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FACULDADE DE TECNOLOGIA DA AMAZNIA TECNOLOGO EM RADIOLOGIA

FBIO BEZERRA JOO SALVIANO MARLON TH

QUALIDADE DIAGNSTICA DO SISTEMA URINRIO NA UROGRAFIA,UROTOMOGRAFIA E URORESSONNCIA

BELM/PA 2010

FBIO BEZERRA JOO SALVIANO MARLON TH

QUALIDADE DIAGNSTICA DO SISTEMA URINRIO UROGRAFIA,UROTOMOGRAFIA E URORESSONNCIA

NA

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Tecnlogo em Radiologia Mdica da Faculdade de Tecnologia da Amaznia FAZ. Como requisito da avaliao quantitativa e qualitativa de Mtodos de pesquisa cientfica, orientado pelo Prof. Dr. Daniel Fernandes.

BELM/PA 2010

SUMRIO

1-INTRODUO 2-OBJETIVOS 2.1-OBJETIVO GERAL 2.2-OBJETIVOS ESPECFICOS 4-JUSTIFICATIVA 5-REFERENCIAL TERICO 7-METODOLOGIA 8-CRONOGRAMA 9-BIBLIOGRAFIA 10-ANEXOS 11-APNDICE

INTRODUOAs Infeces do Trato Urinrio (ITUs) esto no grupo dos quatro tipos mais freqentes de infeces hospitalares, sendo caracterizadas pela invaso de microrganismos em qualquer tecido da via urinria, acometendo particularmente mulheres e adultos jovens sexualmente ativos alm de crianas, onde, apenas as infeces respiratrias aparecem com maior freqncia (STAMM apud BENNETT, 1996; ANVISA, 2004). As ITUs se caracterizam pela colonizao e multiplicao de bactrias nas vias urinrias e nos rins, podendo ser assintomtica ou sintomtica. Mais comumente as ITUs so causadas por bactrias, mas podem tambm ser causadas por fungos e vrus (JOHNSON, 1991). Existem vrios fatores predisponentes do hospedeiro que participam na patogenia da ITU: fluxo urinrio comprometido mecnica ou funcionalmente, como obstruo da bexiga, estrangulamento da uretra, hipertrofia prosttica, expanso do tero durante a gravidez e nefropatia diabtica ou poliomielite (KONEMAN et al., 1999). Muitas destas condies so comuns, principalmente nos pacientes internados. A ITU hospitalar responsvel por aproximadamente 40% de todas as infeces hospitalares, sendo tambm uma das fontes importantes de sepse hospitalar (MEDEIROS et al., 2001). Tendo em vista os fatores relacionados, o presente estudo tem por objetivo avaliar a freqncia dos microrganismos responsveis pelas infeces do trato urinrio dos pacientes atendidos no Hospital Santa Terezinha de Erechim - RS. Alm disso, objetiva-se relacionar a suscetibilidade destes microrganismos frente aos antimicrobianos comumente empregados pelos clnicos e em uso neste nosocmio.

2-OBJETIVOSOBJETIVO GERAL Comparar a qualidade dos mtodos diagnsticos para o exame do sistema urinrio em raio-x, Tomografia e Ressonncia Magntica

OBJETIVOS ESPECFICOS Comparaes patolgicas Avaliao de protocolos Registro de imagens Levantar dados benficos populao submetida aos exames.

JUSTIFICATIVA Avaliar os nveis de qualidade dos mtodos empregados na Urotomografia e os benefcios que oferta aos pacientes em relao urografia excretora. Motivar o leitor em uma leitura progressiva, porm compreensiva dos adventos tomogrficos do sistema urinrio, levando o leitor a entender a razo da substituio dos mtodos diagnsticos em questo, comprovando respectivamente eficcia e ineficcia dos achados patolgicos.

REFERENCIAL TERICO As ITUs so extremamente freqentes, ocorrendo em todas as idades, do neonato ao idoso, acometendo principalmente o sexo masculino durante o primeiro ano de vida, devido ao maior nmero de malformaes congnitas, especialmente vlvula de uretra posterior. Aps este perodo, as meninas so acometidas por ITU 10 a 20 vezes mais do que os meninos. A incidncia de ITU na fase adulta se eleva e o predomnio no sexo feminino se mantm, tendo maior incidncia durante a gestao ou na menopausa, e relacionado ao inicio da atividade sexual, de forma que ao longo da vida 48% das mulheres apresentam pelo menos um episdio de ITU (GUPTA et al., 2001; NICOLLE, 2001; BAIL, L.; ITO, C. A. S.; ESMERINO, L. A., 2006). Na mulher, a uretra mais curta e a maior proximidade do nus com o vestbulo vaginal e uretra, tornando-se assim mais susceptvel ITU. No homem existe uma maior proteo contra a ITU, como o fator antibacteriano prosttico, maior comprimento uretral e um maior fluxo urinrio. A partir dos 50 anos, a presena do prostatismo torna o homem mais suscetvel ITU (BACHELLER; BERNSTEIN, 1997). A causa mais comum de infeco nosocomial a ITU, sendo responsvel por 35 a 45% de todas as infeces adquiridas no hospital (GARIBALDI, R.A.; BURKE, J.P.; DICKMAN, M.L., 1974; SCHAFFNER, 1992; BARON et al., 1990). A maior parte das ITU nosocomiais geralmente so adquiridas por autoinfeco de forma endmica, mas transmisso epidmica tambm tm sido registrada. Quando esta ocorre, h um aumento importante na taxa de infeco, e as bactrias responsveis no so aquelas comumente encontradas, mas sim outras tais como Serratia marcescens, Proteus rettgeri e Providencia stuartii. Nesses casos, as investigaes tm demonstrado que a infeco cruzada a principal forma de disseminao, atravs das mos do pessoal hospitalar (MARANGONI, 1987; STAMM, 1996, p.186-7).

2.1 ANATOMIA FUNCIONAL DO SISTEMA URINRIO A principal funo do sistema urinrio (Figura1) controlar a composio e o volume hdrico do sangue auxiliando na homeostase. Isto acontece pela eliminao de quantidade considervel de gua e diversos solutos por possuir a capacidade de retirar seletivamente as substncias do sangue a serem secretadas. Esse sistema em humanos composto de dois rins, dois ureteres, a bexiga urinria e a uretra. Os rins tm a funo de regular o volume e a composio do sangue removendo impurezas do mesmo. So responsveis tambm pela excreo do excesso de hidrognio, que tem seu efeito direto no controle do pH sangneo. O processo culmina na formao da soluo a ser excretada denominada urina (TORTORA & GRABOWSKI, 2003).

Figura 1 - Sistema Urinrio http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/imagens/ap.u rin1.gif O sistema urinrio excreta impurezas nitrogenadas do catabolismo das protenas, toxinas bacterianas, gua, hidrognio, compostos resultantes do metabolismo de medicamentos e sais inorgnicos (eletrlitos) pela ao dos rins (TORTORA & GRABOWSKI, 2003). Ao metabolizar os nutrientes como lipdeos, protenas e carboidratos, as clulas humanas produzem resduos como, excesso de gua, dixido de carbono energia armazenada na forma de ATP e calor. Alm disso, o catabolismo das protenas gera metablitos nitrogenados txicos como a uria e a amnia. Todos os compostos txicos e o excesso de ons, como sulfato, fosfato, hidrognio, sdio e cloreto devem ser excretados pelo corpo de modo que a homeostase seja mantida (TORTORA & GRABOWSKI, 2003). 2.1.1 O Rim Rim cada um dos dois rgos excretores, em forma de feijo, tendo no ser humano, aproximadamente 11 cm de comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de espessura e pesam cerca de 150 gramas cada um. o principal rgo excretor e osmoregulador dos vertebrados. Os rins filtram dejetos (especialmente uria) do sangue, e os excretam, com gua, na urina; a urina sai dos rins atravs dos ureteres, para a bexiga. Os rins so duas glndulas de cor vermelha escura como se pode observar na Figura 2, colocada simetricamente nos lados da coluna vertebral, na regio lombar. O rim serve como verdadeiro rgo depurador ou filtro do resto dos produtos de resduos, provenientes das combustes respiratrias (CORPO HUMANO, 2008).

Figura 2 - Anatomia Renal Fonte: Infoescola (2008) A urina um lquido transparente, de cor amarelada e leva dissolvida vrias substncias. Um litro de urina contm normalmente gua, 10 miligramas de cloreto de sdio e dois produtos txicos: a uria (25 gramas) e o cido rico (0,5 gramas) (WIKIPDIA, 2008). 2.1.2 O Nfron uma longa estrutura tubular microscpica que possui, em uma das extremidades, uma expanso em forma de taa, denominada cpsula de Bowman, que se conecta com o tbulo contorcido proximal, que continua pela ala de Henle e pelo tubo contornado distal, este desemboca em um tubo coletor. So responsveis pela filtrao do sangue e remoo das excrees (GUYTON, 1988). Em cada rim, a borda interna cncava constitui o hilo renal. Pelo hilo renal passa a artria renal, a veia renal e o incio do ureter, canal de escoamento da urina. Na poro renal mais interna localizam-se tubos coletores de urina. O tipo de nfron e a localizao dos rins variam (Figura 3).

Figura 3 - O nfron Fonte: Coladaweb (2008)

2.1.3 A Bexiga A bexiga urinria uma cmara de msculo liso composta por duas partes principais: o corpo, que a poro maior da bexiga na qual a urina se acumula; e o colo, que uma extenso em forma de funil desde o corpo, dirigindo-se, inferior e anteriormente, para o tringulo urogenital e conectando-se com a uretra (GUYTON; HALL, 1997). uma bolsa muscular e elstica, (Figura 4) que se encontra na parte inferior do abdmen e est destinada a recolher a urina que trazida pelos ureteres. Sua capacidade varivel em mdia de um tero de litro. A uretra um conduto pelo qual expulsa a urina ao exterior, empurrada pela contrao vesical; abre-se ao exterior pelo meato urinrio e sua base est rodeada pelo esfncter uretral, que pode permanecer fechado vontade e resistir ao desejo de urinar (PORTAL SO FRANCISCO, 2008).

Figura 4 - Bexiga masculina Fonte: Ministrio Pblico Federal (2008)

2.2 FISIOLOGIA RENAL O rim desempenha papel essencial na regulao da concentrao da maior parte dos constituintes do lquido extracelular. Alguns dos mecanismos especficos para essa regulao so: regulao da concentrao de on sdio; regulao da concentrao de on potssio; regulao do equilbrio cido-bsico; regulao do volume sangneo (GUYTON, 1998; AIRES, 1999). A estrutura e funo esto intimamente ligadas aos rins. Conseqentemente, a apreciao das caractersticas histolgicas e macro anatmicas dos rins so necessrias para a compreenso de sua funo (BERNE, 2000). A urina composta basicamente de gua, eletrlitos (sdio, potssio, cloreto, bicarbonato e outros ons menos abundantes) e pelos produtos finais do metabolismo protico, sendo o principal deles a uria. Algumas substncias normalmente no esto presentes na urina, como o caso de aminocidos e

glicose, que so normalmente reabsorvidas de forma completa por transporte ativo nos tbulos renais. No entanto, em algumas situaes, como nos casos de diabetes, em que a concentrao de glicose excede a capacidade de reabsoro renal, a glicose poder aparecer na urina. As protenas tambm no so normalmente encontradas na urina, pois no so filtradas no glomrulo, devido ao seu grande tamanho sendo que o aparecimento de protenas na urina indica, geralmente, leso no glomrulo (MOTTA, 2000). O volume, a acidez e a concentrao de sais na urina so regulados por hormnios, entre os quais o hormnio antidiurtico e a aldosterona, atuam nos rins para garantir que a gua, os sais e o equilbrio cido-base (acidez ou alcalinidade do sangue e do fluido intersticial) do organismo se mantenham dentro de estreitos limites. O cheiro desagradvel de urina deteriorada deve-se ao de bactrias que provocam a libertao de amonaco (WIKIPEDIA, 2008). 2.3 FATORES PREDISPONENTES S INFECES DO TRATO URINRIO Devido ao fato da uretra feminina ser muito curta e ser mais prxima ao nus, pode ocorrer contaminao da urina atravs das fezes. As mulheres tem uma 13 predisposio muito maior a ter ITUs do que os homens. Outros fatores que aumentam o risco de ITU nas mulheres incluem: ato sexual, diabetes, episdios prvios de cistite, o uso de certas gelias espermicidas, o nmero de gestaes e a higiene deficiente, observada com maior freqncia em pacientes obesas e com piores condies socioeconmicas (LOPES; TAVARES, 2005). Por outro lado, os homens que no realizaram circunciso, podem apresentar uma maior probabilidade de colonizao da uretra pela flora fecal, pois o prepcio um local que armazena uma quantidade considervel de bactrias nos homens (WISWELL; ROSCELLI, 1986; STULL; LIPUMA, 1991). Alguns outros fatores que contribuem para que ocorra ITU seriam deformidades no aparelho urinrio, clculos renais, obstruo da uretra, contato com material infectado durante exame instrumental da bexiga e presena de problemas neurolgicos da bexiga, impedindo assim a eliminao de toda a urina (LEITE, 2000). Existem importantes aspectos associados presena de bacteriria em idosos, dentre eles pode-se incluir: obstruo do trato urinrio por clculos renais, decrscimo das funes fisiolgicas, patofisiologia da infeco, a virulncia do patgeno, cateterizao e instrumentaes que promovam afeces do trato urinrio (CHILDS; EGAN, 1996). O maior risco de infeco em pacientes hospitalizados, que tem dficit neurolgico ou que tenham sido cateterizados. Alm disso, os espermicidas usados como contracepo e os diafragmas usados por mulheres sexualmente ativas, tambm apresentam uma chance maior de apresentar ITU (BACHELLER; BERNSTEIN, 1997).

METODOLOGIA

Este um estudo descritivo que utiliza uma abordagem qualitativa obtidas atravs de livros e artigos,que tem objetivo alm de pesquisa de campo que visa avaliar principalmente a evoluo dos mtodos diagnsticos para o rgo em questo, julgando desde o preparo do paciente e tempo de exposio considerando os aparelhos de diagnsticos de raios-x,tomografia e ressonncia magntica, sendo que as marcas utilizadas sero as existentes nos locais de pesquisa. Investigao do advento radiolgico de cada mtodo diagnstico. Sero selecionados para cada mtodo de diagnostico X pacientes para avaliao de tempo do exame e protocolos referentes a cada tipo de mtodo empregado. BREVE HISTRICO RAIO-X Na da tarde de 8 de novembro de 1895, o fsico alemo Wilhelm Conrad Roentgen (1845-1923) continuava no seu pequeno laboratrio, sob os olhares atentos do seu servente. Enquanto Roentgen, naquela sala escura, se ocupava com a observao da conduo de eletricidade atravs de um tubo de Crookes, o servente, em alto estado de excitao, chamou-lhe a ateno: "Professor, olhe a tela!". Nas proximidades do tubo de vcuo havia uma tela coberta com platinocianeto de brio, sobre a qual projetava-se uma inesperada luminosidade, resultante da fluorescncia do material. Roentgen girou a tela, de modo que a face sem o material fluorescente ficasse de frente para o tubo de Crookes; ainda assim ele observou a fluorescncia. Foi ento que resolveu colocar sua mo na frente do tubo, vendo seus ossos projetados na tela. Roentgen observava, pela primeira vez, aquilo que passou a ser denominado raios X. O pargrafo acima pode ser uma dramatizao do que de fato ocorreu naquele dia, mas o fato que a histria registra que esta fantstica descoberta teve estrondosa repercusso, no apenas na comunidade cientfica, como tambm nos meios de comunicao de massa. Por exemplo, em 1896, menos de um ano aps a descoberta, aproximadamente 49 livros e panfletos e 1.000 artigos j haviam sido publicados sobre o assunto. Um levantamento feito por Jauncey no jornal norte-americano St. Louis PostDispatch, mostra que, entre 7 de janeiro e 16 de maro de 1896, quatorze notas foram publicadas sobre a descoberta e outros estudos relacionados. Todavia, as mais conhecidas referncias a essa descoberta tendem a minimizar o mrito do seu autor, enfatizando o aspecto fortuito da observao. Essa viso distorcida que se tem do trabalho de Roentgen s eliminada quando se toma

conhecimento dos seus relatos. Com 50 anos de idade na poca da descoberta dos raios X, e menos de 50 trabalhos publicados, Roentgen tinha como temas prediletos as propriedades fsicas dos cristais e a fsica aplicada (em 1878 apresentou um alarme para telefone, e em 1879, um barmetro aneride). Sobre os raios X publicou apenas trs trabalhos, e ao final da sua vida no chegou a ultrapassar a marca dos 60. Para um detentor do Prmio Nobel de Fsica, esta uma quantidade relativamente inexpressiva. Essa "pequena" produo talvez seja conseqncia do seu rigoroso critrio de avaliao dos resultados obtidos. Pelo que se sabe, ele era to cuidadoso, que jamais teve de revisar os resultados publicados. Lendo seus dois primeiros artigos sobre os raios X, percebe-se a acuidade do seu trabalho. Alm da inegvel importncia na medicina, na tecnologia e na pesquisa cientfica atual, a descoberta dos raios X tem uma histria repleta de fatos curiosos e interessantes, e que demonstram a enorme perspiccia de Roentgen. Por exemplo, Crookes chegou a queixar-se da fbrica de insumos fotogrficos Ilford, por lhe enviar papis "velados". Esses papis, protegidos contra a luz, eram geralmente colocados prximos aos seus tubos de raios catdicos, e os raios X ali produzidos (ainda no descobertos) os velavam. Outros fsicos observaram esse "fenmeno" dos papis velados, mas jamais o relacionaram com o fato de estarem prximos aos tubos de raios catdicos! Mais curioso e intrigante o fato de que Lenard "tropeou" nos raios X antes de Roentgen, mas no percebeu. Assim, parece que no foi apenas o acaso que favoreceu Roentgen; a descoberta dos raios X estava "caindo de madura", mas precisava de algum suficientemente sutil para identificar seu aspecto iconoclstico. Para entender porqu, necessrio acompanhar a histria dos raios catdicos. . Em 1971, Godfrey Hounsfield, atravs da empresa fonogrfica EMI, inventa o aparelho de tomografia computadorizada por raios X. No ano seguinte, a tomografia computadorizada apresentada como mtodo diagnstico em encontro da Sociedade Americana de Radiologia. No final da dcada de 70, comea o crescimento de vendas dos aparelhos de tomografia computadorizada no mercado americano, e as vendas passam de 200 para 800 unidades em 1983. Em 1989 aparecem os primeiros aparelhos de TC helicoidais. A tomografia computadorizada mantm a primazia nas imagens de patologias abdominais, partes principais do corpo e imagens de pulmo. Em meados da dcada de 90 surgem as aplicaes em imagens tridimensionais e a tecnologia da tomografia computadorizada helicoidal evolui. Em 1992 comea a comercializao de equipamentos de TC de corte duplo, surgindo os primeiros aparelhos que deram origem varredura multicorte utilizando os arcos muiltidetectores (tecnologia MDCT). Em 1994 so lanados os primeiros aparelhos de TC subsegundo, em que a volta completa do tubo de raios X ocorria em um perodo de tempo menor que um segundo. E depois de todo esse processo surge essa imagem (abaixo) como o aparelho de TC, que hoje em dia utilizado:

Ressonncia Magntica A Ressonncia Magntica conhecida desde 1940, inventada por Purcell and Bloch, os quais, receberam o Prmio Nobel de Medicina em 1953, tanto quanto posteriormente, tambm receberam esse prmio os inventores da Tomografia Computadorizada. A Ressonncia Magntica um mtodo de imagem que aproveita as propriedades naturais dos tomos existentes no corpo humano para criar uma imagem de diagnstico. Tomando por base a possibilidade de exposio radiao ionizada, a Ressonncia Magntica, por no utiliz-la, um mtodo mais incuo que os Raios X tradicionais ou que a Tomografia Computadorizada. A imagem por Ressonncia Magntica explora a mini-magnetizao natural do tomo de hidrognio, o mais abundante do corpo humano. Os tomos de hidrognio podem ser considerados como pequenos ims (pequenos dipolos magnticos) e, quando o corpo do paciente colocado sob a influncia de um forte campo magntico, esses tomos ficaro alinhados na direo das linhas de fora desse forte campo magntico. Eles tambm giraro em torno dessas linhas de fora com uma certa freqncia, movimento este chamado de precesso. Se esses tomos so bombardeados com ondas eletromagnticas na freqncia da precesso, eles absorvero energia. Aps o desligamento do campo magntico (da radiofreqncia), os prtons do hidrognio voltam posio anterior devolvendo a energia que ganharam na forma, tambm, de ondas eletromagnticas. O contraste entre os diversos tecidos do corpo humano e entre os tecidos normais e patolgicos decorrente tambm da diferena entre o nmero de tomos de hidrognio existentes nesses tecidos, conseqentemente ser diferente tambm as ondas eletromagnticas emitidas por esses tecidos e captadas pelo aparelho. A energia das ondas eletromagnticas medida pelo aparelho, que as amplia e usa para gerar as imagens. Realmente, um processo muito cientfico.

A Ressonncia Magntica o mtodo mais recente de diagnstico por imagem, diferenciado-se dos demais pela no utilizao de radiao. Utilizando-se de ondas eletromagnticas para formao de imagens, tem sido um dos melhores exames no campo da ortopedia, neurocincias e neurocirurgia. So hoje muito diversas as aplicaes clinicas da Ressonncia Magntica destacando-se entre as mais importantes o estudo do crnio, coluna e do sistema msculo-esqueltico.

EXAMES RADIOLGICOS Urografia Excretora Freqentemente o exame radiolgico inicial em casos de dores nas vias urinrias, hematria, infeco do trato urinrio, obstruo aguda, massas renais, urolitase, nefrocalcinose e anormalidades congnitas. Este exame proporciona informaes anatmicas essenciais e demonstra a funo de todo o trato urinrio. A urografia excretora completada pela US, TC, RM que fornecem informaes anatmicas adicionais e podem mostrar as caractersticas de uma massa tumoral. Em geral o trato urinrio tubular mais bem avaliado por exames contrastados, porque estes revelam a aparncia da luz e as caractersticas do fluxo lquido. H muitos mtodos de realizao de urografia excretora. Um exame padro inclui radiografia simples, radiografia imediatamente subseqente administrao de contraste (imediata ou no minuto zero), radiografia de 5 , 10 e 15 minutos aps a administrao do contraste, radiografias da bexiga cheia e aps a mico. Incidncias oblquas ou tomogrficas dos rins so freqentemente obtidas, dependendo das circunstncias clnicas. Geralmente so feitas menos incidncias em crianas que em adultos. A radiografia simples demonstra a localizao de calcificaes e anormalidades abdominais e indica a tcnica radiogrfica ideal. A incidncia imediatamente ps-injeo de contraste mostra a intensificao das estruturas vasculares e do crtex renal e demonstra os contornos dos rins. As incidncia de 5, 10 e 15 minutos mostra o enchimento do sistema coletor e dos ureteres. O estudo da bexiga mostra seus contornos e a urina residual, na ps-miccional. A Urografia Excretora possibilita a avaliao do tamanho, eixo, contorno e simetria funcional dos rins. O comprimento do rim depende da idade, sexo e constituio fsica

do paciente, mas geralmente equivale altura de trs ou quatro corpos vertebrais. Rins parcialmente duplicados ou nicos so maiores. O eixo renal, uma linha imaginria que passa pelos plos superior e inferior do rim, tem geralmente ngulo de cerca de 15 graus lateralmente em direo caudal. A orientao diferente do eixo renal pode ocorrer em conseqncia de anormalidade congnita ou adquirida. Os contornos renais devem ser totalmente visveis e regulares. As lobulaes geralmente so variaes normais. Os rins devem funcionar pronta e simultaneamente; o retardo relativo no funcionamento pode sugerir perfuso deficiente ou obstruo. Os sistemas coletores intra-renais devem mostrar enchimento simtrico das papilas, sem distenses ou defeitos de enchimento, portanto, o objetivo de uma Urografia Excretora visualizar a poro coletora do sistema urinrio e avaliar a capacidade funcional dos rins. Os ureteres muitas vezes no so inteiramente visveis, apesar de grandes esforos para mostr-los com o paciente em diversas posies. Na incidncia em anteroposterior eles geralmente aparecem ao longo dos processos transversos, desviam-se lateralmente altura das articulaes sacro-ilacas e penetram na bexiga psterolateralmente. A bexiga avaliada quanto ao tamanho e ao contorno, que deve ser arredondada e regular, o volume aps mico, normalmente inferior a 100 ml, a impresso prosttica ou uterina e a irregularidades da parede interna so mais bem observadas na incidncia ps-miccional. Indicaes clnicas: As principais indicaes clnicas da urografia excretora incluem: 1- massa abdominal ou plvica 2- clculos renais ou ureterais 3- traumatismo renal 4- dor no flanco 5- hematria ou sangue na urina 6- hipertenso

7- insuficincia renal 8-infeces do trato urinrio

Preparo do paciente: - Jejum absoluto de 8 a 10 hs antes do exame - Realizar limpeza intestinal por via oral (laxante ) e por via retal ( fleet-enema) Metodologia: Paciente em decbito dorsal, realiza-se uma radiografia simples do abdome, para verificao de tcnica, posicionamento e preparo intestinal adequado. Aps radiografia simples, administrado por via endovenosa meio de contraste iodado (hidrossolvel) o qual ir contrastar o sistema urinrio. Realiza-se a seguinte seqncia de radiografias: 1- Imediatamente aps a administrao do meio de contraste realiza-se uma radiografia localizada dos rins; 2- Realizar radiografia das lojas renais aps 5 minutos a administrao do contraste 3- Aps a exposio de 5 minutos, deve-se colocar a faixa de compresso no abdome do paciente. 4- Realizar radiografia das lojas renais aps 10 minutos a administrao do contraste 5- Aos 15 minutos, deve-se tirar a faixa de compresso, e imediatamente realizar uma radiografia panormica, compreendendo das lojas renais at a bexiga; 6- Radiografia panormica, aps 25 minutos a administrao do contraste. 5- Radiografias localizadas da bexiga cheia e ps-miccional.

- R.C. - perpendicular entrando no centro da regio de interesse - Chassis: 24cm x 30cm transversal para as radiografias de 5 m e 10 m, 30 cm x 40 cm ou 35 m x 43 cm longitudinal para as radiografias simples, 15 m e 25 m e 18 cm x 24 cm transversal para as radiografias localizadas da bexiga.

Observao: A faixa de compresso contra indicada quando o paciente apresentar massa abdominal, clculos renais e ureterais, transplante e ps-operatrio. Em casos de pacientes hipertensos (presso alta), deve-se realizar seqncias rpidas de exposio logo aps a administrao do meio de contraste; com 1 m, 2 m, e 3 m. O exame no termina enquanto o contraste no chegar at a bexiga.

Urografia Retrgrada (Pielografia) A Urografia Retrgrada um exame no funcional do sistema urinrio, durante o qual o meio de contraste introduzido diretamente no sistema pielocalicial atravs de cateterizao, por um urologista. A Urografia Retrgrada no funcional, pois os processos fisiolgicos normais do paciente no esto envolvidos no procedimento. feita aps introduo cistoscpica retrgrada de cateteres ureterais e a injeo de material de contraste. Este procedimento indicado em pacientes com obstruo ou disfuno renal, nos quais o sistema coletor da pelve renal e os ureteres tm de ser examinados. Proporciona melhor visualizao de pequenas falhas de enchimento pelo material de contraste da pelve renal e dos ureteres. possvel visualizar diretamente as estruturas internas de um ou ambos os rins e ureteres.

Metodologia: O paciente colocado em posio de litotomia modificada, o que exige que as pernas sejam colocadas em estribos. O urologista introduz o cistoscpio atravs da uretra at a bexiga. Aps examinar o interior da bexiga, o urologista introduz cateteres ureterais em um ou ambos os ureteres. O ideal que a ponta de cada cateter ureteral esteja posicionado ao nvel da pelve renal. Aps o cateterismo, feita uma radiografia simples. A radiografia de observao permite a verificao de tcnica e o

posicionamento, e possibilita que o urologista verifique o posicionamento do cateter, caso a radioscopia no esteja disponvel. A segunda radiografia na srie de Urografia Retrgrada habitual um pielograma. O urologista injeta 3 a 5 cc de meio de contraste hidrossolvel diretamente na pelve renal de um ou ambos os rins. A respirao interrompida imediatamente aps a injeo, sendo feita a exposio. A terceira e ltima radiografia da srie habitual e uma ureterografia. A cabeceira da mesa pode ser elevada para esta radiografia final. O urologista retira os cateteres e simulta Geralmente mente injeta meio de contraste em um ou ambos os ureteres e indica quando fazer a exposio.

Uretrocistografia Retrograda e Miccional O objetivo de uma Uretrocistografia Retrgrada e Miccional estudar a uretra, avaliar a bexiga e a mico do paciente e observar possveis refluxos ureterais. o nico mtodo de demonstrao da uretra prosttica. A fase miccional do exame mais bem realizada utilizando controle fluoroscpico.

Indicaes clnicas: - traumatismo - perda involuntria de urina - estenose de uretra - refluxo ureteral

Metodologia: Paciente em decbito dorsal, PMS sobre a L.C.M., deve-se realizar uma radiografia simples da bexiga em AP, para verificao da tcnica empregada, posicionamento e variaes anatmicas.

Aps a radiografia simples, deve-se instalar aparelho prprio na glande do paciente com cateterizao da poro distal da uretra (paciente do sexo masculino), ou introduzir uma sonda vesical na bexiga atravs da uretra (paciente do sexo feminino) para realizao do exame. Fase retrgrada: O aparelho prprio ou a sonda, ligados a uma seringa contendo contraste iodado, deve ser instalado no tero distai da uretra. Aps instalao, o paciente ficar disposto nas posies oblqua esquerda e direita.

1- Realizar radiografia em OD no momento da injeo 2- Realizar radiografia em OE no momento da injeo

- R.C. - perpendicular ao abdome, entrando 4 cm acima da snfise pbica - Chassis 24 x 30 panormico transversal

Cistografia A sonda estar conectada a um frasco de soro fisiolgico de 500 ml, o qual estar disposto da seguinte forma: 400 ml de soro / 100 ml de contraste iodado.

1- Radiografar a bexiga com pequeno enchimento, 100 ml em AP 2- Radiografar a bexiga com mdio enchimento, 200 ml em AP 3- Radiografar a bexiga com grande enchimento, 400 a 500 ml em AP 4- Radiografar a bexiga cheia nas posies OD e OE.

- R.C. - perpendicular ao abdome, entrando 4 cm acima da snfise pbica - Chassis: 18 x 24 panormico transversal (pequeno enchimento, mdio enchimento, e ps miccional da bexiga) - Chassis 24 x 30 panormico transversal (OD e OE localizada da bexiga) Observao: A Cistografia normalmente realizada associada Uretrocistografia, porm, eventualmente realizada individualmente quando o objetivo observar somente a bexiga.

Fase Miccional 1- Realizar radiografias em OD e OE, com o paciente urinando. 2- Realizar radiografia ps-miccional

- Chassis 30 cm x 40 cm panormico longitudinal (OD e OE miccional) - Chassis 18 cm x 24 cm panormico (ps miccional)

NOTA: O chassis 30 x 40 utilizado nas exposies com paciente urinando para que, se houver refluxo ureteral, conseguiremos visualizar todo o refluxo e verificar at que ponto chegou.

UROTOMOGRAFIA

URORESSONANCIA

CRONOGRAMA

Atividades Mar Elaborao do projeto Entrega do projeto Pesquisa bibliogrfica Coleta de Dados Apresentao e discusso dos dados Concluso Entrega TCC Defesa banca do da

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

BIBLIOGRAFIA

http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?sec=42&art=358 BONTRAGER, K.. Tratado de Tcnica Radiolgica e Base Anatmica. 5 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. NOBREGA, Almir Incio da. Tecnologia radiolgica e diagnstico por imagem. 1 ed. So Caetano do Sul: Difuso; 2006, 1v.

ANEXOS

APNDICES