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Academia de Cincia e Tecnologia

Biossegurana em Laboratrios de Anlises Clnicas

Larissa Barbosa Zochio

So Jos do Rio Preto 2009 Resumo A Biossegurana um conjunto de aes voltadas para preveno, minimizao e eliminao de riscos para a sade, ajuda na proteo do meio ambiente contra resduos e na conscientizao do profissional da sade. Este estudo realizado a partir de uma pesquisa bibliogrfica teve como objetivo mostrar as normas bsicas da biossegurana de forma clara para o profissional que atua em laboratrios clnicos. Apesar da biossegurana est sendo to discutida e valorizada em dias atuais, o nmero de acidentes continua bastante elevado sendo que 80 a 90 % com perfurocortantes. Acredita-se que o problema no est nas tecnologias disponveis para eliminar e minimizar os riscos e sim, no comportamento inadequado dos profissionais. Mas todas as medidas possveis devem ser consideradas para que os acidentes se torne uma exceo. As equipes do laboratrio clnico e de apoio devem receber treinamentos constantes e apropriados sobre os riscos potenciais associados aos trabalhos desenvolvidos, inclusive os profissionais de condutas inadequadas para que se conscientizem. A biossegurana em laboratrios de anlises clnicas uma responsabilidade individual, sendo que seus gestores devem garantir um local seguro para o exerccio de todas as atividades.

Introduo A biossegurana um conjunto de aes voltadas para: preveno, minimizao e eliminao de riscos para a sade, ajuda na proteo do meio ambiente contra resduos e na conscientizao do profissional da sade. O conceito biossegurana tem sido muito discutido e valorizado nos dias atuais. (1) Nos anos 70, uma srie de estudos detectou que os profissionais de laboratrios clnicos e rea da sade apresentavam mais casos de tuberculose, hepatite B e shigelose, do que pessoas envolvidas com outras atividades. (1) Nesta mesma poca comeou uma construo do conceito de biossegurana na reunio de Asilomar na Califrnia, onde a comunidade cientfica iniciou a discusso sobre os impactos da engenharia gentica na sociedade, a partir da o termo biossegurana, vem ao longo dos anos, sofrendo alteraes, colocando em foco a sade do trabalhador aos riscos biolgicos no ambiente ocupacional, riscos qumicos, fsicos, radioativos e ergonmicos, at o termo atual. (9) Os laboratrios clnicos apresentam uma srie de situaes, atividades e fatores potenciais de risco aos profissionais, os quais podem produzir alteraes leves, moderadas ou graves. Podem causar acidentes de trabalho e/ou doenas profissionais nos indivduos a eles expostos, (10), pois os lquidos biolgicos e os slidos manuseados nos laboratrios de anlises clnicas so quase sempre, fontes de contaminao. Devemos ter cuidados, para no haver contaminao cruzada dos materiais, no contaminar o pessoal do laboratrio, e da equipe de limpeza, os equipamentos e o meio ambiente atravs de aerossis. Esses cuidados mais o descarte dos materiais fazem parte das boas prticas em laboratrio clnico, seguindo as regras de biossegurana. (9) Na opinio de especialistas que discutem a biossegurana, o grande problema no est nas tecnologias disponveis para eliminar e minimizar os riscos e, sim, no comportamento dos profissionais. A biossegurana no est apenas relacionada a

sistemas modernos de esterilizao do ar de um laboratrio ou cmaras de desinfeco das roupas de segurana. Um profissional de sade que no lava as mos com a freqncia adequada ou o lixo hospitalar descartado de maneira errada so prticas do dia-a-dia que tambm trazem riscos. (1) Por isso a adoo de normas de biossegurana em laboratrios clnicos condio fundamental para a segurana dos trabalhadores, qualquer que seja rea de atuao, pois os riscos esto sempre presentes, (10), porm importante que o profissional da rea da sade procure fazer treinamentos e ter acesso as informaes que podem contribuir de forma decisiva para melhoria das condies de prpria segurana, livrando-os dos riscos desnecessrios que enfrentam o seu dia-a-dia. (6) Princpios da Biossegurana Os profissionais de laboratrios clnicos, alm de estarem expostos aos riscos ocupacionais: ergonmicos, fsicos e qumicos, trabalham com agentes infecciosos e com materiais potencialmente contaminados, que so os riscos biolgicos. Esses profissionais devem ser conscientizados sobre os riscos potenciais, e treinados a estarem aptos para exercerem as tcnicas e prticas necessrias para o manuseio seguro dos materiais e fluidos biolgicos. (9) Os riscos biolgicos se subdividem em classes: Classe de Risco 1: o risco individual e para comunidade baixo, so agentes biolgicos, que tm probabilidade nula ou baixa de provocar infeces no homem ou em animais sadios e de risco potencial mnimo para o profissional do laboratrio e para o ambiente. Exemplo: Lactobacillus. (6) Classe de Risco 2: o risco individual moderado e para comunidade limitado. Aplica-se a agentes biolgicos que provocam infeces no homem ou nos animais, cujo risco de propagao na comunidade e de disseminao no meio ambiente limitado, no constituindo em srio risco a quem os manipula em condies de conteno, pois existem medidas teraputicas e profilticas eficientes. Exemplo: Toxoplasma spp. (6)

Classe de Risco 3: o risco individual alto e para comunidade limitado. Aplica-se a agentes biolgicos que provocam infeces, graves ou letais, no homem e nos animais e representam um srio risco a quem os manipulam. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de indivduo para indivduo, mas existem medidas de tratamento e preveno. Exemplo: Bacillus anthracis. (6)

Classe de Risco 4: o risco individual para a comunidade elevado. Aplica-se a agentes biolgicos de fcil propagao, altamente patognicos para o homem, animais e meio ambiente, representando grande risco a quem os manipula, ou com com grande poder de transmissibilidade via aerossol Exemplo: Vrus Ebola. (6) A classe de risco 2 aplica-se a laboratrios de anlises clnicas, onde o trabalho envolve sangue humano, lquidos corporais, tecidos ou linhas de clulas humanas primrias onde a presena do agente infeccioso pode ser desconhecida. Os agentes infecciosos so de um espectro de gravidade moderada para a comunidade e gravidade varivel a uma patologia humana. (9) Devido aos riscos ocupacionais, principalmente os riscos biolgicos, cada laboratrio dever desenvolver um manual de biossegurana ou de operaes que identifique os riscos que podero ser encontrados. E que se especifique tambm as prticas e procedimentos especficos para minimizar ou eliminar as exposies a estes riscos. (9) riscos de transmisso

desconhecido, no existindo medidas profilticas ou teraputicas.

Procedimentos Operacionais Padro POP Os POP so protocolos que descrevem detalhadamente cada atividade realizada no laboratrio, desde a coleta at a emisso de resultado final, incluindo utilizao de

equipamentos, procedimentos tcnicos, cuidados de biossegurana e condutas a serem adotadas em acidentes. (5) Para biossegurana dos laboratrios de anlises clnicas o POP fundamental, pois ele tem como objetivo padronizar todas as aes para que diferentes tcnicos possam compreender e executar, da mesma maneira, uma determinada tarefa. Esses protocolos devem estar escritos de forma clara e completa possibilitando a compreenso e adeso de todos. Alm disso, eles devem ser realistas para que seus tcnicos possam de fato, seguir o estabelecido. (5) As chefias dos laboratrios devem convidar os funcionrios para participarem da elaborao dos POP. Esses protocolos devem ser atualizados regularmente e suas alteraes apresentadas e discutidas com os tcnicos. Os tcnicos do laboratrio devem assinar um termo atestando que conhecem e se comprometem a cumprir o POP. (5) Os POP devem estar disponveis em local de fcil acesso e conhecido de todos os profissionais que atuam no ambiente laboratorial. (5).

Descrio das Responsabilidades em Biossegurana Os manuais de biossegurana dos laboratrios clnicos so de responsabilidade de comisses formadas por chefes de setores, mdicos, e at mesmo funcionrios. Essas comisses preparam normas de biossegurana, dentro da legislao vigente e suas revises quando necessrias, elas so distribudas a todos os setores do laboratrio que estejam envolvidos direta ou indiretamente, com a rotina que envolva o contato com material clnico. Isto envolve os setores burocrticos uma vez que as visitas aos setores tcnicos constituem uma atividade de rotina. Investigam os acidentes e suas causas buscando solues que minimizem a repetio do mesmo, coordena a coleta e descarte de rejeitos, garante o treinamento dos funcionrios e a realizao do programa, e o registro de todas as atividades ligadas biossegurana. (9) Os respectivos chefes de setores devem verificar e relatar comisso de biossegurana, os riscos decorrentes das atividades do seu setor, assegurar a realizao das atividades de biossegurana e treinar seus funcionrios. (9) O coordenador de segurana do setor coopera com o respectivo chefe para garantir que todas essas atividades sejam cumpridas.

CIPA (Comisso Interna de Preveno de Acidentes): essa comisso deve ser criada por funcionrios de todos os nveis, que deve atender s exigncias legais vigentes. Tem como filosofia, despertar nos funcionrios o interesse pela preveno de acidentes e promover a proteo dos riscos ocupacionais. (3) (9) SESMT (Servios Especializados em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho) e PCMSO (Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional): esses servios devem estar sob responsabilidade de um mdico do trabalho. O SESMT tem for finalidade promover a sade e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. (3) (9) PPRA (Programa de Preveno de Riscos Ambientais): esse servio deve ficar sob responsabilidade direta da Comisso de Biossegurana, avaliam os riscos biolgicos e o local de trabalho, esse programa deve ser reavaliado uma vez por ano. (8) (9)

Equipamentos de Proteo Individual - EPI Os EPI so equipamentos que servem para proteo do contato com agentes infecciosos, substncias irritantes e txicas, materiais perfurocortantes e materiais submetidos a aquecimento ou congelamento. (5) Os procedimentos de manipulao de amostras biolgicas produzem partculas que podem entrar pelas vias areas e causar infeces ou contaminar roupas, bancadas e equipamentos. Usar EPI um direito do profissional da sade e a instituio em que esse profissional trabalha obrigada a fornec-los. fundamental que o profissional da sade utilize os EPI de forma correta. O uso indevido desses equipamentos tambm pode provocar acidentes. (5) Os EPI, descartveis ou no, devero estar disposio em nmero suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposio. (8) Os EPI que devem estar disponveis, obrigatoriamente, para todos os profissionais que trabalham em ambientes laboratoriais so: jalecos, luvas, mscaras, culos e protetores faciais. H tambm protetores de ouvido para trabalhos muito demorados com equipamentos que emitam rudos alm dos nveis recomendados pelo

Ministrio do Trabalho e do Emprego e mscaras de proteo contra gases para uso na manipulao de substncias qumicas txicas e em caso de acidentes. (5) O jaleco protege a roupa e a pele do profissional do laboratrio clnico, da contaminao por sangue, fluidos corpreos, salpicos e derramamentos de material infectados, que pode ocorrer desde coleta, transporte, manipulao e descarte de amostras clnicas. importante que o jaleco seja colocado assim que o profissional entre no laboratrio, e permanea com ele o tempo todo, porm ao ir a cantinas, refeitrios, bancos, bibliotecas, auditrios, outros, ele deve ser retirado, pois so reas no contaminadas e o jaleco pode levar agentes biolgicos para estes locais. (5) O jaleco deve ser confeccionado em tecido resistente penetrao de lquidos, com comprimento abaixo do joelho e mangas longas, pode ser descartvel ou no. Caso no seja, deve ser resistente descontaminao e autoclavao. (5) Jamais se deve arregaar as mangas do jaleco e expor a pele ao contato com microrganismos depositados no local de trabalho. A limpeza do jaleco deve ser feita na prpria lavanderia do hospital, caso esse servio no esteja disponvel para o profissional da sade, o ideal que primeiramente o jaleco seja autoclavado e depois levado para casa, esse procedimento no gera riscos de contaminao. (5) As luvas descartveis servem para manipulao de materiais potencialmente infectantes, conhecidas como luvas de procedimentos, que so de ltex (borracha natural) ou de material sinttico (vinil). Estas ltimas, alm de mais resistentes aos perfurocortantes, so tambm indicadas a pessoas alrgicas s luvas de borracha natural. As luvas descartveis devem ser usadas em todos os procedimentos, desde coleta, transporte, manipulao at o descarte das amostras biolgicas, pois elas so uma barreira de proteo contra agentes infecciosos. importante que as luvas devam ser caladas com cuidado para que no rasguem e que fique bem aderida a pele, evitando acidentes. (11) As luvas de borracha so grossas e antiderrapantes, servem para manipulao de resduos ou lavagem de materiais ou procedimentos de limpeza em geral. As luvas resistentes temperatura (alta e baixa) servem para manipulao de materiais submetidos a aquecimento ou congelamento, como procedimentos que utilizem estufas para secagem de materiais, banho-maria, cmaras frias, freezer para conservao de amostras, alm de outros. As luvas de borracha e as resistentes temperatura podem ser reutilizadas. (5)

As mscaras descartveis e os culos de proteo devem ser utilizados em todas as atividades que envolvam a formao de aerossol ou suspenso de partculas como pipetagem, centrifugao, execuo de raspados epidrmicos, semeadura de material clnico, outros. (9) Na manipulao de amostras contendo agente infeccioso da tuberculose, deve-se usar a mscara N95. Os culos de proteo devem ser de material rgido e leve, cobrir completamente a rea dos olhos. importante lembrar que os culos de grau no substituem os culos de proteo. importante o uso dos culos com mscara descartvel, pois protegem todo o rosto. (5) Outra opo para proteger o rosto o protetor facial. Ele feito com o mesmo material dos culos, deve ser ajustvel a cabea e cobrir todo o rosto. Os culos e os protetores faciais so equipamentos reutilizveis e devem ser desinfetados. (5) Esses equipamentos funcionam como barreiras para: olhos, nariz, boca e pele contra respingos e aerossis de materiais infectados por agentes patognicos e substncias qumicas, evitando leses. (5)

Equipamentos de Proteo Coletiva EPC As cabines de segurana biolgica (CSB) tambm chamadas de capelas de fluxo laminar so equipamentos utilizados para proteger o profissional e o ambiente laboratorial dos aerossis potencialmente infectantes que podem se espalhar durante a manipulao. Alguns tipos de cabine protegem tambm o produto que est sendo manipulado do contato com o meio externo, evitando contaminaes. Existem trs tipos de cabines de segurana biolgico: classe I, o ar que sai passa atravs de um filtro especial denominado de HEPA (High Efficiency Particulate Air alta eficincia para partculas de ar) e eliminado no ambiente livre das partculas contaminadas, esse tipo de cabine protege o manipulador e o ambiente, porm no evita a contaminao do material que est sendo manipulado; classe II, o ar filtrado em filtros HEPA, antes de entrar e antes de sair da cabine, protegendo o manipulador, o ambiente e o material; essas duas cabines possuem abertura frontal, classe III o ar estril, essa cabine completamente fechada, o que impede a troca de ar com o ambiente e funciona com presso negativa, ela oferece total segurana ao manipulador, ambiente e material, os

recipientes e o material a serem manipulados entram e saem por meio de cmaras de desinfeco. (5) (9) A CSB II ideal para laboratrios clnicos, principalmente para procedimentos microbiolgicos, laboratrios de sade pblica e unidades hemoterpicas. Todos os procedimentos envolvendo amostras biolgicas devem ser feitos em CSB, porm se a quantidade de CSB disponveis no laboratrio no for suficiente, os procedimentos priorizados so: separao de soro, manipulao de amostras de secrees e de outros fluidos corporais. (5) (9) importante que a cabine esteja funcionando no mnimo 30 minutos antes do inicio do trabalho e permanea ligada mais 30 minutos aps a concluso do trabalho, e ser submetida a processo de limpeza, descontaminao e desinfeco, nas paredes laterais e internas e superfcie de trabalho antes do inicio das atividades, e na ocorrncia de acidentes e derramamentos de respingos. (8) A cada seis meses as CSBs devem ser testadas, calibradas e certificadas, a luz ultravioleta deve manter registro de contagem de tempo de uso, pois sua vida til de 7500 horas e os filtros HEPA devem ser testados e certificados de acordo com a especificao do fabricante ou no mnimo uma vez por ano. (6) As capelas de exausto qumica so equipamentos que protegem os profissionais na manipulao de substncias qumicas que liberam vapores txicos e irritantes, por exemplo, na manipulao de formaldedo, pois seu odor irritante e pode causar hipersensibilidade, porm muito usado em laboratrios clnicos para descontaminao. (5) O chuveiro de emergncia utilizado em casos de acidentes em que haja projeo de grande quantidade de sangue, substncias qumicas ou outro material biolgico sobre o profissional. O jato de gua deve ser forte e acionado por alavancas de mo, cotovelos ou joelhos, para possibilitar a remoo imediata da substncia reduzindo os danos para o indivduo. (5) O lava-olhos um equipamento utilizado para acidentes na mucosa ocular, o jato de gua tambm deve ser forte e dirigido aos olhos. Quando ocorrer acidente com derrame de material nos olhos, estes devem ser lavados por, no mnimo 15 minutos, para remoo da substncia, reduzindo danos ao indivduo. Em geral o lava-olhos instalado junto dos chuveiros ou junto das pias do laboratrio, porm a proteo com culos pode evitar esses tipos de acidentes, que s vezes pode levar a danos

irreversveis. (5). Os chuveiros e os lava-olhos devem ser higienizados semanalmente. (8) Nos laboratrios clnicos deve constar tambm kit de primeiros socorros, com material necessrio para pequenos ferimentos na pele, kit de desinfeco, para descontaminao em casos de acidentes com material biolgico, porm os funcionrios devem ser treinados para o manuseio. (9) Os extintores de incndio usados em laboratrios so: extintor de gua (mangueira) para fogo em papel e madeira; extintor de dixido de carbono (p qumico ou espuma) para fogo em lquidos ou gases inflamveis; extintor de dixido de carbono (p qumico seco) para fogo em equipamentos eltricos. A manta ou cobertor serve para abafar ou envolver a vtima de incndio, confeccionado em l ou algodo grosso, no pode ter fibras sintticas. O balde com areia ou absorvente granulado, derramado sobre substncias qumicas perigosas como lcalis para neutraliz-lo. (9) O nmero dos telefones do corpo de bombeiros e dos responsveis pela segurana das chefias dos laboratrios deve estar em local de fcil acesso e vista de todos. (5) Os laboratrios so obrigados a manter em boas condies de funcionamento todos esses equipamentos citados. Esses equipamentos devem estar sinalizados com placas indicativas, instalados ou colocados em locais conhecidos de todos e de fcil acesso. Os funcionrios devem receber treinamentos para utiliz-los. (5)

Boas Prticas Laboratoriais Em relao aos cuidados pessoais importante: Vesturio: calas compridas, sapatos fechados, os calados devem ser de material no poroso e resistente para impedir leses, no caso de acidentes com materiais perfurocortantes, substncias qumicas e materiais biolgicos e uso de aventais; Cabelos: se for compridos, devem permanecer sempre presos ou com gorros para evitar contato com materiais biolgicos ou qumicos; em alguns setores o uso de gorro obrigatrio; Olhos: no caso de lentes de contato, no deve usar em ambiente laboratorial, pois podem manter agentes infecciosos na mucosa ocular;

Mos: lave-as constantemente, antes e aps cada procedimento. Deve ensaboar todos os dedos e entre eles, as costas das mos e os punhos e procure no tocar na torneira depois de lavar as mos, faa isso com um a tolha de papel; Unhas: devem ser mais curtas possveis, o ideal que no ultrapassem as pontas dos dedos; Maquiagem e esmaltes: deve ser evitado, o uso de maquiagem facilita a aderncia de agentes infecciosos na pele, e algumas maquiagens em p interferem no resultado final de alguns exames; Jias ou Bijuterias: o uso de jias ou bijuterias principalmente aqueles que possuem reentrncias, servem de depsitos para agentes infecciosos ou qumicos; Vacinas: o profissional da sade deve estar em dia com a vacinao, pois ele tem um risco duas vezes maior que a populao comum para adquirir doenas. A vacinao ocupacional indicada para profissionais da sade so: hepatite A e B, ttano e difteria (dupla tipo adulto), ttano, difteria e coqueluche (trplice bacteriana tipo adulto), varicela (catapora), influenza (gripe), meningite C, sarampo, caxumba e rubola; (12) No de se deve beber, comer, mascar chicletes e fumar em ambiente laboratorial e nem utilizar geladeiras, freezers e estantes para guardar alimentos e bebidas; Deve-se evitar levar as mos boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo, no laboratrio; Objetos de uso pessoal no devem ficar guardados no laboratrio; No cultivar plantas em ambiente laboratorial; No levar, amigos, parentes, crianas e principalmente pessoas susceptveis s infeces, tais como imunocomprometidas para o ambiente laboratorial. Mantenha a porta do laboratrio sempre fechada e restrinja o controle de acesso; Evitar brincadeiras, distraes e conversas paralelas durante os procedimentos, pois podem causar srios acidentes;

Em relao ao ambiente laboratorial: Tire as luvas sempre que for abrir portas, atender telefone, ligar e desligar interruptores, desse modo evita a contaminao dessas superfcies; Jamais pipete com a boca, a simples colocao da pipeta na boca, j um risco, pois pode carrear para o organismo partculas infectantes, alm de poder aspirar

substncias txicas, carcinognicas ou contaminadas por agentes infecciosos e no use a mesma pipeta para medir solues diferentes; Descarte material perfurocortantes em recipientes de parede rgidas; Jamais reencape agulhas; No cheire placas de cultura, a inalao de agentes microbianos pode resultar em infeces, como, por exemplo, a meningite, identifique bactrias por provas bioqumicas e colorao; No cheire, nem prove substncia alguma; pois algumas substncias quando inaladas ou engolidas podem provocar queimaduras ou leses; Adicione cido, aos poucos sobre a gua, nunca gua ao cido, pois o excesso de calor produzido por essa mistura pode quebrar o recipiente; Para evitar a formao de aerossis: abrir tubos de amostras, ampolas e frascos de cultura em cabine de segurana biolgica, evitar movimentos bruscos durante as pipetagens, dispensar cuidadosamente materiais no descarte para evitar respingos, tampar os tubos a serem centrifugados e s abrir a centrifuga depois da parada completa, manipular substncias qumicas em capela de exausto e no aquea substncias diretamente na chama; As CSBs devem estar instaladas longe de portas, janelas e locais com muita movimentao, pois movimentos interferem no fluxo de ar; Antes de iniciar qualquer trabalho, ler atentamente o roteiro, tirar as dvidas, organizar as vidrarias e produtos qumicos a serem utilizados; Quando fizer necessrio usar luvas, mscaras e culos de proteo. Efetuar os trabalhos em cabine de segurana biolgica; Vidros e tubos de ensaios com solues aquecidas, no devem ser abandonados em qualquer lugar; Deve tomar cuidado para no o funcionrio no se queimar com nitrognio ou CO2 lquidos, neste caso importante que o funcionrio que ir manipular esse tipo de material deve usar luvas e ser treinado; Antes da utilizao de qualquer equipamento novo, os funcionrios devem estar capacitados quanto o modo de operaes e seus riscos. Os manuais devem estar disponveis e em lngua portuguesa; Tudo na bancada, no laboratrio, geladeiras, freezer, devem estar devidamente identificados;

No acumular materiais sobre bancadas e pias, todo material que no estiver sendo usado, deve ser guardado limpo, em lugar apropriado; As portas do laboratrio devem permanecer fechadas quando os ensaios estiverem sendo realizados e trancadas ao final das atividades; O emblema internacional indicando risco biolgico deve ser afixado nas portas dos recintos onde se manuseiam microrganismos pertencentes classe de risco 2, identificando o(s) agente(s) manipulados; As equipes do laboratrio e de apoio devem receber treinamentos anuais, apropriados sobre os riscos potenciais associados aos trabalhos desenvolvidos. Treinamentos adicionais sero necessrios em caso de mudanas de normas ou de procedimentos. (5), (6), (8), (9), (12)

Descontaminao e Descarte de Resduos Para o espao fsico dos laboratrios clnicos, importante que a desinfeco de pisos, paredes, vidraas, bancadas e superfcies no metlicas, seja feita com hipoclorito e sdio 0,5% e para superfcies metlicas, lcool etlico 70%, o piso deve ser limpo duas vezes por dia e o lixo retirado nessa freqncia tambm. (5) A equipe de limpeza deve estar treinada em relao os riscos e situaes de emergncias e tambm usar os EPIs e EPCs. (8) O gerenciamento dos Resduos de Servios de Sade, onde se inserem os gerados nos laboratrios, se constitui em um conjunto procedimentos de gesto, planejados e implementados a partir de bases cientficas e tcnicas normativas e legais com objetivo de minimizar a produo de resduos e proporcionar o descarte seguro e eficiente, visando a proteo dos trabalhadores, a preservao da sade pblica, dos recursos naturais e meio ambiente. (11) O responsvel tcnico do laboratrio pode ser o coordenador responsvel pela elaborao e implantao do Plano de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade (PGRSS), mas, quando sua formao profissional no abranger o conhecimentos necessrios, este poder ser assessorado por equipe de trabalho que possuam as qualificaes correspondentes ou necessrias. (11)

recomendvel que o laboratrio antes de implantar o PGRSS, estude por um perodo de dois a trs meses os diferentes tipos de resduos gerados pelo laboratrio, a fim de verificar o percentual de cada um dos tipos de resduos, e atenda s orientaes e regulamentaes estaduais, municipais ou federais. Assim ao implantar o PGRSS, procure saber algumas caractersticas da cidade, do aterro sanitrio, do tratamento de gua e esgoto, das empresas especializadas em transporte de resduos, de abrigo de lixo, etc. (11) Os resduos de sade so classificados: Grupo A: resduos com possvel presena de agentes biolgicos, que podem apresentar riscos de infeco; (11) Grupo B: resduos contendo substncias qumicas que podem apresentar riscos sade pblica ou ao meio ambiente, dependendo de suas caractersticas toxicidade; (11) Grupo C: quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucledeos; (11) Grupo D: resduos que no apresentam riscos biolgicos, qumico ou radiolgico sade ou ao meio ambiente, podem ser comparados aos resduos domiciliares; (11) Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes: lminas de bisturi, agulhas, escalpes, ampolas de vidros, lancetas, tubos de ensaio, capilares, placas de petri, lminas, lamnulas, pipetas e outros. (11) O percentual mdio da composio dos resduos gerados nos estabelecimentos de sade para os grupos A, B e C varia de 10 a 25%, e de 75 a 90% para o grupo D. O setor de coleta do laboratrio pode gerar resduos classificados nos quatro grupos descritos. (11) Os resduos do grupo A, (com risco biolgico) devem ser submetidos a tratamento antes de serem descartados, utilizando-se processo fsico (calor ou radiaes ionizantes) ou outros processos que sejam validados para obteno de reduo ou eliminao da carga microbiana, ento os resduos podem ser acondicionados em sacos impermeveis e podem ser tratados como resduos comuns. Porm se no ocorrer esterilizao, os resduos so acondicionados em saco branco leitoso, que deve ser identificado e no de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e

pode ultrapassar 2/3 de sua capacidade e devem ser fechados de tal forma que no se permita o seu derramamento, mesmo virados com abertura para baixo. (8) (11) Os resduos do grupo E (perfurocortantes), recomenda-se descartar separadamente, imediatamente aps o uso, em recipientes rgidos, resistentes perfurao, ruptura e vazamentos, com tampa e seu preenchimento mximo deve ficar abaixo de 5 cm do bocal. Devem estar identificados com smbolo internacional de risco biolgico, acrescido da inscrio de PERFUROCORTANTE. (8) (11) Os resduos do grupo B (lixo qumico) devem ser descartados de acordo com suas caractersticas das classes de substncias qumicas (txicas, corrosivas, irritantes, outras), por isso deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original. (8) Jamais deve misturar substncias qumicas, pois essa mistura pode liberar gases txicos. (5) Para resduos do grupo D, destinados reciclagem ou reutilizao, a identificao deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de guarda recipientes, usando cdigos de cores e suas correspondentes nomeaes. I Papel - azul, II metais - amarelo, III vidros verde, IV plsticos vermelho, V resduos orgnicos marrom. (11) Recomenda-se identificar de forma clara e de fcil visualizao os sacos de acondicionamento, recipientes de coleta interna e externa, os recipientes de transporte interno e externo e os locais de armazenamento. Quando o transporte for manual, deve ser realizado de forma que no exista o contato com nenhuma parte do corpo e quando for por carros deve ser realizado em carros apropriados, em sentido nico com roteiro definido em horrios que no coincidentes com distribuio de roupas, alimentos, medicamentos ou perodos de maior fluxo de pessoas. importante capacitar equipe de coleta, prestadores de servios para situaes de emergncia (falta de energia, incndio) e acidentes (por perfurocortantes). Alm disso, realizar auditorias peridicas, para verificar se as metas esto sendo alcanadas e como est a equipe do laboratrio no cumprimento dos protocolos estabelecidos pelo programa. (8) (11)

Acidentes

Acidente de trabalho aquele que decorre do exerccio profissional e que causa leso corporal ou perturbao funcional que provoca a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho (Lei 8.213/91, 1991) (3) Nos resduos hospitalares, os materiais perfurocortantes, como agulhas, lminas e tubos de ensaio quebrados, ocupam o lugar de destaque no fator perigo. Isso porque so materiais que entram em contato com substncias contaminadas e podem facilmente provocar um corte na pele de uma pessoa sadia. (1) Os acidentes ocasionados por picadas de agulhas so responsveis por 80 a 90 % das transmisses de doenas infecciosas entre os trabalhadores de sade e o risco de transmisso de infeco de uma agulha contaminada de trs para hepatite B, um em trinta para hepatite C e um em trezentos para HIV, (4), no entanto existem neste momento 28 patgenos conhecidos capazes de serem transmitidos por acidentes perfurocortantes (10) Nos laboratrios clnicos a coleta um setor preocupante, pois o local onde registrado o maior nmero de acidentes, devido a uso de agulhas e outros materiais perfurocortantes. Um estudo do CDC (Centers for Disease Control) mostrou que 61% dos acidentes perfurocortantes acontecem durante os segundos finais da coleta, na retirada da agulha da veia. (10) Os dados de 2001 do INTERNACIONAL HEALTH CARE WORKER SAFETY CENTER, indicam que o risco de infeco ps exposio ocupacional com material perfurocortante de 0,25% a 0,4% para o vrus HIV, 6% a 30% para o vrus da hepatite B, e 0,4% a 1,8% para o vrus da hepatite C. (4) De acordo com Heinrich em 2000, aproximadamente 384.000 injrias percutneas ocorrem anualmente em hospitais americanos, sendo 236.000 so resultantes de acidentes com material perfurocortante. (4) No Brasil, mesmo no havendo estatsticas oficiais, achado semelhantes foram descritos na literatura, apontando ndice de acidentes por perfurocortantes de 30,17% (3). No ano de 2006, em uma unidade hospitalar na regio leste de minas gerais, um estudo de carter documental, consultou o anurio estatstico de acidentes de trabalho e do total de 36.227 acidentes, a atividade de atendimento hospitalar foi o setor que mais registrou acidentes: 1.946 acidentes e 16 incapacitaes permanentes. (3) Trabalhos indicam que um em cada 270 profissionais da rea de sade contaminado pelo vrus HIV, em acidentes de trabalho. (2) Em 1997 ocorreu no Brasil, o registro do primeiro caso de contaminao de um auxiliar de enfermagem pelo vrus

HIV, devido exposio ocupacional decorrente de um acidente de trabalho perfurocortante ocorrido em 1994. (4). No entanto, muitos profissionais de sade em nosso pas desconhecem essas informaes bem como os riscos expostos no ambiente de trabalho. (4) Um estudo realizado cm um hospital universitrio em Alfenas MG nos anos 98/99 com 46 profissionais que se acidentaram, 22 eram profissionais da rea de enfermagem, e 8 profissionais eram da rea de limpeza e lavanderia e o restante era acadmicos e outros profissionais. Neste mesmo estudo, 41 dos acidentes foram percutneo, 2 com mucosa ocular, 2 contatos com pele e 1 com exposio subcutnea. (2) Isso mostra que alm dos profissionais da rea da sade, os profissionais da limpeza esto expostos a esse risco tambm, provavelmente por uma pssima conduta de biossegurana de outros profissionais e o campeo em acidentes continua sendo com perfurocortantes. Todo acidente deve ser obrigatoriamente notificado pela chefia em formulrio prprio, pois sem notificao no tem como provar a ocorrncia do acidente e suas conseqncias. Esse documento possibilita que todas as medidas, inclusive as legais sejam adotadas. (5) Porm fato reconhecido por tcnicos da OIT (Organizao Internacional do Trabalho) que retratar 100% dos acidentes ocorridos nas empresas tarefa extremamente difcil, uma vez que diversos fatores como indiferena, cultura, negligncia a at omisso por parte dos prprios profissionais faz com que estes, deliberadamente, no notifiquem as ocorrncias. (3)

Como Proceder em Casos de Acidentes No derramamento de material biolgico em piso ou bancada, despeje hipoclorito de sdio a 0,5% em torno do material, coloque um papel toalha ou gaze for cima aguarde 20 minutos no mnimo e recolha colocando em sacos autoclavveis, para realizar a autoclavao e o descarte final. (5) Em casos de produtos qumicos, limpar o local imediatamente, ventilar, se o produto for txico evacuar o local e usar mscara na operao da limpeza. Os resduos da limpeza ou materiais impregnados devem ser descartados como resduos qumicos. (9)

Em acidentes com perfurocortantes, recomenda-se lavar imediatamente com muita gua e sabo lquido neutro, cobrir com gaze estril e procurar, imediatamente, atendimento mdico. (5) Com quebras de vidrarias e cortes necessrio primeiramente cuidar do ferimento, como no perfurocortantes, depois se os cacos estiverem na bancada, recolher com pina, se estiver no cho recolher com um esfrego umedecido com desinfetante e uma p. Coloque o material em um recipiente de paredes rgidas. (5) Em casos de acidentes com centrfugas, aguardar uns 30 minutos at o aerossol baixar. Colocar os EPIs, descontaminar o suporte da centrfuga e a parte interna do equipamento com hipoclorito de sdio ou lcool 70% por no mnimo 15 minutos, retirar os demais tubos, descartar os fragmentos em recipiente para perfurocortantes, comunicar o incidente ao responsvel. (9) No caso de acidentes com substncias qumicas ou biolgicas, se for sobre a mucosa ocular, no friccionar os olhos e lav-los imediatamente no lava-olhos com muita gua no mnimo 15 minutos ou at que a substncia seja totalmente removida, se o acidentado estiver usando lentes retirar apenas aps a lavagem e ento procurar o oftalmologista com o nome do produto qumico ou o material biolgico. Se o acidente for sobre o corpo entrar imediatamente debaixo do chuveiro de emergncia, por no mnimo 15 minutos ou at que a substncia seja removida, caso ocorra queimaduras, cobrir a rea afetada com vaselina estril e procurar um mdico com o nome do produto qumico ou material biolgico. (5) Em todos os casos de acidentes descritos acima ou outros que envolvam material biolgico deve-se, comunicar ao responsvel pela CIPA para encaminhar a vtima ao PCMSO e no prazo de 24 horas fazer a notificao, coletar as amostras de sangue para realizao dos testes sorolgicos de todos envolvidos. (5) (8) O PCMSO responsvel pelo diagnstico, acompanhamento e soroconverso das doenas, medidas de descontaminao do local de trabalho, tratamento mdico de emergncia e forma de remoo para vtima, identificar os responsveis e aplicao das medidas pertinentes e relao dos estabelecimentos de assistncia a sade, depositrios de imunoglobulinas, medicamentos necessrios, materiais e insumos necessrios. (8) Em princpio de incndio, no tente ser heri, chame ajude imediatamente, se souber, desligue o quadro de energia eltrica, use o extintor apenas se souber e evacue o local. (9)

Consideraes Finais A biossegurana constitui uma rea de conhecimento relativamente nova, regulada em vrios pases por um conjunto de leis, procedimentos ou diretrizes especficas. Porm afirma claramente que o manejo e a avaliao de riscos so fundamentais para a definio de critrios e aes que visam a minimizar os riscos que comprometem a sade ou a qualidade dos trabalhos envolvidos. (9) Mas os dados estatsticos brasileiros nos colocam na posio em campees em acidente do trabalho, apesar de todos os esforos que vm sendo desprendidos para reverter este quadro. O que se tem realizado demonstrou insuficiente ou inadequado a melhoria da relao do trabalhador com seu ambiente. Para que o ambiente de trabalho fique livre da nocividade que sempre acompanhou, necessrio que haja participao de todos envolvidos. (3) Um fator que talvez ajude na biossegurana mais atuante e na diminuio dos acidentes, seja uma atuao mais expressiva da CCIH, SESMET e outros rgos nos locais de maior ocorrncia, para tanto necessrio que se proceda ao reconhecimento de todos os setores hospitalares bem como a epidemiologia do tipo de acidente de cada instituio. (2) Com certeza os principais riscos para os profissionais de laboratrios clnicos so os biolgicos: a exposio a sangue, excretas/secrees e fluidos corpreos deve ser feita com muita cautela e segurana. Toda amostra desconhecida do ponto de vista sorolgico, deve ser atendida por profissional protegido de culos, mscara, luvas, aventais de mangas longas. Devem ser realizadas orientaes peridicas sobre o assunto e tentar conscientizar o trabalhador para proteo. (7) Em contrapartida h profissionais que exibem certo grau de indiferena, muitas vezes centrado em fornecer cuidados especiais para seus pacientes negligenciam seus prprios cuidados, ou por estar sobrecarregado pelo trabalho, pula uma ao de higiene e vai direto ao assistencial, ou em algumas instituies no oferecem EPI, pois no h verbas, ou simplesmente esse profissional sempre realizou os procedimentos de maneira inadequada e nunca aconteceu nenhum acidente, ele acha que a biossegurana

exagerada. (1) (7) (10). Esses profissionais devem ser submetidos a treinamentos constantes, para tentar converter essas condutas inadequadas. Mas todas as medidas possveis de biossegurana devem ser adotadas para minimizar os riscos de acidentes do profissional, para que esse fato se torne uma exceo. Devemos ser insistentes em relao a isso, todos os trabalhadores devem estar atentos ao fato que a segurana no ambiente de trabalho, uma responsabilidade individual, sendo que os seus gestores devem garantir um local seguro para exerccio de todas as atividades. (5) (7) (1) Referncias Bibliogrficas: 01. ANVISA, Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Biossegurana. Rev. Sade Pblica, 2005; 39(6)989-91. 02. Barbosa MUJ, Sousa A.M, Carvalho LPF, Hernandez RVT, Megda S. Incidncia de acidentes com materiais Prfuro-cortantes e Fludos Corpreos no Hospital Universitrio Alzira Velano Alfenas - MG. Artigo Revista 2, 1999; pg 221-225 pdf. www.unifenas.br 03. Bernardino SRH, Paizante GO. Anlise dos Registros de Acidentes Ocupacionais, Ocasionados por Perfurocortantes. Revista 2007; 20: 136-150 pdf. www.faculdadedofuturo.edu.br 04. Marziale MHP, Projeto de Pesquisa: Rede de Preveno de Acidentes de Trabalho com Materiais Biolgicos em Hospitais do Brasil. Rede de Preveno de Acidentes de Trabalho com material Biolgico em Hospitais do Brasil-USP; 2001. 05. Ministrio da Sade, Coordenao Nacional de DST e AIDS, Coordenao de Sangue e Hemoderivados. Biossegurana em Unidades Hemoterpicas e Laboratrios de Sade Pblica, 1999; 74p 06. Ministrio da Sade, Secretria de Cincias, Tecnologia e Insumos Estratgicos, Diretrizes Gerais para o Trabalho em Conteno com Material Biolgico, Srie A. Normas e Manuais Tcnicos; 2004 Braslia-DF.

07. Muller LR, Tadielo BZ, Umann J, Delavechia RP. Riscos Ocupacionais dos Trabalhadores de Enfermagem: Uma Reviso bibliogrfica, 2007/2008. www.abennacional.org.br/2SITEn/arquivos/N.101.pdf 08. Norma 32 Segurana e Sade no Trabalho em Servios de Sade D.O.U. 19/11/08. www.mte.gov.br/seg_sau/leg_normas_regulamentadoras.asp 09. Portal Educao e Sites Associados, Curso de Biossegurana em Laboratrio Clnico, Programa de Educao continuada distncia, 2009. www.portal.educacao.com.br 10. Questes Ligadas Segurana dos Profissionais da rea da Sade em Coleta de Sangue. Notas Preanalticas BD Diagnsticos, 2009; n1, ano1: 1-8. 11. Recomendaes da Sociedade Brasileira de Patologia Clnica Medicinal Laboratorial para Coleta de Sangue Venoso. Editora Manole, Barueri/SP, 2009, 2 edio, 115p 12. Vacinao Ocupacional para Profissionais da Sade, 2009

www.ciat.com.br/celendocup.