cap. 5. comportamento mecânico dos materiais · cap. 5. comportamento mecânico dos materiais 1....
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Disciplina MMC, Z. Dimitrovová, DEC/FCT/UNL, 2016
Cap. 5. Comportamento mecânico dos materiais
1. Justificação da existência das relações constitutivas
2. Linearidade física
3. Definição de constantes elásticas 3.1 Módulo de Young
3.2 Lei de Hook
3.3 Efeito de Poisson
3.4 Módulo de corte (distorção)
3.5 Módulo de volume
4. Definições ligadas ao comportamento do material
5. Materiais homogéneos isotrópicos em análise linear
5.1 Lei de Hook generalizada
5.2 Composição da matriz de rigidez e de flexibilidade
6. Separação das partes volúmicas e desviatóricas
7. Estados planos
8. Carga de temperatura
8.1 Carga de temperatura em estados planos
9. Materiais ortotrópicos
10. Outras designações para comportamento dos MC mais geral 10.1 Cedência
10.2 Modelos para o cálculo
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3 Equações de equilíbrio 6 Equações deformações - deslocamento
uT
Resumo dos Capítulos 3-4:
Incógnitas do problema: 6+6+3=15 componentes
u,, O MC exibe devido às solicitações:
A ligação que falta são as equações que relacionam e
Chamam-se Equações constitutivas (6):
é necessário definir os parâmetros que caracterizam o comportamento do MC
1. Justificação da existência das relações constitutivas
Faltam 6 equações
Falta dependência da resposta do MC do tipo do material
0 f +
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Ensaio uniaxial
Tracção de uma barra
Limite de linearidade
análise geometricamente linear
Análise linear
análise fisicamente linear
Pode-se usar o princípio de sobreposição
2. Linearidade física
Rotura
Cedência
Estudos que abrangem apenas a parte
inicial do gráfico, onde a relação entre
a tensão e a deformação é linear
Carregamento 1 111 u,, Carregamento 2
222 u,,
α(Carregamento 1) + β(Carregamento 2)
212121 uu,, +++
Usa-se tensão nominal, ou seja
a força aplicada sobre a área da
secção transversal inicial
Extensão na direcção
da carga aplicada
tgE
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declive inicial do gráfico tensão - deformação
módulo de elasticidade: E = tgα
unidade: Pa, GPa=109Pa
Thomas Young (1773-1829)
3. Definição de constantes elásticas
3.1 Módulo de Young
E tangente inicial
E tangente
E secante inicial
E secante
Análise fisicamente não-linear:
módulos de elasticidade
secantes ou tangentes usam-se
juntamente com os incrementos
de tensão e de deformação
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3.3 Efeito de Poisson
L
Lx
h
hz
x
y
x
z
: coeficiente ou número de Poisson (sem unidade)
Δh: variação da altura < 0
F
LL
h x
z
h
ΔL: variação do comprimento > 0
b
hL
3.2 Lei de Hooke
E
razão negativa extensão na direcção transversal à força aplicada
extensão na direcção da força aplicada
Robert Hooke
(1635-1703)
Siméon-Denis Poisson (1781-1840)
2/1,0 0: não há variações transversais, 1/2: material incompressível
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Cargas estaticamente equivalentes
Princípio de Saint-Vénant
Os efeitos locais na zona de aplicação de
cargas diminuem rapidamente com a
distância, por isso as cargas aplicadas na
realidade podem ser substituídas pelas
cargas estaticamente equivalentes
cargas cujas resultantes (força e binário)
são iguais na secção transversal de aplicação
Excepção: algumas cargas concentradas aplicadas em cascas
P 4/P 2/P 2/PA/Pp
Distribuição da tensão normal uniforme
Adhémar Jean Claude Barré
de Saint-Venant, 1797 - 1886
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h
uxy
Lb
Fxy
xy
xyG
F
x
y u
h
3.4 Módulo de corte (distorção)
E, , G, K: constantes elásticas do material
b
hL
Assume-se a distribuição uniforme
mmVK
13
3.5 Módulo de volume
4. Definições ligadas ao comportamento do material
Material homogéneo: o comportamento não varia com a posição (aço)
Material isotrópico: o comportamento não varia com a direcção (aço)
Material heterogéneo: betão ?, rochas ?, solos ?, compósitos
Material não-isótrópico e ortotrópico: betão ?, madeira, compósitos
(GPa)
Módulo de “bulk” K (GPa)
Ensaio de distorção
tgG
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A isotropia implica ainda que as direcções principais
das tensões e das deformações coincidem, inclusive a ordem
5.1 Lei de Hook generalizada
D
C 1
CD
Comportamento linear implica que as matrizes de rigidez e de flexibilidade
são compostas por números (parâmetros de material) sem dependência
do estado actual de tensão ou deformação
[C]: matriz de rigidez de material
[D]: matriz de flexibilidade de material
[C], [D]: Tensores simétricos da 4ª ordem
Devido às simetrias podem-se escrever
na forma matricial (6,6)
5. Materiais homogéneos isotrópicos em análise linear
A homogeneidade implica que os parâmetros de material
não dependem da posição
A isotropia implica que os parâmetros de material
não dependem da direcção, ou seja que são indiferentes do referencial
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Pode-se provar que duas constantes elásticas
são suficientes para descrever o comportamento do material isotrópico
2/1;1
+
12
EG Condição necessária e suficiente de isotropia
5.2 Composição da matriz de rigidez e de flexibilidade
Escolha mais comum em engenharia: ,E
E, , G, K: constantes elásticas do material
213
EK Consequência da lei constitutiva
Os princípios energéticos implicam,
que os módulos tem que ser positivos 2/1;0
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2
1
C0
0CC
2
1
D0
0DD
1
1
1
E
1D
1
100
010
001
G
1D
2
+
1
1
1
211
EC
1
100
010
001
GC2
+
+
+
2
2
2
C1
,Constantes de Lamé
G +
211
E
Gabriel Lamé, 1795-1870
Às vezes as relações constitutivas chamam-se de Lamé
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parte volúmica das tensões e das deformações: altera-se volume
parte desviatórica das tensões e das deformações :
altera-se forma em volume inalterado
+
+
+
3/G4K3/G2K3/G2K
3/G2K3/G4K3/G2K
3/G2K3/G2K3/G4K
C1
Importante para a definição de energia de deformação (cap. 7)
6. Separação das partes volúmicas e desviatóricas
mVm K3K
Outra possível composição do bloco 1C
Partes volúmicas
Soma das primeiras 3 equações
zyxzyx K3 ++++
Com as componentes do slide
anterior pode se justificar
a fórmula do K
+
++
211
1EK3
213
EK
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+++
3
2G2K
zyx
zyxx
Componentes diagonais
G2Partes desviatóricas
mxmx G2
mxmx G2K3
Componentes fora de diagonal
xyxyxy GG2
+++
++
3G2
3K3
zyx
x
zyx
x
zyxx 3/G2K3/G2K3/G4K +++
queremos provar
relação verídica, prova está finalizada
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G2
:
K:3
2
mmm
T +
+
Invariante, dobro da energia de deformação
Multiplicação “:“ significa “produto interno” entre matrizes
+
+
+
+
0
0
0
0
0
0K3
1
2
2
2G2
1
0
0
0
0
0
0
2
2
2
m
m
m
xy
xz
yz
mz
my
mx
T
m
m
m
xy
xz
yz
mz
my
mx
m
m
m
xy
xz
yz
mz
my
mx
T
m
m
m
xy
xz
yz
mz
my
mx
A prova da relação em cima é óbvia, se os termos “cruzados” davam zero
03 mzyxm ++o que também é fácil de mostrar, como
As contribuições ao invariante separam-se directamente nas partes
volúmicas e desviatóricas
T
Demonstração
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Tensão plana 0,0,0 yzxzz
Exemplos: (1) Placas com espessura fina e carga aplicada no plano da placa
(2) Superfícies dos sólidos sem carga aplicada (medição das extensões)
redD
1
1
1
ED
2
1red
1 yxyxz
1E+
+
(invariante)
Quando nem carga, nem propriedades, nem geometria do MC depende do “z”
a descrição do comportamento do MC pode-se simplificar para estados planos
7. Estados planos
1redD
xy
y
x
xy
xz
yz
z
y
x
0
0
0
G/100000
0G/10000
00G/1000
000E/1E/E/
000E/E/1E/
000E/E/E/1
Apenas índices x, y e xy
0yzxz
red
1D
red
2D
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Deformação plana 0,0,0 yzxzz
Exemplos: Sólidos com espessura grossa: barragens
(invariante)
Estados planos não correspondem um a outro !!!
redC
11
11
E
1C
21red
1
yxyxz
211
E++
+
1redC
0yzxz
8. Carga de temperatura
Afecta apenas componentes normais TLL
Coeficiente da expansão térmica ºC-1 ou deg-1
Variação de temperatura inifin TTT
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T,11
1
1 D +
T,11
1
1 C
T,11
1
T,11
1
1
21
EC
211
1EC
+
++
Apenas componentes normais
z
y
x
1
z
y
x
1
T
T
T
T
z
T
y
T
x
T,1
T,111
1D
TT,1 T,T,T Extensão térmica
TT 0,0,0,T,T,T Deformação térmica
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8.1 Carga de temperatura em estados planos
+
T
TD 1red
1
1Tensão plana
+
T
T
1
ED
T
T1
1
ED 11red
12
11red
1
1
T1
1
1
TT1
E
1
ET
1
E
1
E
E
TE
yx
yx2yx2
yxz
+++
+
+
+
+
++
y
x1
y
x1
1
1
E
1Dred
1
1
1
1
ED
2
1red
1
Redução de 3D
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+
T
T
21
EC 11red
1
TE
T21
ET1
1E
1T1
1E
1
211
ET
21
E
211
E
yx
yx
2
yx
2
yxz
+
++
+
+++
+
+
+
Deformação plana
T
T
21
EC 1red
1
1Redução de 3D
++
+
T
T1C
T
T
11
E
1
21
EC
11red
1
211red
1
1
11
11
E
1C
21red
1
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Existem 3 direcções principais de ortotropia
direcções de ortotropia = dir. principais de tensão = dir. principais de deformação
para as equações constitutivas é preciso 9 parâmetros
as componentes de matrizes [D] e [C] mudam com a rotação do referencial
os blocos de zeros terão em geral termos diferentes de zero
zy
yz
x
xz
z
zy
yx
xy
z
zx
y
yx
x
1
E
1
EE
EE
1
E
EEE
1
D
xy
xz
yz
2
G
100
0G
10
00G
1
Dy
yx
x
xy
EE
jiii
jj
ij
De simetria
Carga na direcção i
-matriz de rigidez pela inversão
-ambas sempre positivamente definidas
9. Materiais ortotrópicos
Alinhando o referencial com as direcções de ortotropia
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Designações do comportamento têm que assumir a carga e a descarga
Comportamento Elástico: linear ou não linear: não existem deformações
permanentes, depois da descarga o MC encontra-se sem deformações
C. Elasto-plástico: existem deformações plásticas, irreversíveis, ou seja permanentes
10. Outras designações para comportamento dos MC mais geral
Constantes do material dependem da historia de cargas e descargas
descarga linear
tE E tangente inicial
e parte elástica
Os estados das tensões e
das deformações não
dependem da história da
aplicação das cargas
Lei reversível com
histerésis, c. elástico com
atrito interno
p
parte plástica, permanente
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10.1 Cedência transição entre o comportamento reversível e irreversível
Menos rígido após a cedência
Comportamento viscoso: há dependência no tempo : relaxação, fluência
endurecimento
Mais rígido após a cedência
enfraquecimento,
amaciamento,
amolecimento plasticidade
perfeita
Y
Y
Y
incompressibilidade após Y
10.2 Modelos para o cálculo
C. rígido perfeitamente
plástico
C. elasto-perfeitamente
plástico
C. elasto-plástico
com endurecimento
Y
Y 0,Y
1,Y