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Cananéia Guia de Viagem

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Trabalho apresentado à disciplina AUH 0236 - Estudos da Urbanização I sob a orientação da Profª. Drª. Flávia Britto

Fernanda Fahl 9013713Gabriel Prado 7662885

Mônica Bertoldi 8961289Thais Coelho 8961313

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo

novembro/2015

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ÍNDICE

Introdução 04Evolução do traçado urbano e percurso 06

Lenda de Caniné 08Morro São João e a Trilha do Mirante 04

Casario do Centro Histórico 05Igreja de São João Batista 06

Museu de Cananéia 07Casa de Câmara e Cadeia 08

Museu de Cananéiac 41Praça Martim Afonso de Souza 09

Argolões e a Gruta Nossa Senhora de Fátima 11A Figueira Centenária 10

Índice de Imagens 12Referências 13

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INTRODUÇÃO

Cananeia situa-se no Vale do Ribeira, região sul do esta-do de São Paulo. O rio Ribeira de Iguape, que dá nome à região, configura-se como principal eixo de povoamento e ligação entre o litoral e o planalto, em uma perspectiva histórica, sendo de suma importância para as comunidades que ali vivem até os dias de hoje. Cananeia, apesar de não ser banhada diretamente por tal rio, representa o primeiro bastião da colonização portuguesa que depois seguiria pelo eixo do rio, sendo o estudo de seu patrimônio construído e natural de suma importância para a compreensão do processo colonizador. Os primeiros tempos de colonização são bastante nebulo-sos, não se sabendo exatamente quando se iniciou a formação do núcleo urbano de Cananeia. Inicialmente, sua localização

“tinha cunho estratégico, pois dela garantia-se a presença por-tuguesa no limite do Tratado de Tordesilhas, firmado em 1494 entre o Reino de Portugal e o Reino da Espanha. Ao situar-se no meridiano imaginário que dividia as terras em duas partes, à Ca-naneia era atribuído o consequente papel de defesa e ocupação, com vistas a futuras expansões do território” (IPHAN:2011)

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Segundo Gianesella (2008), haveria uma povoação original situada em sítio distinto daquele onde encontra-se atualmente Ca-naneia, que seria o povoado de Maratayama, iniciado pelo lendário Cosme Fernandes, o Bacharel de Cananeia, degredado deixado na costa meridional da América Portuguesa pela expedição de reco-nhecimento de Gonçalo Coelho. Outros degredados e náufragos compunham também a população desses primeiros povoados, porém a integração com os indígenas era o mais essencial para sua sobrevivência. Dessa forma, ainda segundo Gianesella (2008), os locais escolhidos para fixação eram primariamente locais de ocu-pação indígena pregressa.

Cabe ressaltar que os primeiros 30 anos após o reconhe-cimento e posse do território americano por parte dos portugueses foi marcado por uma ocupação não sistemática, de fato, com a presença de navegadores de outras nações, como espanhóis e franceses, também interessados na exploração destas terras.

Ao longo do século XVI, inúmeros ataques ocorreram na disputa pelo território de Cananeia, em especial realizados por espanhóis, que contestavam os limites do Tratado de Tordesilhas (o limite sul definido pelo Tratado passava justamente por Cananeia). Em 1577, as constantes ameaças contribuíram para a construção de uma igreja, na praça Martim Afonso de Sousa, com muros largos e sem janelas, propositalmente para servir como forte. A freguesia foi elevada à vila e conselho em 1600, sendo nomeada São João Baptista de Cananeia. Foi elevada à cidade em 1892 e passou a ser denominada Cananeia em 1905. (IPHAN)

Desde os tempos coloniais a economia local baseia-se na pesca e na lavoura de subsistência. Por um período apresentou interesse à Coroa Portuguesa pela presença de ouro, porém em quantidade muito reduzida em relação às Minas Gerais, sendo, portanto, reduzido tal período de interesse. Posteriormente, a ativi-dade da construção naval assumiu papel importante na economia da região, até meados do século XIX. Com o declínio da construção naval, veio a rizicultura, que durou relativamente pouco tempo, al-gumas décadas do século XIX, e logo perdeu força frente à expan-são do café pelo restante do estado de São Paulo. Finalmente, a atividade pesqueira tornou-se a mais importante para o local, até os dias de hoje.

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EVOLUÇÃO NO TRAÇADO URBANO

Assim como vários outros exemplos no Vale do Ribeira, Cananéia abriga um acervo patrimonial diversificado que exibe a trajetória histórica da formação de vilas coloniais.

Ainda que a localização do primeiro núcleo de ocupação que deu origem à Cananéia continuar desconhecida, sabe-se que a Ilha era parcialmente habitada antes mesmo da chegada de Martim Afonso em 1532. Atualmente a hipótese mais bem aceita indica a Vila de Maratayama como núcleo que deu origem à vila que viria a ser construída. Do núcleo estabelecido na ilha de Cananéia, do qual se têm notícias pelos livros da Câmara, resta pouco.

A faceta histórica da cidade vem se transformando inten-samente, processo que pode também ser observado em relação às manifestações culturais de sua população, que perde rapidamente sua personalidade historicamente construída, como com a pesca artesanal, festas, mutirões, lendas e costumes ligados a um mundo mais rústico e rural. Do núcleo inicialmente construído no século XVI e XVII, a cidade conserva apenas o traçado original das ruas e becos. O rio que atravessavam a cidade e levavam a sua principal

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entrada foram determinantes no traçado das ruas, construídas paralelamente ao curso do rio e a costa, estão hoje canalizados.

Além do traçado das ruas, alguns aspectos da morfologia física de Cananéia podem ser observados. O panorama natural é um ponto crucial na compreensão da urbanização da Vila, que desde sua origem tem forte identificação com a paisagem. O Morro de São João, que desempenhava um papel importante ao barrar os ventos, apesar de atualmente ser ocupado de forma com-pletamente distinta, ainda prevalece na paisagem, assim como a costa e as praias, que hoje são forte atrativo turístico.

Por fim, resta ainda parte do centro histórico como lem-brança da ocupação colonial de Cananéia. O centro histórico da cidade foi tombado pelo CONDEPHAAT em 1969. Do núcleo inicial no século XVI e XVII, se conserva de forma mais integra, como já colocado anteriormente, apenas o traçado original das ruas e becos. As construções tombadas datam do final do século XVIII e começo do XIX e são casas baixas construídas em pedra e cal, além é claro da Igreja de São João Baptista, datada de 1577. A uniformidade se deve quase sempre à obediência a padrões fi-xados em Cartas Régias e posturas municipais, colocadas para as fachadas.

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Percurso proposto sobre o tecido urbanizado de Cananéia de 1815

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Percurso proposto sobre o tecido urbanizado de Cananéia de 1815

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Percurso proposto sobre o tecido urbanizado de Cananéia de 1938

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Percurso proposto sobre o tecido urbanizado de Cananéia de 1938

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Percurso proposto sobre o tecido urbanizado de Cananéia de 2009

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Percurso proposto sobre o tecido urbanizado de Cananéia de 2009

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Lenda de CaninéLenda que explica o nome dado à Ilha

Os colonos lusos que em 1531 chegaram em Cananéia em companhia de Martim Afonso de Sousa não encontraram aqui uma terra desabitada. Reza antiga lenda que Martim Afonso, ao chegar em Cananeia, encontra o famoso bacharel que ali vivia a anos, on-de veio a se fundar futuramente Maratayama. O Bacharel Cosme Fernandes degredado há mais de 30 anos, junto de mais cinco ou seis castelhanos, teriam sido os primeiros colonos europeus habi-tantes da grande ilha do litoral paulista.

Passou a viver entre os Tupiniquins. Segundo a lenda, Ca-niné, filha do Chefe Ariró, caiu de amor e casou com o Bacharel. O Bacharel depois de dois anos partiu, deixando a já conhecida Terra de Caniné, indo para as terras de Guaiaó, prometendo voltar. Todos os dias Caniné tomava sua canoa e na Ilha, subia na mais alta for-quilha de uma árvore e esperava as velas brancas que trariam de volta o seu amor.

Ariró, na espera angustiante, envia índios em sua busca, nada mais viram no alto do penhasco que uma linda e imensa arara. Depois de 20 anos o Bacharel voltou expulso de Guaiaó, e

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Imagem tirada via satélite do relevo e hidrografia de Cananéia.Fonte: http://www.engesat.com.br/meio-ambiente/. Acessado em 20 de novem-bro de 2015.

lhe mostraram a linda arara. Nem lembrava de Caniné.Seus caçadores desavisados mataram a arara, que deu

nome a Ilha. A história de vilas litorâneas, como Cananeia, evidenciam

a significativa contribuição das sociedades indígenas nas ocupa-ções do colonialismo, desde a observação do que gerou sua orga-nização espacial até costumes e lendas. O fato de os colonos se instalarem nos mesmos sítios, nos mesmos lugares de vivência e de aproveitarem os mesmos atrativos ofertados por aquela região, tornou possível a evolução urbana subsequente.

O sistema lagunar estuarino de Cananeia-Iguape sempre atraiu assentamentos humanos. A ilha de Cananeia delimita um extenso lagamar (ambiente marinho e fluvial do limite costeiro), no qual os sítios secos, remansos desses canais, se via grande disponibilidade de água doce. É natural, portanto, que fosse es-colhido para assentamento, como já haviam escolhido algumas comunidades indígenas próximas e os próprios degredados que habitavam a ilha.

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Aerofotos da Ilha Comprida, do Mar de Cananéia e dos canais em Ca-nanéia, respectivamente, tiradas por volta de 1940. Fonte: Acervo do IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico da USP.

Ficavam ainda junto aos portais - dos rios e lagamares - mais expressivos em sua articulação com o oceano, que ofertavam pescados abundantemente, além de favorecer a circulação marí-tima. Cananéia consolidou-se como porto natural estratégico do alinhamento costeiro e pontuou as travessias oceânicas e fluviais das canoas indígenas de modo a tornar-se referência do colonia-lismo agrário exportador.

É documentado também o apresamento indígena para fins de comercio escravagista. As colônias do litoral Sul eram bastante estratégicas para tal atividade, como é o Caso de Cananeia, que se articulava com os Peabiru, antigos caminhos utilizados pelos indígenas sul-americanos que ligavam o litoral ao interior do con-tinente. Em cananeia o Peabiru seguia através da vertente do rio Ribeira, por onde alcançava a região dos Carijós (Guaranis).

Não foi possível identificar com precisão de que forma o traçado das ruas da vila de Cananeia seguia o alinhamento do Peabiru. No caso de Santos, Iguape, São Sebastião entre outros é a contiguidade do Peabiru que configura e “rua direita”.Por isso, se acredita que no caso de Cananeia, a geometria do módulo urbanístico da Praça-Matriz e o traçado urbano alinhado à costa e ao córrego adjacente tenha prevalecido em detrimento do desenho mais observado nas demais vilas litorâneas do Sul.

Também é impossível desassociar a presença de florestas no entorno da ocupação. Neste caso, o manejo de coivara, prática agrícola tradicional, é um legado indígena que perdura até os dias de hoje. Além de solo fértil, o bioma florestal ofertava meios para a caça, a lenha e, por exemplo, frutos de várias diversidades.

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Infográfico elaborado sobre Planta do Litoral do estado de São Paulo da Comissão Geographica e Geologica do Estado de São Paulo, 1920. Fonte: GIANESELLA, 2011.

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Localização: à sudeste do Centro Histórico deCananéia

O ecossistema em que se encontra inserida a região de Cananeia é conhecido por Lagamar, local de encontro de águas flu-viais e marinhas, marcado por uma extensa planície costeira pon-tuada por mangues, restingas, estuários, canais, baías e pequenos morros. Principal unidade do Lagamar, os estuários concentram condições vantajosas à ocupação humana, já que são ambientes aquáticos intermediários entre o mar e o continente, possuindo grande biodiversidade e disponibilidade de alimentos.

Além disso, são protegidos por barreiras naturais, forman-do uma região de águas interiores que constitui excelente porto natural, estratégico do ponto de vista defensivo e comercial. Tal porto possuía baixo calado, não permitindo a navegação de embar-cações de grande porte. Porém, pouco antes do acesso às águas interiores do Mar Pequeno, encontra-se a Ilha do Bom Abrigo que, como sugere o topônimo, permitia a permitia a ancoragem de tais embarcações e seu suprimento.

Outro fator importante para a escolha do sítio era a disponibilidade de água doce. Esta era encontrada nas vertentes

MORRO SÃO JOÃO E TRILHA DO MIRANTE

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22do Morro de São João Baptista, à sudoeste do núcleo urbano, in-clusive protegendo-o dos ventos de sudoeste. Além disso, deve-se ter em mente que os portugueses que aqui aportaram não encon-traram uma terra desabitada. Pelo contrário, havia numerosas tribos indígenas, cuja preexistência marcou profundamente a escolha dos sítios e os caminhos de ligação entre nossas vilas coloniais, princi-palmente nessa região mais ao sul da América Portuguesa. Assim,

“até 1730, enquanto não teve início o sistema de transporte com tropas de muares (...) as povoações eram articuladas entre si e com o exterior pelo aproveitamento dos caminhos antigos, re-sultado de muitos séculos de ocupação pelas tribos dos grupos tupi e guarani” (REIS FILHO:2013, p.233)

A rede urbana formada por esses arraiais, vilas e cidades é, por fim, essencial para o entendimento das dinâmicas de fun-cionamento e expansão de tais núcleos urbanos, sobretudo nos primórdios da colonização. Isolados, não possuíam uma economia urbana plenamente desenvolvida ou classes sociais tipicamente urbanas que produzissem uma dinâmica de funcionamento próprio. Sua existência estava ligada à política de Estado portuguesa que colocava a urbanização como recurso para o controle da vida na Colônia, estando o seu entendimento absolutamente vinculado à compreensão do contexto geral mercantilista em que se inseriam.

Tendo em vista o exposto acima, o Morro de São João Batista surge como símbolo da importância que as características físicas do território tinham para a escolha dos sítios de ocupação, não apenas para os colonizadores, mas também para os habitantes pré-cabralinos. Existe hoje, no morro, uma trilha que permite o per-curso dentro da Mata Atlântica até chegar a um mirante de onde é possível observar o complexo estuarino lagunar, a cidade, as praias e as ilhas, conhecida pelo nome de Trilha do Mirante.

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CASARIO

“O casario acompanha a pobreza da velha matriz. Edificações baixas no rés do solo, alinhavam-se umas encostadas às outras, raríssimas em sobrado e todas com beirais” (Processo de tom-bamento nº.09170/69, CONDEPHAAT)

Em meados do século XX, as construções no centro histó-

rico de Cananeia encontravam-se já de tal modo desfiguradas que não se adequavam ao tombamento individual, segundo julgamento dos técnicos do IPHAN, porém seu traçado urbano e conjunto, “instalado de acordo com uma tradição antiga”, merecia tal aten-ção, sendo o perímetro do centro histórico tombado pelo CON-DEPHAAT em 1969.

De fato, são poucas as construções que por si só apresen-tam grande valor para o patrimônio histórico, uma vez que encon-tram-se, em sua maioria, bastante alteradas; seu conjunto é que se afigura valioso, tanto para o entendimento dos procedimentos de construção das cidades portuguesas na América durante o século XVI e das relações entre casario e rua, quanto para o desenvolvi-

Rua Bandeirantes, Rua Tristão Lobo, Rua Dom João III, Rua Capitão Martins Simões, Rua Pero Lobo, Avenida Beira Mar, Rua Pedro Correia, Rua João Souza

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28mento da cidade atualmente, com o crescimento do turismo para a região.

“Parece-nos que essas análises de especialistas da área de preservação ajudam a compreender o que nos exerce o fascí-nio quando percorremos a Rua do Mar e nos adentramos pela Praça Martim Afonso de Souza, rua Tristão Lobo e adjacências e em meio a casarões desativados, arruinados, mal conservados, enxergamos uma beleza que não é individual e sim de um todo, que chamaremos de conjunto arquitetônico e urbanístico do Centro Histórico de Cananeia” (ARAÚJO:2001, p.150)

Dessa forma, o conjunto do casario no centro histórico de Cananeia apresenta seu partido arquitetônico de acordo com o colocado como tradicional pelos estudos clássicos sobre arqui-tetura colonial brasileira. Sua tipologia segue o padrão de casas térreas de morada inteira com ou sem porão, casas térreas de meia morada com ou sem portas para comércio, casas térreas de porta e janela, casas térreas para comércio e sobrados. A organização dos ambientes também segue a lógica tradicional: salas de receber e lojas voltadas para a rua; cômodos de estar e trabalho voltados para o quintal; e no meio, as alcovas, quartos de dormir, que não recebiam iluminação natural. “A ventilação destas alcovas, con-tudo, é facilitada pela inexistência de forros ou pela abertura nas bandeiras das portas” (ARAUJO:2001 apud ROCHA FILHO:1981) Além disso, “O telhado normalmente é de duas águas o que permi-te lançar as águas para a rua e para o quintal. (...) As telhas normal-mente são de capa e canal”. (ARAUJO:2001, p.131)

A técnica construtiva de grande parte do casario e a alve-naria de pedra, constituída por pedra e cal, com alguns exemplos mais recentes construídos em alvenaria de tijolos. Existem, porém, evidências de uma ocupação anterior, no mesmo local, cujos edifí-cios eram construídos com a técnica da taipa de pilão.

Quanto à relação entre o casario, o lote urbano e o traçado das ruas, diz Reis Filho:

“As vilas e cidades apresentavam ruas de aspecto uniforme, com casas térreas e sobrados construídos sobre o alinhamento das vias públicas e sobre os limites laterais dos terrenos” (1978, p. 21)

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Tal uniformidade se dava pela obediência à princípios esti-pulados nas Cartas Régias ou mesmo em posturas municipais, que fixavam o número e ritmo das aberturas, a altura das edificações e o alinhamento destas com as edificações vizinhas. Tal alinhamento conformava a rua, sendo essa ainda uma prática tradicional do ur-banismo português medieval. “A rua existia sempre como um traço de união entre conjuntos de prédios e por eles era definida espa-cialmente” (REIS FILHO:1978, p.24). Além disso, os lotes eram, em geral, estreitos e compridos, com grandes quintais ao fundo.

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IGREJA DE SÃO JOÃOBATISTA

Os edifícios religiosos representavam os elementos arqui-tetônicos mais proeminentes dos núcleos urbanos coloniais, em contraste à modéstia das construções residenciais e de trabalho. De fato, a dimensão religiosa era algo que permeava toda a vida na colônia, sendo eco da forte cultura religiosa característica da Metrópole portuguesa. Assim, o conjunto igreja-adro configurava um ponto central nos núcleos urbanos coloniais. Era formado por dois espaços fundamentais para a vida nas vilas: o espaço religio-so, da devoção e introspecção, e o espaço festivo, de encontro e confraternização da comunidade. Ambos afirmando o domínio do espiritual na vida dos habitantes das vilas.

A ortogonalidade dos edifícios religiosos e seus adros também influía fortemente no traçado das ruas, largos e praças, irradiando-se pelo seu entorno e configurando-se como vetor de expansão urbana, principalmente em locais de sítio plano. Entre-tanto, tal ortogonalidade encontrava, naturalmente, limites nas barreiras físicas, que também condicionavam o traçado urbano. Da união dessas duas características surge o desenho urbano típico

Localização: Praça Martim Afonso de Sousa, s.n, Centro, Cananéia, SP

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36de nossas vilas coloniais, cujo traçado irregular possui, de fato, um ordenamento e uma lógica intrínseca, uma regularidade tendencial.

As construções eram, a princípio, bastante rudimentares, sendo construídas de taipa de mão ou taipa de pilão e possuindo fachadas bastante simplificadas. O caso da igreja matriz de Ca-naneia, Igreja de São João Batista, não é diferente. Inicialmente, haveria uma capela, ocupando a área do altar-mor da igreja matriz, cujas fundações foram descobertas por ocasião de seu restauro e datam de 1578. O adro de tal capela corresponderia à área pos-teriormente ocupada pela nave central.Além disso, a implantação da igreja matriz segue a mesma orientação da capela, voltando-se para a baixada do córrego Olaria, que corta a região do núcleo original de Cananeia paralelamente à costa e faz a ligação com um pequeno porto no interior da ilha, ainda hoje utilizado pelas embar-cações de pesca artesanal.

A igreja Matriz conserva ainda as “características de sim-plicidade das edificações menores dos primeiros séculos” (REIS FILHO:2013, p.191), possuindo robustos contrafortes em suas late-rais e uma única torre sineira. Provavelmente foi construída também para exercer a função de forte, possuindo inclusive seteiras em suas laterais.

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38 Planta da vila de Cananeia com marcações da localização da igreja Matriz, atual Praça Martim Afonso de Sousa e porto interno. Fonte: GIANESELLA, 2008, p.132.

“Prospecto da Igreja Matriz de Cananéia”. Diário de viagem do coronel en-genheiro José Custódio de Sá e Faria, 1774-6. Fonte: REIS FILHO, 2013, p.191.

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MUSEU MUNICIPAL DE CANANEIALocalização: Avenida Beira Mar, 287, Centro, Cananéia, SP

O Museu Municipal mantém um acervo que retrata a história e cultura da cidade, conservando diversas curiosidades.

Conta com fotos históricas, ferramentas rudimentares, armaduras, várias espécies de animais típicos de região, e, como principal atração, conta com o segundo maior tubarão branco do mundo em exposição. Sendo esse último uma grande atração, por ser o primeiro a ser taxidermado, encontrado nas águas pertencentes ao sul da costa litorânea de Cananéia por pescadores locais em 1992. Pesava cerca de 3,5 toneladas, e tinha mais de 5 metros de comprimento. Em seu acervo encontra-se também um tacho de bronze que foi trazido pelos navegadores portugueses. O tacho foi colocado na Ilha do Bom Abrigo em 1767 e nele era derretido óleo de baleia para se fazer a mistura com cal de ostras e areia da praia, resultando em argamassa utilizada para construção das casas que na época eram feitas de pedra.

Em 2012 foi realizada uma reforma extensiva, e o então chamado de Centro de Exposições foi inaugurado como Museu Histórico Artístico Victor Sadowski, quando passou a ter um

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novo espaço para atender de forma mais objetiva e com temas expostos com a cronologia da ocupação da região. A partir deste momento, passou a contextualizar as questões históricas com o acervo permanente e oportunizando questões atuais através de exposições itinerantes que devem acontecer na sala de exposição. (J. Leandro Sobrinho)

A ideia era então tratar os temas expostos alinhados uma cronologia da ocupação da região abrangendo os momentos pré-tupi, tupi e pós tupi. Bioma e fauna local também são parte do conjunto de informações pesquisadas de forma didática e acessível para que estudantes e turistas tenham a noção da importância e riqueza natural e histórica de Cananéia.

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CASA DE CÂMARA E CADEIA

Autalmenta a Câmara Municipal de Cananéia se encontra na Rua Pero Lobo, número 230. Está instalada em um dos 4 sobra-dos da região tombada pelo CONDEPHAAT. No mesmo quarteirão há uma casa onde acredita-se que estivesse instalada a antiga Casa Câmara e Cadeia da Vila de Cananeia.

Segundo Professor Nestor Goulart “as obras municipais eram representativas do grau de desenvolvimento da vida local” (pg. 164). A Casa de Câmara e Cadeia era a principal obra das vilas coloniais e simbolizando o poder municipal, erguiam-se em frente a essas, os pelourinhos.

As casas de Câmara e Cadeia e as igrejas paroquiais se acomodavam no entorno das praças. Estas ajudavam a configurar o traçado das ruas.

Localização: Praça Martim Afonso de Sousa, s.n, Centro, Cananéia, SP

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44 Das praças de Cananéia, a Praça Martim Afonso de Souza é a que aparece com maior exuberância, seja para quem chega pelo mar ou seja para quem chega pela terra. Ela se confi-gura como importante centro de convivência da população local e importante ponto turístico.

No período colonial, as praças acolhiam inúmeras ativida-des urbanas, reuniões religiosas, cívicas, recreativas e atividades de comércio. Dessa forma as praças constituíam os pontos quen-tes da cidade.

Os edifícios principais, oficiais ou religiosos, destaca-vam-se na paisagem da vila colonial. Apresentavam fachada mais elaborada que o casario comum.

Além disso, também destacava-se dos espaços da vila a rua direita. Segundo Gianesella, estas ligavam o porto ao principal acesso terrestre ou constituiam-se como vias paralelas a orla. No caso de Cananeia, a rua direita se apresenta paralela a margem do rio Piranga e da orla marítima.

PRAÇA MARTIM AFONSO DE SOUZALocalização: Centro, Cananéia, SP

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FIGUEIRA CENTENÁRIALocalização: próxima ao Ceagesp, s.n, Centro,Cananéia, SP

Conhecida como a árvore do coração de Pedra, se encontra junto à ruína de uma antiga bica d’água na esplanada do Sambaqui ou Tanque das Lavadeiras, ao lado de antigo pelourinho, uma imensa Figueira, envolvendo toda a ruína.

Conta a história, que embaixo de uma árvore havia um tesouro – algum ouro vindo do Bom Abrigo. À sombra dessa árvore vivia uma mulher misteriosa, que usava sete saias e possuída de poderes prodigiosos, afastava a todos, protegendo seu tesouro. Com o desenvolvimento da atividade pesqueira e, consequentemente, da região, a mulher desapareceu, mas em seu desaparecimento materializou-se na árvore que envolveu em seus braços mantendo a ruína como se fosse resguarda-la da fúria do tempo e de estranhos.

Até hoje ela continua a assistir aqueles que se aproximam e ameaçam seu tesouro, zelosamente guardado como relicário.

Cananéia desenvolveu desde seu período colonial uma forte cultura caiçara. As comunidades tradicionais caiçaras de Cananeia se formaram através das gerações, baseados na pesca

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48artesanal e na agricultura, criando forte identidade com o local.

As caiçaras são habitantes tradicionais do litoral das regiões Sudeste e Sul do Brasil, formados a partir da miscigenação entre índios e brancos. A palavra caiçara é de origem tupi-guarani, que dá nome à uma cerca feita de galhos. Essas comunidades evoluíram aproveitando recursos naturais, gerando uma forte intimidade com o ambiente.

A cultura caiçara é ainda hoje importante para Cananéia, ainda que raramente apareçam nos arquivos e documentos históricos. Até mesmo por isso, a tradição oral é de grande importância na cultura caiçara, observada nos nas várias lendas, mitos e “causos” que persistem ainda nos dias de hoje. Ritos agrários, como o manejo das roças de coivara, além de músicas, como o fandango, festas, danças, culinária e costumes religiosos são traços que datam desde o período colonial e atravessam diversas gerações destes habitantes tradicionais de Cananéia.

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ARGOLÕES E GRUTA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMALocalização: à beira-mar, na encosta do lado sul do morro São João, Cananéia, SP

Localizados à beira-mar, na encosta do lado sul do morro São João, região da cidade onde existiam antigos estaleiros, os argolões foram colocados em pedras para serem utilizados pelos navegadores, para prender seus navios.

São considerados um Marco Histórico, acredita-se que era ali que Martim Afonso de Souza atracava suas caravelas. Feitos de bronze, foram encravados em pedra, e sua importância para a história da cidade é demonstrada pela caravela que decora o pórtico da cidade.

Já a Gruta de Nossa Senhora de Fátima é situada em uma propriedade particular, por isso escassa em fotografias. Dentro da gruta de pedra há uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, a qual acredita-se que foi trazida de Portugal por volta do século XVII. Sobre as pedras que formam a gruta, existe em sua parte mais alta uma cruz, feita com óleo de baleia.

Para a visitação destes locais, é necessária a autorização dos responsáveis por ser uma propriedade particular.

No final do século XV, as proximidades de Cananéia já

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eram usadas por navegadores espanhóis e portugueses como ponto para reabastecimento de água e alimentos. Em 1600, quando a Vila é elevada à categoria de conselho, a localidade teve que desenvolver uma produção de meios de transportes e reparos às caravelas para as tropas que se dirigiam ao Sul. Naquele tempo o porto natural em Cananéia era bastante importante, o que fez com que a construção naval ganhasse espaço, desempenhando papel ímpar na defesa e ocupação, com vistas a futuras expansões do território, além de consolidar-se logisticamente na dinâmica econômica da região, encabeçada pela exploração aurífera do período colonial.

No século XVII, por volta de 1770, Cananéia já contava com mais de 15 estaleiros e mais de duzentas embarcações produzidas. O ciclo da mineração, a cultura do arroz e a construção naval se transformaram em prosperidade para a região, cujos tempos áureos figuram nos séculos XVII e XVIII. Dali em diante, Cananéia teve períodos de oscilações em relação à sua economia,

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52com surtos de desenvolvimento intercalados com hiatos de estagnação, devido tanto aos obstáculos naturais impostos pelo Vale do Ribeira, por exemplo, em relação ao acesso a outras localidades do país, como ao direcionamento do capital a regiões mais bem sucedidas.

No começo do século XIX a “indústria naval” entra em decadência e passa a servir quase que somente à pesca, atividade que começou a ganhar força. À medida que os estaleiros também entravam em declínio, outra atividade ganha importância: a rizicultura. Por volta de 1800, os portos de Cananéia e Iguape tornaram-se um importante centro comercial na exportação de arroz, farinha e erva-mate.

Porém, com construção da ferrovia Sorocabana, no final do século, o aparecimento de plantações de café em outras regiões do Estado, as diminuições dos investimentos públicos no Vale do Ribeira, entre outros motivos, resultaram na desativação dos portos de Iguape e Cananéia.

Bem mais a frente, em torno de 1920 ocorre a intensificação das atividades pesqueiras. Cananeia passa a ter vantagem em relação à Iguape, cuja atividade portuária declinava gradualmente por conta do assoreamento no Mar Pequeno. Hoje pesca comercial ainda permanece como principal fonte de riqueza do município, junto às atividades turísticas.

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ÍNDICE DE IMAGENSIntrodução

Figura 1: Prospeto de Cananea da pte. do porto do diário de viagem de José Custódio de Sá e Faria, do Arquivo Histórico do Itamarati, 1776...............................................................................................01

Evolução do traçado urbano e percurso

Figura 2: Mapa com percurso proposto sobre a base do tecido urbanizado de Cananéia em 1815.Figura3: Mapa com percurso proposto sobre a base do tecido urbanizado de Cananéia em 1938Figura 4: Mapa com percurso proposto sobre a base do tecido urbanizado atual (2009)

Lenda de Caniné

Figura 5: Imagem tirada via satélite do relevo e hidrografia de Ca-nanéia. Figura 6,7 e 8: Aerofotos da Ilha Comprida, do Mar de Cananéia e dos canais em Cananéia, respectivamente, tiradas por volta de 1940. Figura 9: Infográfico elaborado sobre Planta do Litoral do estado de São Paulo da Comissão Geographica e Geologica do Estado de São Paulo de 1920. Figura 10: Vista Aérea de Cananéia no ano de 1939 do acervo do IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico da USP.

Morro São João e a Trilha do MiranteFigura : Morro São João Batista e a orla de Cananéia

Casario do Centro Histórico

Figura : Avenida Beira Mar

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Figura : Rua Trsitão LoboFigura: Rua Dr. Alco ForadoFigura : Rua Pero LoboFigura : Vista aérea de Cananeia, 1940.

Igreja de São João Batista

Figura : Igreja Matriz (Igreja de São João Batista)Figura : Vista frontal da Igreja Matriz, a partir da baixada do córregoFigura : Planta da vila de Cananeia com marcações da localização da igreja Matriz, atual Praça Martim Afonso de Sousa e porto interno. Fonte: GIANESELLA, 2008, p.132Figura : “Prospecto da Igreja Matriz de Cananéia”. Diário de viagem do coronel engenheiro José Custódio de Sá e Faria, 1774-6. Fonte: REIS FILHO, 2013, p.191.

Casa de Câmara e Cadeia

Museu de Cananéia

Figura: Argolão incrustrado em rochedo no Morro São João.Figura: Vista do porto de Cananéia em 1908.Figura: Barco à vapor carregando arroz no Cais do Porto do Bacharel em 1922.

Figura: Fachada restaurada do Museu Municipal de Cananéia.

Conjunto da Praça Martim Afonso de Souza

Argolões e a Gruta Nossa Senhora de Fátima

Figura: Argolão incrustrado em rochedo no Morro São João.Figura: Vista do porto de Cananéia em 1908.Figura: Barco à vapor carregando arroz no Cais do Porto do Bacharel em 1922.

Figura: Gruta Nossa Senhora de Fátima com a imagem da Santa.

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A Figueira Centenária

Figura: Foto em frente à Figueira em 1939.Figura: Barcos de pescadores artesanais da comunidade caiçara de Cananéia.Figura: Povoado Caiçara do Marujá em Cananéia.

A Figueira Centenária

Figura: Foto em frente à Figueira em 1939.Figura: Barcos de pescadores artesanais da comunidade caiçara de Cananéia.Figura: Povoado Caiçara do Marujá em Cananéia.

REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da arquitetura no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1978, 4ed.

ARAÚJO, Maria Almeida de. Cananéia. Inventário analítico-integrado do centro antigo e sua relação com a preservação do patrimônio cultural. Dissertação de mestrado. São Paulo: FAUUSP, 2001.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Cultura, Esporte e Turismo. Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). Processo nº 09170/69: Solicita o tombamento da área central histórica da cidade de Cananéia. São Paulo: 1969.

REFERÊNCIAS

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REIS FILHO, Nestor Goulart. Contribuição ao estudo da Evolução Urbana do Brasil (1500-1720). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1968.

REIS FILHO, Nestor Goulart. As minas de ouro e a formação das Capitanias do Sul. São Paulo: Via das Artes, 2013.

GIANESELLA, Rubens Ramos. Paisagens no tempo: vilas litorâneas paulistas. Dissertação de mestrado. São Paulo: FAUUSP, 2008.

REIS FILHO, Nestor Goulart. Imagens de vilas e cidades do Brasil Colonial. São Paulo: EDUSP, 2000.

MAGDALENA, Bianca Cruz. Reza a lenda. Londrina : Idealiza, 2009.

MAGDALENA, Bianca Cruz. Histórias e lendas caiçaras de Cananéia. Londrina : Idealiza, 2009.

Saberes Caiçaras - a cultura caiçara na história de Cananéia.

GIANESELLA, Rubens Ramos. Gêneses urbanas do colonialismo: síntese de encontros culturais, 2012. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142012000100007>

Revista de História: Memória Histórica sobre Cananéia. Disponível em <http://www.novomilenio.inf.br/baixada/bslivros06.htm>

SANTOS, Vânia Ferreira dos. Projeto de um siatema de sinalização adequado para um roteiro de visitação turística histórica de Cananéia. Disponível em < http://www.fau.usp.br/depprojeto/labim/simposio/PAPERS/SCV2VI13.htm>

Site da Prefeitura Municipal de Cananéia < http://www.cananeia.sp.gov.br/novo_site/roteiros-turisticos/>

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REFERÊNCIA DAS IMAGENSPerfil Eu Amo Cananéia: Fotos Antigas <https://www.facebook.com/media set/?set=a.152934564774684.35346.152659771468830&type=3>

Sudoestesp: Coleção de imagens do Período Colonial <http://www.sudoestesp.com.br/file/colecao-imagens-periodo-colonial-sao-paulo/667/>

Cananet <http://www.cananet.com.br/fotos/site/>

Wikipedia < https://pt.wikipedia.org/wiki/Canan%C3%A9ia>

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