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CAP. 40 Pág.: 1 O BEM OU O MAL? Capítulo 40 Novela de Matheus Riccaz Escrita por Matheus Riccaz Otávio Sarti Colaboração Sérgio Amado Direção Geral Vitor Abou João Carvalho Netto Personagens deste capítulo AGENOR ALBERTO ANDRESSA LUÍSA ANDRESSA MARIA ASSISTENTE BÁRBARA DELEGADO FERNANDO GABRIELE HERBERT JORGE LETÍCIA LUCAS LUÍSA MAÍRA ERNESTO MARIANA MANUELA MARIA CAMILLA MARIA CLARA MARÍLIA MARISA PEDRO RENATO RICARDO HENRIQUE ROBERTO VERÔNICA Participações especiais TAXISTA, SECRETÁRIA, POLICIAIS, PADRE, JUIZ

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CAP. 40 Pág.: 1

O BEM OU O MAL?

Capítulo

40 Novela de

Matheus Riccaz

Escrita por Matheus Riccaz

Otávio Sarti

Colaboração Sérgio Amado

Direção Geral

Vitor Abou João Carvalho Netto

Personagens deste capítulo

AGENOR ALBERTO

ANDRESSA LUÍSA ANDRESSA MARIA

ASSISTENTE BÁRBARA

DELEGADO FERNANDO GABRIELE HERBERT

JORGE LETÍCIA LUCAS LUÍSA

MAÍRA ERNESTO MARIANA MANUELA

MARIA CAMILLA MARIA CLARA

MARÍLIA MARISA PEDRO

RENATO RICARDO HENRIQUE

ROBERTO VERÔNICA

Participações especiais

TAXISTA, SECRETÁRIA, POLICIAIS, PADRE, JUIZ

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CAP. 40 Pág.: 2

CENA 1/ MANSÃO VILLANUEVA/ SALA/ INTERIOR/ NOITE.

Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. Maíra invade a

mansão, e deixa os Villanuevas sob a sua mira.

Maíra — (apontando a arma pra eles) Agora sim a festa

vai ficar animada...

Ernesto — Maíra, pelo amor de Deus... Vamos conversar/

Maíra — (apontando a arma pra Ernesto) Cala a boca!

Senta lá junto com a sua ninhada de ratazana

antes que eu mande bala neles todos aqui

mesmo.

Ernesto vai pra junto dos filhos e fica de pé. Maíra encosta a porta e

começa a falar.

Maíra — Vocês não imaginam quanto tempo eu ansiei

por esse momento. Eu passei a minha vida

inteira tentando acabar com vocês e agora eu

ganhei o melhor presente da minha vida: Vou

matar todo mundo aqui num piscar de olhos.

Vão morrer todos juntos. (t) Olha que lindo: A

família inteira reunida no inferno!

Ernesto — (suplica) Maíra, pelo amor de Deus... Para com

isso! Eu dou a você todo meu dinheiro! Te dou

tudo o que você quiser, mas deixa meus filhos

em paz!

Maíra — Nenhum dinheiro é melhor que isso seu idiota!

Não tem prazer, coisa melhor do que acabar

com vocês todos de uma vez só... Isso é melhor

que sexo!

Ernesto — Para Maíra! Eu tenho coisas pra lhe dizer/

Maíra — (corta, apontando a arma) Não tem problema!

Depois você psicografa! (t) Desde o dia que

vocês me expulsaram dessa casa eu prometi a

mim mesmo que iria acabar com vocês todos!

Agora estou aqui pra cumprir o que prometi a

mim mesma! E o primeiro da lista vai ser você

Ernesto!

Maíra se aproxima de Ernesto. Maíra aponta a arma pra cabeça de

Ernesto.

Maria Camilla — Maíra, para com essa loucura...

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CAP. 40 Pág.: 3

Mariana — Deixa meu pai em paz sua louca...

Fernando — Maldita!

Maíra — (para Ernesto) Agora vou terminar o meu

serviço que não deu certo anos atrás.

Maíra dá uma coronhada na cabeça de Ernesto que cai desmaiado no

chão. Todos começam a gritar. Mariana vai se levantar...

Mariana — (grita, se levantando) Pai!...

Mas Maíra é rápida e aponta a arma pra ela.

Maíra — Senta ai sua vadiazinha! Cala tua boca! A

próxima vai ser você, por ter revelado para a

polícia que eu matei aquela desgraçada da sua

mãe!

Maíra se volta para Ernesto que está desmaiado no chão.

Maíra — (apontando a arma pra Ernesto) Hora de cantar

pra subir bebê!

Ela engatilha a arma. Close nela.

CENA 2/ PONTA VERDE/ PLANOS GERAIS/ EXTERIOR/ NOITE.

Planos Gerais da noite.

CENA 3/ DELEGACIA/ SALA DELEGADO/ INTERIOR/ NOITE.

Delegado conversa com o assistente em sua sala.

Delegado — Agora me vem essa notícia de que as detentas

fugiram hoje de tarde do presídio.

Assistente — Fugiram? Como?

Delegado — Como você acha que fugiram? Armaram um

plano de fuga e fugiram né?!

Assistente — Deve ter várias detentas soltas por aí! Isso não

é nada bom!

Delegado — Mas isso é o de menos! Os policiais

conseguiram capturar várias delas!

De repente alguém bate na porta.

Delegado — Pode entrar!

Uma secretária entra.

Secretária — Com licença seu delegado, tem um senhor aí

que deseja falar com o senhor.

Delegado — Manda entrar!

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CAP. 40 Pág.: 4

A secretária faz que sim com a cabeça e conduz o homem pra dentro da

sala. O homem que entra é o taxista que foi ameaçado por Maíra no

capítulo anterior. A secretária sai da sala.

Delegado — (para o taxista) Sente-se, por favor!

O taxista se senta.

Delegado — Agora me conte o que houve!

Taxista — (apreensivo) Uma das detentas que fugiu hoje

me ameaçou no meu taxi. Ela disse que se eu

não dirigisse pra ela, que ela iria me matar. Essa

mulher chegou a apontar uma arma pra mim.

Delegado — (ágil) E você pode me dizer como é essa

mulher?

Taxista — Ela era magra, bonitona, cabelos longos e

pretos...

O delegado pega uma foto de Maíra e mostra ao taxista.

Delegado — (mostra a foto) Por um acaso é essa a mulher?

Taxista — Sim! É ela sim!

Delegado — A Maíra!... E aonde você a deixou?

Taxista — Ela desceu em frente a uma casa bonitona,

chique/...

Delegado — (corta) A Mansão dos Villanuevas! A Maíra está

lá. Precisamos ir pra lá correndo! (pega o

telefone e começa a falar) Alô, venha aqui na

minha sala correndo!

A secretária aparece.

Delegado — Eu quero que você acione todos os nossos

homens. Vamos capturar a Maíra!

A secretária sai da sala.

Delegado — (para o taxista) Muito obrigado por essa

informação! Qualquer coisa que o senhor

precise, estaremos à disposição!

Taxista — Muito obrigado doutor!

Eles se cumprimentam.

Delegado — (para o assistente) Vamos, antes que a Maíra

faça alguma loucura!

Assistente — Vamos!

Eles saem.

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CAP. 40 Pág.: 5

CENA 4/ APTO MANUELA/ SALA/ INTERIOR/ NOITE.

Maria Clara assiste televisão com Manuela. Na televisão passa a

reportagem da fuga das detentas.

Repórter — (na tv) Hoje à tarde houve a fuga de algumas

detentas no presídio feminino da Ponta Verde.

Uma dessas detentas matou um dos seguranças

do presídio. Segundo algumas testemunhas do

ocorrido, a detenta que matou o segurança

atende pelo nome de Maíra Rodrigues... (mostra

a foto de Maíra na Tevê)...

Maria Clara reconhece Maíra. A repórter continua falando em off.

Maria Clara — É a minha mãe Manuela! Ela fugiu do presídio!

Ela com certeza deve ter fugido pra se vingar

dos Villanuevas! Meu Deus, ela deve estar lá

agora!

Maria Clara se levanta e veste seu casaco.

Manuela — Aonde você vai?

Maria Clara — Vou atrás da minha mãe, antes que ela faça

alguma loucura! (Clara vai saindo)

Manuela — (indo atrás de Maria Clara) Não Maria Clara,

você não vai! Volta aqui! Volta aqui!

Manuela tenta impedir, mas Maria Clara sai, batendo a porta na sua cara.

Manuela — (orando) Meu Deus, protege essa menina!

Ela fica ali preocupada.

CENA 5/ CASA BÁRBARA/ SALA/ INTERIOR/ NOITE.

Bárbara assiste tevê com Andressa Luísa. Passa na tevê a fuga das

detentas, mostrando a foto de Maíra. Bárbara a reconhece.

Bárbara — Meu Deus, minha irmã, filha! É a Maíra! Ela tá

aqui no Brasil!

Andressa Luísa — Isso é conversa pra boi dormir mamãe! Dos

tempos que a Maíra tá aqui no Brasil! Ela veio

justamente na época que você viajou pra não sei

aonde! Chegou até vir aqui em casa te

procurando, mas a senhora não estava!

Bárbara — A minha irmã veio aqui em casa?!... Meu Deus!

Eu preciso ligar pra Maria Clara!...

Bárbara começa a discar seu telefone.

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CAP. 40 Pág.: 6

CENA 6/ TÁXI/ INTERIOR/ NOITE.

Maria Clara fala ao celular com Bárbara.

Maria Clara — (cel) Eu já sabia tia! Já sabia que a minha mãe

tava no Brasil! Acho que só a senhora não sabia

disso! Até a polícia e os repórteres sabiam disso!

Eu estou indo pra mansão dos Villanuevas! A

minha mãe deve estar por lá! Eu estou indo

justamente pra acabar com essa loucura, essa

história de vingança! (t) Tá bem! (t) Tchau!

Ela desliga.

CENA 7/ CASA BÁRBARA/ SALA/ INTERIOR/ NOITE.

Bárbara desliga e começa a se aprontar.

Andressa Luísa — Aonde você vai? Aconteceu alguma coisa?

Bárbara — Aconteceu que a Maria Clara está indo pra

mansão dos Villanuevas atrás da sua tia. A

Maíra é louca, capaz de tudo! Eu tenho que ir lá

proteger a minha sobrinha!

Andressa Luísa — Você nunca se importou com a Maria Clara e é

agora que isso vai acontecer?

Bárbara — Me importo sim! Ela é minha sobrinha, sangue

do meu sangue! Eu vou lá pra ajudar ela a lidar

com esse problema todo!

Andressa Luísa — Pra mim você só vai pra lá pra ver a Maíra e

soltar os cachorros pra cima dela, coisa que

você anseia fazer há anos e anos/

Bárbara — (corta) Chega! Parece uma galinha cacarejando

no meu ouvido! Que droga! Olhe, tchau viu!

Bárbara pega sua bolsa e sai. Andressa Maria desce as escadas...

Andressa Maria — O que aconteceu aqui?

Andressa Luísa — A mamãe enfiou na cabeça dela que vai

proteger a Maria Clara da Maíra. Ela foi atrás da

Maria Clara na mansão dos Villanuevas.

Andressa Maria — Você é maluca? Como você deixa a mamãe sair

assim atrás da Maíra! Sua doida!

Andressa Maria também começa a se aprontar.

Andressa Luísa — Não me diga que você também vai atrás da

Maria Clara...

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CAP. 40 Pág.: 7

Andressa Maria — Eu vou atrás da mamãe, por que pelo o que eu

saiba, a Maíra e a mamãe se odeiam! É capaz

da Maíra fazer algo com a mamãe e eu preciso

impedir isso! E eu não vou sozinha! Você vem

comigo!

Andressa Luísa — Eu?

Andressa Maria — É! Você! Levanta o rabo daí e vamos logo!

Andressa Luísa se levanta emburrada. Elas pegam suas bolsas e saem.

CENA 8/ MANSÃO VILLANUEVA/ SALA/ INTERIOR/ NOITE.

Continuação da cena 1: Maíra tenta matar Ernesto.

Pedro — Maíra, não faz isso! Pelo amor de Deus! Olha,

se você parar com isso tudo, eu fujo com você!

Maíra — (sem olhar pra Pedro) Eu te odeio! Você me

enganou! Depois que eu matar a Mariana vou

matar você também!

Maíra aponta a arma pra Ernesto.

Maíra — Chegou tua hora! Seu eterno idiota! Ficará na

memória tamanha imbecilidade!

Maíra se prepara para atirar, mas Mariana sigilosamente pega um vaso e

atiça na cabeça de Maíra que cai desmaiada no chão.

Mariana — (acudindo Ernesto) Pai, acorda! Pai...

Ernesto acorda, se levanta aos poucos.

Lucas — Luísa, liga pra polícia, rápido!

Luísa pega o telefone e começa a discar.

Luísa — (tel) Alô, é da polícia? Eu preciso de uma viatura

pra cá agora! Uma detenta fugitiva está aqui em

casa ameaçando minha família. (t) Eles estão

vindo pra cá? Ok! Obrigado!

Ela desliga. Mariana continua acudindo Ernesto e o ajuda a se levantar.

Maíra acorda, e sigilosamente pega sua arma que está no chão. Ela se

levanta aos poucos apontando a arma pra Mariana e Ernesto e se

prepara pra atirar.

Pedro — (grita/berra) Cuidado Mariana!

Mariana se vira. Maíra vai atirar. Num impulso Fernando se levanta da

cadeira de rodas e começa a brigar com Maíra pela posse da arma, no

mesmo instante que Maria Clara chega à mansão. Maria Clara solta um

grito de horror, assim como Mariana, Luísa e Maria Camilla. Fernando

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CAP. 40 Pág.: 8

continua brigando com Maíra, ao mesmo tempo em que vários disparos

são dados pro teto. Maíra empurra Fernando, que cai no chão puxando-

a. Eles caem juntos e a arma cai ao lado de ambos. Maíra pega a arma e

eles continuam brigando no chão, pela posse da arma. De repente ouve-

se um disparo.

Mariana — (berra) Nãoooooo!...

Maria Camilla — (grita) Fernando!...

Maria Clara — (berra) Mãaaaaaae!

Close em Fernando e Maíra, inertes no chão. Tensão e suspense.

1º INTERVALO COMERCIAL

CENA 9/ MANSÃO VILLANUEVA/ SALA/ INTERIOR/ NOITE.

Continuação da cena 8: Maíra e Fernando caídos no chão. Muito

suspense e tensão.

Maíra — (sussurra) Maldito! Eu te odeio!

Fernando — (sussurra) Sua idiota! Desgraçada! Finalmente

eu consegui te derrotar Maíra! Você quis acabar

comigo e com minha família, mas quem acabou

com você fui eu!

Fernando sai de cima de Maíra, caindo pro lado, revelando que foi Maíra

quem tomou o tiro. Mariana, Lucas e Maria Camilla ajudam Fernando a

se levantar e a coloca-lo no sofá. Maíra agoniza no chão. Ernesto se

agacha perto de Maíra e sussurra no ouvido dela.

Ernesto — (sussurra) Acabou Maíra! Fim de Jogo! Xeque

Mate! Você perdeu!

Maíra o olha com ódio. Ernesto se levanta. Maria Clara corre para Maíra

e se agacha perto dela.

Maria Clara — (chora) Mãe!...

Maíra — (emocionada) Minha filha... Eu...

Maria Clara — (chora) Não fala nada mãe...

Nesse momento Bárbara chega e entra na mansão, seguido de Andressa

Maria e Andressa Luísa, que ficam paralisadas na porta ao ver Maíra

caída no chão. Bárbara fica inerte ao ver Maíra no chão.

Bárbara — Minha irmã...

Bárbara se ajoelha ao lado de Maíra.

Maíra — (agonizando) Bárbara... Minha irmã.

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CAP. 40 Pág.: 9

Maíra pega a mão de Bárbara.

Maíra — Minha irmã... Me perdoa. Eu destruí sua vida!

Eu acabei com você! Me perdoa! Eu preciso do

seu perdão pra morrer em paz!

Bárbara — (chora) Eu te perdoo Maíra! Eu te perdoo minha

irmã, de todo o meu coração!

Bárbara beija a mão de Maíra emocionada, que faz o mesmo.

Maíra — (para Maria Clara) E você minha filha... (tosse)

Saiba que tudo o que eu fiz foi pro seu bem. Me

perdoa filha!

Maria Clara — (chorando) É claro que eu te perdoo mamãe!

Maíra — (agoniza) Eu te amo filha! Eu te amo! Eu te...

amo!

Maíra morre. Clara chora em cima do corpo dela. Bárbara a conforta.

CENA 10/ MANSÃO VILLANUEVA/ FRENTE/ EXTERIOR/ NOITE.

Os Villanuevas estão reunidos ao lado de fora. Os médicos legistas

trazem o corpo de Maíra para fora da casa. Maria Clara chora do outro

lado, e é confortada por Bárbara, Andressa Luísa e Andressa Maria. Um

carro chega. Nele, Agenor desce e corre para abraçar Maria Clara. O

corpo de Maíra é colocado dentro do carro do IML e todos observam.

Ernesto — (para todos) Acabou!... Acabou!

Fade out.

CENA 11/ PONTA VERDE/ PLANOS GERAIS/ EXTERIOR/ DIA.

Fade in. Planos Gerais da manhã.

CENA 12/ CEMITÉRIO/ INTERIOR/ DIA.

O cortejo do enterro de Maíra começa. Seu caixão é carregado pelos

funcionários do cemitério. Maria Clara, confortada por Agenor e Manuela

fica a frente do cortejo. Logo atrás, Bárbara, Andressa Luísa, Andressa

Maria, Roberto e Verônica. Os Villanuevas também estão presentes, mas

ao contrário de todos, eles não estão de luto e não trajam roupas pretas.

O padre que começa a dizer algumas palavras. Corta para Os

Villanuevas:

Fernando — Pelo que eu conheço a Maíra, ela iria detestar

esse enterro. Coisa mais cafona, padre em

enterro.

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CAP. 40 Pág.: 10

Maria Camilla — Shiu Fernando! Alguém pode ouvir!

O padre termina de dizer suas palavras e o caixão é enterrado.

CENA 13/ DELEGADO/ SALA DELEGADO/ INTERIOR/ DIA.

O delegado conversa com o assistente.

Delegado — É hoje! Finalmente pegaremos o assassino!

Assistente — Quanto tempo esperei por esse dia! O senhor já

sabe quem é o assassino né?

Delegado — Claro que sei! Você não vai nem acreditar

quando eu disser! Agora vamos!

Eles saem.

CENA 14/ MANSÃO VILLANUEVA/ FRENTE / EXTERIOR/ DIA.

Plano de Localização da casa. Câmera detalha vários carros parados na

frente da casa, além dos carros da polícia.

CENA 15/ MANSÃO VILLANUEVA/ SALA/ INTERIOR/ DIA.

Instrumental: Suspense. Todos estão presentes: Fernando, Mariana,

Maria Camilla, Lucas, Pedro, Ernesto, Luísa, Ricardo Henrique, Maria

Clara, Verônica, Agenor, Manuela, Bárbara, Andressa Luísa, Andressa

Maria, Roberto, além do delegado, o assistente e alguns policiais. O

delegado começa a falar.

Delegado — Pra começar eu gostaria de agradecer a todos

por estarem presentes. E primeiramente quero

mostrar as provas que encontramos ao longo

das investigações em torno desses

assassinatos. Pra começar, vamos falar do

assassinato mais recente. O do senhor Jorge

Medeiros. Jorge foi encontrado morto em seu

apartamento, com quatro tiros no peito, assim

como Herbert, Letícia e Renato. Antes de morrer

o Jorge me entregou uma carta...

O assistente entrega a carta pro delegado.

Delegado —... E nessa carta tinha nada mais e nada menos

que a revelação feita pelo Jorge sobre a

identidade do assassino!

Todos se entreolham, suspeitando um do outro.

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CAP. 40 Pág.: 11

Delegado — O Jorge sabia quem era o assassino e por isso

o mesmo o matou! Mas ele também deixou uma

carta nas mãos da senhora Maria Clara, na qual

o Jorge pediu para que ela entregasse a carta a

mim se caso algo acontecesse com ele.

Acontece que ao ler as duas cartas, percebi que

ambas eram idênticas. Aliás, não só o Jorge

deixou pra mim pistas reveladoras, como

também o Herbert. O Herbert fazia cartas

anônimas pro assassino, por que ele também

sabia da identidade do criminoso. Nós só

conseguimos descobrir que os assassinatos

possuíam uma ligação por causa do tipo da bala

usada nas mortes. Foi feita uma autópsia em

todos os assassinados e esse caso foi

confirmado. Além de tudo isso, vimos as

filmagens da garagem do prédio onde a Letícia

morava e vimos que o assassino também usava

um capuz marrom, o mesmo visto pelo Jorge no

dia em que o Renato morreu, como consta na

carta. Eu reli as cartas do Jorge e cheguei a uma

conclusão.

Bárbara — Delegado, fala o nome do assassino, e prende

ele logo por que tenho hora marcada no salão,

não posso me atrasar!

Delegado — Não se preocupe senhora!... Já não tenho mais

nenhuma dúvida! Já sei quem é o assassino!

Muito suspense. Todos ficam tensos. Um olha pro outro. Close no

delegado.

2º INTERVALO COMERCIAL

CENA 16/ MANSÃO VILLANUEVA/ SALA/ INTERIOR/ DIA.

Continuação da cena 15: O delegado procede com a sua declaração.

Delegado — Pelo assassinato de Renato Albuquerque,

Letícia da Silva, e das duas testemunhas que se

obtiveram a prestar declarações sobre esse

crime, o senhor Herbert Medeiros e Jorge

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CAP. 40 Pág.: 12

Medeiros, o senhor está preso... Senhor,

Fernando Villanueva!

Todos ficam surpresos. Fernando não esboça nenhuma reação.

Maria Camilla — (sem querer acreditar) Fernando?!

Mariana — (surpresa) Fernando... Você é o assassino?

Agenor — (surpreso) Gente...

Roberto — (surpreso) Fernando!...

Lucas — (surpreso) Fernando?!

Pedro — (boquiaberto) Não acredito!

Ernesto — (sem acreditar) Meu filho?! Assassino?

Bárbara — (surpresa) Você matou o Herbert, Fernando?

Maria Clara — (surpresa) Foi você?!

Começa um falatório. De repente, Fernando se levanta da cadeira de

rodas e começa a andar pela sala, deixando todos boquiabertos.

Fernando — (grita) Calem a boca!

Todos se calam.

Fernando — É verdade! Eu sou o assassino! Fui eu quem

matou o Renato, a Letícia, o Herbert e o Jorge!

Fui eu!

Mariana — Fernando... Como você pôde?

Fernando — Eu matei essas pessoas todas Mariana! Matei!

Matei e não me arrependo! E fiz tudo isso pela

minha família! Desde o dia que a minha mãe

morreu e que o meu pai sumiu, eu prometi a

mim mesmo que cuidaria da minha família, e

que protegeria vocês com unhas e dentes. Eu

mesmo já tinha me encarregado de avisar isso

pro Renato, quando a Luísa o levou lá no

apartamento para apresentá-lo a nós.

Entra aqui um insert da cena 15 do capítulo 14:

Luísa apresenta Renato para Fernando.

Fernando — Ah, então esse é o famoso Renato! (sussurra p/ Luísa) Ele não vai te dar o golpe do baú?

Luísa —(sussurra p/ Fernando) Larga de ser ridículo. (para Renato) Esse é o Fernando, meu irmão.

Fernando cumprimenta Renato.

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CAP. 40 Pág.: 13

Fernando — Prazer Renato! (sussurra no ouvido de Renato)

Espero que faça minha irmã feliz senão eu

acabo com sua raça.

Fim do insert.

Fernando — Eu não estava brincando quando eu disse pro

Renato que se ele fizesse alguma coisa com a

Luísa ou a fizesse infeliz eu acabaria com a raça

dele. O Renato tanto fez que o que eu tinha dito,

acabou acontecendo.

Entra aqui um insert da cena 27 do capítulo 30:

Renato abre a porta e fica surpreso com a pessoa que está ali.

Renato — (surpreso) Você?! O que você quer?

Câmera logo identifica que é Fernando quem está ali, na qual o mesmo

traja um capuz marrom.

Fernando — Não vai me convidar pra entrar?

Renato — (indo pro quarto) Entra e fala logo o que você

quer. Estou com pressa! Tenho que ir pro

aeroporto e pegar o voo das onze!

Fernando vai atrás dele no quarto.

Fernando — Eu vou ser rápido! Até por que a polícia tá vindo

pra cá e eu não quero que me vejam aqui! A

Luísa disse pro delegado que você pretende

fugir... Você pode me dizer aonde pretende ir?

Renato — Não é da sua conta!

Fernando — Para de bobeira e me diz logo pra onde você vai

fugir.

Renato — Vou pra Nova York. Tá bom pra você? Agora

me deixa em paz!

Fernando — Eu deixo você em paz sim! Mas não posso ir

embora assim, sem mais nem menos, sem antes

te dar o que você merece!

Renato se vira.

Renato — E o que você quer me dar? O que eu tanto

mereço assim, ao ponto de você ter que vir aqui

no meu apartamento me aporrinhar?

Fernando — Isso!

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CAP. 40 Pág.: 14

Fernando tira uma arma da sua cintura e dá quatro tiros em Renato que

cai morto na cama.

Fernando — Eu avisei Renato! Eu avisei a você que se

fizesse alguma coisa com a Luísa, que eu te

mataria! (t) E saiba que tem lugar melhor e mais

apropriado pra você do que Nova York! E esse

lugar é o inferno!

Fernando dá uma última olhada em Renato e sai. Close em Renato

morto.

Fim do insert.

Todos surpresos. Fernando procede.

Fernando — Com a Letícia não foi diferente! Ela envenenou

a Mariana, fazendo ela perder o filho que ela

esperava do Pedro só pra poder ficar com ele.

Mas assim como o Renato ela foi apenas uma

idiota que tentou ser esperta, mas que não

conseguiu...

Entra aqui um flashback não gravado do capítulo 33:

CAM mostra Fernando em seu carro, fazendo uma ligação em seu

celular e Letícia falando do outro lado da linha em off:

Fernando — (voz) Eu havia ligado pra aquela imbecil, me

identificando, dizendo que queria marcar um

encontro com ela na garagem. Eu falei que tinha

uma coisa pra entregar a ela e a idiota caiu feito

um patinho.

Corta para Letícia que sai do elevador e caminha pela garagem. No

carro, Fernando veste seu capuz marrom e sai do carro. Letícia o vê e

anda em sua direção:

Letícia — Fala logo o que você quer Fernando! Eu não

tenho a noite toda pra perder com você!

Fernando aponta a arma pra Letícia que fica paralisada.

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CAP. 40 Pág.: 15

Fernando — (com ódio) Você tentou matar a Mariana sua

desgraçada! Você matou o filho dela com aquele

maldito veneno!

Letícia — A Mariana não morreu?

Fernando — Graças a Deus não! Mas você vai! Sua maldita!

Fernando dá quatro tiros em Letícia, que cai morta no chão.

Fim do insert.

Delegado — Você matou o Renato e a Letícia por vingança!

O Renato você matou por causa do sequestro

da Luísa, e a Letícia por que ela envenenou a

Mariana, na qual causou também na morte do

filho que ela esperava do Pedro.

Fernando — Matei! Matei sim delegado! Matei! Matei com a

mais pura tranquilidade espiritual, emocional...

Matei com a certeza de que eu estava libertando

toda a minha família de uns monstros!

Andressa Luísa — (com raiva) Você matou o Herbert e o Jorge seu

desgraçado! Assassino!

Fernando — Grita! Me xinga! Fala o que você quiser, eu não

estou nem ai! Eu quis proteger a minha família!

Foi por isso que eu matei o Renato e a Letícia!

Ninguém mandou o Herbert se meter no meu

caminho me mandando aquelas malditas cartas,

me ameaçando, dizendo que ia revelar tudo pra

polícia... Ele me chantageou diversas vezes,

pedindo dinheiro em troca de silêncio. Até que

um certo momento isso virou um vício! E o único

jeito de eu me livrar desse vício, era acabando

com o Herbert! Alguém daqui de casa podia

descobrir tudo, então eu resolvi agir o mais

rápido possível!

Entra aqui um insert da cena 27 do capítulo 37:

Herbert abre a porta do seu apartamento.

Herbert — Você?!

Fernando entra.

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CAP. 40 Pág.: 16

Fernando — (frio) Fecha essa porta! Eu vim aqui pra pedir

que você pare com essa mania de me mandar

cartas anônimas.

Herbert — E como você sabe que fui eu?

Fernando — Você me ligou um dia desses me ameaçando,

lembra?

Fernando olha a mesa de Herbert, na qual ele fazia cartas anônimas.

Fernando pega as cartas que estão na mesa.

Fernando — Aliás, isso aqui é o quê mesmo? Você ia

mandar pra mim?

Herbert — Eu ia sim! Assassino! Miserável! Você não vale

nada! Eu vi quando você matou a Letícia! E eu

vou contar tudo a polícia!

Herbert pega o telefone e começa a discar, Fernando pega sua arma e

dá uma coronhada na cabeça de Herbert, que cai desmaiado no chão.

Fernando aponta a arma e dá quatro tiros em Herbert. Ele pega as cartas

que estão em cima da mesa e sai do apartamento. Close em Herbert

morto.

Fim do insert.

Mariana — Eu bem que deveria ter desconfiado de você

Fernando!

Ricardo Henrique — Eu falei que ele andava muito estranho. O

Fernando vivia dizendo que a vida dele estava

uma adrenalina, sendo que ele nem saia de

casa. Bom, eu pelo menos não sabia que ele

saia de noite... E a adrenalina era isso?

Assassinar essas pessoas?

Maria Clara — Que horror Fernando! Você matou o Herbert, o

Jorge!

Fernando — E quem é você pra me julgar? Você é tão suja

quanto eu! Ficou a vida toda tentando acabar

comigo e com a minha família! Mas você teve o

que mereceu! Um dia eu te disse que iria te

colocar na cadeia Maria Clara e foi isso o que eu

fiz!

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CAP. 40 Pág.: 17

Maria Clara — (se lembra) O assassino! Ele armou pra que eu

fosse presa, acusada pela morte do Jorge! (para

Fernando) Você armou pra que eu fosse presa

no seu lugar, seu desgraçado!

Fernando — Foi o mínimo que eu pude fazer por esses anos

todos que você fez mal a mim e a minha família!

Queria que você sentisse o gostinho de ser

presa. De ter que ficar numa cela suja,

fedorenta, com um monte de mulher horrorosa

em seu redor gritando você e te chamando de

criminosa!

Maria Clara — (grita) Desgraçado!

Delegado — Você Fernando, matou o Jorge por queima de

arquivo, por que ele sabia que você era o

assassino/...

Fernando — (corta) O senhor está enganado delegado! Eu

matei o Jorge por que aquele desgraçado queria

me matar! Eu apenas me vinguei dele!

Delegado — (sem entender) Do que você está falando

Fernando?

Lucas — O Jorge tentou matar o Fernando atropelado,

mas acabou me atingindo por que eu o salvei...

Fernando — Eu então fui lá e matei o Jorge delegado! Por

vingança! Queria que aquele desgraçado

pagasse por tudo o que fez pro Lucas e que

tentou fazer comigo!

Mariana — Mas você estava paralítico Fernando... Estava

numa cadeira de rodas no dia em que o Jorge foi

morto! Não podia andar, nem descer as escadas

aqui de casa.

Fernando se levanta e começa a andar.

Fernando — (andando) E você por um acaso tá vendo eu

numa cadeira de rodas agora? Eu menti! Fingi

tudo aquilo! Aliás, eu deveria ganhar o Oscar por

essa atuação! (t) Quando eu ouvi o Roberto

falando pro Lucas que o Jorge pretendia me

matar, eu tive que pensar rápido! Daí eu me

joguei da escada!

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CAP. 40 Pág.: 18

Insert da cena 23 do capítulo 38:

Fernando cai da escada. Lucas e Roberto vão acudir ele.

Fernando — (voz) Depois que eu me joguei eu tinha tudo sob

controle. Eu pensei em tudo naquela mesma

hora.

Corta para Fernando no hospital: Fernando entrega ao médico um bolo

de dinheiro, e ambos se cumprimentam.

Fernando — (voz) Enquanto todos vocês estavam na sala de

espera pensando que eu estava fazendo uma

cirurgia, eu estava lá, negociando com o doutor.

Eu paguei a ele pra que dissesse a todos vocês

que eu havia ficado paraplégico!

Fim do insert.

Bárbara — Seu doente! Você se jogou da escada só pra

ninguém desconfiar de você!

Luísa — Estou decepcionada com você Fernando!

Lucas — Você conseguiu enganar todo mundo direitinho

com esse teatrinho!

Maria Clara — Eu quero saber Fernando! Como você matou o

Jorge?

Fernando — Foi simples! Eu fui até o apartamento dele... E

entrei!

Maria Clara — Entrou assim, sem mais nem menos?

Fernando — Eu já testei uma técnica para abrir a porta uma

vez, sem precisar de chaves...

Insert da cena 26 do capítulo 18:

Fernando pega uma faca de serra de dentro da sua mochila e abre a

porta do apartamento de Maria Clara.

Fim do insert.

Fernando — Foi quando eu abri a porta do seu apartamento

Maria Clara, pra gravar a sua conversa com o

Jorge e a Verônica, mas isso não importa mais!

Enfim, eu fiz o mesmo no apartamento do Jorge.

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CAP. 40 Pág.: 19

Eu entrei e esperei ele lá. Eu vi quando ele

chegou, por que fiquei observando da janela.

Daí eu apaguei a luz e esperei pelo Jorge!

Insert da cena 47 do capítulo 38:

Jorge liga a luz do apartamento e vê uma pessoa conhecida em sua

frente.

Jorge — Você?! O que você tá fazendo aqui?

Fernando — Eu quero saber Jorge, por que você tentou me

matar?!

Jorge — Como você entrou no meu apartamento?

Fernando — Primeiro responde minha pergunta Jorge!

Jorge — Do que você tá falando? Como assim eu tentei

te matar? Ficou maluco?

Fernando — Você tentou me matar atropelado! Você

atropelou o Lucas, mas na verdade quem você

queria atingir, era a mim!

Jorge — Eu não sei do que você tá falando Fernando!

Fernando — Para de se fazer de cínico! Foi você sim! Você

tentou acabar comigo! O porquê eu não sei, mas

é bom que eu saiba, pois só assim nós podemos

colocar tudo em panos quentes!

Jorge — Então tá... Já que você quer tanto saber... Eu

confesso: Eu queria matar você sim! Eu já

estava cansado da Maria Clara me chamar de

incompetente, de anta, de idiota. Eu sabia do

plano que ela havia armado pra acabar com

você. Eu fui lá e executei pra ela! Pra que ela

soubesse que sempre fui uma pessoa eficiente

pra ela! Aliás, eu ia fazer um bem pra

humanidade se eu te matasse! Sabe por quê?

Por que eu estaria eliminando do planeta Terra

um assassino como você!

Fernando — Do que você tá falando Jorge?

Jorge — Eu sei que foi você quem matou o Renato, a

Letícia, (grita) o meu pai! E eu vou acabar com

você seu desgraçado, (grita) seu assassino!

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CAP. 40 Pág.: 20

Fernando — (tira a arma da cintura e aponta pra Jorge) Mas

não vai mesmo! Por que antes de você acabar

comigo, eu acabo com você primeiro!

Jorge — Para! Abaixa essa arma Fernando!

Fernando — (engatilha a arma) Agora não tem mais tempo!

Eu sou um assassino, lembra?

Jorge — Para, eu dou tudo o que você quiser, mas larga

essa arma! Não faz uma besteira dessas

Fernando!...

Fernando dá quatro tiros em Jorge.

Fernando — (sorri vitorioso) Imbecil!

Fernando tira um celular de sua mochila e começa a teclar.

Fernando — (cel) Alô Maria Clara?! O seu namorado Jorge

está morto! É! No apartamento dele! Um grande

abraço!

Ele desliga e coloca o celular dentro da mochila. Fernando pega outra

arma de dentro da mochila e coloca ao lado do corpo de Jorge, já morto.

Fernando dá uma última olhada em Jorge e sai do apartamento.

Fim do insert.

Delegado — Você está preso Fernando!

Mariana — Como você pôde Fernando?

Fernando — Tudo que eu fiz foi por amor! Amor a minha

família! Nada do que eu fiz foi em vão Mariana!

Nada! (passa mal) Ai... Estou me sentindo mal.

Tive uma queda de pressão de repente! Preciso

ir ao lavabo pra molhar o rosto.

Delegado — (para o policial) Acompanhe ele até o lavabo!

O policial acompanha Fernando até o lavabo.

Andressa Luísa — Meu Deus, o Fernando! Assassino!

Andressa Maria — Eu avisei que poderia ser a pessoa que você

menos esperava

Maria Clara — Agora ele vai ter o que merece! Vai preso!

Andressa Luísa — (para Bárbara) De pensar que eu desconfiei de

você mamãe!

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CAP. 40 Pág.: 21

Bárbara — Isso não importa mais minha filha! Pelo menos a

polícia já conseguiu descobrir o culpado por

essas mortes!

O policial vem do lavabo correndo e faz sinal pros outros policiais e pro

delegado, que saem correndo da casa.

Maria Clara — O que tá acontecendo?

Todos saem correndo da casa.

CENA 17/ MANSÃO VILLANUEVA/ FRENTE/ EXTERIOR/ DIA.

Todos fora da casa. Os policiais entram em seus carros e partem, assim

como o delegado e o assistente.

CENA 18/ PONTA VERDE/ RUAS/ EXTERIOR/ DIA.

Os carros dos policiais seguem um carro preto. A perseguição continua

até que o carro do delegado consegue fechar o carro preto. O delegado e

os policiais descem do carro, todos apontando suas armas pro

automóvel.

Delegado — Ou desce do carro agora, ou eu atiro!

Um homem desce do carro.

Homem — O que eu fiz agora hein?

De repente, todos ouvem um barulho de motor de avião. O delegado olha

pra cima e vê um jatinho em decolagem.

CENA 19/ JATINHO/ INTERIOR/ DIA.

Fernando está sentado numa cadeira do avião, com uma taça de

champanhe na mão. Ele olha a paisagem da Ponta Verde pela janela,

sorri e fala:

Fernando — Bando de idiotas!

Ele coloca seus óculos escuros, toma um gole do seu champanhe e

coloca seus pés numa cadeira do avião de frente pra ele. Ele sorri.

CENA 20/ CÉU/ EXTERIOR/ DIA.

Câmera mostra o jatinho de Fernando que em decolagem, adentra as

nuvens e some. Fade out.

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CAP. 40 Pág.: 22

CENA 21/ PONTA VERDE/ PLANOS GERAIS/ EXTERIOR/ DIA.

Fade in. Há uma passagem de tempo. Letreiro: 2 anos depois.

CENA 22/ CASA BÁRBARA/ SALA/ INTERIOR/ DIA.

Bárbara apronta suas malas pra ir embora.

Andressa Luísa — Você tem certeza de que é isso mesmo que

você quer mamãe?

Bárbara — Tenho sim minha filha!

Andressa Maria — Mamãe pense bem... Você já se iludiu com o

Renato. Vai querer se iludir com esse homem

também?

Bárbara — Dessa vez é sério minha filha! Eu me apaixonei

de verdade, como nunca na minha vida!

De repente a campainha toca.

Bárbara — (grita) Rosemeire!

Rosemeire — Chamou dona Bárbara?

Bárbara — Chamei sim! Abra a porta, por favor! Só pode

ser ele!

Rosemeire abre a porta.

Rosemeire — Opa, por favor, senhor, entre!

O delegado entra de óculos escuros.

Delegado — Bom dia Rosemeire!

Rosemeire — Bom dia doutor!

Delegado — (para Bárbara) Vamos meu amor? Já estamos

atrasados!

Bárbara — Vamos! Rosemeire, leve minha bagagem pro

táxi que está parado aí fora!

Rosemeire — Sim senhora!

Rosemeire sai com as malas. O delegado e Bárbara se entreolham.

Delegado — Então vamos?

Bárbara — Só um minuto! (para as gêmeas) Minhas filhas...

Vou sentir tanta falta de vocês!

Andressa Luísa — Nós também mamãe!

Andressa Maria — Já que você não vai ficar a vida toda morando

na Grécia, pelo menos traga um presentinho de

lá pra mim na volta!

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CAP. 40 Pág.: 23

Bárbara — (carinhosa) Eu trago tudo o que vocês

quiserem! Agora eu tenho que ir!

Bárbara abraça as filhas.

Bárbara — Eu amo vocês! (para o delegado) Vamos meu

amor! A Grécia nos espera!

O delegado dá o braço para Bárbara, que enrosca o seu no dele. Ambos

saem de casa e a imagem paralisa.

CENA 23/ APTO MANUELA/ SALA/ INTERIOR/ DIA.

Agenor e Manuela também se aprontam pra ir embora. Maria Clara

emocionada.

Maria Clara — Uma pena que vocês vão embora! Esse

apartamento vai ficar tão ruim, tão vazio sem

vocês.

Agenor — Ah minha filha, já estava na hora de nos

mudarmos pra nossa casa nova. O Roberto foi

embora pro Rio de Janeiro, a Verônica fugiu

para Paris. E você já tem seu namorado novo...

Vai se acostumar com o tempo.

Maria Clara — Eu sempre morei sozinha pai... Mas me

acostumei rápido a morar com alguém quando

vim pra cá! Eu vou sentir falta de vocês!

Eles se abraçam. Maria Clara vai falar com Manuela.

Maria Clara — Muito obrigado por ter me ajudado Manuela!

Você foi uma mãe pra mim!

Elas se abraçam.

Manuela — E você foi mais que uma filha pra mim... Foi

também minha amiga!

Agenor — Agora temos que ir... (para Maria Clara) Eu te

amo minha filha! (eles se abraçam) Se cuida!

Maria Clara — Eu também te amo pai! Te amo muito!

Eles se soltam. Agenor e Manuela vão embora. Maria Clara se senta no

sofá e liga a televisão. Tempo. De repente a campainha toca. Maria Clara

vai atender.

Maria Clara — Eles devem ter esquecido alguma coisa...

Ela abre a porta. É o assistente que carrega um buquê de rosas

vermelhas e dá a Maria Clara.

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CAP. 40 Pág.: 24

Maria Clara — Oi meu bem!

Assistente — (entrega o buquê) Pra você!

Maria Clara — (encantada) São lindas!

Assistente — Lindas como você!

De repente uma caixinha cai de dentro do buquê. Clara se abaixa e pega

a caixa. Ela abre, e se surpreende ao encontrar um anel de brilhantes lá.

Maria Clara — O que é isso?

O assistente pega o anel e coloca no dedo de Maria Clara, e em seguida

se ajoelha na frente dela.

Assistente — Você aceita se casar comigo Maria Clara?

Maria Clara não responde, apenas levanta o Assistente e arranca um

beijo dele. Eles entram no apartamento, fecham a porta. Maria Clara

coloca o buquê de flores numa bancada na sala e eles caem no sofá aos

beijos. A imagem deles se beijando paralisa.

CENA 24/ PONTA VERDE/ PLANOS GERAIS/ EXTERIOR/ DIA.

Planos gerais do dia.

CENA 25/ CASA MANUELA E AGENOR/ INTERIOR/ DIA.

Agenor e Manuela curtem a casa nova ouvindo som alto, dançando e

bebendo muito. De repente, ouve-se batidas na porta.

Agenor — Abre pra mim meu repolho?!

Manuela — Abro sim meu amor!

Manuela vai abrir a porta. E para a surpresa dela é nada mais, nada

menos que Gabriele.

Gabriele — Olha querida, você pode baixar um pouco o

volume do seu trombone, está incomodando

meu filho...

Manuela — (surpresa) Você?!

Gabriele — (surpresa) Você?!

Manuela — Filho?

Gabriele — É, filho! Por quê?

Agenor vem de dentro da casa.

Agenor — Quem é meu repolho? (vê Gabriele e fica

surpreso) Manga rosa/... Digo, Gabriele?!

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CAP. 40 Pág.: 25

Gabriele — Sou eu sim querido! Tudo bem? Quanto tempo!

Olha, eu não tenho a tarde toda pra bater papo.

Tenho que cuidar da casa e do meu filho!

Agenor — Filho?

Gabriele — É, Filho! Por quê? Só você pode ter filhos? Não!

Eu também posso!

Um homem bonito, másculo, dos olhos azuis e loiro aparece de repente.

Homem — (para Gabriele) Algum problema meu amor?

Gabriele — Não meu bem! Apenas vim dar as boas vindas

pros vizinhos novos.

Eles se beijam na frente de Agenor e Manuela.

Gabriele — Foi bom ver vocês! Ah! E não se esquece de

abaixar o volume desse som! Som alto é coisa

de gente pobre e sem educação!

Eles saem. Agenor fecha a porta. Manuela se senta no sofá.

Manuela — Não acredito Agenor! Não acredito que você

comprou uma casa bem do lado da casa da

Gabriele! Agora vai começar tudo de novo!

Close nos dois. A imagem paralisa.

CENA 26/ MANSÃO VILLANUEVA/ FAIXADA/ EXTERIOR/ DIA

Planos gerais da casa.

CENA 27/ MANSÃO VILLANUEVA/ JARDINS/ EXTERIOR/ DIA.

Está tendo uma festa de casamento. É o casamento de Pedro e Mariana.

Alguns personagens como Andressa Luísa, Andressa Maria (com

acompanhantes), Alberto, Marília (segurando uma criança), Agenor,

Manuela, Maria Clara, Assistente estão presentes. Marília e Alberto

deixam seu filho com Agenor e Manuela, e vão falar com Maria Camilla e

Ricardo Henrique.

Marília — Camilla!

Maria Camilla se vira e abraça Marília.

Maria Camilla — Minha amiga! Quanto tempo! Como você tá?

Marília — Estou ótima! E feliz!

Maria Camilla — Que ótimo! (para Alberto) E você Alberto?

Alberto — Estou muito bem Camilla!

Maria Camilla — E o bebê?

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CAP. 40 Pág.: 26

Marília — (chama) Gabriel!

De repente, o filho de Marília se solta de Agenor e Manuela e corre pra

ela. Marília pega Gabriel no colo.

Marília — Aqui! Meu filho!

Maria Camilla — Nossa, que coisa mais fofa amiga!

Ricardo Henrique — Nossa como ele cresceu! Já está até

andando!

Maria Camilla — Claro né! O garoto já vai fazer três anos você

queria o quê? (para Marília) Ele é lindo amiga!

Parabéns!

Marília — Puxou ao pai dele!

Marília e Alberto se beijam.

Maria Camilla — E a mãe de vocês?

Ricardo Henrique — É! A dona Marisa sumiu de repente!

Alberto — Ela foi morar no Marrocos!

Maria Camilla e Ricardo — Marrocos?!

Eles se entreolham.

CENA 28/ MARROCOS/ PLANOS GERAIS/ EXTERIOR/ DIA.

Planos gerais do país.

CENA 29/ MARROCOS/ CASA/ INTERIOR/ DIA.

Marisa está vestida sensualmente, e coberta de joias e ouro. Ela faz

dança do ventre para seu marido, sacudindo sempre suas bijuterias e

pulseiras de ouro. De repente, ele puxa Marisa e os dois caem na cama,

aos beijos.

CENA 30/ MANSÃO VILLANUEVA/ JARDINS/ EXTERIOR/ DIA.

Continuação da cena 27: Alberto continua falando.

Alberto — A minha mãe se casou com um comerciante

muito rico!

Maria Camilla e Ricardo Henrique se surpreendem. Corta para Luísa que

vem do interior da casa.

Luísa — (para todos) A noiva chegou!

Todos os convidados se levantam. Pedro já está posicionado em seu

lugar. Uma orquestra sinfônica começa a tocar e Mariana entra, sendo

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CAP. 40 Pág.: 27

levada por Ernesto. Ela traja um vestido branco, normal. Ernesto a leva

até o altar. O Juiz começa a dizer suas palavras:

Juiz — (para Pedro) Senhor Pedro Luís Amaral, é de

livre e espontânea vontade aceitar a senhorita

Mariana Villanueva como sua legítima esposa?

Pedro — Sim!

Mariana sorri pra ele, que retribui.

Juiz — E você Mariana, é de livre e espontânea

vontade, aceitar Pedro como seu legítimo

esposo?

Mariana — Sim!

Juiz — Podem colocar as alianças!

Pedro pega uma aliança e coloca no dedo de Mariana.

Pedro — Não vou dizer muita coisa pra você meu amor!

Não existe palavra mais pura e verdadeira que o

meu amor por você! Eu te amo Mariana, e eu

prometo que vou te fazer a mulher mais feliz

desse mundo! (ele coloca a aliança no dedo

dela)

Mariana pega uma aliança e coloca no dedo de Pedro.

Mariana — Já eu prometo que vou te fazer o homem mais

feliz desse mundo Pedro! Nós amamos você!

Pedro — Nós?

Mariana — Sim! Nós!

Mariana pega a mão de Pedro e conduz a sua barriga.

Mariana — Eu estou grávida!

Pedro então se abaixa, beija a barriga de Mariana e em seguida lhe dá

um beijo. Todos os convidados se levantam, aplaudindo. Corta para

Luísa e Lucas que se beijam. Depois para Maria Clara e o assistente que

também se beijam. Além de Marília e Alberto, Agenor e Manuela. Ernesto

beija uma mulher negra e bonita que está ao seu lado. Ricardo Henrique

e Maria Camilla também se beijam. Câmera vai subindo e dá um close

em todos.

CENA 31/ MANSÃO VILLANUEVA/ SALA/ INTERIOR/ NOITE.

O último convidado vai embora.

Pedro — (se despede) Muito obrigado por ter vindo!

Ele fecha a porta.

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CAP. 40 Pág.: 28

Luísa — Que festão viu!

Pedro — (para Mariana) Agora nós vamos pra nossa lua

de mel!

Eles se beijam.

Ricardo Henrique — Mas não sem antes brindarmos a felicidade

dos noivos e do novo membro da família que

está chegando.

Corta para eles brindando. Todos tomam suas taças de champanhe,

menos Mariana que fica somente com um copo de suco.

Mariana — Agora nós já vamos! Nossas malas já estão no

carro Pedro?

Pedro — Já sim meu amor!

Maria Camilla vem da cozinha com uma caixa vermelha e uma fita preta

amarrada.

Maria Camilla — Esperem!

Ricardo Henrique — (refere-se à caixa) O que é isso?

Maria Camilla — É uma encomenda que chegou! É do Fernando!

Maria Camilla abre a caixa e tira de lá algumas fotos e uma carta. Maria

Camilla abre e começa a ler.

Maria Camilla — (lendo) Queridos, quando estiverem lendo essa

carta, já estarei bem longe! E assim que

terminarem de ler, peço a vocês que joguem fora

ou a queime!...

CENA 32/ PARIS/ TEATRO/ INTERIOR/ NOITE.

Fernando está numa apresentação de tango. Ele dança com sua

parceira, uma mulher linda, da mesma altura que Fernando, cabelos

pretos, longos e amarrados. Eles dançam sensualmente, enquanto vem

à narração de Fernando no fundo:

Fernando — (voz) Não me julguem! Tudo o que eu fiz foi por

amor! Amor à minha família! Amor a vocês! Se

vocês não estão entendendo agora, espero que

me entendam um dia! Estou amando Paris, mas

às vezes sinto falta daí! Sinto falta de casa, da

minha família! Dos nossos jantares, das nossas

reuniões, das nossas brigas! Eu fugi para Paris

para realizar o meu grande sonho, coisa que eu

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CAP. 40 Pág.: 29

nunca revelei a ninguém. Esse grande sonho é

dançar!

Fernando continua dançando com sua parceira.

CENA 33/ MANSÃO VILLANUEVA/ SALA/ INTERIOR/ NOITE.

Continuação da cena 31: Os Villanuevas leem a carta, emocionados.

Fernando — (voz) Eu fiz muito sucesso aqui! (os Villanuevas

veem as fotos de Fernando dançando) E devo

tudo isso a uma amiga minha, que se tornou

minha companheira!...

CENA 34/ PARIS/ TEATRO/ INTERIOR/ NOITE.

Fernando continua dançando.

Fernando — (voz) Eu sou uma pessoa de sorte, por ter uma

família maravilhosa! Eu amo vocês mais que

tudo nessa vida! E espero que depois de tudo o

que eu fiz, que vocês possam continuar me

amando, da mesma maneira de sempre! Com

amor, Fernando!

Fernando termina de fazer sua apresentação. Ele e sua parceira são

aplaudidos e ovacionados. Eles agradecem e as cortinas se fecham.

Fade out.

CENA 35/ PARIS/ HOTEL/ QUARTO FERNANDO/ INTERIOR/ DIA.

Fade in. Fernando está na janela admirando a cidade, aonde ele vê

carros passando e avista também a torre Eiffel. De repente uma mulher

aparece. Câmera não revela o rosto dela. Ela beija Fernando, que

retribui, revelando ser Verônica.

Verônica — Admirando a paisagem?

Fernando — Sim!

Verônica — Não se esqueça de me agradecer!

Fernando — Faço isso todos os dias meu bem!

Eles se beijam novamente.

Fernando — Até por que se não fosse por você eu não

estaria aqui agora, em Paris!

Verônica — Ajudar você a fugir até que não foi assim, uma

má ideia. Pelo menos realizei o meu sonho de

vir pra cá, pra Paris.

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CAP. 40 Pág.: 30

Fernando — Enquanto você realizou o meu! Você me inspira!

Eles se beijam. Câmera vai se afastando pro lado de fora da janela,

sempre registrando Fernando e Verônica, que continuam a se beijar.

Nesse momento, câmera dá um giro de 180° e dá um close na torre

Eiffel, na qual a imagem dá o efeito fade out. E é assim que a nossa

história chega ao

FIM