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Capacitação em Ética, Cultura de Paz e
Dinâmicas da Convivência
Módulo 8
Cultura de Paz
Prof. Lia Diskin
Biologia do Conhecer e
Biologia do Amar Reflexões de Humberto Maturana e
Ximena Dávila sobre Educação
“Educamos para o autocontrole, a exigência
ou para o bem estar? Ao refletir fica evidente
que estamos imersos em um modo de fazer as
coisas nesta cultura patriarcal – matriarcal que
se gera a partir da desconfiança e do controle.
Controle que submete... Submeti mento que
exige obediência... Obediência que gera medo
e inseguranças.”
“É a partir deste pano de fundo emocional
que surge a falta de respeito por si próprio e
pelos outros. Pais, professores, o Estado...
Procuramos a partir desse espaço de
desconfiança fazer o que fazemos e obter o
que queremos com o controle. O controle é a
dinâmica relacional onde a gente e o outro
emergimos negados nas capacidades de
talentos, estreitando o horizonte, a
inteligência e a criatividade, gerando
dependência desde onde não são possíveis a
autonomia e o autorrespeito.”
Educação:
transformação
na convivência
Nossa multidimensionalidade
relacional
Educação é o aspecto mais
fundamental da convivência
humana atual.
De como convivem as crianças
dependerá a classe de adultos
que chegarão a ser.
As crianças não são o futuro da
comunidade humana, e sim os adultos,
porque as crianças serão conforme
vivem conosco. O futuro está em
nosso presente. Para tanto, é
necessário que os professores
recuperem sua dignidade, voltando a
ter respeito pela sua profissão apesar
das circunstâncias difíceis que tenham
de viver
A autoestima é uma opinião
valorativa sobre si mesmo, portanto
é vago. Precisamos estar centrados
na aceitação e respeito por si
próprio e pelos outros.
Colaboração e autonomia não
implicam a negação do outro.
A democracia é o único modo de
convivência que oferece a
possibilidade de realização do
humano como ser autônomo capaz
de ser social na colaboração de
um projeto comum.
A democracia começa no útero.
Respeito e aceitação de si mesmo
começa na família. No amor que
acolhe a criança, na aceitação de
sua total legitimidade, não na
negação, a crítica e a exigência. A
competição, portanto, não pode ser
o centro emocional da convivência.
Não é o controle ou autocontrole de
suas emoções o que deve adquirir
uma criança na sua transformação
para a vida adulta. É a consciência
de seu sentir, reflexão sobre seu
fazer e um agir responsável nas
tarefas que realiza em seu viver
como membro de uma comunidade
de colaboração e mútuo respeito.
O propósito é transformar-se em
adultos espontaneamente éticos,
isto é, responsáveis a partir de si
próprios. Exigências e expectativas
são negadoras da autonomia,
porque ambas tornam a criança
dependente do juízo do outro sobre
o que é que devem fazer para
satisfazer suas expectativas e/ou
exigências.
Os humanos têm alterado tanto o
mundo natural que o estão
conduzindo para a destruição.
Acabou-se a biosfera, agora
vivemos na homosfera.
O lar, se não abriga situações de
confronto desvinculante nem
pobreza extrema, é o espaço ideal
para uma criança se integrar a uma
comunidade humana democrática.
A internet talvez possa substituir as
bibliotecas e os museus, todavia, a
multidimensionalidade emocional da
relação não pode ser substituída
pois o sistema nervoso funcional
distinguindo configurações no viver
relacional do organismo. Tais
configurações têm que ver com três
aspectos fundamentais do conviver:
emocionar, raciocinar e fazer.
PRÁTICAS BEM-SUCEDIDAS NO BRASIL
• SAÚDE
– Universidade Federal do Rio Grande do Sul
– Políticas Públicas para Superação da Violência e Construção de uma Cultura de Paz – Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
• EDUCAÇÃO
– Universidade Federal do Pará
– Educadores da Paz, Araçatuba/SP
– Cidades pela Paz, Ribeirão Preto/SP
• MEIO AMBIENTE
– Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz - UMAPAZ, São Paulo
• JUDICIÁRIO
– Justiça Restaurativa em Porto Alegre
– Justiça Restaurativa na Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos / Heliópolis - SP
• POLÍTICA
– Comitê Paulista pela Década da Cultura de Paz
– Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz
– Conselhos Municipais pela Cultura de Paz
• AÇÃO SOCIAL
– Gente que Faz a Paz
– Londrina Pazeando