cap 1 administração financeira lemes junior

20
5/17/2018 Cap1AdministraoFinanceiraLEMESJUNIOR-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 1/20 - - - DECISACl FINANCEIRA E A EMPRESA 1.1 INTRODUQAO 1 .2 Cls..JETIVO E FUNQOES DA ADMINISTRAQAO 'F'INANCEIRA 1 .3 MERCADO F'INANCEIRO 1.4 TIPOS OE EMPRE:6AS , .S TEI:IRIA OE AGENCIA 1.6 RESUMC ,.7 QUESTOES 1.S BIBLIOC3RAF'IA ADICIONAL '.1 INTRODU9AO a objetivo da adminlstrasao fina~nceira e maximiza"",f.:;:a...,f:_:,i==::...:.:::.::..== =::::....;"'-"'-..:<::.' ~i~dor finaru:_eirp e 0 rind al res,Eonsavel pela criat3.0 de valor e ela mitiga~ao de riscos e, para isso se envolve nos neg6cios com.!' urn todo. A fun5ao fimmceira. de modo g_eral, esd. organizada em duas areas: gereocia financeira e centro- ladoria, A gerenda financeira abrange arividades de aclminisrrac;_aode caixa, credito e cobranca, risco, ~mb i. £l. in_ ve st imen to fin an cia me nto .pl ane ja men to e c ont ro le fu} an ce iro",rda ci ona me nt o £om acionis- ~a~~iI!Yestj~re~ e relacicnarnento com bancos. A controladoria engloba atividades de adrninistracsc de custos e preliOs, auditoria interna, avaliacao de desempenho conrabllidade 0 !;cOl-menta, controle patrirnonial.planejgrnenro trlbuticio, rd.atOrio gerenciais e sistemas de informa~ao financeira. Para maxlmiz:u: a ri ~ 0 administraclor financeiro toma tres decisoes funda- o:l!<ouls; decis-Q_d' stimento decisao de financiamento e decisao de resultados . .0 administrador financeiro recebe varias denorninacoes, tais como: vice-presidente de finan<;:lJ:;, diretor financeiro, executive financeiro, superlnrendente finaneeiro, supervisor financelro - depen- dendo do porte e da natureza de cada empresa, o campo de abrangencia das financas e ample, induindo 0 processo financeiro, 0 mercado - nanceiro, a rnercado de capitals, os instrumentos financeiros, as finances pessoais, governamenrais e corporativas, Neste livre, trataremos das finances corporativas. Fina sco tiv s - as finanps ~yjsam..Dl12CiIlliza:[ a.riqueza do acionisras ~em resa-s' nOrp:1almc;ruLG. n "tuid:i,i na fprma de J. .oe ie da de ~1l6nima de capital, Algumas ernpresas constituidas na forma de cotas de responsabilidade lirnitad:a tambern podem ser objeto de esrudo das financas corporativas, Par exernplo, a Magazine Lulza e urna grande em-

Upload: renatinhakelle

Post on 20-Jul-2015

416 views

Category:

Documents


13 download

TRANSCRIPT

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 1/20

- -

-DECISACl FINANCEIRA

E A EMPRESA

1.1 INTRODUQAO

1.2 Cls..JETIVO E FUNQOES DA ADMINISTRAQAO 'F'INANCEIRA

1 .3 MERCADO F'INANCEIRO

1.4 TIPOS OE EMPRE:6AS

, .S TEI:IRIA OE AGENCIA

1.6 RESUMC

,.7QUESTOES

1.S BIBLIOC3RAF'IA ADICIONAL

'.1 INTRODU9AO

a ob je tivo da adm in lstrasao fina~nceira e maximiza"",f.:;:a.. . ,f:_:,i==::. . . :. :::. ::. .===::::....;"'-"'-..:<::.'

~i~dor finaru:_eirp e 0 rind al res,Eonsavel pela criat3.0 de valor e ela mitiga~ao de riscos e,

para isso se envolve nos n eg6c io s c om .!' urn t odo .

A fun5ao fimmceira. de modo g_eral, esd. organizada em duas areas: gereocia financeira e centro-

ladoria, A gerenda financeira abrange arividades de aclminisrrac;_aode caixa, credito e cobranca, risco,

~mbi.£l.in_vestimento financiamento.planejamento e controle fu}anceiro",rdacionamento £om acionis-

~a~~iI!Yestj~re~ e relacicnarnento com bancos. A controladoria engloba atividades de adrninistracsc

de custos e pre l iOs , auditoria interna, avaliacao de desempenho conrabllidade 0 !;cOl-menta,controle

patrirnonial.planejgrnenro trlbuticio, rd.atOrio gerenciais e sistemas de informa~ao financeira.

Para maxlmiz:u: a ri ~ 0 administraclor financeiro toma tres decisoes funda-

o:l!<ouls; decis-Q_d' stimento decisao de financiamento e decisao de resultados .

. 0 administrador financeiro recebe varias denorninacoes, tais como: vice-presidente de finan<;:lJ:;,

diretor financeiro, executive financeiro, superlnrendente finaneeiro, supervisor financelro - depen-

dendo do porte e da natureza de cada empresa,

o campo de abrangencia das financas e ample, induindo 0 processo financeiro, 0 mercado -

nanceiro, a rnercado de capitals, os instrumentos financeiros, as finances pessoais, governamenrais e

corporativas, Neste l ivre, trataremos das finances corporativas.

Fina s co tiv s - as finanps ~yjsam..Dl12CiIlliza:[ a.riqueza do acionisras ~em resa-s'

nOrp :1a lmc ; r uLG . n "tuid:i,i na fprma deJ..oeiedade ~1l6n ima de capital,

Algumas ernpresas constituidas na forma de cotas de responsabilidade lirnitad:a tambern podem

ser objeto de esrudo das financas corporativas, Par exernplo, a Magazine Lulza e urna grande em-

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 2/20

4 - AOMINISTRA-':AC F"INANCEIR,A. ELSEVIER

presa brasileira constituida na f o rma de cotas de responsabilidade l imi tada que, par s eu p or te , requ~

uma boa governanca corpora t iva .

Como oportunidade de carreira, 0 admirustrador financeiro pode atuar c omo analista de credito e

cobranca, gerente de projeros, geIente financelro, controller, coordenador de planeJamento e centro e

financciro e analista de investimentos. Pede trabalhar em bancos, corretoras.distribuidoras, balsas de

valores, como consultor auronomo de investimentos, analista de risco, orientador de seguros, enfim,

em drversos cargos que envolvam, direta Oll mdiretamente, ge~tao de recursos financeiros.

A adrninistracao financeira procura responder ttes questees fundamentals: J1. Quais investimentos de longo praw voce deve fazer?

2. Onde voce censegulra os financiamentos para viabllizar esses investimentos?

3. Como voce obtera resultados que atendam a s ex igenc ias dos acionistas?

Os administradores finaaceiros contribuern para 0 sucesso dos neg6cios empresariais ao darem

respostas adequadas a essas questoes. Nas decisces de investimento, par exemplo, criam, recebem e

desenvolvem alrernativas de negocios de longo prazo. com retornos favoraveis aos acionistas, hU5 -

cando sem pre a m ax im iza cao da riqueza da empre s a ,

Essas alternativas podem se restringir a urn ramo especifico de negocios au abranger varios se-

tores da atividade economica. Os investimentos podem ocorrer ao longo da cadeia produtiva da

ernpresa.por cx:emplo, no caso das redes de supermercados, que investern em produzir suas rnarcas

pr6prias como forma de tornsr seus clientes fieis e de diminuir a dependencia de fomecedores.

As decisOes financeiras ocom:m aoJon do t u do s e r ef er em a s atividades normais da

em resa, re cionadas aos pagamentos e recebirnentos do dia a dia, sao ditas d ec is oo j in fJ nc ei ra s d e c urto

p'razo, conhecidas ta rnbem C O i i i O a s tta~ o do ca 1 e giro. As deciJiksj incmceir(} .s de Imgo prazo .{io

~e1as pertin~~ investimentos,e anciamen· Sereswta 0 5 , com prazos super lo res a

A s lnstituicees f inance i ras , par sua vez, desempenham papeT re[evante naecOriOm'_" 'm-p-o - rq-u-e - .- o - m - . 0

os recursos financeiros DaD estdo distribuldos de maneira uniforrne entre os agentes econemiccs,

hi necessidade da intermediacao financeira, captando os excedenres dos agenres superavitarios ealocando-os aos agentes deficitarios,

Este livro aborda financas corporativas de modo pratico e procura relacionar a teoria a realidade

brasileira, Alguns aspectos, como a evolu~ao do pensarnento em financas corporativas, par exemplo,

devem set mais aprofundados por melo da Ieirura dos textos oosicos do assunto, relacionados . 0

f ina l do capitulo. 0 conteudo do livroird conternplar, ao longo dos capltulos, os grandes bloeos da

modem a teoria financeira: eficiencia dos mercados, teoria da carteira, precificacao dos ativos finan-

c e ir o s, p re c i£ c ay a o de ops:6es e teoria da agenda.

1.2 DB~ETIVO E F"UN~DES DA AOMINISTRAt;:AO

F " I NAN eEl RA

A administracao financeira pode 'ser exercida nas mais divers as organizayoes: industria, cornercio

ou serv ices ; e rnpresas pub licae ou priv ad as ; vo ltad as au n ao p ar a lu cr os ; governo, escolas, hospitals,

clubes recreativos, ONGs e outras. ...

------'----

I

I\

II

I

1

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 3/20

!!II:' ....OE:CI.sAo'F'I''NA.NCEIRA. E ....E!MPREBA. -5.a ~ ___

o ad m m is tra do r f in an ce lro p.rocura responder ques to e s com o: qua is investimentos d eve rn se r

Feitos? O\1ais fontes de finandament0s devem set utilizadas? Como deve conceder credito? Qual

po lit ic a d e cob ran ca ad o ta r? Com o te r u rn p lane ja rn en tc trib u ta r io dietz? C J1 ta l d e ve se r a p olit ic a

de rernuneracjo dos aclonistas? Os proje tos e as atividades da ernpresaestac a g re g an c lo v a lo r aos

acicnlstas? 0 » a 1 0 custo dos produros e 5erv1~OS?Qyal 0 pre~ o a se r platicado?

Existem inumeres enfoques da administras:ii.o financelra, destacando-se os de retorno, risco.

llquidez, endividamento, eficaeia operacional, alavancagem, valor, fusees e aquisicees, mercado

f in an ce iro , rn ercad o d e capital, m ercado s fu rueo s e de opt;:.6es..A aclminis tra£9.o financeira pod e ser

exercida em eequellas, medias e gf'alld_e~mE!ejAs. Neste livro aprcsentaremos e discurirernos os

prindpios, os fimdamentose, as praticas que, a nosso ver, constituent a essencia da adrninistracao

financeira, e i nd ic a re rn o s b ib U o g ra fi a s di cio n a l paC'3a qu ele s q ue q uis ere m m a ie r a pro fu nd arn en tc .

Para 0 a lun o d e Adm in is tra9ao e d e eu tro scu rso s d e a reas a fin s , 0es tudo de a dm in is tT a9 ii o f in an -

ce i ra e im p orta nte , rn esrn o quando s eus objetivos profisslonais ni io esrejarn Ugado s direramenre a

a trv id ad e s fin an ee ira s , po is o s re cn rso s f in an ce iro s e s tiio p re sen te s em rod a s a s a tiv id ad e secon e -

micas, polnicas e sociais ..

. U rn dos fa lo re s de m aio r re lev anc ia pa ra 0 d esSllv olv im e nto d as e m pre sa s e a e.xistencia d e UgJ

fo rte m ercad o fin an ce lro e d e cap ita is , co rn boa s insti tui ' roes, .que assegurem a . e fic ie n ci a c ia i nr er rn e -

dla9~ de r~sos.Nesse sentldo, aprofundaremos 0 tema no;Capi os 8 e 9. -

N o a .m b ito em pre sa ria l, o s re cu rso s sa o ge ra do s in re rn am e nre , a dv in do s dos lu cro s, o u c ap ra do s

externamenre, par meio de f in an ciam en ro s d os baneos ou d e emissao d e a~i5es, e sao uriliaados n aB

ativ id ad es o pe ra cie na is e u em proje tos de investimento,

1.2.1 OSJETIVO DA ADMINISTRAt;:AO F"INANCEIRA

Para atingir esseobjetlvo, ela busca urns integra'tao perfeira de tees decisoes estrategicas: de inves-

tirnento, de financiamento e de resultados. Esquematieamente podemos representer:

Ma.x im i za~Aoda Riqueza - f (D I, D F e .D R)DI: decisao de investirnento

OF: decisio de financiamento

DR: dec i s ao d e r es ul ta d os

o obJer ivo normativo da administra"ao finance ira e "max imi7 . : a r a rigueza da empresa". Esse ob-

Jetivo cleve:!. , er tambem aod~j2 .m;I i s esp-e~co do aci?nist3, aremuner.ac;:ao deseu capital, sQp

a ~orrila d e distribui~~ dos~

-=--=~:""=':""":':":'::=:"::==-==~:::'::-::"~~~~=-""""'.··", ......rra£.@ f in a n ce iT 'a c omo seada 0de maximiz"U"

o v or atual das a~oes da empresa. Neese caso,evidencia-se a necessidade de se tornar decisoes que- ----- - - - -. . --_ ..t_:agam . uxos . de caixa futuros PQ si!!.v o~ ,

A discussao teorica entre m ax im izacac d e lucroe m~izac;iio de riqueza e muito rnais sabre a

precisao dos termose 0refinarnento de procedimentos.

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 4/20

6 - ADMINIBTRAryAO F'INANCEIRA ELSEVIER

A rnaxirnizacao do luero, tida por multo tempo como 0objetivo principal da empresa, e ebjetiv

imprecise, pais asoes tomadas para maximizar as lucros atuais podem diminuir as lucros futuro5

e vice-versa. Exemplos disso sao: retardar gastos com propaganda, deixar de fazer rnanurencso de

instalacoes e equipamentos.

A rnaxirnizacao da riqueza e mais precisa porque envolve os conceitos de valor presentt liquid ,

lncorporando conceitos de risco e de custo de capital, os quais serao tratados ao longo do livre, Nas

instituicoes nao voltadas ao lucre, existern outros objetivos que nao a rnaxirnizacao da riqueza, 1\0

en tanto, essas organizacoes nao prescindern da boa administracao finance ira, pois precisam garamir

boa saude economlco-fiaancelra para sobreviver e para se desenvolver.

1.2.2 FUNgOES FINANCEIRAS

o Qyadro 1.1 mostra as funr;i'ies financeiras agrupadas em duas areas: a gerencia financeira a

controladoria. Essas fun-;:6es surgem e se c:xpandem ou desaparecem dependendo do interesse e cas

necessidades de cada empresa, variando segundo sua natureza, porte e estagio de desenvolvirnenro.

Quadro 1.1 Funfoes da administrafiio financeira

GERENC1A FINANCEIR.A.

Adrninistracao de caixa

Admirllsua~ao de credito e cobranca

Administra~ii.o do risco

Administras:ao de dimbio

Decisao de financiame.nto

Deei io de investimento

Planejamentoe controle financeiro

Relacoes com adonistas e inves t idores

R ela co es c om b an co s

CONTROLADORIA

Adrninistrscao de custos e preens

Auditoria irucrna

Avnliaci lo de d e s empenho

Can tabi l idade

Orcamento

Patrim6nio

PLan e jam e n to t ri b ut ar io

Relatorios gerenciais

Sistemas de infonnar,:ilo financeira

I

I

t{

t

i

As fun<;oes financeiras de curto P1'3Z0envol'::...m a~0..eerayoes_ do dia a dia, como administracjic

do ca in , do ere ito e,.S2!!!as a r eceber e a pagar , d2,s . . .! : .sto~s e d Q!i_fin3!!ciamentos de eurtop rszo,

A cm_pre~ precisa dispor de recursos suficie~~eara saldar os com r missos com fornecedores,

sa l ar ios_Ltributes e dernai s contas. Para tanto Ios recebimentos d vendas eJou re t ao e seo

aos clientes precisam oco!_rer antes ou simultaneamente ao vencirnento de ompro~s._

.uan 0 a falta de sincronia entre P::7.0S de_Eecebimentos e.de pagamentos ..e necessdrio b,

recursos no mercado anceiro, por ~io de emprestimos. A administr~oJinanc.eiu d ~"""'=';r":":a--

zo tambcm ~cham~d! de administracao do capital de giro. Essa falta de sintonia entre recebirnentos~mentos origina-se ~s politica;-de eoncessao de ~edito a clientes e na obten\iio de puzos

junto a fornecedores; diferentes prazos legais pru:a pagarnentos de salarios e tributos; diferentes

politic as de estocagem e diferentes ciclos de producao dos produtos vendidos e services presta cos.

Hoi . urn princlpio adrninistrativo par tras dessa dlvisao de funs:6es: quem faz DaO controia e quem

comrola nao.fat....E urna pd.tica que visa a protecao dos acionistas. Observa-se, no enranto, que {lpe-

nu;:oes que nao envolvam Buxos de caixa sao realizadas pela contrcladoria, como adminletracao de

custos e prec;os, por exemplo .

-

---_.----~---" -

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 5/20

A gECIBAC F"INAI'ICEIRA E: A EMPRE.SA. - 7

As funcoes financeiras de longo prazo envolvem decisoes de orcarnento de capital, de estrutura

de capital e de gestao de resultados,

1.2,3 0 PAPEL DO GERENTE F1NANCEIRO, DO CONTROLLER EDO

o',RETOR FINANCEIRO

~fun96es .financeiras sa.oexecutadas jar diversas pessoas, e a forma co_:no estas estao orga~iza-

das depen e 0 porte da empresa e das atividades por ela desenv_glvidas,

Nas micro e pequena s empresas, os proprietaries a cumu l am as funcoes financeiras com as de~s

iunyOes_gerenciais (producao, cornerciallzacao, Iogistica, pessoas1 tecnologia da inforrnacao}. A Con-

tabilidade normalmente e ter~eidzada.- - - -Nas medias empres-as, os S6clOS a cumu l am aJgumas fun~5~, sendo cornurn a figura de gerente

adrnlnistratlvo-financeiro, acumulando funcoes financeiras, gestao de pessoas e de informaica, par-

exemplo,

1'1a} fandes empresas as fun oes financeiras sao s~aradas d~~ dem~s: _fu!l~es ~ndals, exis

tind_o um dir_etor para cada uma das areas, Nas so£!~s an5nim~ de ca it~aberto, 0 diretoJ

financelro assume novas atribui!(oes, sendo res cn s ave l pelo relacionarnenro com acionistas e . i n v e s ---- - - -

tidores, Outra caracterfstica dessas empresas e a scparacao entre proprietarios (acionistas) e admi-

nis tradores.

Portanto, 0 papel do administrador financeiro ganha dimensao a medida que a empresa cresce e

vai se tornando mais complexa , A f i .m~a~ontrE!ler no B~il or exem 1 0 a te al r ' l . S anos atras,_

era ex~rcida Relos contadores. Apenas as multinacionais au grandes companhias tinham esse cargo,

, ,2.4 DEC1S0ES F1NANCE1RAS

A admimstracac financdra envolve basicamente a gestao de recurs os financeiros. C~m~bter

esses recursos e ande aplica-los e a atividade principal do adrnlnistrador financeiro. A obtenc;:ao de

recursos diz re~pei~as decisoes de financiamento, e sua utiliza~ii.o,a s decisoes de investirnento -_

c0'EJesultados ositivos.

Co~obt~r ~~curs_q§ e onde a lid-los e a atividade rindpal do administrador financeiro,

o direror financeiro e responsdvel direto pela cria9ao de valor, pd-;-;aude econornico-financeira ;

pela credlbllidade no mercado f inancel ro e de capitnis,

DECIS.AO DE INVE6TIMENTO

Entende-se par investirnenro toda a aplica~ao de capital em algum ativo, tangivel 01.1 nao, para

ob~e~ dete.rmina 0 retorno turo, m investimerlto pode ser a cria~ao e uma nova empress auimplama~ao d e umpro] em em uma ja existente, por exemplo. - - - - - -

o proc:esso de gera'rao de propostas, derermlnacao das alternativas viaveis, romada de decisn ,

irnplantacao e avalia ...ao de desernpenho e charnado de orc;amenro de capital.

No~~ to r _ i ndus t r i a J O_pJoieto de i.nvestimento mais cldssico e a a~uisi9iio de novas linhas de pro-

c f u . l ; a u . Mas rarnbem silo importanres as projetos de reposi9ao de equiparnenros, reforma de llnhas

de producao antigas, projetos para autornacao industrial, projetos de substituicjio de mao de obra,

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 6/20

ELSEvrER

projetos para adocao de novas tecnologia.s e projetos linha verde, objetivando reduzir os impactos

ambientais nocivos dos processos produtivos.

Os projetos de investirnentos podem ser realizados conjuntamente com outras empresas, ou. ain-

~al~,;quipamefltos podem ser arrendados ou alugados, Nessa decisao estao contempladas r a robe rn

~ s fusoes e aqu is i c; : oe s .

NO_illor a r9industr_tll QS mo' etos envolvem l!Plica~oes de recursos na aquisb;:aode maquinario

agricol~a construcao d silo e ar@auns flp_melhoramento eneti~ e do solo, no aumento d a

produtividade, na formasao d e cooperativas, no processamento de produtos in natura agreg n 0

valor, na informatizac;ao do controle di\groduc;:ao e flOS canais_ie comercii i l izaC;:io .

No se to r de servic;:os. as projetos de investimcnto refcrem~sc dcsdc rcformaas ins ta lac ;:6e~ ate

cam anhas ublicitarias Os gastos com autornacao comercial e sistemas de informacoes gerencia is

tamhem sao projetos de investimento, na medida em que podem aumentar au dirninuir 0 valor da

ernpresa, no longo praz.o.

o Qjiadro 1.2 llustra as principals questaes que devem ser respondldas antes de se t oma r rna

decisao de investimento, utilizand -se da ~tura do ativo. Sabemos que essa estrutura se altera

em fun~ao do ramo de neg6cios e de suas caracteristicas especificas. No entanto, podemos dizee que

as questoes a serem respondidas sao semelhantes.

UITJa empresa de capital intensive requer grandes investimentos em ativos imobilizados, Exem-

plos desse tipo de empresa .sao: Ambev, Embraer, Vale, Petrobras, Gerdau, Renault, Telefonica e

Capel. Para empresas do ramo varejista, que nao exigern grandes lmobilizacees, e sim grandes in-

vestimentos em estoques, serae dadas outras respostas. Exemplos desse tipo de emptesas sao: Casas

Pernambucanas, Casas Bahia, P a a de A c ; : u c a r , Supermercados Condor e Lojas Riachuelo,

<l.!aad.ro 1.2 Decisao de investimento

ATIVO Qyestoes a serem respondidas:

ATIVO CIRCULANTE ( · Ondc estao aplicados os recursos financelros?

Calxa e bancos · Quanta esta aplicado em ativos circulanres?

Contas a rcceber · ~anto em ativos permanentesr Em quais?

Estoques · Qual a melhor composicao dos arivos?

Outros · Qyal 0isco do investimento?

ATIVO NAo CIRCULANTE · Qlal a retorno do investimento?Realizave] a longo prazo · Qyais as novas alternativas de invcstimentos?

Investimentos · Em quais novas ativos investir?

Imobilizado · Como maximizar a rentabilidade dos investlmemos

Intanglvcl existentes]

TOTAL · oque deve SCI descarrado, reduzldo ou eliminado, por, nio acrescenrar valor?

"

Organ i zacoes nao voltadas a~ luero, tais como associacoes, fundacees , organizacoes nao gover-

namentais e sindicatos, norrnalmente demandam rnais recurso de curto prazo, arivos circularrtes,

especialmente caixa.

Da mesma forma, existern e.mpresas que t e rn maier necessidade de recursos de curro prazo, como

pequenos varejos, pot' exemplo, postos de combustfveia, panificadoras, butiques, Iocadoras de video;.. . . . .

~.

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 7/20

~-~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

A CECIa-AD F"INANCE.lRA E A EMPREBA - 9

~e outras com 'nccessidades de recursos de longo prazo, Tratarernos rnais profundamente cia quesrao

de curto prazo na Parte V deste livro.

DECISAo OE FINANCIAMENTO

Tam bern c ha rn ada de decis[o_§Qbrc. . . ._cstol1U.r .3de capital ~~ta decisao envo l e a cQl!si~ ra ao d~

co~p·:::>si£.ao das fontes de financiamento, em termos de capltaLprhprio e.de rerceiros, cujos concelros

serao visros na sequencia.

Quando uma empresa tern 3 ca acidade de obter recursos com raxas e prazos compativeis, eLa

conseg~iabiliza; bons projetos de investimento, consequenrernente trazendo maior valor J?ara,

seus acionistas.

A cornposicao de recurs os e chamada de estrutura financeira e pode ser verificada do lado direito

do balanyo,o PA SSIV O. 0 Quadro 1 .3 apresenta 0 PASSIVO e urna ser ie de questoes que devern

ser respondidas antes de se tomar uma decisao de financiarnenro. Da mesma forma que tratarnos 3.

decisao E e investimento, com base n_oATIVO,podemos tecer alg!!.n;cQmentarios sobr;-o passlvo ~

as formas de financiamentc das empresas.

Qy.adro 1.3 Decisiio de financiamento

PASSIVO Qucst6esa erem rcspondidas

PASS IVO C IRCULANTE · Qual a estrutura de capital?Fornecedores · De cnde vern os recursos?

Ernprestimos e financiamenros · ~al a partkipali-ao de capital pr6prio?

Debentures · Qual a partioipa~ao de capital de terceiros?

Outros · O l J a l 0 perfil do endividarnento?

PASSIVO NAo CIRCULANTE · G . ! J a l 0 cusro de capital? Como reduzi-lo?

Exigfvel a longo pra'ro · Qyais as fontes de:f inanciamento utilizadas 'c seus res-

Finaneiarnenros pec t ivos custos?

PATRIM6NIO LiQUIDO · O i J a i s deveriam ser substiruidas OU elirninadas?

Capital Social · Qyal 0 risco financeiro?

Reserves de capital · Qyal 0 sincronismo entre os venc.imemos das dlvidas e

:\justes de avalia~ii.o a gera~iio de meios de pagamc:ntos?

Reservas de Lueras

A c r o e > em tesouraria

Prejui=s acurnulados

TOTAL

Uma serie de fatores - ramo de negocio, porte, eondicao econornica do pais, alern de ourros - de-

terrninarao as respostas mais adequadas para cada uma das questoes formuladas.

Ernpresas multinacionais, ou grandes empresas nacionais com livre acesso aos mercados .6 -

nanceiros intemacionais, por exernplo, podem preferir eaprar recursos no exterior, onde 0 cusro de

capital e menor, no eo tanto, estarao incorrendo risco cambial.

as derisoes de finan~iamento envolvem;u:.sc.olha-.dae t de capital,fie

determina£io do cus-l2....de ca it lea ca t3.!j\iode recursos, Rernetern, portanto, a definicao das fonres de financiamenros

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 8/20

1. 0 - AOMINII!ITA ....yAO F"IN...NCEIA .... ELSEV1ER

a serern utilizadas nas atividades da empresa enos projetos de investirnento. Os recursos financeiros

advern de duas Fontes: capital r6 rio e ca ital ~~~rceiros.

o ca it.J pr6priQ e farmada pol ecurso dcs.acicnistas da empresa. Pessoas flsicas e juridicas

superavitarias _3£licam se!!!..!.ecursos excedentes nas empr~as. Essas aplica~6eoS SaO feitas no lopgo

Qra20 or meia.de cOJIlpra de as:oes no mercado de_gpitais. A motivac;:ao Ear...!... aplicacao dos re-

cu rso s essoais e em r .. ro' etos de investimento e a perspectiva de obtencso de Luera .L

Esse lucro e representado pela distribuicjlo de dividendos e"Va lo r i za r ; ao do pret;:o a aca no

mercado e disrribuicao de bon i f i cacoes . as rin_ci al S investidore:s, ho'e, sao os fundos de ensa~ e

0 _ 5 fun?os de investimento_§. No Brasil, os investidores estrangeiros representavam, em dezembro de

20 09, 37% des valores negociados na BM&FBOVESPA.

o capital de terceiros eotta na empresa por meio de financiamentos obtidos junto a instituir,:Oe1._

financeira .1Esses financiamentos d emand am 0p1-g!ffiento d e valores, re re sen t l IDd_Qa_!!!lortiza ii

do rinci al e os ·UfOS. as 'UfOS constituem a remunera~ao dos recursos tornados emprestados -;As--- - - - -

iv idas da empresa com fornecedo~ ~upli&at_au._p..a-i-~oJ1l~nirios salaries a a a r , com

- o ovemo (tributos a a tambem constitueJ!l rewr s de teIceUoS a dis osiljj.o da erow-esa sses

vaiores sao conhecLdJ : lS- . . como-c r .ea i t o s - e5pen t , ane t l$ e--rriio-rio-cansidendo - eam~1 t - eS t ru f l : t i " - tde ca ital.

E rnuito dificil determinar com cpnsistencia 0 nivel de endividamento ade uado ara a em---------- --===~=!:....!:~presa._ Os ban a G>~_or exemp 0 tra~am_ 9ml.uma rela~ao de 9 ara 1 au se"a, ar

cada RSl ,OO de recursos p'Igprios PatPilloruo Li~ 'dQ) tern R$9 00 d e ca ital de terceiros (Passive

ci rc : .ul!D..! .~ Passiv - _ . . c i r . c u b . n t 4 0_ tie e erfeit~~~ aceitaveL3 Empresas n~o f i nance i ra s nao

podem assumi r esse n fve l de endividamento. .

A discussao de estrutura de capi ta l no Brasil e ex t remamen te interessante, porquamo a dispo-

nibilidade de fontes de financiamento de longo praz<> e bastante reduzida, Sob a forma de capital

de terceiros, a principal fonte de recurso eo BNDES - Banco National de Desenvolvimento Eco-

nornico e Social. 0 mercado financciro brasileiro 9F.er~ com taxas de juros elevadas, se comparadas

com a de outros paises em seu estag!o de desenvolvi~!lto, e se concentra em emprtsdmos de curtoprazoJara Ion 0 razo, - ra t i "camen te todo~ bancos de inves~~nt~ _brasileiros atuarn como

repassadores de r e ~ o s do BNDES . .; -

Sob a forma de capital proprio, no Brasil as empresas deparam-se ainda com a baixa rend a per

capi ta dos brasileiros e a falta de tradi~ao de investimentos de risco (as:6es), beneficiando-se pouco

do rnercado de capital. Por exernplo, a BM&F BOVESPA, maior bolsa de valores do Brasil, negocia

pape i s de apenas cerca d e 75 0 e m pre sa s, cnquanto a NYSE {New York Stock Exchange} americana

tern mais de 3.500 empresas. 0 BNDES, por meio de sua subsidiaria BNDESPAR, e urna fonte de

capiralizacao das empresas, em casos especiais, quando adquire particlpacao acionaria.

Diz-se ue, uando em resas brasileiras conse uem financiameotos do BNDES a custos meno-

em_mai ! l acUmen . . .~e viabilizar ara

seus acionistas.

10 iucro continua sendo adorado na pritica empresarial,

~Sao tides comoempreltimol os capitals de,re;ceiros, de eur to praw, uri lizados sem que 0 credor acr". conrrole sobre seu

u s o , SA . oc o n s id e r a d o s 6n~ciament(). os cap i t a i ll ' d e terceiros, d e rn ed io e longo prams, uti l l ' tados pelas ernpresas comobjetivos

especificcs definidos quando da contrat~o.

J a acordo da BasUda , ria Sui). ;, Ieito entre 05 Bancos Centrals dos principals paiscs do mundo, estabelece padrOes de aJavan-A

cage:n aceitiveis para os bancos. .

~

I1

!I

li

t

t

I

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 9/20

1

~ - A DEC.BAC F'INANCEIRA It A i:MPRI;:I!IA - 1 1

~~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ~ ~ - - ~ - - ~ - - - - - - - - - - - - ~ - - - - - - ~ - - - - - - - -

Por aruar como uma agenda de fomento ao desenvolvimento industrial nacional, em alguns ca-

505,0 BNDES financia empresas exportadoras estrategkas, como a Embraer, alavancando seu cres-

cimento.Tambern atua fomentando a cria~ao de grandes empresas na area de alimentos, mineras:ao.

papel e celulose, releeomunicacoes, siderurgia, energia, petroleo, dentre outras.

OECI9AO SOBRE RESULTADOS

Para arln' 0 ob'etivo de maximiza ao da ri '=!t:'Y_dosacionistas, 0 administrador preocupa-se

tarnbern com a adrninistra ao do capital de giro e cOIJ I as resulta~s, ue sao expressos nas demons-

t;-a~oes ~nceira~or exem 10, a D~stra~~~ de Re:ul~dos do Exercicio. .....I _

.0 <2!tadro 1.4 apresenta a s principais questees a serem respondidas, com ase ness-:t-'-e-m-o-n-s~tra-

9 3 0 0 . ' j.)J-I--V.~, f'

).jj ;ILVQuadro 1.4 Resultados _,

Demonstra~o de resultados Quest6es aserem respondidas

Receita Operacional

(- ) D cd u~ Oe s d a Receita

Impcstos Incidenres

Dcvolu~6es

(= ) Receita Operaciona] Uquida

(-) Custos Operacionais( o o ) Resuleado Operacional Bruro

(-) Despesas Operacionals

Cornerciais

Administradvas

Financeiras'

Outras Despesas

( ,, ) R e s ul ea d o O p e ra c io n a l

('I') Resultado nao Operational

(-) Lucro antes do IR

(-) Irnposro de Renda

(-) Lucre Liqwdo do Exerdcio

Os objetivos de vendas estiio sendo alcancadcs?

O s p re co s p ra tic ad oa c sta o a de qu ad os ?

~ai5 as resu l tados obtidos? Como mante-los O'J_

meUlorli-los?

G . ! I a l 0 crescirnento das ~ndas? E des custos] E das

despesas?

Q ya l a p artic ipa ca o pe rc en rua l d o custos e d as d es pe -

sas em rela~ao a recelras]

Qual a m 2rgc m liqu id a d e v en da ?

Quais os custos e as despesas q ue po de m SCI reduzi-

dos?

• As. receiras obtidas cstao comparfveis com os invesri-

mentas?

Os lucros tern atingido as metal! e s r ab e l e c id a s? Como

silo quando cornparados com os das rnelhores emp;c-

sas do ramo?

Da me sma forma que nas decisoes de investimento e de financiamento, as respostas a essas

questoes dependem de urna aerie de farores, praticamente as mesmos ja citados: ramo, porte, est"'gio

de desenvolvimento, situa~ao econornica do pals, dentre outros.

~abe ao adminlsrradorfinanceire lanejar, acompanhar c controlar as ativ~~es e os roj tos,

de forma a assegurar que os objetivos de resultados esrabelecidos sejam cumpridos. Essas ativicades

. dependem da interacao com a contabilidade da empresa .

• No modele americano, as despesas financeiras sao rratadas como olio operacionais, 0que nos p~rece mais adequado, Tratare-

m05 d.i :asono Capim lo 3.

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 10/20

12 _ AOMI ....18TRA.9AC FINA.NCEIRA ELSEV1·R

o Ir-iPORTANTE CONCEITO DE VALOR

Um conceiro multo importante no mundo das financas e 0 de Valor.-_- --Para uma pessoa mtope, suas lernes de contacto tern valor enorme. Por.elas paga qualqucr pre~o c faz.

/rnuitos sacrificio para adquiri-las e manre-las. Porem, se cnconrradas por ourra pessoa, essas lentes nao repIc-

t sentarlam valor algum; pois rnesmo que mtope fossc, dificilmente ali l entes estariam no gnu adequado e quase

Imposstvel seria vends- la s .

~§rl]];lI;ao anterior m r_aa_!!.x1stencia depelo menos dOi!£9IJccitOs-lie valQ!: ~_YalQr de t ! . S

e 0 valor arnbuldo a ca aacidade de ,?en§_e services satisfazerem as uecessidadcs daqueles ue ospossucrn; It b) Valor de troca e a quant ia de r eCUISOS que, de cornum acordo entre as partes , penni '"

a troca da posse de urn bern ouservi~q. -

I

1~

,

Iii .

I

ii

III

fI

Ii

I ·t

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 11/20

~ -----'---

2.... A OECIBALl F'INANC£lRA E A EMPRESA - '3

~~- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

. .As f i n ancs s preocupam-se com 0 valor de troca. Oltando se afuma que a funcao primordial da

adrninistracao financeira e a cr i ayRo de valor para 0 ac i on i ta, seesta dizendo que todas as atividades

deverao, direta ou indiretamente, aurnenrar a riqueza do acionista, ou seja, aumentar 0valor de troca

da empresa. Podemos aumentar esse valor de duas formas:

a) Internamente. Ao vender bens e services por precos acima de seus custos, a emp-resa gera

uma diferenca, a qual e chamada de lucre operational. Qjianto maier esse lucre, maier e a

eficiencia da empresa em suas atividades fins.

b) Externamente. A empresa tern uma imagem junto ao mercado, e provaveis acionistas apos-

tam no aumento de seu valor e pagam mais por suas ~6es no mercado.

Ex is te m v ar ia s fo rmas d e sF expressar 0 valor d a em pre sa , se nd o os rna i s adotados:

a) Valor patrimonial contabil, E 0 valor dos recursos registrados na contabUidade e dele e

subtraJdo 0valor das dfvidas, ou seja, 0valor expressocomo Patrimcnlo Llquido.

b) Valor patrimonial real. E0valor dos ativos e passives - predios, rnaqulnas e equiparnentos,

velculos, estoques, contas a receber, dentre outros; e contas a pagar, emprestimos, outras

obrigacoes - computados ao valor de reposicao correspondente ao estado em que se encon-

tram eu ao seu valor atualizado.

c) Valor presente Iiquldo, E 0 valor obrido em fi.m~lio Buxo de caixa livre descontado. Para

isso e utilizada uma taxa de desconto, chamada custo de capital. 0 ci1culo do valor presente

liquido s e r a esrudado no Capitulo 6.

d) Valor de mercado. E0somat6rio do valor das a<;:6es da empresa ao pre90 em que estao

sendo cornercializadas no mercado, nas balsas de valores. Em empresas que nao operam em

balsas de valores, ou que nao slio constituidas em sociedade por a< ; :oes ,0 valor da empresa e

definido pelo valor qu e 0 rnercado esti disposro a p ag ar .

e) Valor de liquidacao. E 0valor obrido pela empresa numa situa9ao de encerrarnento do ne-

g6do. Normalmente esse valor costuma ser muito baixo.

Modernamente, discure-se qual e ° valor que importa: ° valor patrimonial, em fun<;i'ioda capaci-

d ad e in sta la da d a e rn pre sa , da te cn o lo gia e m p re ga d a no p r oce s so produtivo e da diferenca entre a t iv-

e passive; ou 0valor de rnercado, em f u n~ao da co t acao das a\oes da empresa nas bolsas de valores,

as quais d ec orre rn d as expectativas des invcstidores em reial): l i ,Oao seu desempenho e valorizacao. As

forrnas de avalia-9:io da empresa serao esrudadas no Capitulo 19.

GRUPOS DE 'RELACIONAM£NTOB

Os grupos de relaclonarnenro induem empregados, clientes, fornecedores, credores e outros

que possuem urn vinculo economico direro com a empresa ..Urna empresa atenra aos seus grupos

de relacionarnento evitara eonscienternente rnedidas que passam ser prejudiciais a des, ou seja,

afetando sua riqueza. Zelar pelos interesses dos grupos de relacionamento faz parte da responsa-

bilidade social da empresa, e espera-se que proporcione beneficios maximos, de longo prazo, acs

proprierarios.

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 12/20

14 - ADMINIIBTRA9AO F.NANclt.RA ELSEViER

F"lNAN~AS EOUTRAS CltNCtA'S

A administracao financeira e interdisciplinar, assim como todas as areas da administrarrao. Vamos\ .

apre sen ta r a segu ir a lgum as d as re l~ .r ;o e5mais relevantes,

A Economia, ciencia da escassez, ordena as agentes econemicos e estuda 0 seu romportamento.

A Economia relaciona-se com as f inances empresariais sob duas formas: a Mkroeconomia e a Ms-

crceconomia. A Microeconcrnia ernpresta a Teoria Financeira parte de seus conceltos, porque estuda

a teoria da firma. Os estudos e as reerias microeconornicos procuram compreender 0cornportamen-

to d a empresa, a s re la ljo es d e pres,o:com o fe rra e d em anda d e b en s e se rv ice s , 0 compertamento do

consumidor e do investidor, Esses filtores lnfluenciam 05 pre~os praticados no mercado, a disponibi-

lid a de de rc cu rso s e a s o po rrun id ad es d e in vestirn en ro , preocupacoes d a s F in a nc as ,

A Teoria da Preferencia pela Liquidea afirrna que 0 investidor prefere sempre dispor de seus

recursos no presenre, e que, para deixar de consurnir hoje e aplicar os recursos em bens que nio de

consumo, exige rernuneracao, A taxa de juros e 0valor de revenda dos' bens anteriormente adquiridos

represenram essa rernuneracao, que deve possibilitar que 0 consume de amanha seja maior do que 0

consume hoje,

A Macroeconomia estuda 0 sistema economico: seus agenres, inrer-relacces, Buxos de bens e

services, £luxo de recursos e taxas 4 e j ur os , A empresa esta inserida nesse ambiente e interage com

ele na busca pOt recursos para financiamento, na identifieacao de oportunidades de investimento, na

submissao a s leis e a s normas e no acompanhamento do ritmo da atividade economica.

A econornia internacional e cada vez mais importante para as Finances, em fun~io do cres-

cenre processo de Inrernacionalizacae dos processos produtivos e da mtensificacso des fluxos

de capitais.,. . .

- - - - - ---~- -~- -

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 13/20

_ ~ _ 4 . _ _ _ ,

~-~la ~ _A OE(;ISAD F"INANCEIRA E A EMPRESA - 15

~

Mais recentemente, a area chamada de econornia de empresas tern reunido os principals elemen-

tOS da ciencia econornica re levances ao estudo dos negoc ios . Essa e urna tentative de compreender

como as ferramentas da economia podem explicar as rnudancas na estrurura da firma, cia industria

e dos mercados,

MICROF'INAN9AS

Os registros das operayoes financeiras sao responsabilidade cia C on ta b ilid a d e e obedecem ao de-

nominado regime de competincia, no qual as informa~oes sito registradas e reconhecidas independen-

ternente de recebimento au pagamento. Todas as entradas de recursos, na forma de bens e equipa-

memos,ou na forma de dinheiro e titulos, sao quantificadas e regisrradas.

Do mesmo modo, todas as saldas r ambem sao registradas. Os aportes de capital dos s6cios, os

ernprestirnos contratados, as valorizacoes parrimoniais e as vendas eferuadas e ainda nao recebida

sao conrabilizadas, assim como a depreclaeao, os pagamentos de jutes e arncrtizacao de ernpresti-

mas e as pagamentos devidos e ainda nao efetuados. Esses registros sao formalizados em relatorios

chamados balance geral au dernenstracoes financeiras,

As demonstracoes financeiras sao exigencia fiscal e ocieraria, Constiruem importante fonte de

inforrnacjio do desempenho cia empresa para as acionistas atuais e futuros, fornecedores, clientes e

instituicoes financeiras. Os registros sao feitos em livros espeofficos (au arquivos eletronicos) con-

forme principios ccnrabeis geralmente aceiros, estabelecidos em normas legais, as quais variam entre

os paises. 0 lASC - International Accounting Standards Corrutee sugere norrnas padroes para 0

registro das operacoes, nos diversos relatorios contabeis.

Nos Estados Unidos, as normass a o

estabelecidas pelo FASB - Financial Accounting Standard

Board. Como rnuitas das empresas internacionais tern sua sede nos Estados Unidos au negociam

papeis em bolsas de valores americanas, os padroes estabclecldos pelas normas FASB acabarn sendo

seguidos par grande parte das empresas ao redor do mundo. Na Gra-Bretanha. a ASB (Accounting

Standards Board) e. na lrlanda, 0 Institute of Chartered Accountants fazern a reguia9i1o contabil,

.No Brasil os registros conrabeis sao feitos de acordo com as norm as estabelecidas pelo IBRA-

CON - Instituto Brasileiro de Contabilldade. Para se manter arualizado sobre 0 procedimenros

contabeis no Brasil, a rnaneira rnais pratiea e acompanhar sisternaricamente as publicacoes c ia area,

esrilo lOB - Inforrnacoes Objerivas, guia que acompanha toda a legisla~ao referente as exigenei:u

legais das operacoes das empresas.

A Matematica e a Esradstica tern importame relayao com as Financas, pois estabelecern as me-

didas quanritativas, explicatrvas e preditivas do objeto das financas: a cria~ao de valor. A Estatistica c

a Marematica sao responsavels por grande parte da modelagem quantitativa das teorias financeiras e

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 14/20

16 - AOMINI!STRAr;Atl F'INANCEIRA ELSEVIBR

pelos testes das hipoteses levantadas. Os conceitos de media, desvio-padrao, variancia e covariancia

sao utilizados para estudar 0 comporramentc dos ativos, em especial os ativos financeiros,

A Estatistica, associ ada a cornputaeao, consegue deserrvolver modelos de analise preditivos e. ex-

plicativos dos fenomenos financeiros. Para tanto utilizam tecnieas multivariadas de analise de dados,

tais como analise fatorial, analise de conglomerados e tecnicas de regressao.

o conceito de risco de investimento e entendido como a variabilidade dos retornos possfvels

desse investlrnento. Essa variabilldade e medida pdo desvio-padrao e pela variancia dos retornes

esperados. A relacao existente entre os ativos de urn investimento au entre as papeis que cornpoem

uma carteira de investimentos e rnedida pela correlacso e pela covariancia de sew retornos,

A Clencia da Ccmputacao vern em auxllio a s financas por meio de sofrwares especificos para s

controles operacionais; de bancos de dados para coleta e sisrematlzacao de informa<;oes e de sistemas

eletronicos de informacao gerenclal, conhecidos pot ERP.' E dificilconceber 0contrale e a tomada

de decisao em financas sem auxilio do computador,

A ernpresa opera em ambiente de leis e normas, dai sua interface com 0Direito. 0 conhecimento

das normas nio apenas permite 0 perfeito desenrolar das atividades da orga~iza9ao. como tambemoportuniza novos neg6cios. 0 Dir~ito normatiza as re las:oes sociais, nas quais as relacoes empf -

sarlais esrao inclufdas. 0 conhecimento das leis das Sociedades Civis permite ao gestor financeiro

adequar os £luxos financeiros as ex.igencias legals, evitando multas e suspensees. A carga tributaria co

Brasil e alta, e uma boa gestio tributaria possibilita grandes economias para as empresas, dentro da

legalidade. NQ Capitulo 16, trataremos mais detalhadamente sobre os tributes no Brasil.

Ainda na esfera do Direito, as leis trabalhistas regulamentam a contraracao de funcionarios, as

responsabilidades da emp.esa para corn des e os encargos a serem pagos, Esses elementos tem peso

significatrvo na pacta de custos e nss decisoes de investimentos em novas teenologias redutoras de

mao de obra, As leis de zoneamento e protecao ambiental s.aorelevantes nas decisoes de localizac;ao

industrial e ado~ao de tecnologias verdes.

a Direito Internacional tambem e area de interesse do adrninistrador financeiro, dado a crescen-

te internacicnalizacao des processos produtivos, das captas:oes e aplicacoes de recursos no exterior e

a contraracao de profissionais de outras nacianalidades.

iiI

I

· 1

II1

F"INAN~AS E AS OEMAts Ai IVIOADES OA EMPRESA

to planejamento financeiroe rna das interfaces das Finaacas com as divers as areas da Adfn ln i5 -

t .~

tr~~~ .

Com a Administrac;ao de Pessoas, se faz a previsao das necessidades de pessoal tecnico, operacio-

nal e gerencial para atuar nos projetos em estudo.

l• ERP Enterprise Resoun:e Pllll ln. ing (PIin!ejamento de Recursos Empresarials]

- - -,...---- -

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 15/20

s- A O£CISAC nNANCEIRA E A EMPRESA - 17

~~- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

A area de.Operacoes atua com as Financas quando do orcamento das suas atividades e no esra-

belecimenro de politieas de e roque, analise dos custos de producao e calculo do ponto de equilibrio,

o Marketing e as Finances juntos esrabeiecern pollticas de prec;:os, pra7.os de pagame.nto, politi-

cas de descontos, margens de lucre, politicas de credito e procuram criar e manter boa imagem da

empresa.

A area de Pesquisa e Desenvolvimento di scu re com a area financeira 0 nivel de gastos com desen-

volvimento de novas tecnologias e as possiveis formas de financiamento para as arividades de P&D.

ADMINISTRAI):AO FINANCEIRA COM ETICA

A discussao sobre 0 conceiro de Etica nao e recente, sua origem remonta a Filosofia de Socrates

e Arist6teles, na Grecia antiga.

Socrates questionava os costumes estabelecidos (valores morals transmitidos de gerac;:ao para ge-

ra< ;ao) e tambern 0 que significavam esses valores (se des correspondiam de fato ao que se referiam).

Arisroteles definiu a Etica como saber pnitico, porque a essencia do seu conhecimento s6 existe

co-no consequencia da ac;iio.Nesse senti do, a etica esta ligada a prdxis, e nao existe separacao entre 0

agenre, a alj:ao e a finalidade do agir.

o objetivo primordial da Etica e buscar aquilo que e considerado "correto", dentro da pluralida-

de de morais e das rnudancas marais que ocorrerarn ao Longo da historia. Entao, a Etica po de ser

definida em nossos dias como "a ciencia do comportamento moral dos homens em determinada

sociedade" (Vazquez, 2005).

A preocupacao com 0 exercicio eticc da admlnistracao financeira permeia toda esta obra, Robert

A. Cooke sugere que as seguintes questfies sejam usadas para avaliar a viabilidade etica de urna de-

rerminada a93.0:?

1. 0 ato de e arbitrario ou caprichoso? Discrimina urrt indivfduo ou um gmpo?

2. 0 ate de viola a moral ou os direiros legais de qualquer individuo ou grupo?

3. 0 ato de esta em confcmudade com os padrces marais aceiros?

4. Hi curses alternatives de ac;ao que possam causar menos dano real ou potencial?

o posicionamenro socialrnente responsive1 e considerado diferencial competitive capa'Z de trazer

bons resultados ;\s organizacoes. A reputacao das rnarcas e das organizacoes esta, scm diividas, mail>

vulnerdvel dianre dos debates envolvendo questoes como ecologia, preservacao do meio ambiencesaude, bern-estar, diversidade, direitos hurnanos e comunidades. Os aclrninistradores de empresas,

de todos as portes.ja perceberam que e preciso rornar decisoes de modo a equilibrar as interesses da

empresa com os interesses dos publicos com quem se rdac.ionam, uma vez que acontinuidade das

atividades depende de sua aceitacao pela sociedade em que esta inserida.

o adrniniscradcr financeiro tern responsabilidade sobre 0 nivel de endividarnenro, nao apena~

para honrar os compromissos financeiros junto a credo res , mas principalmente para garantir a sol-

vencia e a continuidade das ·atividade.s da empn:sa. Dessa forma, os empregos estarao as egurados:

os fornecedores rerao certeza quanto a demanda futura; as clientes poderao planejar suas campms,

especia l rnenre no caso de produtos que exigem assistencia tecnica e pe~as de reposicao,

Qyanto maior 0 porte da empresa, maior a responsabilidade ~rica do adrnirustrador financeiro,

porquanto maior a grupo de relacionamento da empresa, As decisoes financeiras de grandes ccrpo-

1Rebert A. Cooke e Diretor de Human Synergistics International e Professor Associado Emerita de Management na Univcr

siry of Illinois al Chicago.

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 16/20

1 B - AOMINIBTRAyAOF"INANCEIRA ELSEVIER

ra~oes, de aruacao global, te rn lmpacto significativ~ muitas vezes ate nas economias nacionais. _ 0

Brasil, de dirncnsoes continentals, 05 impactos norrnalmente sao regionallzadcs.

1.3. MERCADO FINANCEIRO

As empresas operam em urn ambiente econemico em que existem agentes com recursos finan-

ceiros em excesso e outros com faha de recursos,

Os agen te s s uperavi tt ir io s sao aque1~ :s com recurses financeiros excedentes: pessoas f ls icas com

rendlmentos acima de seus gastos, organizacees com ganhossuperiores as suas oportunidades de

incestimento, governos com arrecada~ao maier do que suas demandas econ5micas, pollticas e 50-

ciais. Os agm tt s d e fi ci td r io s sa o aqueles com fal ta de recursos: pessoas f lSicas cujos rendimentos nao

cobrem suas despesas correntes, OJ:garuza«;6es com despesase oportunidades de investimento acima

de suas receitas, governos cuja arrecadacso fica aquern de suas necessidades de recursos.

Quando a hiaro de recebimentos e pagamentos OCOHe em determinado espa~a de tempo, espe-

cialmentc na siruacao de falta de dinheiro, os intermedidriosf inanairos procuram eanallzar as recur-sos dos agentes superavitarios para os agentes deficitarios.

o mercado financeiro e 0conjunto de agentes que representam as poupadores e as tomadores de

recursds, Abrange tambern os Intermediaries financeiros, cuja atividade principal e captar recursos

dos agentes superavitarics, a quem rernuneram, e ap l ica r os recursos, par rneio de. emprestimos, aos

agentes deficitarios, dos quais recebem juros.

A FIgura 1.1 ilustra com o se da a transferencia dos agentes superavirarios para os agentes defl-

citarios, p ot meio da intermediacjofinanceira. Os mercados financeiros e de capirais surgiram para

facilitar essas transferencias e ajudar no desenvolvimento dos neg6cios.

Fjgura 1.1 Intermediaeao finan~eira

A atividade de intermedlacao reveste-se de situacoes de risco. Exine certa probabilidade de os

tomadores de recursos nao pagarem os recurs os emprestados. Qyanto maier a risco, major a taxa de

juros cobrada, as aplicadores que se sujeitam a ernprestsr recursos para aplicaeoee de maier risco(de maier variabilidade nas probabilidades de retorno) exigem maier retorno sobre os seus recursos

emprestados,

o mercado financeiro pede a s suml r diversas formas, conforrne 0 tipo de inrermediaeao de re-

curses realizada. Os produtos n~gociados nesses mercados podem sec separados em produtos d

investimento e de financiamento, p:rodutos de investimento constituem instrurnento de c.apta~ao d

recu rso s d as mstiruicoes fin an ce iF as e d e a plic a« ;a o d os a ge nte s s up era vira rio s. Pro du to s d~ finan~a-

mento cons t i ruem forma de ap*<\9ao de recursos dos lntermediarios financeiros e de captacao de

- , . . . .

.i

I

!.

fW

J.

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 17/20

A PECISAO FINANCe:IRA E A EMPR£SA - 19

.. .

recursos para os agentes deficitsrios. 0 quadro a seguir mostra alguns dos principais produtos de

investimenro e de financiamento.

Quadro 1.5Produto negodado nos mercados fimmceiros

Produtos de Financiamcnto Longo Praze Produtos de Financillmenro Curto Prazc

Abenura de Capital- Adiantamento de Rec~bivds

Emissao de a.; :Oesoc debentures Desconto de Duplicatas

Emprestirnos Desconto de Cheque

Finan dame ntos Emlssso de Netas Prcrnissorias

Carrao de Credno Empresarial »BNDES Froel(

ACe - Adiantamcnto de Conrrato de Cambio ACC e ACE

Financiamento do BNDES - Rname e outros em- Cheque especial cmpresa

presrirnos e financlamentcs de:longo prazo Cerna Gatanucla

Prager - Programa de Gera<;3.o de Empre:go Vendor Pi nant«

C omm e rc ia ! P a p Ns

Lentin(,"

.. Tfrulos de propriedade nao caracrerizam divida da ... Operaeso de presra.; :ao de service de aluguel de equi-

empresa pameuro, caracrerizada hoje e como operacao financeir:l.,

1.4 TIPDS DE EMPRESAS

A constituilj:ao das empresas tern aspectos tecnicos, adrninisrrativos, legals e de mercado, a s as-pectos tecnkos e adrninistrativos relacionam-se a atividade-fim da empresa, que pede sec:

Instiruicoes financeiras

Ernpresas privadas, cornercials, industrials e prestadoras de services

Empresas e organs publicos

Organizacoes scm fins lucrarives, por exernplo, as 0 Gs - Organizscces nao governamenrals.

Do ponte de vista legal, as empresas podem organizar-se sob diversas formas: firma individual,

sociedade limitada e sociedade por 3'1oes. Essa constituicjlo depende do porte da ernpresa, do inte-

resse dos seus organizadore e das impllcacoes adrninistrativas de cada uma debs.

1.4.1. EMPRESAS INDIVIDUAlS

Sao empresas pequenas, normalmenre registradas como microempresas, de simples consriruicso,

quase sempre de unico dono, que tarnbern e 0 gerenre. No Brasil, essasempresas muitas vezes erner-

gem da informalidade, quando os neg6cios come~am a aurnenrar, Sao pequenos estabelecirnentos

industrials, cornerciais, presradores de services, profissionais liberals e aut6nomos. A responsabili-

dade do proprierario c ia empresa individual e ilimirada; au seja, seus bens pessoais respond em por

todas as dividas cia empresa, no caso de inadirnplencia, A documenracao exigida para a abertura da

empresa e dos registros necessaries para cada negocio espedfico pode ser obrida junto aos balcoes do

SEBRAE - Service Brasileiro de Arendirnento Empresarial.! 6rgao que tarnbern presra a sessoria

na conducao das atividades da empresa.

Iwww: sebrae.ccrn.br

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 18/20

S- A OF;CISAO f'INANCEIRA E: A E:MPRESA - 21

~~- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

1.S. TEORIA DE AGENCIA

Em pequenas empresas, 0 proprierario e normalmente quem detern rodo 0 conrrole da empresa,

desde as atividades operacionsis sobre, por exemplo, as quantidades a serem vendidas, ate as decisoes

estrategicas sabre quanta e endividar junto a s instiruicees financeiras.

A medida que cresce a tamanho da empresa, sua estrurura organizacional fica rnais complexa.

Comecam a ocorrer divisdes de tarefas em producao, vendas, finan~as, adrninistracao de pessoas e

marketing. 0 proprietario nao rnais consegue exercer 0 controle direto sobre rodas as arividades,

Hlstoricarnenre, 0serer financeiro e a ultimo a ser abandonado pelo s6cio proprtetario.

Nas Sociedades POt Acoes, mesmo OS acionistas majoritarios, aqueles considerados os donos daempresa, acabarn por delegar ~ tereeiros a ges tae de muitas, senao de rodas, atividades.

Essa separacao entre a propriedade da empresa e a sua gestao pode implicar alguns conflitos. Em

pr.ncfpio, os gestates devern buscar maximizar a riqueza do acionista; mas nem sernpre as ganhos

para 0 gestor estao diretamente relacionados com 0valor da empresa: as decisoes que rnaximizarn :t

riqueza do acionlsra nao necessariarnenre aumenram os ganhos dos executivos.Tsso significa dizer

que, ao dele gar poder ao executives, as proprietaries podem estar perdendo parte de sua riqueza,

Esse conflire e estudado pela Teoria des Custos de Agencia,

A ger~ncia pelos proprietaries Implica na buses dos melhores retornos, pecuniarios 01.1 nao, para si

e para a empresa; tais como: ,aspectos frskos do escritorio, aparencia do pessoal de secretana, 0 nlvel

de disciplina dos funcionsrios, urn grande computador, compra de materias-prirnas dos arnigos etc.

Em outras palavras, 0 enriquecimento da empresa rem a. mesma impcrrancia que 0enriqueci-

memo pessoal do proprietario, A partir do momenta em que 0 proprietario, ainda gerenre, vende

parcels de sua participacao a terceiros, nao mills vai despender 0 mesmo esforco na busca do enri-

quecirnento da empresa como antes. IS50 se deve ao faro de agora de precisar dividir as resultados

com outros. Entao e rnelhor pensar primeiro no seu enriquecimento pessoal, depois no d~ empresa

o enr rqueci rnenro pessoal pode se dar nan apenas por rneio de maiores lucros, mas tarnbern por

mcio da obtencao de: beneflcios pecuaiarios au nao concedidos pelas empresas aos gerentes.

, .5.1 OB.JETIVO DOS ADMINISTRADORES EREMUNERAQ.AO

o objetivo dos adrninistradores pode ser, em primeiro lugar, manter 0 seu cargo. Algumas vezes,se fossern deixados par sua conta, tenderiam a maximizar 0 volume de recursos que conrrolarn, ou

em rerrnos mais arnplos, rnaximizariarn seu poder ernpreaarial au sua riqueza.

Os administradores podern render a dar enfase excessiva a sobrevivencia da organizac;ao para

fortalecer a seguranc;a de seus empregos. Alem russo, podem njio gostae da inrerferencia exrerna,

assim outros objetivos importantes podem ser a lndependsncia e a autossuficiencia da empresa. U rna

forma de reduzir 0 conftito e remunerar os administradores com base nos resultados.

O1tando as empresas utilizam urn sistema de rernuneracao pela qual os administradores tern

par t icipu9ao nos resultados, h a rnaior prababilidade de que 05 interesses coincidam. Normalmente,

se os adrninistradores recebern op~!io de compra de 390es, a precos vantajosos, eles procuram fazer

com que as i 1 , , 9 0 e s valharn rnais. 0 segundo incentive relaciona-se com suas perspectivas de emprego.

Os que tiverem melhor desernpenho tenderao a ser promavidos, e com isso obrerao melhor rernu-

neracao,

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 19/20

22 - ACMINI!5TRAyAC FINANCEIRA ELSEVl~R

1.5.2 CONTRDLE DA EMPRESA

o eontrole cia ernpresa pertence, em Ultima insrancia, aos proprietaries. Sob esse ponte de VtS-

ta, caso n~io stendam aos interesses dos proprietaries, os adrninistradores poderao ser substituldos,

No case de sociedades ancnimas;» processo pode ser maiscornplexo, mas a i6gica e a mesma, Osacionistas elegem 0Conselho de Administra~ao,que pode contratar ou dispenser administradores.

Esrudos realizados por escolas arnericanas encontraram alta correlacao entre 0aumento do valor

da riqueza des acionistas e a remuneracao do principal executive. Mais recenremente, no enranto,

com a crise do subpr ime nos Estados Unidos, que promoveu uma grande crise no mundo todo, eita

sendo discutida a validade de politicas de rernuneracao que Ievem os executives a praticas pOll 0

recomendaveis eticamenre.

1.6 RESUMCl

Administra)ao financeira e a arte e a ciencia de administrar recurs os financeiros, Ela e ex~rcida

ern industries, empresas comerciais e de services, estatais ou privadas, com fins lucrativos au nr::o.Finances corporativas sao aplicacoes da administracaofinanceira a s sociedades anonimas de capital

aberto, Os recursos financeiros sao gerados internamenre pelas atividades operacionais e por capitais

pr6p.rios ou captados externamente no mercado financeiro e de capitais.

o objetivo da adrninlstracao financeira e maximlzar a. riqueza dos aclonistas. A rnaximizacao da

riqueza e rnais precise que a maximi'l.ayao do lucre porque envolve 0 valor prescnte liquido, 0 risco e

u custo de capital. As funs:oes financeiras sao distribuidasem: gerencia financeira e controladoria. A

gerencia finance ira cuida da gestao de credito e cobranca, caixa, contas a pagar, risco, cambio, fi~an-

ciamentos e investimentos, Tambem e de sua responsabilidade a planejamento e controle, a prote!fao

de ativos e as reias:6es com acicnistas e Investidores, A controladoria e responsavel pOI adrninlstracao

de custos e pre~os, auditoria interna, contabilidade, orcamento, patrimonio, planejamento tributario,

elaboracao de relatorios gerenciais e desenvolvimento e manutencao de sistemas de inforrnacao ..As fun~6es financeiras podem ser de eurto ou longo prazD. As de curto prazo sao: gestio de caixa,

contas a receber e a pagar, estoques e captalf3.o de recursos, As de longo prazo sao; orcamento de ca-

pital, estrutura de capital, custo de capital e distribuis:ao de dividendos, As principals decisoes sIio as

de Investimenro e de financiamento. Decisees de investimento tratam de questees como: onde esrao

aplicados as recursos financeiros? Qjianto em ativos circulantes? Quante em ativos perrnanentesr

Qjral 0 risco do investimento? Qpal 0 retorno do investimento? Decisees de financiamentos lidam

com questoes como: qual a estrutura de capital? De onde vern as recursos? Qual 0perfil do endivi-

damento? Qual o custo de capital? Outras questoes tratadas sao, por exemplo: quais os resultados

obtidos? Como rnante-los ou melhora-los? Qyais os custos e despe as que podem ser reduzidos?

Para aumentar a riqueza dos acionistas .•0administrarlor lida com questoes de valor. Existern

varies conceitos de valor: a) valor/patrimonial contabil; b) valor patrimonial real; c) valor presente

liquido; d) valor de mercado; e e)tvalor de liquida~iio. Os mais utilizados sao cs que consideram a

£luxD de caixa descontado, Esta entre as atribuilj.oes do adrninistrador financei.ro a valorizacao de

seus grupos de reladonamento. A administracao financeira esta relacionada com outras cie~ciasl

especialmente com a Eccnomia: teoria da preferencia pela Iiquidez, estrutura do sistema economico,

economia internacional; com a Contabilidade: prindpia de caixa e de competencia e demopstra~Q..es

,_ .

5/17/2018 Cap 1 Administra o Financeira LEMES JUNIOR - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap-1-administracao-financeira-lemes-junior 20/20

s-~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

A OECISA."O f"INANCEHIA E A EMPRESA - 23

financeiras; com a Maternatica e a Estatistica: medidas quantitativas, desvio-padrao, variancia e co-

varisncia; com a Computa~ao: softwares especificos; e com oDlreito: normas e leis.

Erica e fundamental na administracao financeira. Os padroes de conduta ou de julzo moral

devern sec elevados, 0 mercado financeiro e a reuniso das instiruir,;:oes financeiras, que lnrerrnedeia

recursos dos agentes superavitarios para os deficitarios. Os produtos de investimentos sao CDI,

CDB, e xpo rt n a te s , poupans:a, LTN. Produtos de financiamentos sao: desconto de duplicatas, conras

garantidas, leasing financeiro, operacao 63.

As empresas se organizarn como f ir m a in d iv id ua l, sociedade limitada e sociedade ancnima. A

firma individual e tipica de microempresas, com responsabilidade ilimitada do proprietario, As 50-

ciedades lirnitadas sao peque~as e medias empresas, com responsabilidade limitada dos s6cios. Associedades anonimas sao grandes empres3s com capital diluldo entre rnilhares de acionistas. Sao de

capital fechado ou aberto, As de capital fechado negociam suas a~oes no mercado de balcao, e as de

capital aberto tem suas a~6es co r ne r c i a l i z ada s em balsas de valores.

o desenvolvirnento da teoria financeira rem ocorrido principalrnente com base nas sociedade

anonirnas americanas e no mercado de capitals, que exigern transparencia das pra t i cas financeiras

das e m pre s- as . Q ya nd o p eq ue n:lS f a s empresas sao controladas pelo prcprietario; a rn ed id aque c re s -

cern. sua estrutura organizacional fica mais complexa, e 0 proprletario niio rnais consegue exercer 0

controle direro; e preciso dividir responsabilidades com ourros profissionais, gerando eonfliros entre

acionistas e administradores. Esses conflitos sao esrudados pela Teoria dos Custos de Agencia.

1.7. t;JUESTOES

1. Conceirue adrnlnistraeao financeira e financas corporativas, Cornente como as ernpresas

obtern seus recursos financeiros, Qjial 0 objetivo normativo da administracao financeira?

Par que a maximizas:ao de lucro n ao e urn born objetivo para a administracao finance ira?

~ais as principais funcoes da administracao financei.ra?

2. ~ais as principals decis6es financeiras? Como podem ser ldentificadas nas dernonstracoes

financeiras? Comente detalhadamente a decisao de investimento e a decisao de financia-

rnento, De exemplos.

3. Como 0 administrador financeiro atua na busca de melhores resultados operacionais d a .

empresa? Baseie-se na Demonstracso de Resultados.4. Conceitue valor de-usc e valor de troca, Como se aumenta .0 valor da empresa? Qyais as

varias forrnas utilizadas para se expressar .0 valor da empresa?

5. Por que ocorrern conflitos entre administradores e proprietaries? Que objetivos devern pre-

valecer] Par que e tao irnportante zelar pelos grupos de re1acionamento?

6. Qyais san as ciencias com as quais a adrnlnistracao financeira mais se relaciona? Mosrre a .

irnportancia de cada uma delas para as financas. Em sua opiniao, qual debs rnais contribui

para a area financeira?

7. Conceitue mercado financeiro e comente sobre seus varies agentes. Como eles inreragem>

D e : exemplos,

8. Faca uma pesquisa te6rica e ernpirica sobre a importancia cia etica na eondUl;ao dos neg6eios.