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�Set/dezembro - 2009

Aoescreveraepístolaaoshebreus,nocapítulo9,versículo27,oapóstolo Paulo realmente afirma que só se morre uma vez. Com base nesta informação, religiosos de outras crenças contestam a reencarnação. É óbvio que se trata de uma falácia, de uma inverdade, o sentido que esses religiosos tentam passar, para confundir e negar a reencarnação. Paulonãosereferiaàmortedocorpo,mas à morte espiritual pelo pecado. Enquanto o espírito se mantém pecador, ele está morrendo para Deus. Quando este mesmo espírito, ao evangelizar-se, encontra a luz, não morre mais. Morreu uma vez e não morrerá mais! Viverá para sempre! Basta estudar a referidaepístola para se verificar, com extrema facilidade, que o apóstolo advertia os judeus para não pecarem. O convertido de Damascoavançanoassunto,mais claramente,emoutracartaenviadaaos romanos,quando diz, no capítulo 7, versículos 9 e 10: “Eu vivia sem lei, mas vindoomandamento, reviviopecado,eeumorri”. No versículo 11, acrescenta: “Porque o pecado me enganou e me matou”. Não fica a menor dúvida quanto aos verdadeiros propósitos do evangelizador dos gentios. Como se observa, em nenhum momento, em nenhuma epístola, o apóstolo se refere à morte da matéria, negando a multiplicidade das vidas físicas. Paulo jamais negaria os ensinamentos de Jesus, fiel e destemido como o era, por saber que o Cristo em muitas passagens fez alusão direta à reencarnação. A reencarnação está impressa nos ensinamentos de Jesus, como

Continua no verso...

EDITORIAL

Só se morre uma vez?

PinturarepresentativadaconversãodePaulonaestradaparaDamasco

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nas passagens de Mateus (16:13-15) e Marcos (8:27-29) que descrevem o retorno a Cesaréia de Filipe, no norte da Palestina, quando Jesus interroga seus discípulos: “Quem dizem que eu sou? Uns, és João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou algum dos profetas”. Vê-se, claramente, que os judeusacreditavamnareencarnaçãoaoadmitiremavoltaaocorpoporumdos profetas. Jesus não os repreendeu, não os corrigiu, não negou, apenas passou a pergunta para Pedro. Marcos (6:14-16) e Lucas (9:7-9) relatam que um dos profetas ressuscitara, o que levou Herodes, o tetrarca, a cortar a cabeça de João Batista. A ressurreição para os judeus é a reencarnação. Em Mateus (17:10-13) e Marcos (9:11-13), Jesus afirma que João Batista era Elias. João (3:1-7) traz-nos a precisa lição que Jesus deu a Nicodemos, dizendo que “Ninguém verá o reino dos céus sem nascer de novo”. Nicodemos, confuso, insiste: “Como pode um homem já velho tornar a entrar no ventre de sua mãe?”. Jesus então afirma: “Se um homem não renascer da água e do espírito não pode entrar no reino de Deus”. A água, através dos séculos, simboliza o corpo humano, que contém aproximadamente 70% de líquidos. O espírito é o ser inteligente. Vê-se que não se trata do batismo, como muitos deturpam. A pergunta de Nicodemos é de caráter físico. Em se tratando de batismo, ele nãoperguntaria,poisobatismoeraconhecidodetodos,principalmenteporNicodemos, que era um dos mais sábios sacerdotes do Sinédrio hebraico. Jesus ainda clareia (João, 3:8): “O espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai”. Aí está a prova de que o espírito já existia antes do corpo na afirmação do Mestre “não sabes donde vem ele [...]”. Como negar a reencarnação, se só ela explica tantas aparentes injustiças? Como justificar a morte, a dor, os cegos, deficientes físicos e mentais, sem qualquer chance de recuperação numa única existência? Como explicar contrastes imensos, como a pobreza e a riqueza, a doença e a saúde, a feiúra e a beleza, a loucura e a genialidade, o sucesso e o fracasso, em uma só vida? Onde está a justiça do Deus perfeito que construiu esse Universo de extrema beleza e perfeição? Ele é capaz de criar o Universo infinito com leis perfeitas que hoje deslumbram a ciência e não é capaz de dar chance de reabilitação às suas criaturas. Seria uma tremenda crueldade dEste que chamamos misericordioso.

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Em dezembro de 2007, no artigo “Compromisso com a divulgação”, foi registrado: “Precisamos de atitude exata, fé operosa e humildade vigilante para mantermos a Doutrina indene ao cárcere do dogmatismo e da elitização preconceituosa. Portanto, a divulgação fiel dos preceitos baseadosnoseternosdonsdaverdade,respaldadosnasmagnasliçõesdo Mestre, torna-se imprescindível para a repercussão dos anseios divinos na ampliação das percepções humanas e na libertação das consciências”. Assim, imbuídos neste nobre ideal, disponibilizaremos, em janeiro de 2010, o site da revista O ESPÍRITA (www.oespirita.com.br) como mais uma ferramenta de disseminação da verdade. Vivemos na era da comunicação e da informatização global e, motivadosporsolicitaçõesepelacrescenteaceitaçãodarevista,inserimosno mundo digital mais uma colaboração séria e aderente aos princípios da Doutrina Espírita codificada por Kardec. Atualmente, grande número de sites “espíritas” está disponível para acessoemuitosnãosãototalmenteseguros,mormenteparaoinicianteno espiritismo que ainda não possui os conhecimentos necessários para discernir sobre o que é certo ou errado com base na Codificação. Muitos desses sites apresentam artigos pobres e, às vezes, com erros grosseiros, além de se prenderem à divulgação de médiuns não confiáveis e de livros duvidosos. Dessa forma, a exemplo do que faz a FEB em seu site, a seleta difusão das idéias espíritas será uma busca incessante, no intuito de ofereceroconhecimentomaispurodaDoutrina,longedopersonalismoeda mistificação. A revista O ESPÍRITA, mesmo com dificuldades financeiras, disponibilizará em seu site, gratuitamente, artigos, biografias, mensagens, livros e edições anteriores da revista para download além de outros serviços. Temos a convicção plena de que o nosso modesto site será mais um elo entre as pessoas e a verdade sob a bandeira da fraternidade.

O ESPÍRITA na internetwww.oespirita.com.br

Imagem da entrada do site

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Amor é o laço divino, que o Criador pôs entre as almas para uni-las em uma única fa-mília, de que Ele é o Amoroso Pai.

Não há, no infinito turbi-lhão humano, um único indiví-duo, que não sinta a influência da sublime lei.

A diferença é que uns, por seu atraso, amam bes-tialmente, domi-nados pela concu-piscência e outros, por seu adianta-mento, amam espi-ritualmente. À me-dida, porém, que os primeiros forem progredindo, desmaterializan-do-se, chegarão a emparelhar com os segundos. O círculo vai sempre alargando.

Começamos por amar a mulher, amamos a família, amamos a pátria, chegamos a amar a Humanidade.

Na Terra, não podemos ir além, porque a Terra é mundo de provas e expiações, o que vale por dizer: mundo habita-do por espíritos mais ou me-nos atrasados.

Em mundos superiores, porém, a que todos devemos,

mais cedo ou mais tarde, ascender, o amor é tanto mais e s s e n c i a l i z a d o , quanto mais fino é o toque da ele-vação de cada um deles.

Ali, o amor é escoimado de todo o apetite carnal, de fluido suavíssimo,

que embebe a todos os espíri-tos e funde-os por assim dizer em um único.

Podemos fazer ideia de que é ele acima da Terra, pelo que nos revelou o puríssimo Jesus em Sua vida, em Sua missão, em Sua Doutrina, e principal-

Da série publicada no jornal O PAIZ,no Rio de Janeiro, a partir de 1886.

Bezerra de MenezesPensamentos Doutrinários XIII

Bezerra de Menezes

Algumas considerações sobre o amor

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mente nestas palavras precei-tuais impossíveis à natureza humana: “Ama o teu inimigo e faze bem ao que te odeia”.

Se Deus pôs à Humanida-de uma lei tão sublime, que a razão, que o coração, que a consciência abraçam, embora os cegos escarneçam e escon-jurem, o Espiritismo, que veio revelá-la, como descer-se des-

sas alturas na lei repugnante da separação das almas em bem-aventuranças e preceitos, na lei da transformação do amor em repulsão e em ódio?

Não. O fim da Humanida-de é a perfeição pelo saber e pela virtude, para ser ligada, em amor celeste, numa única família – e com Deus, seu Cria-dor e Pai.

NA HORA DA IRRITAÇÃO Nahoradairritaçãoqueteocorra: nãogrites; nãoescrevas; nãoprometas; nãoteausentes; nãocompres; nãovendas; nãoteagites; nãoopines; nãogracejes; enãoreclames.

Recolhe-teaosilêncioporalgunsminutos,eentre-ga-teàoração,rogandooauxíliodaProvidênciaDivina. Sentirás, então, que a crise te haverá deixado eretomarásanormalidadedaprópriavida,pararegercomsegurançaasprópriasdecisões.

Autor:EmmanuelMédium: Francisco Cândido Xavier (foto)

Livro: Luz e Vida

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Ao deixar o fulgor das estrelas, para to-mar nossas dores e abraçar nossa indigên-cia, o Senhor Jesus sabia dos sofrimentos e humilhações que enfrentaria, ao mergu-lhar no báratro da ignorância humana.

Para despertar nossa sensibilidade,profetas notáveis reencarnaram, na fieira dos séculos, desde Moisés até os portais dos tempos novos, traçando o perfil do Su-blime Salvador.

O Antigo Testamento fez-se um hinário de esperanças, cantarolando a chegadado Messias no conturbado cenário da Ter-ra.

Dele, disseram os enviados do Céu, na emocionante narrativa de Isaías: “Em terra seca surgirá como um arbusto verde, embora mirrado. Será desprezado, o mais rejeitado entre todos, dele não faremoscaso. Será oprimido, desrespeitado, mas não soltará um único lamento, de nada reclamará. Como cordeiro será levado ao matadouro, perdoando sempre. Quando der Sua vida por amor, os interesses de Deus prosperarão em Suas mãos”.

Vinha para combater os erros da con-dutahumanaelimparnossasalmas,comobem fixou Malaquias, o último profeta: “Ele é como o fogo do ourives e a potassa dos lavandeiros”, por ser “o Sol da justiça, o Portador da salvação”.

Compulsando os quatro Evangelhos, constata-se que Mateus escreveu o mais longo texto, Marcos o mais curto. Lucas fez-se o mais didático e histórico, enquan-to João, mais místico e profético, aborda-ria questões que escaparam aos demais como, no capítulo 14, ao exaltar a vinda do Consolador.

Mas, em todas as narrações, vê-se pa-tente a imagem do Cristo na descrição dos profetas, ressalvando-se as peculiaridades de cada evangelista.

A epopéia cristã é verdadeiramente umamaratonadeamornasestradasdador. O “Sol de justiça” apagaria a própria

luz para movimentar-se nas trevas de uma época de barbáries.

Ignorou grandezas terrenas, desde o Seu nascimento. No desconforto da estre-baria,cercadodeanimais,tinhaapenasocarinho dos pais, Maria e José, ali na mi-núscula Belém, que o Cristo imortalizaria, como bem antecipou a visão de Miquéias, ao decantar: “E tu Belém de Judá não és tão pequena assim, porque de ti sairá o Salvador da Humanidade, cujas origens se perdem nos dias da eternidade”.

Belém, na Judéia, era a “Casa de Davi”. José, o pai de Jesus, descendia de Davi. Por isso o Senhor era também chamado de “filho de Davi”.

Logo após a natividade, José é acon-selhado em sonho a fugir para o Egito,escapando da fúria de Herodes, que te-mia a chegada de um outro “rei de Israel”, usurpador do seu poder. Passado o risco, retornam a Nazaré, na Galiléia, onde mo-ravam.

Percorreram,notrajetodeidaevolta,cerca de duzentos e cinqüenta quilômetros. Foi um ato de disciplina e dever cívico, típi-co das grandes almas. Obedeceram a um decreto de César Augusto, imperador de Roma, que determinava o recenseamento de todos os habitantes das colônias roma-nas, como registrou Lucas, no seu capítulo 2. À época, as pessoas eram recenseadas nas cidades dos seus ascendentes. José descendia de Davi, originário de Belém.

Somente aos doze anos Jesus reapa-receria em Jerusalém, na festa da Páscoa hebraica, no célebre episódio do encontro com os doutores no Templo de Salomão.

Não se tem conhecimento das passa-gens do Cristo dos doze aos trinta anos, quando se deixou batizar por João, próxi-mo a Betânia, no rio Jordão.

Sua primeira aparição pública dar-se-ia nas bodas de Caná, logradouro próximo à cidade de Cafarnaum, onde o Senhor fixa-ria a base de suas ações iniciais.

Os caminhos do Senhor

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�Set/dezembro - 2009 �Set/dezembro - 2009

Nas bodas de Caná, a pedido de Ma-ria, Sua mãe, o Mestre transformaria seis bilhas d’água em vinho.

Ali, em Cafarnaum, às margens do mar da Galiléia, mais precisamente um lago de aproximadamente duzentos quilômetros quadrados, Jesus seleciona Seus após-tolos. Judas Iscariotes, era o único judeu do colégio apostólico, após trair seus com-promissoseseenforcar,foisubstituídoporMatias. Nessa região, ocorreria um dos fa-tos mais marcantes do Evangelho: o Ser-mão da Montanha.

No Sermão estão as “bem-aventuranças”, a “an-siosasolicitudepelavida”,a“advertência sobre os falsos profetas”,a“oraçãodomini-cal”, conhecida como “PaiNosso” entre outros ines-quecíveis ensinamentos.

Seis dias após deixar Cesaréia de Filipe, junto à fronteira com a Síria, onde se deu o conhecido diálo-go de Jesus com os Seus seguidores, patenteando areencarnação, o Enviadodos Céus dirigiu-se ao Monte Tabor. Esta-va acompanhado de Pedro, João e Tiago, que ficaram extasiados com as materiali-zações de Elias e Moisés.

Ao longo de três anos, Ele peregrinou por dezenas de cidades, em toda a Pales-tina, formada por uma tetrarquia: Judéia, Samaria, Peréia e Galiléia.

Esteve em Tiro, Sídon, Gadara, Betsai-da, Corazin, Dalmanuta, Jericó, Decápolis entre outras.

DepoisdafamosaentradatriunfalemJerusalém, o mais trágico acontecimento dahistóriadoPlanetacomeçariaadesdo-brar-se.

Por trinta moedas de prata, Judas Isca-riotes O entrega aos sacerdotes do Siné-drio, Anás e Caifás, que, mancomunados com Herodes e Pôncio Pilatos, O levariam à crucificação.

Sua prisão deu-se no Jardim do Get-

sêmani, junto ao Monte das Oliveiras, logo depois de lavar os pés dos discípulos na última ceia e prometer o Consolador.

Trocado por um criminoso confesso, Barrabás, pela imensa massa de judeus revoltados, percorreria a “via crucis”, daTorre Antônia até o Gólgota. Sob bofetões, cusparadas, imprecações e chicotadas,carregou a pesada cruz por cerca de qui-nhentos metros.

Jamais se viu tanta covardia e violên-cia contra alguém que só fez amar. A tudo

enfrentoucomdivinasereni-dade e ainda nos perdoou.

Passados três dias, o Mensageiro da Luz ressur-ge ante os olhos atônitos de Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e Joana de Cusa. Mais tarde, reapare-ce no caminho de Emaús a dois de Seus discípulos. Posteriormente, apresen-tou-se aos apóstolos em Jerusalém e a outros discí-pulos no Mar da Galiléia.

No quadragésimo dia, retornou aos campos dou-

rados da vida eterna despedindo-se na pobre e abandonada cidade de Betânia.

Suas parábolas, cheias de encanta-mento,inundamnossoscoraçõesdever-dades libertadoras.

Sua presença celeste dividiu a história dos homens em antes e depois.

Sua misericórdia, somente agora po-demos melhor compreender.

Seu sofrimento ainda nos comove.Sua crença, no futuro da Humanidade,

fez vir até nós as bênçãos do Consolador.A Doutrina Espírita é o seu retorno ao

campo atormentado da vida planetária.Ficará eternamente conosco, como

um perfume inextinguível, a embalar nos-sasesperançasnaconstruçãodomundonovo.

Publicado no Jornal Mundo Espírita da FEP – Federação Espírita do Paraná, em dez /2008.

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Drogas I - JuventudeO jovem, desprovido de religiosidade, de maturidade

emocional, vivendo a complexidade da vida, o medo de en-frentar as dificuldades, as frustrações e o modismo, na maio-ria das vezes sem suporte familiar, é um forte candidato ao uso de drogas legais ou não. É consenso que o jovem conso-me drogas para reduzir a ansiedade, socializar-se, fugir dos problemas, para atingir o prazer imediato etc. Dessa forma, é comum os encontrarmos usando drogas legais (bebidas e cigarro) e ilegais nos shows e festinhas, sem se considerarem

dependentes. “Brincam com fogo” e desprezam toda informação sobre os perigos da dependência química e psíquica.

A experiência internacional constata a existência de três fatores que, juntos, favo-recem o desenvolvimento da toxicomania no jovem, são eles: a droga, a personalidade e o momento dele dentro da família e da sociedade. A droga, não podemos deixar de considerar, apresenta atrativos na sustentação artificial da euforia, na expansão de algumas sensações e no escape da realidade, percepções que promovem certo prazer a um custo altíssimo. A personalidade juvenil apresenta, frequentemente, a “onipotên-cia” que alimenta a crença que nada de negativo irá acontecer, além do fascínio pela transgressão, a contestação da família, da sociedade e seus valores. Em relação à família, os pais exercem ou pelo menos deveriam exercer uma influência marcante no equilíbrio da sua prole. O exemplo, a afetividade, a educação com rigor cristão evitam, em boa parte das vezes, que a sociedade doente defina os contornos na formação da nossa juventude.

Entretanto, em uma visão espiritualizada, a ausência da religiosidade é fator pre-ponderante para explicar essa lamentável chaga que assola a Humanidade. Assim, o Espiritismo possui relevante papel na prevenção e no efetivo tratamento. A fé, a crença na vida futura, o conhecimentos das repercussões perispirituais, a necessidade demanteramentevibrandoemníveiselevados,opoderdaprece,obomusodolivrearbítrio entre outros, são “ferramentas” abençoadas que a Doutrina nos oferece.

Não podemos, na condição de espíritas conscientes, deixar de considerar a im-portância das terapias tradicionais, das clínicas de tratamento, do uso adequado de medicamentos etc. Neste contexto, lembramos que o Narcóticos Anôminos (NA), um dos mais antigos e eficientes programas de recuperação do usuário de drogas, pode ser um grande aliado das famílias e dos dependentes. O NA surgiu em 1953 e está pre-sente, mantendo a mesma proposta e princípios, em 130 países. É uma organização sem fins lucrativos que não se vincula a nenhum grupo político ou religioso. Na leitura atenta das premissas, conceitos e dos métodos adotados pelo programa, verificamos a aderência de muitos pontos com a religiosidade e conduta defendidas pela Doutrina Espírita. O reconhecimento do erro, a crença em Deus, a auto-análise, a humildade, areparaçãodasfaltas,operdão,anecessidadedapreceedameditação,sãoalgunsdos princípios do referido programa que denotam a sua grandeza espiritual.

Assim, o tratamento do jovem usuário não prescinde da psicoterapia, dos medi-camentos, da ressocialização, até mesmo das internações e, principalmente, do apoio familiar e da educação religiosa, de preferência com base nos postulados espíritas.

9Set/dezembro - 2009

A Lei do Progresso cumpre-se de forma inexorável. Todos avançam para a Grande Luz de onde se deriva todo o conhecimento.Quando um ideal de grande envergadura, qual ocorre com o Espiritismo, cresce em superfície, perde um pouco em profundidade. Não sendo o Espiritismo uma Doutrina dogmática, não se pode exigir que os seus adeptos se submetam às suas diretrizes sob penalidades de quaisquer natureza. Assim sendo, a aprendizagem dos seus postulados, com a sua correspondente vivência, dá-se paulatinamente. A conquista da consciência espírita ocorre quando o profitente da causa pode discernir o comportamento que deve ser aplicado ao seu cotidiano, portanto, quando se encontra esclarecido a respeito das responsabilidades que lhe dizem respeito. Os espíritas sinceros têm-se dedicado com afinco à Doutrina, buscando equacionar as dificuldades que repontam nas diferentes áreas de ação humana. Programas didáticos bem elaborados, cursos de divulgação e trabalhos de fácil aplicação multiplicam-se sob cuidados especiais. Necessário que se mantenham a constância no trabalho, o estudo sistematizado da Doutrina, a tolerância que não convive com o erro, porém compreende as dificuldades naturais que ocorrem, para um correto crescimento do movimento e a vivência de cada espírita de forma coerente com o que lhe ensina o Espiritismo.

ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITAMédium: Divaldo Pereira Franco

Resposta:

Pergunta:

Vianna de Carvalhoresponde

Entre os espiritistas, muitos há que ainda não entenderam os conteúdos doutrinários mais importantes. O que estaria faltando ao movimento espírita para corrigir essa falta?

Tema: Questões atuais

�0 Set/dezembro - 2009

Paraoprincipiante,fumaroube-ber são simbólicos. “Eu não sou mais o filhinho da mamãe”, “eu sou durão”, “sou um aventureiro, não sou qua-drado”. À medida que o simbolismo psicológicoperdeaforça,oefeitofar-macológicoassumeocomandoparamanter o hábito. Para o adeptodoEspiritismo,ovíciodefumaroudebe-ber tem consequências muito sérias, sobretudo, por causa das reitera-das advertências dos benfeitores espirituais,esclarecendo sobre osmalefícios que causam não só ao corpo físico. O viciado no fumo con-substancia-se integral-mente em “cachimbo”ou“piteira”,nasamarrasdos inveterados fumantes do além, e o viciado em alcoólicos torna-se alvo de obsessão dos alcoolistas do além-túmulo.

O viciado fica preso nas gar-ras insaciáveis do parasitismo ou do vampirismo. Vidas que poderiam ser nobres, dignas, proveitosas, tornam-se vergonhosas, estimulantes decapitulações desastrosas. Famílias inteiras são, às vezes, afetadas por essesdesastresmoraisdeprofundarepercussão. Na verdade, o vampiris-mo é um fenômeno de simbiose, que tanto ocorre entre os encarnados,quanto entre os desencarnados, ou seja,ovícionãoterminacomamorte

O álcool e o fumo

do corpo físico.Ovícioaçoitaasbasesdacons-

ciência evangélica, desarmoniza a estrutura fisiopsíquica e as estruturas funcionais do perispírito, que se im-pregna de toxinas. O álcool e o fumo afetam os trilhões de células repletas

de vitalidade que com-põem o psicossoma,deixando sequelas es-pecíficas. Em verdade, o tabagismo e o alco-olismo atormentam osdesencarnadosviciadosque se angustiam ante a vontade de beber efumar, irresistivelmentepotencializada. Em face disso, os “fantasmas”tabagistas e alcoolis-tas, para materializarem suas tragadas, tornam-

se protagonistas da subjugação,transformando-se em artífices da vampirização sobre os encarnados fracos de vontade, que ainda se lo-cupletamnosvaporesetílicosenasdeletérias baforadas do malcheiroso cigarro.

Essas são razões suficientes para nos precatar contra tóxicos, nar-cóticos,alcoólicos,econtraousode-masiado de quaisquer drogas, mes-mo legais, que viciem a composição fisiológica natural do organismo, até porque, disciplina, critério e modera-ção garantem o equilíbrio e o bem-es-tardanossamenteeporconseguintedo corpo.

Jorge Hessen - DFO álcool e o fumo

��Set/dezembro - 2009

Presença de Emmanuel/Chico Xavier

Muitas vezes criticamos o dinheiro, malsinando-lhe a existência. No entanto, é lícito observá-lo através da justiça.

O dinheiro não compra a harmonia, contudo, nas mãos dacaridade restaura o equilíbrio do pai de família, onerado em dívidas escabrosas.

Não compra o Sol, mas nas mãos da caridade, obtém o cobertor, destinado a aquecer o corpo enregelado dos que tremem de frio.

Não compra saúde, entretanto, nas mãos da caridade, assegura proteção ao enfermo desamparado. Não compra a visão, todavia, nas mãos da caridade, oferece óculos aos olhos deficientes do trabalhador de parcos recursos.

Não compra a euforia, contudo, nas mãos da caridade, propaga a página edificante que reajusta o pensamento a tresmalhar-se nas sombras.

Não compra a fé, entretanto, nas mãos da caridade, ergue a esperança, juntodecorações tombadosemsofrimento e penúria.

Não compra a alegria, no entanto, nas mãosdacaridade,garanteaconsolaçãoparaaqueles que choram, suspirando por migalhas de reconforto.

Dinheiro em si e por si é moeda seca ou papel insensível que, nas garras da sovinice ou da crueldade, é capaz de criar o infortúnio ou acobertar o vício. Mas o dinheiro do trabalho e da honestidade, da paz e da beneficência, que pode ser creditado no banco da consciência tranquila, toda vez que surja unido ao serviço e à caridade, será sempre bênção de Deus, fazendo prodígios.

Presença de Emmanuel/Chico XavierBênção de Deus

Emmanuel

�2 Set/dezembro - 2009

1. Ao formular o questionamento “Quem é minha mãe, quem são os meus irmãos?” Jesus pretendia evidenciar:

a parentela material. a desnecessidade da família. a parentela espiritual. a indiferença para com seus parentes encarnados.

2. Por que Jesus Cristo era chamado de “filho de Davi”?

Davi nascera em Belém Davi fora o primeiro rei de Israel Davi o profetizou nos Salmos José, seu pai, descendia de Davi

3. Qual personalidade Jesus nomeia como “zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro”, na obra de Humberto de Campos, “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, psicografia de Chico Xavier?

Bezerra de Menezes Ismael Emmanuel Bittencourt Sampaio

VerificaçãoConhecimentos

Doutrináriosde?

Baseada na literatura espírita consagrada por Allan Kardec, Léon Denis, Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Joanna de

Ângelis, Yvonne A. Pereira, Cairbar Schutel, Vianna de Carvalho entre outros.

Assinaleaopçãocorretaeconfiraoresultadonapágina22:

Vista panorâmica e atual de Belém

��Set/dezembro - 2009

4. De acordo com “O Livro dos Espíritos”, o perispírito é o envoltório semimaterial do espírito que se forma do:

fluido físio-psíquico da mente. fluido magnético do ambiente em que vive. fluido universal de cada globo. princípio vital da natureza.

5. João Huss, o vigoroso pregador da Universidade de Praga (Tchecoslováquia), tomado de ardor pela pureza do Evangelho, declarou-se contra o clero e o Papa. Morreu queimado em 1415. Após 389 anos renascia na extraordinária figura de:

Camille Flammarion. Léon Denis. Allan Kardec. Émile Charles Baudin.

6. De acordo com Kardec, há três ordens de espíritos, segundo a sua evolução:

espíritos puros, bons e imperfeitos. espíritos superiores, medianos e inferiores. espíritos puros, imperfeitos e levianos. espíritos perfeitos, bons e maus.

7. Qual obra da Codificação é divida em três partes, sendo analisada na primeira a origem da Terra, abordada na segunda, a questão dos milagres e na terceira o enfoque das predições do Evangelho, os sinais dos tempos e a geração nova?

O Evangelho segundo o Espiritismo A Gênese O Livro dos Espíritos Obras Póstumas

8. Joana de Cusa, dama da alta sociedade de Cafarnaum, achava-se sempre entre a multidão que acompanhava Jesus, morreu queimada viva ao lado do filho. Em suas reencarnações tem sido colaboradora do Mestre, atualmente realiza, em espírito, uma experiência evangélica de altíssimo valor. Estamos falando de: Meimei. Joana D’arc. Joanna de Ângelis. Anália Franco.

9. Qual personalidade bíblica afirmou: “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse eu faço” (Romanos, 7:19)? Pedro João Paulo Judas

�� Set/dezembro - 2009

A adúltera de Jerusalém

Um episódio muito famosoDe que faremos mençãoÉ o da adúltera perdoada por JesusMencionada no evangelho de João:

Jesus estava no templo, em Jerusalém,Cumprindo com o seu ministérioQuando os fariseus lhe apresentaramUma mulher surpreendida em adultério.

Depois de colocarem-na no centro,Fizeram a Jesus um questionamento:- Mestre, esta mulher foi pega,Exatamente no momento

Em que praticava o adultério.A lei de Moisés, consequentemente, Ordena que esta senhora sejaApedrejada imediatamente.

O que nos tem a dizer?João nos diz que os fariseusFaziam isso para preparar Uma armadilha para o Filho de Deus,

Mas como o Mestre JesusNão era de fugir a uma incitação,Pôs-se de cócoras a rabiscarAlgosobreaareiadochão,

Permanecendo em silêncio.AsituaçãoeradelicadaE o Meigo Rabi da Galiléia sabiaQue tinham Lhe armado uma cilada.

Estaria contrariando a lei de MoisésSe Jesus mandasse libertá-la.Seria acusado de impiedosoSe Ele mandasse apedrejá-la.Por conta da insistência dos fariseusJesus ergueu-se e deu seu recado:- Aquele entre vocêsQue estiver sem pecado

Que atire a primeira pedra!Eretornouàmesmaposição,Recomeçando a escreverSobre o pó daquele chão.

Os homens que ali estavamFicaram totalmente paralisados.Depois,poucoapouco,umaum,Deixaram o local sisudos e calados.

Quando o templo estava vazio,Jesus à mulher adúltera perguntou:- Onde estão os seus acusadores?Ninguém te condenou?

- Ninguém, Senhor - disse ela.EcompletouJesusnoinstante:- Tampouco eu lhe condeno.Vai, e de agora em diante

Não volte a pecar mais.E naquele momentoAquela senhora foi emboraAliviada de seu tormento.

João, 8:1-11

�� Set/dezembro - 2009

��Set/dezembro - 2009

Os terríveis acontecimentos do he-diondo drama do Calvário permaneciam ainda vivos e indeléveis nas mentes dos aterrorizados apóstolos do Cristo.

Narra o “Discípulo Amado”1 que che-gada a tarde daquele dia, o primeiro da se-mana após os tristes fatos do Gólgota, e cerradasasportasondeosdiscípulos,commedo dos judeus, tinham-se ajuntado, che-gou Jesus, e pôs-Se no meio deles e disse-lhes: “A paz esteja convosco!”. E dizendo isto, mostrou-lhes Suas mãos e o lado; de sorte que os discípulos se alegraram, ven-do o Senhor. Disse-lhes pois Jesus outra vez: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”.

Ora, Tomé não estava com eles quan-do veio Jesus. Disseram-lhe pois os outros discípulos: “Vimos o Senhor!” Mas ele dis-se-lhes: “Se não vir o sinal dos cravos em Suas mãos e não meter o dedo no lugar doscravos,enãometeraminhamãonoSeu lado, de maneira alguma o crerei”.

E oito dias depois estavam outravez os Seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fe-chadas, e apresentou-Se no meio, e disse: “A paz esteja convosco!”. Em seguida disse a Tomé: “Põe aqui o teu dedo, e vê as mi-nhas mãos. Põe a tua mão no meu lado”.

Ora, se Jesus não estava presentedurante a conversa em que o céptico Tomé manifestou a incredulidade no Seu retorno, como Ele pôde dirigir-lhe a palavra como se já soubesse do diálogo anterior?

Kardec2explica:“[...] No Espírito há uma espécie de

lucidez universal que se estende a tudo, que abrange simultaneamente o espaço, os tempos e as coisas, lucidez para a qual não há trevas, nem obstáculos materiais.”

Rogério Coelho - MGLucidez universal

“Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos.” - Jesus (João, 20:27)

1João, 20:19-29.2Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”, questão 247.

Nos níveis superiores da evolução, todos nós teremos essa lucidez universal tal como existe em Jesus, e com ela pode-remos ajuizar com isenção, imparcialidade e plena consciência acerca de tudo que nos venha cair sob as vistas.

Foi graças à lucidez universal que Je-sus pôde, por exemplo, vislumbrar todo o drama da pobre mulher flagrada em adulté-rioeprestesaserlapidadapelaturbamultaignara; Ele “viu” o longo e angustioso pe-ríodo em que o esposo a maltratara e ne-gligenciara; “viu” o assédio envolvente do sedutor; “viu” sua longa, valente e pertinaz resistência que antecedeu à queda infeliz, podendo, assim, contabilizar as atenuantes da sua “débâcle” moral e, consequente-mente, agir com eficiência e presteza em sua defesa.

Em inúmeros outros episódios da vida do Mestre podemos observar o farto e útil uso que Ele fazia de Sua infalível e portentosa lucidez universal.

Allan Kardec desenvolve ainda um aprofundado e substancioso estudo des-sa lucidez quando trata dos fenômenos da “dupla vista” em “O Livro dos Espíritos”, a partir da questão 447 até a 455.

Nós, os espiritistas, ainda estamos longe de compreender o quanto a abenço-adaDoutrinaEspíritapodecontribuirparaoesclarecimentodetodaafenomenologiaque vem desafiando os sábios através dos séculos, uma vez que ela e só ela pode oferecer o conhecimento inequívoco de to-das as coisas, ao mesmo tempo que vem nos relembrar os incomparáveis ditos do Senhor dos Espíritos, nosso amado Mestre Jesus, que até hoje continua chamando os “Tomés” para as realidades transcenden-tais da vida.

�� Set/dezembro - 2009

“A imprudência constrói o desajuste, o desajuste cria o extremismo e o extremismo gera a perturbação.”

“Em injunção alguma, considerar ultrapassadas ou ridículas as práticas religiosas naturais do Espiritismo, como meditar, orar ou pregar.”

“Mais vale um sentimento puro que centenas de manifestações exteriores.”

“Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da

caridade.”

“Oferecer a tribuna doutrinária apenas a pessoas conhecidas dos irmãos dirigentes da Casa, para não acumpliciar-se, inadvertidamente, com

pregações de princípios estranhos aos postulados espíritas.”

“O retorno à condição de desencarnado significa retorno à consciência profunda.”

“Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem defender os princípios doutrinários ou aliciar prestígio social para

a Doutrina, em troca de votos ou solidariedade a partidos e candidatos.”

“Fé espírita no clima da família, fonte do Espiritismo no campo social.”

“Sabendo que todo sofrimento orgânico é uma prova espiritual, dentro das leis cármicas, jamais recear a dor, mas aceitá-la e compreendê-la com

desassombro e conformação.”

“A educação da alma é a alma da educação.”

meditaçãoFrases que merecem

Extraídas da obra “Conduta Espírita”, autoria de André Luiz epsicografia de Waldo Vieira.

�� Set/dezembro - 2009

��Set/dezembro - 2009

As doenças psicossomáticas são aquelas que se originam nas perturbações da mente e se exte-riorizam no corpo físico (soma).

Quando alimentamos, siste-maticamente, emoções doentias,impulsos desequilibrantes e in-tensamente negativos, geram-se ondas psíquicas de baixo teor vi-bratório que, em forma de descar-gas eletromagnéticas, vão atingir determinadas regiões orgânicas que estão mais diretamente as-sociadas ao tipo de forma-pensa-mento que emitimos. Tomemos, por exemplo, as mentalizações diárias de desequilíbrio sexual. Elas vão paulatinamente atingin-do as regiões sob a influência do centro genésico. Roubando-lhe as resistências e minando a saúde do respectivo conglomerado celu-lar, cria-se campo propício para o aparecimentodedoençascomoocâncer, impotência, esterilidade, inflamações crônicas, tumores di-versos, frigidez...

Sentimentos destrutivos ope-

ramadesarmoniadocorpofísico,estabelecendo a gênese de males persistentes.

Acuradevepercorrerocami-nho inverso. Assim como o exer-cício físicodisciplinaaaçãomus-cular, propiciando vigor físico eaumentandoacapacidaderespira-tória, é necessário que se proceda a ginástica espiritual, com exercí-cios diários no bem.

Quando cremos, conscientes e firmes, no poder do pensamen-to positivo, já estamos nos medi-cando. A vitalidade psíquica eleva a qualidade das descargas ener-géticas que percorrem o universo orgânico, distribuindo mensagens de renovação celular, produzindo melhores condições de vida.

Emmanuel, sempre sábio, diz: “A saúde é assim como a posição de uma residência que denuncia as condições do morador”.

Éprecisoentender,noentan-to, que não basta a ação maquinal no bem, é preciso sentir o prazer de se fazê-lo. Quando fazemos o bem sem sentir, há apenas o crédito de tê-lo feito; quando o sentimos, dá-se a interiorização. Além do crédi-to, alteram-se nossas condições íntimas,proporcionandovibraçõesmedicamentosas, que vão irrigar o nossocopofísico,contribuindonacura dos males que nos afligem.

Como se dá a geração das doenças chamadas psicossomáti-cas? O bem tem poder de curá-las?

Pergunta:

Resposta:

Tribuna Livre O ESPÍRITA responde

��Set/dezembro - 2009

�� Set/dezembro - 2009

- 1 -Estude seriamente a Doutrina Espírita.

UmaleituraindiferentedasobrasbásicasdoEspiritismonãolhedaráafortalezaquenascedaconvicçãoracional,afimde

manterumpadrãodeequilíbriocompatívelcomasnecessidadesevolutivas.

- 2 -Consulte frequentemente a Codificação Kardequiana.Noslivrosfundamentaisvocêencontraráosrecursospara

conduzi-locomvaloremtodasassituações.

- 3 -Revise os ensinos espíritas insertos em “O Livro dos

Espíritos” sempre que deseje firmeza doutrinária.OEspiritismo,parasermelhorentendidoeaplicado,deveser

detidamenteexaminado.

- 4 -Alargue os horizontes doutrinários com a literatura

mediúnica.Noentanto,recordeosfundamentosKardecistasparalogicare

sentircomdiscernimento.

- 5 -Faça dos livros espíritas seus melhores conselheiros.

Selecione,todavia,osautores,mantendoadiretrizdo“bomsenso”eaindependênciadeexamequenorteouoeminente

MissionárioLionês.

- 6 -Em qualquer dúvida doutrinária, procure as fontes autênticas

da Terceira Revelação.Asmaispreciosasopiniõesguardamasidéiasdaquelesde

quemprocedem.NasobrasbásicasdaDoutrinavocêencontrarásempreasrespostasdosespíritossábioseasponderadas

elucidaçõesdoEminenteColigidor.

Pequeno roteiro devigilância doutrináriaPequeno roteiro devigilância doutrinária

�9Set/dezembro - 2009

Autor: Leopoldo Cirne (ex-presidente da FEB)Médium: Chico Xavier

- 7 -Medite cada questão apresentada na Codificação e complete-a com o estudo das obras respeitáveis com que os espíritos

de luz têm enriquecido a Terra, na atualidade.UmcursodeEspiritismonãopodeserimprovisado.

- 8 -Receba com cuidado as conclusões de pesquisadores

apressados em matéria doutrinária e não se deixe seduzir pelas revelações do mundo espiritual.

ZelepeloEspiritismonãopropagandoinformessemcomprovação.AllanKardeccontinuaatualeirrepreensível.

Recordeaausteridadeeodiscernimentocomqueeleexaminavaasinformaçõesqueprocediamdetodolugar.

- 9 -Não aceite as explicações simplistas sobre temas espíritas.

Pesquise,semcessar.Oquehojeparecenebuloso,amanhãressurgirá,apósexamecuidadoso,comaspectonovoeclaro.PorissoestudeasobrasdoCodificadorcomespíritodeindagaçãoe

sededeesclarecimento.

- 10 -Viva, cada dia, como um verdadeiro espírita, sendo hoje

melhor que ontem e amanhã mais cristão do que hoje, porque o verdadeiro espírita, como esclarece Allan Kardec, é um

verdadeiro cristão. Assimfazendo,vocêdescobriráqueoEspiritismoquelhe

aqueceavidaésoldeabençoadaluz,clareando-opordentro.

20 Set/dezembro - 2009

A ideia de Paulo de Tarso es-creverasepístolassurgiunacidadedeCorinto, na antiga Grécia, diante das volumosas solicitações que vinham de todas as partes. Diz-nos Emmanuel, em “Paulo e Estevão”, que o apóstolo orou profundamente e ouviu uma voz: “Não temas,prossegueensinandoaverdadee não te cales, porque estou contigo”. Mais adiante, o próprio Senhor prosse-gue: “Poderás resolver o pro-blema escrevendo a todosem meu nome”. No auge das cha-madas pinturas mediúnicas, perguntaram ao Chico Xavier se as pinturas eram válidas e as assinaturas autênticas. O médium exemplar respondeu: “É preciso ouvir os técnicos da arte da pintura. O parecer deles vale muito”. Ou seja, devemos co-locar a razão acima do entusiasmo dos encantos e da vaidade dos “pintores”. Em 1937, com apenas 27 anos de idade, Chico Xavier psicografou men-sagens em Braille, para dona Júlia de Amorim, que foi publicada na revista REFORMADOR, da FEB, em junho de 1938. A autora da mensagem, Engrácia Ferreira, pioneira da linguagem Braille no Brasil, escreveu, no final da men-sagem, o alfabeto idealizado por Louis Braille, professor francês (1809 – 1852), facilitando a leitura do texto. Em sua obra “A Anti-História das Mensagens Co-Piadas”, o consagrado

Curiosidades doutrináriasjornalista e escritor espírita Luciano dos Anjos afirma que André Luiz foi o médico Faustino Monteiro Esposel. A afirmação veio dos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, que psicografaram textos do lúci-do autor espiritual. Segundo Luciano dos Anjos, Chico Xavier pedira segredo, até que surgisse o momento oportuno, o que ocorreu em 1º de julho de 2005, por meio

dainternet,caindonodomí-nio público. Faustino Mon-teiro Esposel (foto)viveunoRio de Janeiro (1888-1931). Osdemaisdadosarespeitodo Dr. Esposel são coinci-dentes com as revelaçõesfeitas por André Luiz na obra “Nosso Lar”. Efigênio S. Vitor, um dos mais notáveis trabalha-

dores do Espiritismo em Minas Gerais, apósamorte, retornou,pelasmãosdeChico Xavier, para nos advertir dizendo: “Paraoespíritaasurpresadadesencar-nação pode ser muito grande, porque além-túmulo continuamos nas criações mentais que nos inspiravam a existência no mundo”. Está no livro “Instruções Psi-cofônicas”, capítulo 31. A revista ÉPOCA, de 15 de ju-nhode2009,publicaoresultadodein-teressante pesquisa, conforme se cons-tata na matéria “Deus é pop”, a respeito dos jovens brasileiros. 67% dos jovens entrevistadoscreemnareencarnaçãoe79% na importância da oração.

2�Set/dezembro - 2009

Perguntas que a ciência não consegue responderQuando a vida começa?

A polêmica sobre a questão é tão intensa que até hoje a ciência não conseguiu chegar a uma única resposta. São diversas as teses a respeito do exato momento em que se inicia a vida humana. [...] As mais aceitas – e discutidas – pela comunidade científica afirmam que a vida começa com a fecundação (entre 12 e 48 horas após); com o início da atividade cardíaca (por volta da quarta semana); com a formação do sistema nervoso central (na quinta semana); com o início da atividade cerebral (oitava semana); com a nidação (próxima aos 50 dias); com o surgimento do feto (nona semana de gestação). ISTO É de 2/12/2009.

Na questão n.º 344, de “O Livro dos Espíritos”, foi indagado aos espíritos superiores: “Em que momento a alma se une ao corpo?” A resposta foi simplesedireta:“Auniãocomeçanaconcepção,massó é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado parahabitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus”.

A vida biológica começa com a fecundação, momento em que também se inicia a encarnação — a ligação do perispírito com o corpo. Os vários estágios, conforme a ciência já o explica, apenas assinalam que o corpo vai se formando aos poucos até alcançar a conformação do feto. A ligação do perispírito com o corpo em formação também acompanha esse desenvolvimento. Mas é no nascimento, com a primeira respiração, que passamos a ser contados como espíritos encarnados.

Eavidahumana,desdeafecundação,temoseuvalorreconhecidopela Doutrina. Por isso a advertência contida na resposta à questão n.º 358 da supracitada obra: “Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação? Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.

Notícias comentadas

Representação do mo-mentodafecundação

22 Set/dezembro - 2009

RespostasVerificaçãodeconhecimentosdoutrinários-Páginas12e13

A alma existe?Em 1907, o médico americano Duncan MacDougall não apenas

concluiu sobre a existência da alma como afirmou que ela tem peso específico: 21 gramas, diferença do peso do corpo no momento exato da morte. Mas grande parte da comunidade científica internacional não aceita como verdadeiras essas conclusões. Para o neurologista Gilberto Fernando Xavier, a “alma nada mais é do que os bilhões de neurônios do cérebro alimentados pela formação cultural e toda sorte de informação que um indivíduo recebe durante a vida”. ISTO É de 2/12/2009.

Para nós que estudamos a Doutrina Espírita; para os espiritualistas; para a maioria das religiões e um número crescente de cientistas, com respaldo nos registros de EQM (Experiência de Quase Morte), formamos uma compreensão diametralmente oposta aos que pensam que a alma é o próprio cérebro: ela pré-existe ao nascimento do corpo; existe no corpo e sobreexiste à sua morte. E a alma de que estamos falando é aquela da questão n.º 134 de “O Livro dos Espíritos”: “Que é a alma? Um Espírito encarnado. a) - Que era a alma antes de se unir ao corpo? Espírito. b) - As almas e os Espíritos são, portanto, idênticos, a mesma coisa? Sim, as almas não são senão os Espíritos. Antes de se unir ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível, os quais temporariamente revestem um invólucro carnal para se purificarem e esclarecerem”.

E mais, espíritos criados por Deus, conforme resposta à questão n.º 81 de “O Livro dos Espíritos”: “Deus os cria, como a todas as outras criaturas, pela Sua vontade. Mas, repito ainda uma vez, a origem deles é mistério”. O mistério é da origem e não da existência.

Q.1 - a parentela espiritual.Q.2 - José, seu pai, descendia de Davi

Q.3 - IsmaelQ.4 - fluido universal de cada globo.

Q.5 - Allan Kardec.Q.6 - espíritos puros, bons e imperfeitos.

Q.7 - A Gênese Q.8 - Joanna de Ângelis.

Q.9 - Paulo

2�Set/dezembro - 2009

Carta ao atual e futuroASSINANTE MANTENEDOR

Querido(a) irmão(ã),

ArevistaOESPÍRITA,fundadaem3deoutubrode1978,jamaisdeixoudecircularemseus31anosdeexistência. Semprecommuitosacrifício,levouparatodooBrasilamensagemconsoladoradoEspiritismoCristão,comapurezaeabelezapropostaspornossosbenfeitoressobaégidedeJesusCristo. Cabe colocar, que muitas casas espíritas carentes,mormente no interior, onde há enorme falta de material dedivulgação,estãorecebendogratuitamenteOESPÍRITA.Porestarazão,solicitamosàsuanobreconsciência,quecontribuaanualmentecomumvalorsugeridodeR$15,00(quinzereais),ou mediante colaboração espontânea acima deste valor,paraquepossamoscustearastrêsediçõesdarevista(abril/agosto/dezembro), aspostagensdosexemplaresqueserãoremetidosemseunomeeadistribuiçãogratuitaparacentenasdeinstituiçõesespíritas. Ao enviar sua parcela de contribuição, você estaráviabilizando a continuação deste trabalho e apoiando osredatores, que lutam com denodo para manterem erguidaa bandeira da Nova Fé, e que arcam com os custos destaprodução,semnadareceberempelosserviçosprestados. Que não nos falte a sensibilidade espiritualizada,entendendoquealutapelavitóriadobemédaresponsabilidadedetodos.

Contribua com a divulgação da Doutrina Espírita.Preencha o formulário no verso.

2� Set/dezembro - 2009