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Neste capítulo, nós discutiremos a evolução do entendimento das propriedades atômicas a partir dos experimentos de Rutherford e do modelo atômico proposto por Bohr. Ernest Rutherford (1871-1937) Rutherford, ex-aluno de J. J. Thomson, a partir da análise de experimentos de espalhamento de partículas por átomos, concluiu que a carga positiva está toda concentrada em uma região muito pequena no centro do átomo, em desacordo com o modelo do seu mentor (pudim de passas). As questões sobre a estabilidade do átomo nuclear e os espectros de emissão átomo de hidrogênio. Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo Niels Bohr (1885-1962) O modelo de Bohr e a hipótese de quantização dos estados eletrônicos. O princípio da correspondência e os limites do modelo de Bohr.

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Page 1: Cap. 4 O Modelo de Bohr para o Átomo - ifi.unicamp.brpagliuso/Aula7.pdf · O modelo de Bohr e a hipótese de quantização dos estados eletrônicos. O princípio da correspondência

Neste capítulo, nós discutiremos a evolução do

entendimento das propriedades atômicas a partir dos

experimentos de Rutherford e do modelo atômico

proposto por Bohr.

Ernest Rutherford

(1871-1937)

Rutherford, ex-aluno de J. J. Thomson, a partir da

análise de experimentos de espalhamento de partículas

por átomos, concluiu que a carga positiva está toda

concentrada em uma região muito pequena no centro

do átomo, em desacordo com o modelo do seu mentor

(pudim de passas).

As questões sobre a estabilidade do átomo nuclear e

os espectros de emissão átomo de hidrogênio.

Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

Niels Bohr

(1885-1962)

O modelo de Bohr e a hipótese de quantização dos

estados eletrônicos.

O princípio da correspondência e os limites do modelo

de Bohr.

Page 2: Cap. 4 O Modelo de Bohr para o Átomo - ifi.unicamp.brpagliuso/Aula7.pdf · O modelo de Bohr e a hipótese de quantização dos estados eletrônicos. O princípio da correspondência

• A idéia atomística da matéria surgiu com os Gregos já nos anos 450 a.c.

Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

• Democritus, o mais famoso atomista da idade antiga, dizia: “Tudo o que

existe é formado por átomos ou pela ausência deles.”

• No época do experimento de Rutherford, 1911, acumulavam-se evidências

de que os átomos continham elétrons e que o número de elétrons Z era

aproximadamente igual a A/2, onde A é peso atômico do átomo

considerado. Como a maioria dos átomos era neutra, os átomos deveriam

conter também Z prótons.

O Modelo de Thomson (“pudim de (passas) ameixas”)

• J. J. Thomson propôs uma tentativa de descrição, ou

modelo, de um átomo, segundo o qual os elétrons

carregados negativamente estariam localizados no interior

de uma distribuição esférica contínua de carga positiva.

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

O Modelo de Thomson para o átomo de H.

• De acordo com o modelo de Thomson, os átomos em

seus estados excitados, teriam os seus elétrons vibrando

em torno de suas posições de equilíbrio. Este hipótese

continha um problema óbvio já para o átomo de hidrogênio.

(Exemplo 4.1)

r

-

Usando a Lei de Gauss podemos calcular:

kaea

F 03

e

N/m 103,243

3

43

3

0

2

03

R

ee

R

ek

Então:

Hz 105,22

1 15m

k

o que leva a:

Å 1500

c

como a única freqüência característica do átomo de H, contrariando os

resultados experimentais.

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

O Experimento de Rutherford:

]d[ intervalo no

defletidas partículas de número )(

dN

Para um feixe incidente com I partículas ,

media-se o número de partículas que

eram defletidas de um ângulo , mais

precisamente:

Ernest Rutherford

(1871-1937)

Vamos ao quadro discutir a previsão de

N() dentro do modelo de Thomson.

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

O Experimento de Rutherford:

]d[ intervalo no

defletidas partículas de número )(

dN

Ernest Rutherford

(1871-1937)

Rutherford encontrou um número apreciável de

eventos de espalhamento para > 900 em

desacordo com o modelo de Thomson.

Vamos descrever o modelo de Rutherford no

quadro.

http://ap.polyu.edu.hk/Our%20Applets/RutherfordScattering/Scattering.html

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

O Experimento de Rutherford:

2

242 )(

42

0

2

sen

sen

Mv

zZetIπdN

Ernest Rutherford

(1871-1937)

O modelo de Rutherford descrevia com sucesso

vários resultados experimentais, mas....

http://ap.polyu.edu.hk/Our%20Applets/RutherfordScattering/Scattering.html

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

A Instabilidade do átomo nuclear.

Uma hipótese plausível seria a de que os elétrons

deveriam orbitar em órbitas elípticas em torno do núcleo,

em analogia ao sistema planetário.

Mas nesse caso, os elétrons são partículas carregadas,e

por estarem aceleradas, deveriam emitir radiação

continuamente até colapsarem no núcleo.

Suponhamos que o elétron esteja em uma órbita circular de raio r0 = 10-10 m, sua

Energia total seria:

0

22

42

1

ZemvE mas a força elétrica age como força centrípeta e:

00

2

00

22

0

2

2

00

2

42

1

42

1

24 r

ZeE

r

Zemv

r

mv

r

ZeF

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

A Instabilidade do átomo nuclear.

Uma hipótese plausível seria a de que os elétrons

deveriam orbitar em órbitas elípticas em torno do núcleo,

em analogia ao sistema planetário.

Mas nesse caso, os elétrons são partículas carregadas,e

por estarem aceleradas, deveriam emitir radiação

continuamente até colapsarem no núcleo.

Como 00

2

42

1

r

ZeE

podemos calcular: 02

00

2

0

0

2

42

1)/1(

42

1r

r

Ze

dt

rdZe

dt

dE

Mas a pedra de energia por irradiação eletromagnética é dada pela fórmula de

Larmor (Apêndice B):

3

0

2

3

2

4 c

ae

dt

dE

Fazendo 2

00

2

4 mr

Ze

m

Fa

temos:

02

00

2

4

0

323

0

62

)4(2

1

)4(3

2r

r

Ze

rcm

eZ

dt

dE

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

A Instabilidade do átomo nuclear.

Uma hipótese plausível seria a de que os elétrons

deveriam orbitar em órbitas elípticas em torno do núcleo,

em analogia ao sistema planetário.

Mas nesse caso, os elétrons são partículas carregadas,e

por estarem aceleradas, deveriam emitir radiação

continuamente até colapsarem no núcleo.

Assim: 2

0

2

0

322

0

4

0)4(3

4

r

K

rcm

Zer

Integrando a Eq. diferencial:

0

0

2

0

0r

t

t

f

i

tKdtKdrr o que nos leva a:

s

rZe

mc

c

rZ

Ze

cmrr

Kt 12

2

0

2

0

2

2

0

4

322

0

3

03

0 10)4/(4

)4(

43

1

para o H.

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

Espectros atômicos

O espectro de emissão de

radiação eletromagnética dos

átomos poderia conter

informações valiosas sobre a

estrutura atômica. Átomos

excitados por descargas

elétricas emitem um espectro

característico ao retornar ao

seu estado fundamental.

A regularidade do espectro de

emissão do H fez com que os

cientistas tentassem obter uma

fórmula empírica para os vários

comprimentos de ondas das

linhas. Tal fórmula foi descoberta

em 1885 por Balmer:

3,4,5,... n 4

Å36462

2

n

n

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

Espectros atômicos

Outros pesquisadores escreveram

séries equivalentes para outras faixas

de comprimento de onda: Lyman,

Paschen, Bracket e Pfund.

A partir do trabalho de Balmer, iniciou-se uma busca por fórmulas empíricas

mais gerais que pudessem ser identificadas, inclusive em espectros de outros

elementos, com destaque para o trabalho de Rydberg, que reescreveu a

fórmula para a série de Balmer da seguinte forma:

3,4,5,... n 1

2

1122

n

Rk H

onde RH = 10967757,6 1,2 m-1 é a

constante de Rydberg.

Para os átomos de elementos alcalinos,

Rydberg encontrou:

)(

1

a)-(m

1122

bnRk

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

O Modelo de Bohr

Niels Bohr

(1885-1962)

1) Um elétron em um átomo se move em órbitas circulares

em torno do núcleo sob a influência da atração

Coulombiana entre o elétron e o núcleo, obedecendo as

leis da Mecânica Clássica.

2) As únicas órbitas possíveis são aquelas na qual seu

momento angular é um múltiplo inteiro de h/2.

3) Apesar de estar constantemente acelerado, o elétron se

movendo na sua órbita não emite radiação, e mantém

uma energia constante E.

4) O elétron emite radiação eletromagnética quando muda

descontinuamente o seu movimento de uma órbita com

energia Ei para outra energia Ef. A freqüência da radiação

emitida é dada pela diferença (Ei-Ef) dividida pela

constante de Planck.

Na tentativa de encontrar um modelo atômico consistente

com os experimentos de Rutherford e com o espectro de

emissão do átomo de H, Bohr propôs (1913) um modelo

baseado nos seguintes postulados:

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

O Modelo de Bohr

Niels Bohr

(1885-1962)

possíveis) (órbitas 1,2,3... n 4

2

22

0 mZe

nr

Usando os postulados de Bohr, nós encontramos:

possíveis) (órbitas 1,2,3... n 4

1 2

0

n

Zev

Para n = 1:

r ~ 0.5 Å

v ~ 2,2x106 m/s

energia) da ão(quantizaç 1,2,3... n n

1

2)4(

mZ-

222

0

42

eE

E ~ -13,6 eV

Usando o quarto postulado:

)n

1-

n

1(

4

mZ

)4(

1

2

i

2

f

3

42

2

0

e

h

EE fi

como k = 1/ = /c:

)n

1-

n

1(RZ )

n

1-

n

1(

4

m

)4(

Z

2

i

2

f

2

2

i

2

f

3

4

2

0

2

c

ek

onde:

c

e3

4

2

0 4

m

)4(

1 R

fornecia valores bastante razoáveis para a constante de Rydberg RH.

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

O Modelo de Bohr

Niels Bohr

(1885-1962)

Além do mais, da expressão:

As séries de Lyman (nf = 1), de Balmer

(nf = 2), de Paschen (nf = 3), de

Brackett (nf = 4) e para Pfund (nf = 5)

podem ser obtidas pelo modelo de

Bohr.

)n

1-

n

1(R

2

i

2

f

k

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

O Modelo de Bohr – Evidência experimental dos estados atômicos

quantizados.

Um experimento simples que permite a verificação experimental dos

estados atômicos discretos foi realizado por Franck e Hertz em 1914.

Mm

mM

O experimento revelou que os elétrons só excitam os átomos de vapor de

Hg quando possuem certos valores de energia cinética.

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

Uma interpretação para as Regras de Quantização

Em busca de uma melhor compreensão das regras de quantização, em

1916, Wilson e Sommerfeld um conjunto de regras de quantização para

qualquer sistema físico cujo as coordenadas fossem funções periódicas do

tempo.

Para qualquer sistema físico na qual as coordenadas são funções periódicas

do tempo, existe uma condição quântica para cada coordenada. Estas

condições quânticas são:

hndqp qq

onde q é uma coordenada, pq é o momento associado a esta coordenada, nq

é um número inteiro, e a integração é tomada sobre um período da

coordenada q.

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

Regras de Quantização de Wilson-Sommerfeld: Exemplo

Considere um oscilador harmônico simples em uma dimensão:

abdxpx

22

22 kx

m

pVKE x 1

/22

22

kE

x

mE

px

A relação p-q, no caso px e x define o espaço de fase, no caso define uma

elipse.

mk

Edxpx

/

2

nhEnh

v

Edxpx 2

2Lei de quantização de Planck.

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

Considere um elétron se movendo em órbita circular de raio r, com momento

angular constante L = mvr:

nhLLd 2

Nesse caso:

nL Lei de quantização de Bohr.

hndqp qq nhLd

Se usarmos:

2/nhprmvrL e /hp encontramos:

2// nhrh nr 2as órbitas possíveis contém

exatamente um número inteiro de

comprimento de ondas de de Broglie.

Regras de Quantização de Wilson-Sommerfeld: Exemplo

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

Sommerfeld usou as regras de quantização de Wilson-Sommerfeld para

tentar explicar a estrutura fina do espectro de hidrogênio, usando órbitas

elípticas.

nL

rrr nbaLhndrp )1/( hnLd

O Modelo de Sommerfeld

Respeitando essas condições, Sommerfeld calculou:

2

22

04

Ze

nea

n

nab

32

422

0 24

1

n

eZE

onde rnnn

como n = 1,2,3…e n = 1,2,3,…,n.

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

Sommerfeld usou as regras de quantização de Wilson-Sommerfeld para

tentar explicar a estrutura fina do espectro de hidrogênio, usando órbitas

elípticas.

O Modelo de Sommerfeld

)

4

31(1

24

1 22

22

422

0 nnn

Z

n

eZE

é a constante de estrutura fina.

onde

1fi

nn

Regra de seleção

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Cap. 4 – O Modelo de Bohr para o Átomo

Bohr enunciou o princípio da correspondência em 1923,

em duas partes:

O princípio da Correspondência

Niels Bohr

(1885-1962)

1) As previsões da teoria quântica para o comportamento de

qualquer sistema físico devem corresponder às previsões

da física clássica no limite no qual os números quânticos

que especificam os estado de um sistema se tornam

muito grandes.

2) Um regra de seleção é válida para todos os números

quânticos possíveis. Portanto, as regras necessárias para

se obter a correspondência exigida no limite clássico (n

grande) também se aplicam no limite quântico (n

pequeno).

A segunda parte do princípio da correspodência falha com a experiência no

caso do espectro de emissão do átomo de hidrogênio.