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www.canalmoz.co.mz | ano 5 | numero 1078 | Maputo, Segunda-Feira 04 de Novembro de 2013 Director: Fernando Veloso | Propriedade da Canal i, lda Sede: Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar , Porta 4, Maputo | Registo: 18/GABINFO-DEC/2009 e-mail: [email protected] | [email protected] | Telefones: 823672025 - 842120415 - 828405012 Ocupada na última sexta-feira Forças Armadas e FIR continuam na residência de Dhlakama na Beira Depois de uma delegação chefiada pela líder parlamentar da Renamo, Maria Angelina Enoque, ter reunido com os dois procuradores-gerais adjuntos, as tropas governamentais abandonaram as sedes da Renamo que também haviam sido ocupadas na Beira A Renamo pediu um encontro com o presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito, para pedir esclarecimentos Maputo (Canalmoz) – Sem apre- sentar qualquer tipo de mandado judicial, as Forças Armadas e a FIR tomaram de assalto, na manhã da última sexta-feira, a residência do líder da Renamo, Afonso Dhlaka- ma, na cidade da Beira, no bairro de Macúti, a residência do secretá- rio-geral da Renamo, Manuel Bisso- po, a sede provincial da Renamo, no bairro da Ponta-Gea, e a sede da cidade, na auto-estrada jun- to ao cruzamento com a Av. Kruss Gomes, no bairro da Munhava. A operação teve início cerca das 08 horas da manhã e houve, nas duas frentes, tiros que colocaram a cidade em alvoroço. Alguns guardas da residência do líder da Renamo foram detidos, mas outros, arma- dos, estão agora em parte incerta. Depois de ocupadas as residên- cias do líder da Renamo e do seu se- cretário-geral e as respectivas sedes, uma delegação da Renamo, liderada pela chefe da bancada parlamentar na Assembleia da República, Maria Angelina Enoque, dirigiu-se à Pro- curadoria-Geral da República a fim de pedir esclarecimentos sobre a ocupação das sedes do seu partido e das residências dos seus membros. Falando ao Canalmoz, Maria An- gelina Enoque disse que “fomos à procuradoria para saber do guardião da legalidade o que pensava sobre o assalto às residências dos nossos membros e das nossas sedes na Bei- ra e a detenção de membros quer na Beira assim como em Nampula”. De acordo com a líder Parlamen- tar da Renamo, os dois procura- dores-gerais adjuntos, nomeada- mente, Afonso Antunes e Alberto Paulo, que receberam a delegação da Renamo, informaram que “não estavam a par do que se estava a passar quer na Beira assim como em Nampula”, tendo prometido “articular com os colegas das pro- víncias para esclarecer o sucedido”. Horas depois de a delegação da Renamo ter deixado a Procurado- ria-Geral da República, as unidades conjuntas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique retiraram-se das sedes da Renamo e da residência de Manuel Bissopo, estando agora a ocupar apenas a residência de Afon- so Dhlakama, no bairro de Macúti. “A informação que tenho é que as forças do Governo continuam apenas na residência do presiden- te Afonso Dhlakama. Os nossos membros, que haviam sido detidos nas sedes, foram libertados”, disse Maria Angelina Enoque. A chefe da bancada da Renamo disse que o seu partido aguarda ainda a res- posta formal da Procuradoria-Geral da República. “Aguardamos a qual- quer altura a resposta da Procura- doria-Geral da República, porque não compreendemos por que é que as residências dos nossos membros e sedes são assaltadas, vandaliza- das, pilhadas sem qualquer tipo de Publicidade

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www.canalmoz.co.mz | ano 5 | numero 1078 | Maputo, Segunda-Feira 04 de Novembro de 2013Director: Fernando Veloso | Propriedade da Canal i, lda

Sede: Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar , Porta 4, Maputo | Registo: 18/GABINFO-DEC/2009

e-mail: [email protected] | [email protected] | Telefones: 823672025 - 842120415 - 828405012

Ocupada na última sexta-feira

Forças Armadas e FIR continuam na residência de Dhlakama na Beira

Depois de uma delegação chefiada pela líder parlamentar da Renamo, Maria Angelina Enoque, ter reunido com os dois procuradores-gerais adjuntos, as tropas governamentais

abandonaram as sedes da Renamo que também haviam sido ocupadas na Beira

A Renamo pediu um encontro com o presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito, para pedir esclarecimentos

Maputo (Canalmoz) – Sem apre-sentar qualquer tipo de mandado judicial, as Forças Armadas e a FIR tomaram de assalto, na manhã da última sexta-feira, a residência do líder da Renamo, Afonso Dhlaka-ma, na cidade da Beira, no bairro de Macúti, a residência do secretá-rio-geral da Renamo, Manuel Bisso-po, a sede provincial da Renamo, no bairro da Ponta-Gea, e a sede da cidade, na auto-estrada jun-to ao cruzamento com a Av. Kruss Gomes, no bairro da Munhava.

A operação teve início cerca das 08 horas da manhã e houve, nas duas frentes, tiros que colocaram a cidade em alvoroço. Alguns guardas da residência do líder da Renamo foram detidos, mas outros, arma-dos, estão agora em parte incerta.

Depois de ocupadas as residên-cias do líder da Renamo e do seu se-cretário-geral e as respectivas sedes, uma delegação da Renamo, liderada

pela chefe da bancada parlamentar na Assembleia da República, Maria Angelina Enoque, dirigiu-se à Pro-curadoria-Geral da República a fim de pedir esclarecimentos sobre a ocupação das sedes do seu partido e das residências dos seus membros.

Falando ao Canalmoz, Maria An-gelina Enoque disse que “fomos à procuradoria para saber do guardião da legalidade o que pensava sobre o assalto às residências dos nossos membros e das nossas sedes na Bei-ra e a detenção de membros quer na Beira assim como em Nampula”.

De acordo com a líder Parlamen-tar da Renamo, os dois procura-dores-gerais adjuntos, nomeada-mente, Afonso Antunes e Alberto Paulo, que receberam a delegação da Renamo, informaram que “não estavam a par do que se estava a passar quer na Beira assim como em Nampula”, tendo prometido “articular com os colegas das pro-víncias para esclarecer o sucedido”.

Horas depois de a delegação da Renamo ter deixado a Procurado-ria-Geral da República, as unidades conjuntas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique retiraram-se das sedes da Renamo e da residência de Manuel Bissopo, estando agora a ocupar apenas a residência de Afon-so Dhlakama, no bairro de Macúti.

“A informação que tenho é que as forças do Governo continuam apenas na residência do presiden-te Afonso Dhlakama. Os nossos membros, que haviam sido detidos nas sedes, foram libertados”, disse Maria Angelina Enoque. A chefe da bancada da Renamo disse que o seu partido aguarda ainda a res-posta formal da Procuradoria-Geral da República. “Aguardamos a qual-quer altura a resposta da Procura-doria-Geral da República, porque não compreendemos por que é que as residências dos nossos membros e sedes são assaltadas, vandaliza-das, pilhadas sem qualquer tipo de

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ano 5 | número 1078 | 04 de Novembro de 20132

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mandado judicial”, disse. Recorde--se que momentos após ter sido tomado de assalto a residência de

Maputo (Canalmoz) - Tudo indica que nesta segunda-feira, dia 4 de Novembro, não haverá negociações entre o Governo e a Renamo. É que até ao fim da tarde deste domingo, o executivo de Armando Guebuza não tinha ainda respondido à carta da Re-namo enviada na última quinta-feira, manifestando a sua disponibilida-de em voltar a dialogar, mediante a aceitação das condições prévias que há duas semanas dividem as partes.

A Renamo diz que enviou uma car-ta ao Governo e a todas as embaixa-das baseadas em Maputo, através dos habituais canais, manifestando estar disponível a ir à mesa de negocia-ções, caso o Governo aceite a presen-ça de facilitadores nacionais e obser-vadores nacionais e internacionais.

Em contacto com o Canalmoz ao fim da tarde de domingo, Jeremias Pondeca, quadro da Renamo que faz parte da delegação deste partido nas

Afonso Dhlakama, no bairro de Ma-cúti, uma fonte da FIR que esteve na operação na Beira disse ao Ca-

negociações com o Governo, dis-se que a sua formação política não tinha ainda a resposta do Governo se haverá ou não mais uma ronda.

Pondeca disse ter igualmente infor-mações segundo as quais o chefe da delegação do Governo, o ministro da Agricultura, José Pacheco, na sua qualidade de chefe da brigada cen-tral do partido Frelimo na província de Nampula, vai estar naquela pro-víncia nesta segunda-feira, para na terça-feira proceder à abertura da campanha do partido Frelimo às au-tarquias de 20 de Novembro corrente.

A Renamo insiste, caso haja ne-gociações, que vai levar como ponto prévio, se o Governo acei-tar, a exigência da presença de fa-cilitadores nacionais (Dom Dinis Sengulane e professor Lourenço do Rosário), de Observadores In-ternacionais e cobertura da Im-prensa na sala das negociações.

nalmoz que estavam a cumprir or-dens “superiores de Maputo”. (Ma-tias Guente e Bernardo Álvaro)

Na semana passada, não houve o habitual encontro entre o Governo e a Renamo, devido à ausência deste partido no Centro Internacional de Conferência Joaquim Chissano, local onde vem decorrendo os encontros.

A Renamo justificou a sua ausência com facto do executivo não ter res-pondido à carta que lhe fora enviada, contendo o ponto prévio. O Governo fez-se presente no local, mas não deu justificações porque não tinha dado resposta à carta da Renamo, nem confirmado a realização da ronda.

Na verdade, em carta datada de 24 de Outubro de 2013 e com a referência n.143/GPR/13 envia-da ao Secretariado do Conselho de Ministros na pessoa do respectivo secretario Carlos Taju, condiciona-va a sua participação mediante um acordo prévio sobre a presença de facilitadores e observadores à mesa das negociações. (Bernardo Álvaro)

Persistem dúvidas se hoje haverá negociações entre Governo e Renamo

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ano 5 | número 1078 | 04 de Novembro de 20133

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Perto do Save

Ataque a autocarro da FIR salda-se em dois mortos e três feridos

Maputo (Canalmoz) – Homens ar-mados não identificados atacaram na tarde da última sexta-feira a co-luna de viaturas que seguia no troço Muxúnguè-Save. Do ataque regista-ram-se dois mortos e três feridos, um deles bastante grave, todos agentes das Forças de Intervenção Rápida (FIR) que regressavam a Maputo depois de uma missão no centro do País. Os agentes da FIR faziam--se transportar num autocarro civil.

Os feridos no ataque foram trans-portados para o hospital de Vi-

lanculos, dois, e um para Mapu-to, este último “em estado grave”.

Uma fonte assegurou ao Canal-moz que na coluna atacada seguia o comandante nacional da FIR, ge-neral Binda. Entretanto, várias fontes civis certificaram ao Canalmoz, na tarde da última quinta-feira, que em Mambone foram vistos, nos últimos dias, “numerosos homens armados” que se supõe tenham atravessado o Rio Save para a província de Inham-bane, provenientes da província de Sofala. As fontes receiam que se

trate de um desdobramento de ho-mens armados da Renamo, para sul.

A presença de homens armados a sul do Rio Save, que as nossas fon-tes receiam que sejam da Renamo, está agora a fazer com que na zona se comece a temer que possam ocorrer ataques nos próximos dias a norte de Inhambane. (Redacção)

Na coluna que foi atacada seguia o comandante nacional da FIR, general Binda

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Os artigos de opinião inseridos nesta edição são da inteira responsabilidade dos respecti-vos autores e não reflectem necessariamente

o ponto de vista da direcção do jornal.

ano 5 | número 1078 | 04 de Novembro de 20134

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Maputo (Canalmoz) – O vete-rano da luta de libertação na-cional e chefe da brigada cen-tral da Frelimo na província de Maputo, Raimundo Pachinuapa, recusou-se a entrar em comen-tários detalhados sobre o actual espectro de guerra civil que se vive no País, mas disse que “o

Maputo (Canalmoz) – Um “ba-lanço” à governação de Guebuza independente mostra o outro lado que é ignorado nas campanhas promovidas nos últimos dias na Imprensa pública e alguma priva-da. Os pesquisadores do Centro da Integridade Pública (CIP), Baltazer Fael e Edson Cortez publicaram on-tem um texto analítico que mostra que nos 09 anos do Governo de Guebuza, o combate à corrupção “não foi prioridade da governação”.

O texto publicado no newsletter da instituição mostra, com recursos a estatísticas, que durante o período de 2005 a 2013, a corrupção não re-duziu no País, antes pelo contrário, a delapidação do erário público pelos dirigentes aumentou. A prevenção falhou e o combate é ineficiente.

“Analisando as estatísticas sobre o desempenho do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), desde o ano de 2005, observa-se que, anualmente, o número de ca-

que está a acontecer hoje não é um fenómeno novo. Ao longo da nossa história já tivemos mo-mentos complicados e difíceis”.

Pachinuapa, que não fez mais algum comentário a respeito, fala-va na última sexta-feira em confe-rência de Imprensa na Matola, que visava dar detalhes da preparação

sos que são instruídos pelo gabinete tem vindo a conhecer uma tendên-cia crescente, o que significa maior capacidade no tratamento dos pro-cessos de corrupção. Contudo, numa outra vertente, indicia que ainda não se atingiu o nível de re-duzir a ocorrência de casos de cor-rupção, atendendo que não existe diminuição significativa no número de processos a serem tramitados”, lê-se no texto do CIP. “Os núme-ros indicam ainda que, as acções de pre¬venção da ocorrência de casos de corrupção levadas a cabo pelo GCCC e pelas procuradorias, não estão a surtir os efeitos que são de esperar, se atendermos que têm sido realizadas, anualmente, palestras de sensibilização ao nível de todo o país (principalmen¬te nas institui-ções públicas), com vista a reduzir a ocorrência de casos de corrupção no sector público”, prossegue o tex-to, sustentando as constatações com dados numéricos da própria PGR.

do partido Frelimo a nível da pro-víncia de Maputo para a campa-nha eleitoral que arranca esta ter-ça-feira, na província de Maputo.

Reactivação dos gabinetes

Pachinuapa disse que a Freli-mo reactiva a partir de amanhã

Não protecção das vítimas reduz denúncias de corrupção

Os pesquisados do CIP constata-ram ainda que houve “redução dos casos denunciados ou que deram entrada no GCCC e nas procurado-rias desde 2012”, interpretando esta situação como estando “intrinseca-mente ligada à não aplicação da Lei de Protecção de Vítimas, Denun-ciantes, Testemunhas e Outros Sujei-tos Processuais (LPVTD), no sentido de que os potenciais denunciantes sentem-se inibidos de apresentar denúncias de que tenham conhe-cimento por temer consequências adversas, pela não aplicação da re-ferida lei para a sua protecção, para além de que esta falta de garantias para os denunciantes conduz ao aumento das denúncias anónimas, que muitas vezes não prosseguem por não se conhecerem as pesso-as que as fizeram”. (Redacção)

Comentando o actual espectro de guerra civil

Raimundo Pachinuapa diz que “o que está a acontecer hoje não é um

fenómeno novo”

Desde que Guebuza ascendeu ao poder

“Controlo da corrupção não foi prioridade do Governo”

ano 5 | número 1078 | 04 de Novembro de 20135

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Nampula (Canalmoz) – Face à ac-tual crise político-militar e casos de raptos que se vive no País, a popu-lação da cidade de Nampula, norte de Moçambique, saiu à rua no últi-mo sábado (02) para mostrar a sua indignação face a estes fenómenos.

Uma marcha pacífica concorrida por milhares de pessoas percorreu várias artérias da chamada capital do norte tendo depois desaguado no Parque dos Continuadores, no centro da cidade.

Inhambane (Canalmoz) – A em-presa zimbabweana IC Tarco, que estava a reabilitar e a fazer manu-tenção da estrada que liga Maxixe--Homoíne, um troço de cerca de 27 km, abandonou as obras no primei-

os gabinetes eleitorais. “Os ca-maradas do gabinete provin-cial devem estar preparados

Os manifestantes empunhavam dísticos com mensagens claras que “o Governo não está a dar respos-tas às preocupações dos cidadãos”, por isso estes sentem-se inseguros.

No Parque dos Continuadores várias mensagens de repúdio foram apre-sentadas por religiosos e organiza-ções da sociedade civil, chegando a acusar a letargia e a falta de vontade por parte do Governo de Moçambi-que em solucionar estes problemas.

ro semestre do ano em curso sem dar qualquer tipo de explicações.

Os gestores da empresa simples-mente desaparecem sem deixar ras-tos, deixando os seus trabalhadores

para que na noite do dia 4 para 5 a campanha arranque”, disse.

Maputo província vai realizar

O representante da comunida-de Mahometana disse, na ocasião, que o País vive um caos e “o Go-verno não está a envidar esfor-ços para proteger os cidadãos”.

As mensagens foram, na sua maio-ria, direccionadas ao presidente da República de Moçambique, Arman-do Guebuza, a quem a sociedade exige o bom senso para que sejam ultrapassados os problemas que cor-rem no País. (Aunício da Silva)

com salários em atraso de 11 meses. A nível da direcção das Obras Pú-

blicas e Habitação (OPH) e da de-legação da Administração Nacional de Estradas (ANE), na província de Inhambane, ninguém fala sobre o

eleições na cidade de Matola e nos distritos de Boane, Manhiça e Namaacha. (Cláudio Saúte)

Na província de Inhambane

Empreiteiro abandona obras na estrada Maxixe-Homoíne

Na manifestação contra raptos e confrontos armados

População de Nampula acusa Governo de nada fazer

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- “Já notificámos o empreiteiro para responder em juízo”, disse o vice-ministro das Obras Públicas e Habitação, Francisco Pereira

ano 5 | número 1078 | 04 de Novembro de 20136

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Cidade de Maputo

Mercado Central reabre oficialmente depois de obras de reabilitação

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assunto. Sabe-se que o empreitei-ro recebeu cerca de 11 milhões de dólares norte-americanos pela obra. Este dinheiro é de um empréstimo feito pelo Governo ao banco ale-mão Kneditarstar Fur Weidraufbau.

O Canalmoz contactou o vice--ministro das Obras Públicas e Habi-tação, Francisco Pereira, que confir-mou a paralisação das obras no troço Maxixe-Homoíne, tendo dito que o empreiteiro irá devolver o dinheiro, e caso contrário serão tomadas me-didas judiciais. A fonte garantiu que o Governo já notificou a empresa IC Tarco de modo a explicar sobre a pa-ralisação da reabilitação daquela via.

Maputo (Canalmoz) – O Mer-cado Central da cidade de Ma-puto reabriu oficialmente ao público na última sexta-feira depois de ter beneficiado de obras de reabilitação avaliadas em 116 milhões de meticais.

O mercado tem agora uma nova imagem e está moderniza-do depois de um ano e meio em que esteve a funcionar de for-ma condicionada. A reabilitação consistiu na substituição da co-bertura do edifício principal que já estava totalmente danificado, a reabilitação das 378 bancas, construção do sistema de abas-tecimento de água e de energia

Salários em atraso

Em declarações ao nosso jornal os ex-trabalhadores da empresa disse-ram que, para além de ter abandona-do as obras, a IC Tarco também está a dever cerca de onze meses de salários, facto que já foi reportado à Direcção Provincial do Trabalho na Província de Inhambane, para além do tribu-nal judicial do distrito de Maxixe.

Segundo apurámos, a empresa tra-balhava com técnicos e engenhei-ros zimbabweanos. Os moçambi-canos eram simples trabalhadores.

O Canalmoz visitou o estaleiro da IC Tarco, situado na vila sede de Ho-moíne. No terreno já não há máqui-

eléctrica de modo a permitir a la-vagem e conservação de produtos frescos em caso de necessidade.

Foram igualmente constru-ídas 150 barracas para ven-da de produtos de mercea-ria, de beleza e de artesanato.

Simango apela aos vendedores a conservar o mercado

O presidente do Conselho Mu-nicipal, David Simango, referiu que as obras tinham como prin-cipal objectivo oferecer conforto e comodidade aos mais de 500 vendedores do Mercado Cen-tral, bem como tornar as insta-

nas que estavam a facilitar os traba-lhos, excepto um cilindro nivelador que está abandonado ao longo da estrada no cruzamento de Maputo.

Entretanto, as obras só foram execu-tadas em menos da metade, inician-do a partir do bairro Chambone-6 na cidade de Maxixe, até mais 10 qui-lómetros. Daí para frente a estrada continua degradada até Homoíne.

Má qualidade da obra

Apesar de não ter mais de seis meses após a reabilitação, os cerca de dez quilómetros da estrada que se benefi-ciou das obras já têm buracos. (Lucia-no da Conceição, em Inhambane)

lações mais atractivas aos visi-tantes, sobretudo para turistas estrangeiros, uma vez que é um dos locais mais visitados a ní-vel da cidade de Maputo por se tratar de um mercado histórico.

David Simango lançou um for-te apelo a todos vendedores no sentido de fazerem uso racio-nal das instalações para permi-tir que o mercado não venha a precisar de obras de reabilita-ção num curto espaço de tempo.

O mercado conta, neste mo-mento, com quatro sanitários e uma câmara frigorífica para con-servação de produtos pesqueiro e hortícolas. (Raimundo Moiane)

ano 5 | número 1078 | 04 de Novembro de 20137

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Para apoiar vítimas de violência doméstica

OIM patrocina construção de duas unidades policiais em Gaza

CTA contesta margem máxima de lucro sobre produtos considerados essenciais

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Maputo (Canalmoz) - A Organi-zação Internacional de Migração (OIM) está a financiar a constru-ção de duas unidades policiais de atendimento a mulheres e crianças vítimas da violência, em dois bair-ros de reassentamento das vítimas das cheias na província de Gaza.

Segundo o porta-voz do Coman-do Provincial da Polícia da Repú-blica de Moçambique (PRM) em Gaza, Jeremias Langa, em decla-rações ao Canalmoz, as duas uni-dades estão orçadas em 120 mil dólares norte-americanos, sendo

Maputo (Canalmoz) - Um estudo com vista a fazer uma reflexão e enquadramento

60 mil dólares a cada uma delas.A primeira unidade policial,

cuja primeira pedra foi lançada na última segunda-feira, dia 28 de Outubro, vai ser construída no Centro de Reassentamento Marien Ngouabi, na cidade de Xai-Xai, e a segunda unidade vai ser cons-truída no Centro de Chihaquela-ne, no distrito de Chókwè. Para este último posto policial, a pri-meira pedra foi lançada na última quarta-feira, dia 30 de Outubro.

De acordo com a nossa fonte, para além de atender mulheres

teórico-económico e jurídi-co do Decreto 56/2011, de 04 de Novembro, que regu-

e crianças vítimas de violência doméstica naqueles dois bairros de reassentamento, as duas uni-dades policiais vão poder aten-der casos de outros populares.

A construção das duas obras, ainda de acordo com Jeremias Langa, está a cargo J. Constru-ções Lda. e a fiscalização com a Samaritan Purse. Está previs-to que as duas obras sejam en-tregues até Dezembro próximo, isso “caso as chuvas não invia-bilizem”. (Bernardo Álvaro)

la e fixa as margens máximas de lucro sobre 12 produtos considerados essenciais para

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8 ano 5 | número 1078 | 04 de Novembro de 2013

Capitais Provinciais

Maputo

Xai-Xai

Beira

Quelimane

Nampula

Lichinga

Inhambane

Chimoio

Tete

Pemba

Terça-Feira QuartaFeira Quinta-Feira

Previsão do Tempo até Quinta-Feira

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Segunda-Feira

as populações de renda bai-xa foi apresentado em Ma-puto, quinta-feira última.

O estudo foi apresentado por Vasco Nhabinde, docente uni-versitário, num encontro que contou com a participação de operadores económicos, ges-tores, políticos, jornalistas e estudantes do ensino superior, entre outros, organizado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique – CTA e a Associação Comer-cial de Moçambique - ACM.

Adelino Buque, porta-voz da CTA, frisou que o encontro teve como principal objectivo con-testar o Decreto 56/2011, cuja implementação cabe ao Mi-nistério da Indústria e Comér-cio, que não se enquadra com a actual estrutura do mercado.

“O sentimento que nós te-mos como associação co-mercial é que o Decreto e as respectivas margens de lucro foram determinados numa base não realistíca. Esta me-dida tem muitas implicações na comunidade empresarial”.

De acordo com Buque, o Decreto 56/2011 remete a co-munidade empresarial do co-mércio à percepção de que as instituições do Governo ainda não olham para este sector como factor do desenvolvi-mento económico do nosso País, “na verdade as margens estipuladas sobretudo para os produtos frescos representam um asfixiar do comércio for-mal em Moçambique”, disse.

Por outro lado, o porta-voz afirmou que a medida é um re-

trocesso enorme para o sector comercial, por isso recomen-da-se ao governo a conceder estímulos à produção local dos produtos básicos e oferecer isenção ou tarifas reduzidas na importação dos mesmos.

“Devido às dificuldades que o governo tem para efecti-vamente exercer o contro-lo dos preços e das margens de lucro e o facto destes se situarem abaixo dos níveis estabelecidos, recomenda--se a revogação do Decreto”.

Para além de ter sido apre-sentado o estudo que visava medir o impacto do referido Decreto sobre os operadores económicos, ainda durante o encontro, teve lugar um deba-te sobre o mesmo tema. (FDS)

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