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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA APLICAÇÕES FOLIARES DE NUTRIENTES E BIORREGULADOR VEGETAL NA CULTURA DA SOJA IGOR CAVALHEIRO BINSFELD SINOP MT DEZEMBRO 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

APLICAÇÕES FOLIARES DE NUTRIENTES E BIORREGULADOR

VEGETAL NA CULTURA DA SOJA

IGOR CAVALHEIRO BINSFELD

SINOP – MT

DEZEMBRO – 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

APLICAÇÕES FOLIARES DE NUTRIENTES E BIORREGULADOR

VEGETAL NA CULTURA DA SOJA

IGOR CAVALHEIRO BINSFELD

PROF.º DR. ANDERSON LANGE

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

apresentado ao Curso de Agronomia do

ICAA/CUS/UFMT, como parte das

exigências para a obtenção do Grau de

Bacharel em Agronomia.

SINOP – MT

DEZEMBRO – 2016

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a)

autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

C376a Cavalheiro Binsfeld, Igor.Aplicações foliares de nutrientes e biorregulador vegetal

na cultura da soja / Igor Cavalheiro Binsfeld. -- 201631 f. ; 30 cm.

Orientador: Anderson Lange.TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal

de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais,Sinop, 2016.

Inclui bibliografia.

1. Adubação Foliar. 2. Hormônio. 3. Glycine max L.Merril. I. Título.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente a Deus, por ter guiado meus passos até hoje.

Agradeço ao meu pai Ivan Carlos Binsfeld, minha mãe Sirlei Cavalheiro e minha Carla

Cavalheiro Binsfeld por todo companheirismo e apoio dado em minhas decisões.

Agradeço ao professor Anderson Lange pela orientação e todo suporte para que este trabalho

fosse realizado.

Agradeço ao professor Rogério Machado e sua esposa Marinez pela paciência e ajuda.

Agradeço a UFMT Campus Sinop, todo corpo docente e funcionários por poder me transmitir

o conhecimento necessário para trilhar minha carreira.

Agradeço a Fazenda Celeste por incentivar a pesquisa acadêmica e pelo apoio.

Agradeço a todos os amigos que fiz na vida acadêmica e por toda ajuda e força que deram

nesse período.

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SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................... 5

ABSTRACT ........................................................................................................................... 6

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 8

2.1 CULTURA DA SOJA ............................................................................................... 8

2.2 ADUBAÇÃO ............................................................................................................ 9

2.3 ADUBAÇÃO FOLIAR .............................................................................................10

2.4 MACRONUTRIENTES ...........................................................................................10

2.4.1 Nitrogênio ........................................................................................................10

2.4.2 Enxofre ...........................................................................................................11

2.5 MICRONUTRIENTES ............................................................................................12

2.5.1 Boro ................................................................................................................12

2.5.2 Cobre ..............................................................................................................13

2.5.3 Molibdênio .......................................................................................................14

2.5.4 Manganês .......................................................................................................15

2.5.5 Zinco ...............................................................................................................15

2.6 ELEMENTO BENÉFICO À FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO ...............16

2.6.1 Cobalto ...........................................................................................................16

2.7 REGULADORES VEGETAIS .................................................................................16

3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................. 18

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL ...........................................................................18

3.2 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO .........................................................................18

3.2.1 CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS..........................................................21

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 22

4.1 ALTURA DE PLANTAS E INSERÇÃO DA PRIMEIRA VAGEM .............................22

4.2 Vagens por planta ..................................................................................................23

4.2.1 Número de grãos por vagem ...........................................................................24

4.2.2 Massa de 100 grãos ........................................................................................24

4.3 PRODUTIVIDADE ..................................................................................................25

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 28

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 29

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RESUMO

O uso de adubação foliar tem como objetivo complementar a nutrição via solo e também de fornecer o nutriente em épocas especificas de maior necessidade para a planta. Além da complementação da nutrição, o uso de reguladores vegetais tem como objetivo maior expressão no desenvolvimento das culturas, sendo usados para terem efeitos de incremento de produtividade e qualidade nas plantas. Foi realizado experimento utilizando seis tratamentos dispostos em delineamento em blocos casualizados (DBC), com quatro repetições, totalizando 24 parcelas e tendo como objetivo avaliar o efeito de complexo de nutrientes contendo enxofre, fósforo, nitrogênio, boro, cobre, manganês, molibdênio, zinco, cobalto e de regulador vegetal contendo auxina, citocinina e giberelina aplicados em pulverização foliar em diferentes fases vegetativa e reprodutiva da cultura de soja (Glycine max L. Merril), cv. TMG 4190, sendo mensurado o parâmetro de rendimento dos tratamentos. Foram analisadas altura de plantas, altura de inserção da primeira vagem, número de vagens por planta, número de grãos por vagem, produtividade e massa de 100 grãos. Em nenhum dos resultados obtidos houve diferença estatística entre os tratamentos.

PALAVRAS-CHAVE: Adubação Foliar, Hormônio, Glycine max L. Merril.

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ABSTRACT

The use of leaf fertilization aims to complement soil nutrition and to provide nutrients to the plant at specific times of great need. In addition to the complementation of nutrition, the use of plant regulators has the objective of greater expression in the development of crops, being used to increase productivity and quality in the plants. The experiment was realized using six treatments arranged in a block design (DBC), with four repetitions, totalizing twenty-four plots and aiming to evaluate the effect of complex nutrient containing sulfur, phosphorus, nitrogen, boron, copper, manganese, molybdenum, zinc, cobalt and plant regulators containing auxin, cytokinin and gibberellin applied in foliar spray at different vegetative and reproductive stages of the soybean crop (Glycine max L. Merril), cv. TMG 4190, being evaluated the parameters of treatment of productivity. It was evaluate the height of plants, height of insertion of the first pod, number of pods per plant, number of grains per pod, productivity and mass of 100 grains. In none of the results obtained was statistical difference between the treatments.

KEYWORDS: Leaf Fertilization, Hormone, Glycine max L. Merril.

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás apenas dos EUA, na safra

2015/2016, a cultura produziu um total de 95,63 milhões de toneladas e ocupou uma área de

33,17 milhões de hectares e produtividade média de 2.882 kg por hectare (EMBRAPA, 2016).

A soja foi a cultura que mais cresceu no país nas últimas três décadas e hoje está

representada a 49% da área plantada em grãos no Brasil, o aumento da produtividade está

associado aos avanços tecnológicos e ao manejo e eficiência dos produtores, o grão é usado

com as mais diferentes finalidades, desde a fabricação de rações animais e até na

alimentação humana (MAPA, 2016).

A agricultura brasileira vem passando por importantes mudanças tecnológicas

resultando em aumentos significativos da produtividade, dentre essas tecnologias está a

necessidade de uma produção sustentada, onde uma das chaves para um manejo correto é

uma adubação equilibrada (EMBRAPA, 2010). Considera-se a fertilidade do solo um dos

principais entraves para produção agrícola, pois tanto a produção de forragem quando de

grãos necessita de nutrientes, e a falta de nutrientes e o uso inadequado desse procedimento

leva a queda de qualidade e produtividade.

Com o decorrer dos anos, a prática da adubação foliar vem aumentando em várias

culturas, pois a reposição de nutrientes é mais eficaz, mais econômica e rápida em

comparação a adubação via solo, não sendo a intenção substituir a adubação de base, mas

sim corrigir, complementar e repor os nutrientes à planta de acordo com sua necessidade em

épocas de desenvolvimento específicas, tendo o máximo de aproveitamento, pois somente a

presença de nutrientes no solo não garante uma assimilação efetiva dos fertilizantes minerais

pela planta (MOCELLIN, 2004).

O presente estudo teve como objetivo avaliar a nutrição foliar de macro e

micronutrientes e regulador vegetal em diferentes estádios fenológicos e avaliar sua influência

no desenvolvimento e rendimento na cultura da soja.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CULTURA DA SOJA

A soja (Glycine max L ) é uma leguminosa que faz parte da família Fabaceae assim

como a ervilha, o feijão e a lentilha. A soja que hoje cultivamos é muito diferente dos seus

ancestrais, que eram plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia,

principalmente ao longo do rio Yangtse, na China, as primeiras citações do grão aparecem no

período entre 2883 e 2838 AC, quando a soja era considerada um grão sagrado, ao lado do

arroz, do trigo, da cevada e do milheto. (EMBRAPA, 2016).

Um dos principais indicativos que atestam a importância cultural e nutricional da soja

é que nos anos 200 (a.C) o grão era matéria prima essencial para a produção de tofu, tendo

representado por milhares de anos a proteína vegetal, o leite, o queijo, o pão e o óleo para os

chineses, e era vendida ou trocada por outras mercadorias, sendo uma espécie de moeda

(APROSOJA, 2014).

Embora tenha registro do cultivo experimental na Bahia em 1.882, a introdução no

Brasil teve como marco principal em 1.901 quando começaram o cultivo na Estação

Agropecuária de Campinas e sua distribuição para produtores paulistas. Em 1.904 foi

introduzida no Rio Grande do Sul, onde se destacou por possuir condições climáticas

similares às das regiões produtoras nos Estados Unidos (onde os primeiros cultivares tiveram

origem até 1.975) (APROSOJA, 2016).

Segundo o Boletim de pesquisa da soja 2013/2014 o grande desafio é gerar alimento

para o mundo, porém, além das safras recordes e do superávit econômico obtido

recentemente no país, constatou-se que estamos caminhando cada dia mais rapidamente

rumo à consolidação do Brasil como maior produtor de grãos do planeta.

Em documento lançado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e

Alimentação (FAO) sobre as perspectivas agrícolas 2015-2024 é afirmado que entre os

desafios que o Brasil deverá enfrentar será manter o crescimento da produção e a

produtividade, e ao mesmo tempo garantir o alinhamento desses avanços em relação aos

objetivos de redução da desigualdade e também da pobreza no país com base na

sustentabilidade ambiental.

Visto que se precisa de técnicas para melhor uso da terra e aumento de produtividade

há vários métodos de manejo e como afirma GOEDERT (1997), a adubação é uma prática

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importante para a agricultura brasileira, sendo responsável por grande proporção da produção

agrícola, a tarefa de recomendar essa prática não é simples, já que exige conhecimento prévio

de fatores ambientais e socioeconômicos.

2.2 ADUBAÇÃO

Para cada tipo de cultura as plantas requerem um número elevado de elementos para

seu desenvolvimento, que em grande parte são retirados do solo. O solo é um reservatório

natural de nutriente, porém o nível e volume desse reservatório possui uma gama de variação,

que vai do tipo de solo, e mesmo os solos mais férteis não possuem reservatório inesgotável,

em outras palavras, a agricultura não pode ser concebida sem aplicação de fertilizantes e

corretivos (GOEDERT, 1997).

A adubação é uma realidade no Brasil, visto que, a maioria dos solos agricultáveis não

apresenta fertilidade natural, e mesmo em solos corrigidos ou recuperados há sempre a

necessidade de repor os nutrientes retirados pelas plantas, ou seja, realizar a adubação de

reposição ou de manutenção para cada cultivo (GOEDERT, 1997).

Uma planta bem nutrida está em condições de produzir mais sementes, para a maioria

das espécies a exigência nutricional mais intensa no início da fase reprodutiva por conta da

formação de sementes. A disponibilidade de nutrientes influi no metabolismo da planta, vigor

de semente, sua composição química, na boa formação do embrião e do órgão de reserva

(CARVALHO et. al, 2000).

Tabela 1. Quantidade absorvida e exportação de nutrientes pela cultura da soja

Obs.: à medida que aumenta a matéria seca produzida por hectare, a quantidade de nutrientes nos restos culturais da soja não segue modelo linear (EMBRAPA, 2011).

Somente a análise química da planta não é suficiente para o estabelecimento da

essencialidade de um elemento. É absorvido do solo pelas plantas os elementos essenciais,

porém ela é feita sem muita discriminação, absorvendo elementos benéficos e os tóxicos,

podendo estes últimos levá-las à morte (FAQUIN, 1995).

Partes da N P2O5 K2O Ca Mg S B Cl Cu Fe Mn Mo Zn

planta

Grãos 51 10 20 3 2 5,4 20 237 10 70 30 5 40

Restos Culturais 32 5,4 18 9,2 4,7 10 57 278 16 390 100 2 21

Total 83 15,4 38 2,2 6,7 15,4 77 515 26 460 130 7 61

%Exportada 61 65 53 25 30 35 26 46 38 15 23 71 66

Kg (1000 kg) -1 ou g kg -1 g (1000 kg) -1 ou mg kg -1

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Os elementos essenciais são divididos em dois grandes grupos, dependendo das

quantidades exigidas pela planta, sendo: Macronutrientes – N, P, K, Ca, Mg e S, e

micronutrientes – B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn (e Co) (MALAVOLTA, 1980).

2.3 ADUBAÇÃO FOLIAR

A adubação foliar é um processo em que a nutrição das plantas é feita através das

partes aéreas, principalmente das folhas. Porém não é substitutiva da adubação radicular pois

alguns elementos como os macronutrientes são requeridos em quantidades maiores, o que

exigiria um grande número de aplicações para atender às exigências das plantas (FAQUIN,

2005). A adubação foliar é empregada para a correção ou prevenção de deficiências de macro

ou micronutrientes, quando as mesmas comprometem a produção ou a qualidade, ou ambas,

complementando ou substituindo o fornecimento via solo (MALAVOLTA, 2006).

Os resultados experimentais realizados pelas instituições de pesquisa têm mostrado

grande variabilidade na resposta da soja à sua aplicação, o período em que os nutrientes são

absorvidos em maior quantidade, corresponde à fase do desenvolvimento da planta em que

as exigências nutricionais são maiores. Assim como a adubação tradicional via solo tem um

objetivo definido e especifico, ou seja, complementar a nutrição da planta em quantidade e

qualidade em relação ao que o solo pode fornecer, a adubação foliar também precisa ser

definida e utilizada com objetivos específicos e baseada em critérios técnicos/econômicos

(STAUT, 2007).

2.4 MACRONUTRIENTES

2.4.1 Nitrogênio

O nitrogênio é um dos elementos mais importantes e requeridos pelas culturas, sendo

ele o que mais limita o crescimento, ele faz parte de muitos constituintes celulares, como

proteínas, ácidos nucléicos e também de membranas e hormônios vegetais, sua deficiência

resulta em clorose das folhas mais velhas e redução do crescimento, pois para tentar suprir a

deficiência a planta promove o alongamento da raiz em busca do nutriente (SOUZA &

SILVESTRE, 2006)

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O nitrogênio sofre uma série de processos de transformação no solo, tais como: (1)

amonificação (transformação do N orgânico em amoniacal), (2) nitrificação (oxidação do

amônio a nitrato passando por nitrito, (3) mineralização do nitrogênio, (4) imobilização

(conversão do N mineral em orgânico, o que corre por conta dos microrganismos do solo e

pela planta verde, sendo neste último caso o processo é chamado de assimilação), (5)

desnitrificação (produção de formas gasosas de nitrogênio, N2 e óxidos, a partir de nitrito e

nitrato, (6) fixação do nitrogênio (conversão do N2 gasoso em forma combinada)

(MALAVOLTA, 2006)

A cultura da soja requer o N em maior quantidade, pois os grãos são muito ricos em

proteínas, apresentando um teor médio de 6,5% N. Para produzir 3.000 kg de grãos precisa

de 240 kg de N, sendo destes 195 kg retirados pelos grãos e 45 kg para as folhas, caule e

raízes (HUNGRIA et.al, 2001)

2.4.2 Enxofre

O enxofre em sua forma elementar foi o primeiro fungicida usado pelo homem, pois

não deixa resíduos nas partes tratadas e possui baixa toxicidade para o homem e os animais,

sendo caracterizado por compostos que atuam por contato matando e erradicando estruturas

de fungos na superfície da planta (ZAMBOLIM, 2012)

O enxofre é capaz de promover o crescimento de raízes e a nodulação de

leguminosas, ele é incorporado em proteínas, enzimas, aminoácidos, vitaminas, óleos

aromáticos e ferrodoxinas, nos solos do cerrado as suas deficiências podem ser corrigidas

com a gessagem ou fertilizantes que contêm o S em associação ou não com a calagem do

solo (ZAMBOLIM, 2012)

Os sintomas de deficiência de enxofre são muito semelhantes à de deficiência de

nitrogênio, pois ambos têm similaridades no metabolismo das plantas, podendo se diferenciar

na fase inicial onde a falta de S começa nas folhas mais novas devido da baixa mobilidade do

nutriente, enquanto a falta de N começa nas folhas mais velhas devido sua alta mobilidade,

os sintomas visíveis são: clorose, folhas pequenas, necrose e desfolhamento, redução de

florescimento e plantas raquíticas (PRADO, 2008).

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2.5 MICRONUTRIENTES

A aplicação de micronutrientes nas culturas ressalta um aspecto conhecido para os

macronutrientes: as necessidades e o aproveitamento entre diferentes espécies e variedades

de plantas, sendo que essas diferenças são muitos marcantes chegando ao ponto de não

poder se falar em deficiências sem considerar as culturas. (Raij et.al, 2001)

Rosolem et. al. (2001) dizem que os problemas nutricionais com micronutrientes para

a cultura da soja no Brasil variam com os diferentes tipos de solos e regiões produtoras, e

afirma que são escassos na literatura brasileira relatos de ocorrência de deficiência de zinco

e de boro na cultura da soja, entretanto, respostas ao molibdênio têm sido generalizadas em

solos com pH baixo em todas regiões brasileiras

O conhecimento do efeito residual de fertilizantes contendo micronutrientes é de

fundamental importância para a definição de doses e do intervalo de reaplicação dos mesmos,

sendo um assunto complexo envolvendo não apenas as fontes utilizadas, mas também as

doses, métodos de aplicação, taxas de exportação pelas culturas, manejo dos restos culturais,

tipos de solo e sistemas de produção (agricultura convencional e plantio direto), dentre outros.

(LOPES, 1999)

Yamada (2004) cita que Fageria et.al (2002) mencionam que a deficiência de

micronutrientes está muito generalizada, devido a fatores de práticas intensivas de manejo e

adaptação de cultivares altamente produtivas exigindo assim maior demanda de

micronutrientes, também a maior uso de fertilizantes concentrados com menor quantidade de

contaminação por micronutrientes, o uso de solos com baixa reserva nativa e o envolvimento

ambiental e do homem limitando a disponibilidade para a planta gerando desequilíbrios.

Por definição, os micronutrientes boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês

(Mn), zinco (Zn) e molibdênio (Mo) são nutrientes requeridos em quantidades muito pequenas

pelas plantas. Embora não seja essencial aos vegetais, o cobalto (Co) é fornecido com os

micronutrientes para plantas leguminosas, pois se trata de um elemento necessário ao

adequado funcionamento da simbiose rizóbio-leguminosa (RESENDE, 2003).

2.5.1 Boro

O boro é o único nutriente da planta que até hoje não foi encontrado nenhum composto

vital de ele participe e nem se identificou qualquer reação crucial para o metabolismo que

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deixa de ocorrer em sua ausência, o boro influencia na atividade de componentes específicos

da membrana celular aumentando a capacidade da raiz para absorver P, Cl, e K

(MALAVOLTA, 1980).

Amaral et. al citando PAVAN & CORREA (1988) afirmam que o Boro é um

micronutriente sem o qual as culturas não produzem ou tem a produtividade drasticamente

reduzida, os fatores de grande importância para sua disponibilidade no solo são: pH, textura

e o teor de matéria orgânica do solo. No caso do pH há aumento da adsorção no solo em

valores de 6,5-7,0, em relação a matéria orgânica a maior parte disponível às plantas é

encontrada nos compostos orgânicos e o equilíbrio do Boro com esses compostos resulta em

maior ou menor liberação na solução do solo. Quanto a textura, Ferreira (1998) relata que a

adsorção do B aplicado ao solo aumenta com o teor de argila e com os teores de óxidos de

ferro livres dessas argilas.

Segundo Rosolem et. al. (2001) sintomas de deficiência em boro na soja apresentam

clorose internerval das folhas mais novas, tornando-se em coriáceas, com as pontas curvadas

para baixo e com o limbo enrugado, as raízes apresentam crescimento limitado, podendo

ocorrer morte da gema apical e como consequência havendo ramificação do caule. Para

produzir uma tonelada de grãos a soja absorve aproximadamente 150 g de B. sendo desse

total 20% encontrado nas raízes, 44% na parte aérea e 36% nos grãos, havendo exportação

relativamente alta. Segundo Malavolta (1980) A planta necessita de um suprimento contínuo

para viver e para a prevenção ou correção da deficiência, o fornecimento deve ser feito de

preferência via radicular.

2.5.2 Cobre

O Cu é um importante elemento e que está relacionado as crescimento e

desenvolvimento das plantas, o nutriente está ligado a enzimas que participam de reações

redox, como a plastocianina, a qual está relacionada no transporte de elétrons na fotossíntese

(TAIZ E ZEIGER, 2010). O cobre também atua como ativador de enzimas que participam no

transporte eletrônico terminal da respiração (HANSEL & OLIVEIRA, 2016).

O Cu apresenta baixa concentração nos tecidos da planta, geralmente entre 2 e 20 mg

kg-1 na matéria seca, a sua absorção ocorre por meio de processo ativo, e existem fortes

evidência de que este elemento iniba fortemente a absorção de zinco e vice-versa (DECHEN

& NACHTIGALL, 2006).

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De todos os micronutrientes, a deficiência de Cu é a mais difícil de diagnosticar, devido

à interferência de outros elementos, como: P, Fe, Mo, Zn, e S, como exemplo a aplicação em

excesso de fertilizantes fosfatados em citros e outras fruteiras podem causar a deficiência do

nutriente. As deficiências se manifestam como: folhas jovens tornam-se murchas e enroladas,

inclinação de pecíolos e talos, tornando-se quebradiças e caem, apresentam clorose e

redução da lignificação, assim os vasos não-lignificados do xilema são comprimidos por

tecidos vizinhos reduzindo o transporte de água e solutos, em cereais a deficiência provoca

abortamento de flores, produzindo espigas pouco granadas (DECHEN & NACHTIGALL,

2006). A fixação biológica do nitrogênio é também afetada pelo cobre nos nódulos radiculares

para o mecanismo de fixação, um efeito indireto, envolvendo a falta de suprimento de

carboidratos para a nodulação e fixação do N2 em plantas deficientes (FAQUIN, 2005).

2.5.3 Molibdênio

Segundo Nicholas (1975) citado por Malavolta (2006) o Mo é componente de pelo

menos cinco enzimas distintas que catalisam reações diversas participando em processos de

transferência eletrônica, sendo elas a nitrogenase, redutase do nitrato oxidase da xantina,

oxidase do aldeído e oxidase do sulfato, sendo essas enzimas complexas e cada uma tendo

grupo adicionais não proteicos que também são transportadores de elétrons

Rosolem et. al (2001) afirma que em solos ácidos a calagem é indispensável mesmo

havendo a aplicação de molibdênio, não sendo ela suficiente para obter altas produtividades

de soja. Muitas vezes, não sendo regra geral, com o aumento do Ph, devido ao processo de

calagem há aumento da disponibilidade do nutriente e evita ou cura a deficiência.

(MALAVOLTA, 2006)

A deficiência de Mo tem efeito negativo na formação de ácido ascórbico, no conteúdo

de clorofila e na atividade respiratória, a deficiência em Mo provoca uma concentração

anormal de No3- nas folhas, afetando o metabolismo do N, assim pode influenciar a viabilidade

do grão de pólen e consequentemente afetando a produção da planta. Inicialmente os

sintomas de deficiência são a deformação das folhas, mesmo apresentando a cor verde, em

seguida elas mostram tamanho reduzido apresentando clorose total ou parcial e mosqueados

de cor marrom, surgindo zonas necróticas na ponta das folhas e por último ocorre a morte da

folha provocando morte prematura. (DECHEN & NACHTIGALL, 2006)

Embora a necessidade de Mo seja em pequenas quantidades, alguns solos

apresentam níveis inadequados e pequenas adições de molibdênio nesses solos podem

melhorar bastante o crescimento das culturas a um preço desprezível (TAIZ & ZEIGER, 2004).

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2.5.4 Manganês

O manganês participa de vários processos na planta, ele atua na ativação de diversas

reações metabólicas ligadas à fotossíntese, na constituição de enzimas e também na

participação indireta na formação de clorofila. (HANZEL & OLIVEIRA, 2016)

Devido à predominância da acidez nos solos das regiões tropicais e subtropicais, o

que favorece a disponibilidade do Mn, é muito mais frequente a toxidez do que a deficiência

do micronutriente nas plantas. (FAQUIN, 2005)

Segundo Fageria (2009) citado por Hansel & Oliveira (2016) sua disponibilidade no

solo é determinada por vários fatores, incluindo pH, potencial redox, natureza e concentração

de cátions e ânions, composição mineralógica do solo, teor de matéria orgânica no solo e

microrganismos.

Os sintomas principais de deficiência de Mn são a clorosa internervura associada com

o desenvolvimento de pequenas manchas necróticas, podendo tanto ocorrer em folhas mais

jovens ou velhas, dependendo da cultura e da taxa de crescimento. (TAIZ & ZEIGER, 2004).

Mesmo pequenas deficiências de manganês afetam a fotossíntese e diminuem o nível de

carboidratos solúveis na planta, e a reposição deste micronutriente reativa a evolução

fotossintética de oxigênio. Com deficiência mais severa de Mn ocorre uma quebra na estrutura

do cloroplasto que não pode ser revertida, e por ser de grande importância para o transporte

de elétrons a reação à luz durante a fotossíntese, assim como outras reações associadas a

esse transporte (KIRKBY & RÖMHELD, 2007).

2.5.5 Zinco

O Zn é provavelmente o micronutriente cuja deficiência é mais comum no Brasil, tanto

em culturas anuais quanto perenes, 50% dos solos usados para cereais no mundo inteiro tem

pouco Zn disponível, o que reduz a produção como também a qualidade nutricional dos grãos

(MALAVOLTA, 2006).

A concentração de Zn é encontrada em grande parte na raiz, enquanto nos frutos seu

conteúdo é sempre muito baixo, o zinco atuo como co-fator enzimático, sendo essencial para

a atividade, regulação e estabilização da estrutura protéica ou em combinação na constituição

de enzimas desidrogenases, participação na ativação enzimática da trifostado-

desidrogenase, que é uma enzima essencial na glicólise, o Zn também afeta a síntese e

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30

conservação triptofano, precursora do ácido indolacético (AIA), que são hormônios vegetais

envolvidos no crescimento dos vegetais (DECHEN & NACHTIGALL, 2006).

Cada vez mais há evidências de que o Zn protege as plantas contra vários patógenos,

isso se deve de que o nutriente mantém a estrutura e integridade da membrana e de controlar

a permeabilidade. Em casos de deficiência de zinco, ocorre a permeabilidade da membrana

e com isso os carboidratos e os aminoácidos são liberados, causando ataque tanto para as

raízes quanto para as brotações por atrair insetos e patógenos para a planta (KIRKBY &

RÖMHELD, 2007).

2.6 ELEMENTO BENÉFICO À FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO

2.6.1 Cobalto

O cobalto é essencial para o processo de fixação biológica do nitrogênio (FBN) na

cultura da soja, pois ele é componente da vitamina B12, a qual é importante para a formação

da coenzima cobalamida, e esta é precursora da leghemoglobina (KORNDÖRFER, 2006).

O cobalto é um elemento que pode ser absorvido como Co+2, quelados e complexos

orgânicos e fitometalóforos, o transporte a longa distância se dá na corrente transpiratória nas

formas iônicas e de compostos orgânicos, o elemento se acumula nas pontas e margens das

folhas, quando aplicado nas folhas é praticamente imóvel, e por isso sua redistribuição é muito

baixa (MALAVOLTA, 2006).

A aplicação de Co individualmente, tanto em sementes quando em folhas é pouco

eficiente, mas quando aplicado em conjunto com o molibdênio há um aumento na eficiência

da FBN, fazendo com que a quantidade de nitrogênio fixado por nódulo se relacione

positivamente ao N total nos grãos e rendimento de grãos de soja (CAMPO & HUNGRIA,

2002).

2.7 REGULADORES VEGETAIS

Muitos fisiologistas aceitam a definição de que hormônios são compostos orgânicos

sintetizados em uma parte da planta e translocados para outra na qual, em concentrações

muito baixas, causa uma resposta fisiológica. A resposta no órgão alvo não precisa ser

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30

promotora, porque processos como crescimento e a diferenciação são as vezes inibidos pelos

hormônios, principalmente o ácido abscísico (SALISBURY, 2012).

Devido ao grande número de hormônios naturais já identificados nas mais diferentes

espécies vegetais e a produção crescente de novas substância sintéticas com a mesma

função teve a necessidade de diferenciar então se denominou esses compostos sintéticos de

“reguladores”, e o termo hormônios é reservado somente parar os compostos naturais

(FLOSS, 2008).

Segundo Castro (1980) citado por Castro et. al. observa-se uma melhoria nas

produções de soja pela utilização de biorreguladores e isso tem recebido ênfase em pesquisas

na indústria, em universidades e agências do governo. No entanto, o o desenvolvimento de

compostos potencialmente ativos, que poderiam aumentar significativamente as produções,

tem sido limitado por diversos fatores, tais como variáveis fisiológicas como fotossíntese e

eficiência da fixação do nitrogênio. Fatores ambientais também modificam o desenvolvimento

da semente e a maturação. Dessa forma, a habilidade de um regulador vegetal em favorecer

o desenvolvimento ou evitar as limitações em produção pode não aumentar significativamente

a produtividade, desde que outros fatores (umidade, temperatura e radiação) sejam limitantes.

(CASTRO, 2008).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL

O experimento foi conduzido no ano agrícola 2014/2015 na fazenda Celeste localizada

no município de Vera, que está localizada no médio norte do Estado de Mato Grosso. O solo

é caracterizado como latossolo vermelho amarelo de textura média e o clima da região é

classificado como Aw, segundo a classificação de Köppen, com estação seca bem definida,

sendo caracterizada pela estiagem rigorosa e período chuvoso bastante intenso. A

temperatura média anual oscila entre 20°C e 38°C e média de 26ºC.

O solo da área experimental foi amostrado na safra 2013/14, antes da semeadura,

apresentando os valores expressos nas tabelas:

Tabela 2 - Caracterização química do solo da área experimental.

pH P K Ca Mg Al H+Al Mo B Cu Fe Mn Zn

Água mg dm-3 ---------- cmolc dm-3 --------- g dm-3

------------ mg dm-3 ----------

6,2 16,3 0,15 2,1 0,9 0 2,7 2,5 0,2 0,7 16,2 6,8 13,4

Tabela 3 – Caracterização química do solo da área experimental.

Sb t T V m Ca/Mg Ca/K Mg/K Ca+Mg/K

-------- cmolc dm-3 ------ ------ (%) ------

3,13 3,18 5,83 53,7 1,6 2,5 14,1 5,7 19,9

3.2 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO

O trabalho foi desenvolvido utilizando a cultivar de soja TMG 4190, de ciclo com

estimativa para o médio norte do estado de Mato Grosso entre 124 a 130 dias. Essa variedade

possui alto potencial produtivo em áreas livres de nematoides, sendo suscetível para a

nematoide das galhas (M. javanica) e (M. incognita), nematoide de cisto (H. glycines) e tendo

resistência moderada para a nematoide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus),

além disso possui boa sanidade e alto poder de engalhamento.

A semeadura mecanizada foi realizada em sistema semeadura direta, no dia 21 de

novembro, com stand de 276.000 plantas. O experimento foi feito utilizando seis tratamentos

dispostos em delineamento em blocos casualizados (DBC), com quatro repetições,

totalizando 24 parcelas, cada parcela foi composta por 7 linhas com 6 metros de comprimento

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e espaçamento de 0,45 cm, sendo considerado como área útil apenas as três linhas centrais

e desprezando-se 1 metro de cada extremidade, resultando em 12 metros para colheita.

Os tratos culturais prévios a semeadura realizados pela propriedade foram: Adubação

de base utilizando 200 kg há-1 de cloreto de potássio (KCl) com 60% de K2O e 300 kg há-1 de

monoamônio de fosfato (MAP) aplicados superficialmente, para o tratamento de sementes foi

utilizado CoMo, VitaMax (Inseticida), Dermacor (Inseticida) e Much (Inseticida) com as doses

de 200 ml, 250 ml, 100 ml, 200g respectivamente para cada 100 kg de semente, e

posteriormente foi utilizado inoculante turfoso Masterfix® Estirpe: SEMIA 5019

(Bradyrhizobium elkanii) e SEMIA 5079 (Bradyrhizobium japonicum) - 5 Bilhões de bactérias

viáveis/g na dose de 100 mL ha-1.

Para as aplicações dos tratamentos utilizou-se um pulverizador pressurizado por CO2

nos estádios fenológicos V4, V6/V8, R1 e R3, utilizando adubos foliares contendo enxofre (S),

nitrogênio (N), boro (B), cobre (Cu), manganês (Mn), molibdênio (Mo), zinco (Zn), cobalto (Co),

fósforo (P2O5) e de regulador vegetal contendo auxina (Ax), citocinina (Ci) e giberelina (Gb),

além dos tratos culturais usuais da propriedade para pragas e doenças.

Foi realizada aleatoriamente a colheita prévia de dez plantas da parte útil da parcela ao

atingirem a maturidade fisiológica para análise no laboratório de solos da UFMT, onde foram

avaliados os parâmetros de altura de inserção da primeira vagem, altura de plantas, número

de grãos por vagem, número de vagens por planta e massa de cem grãos.

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Quadro 1. Relação dos tratamentos utilizados em campo nos estádios V4= 3ª folha trifoliada, V6/V8=

7ª folha trifoliada, R1= início do florescimento e R3 = formação de vagens.

Tratamentos V4 V6/V8 R1 R3

T1

T2 P1 (2 L/ha-1) = Mn: 66 g/ha-1,

N: 6,6 g/ha-1, S: 60 g/ha-1, B: 4

g/ha-1, Cu: 4 g/ha-1, Mo: 0,6

g/ha-1, Zn: 40 g/ha-1

T3 P1 (2 L/ha-1) = Mn: 66 g/ha-1,

N: 6,6 g/ha-1, S: 60 g/ha-1, B: 4

g/ha-1, Cu: 4 g/ha-1, Mo: 0,6

g/ha-1, Zn: 40 g/ha-1

+ Bioest. (0,25 L ha-1)

Bioest. (0,25 L ha-1)

T4 P1 (2 L/ha-1) = Mn: 66 g/ha-1,

N: 6,6 g/ha-1, S: 60 g/ha-1, B: 4

g/ha-1, Cu: 4 g/ha-1, Mo: 0,6

g/ha-1, Zn: 40 g/ha-1

+

Bioest. (0,25 L ha-1)

P2 (0,5 L/ha-1) =

N: 33 g/ha-1 P2O5: 64

g/ha-1 S: 13 g/ha-1

Co: 26 g/ha-1 Mo: 38

g/ha-1

Bioest. (0,25 L ha-1)

T5 P1 (2 L/ha-1) = Mn: 66 g/ha-1,

N: 6,6 g/ha-1, S: 60 g/ha-1, B: 4

g/ha-1, Cu: 4 g/ha-1, Mo: 0,6

g/ha-1, Zn: 40 g/ha-1

+ Bioest. (0,25 L ha-1)

Bioest. (0,25 L ha-1)

+

P2 (0,5 L/ha-1) N: 33 g/ha-1

P2O5: 64 g/ha-1 S: 13 g/ha-1

Co: 26 g/ha-1 Mo: 38 g/ha-1

6 P1 (2 L/ha-1) = Mn: 66 g/ha-1,

N: 6,6 g/ha-1, S: 60 g/ha-1, B: 4

g/ha-1, Cu: 4 g/ha-1, Mo: 0,6

g/ha-1, Zn: 40 g/ha-1

+ Bioest. (0,25 L ha-1)

Bioest. (0,25 L ha-1)

P2 (0,5 L/ha-1) =

N: 33 g/ha-1 P2O5:

64 g/ha-1 S: 13

g/ha-1 Co: 26 g/ha-1

Mo: 38 g/ha-1

P1 - É um fertilizante líquido, indicado para o fornecimento de manganês, nitrogênio, enxofre,

boro, zinco, cobre e molibdênio. Bioest.- É um biorregulador composto por uma combinação

de reguladores vegetais, que agem na fisiologia da planta incrementando crescimento,

desenvolvimento vegetal, maior enraizamento, e consequentemente ajudando a planta a

expressar seu potencial máximo. P2 - tem em sua formula nitrogênio, fosforo, enxofre, cobalto

e molibdênio, que atua inibindo a ação da enzima ACC oxidase, formadora do etileno,

possibilitando aumentar a fixação de flores e frutos.

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3.2.1 CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS

P1: Fertilizante foliar líquido indicado para o fornecimento de manganês (Mn), nitrogênio (N),

enxofre (S), boro (B), cobre (Cu), molibdênio (Mo) e zinco (Zn). Contêm 66,5 g/mL de

manganês, 6,65 g/mL de nitrogênio, 59,85 g/mL de enxofre, 3,99 g/mL de boro, 3,99 g/mL de

cobre, 0,665 g/mL de molibdênio e 39,9 g/mL de zinco. Sendo sua densidade de 1,33 g/ml.

P2: Fertilizante foliar líquido indicado para o fornecimento de nitrogênio (N), fósforo (P2O5),

enxofre (S), cobalto (Co) e molibdênio (Mo). Contêm 33,28 g/mL de nitrogênio, 64 g/mL de

fóforo (P2O5), 12,8 g/mL de enxofre, 25,6 g/mL de cobalto e 38,4 g/mL de molibdênio. Sendo

sua densidade de 1,28 g/ml.

Bioestimulante: Biorregulador composto por uma combinação de reguladores vegetais,

apresenta em sua constituição 0,05 g/L ha de ácido indolbutírico (auxina), 0,09 g/L ha de

cinetina (citocinina) e 0,05 g/L ha de ácido giberélico (giberelina), que agem em conjunto

garantindo um adequado equilíbrio hormonal.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após análise estatística referente aos dados de produtividade a partir do uso de

adubos foliares e biorregulador, revelou não significativo ao nível de Tukey a 5% de

probabilidade.

O coeficiente de variação (CV) entre as variáveis estudadas foi de 7,09% para a massa

de 100 grãos, 4,32% para altura de planta, inserção da primeira vagem foi de 9,71%, número

de vagens por planta 12,09%, grãos por vagem 1,40%, e 11,10% para produtividade. Martins

(2002) classifica os coeficientes de variação como baixo a valores menores de 15%, sendo

então uma dispersão baixa para as variáveis analisadas neste trabalho.

4.1 ALTURA DE PLANTAS E INSERÇÃO DA PRIMEIRA VAGEM

Segundo Garcia et. al (2007) é desejável que a planta possua altura superior a 60 cm,

pois contribui para reduzir as perdas de grão na ocasião da colheita. Em trabalho realizado

por Ramos Junior (2015) estudando parâmetros morfológicos e de produtividade de soja na

região de Sinop-MT no ano agrícola 2014/2015, com sete cultivares convencionais,

apresentaram altura média de 76,09 cm, e comparando com a altura média dos tratamentos,

incluindo a testemunha deste trabalho, a média foi de 91,36 cm. Para a altura da primeira

inserção de vagem a média foi de 26,88 cm, mesmo a diferença entre os tratamentos sendo

pequena, todas elas foram compatíveis com a que a literatura indica como ideal para a colheita

mecanizada. Porém a diferença entre os tratamentos não foi estatisticamente significativa

para nenhum dos dados avaliados.

Dados semelhantes foram obtidos no trabalho de Golo (2009) no município de Santa

Carmem-MT onde foi utilizado o produto Quimifol CoMo Plus (nas dosagens 0,0; 0,25; 0,5;

1,0; 1,5; e 2,0 L ha-1), aplicados via foliar no estádio V4 em soja e não apresentou diferença

entre os tratamentos avaliando altura de planta e primeira inserção de vagem.

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Tabela 4. Altura de plantas e inserção da primeira vagem

TRATAMENTOS ALTURA DE PLANTAS (cm) INSERÇÃO DA 1º VAGEM (cm)

T1 92.05 a1 27.62 a1 T2 92.22 a1 25.32 a1 T3 91.67 a1 26.02 a1

T4 90.35 a1 27.52 a1 T5 91.82 a1 28.82 a1 T6 90.07 a1 25.97 a1

DMS 9,07 5,99

CV (%) 4.32 9.71

Média 91.36 26.88

4.2 Vagens por planta

Na avaliação de vagens por planta o tratamento 5 foi o que menos apresentou

resultados, tendo uma diferença de nove vagens a menos que o tratamento em que

apresentou maior quantidade, podendo afirmar que a aplicação do produto utilizado P2 em

conjunto com o bioestimulante no início do florescimento afetou negativamente na planta,

assim como no trabalho de Aguiar (2015), em que foi avaliado esses produtos na cultura do

feijoeiro e foi observado que nos tratamentos em que os produtos foram usados em conjunto

no período do início do florescimento ocorreu decréscimo de vagens por planta,

provavelmente por ter causado o retardamento em algum determinado período ou fitotoxidez.

Tabela 5. Número de vagens por planta

TRATAMENTO Vagens por planta

T1 60.45 a1 T2 63.17 a1 T3 61.95 a1 T4 63.92 a1

T5 56.52 a1 T6 65.40 a1

DMS 17,20

CV % 12.09

Média 61.90

Milléo et. al.(2000) através de trabalho utilizando o bioestimulante Stimulate® via

tratamentos de sementes na cultura da soja, observou maior produção de vagens, porém

neste trabalho foi aplicado via foliar e pôde-se observar que não houve influência do

bioestimulante nesse aspecto, assim como nos trabalhos de Moterle et. al (2008).

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4.2.1 Número de grãos por vagem

O número de grãos por vagem de todos os tratamentos não foi influenciado pelas

aplicações dos produtos, apresentando variação muito baixa e média geral de 2,3 grãos por

vagem.

Golo et al. (2009) avaliando diferentes doses do produto Quimifol CoMo Plus aplicado

via foliar não obtiveram diferença significativa em relação ao número de grãos por vagem.

Balen (2015) utilizando os mesmo produtos em estádios semelhantes na safra

2013/2014 na cultura da soja também não observou diferença significativa para o número de

grãos por vagem, sendo a diferença entre os tratamentos muito pequena.

Tabela 6. Número de grãos por vagem

TRATAMENTO GRÃOS POR VAGEM

T1 2.322500 a1

T2 2.275000 a1

T3 2.275000 a1

T4 2.290000 a1

T5 2.322500 a1

T6 2.315000 a1

DMS 0,074071461486365

CV % 1.40

Média 2.3000000

4.2.2 Massa de 100 grãos

O peso médio de 100 grãos não apresentou diferença significativa entre os

tratamentos, sendo a média geral de 12,25 gramas, sendo um resultado menor do que em

alguns trabalhos realizados no estado onde apresentou média de 17.8 gramas

O tratamento que obteve melhor desempenho foi o tratamento T2 em que foi aplicado

o produto P1 com dose de 2 litros por hectare e média de 13,43 gramas. Já o trabalho de

Mortele et. al. (2008) utilizando biorregulador aplicado via aplicar no estádio R3 com dosagem

de 250 mL há-1 houve diferença significativa entre os tratamentos, podendo sugerir que a

aplicação em estádios diferentes pode estimular a um maior peso de grãos.

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Fatores de origem ambiental ou nutricional podem afetar negativamente o

armazenamento de fotoassimilados nos grãos, e neste trabalho após a dessecação ocorreu

fortes precipitações e isso pode ter afetado nessa avaliação.

Tabela 7. Massa de cem grãos

TRATAMENTO MASSA DE 100 GRÃOS

T1 11.87 a1 T2 13.43 a1 T3 11.99 a1 T4 12.37 a1 T5 11.71 a1 T6 12.12 a1

DMS 1,99

CV % 7.09

Média 12.25

4.3 PRODUTIVIDADE

Mesmo não apresentando diferença estatística na avaliação de produtividade,

houveram tratamentos com rendimentos superiores ao tratamento controle, o tratamento 4

(V4: P1; V6/V8: P2; R1: Bioestimulante) foi o que apresentou menor produtividade com 2.846

kg.há-1 (47,45 sc.há-1). O tratamento 3 obteve maior produtividade com 3.506 kg.há-1 (58,44

sc.há-1) e diferença de 120 kg em relação a testemunha.

Em divulgação do trabalho da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico

Rio Verde (2014) em que foi avaliado o desempenho da mesma cultivar na região de Lucas

do Rio Verde no ano 2013/2014 a produtividade média foi de 3.067 kg por hectare enquanto

neste trabalho realizado a média entre todos os tratamentos foi de 3.164 kg.há-1.

Staut (2007) comenta que a Embrapa Agropecuária Oeste testou nos anos agrícolas

2004/2005 e 2005/2006 vários adubos aplicados via foliar, contendo complexo de nutrientes

ou contendo somente um nutriente, e constataram que a média de produtividade foi igual em

relação a testemunha em que não foi aplicado nenhum adubo.

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Gráfico 1. Produtividade em kg.ha-1

3385,60

3007,20

3506,51

2846,942991,42

3250,70

0,00

500,00

1000,00

1500,00

2000,00

2500,00

3000,00

3500,00

4000,00

Produtividade (kg.há-1)

T1 T2 T3 T4 T5 T6

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5. CONCLUSÃO

A aplicação de bioestimulante e de complexo de nutrientes não influenciou de modo

significativo nos tratamentos em nenhum dos aspectos avaliados.

A aplicação de produto P2 no estádio V6/V8 influenciou negativamente na

produtividade, indicando que pode ter ocorrido algum desequilíbrio na planta.

No tratamento em que foi aplicado 500 mL há-1 dividido em duas aplicações houve um

acréscimo de 2 sacos por hectare, que mesmo que o resultado na seja significativo

estatisticamente, o importante para a agricultura é ter rendimentos superiores ao que já tem,

só sendo necessário saber a viabilidade em relação ao custo/benefício a implantação dos

tratamentos.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todos os tratamentos tiveram as mesmas condições hídricas e receberam o mesmo

manejo quanto adubação via solo e ao manejo fitossanitário, somente diferenciando as

aplicações foliares, e nesse aspecto mesmo o resultado não sendo estatisticamente

significativo, obteve-se resposta positiva em relação a testemunha. Ocorreu o acamamento

de muitas plantas e após a dessecação houve fortes chuvas e isso pode ter sido um entrave

para não ter ocorrido resultados melhores, também pode-se sugerir que a cultivar utilizada

não seja ideal para o uso dos produtos utilizados.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, D. M. et. al. Avaliação do desenvolvimento e produtividade Phaseolus vulgaris

L. submetido à aplicação foliar de regulador vegetal Stimulate® e do nutriente foliar

Hold®. Revista Eletrônica Thesis, São Paulo,n. 23, p.89-112, 2015.

AMARAL, J. L.; JUNIOR J. O.; OLIVEIRA, F. A.; CASTRO, C. Métodos químicos para extração de boro no solo. In: JORNADA ACADÊMICA DA EMBRAPA SOJA, 5., 2010, Londrina. Londrina: Embrapa Soja, 2011. p. 91-94.

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