cap-lab news 10

2
Vinicius Capeleto Diretor Comercial Gerente do Departamento de Operações da Barbosa & Marques, Antônio Maurício da Costa fala sobre a sua carreira e os desafios encontrados no setor lácteo. Sempre em busca da maior qualidade ENTREVISTA Quem é quem na Cap-Lab Cargo: Analísta de Vendas Senior Nasci em: 21/03/1960 - Acajutiba/BA Trabalho na Cap-Lab: Desde Janeiro de 2008 Um lugar para viajar: Paris Sua maior qualidade: Atender da melhor forma os meus clientes O que mais gosta de fazer nas horas vagas: Ouvir música e curtir meus bi- chos no meu sítio Um pessoa que admira: Meu pai Musica favorita: Il Divo – Hasta mi final Um filme: Amor além da vida Um sonho: Intensificar meus estudos para que cada vez mais as pessoas conheçam o Reiki e o bem que ele faz através das nossas mãos Gosto de trabalhar na Cap-Lab pois: Quando trabalhamos no que gostamos, não é trabalho e sim prazer. Além disso, nós formamos uma grande família. Jedalva Rottman “Ontem uma criança, hoje um adulto, a vida passa e com ela passamos juntos, mas o mais importante é não deixar morrer jamais a criança que existe dentro da gente.” Podemos dizer que 2011 foi um ano extremamente positivo para a Cap-Lab. Conseguimos executar todos os nossos projetos na área co- mercial e também pensar e criar no- vas formas que ajudem os negócios a prosperar ainda mais. Temos muito orgulho de anun- ciar que neste ano de 2012 a Cap- Lab está completando 18 anos de história e só temos a agradecer a todos os envolvidos que permitiram que chegássemos até aqui: cola- boradores, fornecedores e parceiros comerciais. E para iniciarmos com o pé di- reito, acabamos de realizar a nossa 4ª Convenção Nacional de Vendas, onde, em um clima de descontração e integração, reunimos os diversos departamentos da empresa para apresentarmos os resultados atingi- dos e deixar traçado o caminho a ser seguido. Agora estamos focados no novo projeto: I Intercâmbio Técnico Cap- Lab “Bienvenido a La Argentina”. Neste informativo vocês estão rece- bendo um encarte onde poderão conhecer um pouco do que será esta viagem e a importância de se criar oportunidades como esta dentro do nosso setor. Acredite, estamos muito animados em abrir as portas do mercado internacio- nal, a fim de aprimorar e atualizar o conhecimento dos profissionais brasileiros. Para dar continuidade às ou- tras participações, mais uma vez estivemos presentes no Seminário da ABIQ, que aconteceu nos dias 22 e 23 de abril, em Maceió/AL, onde tratamos do tema “Qualidade de Leite para Fabricação de Queijos”. E se preparem porque ainda te- mos muitas novidades reservadas para vocês! Bom ano e bons negócios! Ainda criança, quando sua família re- solveu sair da pequena cidade de Silveirâ- nia, em Minas Gerais, para viver em Rio Pomba, também em Minas, Antônio Maurí- cio da Costa nem sonhava em se tornar um forte nome da área de laticínios. Hoje, como gerente do Departamento de Operações da Barbosa & Marques, Costa tem autoridade suficiente no assunto para falar sobre quais são os passos a se seguir para manter um alto padrão de qualidade no setor. Em 1967, quando terminou o segundo grau, Costa resolveu entrar no curso Técni- co de Laticínios do renomado Instituto de Laticínios Cândido Tostes, em Juiz de Fora. Logo depois se formou em Administração de Empresas, o que lhe garantiu uma car- reira vitoriosa no setor. “Comecei em uma cooperativa no Sul de Minas, depois passei pela Itambé e em 1975 fui para a Barbosa & Marques como supervisor regional, tendo que cuidar de quatro fábricas e um posto de resfriamento de leite”, explica Costa, que não demorou muito para começar a subir de cargo. “Em 1977 virei assistente do Departa- mento de Operações da empresa, supervi- sionando todas as unidades,13 fábricas e 10 postos de resfriamento. Um ano depois me tornei o gerente do departamento”. Há 42 anos trabalhando no setor, Costa destaca a sua paixão e dedicação à área de laticínios como um ponto marcante para o seu sucesso. “Dediquei-me com todo en- tusiasmo na produção de queijos, sempre amando a minha profissão. Durante toda a carreira não perdi nenhuma oportunidade, participando de seminários, congressos e feiras nacionais e internacionais. Além de fazer visitas em grandes empresas de la- ticínios pelo Brasil e pela América do Sul e Europa. Sempre em busca de se manter atualizado, para garantir um alto padrão de qualidade nos nossos produtos”, ressalta Entretanto, Costa afirma que para for- mar uma equipe vencedora a atualização profissional também é indispensável para o sucesso. “ É sempre necessária a realização Fonte: arquivo pessoal de treinamentos internos e externos, for- mando grupos altamente comprometidos, atualizados e competentes para atingir o sucesso. Somente com equipes bem pre- paradas é possível crescer, e, por isso, é fundamental investir no treinamento dos funcionários”. O gerente de departamento também ressalta que é preciso vencer os obstáculos que surgem pela frente. “Evidentemente que para conseguir manter um alto padrão de qualidade com aprimoramento constan- te e desenvolvimento de novos produtos para atendermos os anseios do consumidor, muitos desafios foram enfrentados e feliz- mente vencidos. Tivemos uma redução gra- dativa de 23 unidades para apenas as duas grandes fábricas atuais com um portfólio de produtos enorme. Esta concentração só foi possível com a granelizaçao do leite, re- duzindo acentuadamente o custo do frete da matéria-prima, que onerava substancial- mente o custo do produto final, tornando- se impossível manter o nível de vendas e muito menos fazê-lo crescer”, explica. Costa não fugiu de citar alguns dos de- safios encontrados atualmente no setor lác- teo. “Temos que trabalhar incessantemente para a melhoria da qualidade do leite. A cada ano os padrões são mais rigorosos. No caso das médias empresas: procurar man- ter produtos com alta qualidade e cada vez mais fortalecer a sua marca, ganhando as- sim a confiabilidade do consumidor para conseguir competitividade com os grandes grupos que estão surgindo no mercado por meio de compras de algumas indústrias ou por associações”. Para finalizar, Costa, que é casado há 40 anos, com quatro filhos e três netos, e que gosta muito de curtir a família os amigos e de viajar, afirma que é um homem feliz. “ Sou um vitorioso tanto na vida profissional como na pessoal ” TÉCNICA Salmonella na indústria láctea por Leyre Grosman Suporte Técnico Cap-Lab O gênero Salmonella é formado por bactérias patogênicas em forma de bacilos, Gram-negativas, não produtoras de esporos, anaeróbi- cas facultativas, em sua maioria são móveis com flagelos peritríquios e pertencem à família Enterobac- teriaceae. A temperatura ideal para a multiplicação destes microrga- nismos é 35-37°C e o pH ótimo fica próximo de 7,0 (pH neutro), sendo que valores superiores a 9,0 e infe- riores a 4,0 podem ser considerados bactericidas para o gênero. As publicações microbiológicas mais importantes adotam o esque- ma de Kauffman e White para a clas- sificação de Salmonella, dividindo o gênero em tipos sorológicos, em função dos antígenos “O”, “H” e “Vi”. As espécies de maior importância para a saúde humana são Salmo- nella typhi e a Salmonella paratyphi. Atualmente, é um dos micror- ganismos mais frequentemente envolvidos em casos e surtos de Doenças Transmitidas por Alimen- tos (DTA’s). As salmoneloses se ma- nifestam em média de 12 a 36 horas após a infecção e incluem sinto- mas como febres (tifóide e entéri- cas), diarréias, dores abdominais e vômitos. A Salmonella tem como princi- pais reservatórios naturais os intes- tinos de animais e seres humanos e por isto são amplamente encon- trados na natureza (solo, vegetais e água) e em produtos de origem ani- mal (carne, ovos, etc). É importante ressaltar que tanto os animais quan- to os seres humanos contaminados excretam quantidades elevadas de Salmonella em suas fezes, sangue e no leite. Considerando que a Salmonella é completamente destruída pela pasteurização, a contaminação as- sociada a produtos lácteos pode ser causada pela utilização de leite cru ou inadequadamente pasteurizado, ou por pós-contaminação e/ou con- taminações cruzadas durante o pro- cesso produtivo. A fim de garantir a Segurança Alimentar, algumas práticas preven- tivas devem ser adotadas em toda cadeia de produção, tais como: con- trole de saúde do rebanho, higiene na ordenha, boas práticas de fa- bricação na indústria, com foco es- pecial na higiene de utensílios e e- quipamentos e, sobretudo, higiene pessoal dos colaboradores. A metodologia analítica oficial para contagem de Salmonella sp está descrita na Instrução Norma- tiva nº 62/2003 do MAPA (Minis- tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e sua aplicação nas indústrias processadoras tem como objetivo monitorar as condições de manipulação dos alimentos e avaliar a qualidade final dos mesmos. Esta metodologia é bastante complexa e inclui uma série de fases: • Pré enriquecimento: é utilizada solução salina peptonada tampona- da que favorece a manutenção do pH, evitando que as bactérias acom- panhantes acidifiquem o meio, pre- judicando a recuperação das células de Salmonella. • Enriquecimento seletivo: faz-se obrigatoriamente nos dois meios líquidos seletivos - caldo Rappaport Vassiliadis e caldo Selenito-Cistina, que, incubados em temperatura ideais, criam as condições de cresci- mento adequadas para a Salmonella e desfavorecem ao máximo a flora acompanhante por sua toxicidade. Por isto, o Rappaport deve ser pre- parado com pelo menos cinco dias de antecedência para que não seja nocivo também às salmonelas. Lembrando que devem ser manipu- lados com cuidado, pois são tóxicos em contato com a pele, por ingestão e inalação. • Isolamento e seleção: Baseia-se na seleção de colônias de Salmo- nella em, pelo menos, dois meios sólidos: o ágar verde brilhante ver- melho de fenol lactose sacarose (BPLS) obrigatoriamente e outro ágar de maior impediência escolhi- do pelo laboratório. • Identificação bioquímica: Ba- seia-se na evidenciação das pro- priedades fisiológicas e metabólicas das culturas suspeitas, por meio da verificação da presença de cito- cromo oxidase; detecção de pirro- lidonil peptidase (PYRase) segundo Bennett et. al (1999); produção de urease; fermentação da glicose, sa- carose e lactose no meio TSI; detec- ção de beta-galactosidase; descarboxilação da lisina; produção de H 2 S; motilidade e produção de indol. Em casos de dúvidas, mesmo após to- das as provas bioquímicas anteriores, realizam- se outros testes complementares, baseados na inoculação das culturas suspeitas em uma bateria miniaturizada de testes padronizados. Tendo em vista o fato de a metodologia ofi- cial ser trabalhosa e demandar muito tempo, pois exige o preparo de inúmeros meios de cutura e a excessiva manipulação dos mesmos, conside- ra-se esta análise um risco de contaminação para a indústria e por isso os kits de testes micro- biológicos rápidos, onde se utilizam placas pron- tas, se tornam a melhor opção, justamente por eliminar estas etapas. As provas para confirma- ção bioquímica de Salmonella também devem ser consideradas de alto risco para a dissemina- ção do microrganismo na indústria, pois estas são executadas em cultura pura de Salmonella, iso- lada nas fases anteriores. Com base no exposto, podemos afirmar que a melhor forma de evitar a contaminação de lác- teos por Salmonella é, sem sombra de dúvidas, a adoção de rotinas eficientes de higiene na indús- tria. Ressalta-se também a importância de moni- torar a presença do microrganismo, através de análises microbiológicas, que serão capazes de garantir a segurança dos alimentos produzidos. Bibliografia: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?484#id=I1_1 333296237985&parent=http%3A%2F%2Fwww.abcdasaude. com.br&rpctoken=815707261&_methods=onPlusOne%2C_ ready%2C_close%2C_open%2C_resizeMe%2C_renderstart– consultado em 01/04/2012 Franco, Bernadette D. Gombossy de Melo. Landgraf, Marilza. Microbiologia dos Alimentos. Editora Atheneu. São Paulo- 2008 Curso: Microbiologia dos Alimentos – Portal Educação – Módulo II Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria da defesa Agropecuária. Laboratório Nacional de Referência Animal. Instrução Normativa 62 de 26/08/2003. Mé- todos oficiais para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água. Informativo10_a.indd 1 15/05/2013 09:20:11

Upload: cap-lab

Post on 08-Mar-2016

242 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Cap-Lab News 10

TRANSCRIPT

Page 1: Cap-Lab News 10

ViniciusCapeletoDiretor Comercial

Gerente do Departamento de Operações da Barbosa & Marques, Antônio Maurício da Costa fala sobre a sua carreira e os desa� os encontrados no setor lácteo.

Sempre em busca da maior qualidade

ENTREVISTA Quem é quemna Cap-Lab

Cargo: Analísta de Vendas Senior

Nasci em: 21/03/1960 - Acajutiba/BA

Trabalho na Cap-Lab: Desde

Janeiro de 2008

Um lugar para viajar: Paris

Sua maior qualidade: Atender da

melhor forma os meus clientes

O que mais gosta de fazer nas horas

vagas: Ouvir música e curtir meus bi-

chos no meu sítio

Um pessoa que admira: Meu pai

Musica favorita: Il Divo – Hasta mi � nal

Um � lme: Amor além da vida

Um sonho: Intensi� car meus estudos

para que cada vez mais as pessoas

conheçam o Reiki e o bem que ele faz

através das nossas mãos

Gosto de trabalhar na Cap-Lab pois:

Quando trabalhamos no que gostamos,

não é trabalho e sim prazer. Além disso,

nós formamos uma grande família.

Jedalva Rottman

“Ontem uma criança, hoje um adulto, a vida passa e com ela passamos juntos, mas o mais

importante é não deixar morrer jamais a criança que existe

dentro da gente.”

Podemos dizer que 2011 foi um ano extremamente positivo para a Cap-Lab. Conseguimos executar todos os nossos projetos na área co-mercial e também pensar e criar no-vas formas que ajudem os negócios a prosperar ainda mais.

Temos muito orgulho de anun-ciar que neste ano de 2012 a Cap-Lab está completando 18 anos de história e só temos a agradecer a todos os envolvidos que permitiram que chegássemos até aqui: cola- boradores, fornecedores e parceiros comerciais.

E para iniciarmos com o pé di-reito, acabamos de realizar a nossa 4ª Convenção Nacional de Vendas, onde, em um clima de descontração e integração, reunimos os diversos departamentos da empresa para apresentarmos os resultados atingi-dos e deixar traçado o caminho a ser seguido.

Agora estamos focados no novo projeto: I Intercâmbio Técnico Cap-Lab “Bienvenido a La Argentina”. Neste informativo vocês estão rece-bendo um encarte onde poderão conhecer um pouco do que será esta viagem e a importância de se criar oportunidades como esta dentro do nosso setor. Acredite, estamos muito animados em abrir as portas do mercado internacio-nal, a � m de aprimorar e atualizar o conhecimento dos pro� ssionais brasileiros.

Para dar continuidade às ou- tras participações, mais uma vez estivemos presentes no Seminário da ABIQ, que aconteceu nos dias 22 e 23 de abril, em Maceió/AL, onde tratamos do tema “Qualidade de Leite para Fabricação de Queijos”.

E se preparem porque ainda te-mos muitas novidades reservadas para vocês!

Bom ano e bons negócios!

Ainda criança, quando sua família re-solveu sair da pequena cidade de Silveirâ-nia, em Minas Gerais, para viver em Rio Pomba, também em Minas, Antônio Maurí-cio da Costa nem sonhava em se tornar um forte nome da área de laticínios. Hoje, como gerente do Departamento de Operações da Barbosa & Marques, Costa tem autoridade su� ciente no assunto para falar sobre quais são os passos a se seguir para manter um alto padrão de qualidade no setor.

Em 1967, quando terminou o segundo grau, Costa resolveu entrar no curso Técni-co de Laticínios do renomado Instituto de Laticínios Cândido Tostes, em Juiz de Fora. Logo depois se formou em Administração de Empresas, o que lhe garantiu uma car-reira vitoriosa no setor. “Comecei em uma cooperativa no Sul de Minas, depois passei pela Itambé e em 1975 fui para a Barbosa & Marques como supervisor regional, tendo que cuidar de quatro fábricas e um posto de resfriamento de leite”, explica Costa, que não demorou muito para começar a subir de cargo. “Em 1977 virei assistente do Departa-mento de Operações da empresa, supervi-sionando todas as unidades,13 fábricas e 10 postos de resfriamento. Um ano depois me tornei o gerente do departamento”.

Há 42 anos trabalhando no setor, Costa destaca a sua paixão e dedicação à área de laticínios como um ponto marcante para o seu sucesso. “Dediquei-me com todo en-tusiasmo na produção de queijos, sempre amando a minha pro� ssão. Durante toda a carreira não perdi nenhuma oportunidade, participando de seminários, congressos e feiras nacionais e internacionais. Além de fazer visitas em grandes empresas de la- ticínios pelo Brasil e pela América do Sul e Europa. Sempre em busca de se manter atualizado, para garantir um alto padrão de qualidade nos nossos produtos”, ressalta

Entretanto, Costa a� rma que para for-mar uma equipe vencedora a atualização pro� ssional também é indispensável para o sucesso. “ É sempre necessária a realização

Fonte: arquivo pessoal

de treinamentos internos e externos, for-mando grupos altamente comprometidos, atualizados e competentes para atingir o sucesso. Somente com equipes bem pre-paradas é possível crescer, e, por isso, é fundamental investir no treinamento dos funcionários”.

O gerente de departamento também ressalta que é preciso vencer os obstáculos que surgem pela frente. “Evidentemente que para conseguir manter um alto padrão de qualidade com aprimoramento constan-te e desenvolvimento de novos produtos para atendermos os anseios do consumidor, muitos desa� os foram enfrentados e feliz-mente vencidos. Tivemos uma redução gra-dativa de 23 unidades para apenas as duas grandes fábricas atuais com um portfólio de produtos enorme. Esta concentração só foi possível com a granelizaçao do leite, re-duzindo acentuadamente o custo do frete da matéria-prima, que onerava substancial-mente o custo do produto � nal, tornando-se impossível manter o nível de vendas e muito menos fazê-lo crescer”, explica.

Costa não fugiu de citar alguns dos de-sa� os encontrados atualmente no setor lác-teo. “Temos que trabalhar incessantemente para a melhoria da qualidade do leite. A cada ano os padrões são mais rigorosos. No caso das médias empresas: procurar man-ter produtos com alta qualidade e cada vez mais fortalecer a sua marca, ganhando as-sim a con� abilidade do consumidor para conseguir competitividade com os grandes grupos que estão surgindo no mercado por meio de compras de algumas indústrias ou por associações”.

Para � nalizar, Costa, que é casado há 40 anos, com quatro � lhos e três netos, e que gosta muito de curtir a família os amigos e de viajar, a� rma que é um homem feliz.

“ Sou um vitorioso tanto na vida pro� ssional

como na pessoal ”

TÉCNICA

Salmonella na indústria láctea

por Leyre Grosman Suporte Técnico Cap-Lab

O gênero Salmonella é formado por bactérias patogênicas em forma de bacilos, Gram-negativas, não produtoras de esporos, anaeróbi-cas facultativas, em sua maioria são móveis com � agelos peritríquios e pertencem à família Enterobac- teriaceae. A temperatura ideal para a multiplicação destes microrga- nismos é 35-37°C e o pH ótimo � ca próximo de 7,0 (pH neutro), sendo que valores superiores a 9,0 e infe-riores a 4,0 podem ser considerados bactericidas para o gênero.

As publicações microbiológicas mais importantes adotam o esque-ma de Kau� man e White para a clas-si� cação de Salmonella, dividindo o gênero em tipos sorológicos, em função dos antígenos “O”, “H” e “Vi”. As espécies de maior importância para a saúde humana são Salmo-nella typhi e a Salmonella paratyphi.

Atualmente, é um dos micror-ganismos mais frequentemente envolvidos em casos e surtos de Doenças Transmitidas por Alimen-tos (DTA’s). As salmoneloses se ma- nifestam em média de 12 a 36 horas após a infecção e incluem sinto-mas como febres (tifóide e entéri-cas), diarréias, dores abdominais e vômitos.

A Salmonella tem como princi-pais reservatórios naturais os intes-tinos de animais e seres humanos e por isto são amplamente encon-trados na natureza (solo, vegetais e água) e em produtos de origem ani-mal (carne, ovos, etc). É importante ressaltar que tanto os animais quan-to os seres humanos contaminados excretam quantidades elevadas de Salmonella em suas fezes, sangue e no leite.

Considerando que a Salmonella é completamente destruída pela pasteurização, a contaminação as-sociada a produtos lácteos pode ser causada pela utilização de leite cru ou inadequadamente pasteurizado, ou por pós-contaminação e/ou con-taminações cruzadas durante o pro-cesso produtivo.

A � m de garantir a Segurança Alimentar, algumas práticas preven-tivas devem ser adotadas em toda cadeia de produção, tais como: con-trole de saúde do rebanho, higiene

na ordenha, boas práticas de fa- bricação na indústria, com foco es-pecial na higiene de utensílios e e- quipamentos e, sobretudo, higiene pessoal dos colaboradores.

A metodologia analítica o� cial para contagem de Salmonella sp está descrita na Instrução Norma-tiva nº 62/2003 do MAPA (Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e sua aplicação nas indústrias processadoras tem como objetivo monitorar as condições de manipulação dos alimentos e avaliar a qualidade � nal dos mesmos. Esta metodologia é bastante complexa e inclui uma série de fases:

• Pré enriquecimento: é utilizada solução salina peptonada tampona-da que favorece a manutenção do pH, evitando que as bactérias acom-panhantes acidi� quem o meio, pre- judicando a recuperação das células de Salmonella.

• Enriquecimento seletivo: faz-se obrigatoriamente nos dois meios líquidos seletivos - caldo Rappaport Vassiliadis e caldo Selenito-Cistina, que, incubados em temperatura ideais, criam as condições de cresci-mento adequadas para a Salmonella e desfavorecem ao máximo a � ora acompanhante por sua toxicidade. Por isto, o Rappaport deve ser pre-parado com pelo menos cinco dias de antecedência para que não seja nocivo também às salmonelas. Lembrando que devem ser manipu-lados com cuidado, pois são tóxicos em contato com a pele, por ingestão e inalação.

• Isolamento e seleção: Baseia-se na seleção de colônias de Salmo- nella em, pelo menos, dois meios sólidos: o ágar verde brilhante ver-melho de fenol lactose sacarose (BPLS) obrigatoriamente e outro ágar de maior impediência escolhi-do pelo laboratório.

• Identifi cação bioquímica: Ba-seia-se na evidenciação das pro-priedades � siológicas e metabólicas das culturas suspeitas, por meio da veri� cação da presença de cito-cromo oxidase; detecção de pirro- lidonil peptidase (PYRase) segundo Bennett et. al (1999); produção de urease; fermentação da glicose, sa-carose e lactose no meio TSI; detec-

ção de beta-galactosidase; descarboxilação da lisina; produção de H2S; motilidade e produção de indol. Em casos de dúvidas, mesmo após to-das as provas bioquímicas anteriores, realizam-se outros testes complementares, baseados na inoculação das culturas suspeitas em uma bateria miniaturizada de testes padronizados.

Tendo em vista o fato de a metodologia o� -cial ser trabalhosa e demandar muito tempo, pois exige o preparo de inúmeros meios de cutura e a excessiva manipulação dos mesmos, conside-ra-se esta análise um risco de contaminação para a indústria e por isso os kits de testes micro-biológicos rápidos, onde se utilizam placas pron-tas, se tornam a melhor opção, justamente por eliminar estas etapas. As provas para con� rma-ção bioquímica de Salmonella também devem ser consideradas de alto risco para a dissemina-ção do microrganismo na indústria, pois estas são executadas em cultura pura de Salmonella, iso-lada nas fases anteriores.

Com base no exposto, podemos a� rmar que a melhor forma de evitar a contaminação de lác-teos por Salmonella é, sem sombra de dúvidas, a adoção de rotinas e� cientes de higiene na indús-tria. Ressalta-se também a importância de moni-torar a presença do microrganismo, através de análises microbiológicas, que serão capazes de garantir a segurança dos alimentos produzidos.

Bibliogra� a:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?484#id=I1_1

333296237985&parent=http%3A%2F%2Fwww.abcdasaude.com.br&rpctoken=815707261&_methods=onPlusOne%2C_ready%2C_close%2C_open%2C_resizeMe%2C_renderstart– consultado em 01/04/2012

Franco, Bernadette D. Gombossy de Melo. Landgraf, Marilza. Microbiologia dos Alimentos. Editora Atheneu. São Paulo- 2008

Curso: Microbiologia dos Alimentos – Portal Educação – Módulo II

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria da defesa Agropecuária. Laboratório Nacional de Referência Animal. Instrução Normativa 62 de 26/08/2003. Mé-todos o� ciais para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água.

Informativo10_a.indd 1 15/05/2013 09:20:11

Page 2: Cap-Lab News 10

Nos dias 09 e 10 de fevereiro, realiza-mos a nossa convenção anual de ven-das. Reunimos todo o departamento co-mercial, os representantes dos diversos estados, além de alguns colaboradores de outros setores que têm suas funções ligadas às estratégias comerciais da empresa. Escolhemos como local para a realização deste evento, um confor-tável Resort, em Itupeva, interior de São Paulo.”

Foram dois dias de muito trabalho, dedicação e troca de informações e ex-periências. Contamos com algumas pa- lestras, técnicas e motivacionais, além de uma divertida e animada gincana técnica, que permitiu a revisão dos co- nhecimentos da equipe.

Sabemos que atualização, motiva-ção e integração são ferramentas im-prescindíveis para o crescimento, tanto da empresa, quanto do pro� ssional. Acreditamos que todo este trabalho re-sulta em benefícios para a família Cap-Lab, e, consequentemente, contribui para a satisfação de nossos clientes, que tanto nos honram com esta parceria de longa data.

Treinamentos

para Laticínios

DiretoraSilvia Capeleto ResponsávelVinicius Capeleto Jornalista ResponsávelRafael Gonçalo - MTB 59723 ColaboraçãoJaqueline Zaramella, Ana Carolina Castanheira e Leyre GrosmanProjeto Grá� co e ArteJaqueline ZaramellaImpressão JF Art Designwww.jfartdesign.com.br

Endereço para Correspondência:Rua Amadis, 116P - Ipiranga - São Paulo/SPCEP: 04221-000Fone/Fax: (11) 2063-4242Site: www.cap-lab.com.brE-mail: [email protected] Cap-Lab News é um informativo trimestral distri-buído gratuitamente para clientes e fornecedores. Os artigos assinados não re� etem necessariamente a opinião da empresa. Pode ser reproduzido desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares

Análises Físico-Químicas em Leite e Derivados – Prática e TeoriaPúblico alvo: Analistas de laboratório de controle de qualidade, analistas de laboratório de recepção.

Análises Microbiológicas em Leite e Derivados – Prática e TeoriaPúblico alvo: Analistas de laboratório de controle de qualidade.

Boas Práticas de Laboratório Público alvo: Supervisão, gerência e analistas de laboratório de controle de qualidade.

Programa 5SPúblico alvo: Colaboradores de todos os setores da empresa, inclusive administrativo.

Boas Práticas de Fabricação na Indústria de LaticíniosPúblico alvo: Colaboradores de todos os setores da empresa, inclusive administrativo.

SOLICITE SEU TREINAMENTO

EXPEDIENTE

A Cap-Lab tem representantes em vários pontos do território brasileiro. Sempre tem algum perto de você! Entre em contato e solicite uma visita:

Rio Grande do Sul Iran Gustavo [email protected] / Cel. (49) 9969-3848

Santa Catarina Anilton Roberto [email protected] / Cel. (49) 9987-6060

Paraná Edvardd [email protected] / Cel. (44) 9925-3892

São Paulo Américo Tadashi [email protected] / Cel. (11) 8483-4559

Goiás Dante Furtado [email protected] / Cel. (62) 8115-3500

Mato Grosso e Rondônia Carlos [email protected] / Cel. (62) 9931-6199

Ceará Raphael Fernandes [email protected] / Cel. (85) 9953-8176

Minas Gerais (Norte, Triângulo Mineiro, Vale do Aço e Centro-Oeste)Plínio Marcos [email protected] / Cel. (31) 8446-8523

Minas Gerais (Zona da Mata e Sul de Minas)Fernando [email protected] / Cel. (32) 9906-7121

NEWS

REPRESENTANTES

Crescimento constante

Ano 3 - nº 10 - novembro/dezembro/janeiro/fevereiro 2012

Dona de um catálogo com mais de 40 produtos, a empresa Laticínios Mondaí quer lançar novas mercadorias para aumentar ainda mais sua força no mercado

Solicite já o seu Manual e sua Cartilha de Boas Práticas!

Manual Básico de Controle de Qualidadede Leite e Derivados - Comentado

Novos representantes:

TreinamentosContinuamos a todo vapor! Foram muitas visitas para dedicar um tempo muito

especial a todos os clientes que receberam os treinamentos.

O Manual contém as metodologias de análises conforme as Instruções Normativas 68/2006 e 62/2003.

E o time da Cap-Lab não para de crescer, a partir de agora temos três novos representantes em quatro estados.

Isso gera melhoria no atendimento e contato mais próximo com os parceiros comerciais de cada região.

Fotos: Divulgação Mondaí

Crescimento

Fotos: Divulgação Mondaí

Com base em Mondaí, oeste de Santa Catarina, a 100 quilô-metros de Chapecó e a 693 de Florianópolis, a empresa, que leva o nome da cidade, nasceu em janeiro de 2000,

como Posto de Refrigeração, em uma região de muita tradição na pecuária leiteira. O destaque da trajetória da empresa é a evolução, buscando acumular solidez, estrutura, tecnologia e ca-pacitação pro� ssional, para ocupar ainda mais espaço no setor.

Por conta desse anseio de crescimento, em janeiro de 2003, a empresa entrou também no ramo de Fábrica de Laticínios, começando a produzir queijos Prato e Mussarela e manteiga. A partir de 2008 passou a aumentar ainda mais a diversidade de mercadorias e a fazer grandes investimentos na sua fábrica, com modernos equipamentos, um rigoroso controle de qualidade no recebimento e na elaboração e na expedição dos seus produtos.

A maior mudança do Laticínios Mondaí ocorreu em 2009, quando começou a ampliar sua fábrica para uma capacidade de industrialização de 200 mil litros/dia, aumentando o leque de produtos, e dando ênfase maior aos queijos fundidos, como o Re-queijão Tradicional e sabor Cheddar, a manteiga pote, o creme de leite e os queijos fatiados. Ampliando seu horizonte comercial, a Mondaí abriu uma � lial na cidade de Vista Alegre, no noroeste do Rio Grande do Sul, região que também tem tradição na pecuária leiteira.

Mas se engana quem pensa que a busca pelo crescimento deve diminuir com o passar do tempo. De acordo com o gerente comercial da empresa, Alexandre Pohlmann, apesar de o La- ticínios Mondaí possuir atualmente 41 itens em seu catálogo de produtos, as novidades não param por aí. “Vamos investir mais ainda nos queijos fundidos e queijos especiais como o Cheddar e o Gouda. Também vamos, até o � nal deste ano, lançar produtos diferenciados, como o Requeijão com sabores”, ressalta.

Os números da marca, que tem apenas 12 anos de história, demonstram o seu poder de mercado: hoje a empresa conta com 140 funcionários diretos e 60 indiretos, para receber e proces-sar uma media de 220.000 litros/dia, vindos de 1.240 produtores primários.

Para conseguir esse enorme desenvolvimento em pouco mais

de uma década, o Laticínios Mondaí mantém um cuidado todo especial com a qualidade de seus produtos, desde a captação da matéria-prima para a fabricação, até a entrega ao consumidor � -nal. Além disso, a empresa estabelece programas de melhoria na qualidade do leite nas propriedades, orientando seus produtores para as boas práticas da ordenha, melhores condições de higiene e armazenamento do leite. Já na industrialização, é incontestável no uso de todos os programas de controle de qualidade para o manuseio de matéria-prima e fabricação, garantindo a total quali-dade do produto � nal.

Outro ponto fundamental para a evolução do Laticínios Mondaí foi o fortalecimento da economia brasileira e, por con-seqüência, do poder de consumo da população. E, apesar de os economistas serem cautelosos quanto ao futuro deste crescimen-to � nanceiro do país, o gerente comercial da empresa acredita que o mercado de laticínios deve aumentar ainda mais. “Está mui-to bom o consumo destes produtos pelo povo brasileiro, justa-mente por este crescimento do consumo per capta da população. Com isso, também aumentou e muito a produção no setor lácteo. Este crescimento ocorre dia a dia e deve subir ainda mais, com o consumidor tendo maior poder aquisitivo, o que acarreta em maior poder de consumo”, completa.

Essa ambição de crescer cada vez mais faz com que a empresa consolide sua marca no mercado e que o consumidor � que an-sioso à espera de novos produtos.

Cia Brasileira de Lácteos – Morada Nova/CE; Lat. Eusébio – Eusébio/CE; Polenghi – São Paulo/SP; Nestlé – Ibiá/MG; Nestlé – Patos De Minas/MG; Nestlé – Ituiutaba/MG; Nestlé – Goiânia/GO; Italac–Sta Helena/GO; Leites Manacá – Rianápolis/GO; Itambé - Goiânia/GO; Complem – Morrinhos/GO; Biolac - Monte Carmelo/MG; Quatá - Vazante/MG; Coopatos - Patos de Minas/MG; Cemil - Patos de Minas/MG; Tirolez - Arapuá/MG; Lat. Formosa - Lagoa Formosa/MG; Nutrileite - Matutina/MG; Luce - Luz /MG; Embaré - Lagoa da Prata/MG; Trevinho - Sete Lagoas/MG; Leite Minas - S. Seb. da Boa Vista/MG;

O Manual contém as metodologias de análises conforme

Cartilha Boas Práticas de LaboratórioBoas Práticas para laboratórios de controle de quali-

dade de leite e derivados

O Manual contém as metodologias de análises conforme

III Seminário Técnico “Caminhos para Alcançar a Qualidade”

Fernando MahiaMinas Gerais

(Zona da Mata e Sul de Minas)

Carlos A. SilveiraMato Grossoe Rondônia

Edvardd MartinsParaná

Lat Carvalhal - Três Corações/MG; Lat Serra Dourada - Extrema/MG; Natville - Nossa Sra da Glória/SE; Sebrae - Aracajú/SE; Lactobom - To-ledo/PR; Parcker - M.C. Rondon/PR; Lat. Guaíra – Guaíra/PR; Diplomata - Itaipulândia/PR; Coop-erativa de Avaré – Avaré/SP; Laticínios Carolina – Ribeirão Claro/SP; Laticínios Jussara – Araxá/ MG; Laticínios Jussara – Patrocínio Paulista/SP; LBR – Presidente Prudente/SP; Nestlé – Araçatu-ba/SP; Laticínios Salute – São Carlos/SP; Nestlé – Araraquara/SP; Brigatta – Mirandópolis/SP; Promileite – Promissão/SP; Laticínios Campe-sina – Penápolis/SP; Nestlé- Araçatuba/SP.

Queremos agradecer aos presentes no III Semi-nário Técnico “Caminhos Para Alcançar A Quali-dade”, que aconteceu no dia 27 de Outubro de 2011, em um lugar muito especial para todo la-ticinista: O Instituto de Laticínios Cândido Tostes, em Juiz de Fora/MG.

Novamente, conseguimos reunir um grande número de amigos e clientes e, com empenho dos palestrantes, tratar de temas importantes e atuais para todo o setor Lácteo.

Fiquem atentos! Em breve teremos outro semi-nário e esperamos contar com a presença de todos!

Solicite os dois pelo site e receba gratuitamente: www.cap-lab.com.br

Informativo10_a.indd 2 15/05/2013 09:20:23