Político Pedagógico, que

encontram-se no arquivo do NRE - Núcleo Regional de Educação da cidade de Campo

Mourão. Os demais dados foram coletados por meio de questionário (anexo I) composto de 10

questões, na sua maioria de múltipla resposta, aplicado aos atuais Diretores e Diretores

Auxiliares das Escolas Públicas Estaduais. As questões buscavam informações específicas

sobre a função ocupada, os conhecimentos sobre as políticas de capacitação do atual governo,

as principais dificuldades no exercício diário da função e, principalmente, as maiores

dificuldades no processo de gestão e, quais os anseios frente às necessidades de capacitação.

4 CONTEXTUALIZAÇÁO

Para melhor compreensão da pesquisa será apresentado a seguir o histórico da cidade de

Campo Mourão e das escolas participantes da amostra (PPP, 2007), buscando contextualizar o

estudo e demonstrar a relevância das organizações escolares, objeto da análise.

4.1 A CIDADE DE CAMPO MOURÃO

4.1.1.Histórico A região onde se localiza o atual município de Campo Mourão, província paraguaia de Guará

foi a primeira a ser visitada conhecida e explorada, em todo o território da antiga e depois

Quinta Comarca da Capitania de São Paulo.

No governo de D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, Morgado de Mateus, na Capitania

de São Paulo, seu irmão, o Capitão Mor Afonso Botelho de Sampaio e Souza, então figura de

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relevo no governo da Capitania de Paranaguá, determinou a organização da Segunda

expedição aos sertões de Tibagi, confiando o comando da mesma ao capitão paranaense

Estevão Ribeiro Baião, natural de São José dos Pinhais, o qual descobriu os campos que, em

homenagem ao governador geral da capitania, foram denominados por Afonso de Sampaio e

Souza Campos do Mourão, mais tarde simplificado para Campo Mourão.

Em 1903 chegava a Campo Mourão, José Luiz Pereira, Antônio Luiz Pereira, Cesário Manoel

dos Santos e Bento Gonçalves Proença, acompanhados de suas respectivas famílias.

Construíram ali as primeiras casas, dedicando-se à agricultura e à agropecuária.

O município de Campo Mourão está localizado na Região Centro - Oeste do Paraná e foi

emancipado politicamente no dia 10 de outubro de 1947, com a lei Estadual nº 2. Desta forma,

Campo Mourão foi elevado à categoria de Município, com território desmembrado de Pitanga.

A instalação e posse do primeiro Prefeito, Pedro Viriato de Souza, e da Câmara Municipal

ocorreram em 27 de dezembro de 1947. Quase um ano mais tarde, em setembro de 1948, foi

criada a Comarca, cuja instalação deu-se a 28 de janeiro de 1949.

Campo Mourão é uma cidade-pólo da microrregião 12 (composta por 25 municípios), conta

hoje com 83 mil habitantes e está localizada a aproximadamente 470 quilômetros de Curitiba.

Campo Mourão é um dos maiores entroncamentos rodoviários do sul do país. A cidade é rota

obrigatória do Mercosul e passagem turística para Foz do Iguaçu, Paraguai e Argentina. A

maior cooperativa agroindustrial da América Latina, a Coamo, está sediada em Campo

Mourão.

4.2 AS ESCOLAS

A) COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL RONDON: O Colégio Estadual Marechal Rondon

Ensino Fundamental e Médio, situado na área central da cidade de campo Mourão, funciona

em três períodos: com turmas de 5ª à 8ª séries, Ensino Médio, Técnico em Enfermagem (curso

subseqüente), sala de recurso e sala de apoio. Atualmente a escola possui 54 turmas de Ensino

Fundamental e Médio, contando com 1.700 alunos e 75 professores.

Em 1978 foi criado e autorizado a funcionar como Complexo Escolar “Marechal Rondon”,

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que era formado pelas seguintes escolas: Escola “Marechal Rondon”, Escola “Unidade Polo”,

Escola “Vila Urupês” e Escoa “Osvaldo Cruz”. Em 1982, foi reconhecido o curso de 1º Grau

Regular, e conseqüentemente o Estabelecimento de Ensino.

A partir de 1993 a Escola Marechal Rondon teve autorizado o funcionamento do curso de 2º

Grau – Educação Geral. O curso de Educação Geral foi reconhecido em 1996.

B) COLÉGIO ESTADUAL DE CAMPO MOURÃO: Possui, atualmente, 62 turmas de Ensino

Fundamental e Médio, contando com 1.809 alunos e 90 professores. Obteve sua autorização

de funcionamento em 1975 e seu Ato de reconhecimento em 1982. Em 2002 houve o Ato de

Renovação do Curso Ensino Médio e do Ensino Fundamental.

C) COLÉGIO ESTADUAL DOM BOSCO: Foi criado em 1961 com a denominação de Grupo

Escolar Dom Bosco. Em 1975 foi autorizado seu funcionamento com o nome de Escola Dom

Bosco – Ensino de 1º Grau e o reconhecimento do curso veio em 1982.

O nome da escola é uma homenagem ao padre Giovane Melchior Bosco, que revolucionou o

seu tempo com a dedicação que dispensava a educação dos jovens ficando conhecido como

“Dom Bosco”. Em 1983 a SEED – Secretaria de Estado da Educação autorizou o Curso de 2º

grau, tendo sido reconhecido em 1985 denominando-se Colégio Estadual Dom Bosco –

Ensino de 1º e 2º grau. Atualmente a escola possui 28 turmas de Ensino Fundamental e Médio,

contando com 959 alunos.

D) COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO: O Colégio Estadual Unidade Pólo – Ensino

Fundamental e Médio iniciou sua atividade em 1976, sob o nome de Escola Estadual Unidade

Polo – Ensino de 1º Grau, com atuação de 5ª à 8ª séries. A autorização de funcionamento se

deu em 1977 e no ano seguinte integra a escola ao Complexo Escolar “Marechal Rondon”.

O Colégio oferecia até 1982, os cursos de 5ª à 8ª séries e os cursos profissionalizantes de

Técnicas Agrícolas, Técnicas Industriais, Técnico Comercial e Técnicas Caseiras. No ano de

1983 o ensino profissionalizante foi substituído pelo propedêutico. Hoje a escola possui 33

turmas de Ensino Fundamental e Médio, contando com 1056 alunos e 46 professores.

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E) COLÉGIO ESTADUAL PREFEITO ANTONIO TEODORO DE OLIVEIRA: Foi criado

em 1982, oferta atualmente o Ensino Fundamental, Médio Regular e Ensino Médio (Educação

de Jovens e Adultos). Iniciou suas atividades em 1983 em uma área da propriedade de Iran

Roberto Brzezinski. A doação foi feita por Augustinho Vecchi, que era Prefeito de Campo

Mourão, ao Governo do Estado do Paraná, para ser edificado sobre o imóvel um Grupo

Escolar com 6 salas de aula, pela FUNDEPAR.

Contando com 25 turmas de Ensino Fundamental e Médio, 772 alunos e 29 professores, a

escola tem como patrono, Antonio Teodoro de Oliveira que foi um grande líder político da

cidade de Campo Mourão, exercendo a função de Prefeito entre 1959 e 1963.

F) COLÉGIO ESTADUAL PROFª IVONE SOARES CASTANHARO: Colégio Estadual

Profª Ivone Soares Castanharo – Ensino Fundamental e Médio está localizado no Jardim

Tropical que possui um grande contingente populacional. A escola foi autorizada a funcionar

em 1987 e já no ano seguinte, foram matriculadas 17 (dezessete) turmas de ensino

fundamental, numa demonstração da grande necessidade da região de uma Unidade Escolar.

Em 1991 houve o reconhecimento do Curso de 1º Grau, sendo que na oportunidade, como

forma de homenagear uma educadora do município precocemente falecida, o nome do

estabelecimento foi alterado para Escola Estadual Professora Ivone Soares Castanharo. Em

2008 funciona em três turnos com 36 turmas e um total de 1008 alunos 42 professores

G) COLÉGIO ESTADUAL PROF. DARCY JOSÉ COSTA: O colégio foi autorizado a

funcionar com o Ensino Fundamental em 1990, na gestão do governador Álvaro Dias. Já em

2000 foi autorizado o funcionamento do Ensino Médio, período noturno.

Para dirigir a Escola foi indicada, pela chefia do Núcleo Regional de Educação, a professora

Eunice Maria Schuab Costa, por ter sido esta esposa do professor Darcy José Costa. A escola

possui 22 turmas de Ensino Fundamental e Médio, contando com 684 alunos e 30

professores.

H) COLÉGIO ESTADUAL DR. OSVALDO CRUZ: O Colégio Estadual está situado na

região urbana da cidade. Em 1978 houve a criação, autorização e funcionamento do colégio.

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Somente em 1986 houve o reconhecimento do Curso 1º Grau (Regular), integrando o

Complexo Escolar Marechal Rondon. Conta com 25 professores e 565 alunos distribuídos em

20 turmas de Ensino Fundamental e Médio

I) COLÉGIO ESTADUAL VINICIUS DE MORAES: O Colégio Estadual está situado na

região urbana do município de Campo Mourão. Sendo uma escola de periferia, atende a

comunidade de vários Conjuntos Habitacionais. Possui atualmente 16 turmas de Ensino

Fundamental e Médio, contando com 452 alunos e 25 professores.

Foi criado e autorizado a funcionar em 1983, inicialmente com o nome de Escola Estadual do

Conjunto Habitacional Dr. Milton Luiz Pereira para ministrar o ensino de 1º grau por dois

anos e em seguida passou a denominar-se Escola Estadual Vinícius de Moraes – Ensino de 1º

Grau. O reconhecimento do Ensino de 1º Grau foi em 1986.

Em 1993, foi autorizado a funcionar o Ensino de 2º Grau Regular, com o curso de Educação

Geral – Preparação Universal com a denominação de Colégio Estadual Vinícius de Moraes –

Ensino de 1º e 2º Graus. Em 1994, através do Ato Administrativo n.º054/94 foi autorizado o

funcionamento de uma sala de recurso para os alunos inclusos.

J) COLÉGIO ESTADUAL NOVO HORIZONTE – ENSINO MÉDIO: Começou a funcionar

de forma gradativa, a partir da necessidade da comunidade local de uma escola que pudesse

dar continuidade aos estudos de seus filhos após concluírem o Ensino Fundamental. O início

das atividades se deu em 1999, tendo duas turmas da primeira série com um total de 76 alunos

neste período.

No ano 2000 o Colégio passou a ofertar a segunda série com 55 alunos matriculados e na

primeira 51 totalizando 106 alunos. Em 2001 passou a ofertar o ciclo completo do curso, ou

seja, da 1.ª a 3.ª séries do Ensino Médio, com 06 turmas totalizando 153 alunos. Em 2003

houve o Reconhecimento do Curso e do Estabelecimento pela Secretaria Estadual de

Educação entidade mantenedora. Atualmente o Colégio Estadual Novo Horizonte – Ensino

Médio conta com 06 turmas, 12 Professores e 205 Alunos, com funcionamento exclusivo no

período noturno.

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K) COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL DE CAMPO MOURÃO: Colégio Agrícola Estadual

de Campo Mourão – Ensino Médio e Profissional iniciou suas atividades em 1977. Em 1982

recebe o reconhecimento do curso de 2º. grau regular com habilitação em Técnico

Agropecuário. No Paraná ocorreu a cessação, em 1997, das matrículas no ensino técnico,

ofertado no contexto da profissionalização, sendo criado a Agência Paranaense de

Desenvolvimento do Ensino Técnico – PARANATEC para coordenar a educação

profissionalizante na rede estadual.

Com as novas Políticas para a gestão 2003/2006, a responsabilidade de gerenciamento da

Educação Profissional voltou para o Estado. Especificamente, para a SEED - Secretara de

Estado da Educação - Departamento de Educação Profissional, assumindo a execução das

políticas educacionais inerentes à rede Estadual de Educação Profissional.

A partir de 2004 cria-se a educação de Nível Técnico em Agropecuária, mantendo

distintamente o Ensino Médio, passando o estabelecimento a denominar-se Colégio Agrícola

Estadual de Campo Mourão - Ensino Médio e Profissional. O colégio atende uma demanda

regional, na sua maioria filhos de agricultores.

O Colégio trabalha em regime de internato e semi-internato e seu funcionamento está

distribuído em 04 turmas nos períodos integral: manhã e tarde, sendo de Ensino Médio

Profissional com duração de três anos. Há na escola 182 (cento e oitenta e dois) alunos e 16

(dezesseis) professores

L) COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR JAELSON BIÁCIO: Colégio Estadual Professor

Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio localiza-se a 20 quilômetros da cidade de

Campo Mourão. Em 1975, a escola foi criada com o nome de Complexo Escolar Dr. Horácio

Amaral – Ensino de 1º Grau. Em 1979 a escola funcionava no período vespertino com duas

turmas (5ª e 6ª séries) e no noturno com quatro turmas (5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries).

Em 1984 a escola foi reconhecida e em 1987, em homenagem ao Professor Jaelson Biácio, a

escola passa a chamar-se Escola Estadual Professor Jaelson Biácio - EPG. Com a autorização

de funcionamento do 2º grau, em 1993, passa a denominar–se Colégio Estadual Professor

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Jaelson Biácio – EPSG e em 1998 a SEED reconhece o Curso de 2º grau. Com a implantação

do Ensino Médio em 1999, passa a denominar-se: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio –

Ensino Fundamental. São atendidos alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental (1ª à 4ª

série) a cargo do Município, e de (5ª à 8ª séries e Ensino Médio), a cargo do Estado.

M) COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA - ENSINO MÉDIO: Obteve sua autorização de

funcionamento em 1988. No ano de 1989 ofertou duas turmas de 5ª série. Foi reconhecida em

1993 e em novembro de 1994 autorizou o funcionamento do ensino de 2º grau. Em 1995

passou a denominar-se Colégio Estadual Alvorada Ensino de 1º e 2º grau. Atualmente oferece

três turmas de Ensino Médio, com 89 alunos e 10 professores.

N) ESCOLA ESTADUAL TANCREDO DE ALMEIDA NEVES: A Escola Estadual

Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental está localizada na zona rural. Obteve a

autorização de funcionamento em 1984 com a denominação de Escola Estadual Rio da Várzea

– Ensino de 1º Grau.

Em 1985 houve a mudança de nomenclatura passando a denominar-se de Escola Estadual

Tancredo de Almeida Neves – Ensino de 1º Grau. Em 1998 é denominada como Escola

Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental. A Escola Estadual oferta o curso

de Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries), apenas no período matutino e conta hoje com 4

(quatro) turmas, 80 (oitenta) alunos e 8 (oito) professores.

O) CEEBJACAM – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E

ADULTOS DE CAMPO MOURÃO: O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens,

Adultos e Idosos de Campo Mourão é uma entidade que oferece duas modalidades de ensino:

Fundamental Fase I e II e Médio. Com alunos inclusos com Deficiência Auditiva, Visual,

Mental e Física em todas as modalidades ofertadas. O Centro Estadual foi fundado em 1985 e

suas atividades iniciaram em 1996 e Ato de Reconhecimento Nº 2982/01 em 2002.

A comunidade escolar é composta de alunos que não tiveram oportunidade ou, não haviam

despertado para a necessidade de escolarização, devido ao ingresso prematuro no mundo do

trabalho, a evasão ou a repetência escolar. O CEEBJA conta atualmente com 92 (noventa)

servidores entre Professores e Funcionários. A escola possui 56 (cinqüenta e seis) salas de

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aula, distribuída em 56 (cinqüenta e seis) turmas, com 48 (quarenta e oito) professores,

funcionando em três períodos: Matutino, Vespertino e Noturno.

Atualmente, possui 15 (quinze) Postos de Ações Pedagógicas Descentralizadas da EJA

(Educação de Jovens e Adultos) sendo 06 (seis) em escolas no Município de Campo Mourão e

09 (nove), em municípios da Micro-região. Conta com 2.500 (dois mil e quinhentos) alunos,

regularmente matriculados, no Ensino Fundamental e Médio, sendo entre eles,

aproximadamente, 50 (cinqüenta) com necessidades especiais como: Deficiência Visual,

Auditiva, Mental e Física.

A seguir serão analisados os dados coletados junto aos dirigentes das escolas objeto desta

pesquisa.

4 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS

Os Diretores participantes do estudo apresentaram as seguintes características: 60% possuem

idade entre 40 e 49 anos, 20% entre 30 e 39 e 20% entre 50 e 53 anos. No que se refere ao

estado civil, 45% são casados e 45% solteiros, os demais não responderam. Há um predomínio

de especialistas (50%), seguido pela formação em curso superior (45%). Apenas 5% dos

diretores possuem especialização strictu sensu em nível de mestrado (questão 1).

As áreas de formação mais citadas foram Pedagogia e Matemática, seguidas por Geografia,

Letras, Ciências biológicas, Administração, Química, Educação física, Filosofia e Zootecnia.

Observa-se que há uma variedade significativa de áreas de formação, o que demonstra a

necessidade e reflete como indicador da obrigatoriedade de cursos de formação e treinamentos

específicos para o desempenho da função de diretor.

No que se refere à experiência em cargos de gestão (questão 2), verifica-se que não existe

diferença significativa, uma vez que 55% dos entrevistados participam de sua primeira gestão

e 45% já ocuparam o cargo anteriormente.

Quando questionados sobre o fato do Governo do Estado estar investindo em capacitação dos

servidores públicos por meio da Escola de Governo (questão 3), obteve-se um percentual de

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40% que afirmam já possuir esta informação e 40% que ficou sabendo por meio dessa

pesquisa. Os 20% restantes afirmam já ter realizado ou estar participando de cursos oferecidos

por esta escola. A questão evidencia o desconhecimento dos gestores educacionais sobre as

propostas de capacitação apresentada pelo Estado. Muitos ainda confundem Escola de

Governo com um programa de Televisão veiculado através da Rede Educativa nas noites de

terça feira, onde a característica do programa é a apresentação pelo governo à população em

geral, sobre seus projetos e programas de intervenção em todas as áreas de atuação.

Esta constatação é realizada na questão 4 (quatro) do questionário, pois, apenas metade dos

diretores (50%) afirmam já haver participado de cursos de formação na área de gestão e

nenhum deles foi realizado por meio da Escola de Governo. A outra metade (50%), nunca

passou por nenhuma capacitação para a função que hoje exercem. Fato interessante é que, por

meio do detalhamento das questões, verifica-se que nenhum dos diretores realizou qualquer

tipo de capacitação junto à Escola de Governo, levando a acreditar que, na realidade, os

mesmos desconhecem este programa do Estado. Verifica-se ainda que, a capacitação foi

realizada em áreas correlatas, tais como: Pedagogia e Administração Escolar, Gestão com

enfoque em aspectos pedagógicos, Gestão/orientação e supervisão escolar, cursos estes de

Pós-Graduação oferecidos pela Faculdade Ciências e Letras de Campo Mourão.

Observa-se claramente que o processo de mobilização e comunicação dos eventos de

capacitação é falho, demonstrando, a princípio, que as estratégias de divulgação tanto da

existência da Escola de Governo quanto dos seus cursos ofertados não tem alcançado os

objetivos pretendidos.

A questão 5 (cinco) investiga a percepção dos diretores no que se refere ao nível de

qualificação dos gestores atuais para atuação de seus cargos, tomando como referência as

escolas que eles conhecem. Observa-se que os mesmos acreditam que 70% dos diretores da

administração escolar podem ser classificados entre bom e excelente. Logo, para eles a falta de

capacitação não afeta significativamente a qualidade da gestão escolar.

Embora considerando um bom nível na gestão, os diretores afirmam na questão 6 (seis), que

suas principais dificuldades na instituição são: a dificuldade em mediar conflitos; a

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indisciplina dos alunos e a falta de professores. Estes itens apareceram como problemas mais

freqüentes, para mais de 50% dos gestores. Já 40%, apontaram a evasão escolar como maior

problema e identificaram como causas:

- A falta de compromisso de parte considerável dos professores,

- Alto número de atestados médicos – Professores Faltosos

- Rotatividade dos Professores e baixo número de funcionários na Escola

Importante salientar, que apenas 5% dos entrevistados, apontaram o gerenciamento financeiro

como uma das dificuldades encontradas. E também, apenas 10% creditaram como dificuldades

a postura de se apresentar e falar em público e a falta de conhecimento em gestão escolar. No

entanto, é fator relevante o índice de 30%, apresentado como dificuldade na liderança dos

recursos humanos escolar. Esta questão corrobora com o fato das escolas terem seu

gerenciamento financeiro realizado por funcionários do quadro administrativo.

A questão 7 (sete) solicita ao gestor, dentre uma listagem de cursos apresentados, que ele

selecione, segundo sua necessidade e percepção, quais os cursos classificaria como

necessários para melhorar a gestão nas escolas. Desta forma, pela somatória das respostas, os

cursos seguiram a seguinte ordem de classificação:

1º. - Direito Administrativo;

2º. - Ética na Administração Pública;

3º. - Contabilidade Pública para Prestação de Contas;

4º. - Ciência Política;

5º. - Mediação de Conflitos;

6º. - R H – Gestão de Processo de Mudança;

7º. - Tecnologia da Informação;

8º. - Gestão de Documentos;

9º. - Postura Pessoal e Profissional;

10º. – Outros.

Observa-se falta de coerência entre as causas mencionadas na questão 6 (seis) e os cursos de

maior interesse levantados nesta questão. No entanto, o fato dos gestores serem oriundos de

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diferentes formações acadêmicas pode não permitir que haja consenso na escolha do

aperfeiçoamento técnico profissional.

No que se refere ao local de realização dos cursos (questão 8), observa-se, pelos índices

percentuais das respostas que a maioria opta em realizar as capacitações em sua cidade de

origem desde que em local apropriado para a realização dos eventos. No último ano, a escola

de Governo tem oferecido cursos nas cidades do interior, o que vem de encontro a solicitação

dos diretores.

Quanto aos projetos para desenvolvimento da capacitação dos gestores no Estado do Paraná

(questão 9), 55% dos diretores afirmam que deveria ter mais projetos e 20% acham que o

número de capacitação está adequado. Entretanto, reclamam que, muitas vezes, lhes são

apresentados assuntos por pessoas despreparadas e isso acarreta em perda de tempo precioso.

Outro dado importante nesta questão é que 20% dos gestores alegam desconhecimento total de

cursos de capacitação oferecidos pelo Governo de Estado.

Ao final do questionário (questão 10) foi solicitado aos respondentes que apresentassem

sugestões para a melhoria da capacitação da gestão nas escolas públicas. 40% dos

participantes não apresentaram nenhum tipo de sugestão, os demais (50%) sugeriram ações de

integração entre os diretores das escolas visando realizar troca de experiências e outros, em

menor número, solicitaram a realização e divulgação de cursos de capacitação.

Analisando as respostas observa-se mais uma vez que há necessidade de divulgação dos

cursos oferecidos pelo Governo, e mais que isso há necessidade de incentivo à participação

nos mesmos. Outro fato a ser ressaltado é que um grande número de diretores valoriza a troca

de experiência, demonstrando claramente que, para eles a ação prática agrega maiores

conhecimentos do que a participação em cursos e treinamentos que apresentam apenas

embasamento teórico.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A intenção do Estado, da comunidade escolar e também do próprio gestor escolar é poder

contar com uma Escola Pública pautada na excelência em todas as suas modalidades,

administrativas ou pedagógicas. Observa-se que o sistema assegura à escola, a existência de

programas que se propõem a oferecer ferramentas que garantam uma gestão possível de

atender aos anseios da comunidade escolar. No entanto, através da pesquisa realizada, somado

à experiência profissional do pesquisador, observa-se que, embora intencionalmente o Gestor

deseje e almeje uma escola de qualidade, as atividades do cotidiano escolar impedem que os

mesmos busquem os mecanismos necessários para que isso ocorra em sua plenitude.

O baixo conhecimento e, às vezes, o despreparo sobre as questões de gerenciamento faz com

que instintivamente o dirigente escolar aja defensivamente na intenção de se proteger e,

dificulte a criação e o fortalecimento das entidades representativas da comunidade escolar.

Muitas vezes, dedica a maior parte de seu tempo tentando resolver conseqüências dos

problemas, pelo próprio desconhecimento de suas causas. Este fato fica evidente, uma vez

que, as maiores dificuldades citadas pelos gestores estão relacionadas à estrutura das escolas e

à tentativa de mediar os conflitos surgidos, muitas vezes, pela dificuldade de gestão do

processo.

Este trabalho realizado junto aos gestores escolares de Campo Mourão permitiu registrar a

seguinte observação: é preciso, que seja ofertado aos gestores escolares, oportunidades de

aperfeiçoamento profissional, capacitações inerentes ao cargo, com conteúdos apropriados a

desenvolver as competências necessárias para o trato com questões que a função exige.

A pesquisa caracteriza também a ineficiência quanto à oferta e divulgação dos cursos do

Programa de Desenvolvimento de Competência - PDC ofertado pela Escola de Governo. Os

efeitos de um programa de capacitação devidamente aplicado podem ser detectados em vários

níveis: demanda, número de participantes, atitudes, conhecimentos aplicados, reações

positivas dos servidores, mudanças comportamentais etc.

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É possível que a forma de capacitação realizada pela Secretaria de Administração e da

Previdência, por intermédio do centro de formação e desenvolvimento em gestão pública da

Escola de Governo do Paraná, o PDC (Programa de Desenvolvimento de Competências),

tenha atendido com êxito a demanda de RH da capital. Porém, um número significativo de

gestores (40%) ficou sabendo da existência da Escola de Governo, no exato momento em que

foi abordado pelo pesquisador.

Logo, se uma das preocupações do Estado é melhorar o desempenho dos seus servidores,

registra-se aqui, a seguinte sugestão: necessário se faz rever a forma e o processo de oferta e

divulgação dos cursos para poder então propiciar a capacitação desejada a um número cada

vez maior de servidores, evitando assim, contrariar a lógica da melhoria da qualidade

pretendida por todos.

Algumas das limitações encontradas no desenvolvimento desta pesquisa foram: a falta de

informação por parte dos gestores sobre as ações realizadas pelo Governo visando a

capacitação, como também, a dificuldade na aplicação dos questionários, devido as escolas

encontrarem-se em período de encerramento de ano letivo.

Diante das limitações apresentadas por este estudo e a dificuldade de generalização das

conclusões apresentadas, uma vez que a pesquisa abordou somente as escolas da cidade de

Campo Mourão, sugere-se a ampliação para as demais escolas do Estado do Paraná. Esta

ampliação visaria analisar, principalmente, a adaptação dos programas governamentais para a

melhoria da gestão das escolas estaduais.

REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à metodologia do trabalho científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, nº 9.394. Brasília, 1996.

DIAS, Tânia Vieira. Diretor e comunidade na construção da “boa escola”: desafios a enfrentar. 2006. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Católica de Santos. Santos, 2006.

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DOURADO, Luiz Fernando. A escolha de dirigentes escolares: políticas e gestão da educação no Brasil. In: FERREIRA, Naura S. Carapeto (Org.). Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 1998.

ESCOLA DE GOVERNO. Secretaria de Estado da Administração e da Previdência. 2007. Disponível no site: www.parana.pr.org.br. Acessado em 09 de Fevereiro de 2008. FORMAÇÃO Continuada. In: Orientações para a organização da semana pedagógica fevereiro/2008. Coordenação de Formação Continuada – SEED/Pr. Disponível no site: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br, acessado em 01 de Fevereiro de 2008. LÜCK, Heloísa. Perspectivas da gestão escolar e implicações quanto à formação de seus gestores. Revista em Aberto. Brasília: Inep, v. 17, n. 72, p. 1-195, fev./jun. 2000. MACHADO, Ana Luiza. Papel dos gestores educacionais num contexto de descentralização para a escola (2000a). UNESCO. Disponível no site: www.schwartzman.org.br/simon/delphi/pdf, acessado em 05 de fevereiro de 2008. MACHADO, Maria Aglaí de Medeiros. Desafios a serem enfrentados na capacitação de gestores escolares. Revista em Aberto, Brasília: Inep, v. 17, n. 72, p. 97-112, fev./jun. 2000b. PARANÁ. Resolução no. 1457/2004, 16 de abril de 2006. Secretaria de Estado da Educação, 2006. ________. Disponível no site: www.parana.pr.org.br. Acessado em 02 de fevereiro de 2008. PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. 3ª. ed. São Paulo: Ática, 2004. PPP - Projeto Político Pedagógico. Núcleo Regional de Educação (meio eletrônico-CD), 2007. REGULAMENTO - Prêmio Inovação em Gestão Educacional, Portaria no.2. Disponível na site www.inep.gov.br, acessado em 07 de fevereiro de 2008. SANTOS, Fernanda Fernandes do. Gestão democrática: concepções teórico–práticas dos docentes da educação básica pública do município de Marília. Revista Urutágua. Departamento de Ciências Sociais. Maringá: UEM, no.14, dez./2007-mar./2008.

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ANEXO I

Secretaria de Estado da Administração e da Previdência Diretoria de Recursos Humanos

Escola de Governo

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMULAÇÃO E GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

PESQUISA COM DIRETORES ESCOLARES Entrevistado (a):______________________________________________________________ Idade:__________________________Estado Civil: __________________________________ Área de Formação:____________________________________________________________ Cargo:___________________________Tempo:_____________________________________ Instituição:__________________________________________________________________ Município:________________________Data:___/__/2008 1- Nível de Escolaridade: ( ) Superior

( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado

2 – Você já ocupou cargo de gestão anteriormente? ( ) sim ( ) não Em caso afirmativo, quais cargos e por quanto tempo? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3 - O Governo do Estado do Paraná, por meio da Escola de Governo, criada em 2004, está investindo fortemente na capacitação dos servidores públicos. Você: ( ) Já tinha esta informação ( ) Ficou sabendo neste exato momento ( ) Já fez cursos oferecidos por esta Escola ( ) Está participando de curso oferecido pela Escola de Governo 4 – Você já participou de Cursos de formação na área de gestão? ( ) Sim ( ) Não Se você já participou, foi em que área? ___________________________________________________________________________ Instituição realizadora: _____________________________Em que ano? ________________ 5 – Tomando como referência as escolas que você conhece, acredita que os gestores possuem um nível de qualificação para atuação em seus cargos: ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Fraco ( ) Satisfatório

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( ) Insatisfatório 6 – Quais as principais dificuldades que você enfrenta na gestão da instituição (assinale quantas alternativas achar necessárias): ( ) Falta de professores ( ) Evasão dos alunos ( ) Indisciplina dos Alunos ( ) Falta de conhecimento sobre o processo de gestão ( ) Liderar os Recursos Humanos da instituição ( ) Gerenciamento dos recursos financeiros ( ) Mediar conflitos dos integrantes organizacionais (professores; alunos; pais; comunidade e estado) ( ) Apresentação (Falar) em Público ( ) Organização de eventos ( ) Outras: __________________________________________________________________ 7 – O Brasil não possui tradição acadêmica no que se refere ao campo de conhecimentos afetos à administração pública (Esculápio, 2003). Segundo sua avaliação, enumere, por ordem de importância, os cursos que você identifica como necessários para uma boa gestão nas escolas (Use 1 para o mais importante e assim sucessivamente): ( ) Direito Administrativo ( ) Ciência Política ( ) Mediação de Conflitos ( ) Gestão de Documentos ( ) Contabilidade Pública para Prestação de Contas ( ) Tecnologia da Informação ( ) R H – Gestão de Processo de Mudança ( ) Ética na Administração Pública ( ) Postura Pessoal e Profissional Avançada ( ) outros: ________________________________________________________________ 8 – Em sua opinião, os cursos devem ser realizados: ( ) Na sua cidade ( ) Em Curitiba ( ) Em outro local, desde que não seja na sua cidade ( ) O local não é importante 9 – No que se refere aos projetos para desenvolvimento da capacitação dos gestores no Estado do Paraná você considera: ( ) Adequado ( ) Deixa muito a desejar ( ) Deveria ter mais projetos ( ) Você desconhece quaisquer projetos deste tipo 10 – Outras sugestões para a melhoria da capacitação dos gestores de escolas públicas. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________