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COPEL GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A
COLÍDER - MT
PLANO DE TRABALHO
Programa de Monitoramento de Processos Erosivos e
Assoreamento – UHE Colíder
Dezembro/2012
COPEL – UHE Colíder
Plano de trabalho - Programa de monitoramento de processos erosivos e assoreamento
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 6
2. DADOS GERAIS 8
2.1. CONTRATANTE 8
2.1.1. LOCAL DA OBRA 8
2.2. EMPRESA EXECUTORA 8
2.2.1. EQUIPE TÉCNICA DO PROGRAMA 9
2.2.1.1. Equipe de campo 9
2.2.1.2. Equipe de escritório 9
2.2.1.3. Responsáveis técnicos pelos campos e relatórios 9
2.2.1.4. Coordenador do programa 10
3. METODOLOGIA APLICADA 11
3.1. MÉTODOS DIRETOS 12
3.1.1. MONITORAMENTO DE PROCESSOS EROSIVOS 12
3.1.1.1. Pinos de erosão 12
3.1.1.2. Estacas de erosão 14
3.1.1.3. Perfilagens Sucessivas 15
3.1.2. MONITORAMENTO DO ASSOREAMENTO 16
3.1.2.1. Estacas graduadas 17
3.2. MÉTODOS INDIRETOS 17
3.2.1. ANÁLISE MULTITEMPORAL 18
3.3. MÉTODOS COMPLEMENTARES 18
3.3.1. INFILTRÔMETRO DE HILLS 19
3.3.2. SONDAGEM A TRADO E DESCRIÇÃO DO PERFIL DE SOLO/ ROCHA 20
3.4. MONITORAMENTO DE LOCAIS POTENCIALMENTE CRÍTICOS E MARGENS 21
3.5. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE INSTABILIZAÇÃO PROVOCADOS POR
FLUXO SUBSUPERFICIAL 22
3.6. GEOPROCESSAMENTO E DADOS ESPACIAIS 24
3.7. ELABORAÇÃO DAS CARTAS TEMÁTICAS 24
3.8. CARTA DE SUSCETIBILIDADE GEOTÉCNICA E METODOLOGIA DE PONDERAÇÃO 27
3.8.1. METODOLOGIA DE PONDERAÇÃO 28
3.9. TRATAMENTO DE DADOS 31
3.10. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 32
3.11. SÍNTESE METODOLÓGICA POR FASE DO PROGRAMA 32
3.11.1. FASE 1 – PRÉ-ENCHIMENTO 32
3.11.2. FASE 2 - ENCHIMENTO 33
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3.11.3. FASE 3 – PÓS-ENCHIMENTO 33
4. RESULTADOS ESPERADOS 34
5. CRONOGRAMA 35
6. RESPONSABILIDADES 37
7. REFERÊNCIAS 38
8. ANEXOS 41
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – ESQUEMA REPRESENTATIVO DO MÉTODO DE PINOS DE EROSÃO. 14
FIGURA 2 – MÉTODO DAS PERFILAGENS SUCESSIVAS E ESTACAS DE EROSÃO. AS SETAS VERMELHAS
INDICAM PARTE DOS ELEMENTOS AVALIADOS EM CAMPO. 16
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - TIPOS DE CARTAS GEOTÉCNICAS E SEUS CONCEITOS CONFORME PRANDINI ET AL., 1995. 28
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1. INTRODUÇÃO
Este documento apresenta o Plano de Trabalho proposto para execução do
Programa de Monitoramento de Processos Erosivos e Assoreamento na
UHE Colíder. Estão incluídas no escopo deste programa a bacia de
acumulação do reservatório, áreas de remanso, áreas de preservação
permanente e áreas de desembocadura da referida usina.
O monitoramento dos processos erosivos e assoreamento é necessário em
toda a extensão do reservatório, principalmente, para que as modificações
nas condições de estabilidade das encostas adjacentes ao mesmo sejam
identificadas a tempo de mitigar ou evitar o aumento do assoreamento ao
longo do reservatório. Desta forma, o programa propõem ações que visam
acompanhar a atuação dos processos erosivos e assoreamento em função
das alterações geradas pela implantação da UHE Colíder durante a fase de
obras e início de operação da mesma. No caso de identificação de pontos
instáveis ou altamente instáveis serão propostas medidas interventivas e
acompanhados a recuperação das mesmas.
Este programa compreende um dos programas integrantes do Projeto
Básico Ambiental (PBA) da UHE Colíder apresentado ao órgão ambiental
como parte do processo de licenciamento ambiental da mesma.
Os trabalhos serão executados conforme as especificações técnicas do
programa e definidas pelo contrato COPEL DMC nº 4600001784/2012,
bem como, as diretrizes estipuladas no PBA. Os serviços definidos neste
plano de trabalho serão realizados conforme a legislação ambiental
vigente, no âmbito municipal, estadual e federal.
Este documento foi elaborado em atendimento ao Evento Contratual 01
(EC-01) relativo à Mobilização e Apresentação do Plano de Trabalho
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elaborado em concessão a ordem de serviço (OS nº 01/2012), iniciado em
03/12/2012.
Este Plano de Trabalho apresenta os serviços que serão executados
durante as Fases 1, 2, e 3, conforme descrito na especificação técnica do
programa e consiste no planejamento de ações a serem desenvolvidas ao
longo da execução do programa.
Os trabalhos de campo serão executados conforme normas e diretivas de
segurança do trabalho da COPEL, além das instruções de segurança que
constam no contrato e instruções repassadas pela responsável de
segurança do trabalho da UHE Colíder Ana Paula Pinto Gonçalves durante
a reunião de integração realizada no dia 03/12/2012.
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2. DADOS GERAIS
2.1. Contratante
2.1.1. Local da obra
2.2. Empresa executora
Razão social: COPEL GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A.
CNPJ: 04.370.282/0001-70
Endereço: Rua José Izidoro Biazetto, 158, Mossunguê
Curitiba/PR - CEP: 81.200-240.
Contato Cícero Martins Junior – Gestor do contrato
Email: [email protected]
Empreendimento: Usina Hidrelétrica de Colíder
Localização: Municípios de Nova Canaã do Norte, Itaúba,
Colíder e Cláudia, no Estado do Mato Grosso
Razão social: Assessoria Técnica Ambiental Ltda.
Nome fantasia: Cia Ambiental
CNPJ: 05.688.216/0001-05
Endereço: Rua Marechal José Bernardino Bormann, nº 821
Batel, Curitiba/PR - CEP: 80.730-350.
Telefone/fax: (0**41) 3336-0888
Telefone celular: (0**41) 9243-4831
E-mail: [email protected]
Registro do CREA: PR-41043
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2.2.1. Equipe técnica do programa
O programa será executado pelos seguintes profissionais:
Fábio Manassés – Geólogo/ Mestre em Geologia Ambiental/
Hidrogeologia
Clarissa Oliveira Dias – Eng. Ambiental/ Mestra em Geotecnia
Ambiental
Fernando Alberto Prochmann – Eng. bioquímico e eng. de segurança/
Especialista em Gestão Ambiental
Rafael Gafke – Técnico Ambiental
2.2.1.1. Equipe de campo
Os serviços de campo serão executados por equipe habilitada e é
composta pelos seguintes profissionais:
Fábio Manassés
Rafael Gafke
Clarissa Oliveira Dias
Fernando Alberto Prochmann
2.2.1.2. Equipe de escritório
A equipe de escritório e apoio a execução do programa são os seguintes
profissionais:
Clarissa Oliveira Dias
Fernando Alberto Prochmann
2.2.1.3. Responsáveis técnicos pelos campos e relatórios
O responsável técnico pela execução do programa, incluindo campo e
relatório, é o geólogo Fábio Manassés.
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2.2.1.4. Coordenador do programa
O coordenador do programa é o geólogo Fábio Manassés.
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3. METODOLOGIA APLICADA
Para a execução do programa serão utilizados métodos diretos, indiretos e
complementares visando uma integração de informações e dados que
resultem em melhor compreensão dos processos de dinâmica hídrica e
erosão. Os métodos apresentados procedem de técnicas contempladas
com sucesso em diversas regiões do mundo e do Brasil (GUERRA, 2005).
Os métodos diretos consistem em obtenção visual e local em campo de
dados e informações que possibilitem interpretar a evolução e
desenvolvimento dos processos erosivos e assoreamento, de forma, que
são destinados para o levantamento em campo.
Os métodos indiretos utilizam dados obtidos a partir de mapas, cartas e
imagens de satélite e que serão utilizados como apoio aos métodos diretos
e complementares.
Além, dos métodos citados acima, poderão, ainda, ser utilizados métodos
complementares que visam fornecer informações em campo sobre o solo
e suas propriedades, de forma a auxiliar na obtenção de dados para
elaboração das cartas temáticas, bem como, compreender a evolução dos
processos erosivos e de assoreamento nas áreas avaliadas para definição
de medidas preventivas e corretivas adequadas.
A seguir são apresentados os métodos propostos para execução do
programa, incluindo os métodos apresentados para monitoramento de
locais potencialmente críticos, geoprocessamento e dados espaciais,
elaboração das cartas temáticas, avaliação dos processos de instabilização
provocados por fluxo subsuperficial e tratamento de dados. No final do
capítulo é apresentada uma síntese da metodologia utilizada por cada fase
do programa.
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Plano de trabalho - Programa de monitoramento de processos erosivos e assoreamento
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3.1. Métodos diretos
Para execução dos métodos será percorrido por via terrestre as áreas
referentes à bacia de acumulação, perímetro do futuro reservatório, áreas
de preservação permanente, áreas de remanso locais de desembocaduras
e outros locais definidos como propícias a ocorrência de processos
erosivos ou assoreamento.
3.1.1. Monitoramento de processos erosivos
Para o monitoramento de processos erosivos poderão ser utilizados,
inicialmente, três métodos, conforme descrito a seguir. Os métodos
poderão ser utilizados em conjuntos no mesmo local ou isolados a
depender da avaliação local realizada pela equipe em campo.
3.1.1.1. Pinos de erosão
Este método consiste em cravar pinos no solo e medir a exposição dos
mesmos em relação ao solo (ROCHA e SOUZA FILHO, 1996), conforme
apresentado na figura a seguir. É um dos métodos mais simples e
eficiente para monitoramento dos solos, relacionado, nesse caso, ao
escoamento superficial difuso, que provoca erosão em lençol (GUERRA e
CUNHA, 2010). O material utilizado consistirá em pinos (pelo menos 30
cm), com o aspecto semelhante a pregos. A distribuição espacial dos
pinos será definida com base na análise de regiões potencialmente críticas
em campo e através de imagens de satélite e será plotada em um
diagrama, com a indicação da coordenada espacial de cada pino. À
medida que o solo vai sendo erodido, os pinos vão ficando cada vez mais
exposto. O método será usado em porções planas ou onduladas ou áreas
específicas sujeitas à erosão em lençol. A quantia de pinos dependerá do
tamanho da área em questão. O monitoramento dos pinos de erosão
consiste em medir o quanto o pino está ficando exposto em relação ao
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solo. Após um tempo determinado é possível verificar a taxa de
rebaixamento do solo dos pinos instalados e monitorados (GUERRA,
2005). A medição dos pinos será realizada durante as campanhas de
campo.
Além das medições no solo, este método poderá ser utilizado para avaliar
a erosão fluvial na face de barranco nas margens fluviais, em conjunto
com o método das perfilagens sucessivas (figura 2).
As áreas selecionadas serão isoladas da movimentação de pessoas e
gados, pois estes poderiam retirar alguns pinos e ou caminhar sobre os
mesmos mascarando os resultados do monitoramento.
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Figura 1 – Esquema representativo do método de pinos de erosão.
3.1.1.2. Estacas de erosão
Este método foi inicialmente empregado por Rocha e Souza Filho (1996),
e consiste na instalação de estacas de madeira na superfície do barranco.
A distância entre as estacas e a margem é medida e indica o
comportamento do local em função da atuação dos processos erosivos.
Esse método só permite a quantificação do recuo da borda do barranco
(ROCHA e SOUZA FILHO, 2001). Para execução deste método utiliza-se de
marcos definidos em cada seção ou de instalação de estacas na margem.
Então, realizam-se medidas de recuo de margens a partir dos marcos com
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uso de uma trena dependendo dos processos de erosão atuantes, como
por exemplo, desmoronamentos (GUERRA e CUNHA, 2010). As medições
ocorrerão durante as campanhas de campo do programa, especificadas no
cronograma (capítulo 5).
3.1.1.3. Perfilagens Sucessivas
Este método consiste no levantamento de perfis nas margens monitoradas
e indica a ilustração da evolução progressiva de seus perfis. É um método
que agrupa os pinos e estacas de erosão, de forma a compreender a
evolução do perfil naquele local da margem do rio. A perfilagem sucessiva
é utilizada como uma maneira gráfica de evidenciar a evolução da face do
barranco, ao longo do período monitorado (CORREA e SOUZA FILHO,
2009). Durante o levantamento de campo serão descritos o perfil de solo
e medidas as distâncias correspondentes à estaca e margem, além da
profundidade dos pinos de erosão. A quantidade de pontos que serão
amostrados depende da situação identificada em campo. A medição será
feita através de régua metálica graduada e trena flexível. Os resultados
das perfilagens serão utilizados para a determinação do avanço ou recuo
da margem durante o período avaliado.
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Figura 2 – Método das perfilagens sucessivas e estacas de erosão. As setas
vermelhas indicam parte dos elementos avaliados em campo.
3.1.2. Monitoramento do assoreamento
O processo de assoreamento numa bacia hidrográfica encontra-se
intimamente relacionado aos processos erosivos, uma vez que este
processo é que fornece os materiais que darão origem ao assoreamento.
Quando não há energia suficiente para transportar o material erodido,
este material é depositado (GUERRA, 1996).
O Brasil possui muitos reservatórios parcial ou totalmente assoreados. O
fim de todos os reservatórios é se assorearem com sedimentos. A
deposição das partículas sólidas não pode ser evitada, mas pode ser
atenuada, através de providências mitigadoras na bacia hidrográfica e no
barramento (CARVALHO, 1994).
O método direto utilizado para o monitoramento dos processos de
assoreamento é a estaca graduada.
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3.1.2.1. Estacas graduadas
Este método consiste na instalação de estacas graduadas ou réguas ao
longo de áreas sujeitas a assoreamento, tais como, rios, áreas de
nascentes, várzeas, áreas de desembocadura, áreas de preservação
permanente e córregos próximos ao reservatório da UHE. As estacas
serão instaladas durante a Fase 1 do programa e possibilitarão avaliar o
assoreamento instalado nas Fases 2 e 3. Durante a Fase 1, no momento
de instalação das estacas, os valores observados em cada estaca será
considerado “zero” para ocorrência do assoreamento. Caso identificado o
assoreamento haverá alteração dos valores indicado na estaca o qual será
medido durante as campanhas de campo. Aqueles locais com processos
de assoreamento já identificados serão avaliados quanto à necessidade de
medidas preventivas.
Em cada campanha de monitoramento serão obtidos registros
fotográficos, avaliação do nível d’água através de estaca graduada (onde
as condições naturais permitam), e marcação das possíveis alterações nas
suas características, considerando a sazonalidade, índices pluviométricos e
a influência da obra sobre este ponto.
3.2. Métodos indiretos
Os métodos indiretos serão utilizados com o objetivo de identificar feições
ou regiões suscetíveis à instalação de processos erosivos e assoreamento.
Para execução deste método serão utilizados mapas, cartas e imagens de
satélite. O uso de imagens, também, possibilitará a execução de análise
multitemporal para a região avaliada. As imagens utilizadas serão aquelas
de alta resolução fornecidas pela COPEL, bem como imagens de média
resolução como a Landsat 5 e CBERS, que possibilitarão realizar análise
multitemporal da área avaliada.
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Serão designados pontos de controle para conferir informações obtidas em
campo com as informações obtidas em mapas, cartas e imagens de
satélite. Cada ponto de controle possuirá um dado vetorial com tabela de
atributos e localização espacial.
3.2.1. Análise multitemporal
Este método é basicamente de cunho cartográfico e consiste na utilização
de bases cartográficas do mesmo local em diferentes datas para
comparação da posição e forma das margens e feições erosivas de grande
porte de forma a fazer uma análise histórica das mesmas. Estes métodos
permitem resgatar informações existentes em mapas antigos. Fontes
(2003) utilizou este no baixo curso do Rio São Francisco para avaliação
dos processos erosivos de encostas.
As imagens obtidas ao longo do monitoramento permitirão avaliar as
possíveis alterações geradas pela implantação do reservatório. A análise
das imagens permite fazer cálculos de variação de área, bem como,
comparação em diferentes períodos. Poderá ainda ser utilizado como
complemento de trabalhos mais detalhados de observações diretas no
campo.
3.3. Métodos complementares
Estes métodos serão usados em locais específicos determinados pela
equipe do programa e visam obter informações que possibilitem auxiliar
na obtenção de informações elencadas no programa. Os resultados
obtidos com estes métodos, também, fornecerão informações relevantes
na elaboração das cartas temáticas. Os métodos complementares
propostos neste plano envolve avaliação em campo de propriedades
físicas do solo que influenciam diretamente o processo erosivo. Segundo
Silva (1994), as propriedades que afetam a taxa de infiltração e
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permeabilidade são aquelas que influenciam a resistência do solo às forças
de dispersão, salpico e transporte, as quais são consideradas de maior
importância nos estudos de erosão do solo. No mesmo sentido, Chaves et
al. (1993) colocam que as propriedades físicas do solo regulam a
infiltração e a movimentação da água ao longo do perfil, influenciando o
escoamento superficial e a resistência do solo ao impacto da gota de
chuva. A seguir são apresentados os métodos propostos.
3.3.1. Infiltrômetro de Hills
Consiste em uma metodologia proposta por Guerra (1996), para avaliação
da taxa de infiltração do solo. O procedimento inicia com a colocação do
infiltrômetro no solo com o auxílio de martelo ou marreta. O infiltrômetro
de Hills é constituído de um cilindro metálico de pvc ou ferro com 15 cm
de altura por 10 cm de diâmetro que é colocado e/ou enterrado 5 cm no
solo e afixada uma régua graduada nos 10 cm internos restantes do
instrumento. Em seguida, despeja-se água dentro do infiltrômetro,
marcando o tempo com um cronômetro e anotando a profundidade da
água, a cada minuto na régua, até chegar aos 30 minutos de experimento
(GUERRA, 1996). Cada ponto em que será realizado o teste terá uma
ficha com a descrição do local e resultados obtidos que, posteriormente,
serão plotados em planilhas para a obtenção de gráficos específicos.
Para a realização dos testes será necessários os seguintes materiais:
infiltrômetro de Hills (tubo de pvc com 10 cm de diâmetro e 15 cm
de altura);
martelo para fixar o infiltrômetro no solo;
cronômetro para calcular o tempo;
régua para leitura da altura infiltrada;
proveta usada para mensurar o volume de água utilizada;
trena para medir a distância entre a feição erosiva e o local de
realização do teste e
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clinômetro para identificação da declividade da superfície.
Destaca-se que este método é complementar aos métodos desenvolvidos
para o monitoramento e será utilizado para definir a taxa de infiltração do
solo que, por sua vez, exerce um importante papel sobre o escoamento
superficial. Além disso, a infiltração de água no solo constitui-se num dos
principais elementos da dinâmica hidrológica responsável pela deflagração
de processos erosivos, assoreamento de canais e movimentações de
massa (GUERRA e CUNHA, 2010). A compreensão da infiltração de água
no solo permite entender a atuação dos processos e mecanismos de
erosão, que tem sua origem no desequilíbrio hidrológico ocasionado pela
ocupação do solo, quase sempre acompanhado pela remoção da cobertura
vegetal. A capacidade do solo em absorver água está ligada ao
escoamento superficial e como consequência a formação de pequenas
incisões erosivas.
3.3.2. Sondagem a trado e descrição do perfil de solo/ rocha
As sondagens a trado serão realizadas com intuito de conhecer as
propriedades e tipo de solo local. O trado utilizado será o modelo em
caneco de 4”. As sondagens serão locadas em pontos estratégicos visando
entender o arranjo estrutural do solo e propriedades inerentes aos
processos erosivos. Durante a execução das sondagens será realizado
descrição morfológica dos solos e aspectos de textura, camadas,
horizontes, espessura, estrutura, granulometria, cor, conforme o Sistema
Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), publicado pela EMBRAPA
(2006). Para a determinação da cor será utilizada a Carta de Cores de
Munsell (MUNSELL, 1994). No caso de perfis de solo exposto em barranco
ou taludes, a descrição do solo será realizada neste local. Serão, ainda,
descritas as rochas e estruturas observadas, tanto em afloramento,
quanto em sondagens e perfis expostos em encostas e barrancos, com
auxílio de uma bussola de geólogo, martelo, lupa e canivete.
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3.4. Monitoramento de locais potencialmente críticos e margens
Os locais definidos como potencialmente críticos serão identificados, de
forma preliminar, através das imagens de satélite e posteriormente
confirmado em campo e correspondem a:
solos ou formações superficiais mais espessas ou potencialmente
erodíveis;
superfícies de declividade próxima ou superior ao ângulo de
estabilidade natural do talude em condições subaquáticas;
locais com evidência de escorregamentos e processos erosivos
preexistentes ou com potencial para eventos de movimentação da
massa de solo;
locais que apresentem características de cobertura vegetal e
propriedades geotécnicas em situação potencialmente crítica para a
formação de processos erosivos ou onde a ação antrópica promove a
exposição dos horizontes superficiais, deixando-os mais suscetíveis
aos processos de dinâmica superficial;
locais em que eventos de desestabilização ou de erosão do solo
possam comprometer qualquer infraestrutura, construção, instalação
ou benfeitoria fora da área diretamente atingida pelo
empreendimento; e.
qualquer local que demande atenção especial devido ao risco de
erosão e de carreamento de sedimentos para o reservatório.
As margens serão monitoradas pelos métodos das perfilagens sucessivas
e das estacas de erosão, conforme descrito anteriormente. Os locais
potencialmente críticos serão monitorados com uso de métodos diretos
associados a métodos complementares. Durante a Fase 1 serão instalados
os equipamentos de campo para monitoramento dos locais potencialmente
críticos, de forma que estes serão monitorados durante as campanhas de
campo e após a instalação dos mesmos. Na Fase 2, o monitoramento
destes locais será mensalmente. Na Fase 3, relativa ao período de pós-
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enchimento do reservatório, o monitoramento será bimestral a semestral,
conforme definido na especificação técnica do programa.
Os pontos cadastrados como locais potencialmente críticos terão uma
ficha de identificação (em anexo) que contemplará:
Sigla para identificação do local, conforme modelo (PC-01; PC-02
etc.);
Imagem obtida através de registro fotográfico que caracterize e
identifique o local;
Localização do ponto sobre uma base cartográfica, preferencialmente,
imagem de satélite;
Georreferenciamento do ponto e cota altimétrica;
Previsão do tipo de processo erosivo a ser provocado no local pela
operação do empreendimento;
Descrição sucinta dos principais aspectos observados relacionados à
erosão;
Para os pontos definidos como instável ou altamente instável haverá
proposição de medidas corretivas, de controle ou preventivas.
3.5. Métodos para avaliação dos processos de instabilização
provocados por fluxo subsuperficial
O monitoramento dos processos de instabilização provocados por fluxo
subsuperficial será acompanhado dos dados fornecidos pela COPEL do
Programa de Monitoramento Hidrogeológico. Os dados fornecidos
possibilitarão identificar o nível estático e quaisquer alterações em termos
de potenciometria nos poços. A profundidade do nível estático medido nos
poços de monitoramento instalados serão definidos durante a Fase 1 como
aqueles em situação de equilíbrio água superficial/ água subterrânea
(água subsuperficial). Já, durante as Fases 2 e 3, serão monitoradas
quaisquer alterações no nível estático dos poços.
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Os processos erosivos em subsuperfície diferem-se dos processos erosivos
superficiais pela sua difícil detecção. Normalmente ocorrem através de
fluxos concentrados que podem dar origem a canais preferenciais de
escoamento subsuperficial, dando origem a túneis pela ação de
desagregação mecânica do material de origem gerada pela água. Essa
forma de erosão resulta da exfiltração de água, gerando uma força
associada a um gradiente de potencial hidráulico que atua sobre um grão
ou sobre um grande volume de rocha/solo (FERNANDES, 1990).
Esse processo erosivo possui feições características, destacando-se as
estruturas de abatimento e a subsidência do teto dos túneis, que são
feições materializadas na superfície. Essas demonstram estágios em que
um sistema de túneis pode ser encontrado (FERNANDES, 1990).
A ocorrência de erosão em túneis é usualmente associada com alterações
nas condições hidrológicas do solo, que resultam numa frequente
saturação de argilas (RICHLEY, 2000).
No caso de identificação de incisões geradas por processos erosivos de
origem subsuperficial em campo, o local será cadastrado como
potencialmente crítico. Então serão medidas e descritas às estruturas
observadas acompanhada de registro fotográfico e ficha de identificação.
Essas avaliações possibilitarão o estudo direto dos processos relativos ao
funcionamento da erosão nas paredes expostas das estruturas de
abatimento e no interior dos túneis acessados por elas. Os pontos
identificados serão monitorados periodicamente além de possibilitar
registros sistemáticos dos mecanismos erosivos dominantes no processo,
através de marcas de erosão e feições associadas, bem como das
características gerais do ambiente, como o tipo de cobertura vegetal,
atividade biológica de animais escavadores e construção do croqui de
campo.
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3.6. Geoprocessamento e dados espaciais
A metodologia baseada na utilização de sistemas de informação geográfica
(SIG) requer um trabalho sistemático de composição de bancos de dados
espaciais e de seus atributos.
Os dados espaciais serão processados em plataforma GIS e através de
programas específicos para tal finalidade como o ArcGis (Versão 10 e 9.3),
Globbal Mapper 13, Envi 4.0, Surfer 10 e GVSig. Serão utilizadas técnicas
de geoprocessamento ao longo da elaboração das cartas temáticas e
execução do programa. O datum utilizado para as atividades de
geoprocessamento durante todo o período vigente do programa será o
SIRGAS 2000. A escala de trabalho adotada será aquela definida conforme
a especificação técnica do programa.
Será elaborado um banco de dados georreferenciado que contemple todos
os pontos em que serão instalados equipamentos utilizados para os
métodos diretos e complementares. Cada ponto terá uma localização
espacial e cota altimétrica, além de dados como tipo de equipamento,
resultados obtidos a cada campanha de monitoramento, tipo de solo,
entre outros, definidos pela equipe do programa.
A elaboração de um banco de dados em Sistemas de Informações
Geográficas - SIG, com pontos coletados em campo e fotografias de
aspectos da paisagem propicia maior precisão e confiabilidade na
interpretação e classificação das imagens.
3.7. Elaboração das cartas temáticas
A seguir são apresentados métodos propostos para elaboração de cada
uma das cartas temáticas. Ressalta-se que durante as campanhas, serão
obtidas todas as informações necessárias para a elaboração das cartas.
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Carta de declividades
Para elaboração da carta de declividades será utilizado o arquivo vetorial
(shapefile) referente ao levantamento topográfico detalhado fornecido
pelo contratante com apoio da imagem de satélite SRTM 90. Esta imagem
possui a resolução de 90 m e têm sido amplamente utilizada para
elaboração de mapas e cartas deste tipo. Os dados SRTM utilizados são
àqueles disponibilizados a partir de 2003 pelo Centro de Distribuição de
Dados da USGS (United States Geological Survey). Os dados para a
correta elaboração da carta serão conferidos em campo e acrescidos de
informações com auxílio de GPS e clinômetro.
As classes de declividades utilizadas serão aquelas definidas pela
EMBRAPA (2006), em que o relevo pode ser: plano (0 – 3%); suave
ondulado (3 – 8%); ondulado (8 – 20%); forte ondulado (20 – 45%);
montanhoso (45 – 75%) e escarpado (> 75%).
Carta de pendentes topográficas (taludes)
Segundo Fiori e Carmignani (2001), talude é um termo genérico que
compreende quaisquer superfícies inclinadas que limitam um maciço de
terra, de rocha ou de terra e rocha. Podem ser naturais, casos das
encostas, ou artificiais, quando construídos pelo homem, como os taludes
de cortes e aterros.
A carta de taludes, aqui proposta, visa destacar a localização dos taludes
existentes na área avaliada. Uma vez identificados, serão definidos se os
taludes são naturais ou artificiais, além de possíveis interferências diretas
com a obra. Esta carta será baseada na carta de declividades configurada
para a região.
Carta de tipos de solo superficial
Para elaboração desta carta será utilizado inicialmente como base os
dados do levantamento de solos realizado para o EIA-RIMA da UHE
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26
Colíder. Os dados serão complementados com informações obtidas em
mapas e cartas publicados com escalas compatíveis ao pretendido. Além
disso, serão utilizados métodos complementares com pontos de controle
de campo, o infiltrômetro de Hills, sondagens e descrição dos perfis de
solo, de forma a detalhar o mapeamento e obter dados diretos. Os solos
serão classificados conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(EMBRAPA, 2006).
Carta geológica lito-estrutural
A carta geológica lito-estrutural é composta de dois elementos essenciais,
os litotipos e as estruturas existentes nos mesmos. Para elaboração desta
carta serão utilizados dados contemplados no EIA-RIMA da UHE Colíder,
como o mapa geológico, acrescidos de informações diretas obtidas em
campo através da execução de sondagens, descrição de perfis de
solo/rocha e afloramentos. Os dados estruturais serão obtidos através da
descrição de afloramentos rochosos observados na área avaliada e com
auxilio de uma bussola de geólogo serão medidas as estruturas
observadas. Serão, ainda, utilizadas imagens de satélite SRTM, Topodata
e GeoCover Circa 2000, com as quais serão definidos lineamentos a
alinhamentos estruturais existentes na área.
Carta de uso do solo
A elaboração desta carta será realizada com a utilização do SIG através da
interpretação de imagens de satélite obtidas. A interpretação do uso do
solo se dará a partir da interpretação visual em tela, na escala definida
pela especificação técnica, das imagens obtidas e será subsidiada por
inspeções de campo para aferição dos critérios adotados. As imagens, de
datas distintas, permitirão também análise temporal, ajudando na
identificação de alterações no uso do solo e na vegetação natural. As
classes definidas no mapeamento serão inicialmente: corpos hídricos;
área descampada; floresta; pântano; pastagem; acessos e outras que a
equipe do programa considerar pertinente.
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27
O tamanho da área mínima capaz de ser descrita como pertencente a uma
determinada categoria (classe) de uso da terra depende da escala e
resolução dos dados originais, além da escala de compilação e da escala
final de apresentação (ROSA, 2003).
Para validar a interpretação do uso do solo serão realizados trabalhos de
campo, com auxílio de GPS, mapas impressos e máquina fotográfica,
elaborando-se um acervo fotográfico georreferenciado.
Carta de feições erosivas observadas
Esta carta será elaborada com base em dados diretos levantados em
campo. A carta contemplará todos os pontos cadastrados com as devidas
feições erosivas e assoreamento identificados através dos métodos diretos
e indiretos.
3.8. Carta de suscetibilidade geotécnica e metodologia de
ponderação
A configuração de suscetibilidade geotécnica é uma tarefa complexa uma
vez que muitos fatores exercem influência em sua degradação. Um dos
objetivos do zoneamento de suscetibilidade é subdividir a área avaliada
em zonas de igual suscetibilidade, não funcionando, portanto, como
instrumento de determinação de estabilidade de taludes individuais
(GUERRA, 1996).
Prandini et al. (1995), consideram que a carta geotécnica expõe as
limitações e as potencialidades dos terrenos e estabelece as diretrizes de
ocupação para as diversas formas de uso. Os autores mencionados
reconhecem três tipos de cartas geotécnicas, denominadas: cartas
geotécnicas clássicas, cartas de suscetibilidade e cartas de risco. Estes
documentos podem, ainda, ser classificados em: genéricas - de caráter
apenas indicativo e orientador, subsidiando, assim, o planejamento do uso
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28
e ocupação; e específicas, que são determinativas e restritas, impondo a
projetos formas mais adequadas de uso e ocupação do solo e/ou a
necessidade de determinados tipos de obras de engenharia. Prandini et al.
(1995), também, expõem que a cartografia geotécnica pode ser
apresentada com diferentes designações, conforme a finalidade e a
própria natureza do terreno. Desta forma, existem quatro tipos principais
de cartas geotécnicas com conceitos distintos, conforme apresentado na
tabela a seguir (PRANDINI et al., 1995).
Tabela 1 - Tipos de cartas geotécnicas e seus conceitos conforme Prandini et al.,
1995.
TIPO CONCEITO
Cartas geotécnicas (propriamente
ditas)
Expõem as limitações e potencialidades dos
terrenos, estabelecendo as diretrizes de ocupação
frente às formas de uso do solo.
Cartas de riscos geológicos Preponderam a avaliação de dano potencial à
ocupação, frente a uma ou mais formas de uso. Cartas de suscetibilidade
geotécnica
Informam sobre a possibilidade de ocorrência de
um ou mais fenômenos geológicos e de
comportamentos indesejáveis. Cartas de atributos ou parâmetros Apresentam informações geográficas de interesse
ao uso e ocupação do solo.
A carta de suscetibilidade geotécnica a ser elaborada é aquela definida por
Prandini et. al. (1995), como “as cartas de suscetibilidade geotécnica
informam sobre a possibilidade de ocorrência de um ou mais fenômenos
geológicos e de comportamentos indesejáveis”. Esta será confeccionada a
partir da compilação e integração de dados bibliográficos, referentes a
geologia, geotecnia, geomorfologia, declividade e hidrologia apoiados com
métodos indiretos, complementares e cartas temáticas.
3.8.1. Metodologia de ponderação
A literatura técnica específica apresenta uma série de metodologias
aplicadas a estudos relativos ao mapeamento de suscetibilidade
geotécnico. Guerra e Cunha (2010), afirmam que os métodos que
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29
envolvem a combinação de fatores deflagradores de suscetibilidade geram
produtos semelhantes, a partir da aplicação de métodos diferentes. O
método aqui apresentado para elaboração da carta de suscetibilidade
geotécnica é baseado naquele desenvolvido pela Escola de Engenharia de
São Carlos (EESC) e apresentada na proposta de cartografia geotécnica de
Zuquette et al. (1997). Desta forma, para a elaboração da carta de
suscetibilidade geotécnica serão contempladas três etapas iniciais,
descritas a seguir:
Levantamento de dados:
Nesta etapa serão levantados dados sobre as características físicas e de
uso do solo, bem como, sobre feições erosivas anteriores, a partir de
mapas e imagens de satélite da região. Também serão coletados dados e
mapas sobre a geologia, geomorfologia, hidrologia, da área, os quais
configuram fatores deflagradores a instabilidade.
Mapeamento de campo:
A investigação de campo se inicia com um levantamento expedito voltado
para o reconhecimento dos materiais geológicos e solos presentes para a
checagem das informações no levantamento de dados. Durante esta etapa
serão utilizados métodos complementares e identificadas as variações do
contexto geomorfológico, do substrato rochoso e dos materiais
inconsolidados, tornando-se possível identificar e delimitar unidades de
terreno. Também, serão descritos possíveis contatos litológicos e grau de
alteração apresentado pelas diferentes litologias.
Representação cartográfica:
A finalização da carta de suscetibilidade geotécnica corresponde à
organização dos dados coletados nas etapas anteriores. A representação
cartográfica será feita sob a forma de zoneamento, em que domínios
homogêneos, em relação à suscetibilidade, são mapeados.
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30
A estrutura lógica de análise e integração aqui proposto é definida como
uma análise multicriterial a qual consiste em uma das técnicas bastante
utilizadas para realizar mapeamento deste tipo. Este modo de análise
propõe uma visão unificada do ambiente, abordando a área como um
sistema composto por múltiplas variáveis que se inter-relacionam entre si
e com outros sistemas. Serão utilizados os seguintes temas com critérios
a serem ponderados:
geologia;
geomorfologia e formas de relevo;
solos;
uso e ocupação do solo;
locais potencialmente críticos cadastrados;
Para cada um dos temas serão classificados e ponderados critérios para os
graus de suscetibilidade das classes definidas. Será obtido o grau de
relevância e os pesos de cada critério analisado. Para tanto, define-se
pesos em uma matriz de comparação seguindo uma escala pré-definida
estipulada após a determinação de classes e critérios.
Os critérios serão definidos e ponderados a partir da 1º campanha e
concluídas após a obtenção dos dados da 2º campanha da Fase 1 do
programa. Neste momento já haverá informações suficientes da área
avaliada para compor os critérios a serem utilizados. Todo o processo será
executado em ambiente SIG. Após a conclusão dos processos serão
obtidas quatro classes de suscetibilidade geotécnica, apresentadas a
seguir, destaca-se que durante a Fase 1 serão aprofundados e avaliados
as definições de cada classe apresentada.:
Estável – locais onde a possibilidade de processos erosivos é nula ou
remota. Caracteriza-se por conter aluviões depositadas em fundo de vale
aberto, com mata de galeria preservada. As áreas em terrenos planos
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31
muitos argilosos e espessos. Não apresenta feições erosivas e nem
amostras de materiais inconsolidados consideradas erodíveis;
Medianamente Estável – locais onde os processos erosivos são raros
ou de pequena magnitude e a influência no assoreamento no reservatório
não é significativa. Representado por ocorrências de solos argilosos, com
espessura mediamente espessa e relevo plano ou suave ondulado. Podem
ocorrer feições erosivas relativas a estágios iniciais;
Instável – locais onde são esperados processos erosivos ou de
desestabilização significativos. Para estes pontos deverão ser dadas
sugestões de medidas para controlar a erosão e o assoreamento.
Apresentam materiais com textura muito arenosa a arenosa ou areno-
siltosa e relevo suave ondulado a ondulado. Podem apresentar sulcos e
ravinamento moderado;
Altamente Instável – locais onde os processos erosivos ou de
desestabilização ocorrem com frequência. Para estes pontos serão dadas
sugestões de medidas para controlar a erosão e o assoreamento.
Correspondem aos materiais essencialmente arenosos, espessuras de
pouco e mediamente espessas. O relevo é ondulado, montanhoso ou
escarpado. Podem existir feições erosivas em estágio evolutivo de
ravinamento intenso ou voçorocamento.
3.9. Tratamento de dados
Grande parte dos estudos visando à execução de análises conclusivas
sobre o potencial de instabilização de encostas, desenvolvidas no mundo,
faz uso de técnicas objetivas e subjetivas de tratamento de dados,
baseados em digitalização, informatização e tratamento de dados
(GUERRA, 1996).
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32
A partir dos dados obtidos através da aplicação de métodos diretos,
indiretos e complementares será elaborado um banco de dados
contemplando estas informações. A composição adequada destes bancos
de dados é etapa fundamental para uma boa qualidade dos resultados
obtidos. Serão armazenadas informações sobre tipo de solo, unidade
geológica, declividade, granulometria do solo, coordenadas X e Y,
resultados do monitoramento, altitude, entre outros dados que a equipe
do programa considerar relevante.
3.10. Apresentação dos resultados
Os resultados do programa serão apresentados através de relatórios
contemplando informações e dados sobre cada ponto de monitoramento
cadastrado, bem como, o estágio evolutivo em que os mesmos
encontram-se. Serão incluídos fotos, gráficos e tabelas que visam ilustrar
e melhorar a compreensão das informações geradas.
3.11. Síntese metodológica por fase do programa
3.11.1. Fase 1 – pré-enchimento
Esta fase contemplará a implantação e monitoramento dos instrumentos
descritos nos métodos diretos durante as campanhas de campo. Os
métodos complementares serão utilizados naqueles locais que a equipe de
campo do programa julgar necessário. Serão cadastrados os locais
potencialmente críticos com uma ficha de identificação para cada ponto.
Os métodos indiretos permitirão apoio prévio ao levantamento de campo e
serão fundamentais para elaboração das cartas temáticas, a serem
apresentadas nesta fase. Medidas preventivas poderão ser sugeridas ao
longo desta fase.
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33
3.11.2. Fase 2 - enchimento
Esta fase prevê, inicialmente, duas campanhas de monitoramento e
relatórios. Os locais a serem monitorados serão aqueles cadastrados
durante a Fase 1, em especial as margens e locais suscetíveis a
assoreamento.
3.11.3. Fase 3 – pós-enchimento
Esta fase consiste de campanhas de monitoramento bimestrais,
trimestrais e semestrais, conforme especificado no cronograma,
acompanhadas de relatórios. Os locais já cadastrados anteriormente serão
monitorados com os equipamentos instalados durante a fase 1.
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34
4. RESULTADOS ESPERADOS
A metodologia aplicada ao programa possui caráter preventivo e corretivo.
O caráter preventivo ocorre em função de que as informações coletadas
serão monitoradas periodicamente e quaisquer alterações eventuais ou
anomalias poderão ser identificadas rapidamente. Além disso, para os
locais classificados como instável ou altamente instável, poderão ser
propostas medidas preventivas.
O caráter corretivo do programa é atribuído à proposição de medidas
corretivas durante qualquer fase do programa para inibir a atuação dos
processos erosivos acelerados ou assoreamento.
Espera-se que as ações previstas do programa possibilitem compreender a
dinâmica dos processos erosivos e assoreamento na área avaliada de
forma a minimizar os impactos ambientais resultantes da implantação do
reservatório da UHE. A compreensão adequada do modo de atuação dos
processos será fundamental para propor medidas adequadas de
recomposição e reconformação dos locais cadastrados como
potencialmente críticos. No caso de comunicação de processos erosivos ou
assoreamento por terceiros durante qualquer fase do programa, o local
será vistoriado pela equipe de campo e serão sugeridas medidas
interventivas.
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35
5. CRONOGRAMA
O cronograma previsto do programa é apresentado a seguir. Possíveis
alterações ao longo do programa pertinentes a fase de obra poderão
ocorrer, de forma que o cronograma será revisto e atualizado
mensalmente e conforme o andamento das obras.
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2012
dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Mobilização e Apresentação do Plano de Trabalho x x
1ª Campanha Trimestral de Reconhecimento x x
Relatório da 1ª Campanha Trimestral x
2ª Campanha Trimestral de Reconhecimento x
Relatório da 2ª Campanha Trimestral x
Apresentação das Cartas temáticas x
Apresentação do Relatório Final da Fase 01 e da
Carta de Suscetibilidade Geotécnicax
ST A T US
ATIVIDADES
Levantamento de dados secundários x x x x x x x x xST A T US
Levantamento de dados primários em campo x x xST A T US
Definição de classes e critérios para mapa de
suscetibilidade Geotécnicax x x x x x
ST A T US
Instalação de equipamentos de métodos diretos x x xST A T US
Utilização de métodos complementares x x xST A T US
1ª Campanha mensal de monitoramento do
enchimentox
Relatório das Atividades da 1ª Campanha mensal de
monitoramento do enchimentox
2ª Campanha mensal de monitoramento do
enchimentox x
Relatórios das Atividades 2ª Campanha mensal de
monitoramento do enchimentox x
ST A T US
1ª Campanha bimestral de monitoramento x
1º Relatório bimestral de monitoramento x
2ª Campanha bimestral de monitoramento x
2º Relatório bimestral de monitoramento x
3ª Campanha bimestral de monitoramento x
3º Relatório bimestral de monitoramento x
4ª Campanha bimestral de monitoramento x
4º Relatório bimestral de monitoramento x
5ª Campanha bimestral de monitoramento x
5º Relatório bimestral de monitoramento x
Relatório do 1° Ano da Fase 03 e de Avaliação do
Grau de Estabilização das Margens do Reservatóriox
1ª Campanha trimestral x
1º Relatório trimestral de monitoramento x
2ª Campanha trimestral x
2º Relatório trimestral de monitoramento x
3ª Campanha trimestral x
3º Relatório trimestral de monitoramento x
4ª Campanha trimestral x
4º Relatório trimestral de monitoramento x
1ª Campanha semestral x
1º Relatório semestral de monitoramento x
2ª Campanha semestral x
2º Relatório semestral de monitoramento x
3ª Campanha semestral x
3º Relatório semestral de monitoramento x
4ª Campanha semestral x
4º Relatório semestral de monitoramento x
5ª Campanha semestral x
5º Relatório semestral de monitoramento x
6ª Campanha semestral x
6º Relatório semestral de monitoramento xST A T US
FA
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SE 3
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PLANO DE TRABALHO - UHE Colíder
FASES 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
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6. RESPONSABILIDADES
Responsabilidade pela elaboração do documento
Razão social: Assessoria Técnica Ambiental Ltda.
Nome fantasia: Cia Ambiental
CNPJ: 05.688.216/0001-05
Endereço: Rua Marechal José Bernardino Bormann, nº 821 - Batel
Curitiba/PR - CEP: 80.730-350.
Telefone/fax: (0**41) 3336-0888
Telefone celular: (0**41) 9243-4831
E-mail: [email protected]
Registro do CREA: PR-41043
Fábio Manassés
Responsável técnico pelo
documento: Fabio Manassés
Titulação profissional: MSc. Geólogo
Registro profissional: CREA-PR 79674/D
Visto profissional MT: 22319
ART número: 1514181
Telefone: (0**41)3336-0888
E-mail: [email protected]
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7. REFERÊNCIAS
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Colíder, 2010. Ambiotech Consultoria.
CARVALHO, N. O. Hidrossedimentologia Prática. 1ª ed. Rio de Janeiro-
RJ: Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e Eletrobrás,
1994, 372 p. il.
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condições dinâmicas de selamento superficial. Revista Brasileira
de Ciência do Solo, Campinas, v.17, n.2, p.141-147, 1993.
CORRÊA. G. T; SOUZA FILHO. E. E. Avaliação dos processos de erosão
marginal no arquipélago Floresta Japonesa (alto rio Paraná). UEL/.
Londrina. 2009.
EMPRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2 ed. Rio de
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Pesquisa de Solos, 2006.
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Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1990.
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In: Projeto de Gerenciamento Integrado das atividades
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bases e conceitos. 3° Edição. Rio de Janeiro. Ed. Bertrand Brasil, 1996.
GUERRA, A. J. T. Experimentos e monitoramentos em erosão dos
solos. Revista do Departamento de Geografia, 2005.
GUERRA, A. J. T. e CUNHA, S. B. Geomorfologia – Exercícios, Técnicas
e Aplicações. 4° Edição. Rio de Janeiro. Ed. Bertrand Brasil, 2010.
HOOKE, J. M. Magnitude and Distribution of Rates of River Bank
Erosion. Earth Surface Processes. Chichester, v. 5, n. 2, 143-157,
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IBGE. Manual Técnico de Pedologia. Série Manual Técnico em
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JGP. Estudo de Impacto Ambiental do AHE Teles Pires - EIA/RIMA.
São Paulo, JGP, 2008.
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ZUQUETTE, L.V.; PEJON, O.J.; GANDOLFI, N.; RODRIGUES, J.E.
Mapeamento geotécnico: parte 1 – atributos e procedimentos
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São Paulo, 1997.
COPEL – UHE Colíder
Plano de trabalho - Programa de monitoramento de processos erosivos e assoreamento
41
8. ANEXOS
I – ART e CTF’s
II – Modelo preliminar de ficha de identificação de locais potencialmente
críticos
Ficha cadastral de ponto potencialmente crítico Programa de monitoramento de processos erosivos e assoreamento
COPEL – UHE Colíder
Responsáveis:
Data da inspeção:
Horário:
Tempo nas últimas 72h: Ensolarado Nublado Chuvoso
Chuva no momento da inspeção: Sim Não
Tipo de ponto:
Feição erosiva: ( ) SIM ( ) NÃO
Assoreamento: ( ) SIM ( ) NÃO
Movimentação de massa isolado: ( ) SIM ( ) NÃO
Movimentação de massa associado: ( ) SIM ( ) NÃO
( )Medianamente. Estável ( )Instável ( ) Altamente instável
Métodos de monitoramento implantados:
Direto: ( ) Pinos ( ) Estacas de erosão ( ) Perfilagens sucessivas ( ) Est. graduada
Indireto: ( ) Analise multitemporal
Complementar: ( ) Infiltrômetro de Hills ( )Sondagem/ Perfil
Tipo de processo erosivo a ser provocado no local pela operação do empreendimento:
Ponto: Altitude:
Coordenadas UTM
Sirgas 2000
S: Descrição do local do ponto:
W:
Fotos de identificação do ponto:
Ficha cadastral de ponto potencialmente crítico Programa de monitoramento de processos erosivos e assoreamento
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Caracterização do entorno e aspectos relacionados a erosão:
Hidrografia:
Uso do solo:
Solos/ rocha:
Cobertura vegetal:
Outros:
Mapa do ponto sobre imagem de satélite:
Medidas:
Já existentes: ( ) SIM ( ) NÃO
Tipo de medida: ( ) Corretiva ( ) Controle ( ) Preventiva
Eficiência da medida: ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa ( ) Excelente
Se ponto instável ou altamente instável, quais medidas deverão ser sugeridas?
Descrição complementar :