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ESTADOS UNIDOS DO BRASIL

Presidente da República

MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELLO BRANCO

Ministro da Saúde

Dr. RAYMUNDO DE BRITTO

Superintendente da Campanha de Erradicação da Malária (CEM)

Dr. MÁRIO DE OLIVEIRA FERREIRA

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I ) RELATÓRIO DA CAMPANHA DE ERRADICAÇÃO DA MALÁRIA

(CEM) DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

II) RELATÓRIO DO SERVIÇO DE ERRADICAÇÃO DA MALÁRIA E

PROFILAXIA DA DOENÇA DE CHAGAS (SEMPDC) DO ESTADO

DE SÃO PAULO

V REUNIÃO DE DIRETORES DE SERVIÇOS NACIONAIS DE ERRADICAÇÃO DA MALÁRlA DA AMERICA DO SUL

BUENOS AIRES, R. A. - 6 A 10 DE DEZEMBRO DE 1965

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E R R A T A

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I - INTRODUÇÃO

A V Reunião de Diretores de Serviços Nacionais de Erradicação da Malária da América do Sul reúne-se numa oportunidade em que a Campanha - de Erradicação da Malária, do Brasil, passa por transformações estruturais e operacionais decorrentes de novo planejamento e de reformulação jurídica e administrativa.

Em conseqüência, há necessidade de serem prestados alguns esclarecimentos, antes de se iniciar o relatório, elaborado de acôrdo com a Agenda provisória, preparada pela Repartição Sanitária Pan-Americana, sob cujos auspícios se processa a V Reunião.

Os itens que se seguem condensam os esclarecimentos acima referidos e outros julgados oportunos.

1 - O presente Relatório limitar-se-á a prestar as devidas informações sôbre os aspectos administrativos e operacionais da Campanha, dispensando-se de descrever e apreciar, com maiores detalhes, os aspectos geográficos, ecológicos e demográficos, do país, já expostos nos relatórios apresentados às reuniões anteriores e no Plano Nacional de Erradicação da Malária, de abril de 1965, que foi enviado a todos os SNEMs que aqui se reúnem, como também à OMS, OPAS e USAID.

2 - O Plano Nacional de Erradicação da Malária, tornado vigente por aprovação do Govêrno, contém, no que concerne à endemia malárica, um estudo geral da geografia física, econômica e humana, do Brasil, o histórico do esforço brasileiro na luta anti-malárica, a descrição dos órgãos encarregados de a executar, legislação e evolução do programa até os dias de hoje. A sua segunda parte é consagrada ao planejamento operacional a partir de 1965.

3 - A Campanha de Erradicação da Malária, que anteriormente incluía atividades de contrôle, ao lado de medidas de erradicação (Plano de Emergência), foi inteiramente reformulada, extinguindo-se o programa de controle (cobertura parcial) e estabelecendo-se o critério exclusivo de erradicação, de forma gradual e progressiva, com ampliação das áreas que já estavam em fase de ataque, ao mesmo tempo em que ela é iniciada nas que concluíram a fase preparatória.

4 - Havendo o Govêrno brasileiro resolvido fazer a conversão mencionada, o planejamento existente à época da IV Reunião de Diretores, realizada em Poços de Caldas, em julho de 1964, for reformulado em muitos aspectos. Eis porque muitos dados constantes do relatório brasileiro, ali apresentado, foram alterados e não mais representam a realidade de hoje.

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5 - Em conseqüência, a CEM elaborou o atual Plano Nacional de Erradicação da Malária que torna sem efeito todos os planejamentos anteriores, tornando-se o único documento oficial sobre o programa brasileiro. Nele estão expostas tôdas as informações sôbre as atividades a serem desenvolvidas, as metas operacionais, organização básica de tôdas as seções da CEM e recursos com que contará o programa, inclusive das entidades internacionais cooperantes.

6 - O programa do Estado de São Paulo é conduzido por um Serviço próprio, subordinado ao Govêrno do Estado, por disposição de convênio com o Ministério da Saúde, a OPAS/OMS e a USAID. Por tais contingências não participa do Plano Nacional, mas o seu Relatório está anexado ao da CEM.

7 - O referido Plano refere-se ao período 1965-1968. Já se elaborou a sua complementação até 1975, ano em que se prevê o encerramento do programa. Todavia, não foi ainda divulgada, estando apenas em poder dos organismos internacionais, mas será, oportunamente, levada ao conhecimento dos SNEMs interessados.

8 - O Plano Nacional de Erradicação da Malária foi considerado satisfatório pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e pela Agência Internacional para o Desenvolvimento do Govêrno Norte-Americano (USAID), cooperantes do programa brasileiro.

9 - De acôrdo com o Plano, a área malárica brasileira foi dividida em Setores, correspondendo cada um a uma unidade federativa (Estado ou Território), exceto o Estado da Bahia que pela extensão do programa foi sub-dividido em 3 Setores. Coordenações Regionais funcionam com órgãos de supervisão e abastecimento, atendendo, cada uma, a um grupo de Setores.

10 - O programa brasileiro se desenvolve em 3 das 4 fases clássicas: preparatória, ataque e consolidação. Extinta a cobertura parcial, a fase de ataque se caracteriza por cobertura integral da área delimitada, embora esta possa não cobrir tôda a superfície de um Setor. Como o programa é progressivo, à área delimitada vão sendo agregadas novas, com perfeita contiguidade geográfica, até que a cobertura atinja a totalidade do Setor. Assim também ocorre com a fase de consolidação, na qual áreas parceladas vão saindo da cobertura, quando assegurada a interrupção da transmissão.

11 - As áreas em que já houve registro de malária autóctone mas que desapareceu sem medidas deerradicação e àquelas que são potencialmente maláricas, resolveu-se denominar "áreas em observação", de acôrdo com a OPAS.

12 - Em síntese, de acordo com o desenvolvimento atual do programa, o Brasil apresenta áreas em fase preparatória, de ataque, de consolidação e em observação. Em referência à fase de ataque, há Setores em que ela se desenvolve na totalidade da área e outros em parte da

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área, o que significa que a outra parte está em fase preparatória ou em consolidação. A fase preparatória, no contexto geral do programa, está em vias de conclusão. Em 1968, a área malárica brasileira, com a fase preparatória concluída, só terá duas fases em desenvolvimento: ataque e consolidação. O cronograma que acompanha o presente Relatório expõe claramente a marcha das operações.

13 - Em 28 de junho de 1965 foi sancionada pelo Presidente da República a Lei n. 4.709, criando a Campanha de Erradicação da Malária (CEM) e extinguindo a precedente Campanha de Controle e Erradicação da Malária, e subordinando o novo órgão diretamente ao Ministro da Saúde.

14 - A referida Lei adjudicou prerrogativas especiais à Campanha, as quais vieram dar-lhe condições mais objetivas, flexíveis e seguras para a plena execução do programa. Uma cópia dessa Lei está anexada ao Relatório.

15 - Recentemente foi baixado, pelo Presidente da Republica, Decreto aprovando o Regimento da CEM, assinado pelo Ministro da Saúde. Esse estatuto decorre da Lei nº 4.709 e a complementa. Contém o novo organograma da Campanha e define as atribuições dos seus órgãos e pessoal. Vai anexado ao presente Relatório.

16 - Conta, agora, a Campanha de Erradicação da Malária, do Brasil, com os instrumentos legais capazes de lhe impulsionarem o programa, em condições administrativas e jurídicas compatíveis com os preceitos constitucionais do país.

17 - Com a decisão do Govêrno do Brasil de executar, em todos os seus têrmos, um programa de erradicação da malária, tendo em vista os altos interêsses da saúde e da economia da sua população e mais o seu empenho manifesto em cumprir os compromissos continentais a respeito do mesmo problema, a Campanha de Erradicação da Malária sente-se em condições de realizar os objetivos para a qual foi instituída.

18 - Com a atitude governamental, já referida, e o apoio na obtenção de recursos que lhe vem concedendo o Ministro da Saúde, tornou-se mais viável a reformulação da CEM e o ajustamento definitivo do seu programa às normas técnicas tornadas clássicas pela Organização Mundial de Saúde, em matéria de erradicação da malária.

19 - Em relação às Recomendações aprovadas pela IV Reunião de Diretores, realizada em Poços de Caldas, a CEM, na sua nova fase, não terá dúvidas em atendê-las, no que lhe concerne.

20 - Entre os assuntos de relevante interêsse na presente Reunião avulta o dos programas específicos para as faixas de fronteira, com destaque especial para a dispersão da cêpa de P.falciparum resistente às drogas quimioterápicas usuais. A CEM reconhece sua importância e, a respeito, vem tomando providências crescentes, como demonstrará o presente Relatório.

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BRASIL E SUA ÁREA MALÁRICA

DADOS ESSENCIAIS

Superfície total – 8.513.444 km2 (47. 30% da América do Sul) Superfície da área malárica – 6.819.139 km2 (exceto São Paulo) População total (1964) – 80.156.000 Habitantes (censo de 1960) População da área malárica – 37.531.280 " (57,4% da P.T. ) População urbana – 55% População rural – 45% Estados – 22 Territórios Federais – 4 Distrito Federal (Capital) – 1 Municípios – 3. 720 Litoral {Atlântico) – 9.000 km2 Águas interiores – 43. 959 km2 Relêvo - planície – 3,8%

planalto (média altitude)

– 5, 8% Cobre 3.000.000 km2. Entre 300 e 1.000 m de altitude. Só 3% ultrapassam 900 m.

Fronteiras (extensão total) – 15.719 km2 NORTE: Venezuela – 1.495 km2 Guiana Inglêsa – 1.606 km2 Suriname – 593 km2 Guiana Francêsa – 655 km2 NOROESTE: Colômbia – L. 644 km2 OESTE : Peru – 2.995 km2 Bolívia – 3.126 km2 SUDOESTE: Paraguai – L. 339 km2 Argentina – 1.263 km2 SUL : Uruguai – 1.003 km2 8 Regiões Fitogeográficas – florestas tropicais, pinheirais, cerrados, campinas ou

campos gerais, caatingas, babaçuais, coqueirais, pantanal.

Clima – equatorial (média acima de 25º) – tropical (20 a 25º) – temperado (abaixo de 20º) – verão: temperatura média 28º no Nordeste a 20º nos

planaltos do Paraná. – outono: temperatura, média inferior a 18º ao sul do

Trópico de Capricórnio – inverno: do paralelo 18º para baixo apresenta baixas até

0º ou menos.

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Pluviometria – - maiores precipitações: Região Amazônica: até acima de 3.000 mm

- menores: iguais a 500 mm (média) - região mais úmida: Estado do Acre – região mais sêca:

interior do Nordeste, no Polígono das Sêcas

Vetores de malária – - A. darlingi - planalto - A. aquasalis - litoral - A. cruzil e A. bellator – litoral sul - A. albitarsis domesticus – alguns focos no litoral e

encostas (baixa densidade) – outros: vêr Epidemiologia

Plasmódios – P. vivax – P. falciparum (apresentando resistência ás 4-

aminoquinoleinas, em algumas áreas) – P. malariae (raro)

Divisão Administrativa da C.E.M

– 25 Setores, agrupados em 5 Coordenações Regionais. Cada Setor corresponde a um Estado ou Território Federal. Estado da Bahia sub-dividido em 3 Setores: Salvador, Ilhéus e Juazeiro. Em alguns Setores a transmissão não ocorre na totalidade da área. Estados da Guanabara e Rio Grande do Sul: não há transmissão autóctone.

______________________________ 9 Plano Nacional de Erradicação da Malária

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ESTADO ATUAL DO PROGRAMA

GENERALIDADES

São dadas, a título de generalidades, algumas informações gerais sobre o programa, visando ao entendimento de sua reformulação, já que nos capítulos que se seguem serão relatadas, com as minúcias requeridas, as atividades diversas do programa, particularmente as de epidemiologia e operações de inseticida.

Alterações substanciais recebeu o programa, a cargo da CEM, no interregno compreendido entre a IV Reunião de Diretores e a que, neste momento, se realiza.

Com a oficilialização do Plano Nacional de Erradicação da Malária, em abril de 1965, o trabalho, convertido em atividades exclusivas de erradicação, passou a ser executado parceladamente, por áreas prioritárias, em progressão constante.

Dentro do referido critério, a primeira decisão foi a de manter as operações nos Setores que já se encontravam em cobertura integral, na totalidade da sua área. São êles:

RORAIMA CEÁRARIO GRANDE DO NORTE PARAÍBAPERNAMBUCOALAGOAS SERGIPERIO DE JANEIRO PARANÁ

A segunda prioridade foi dar continuidade, com contigüidade, às áreas de trabalho dos Setores acima referidos e preparar novas áreas, de outros Setores, para a fase de ataque. Dessa forma, a conclusão da fase preparatória proporcionou. a inclusão do Setor Espírito Santo e tôda a área litorânea do Estado da Bahia, em ataque, colocando-se em cobertura integral a vertente oriental (atlântica), que vai do Paraná ao Ceará, no extremo nordeste do país.

Uma faixa interiorana, que por razões de ordem sócio-econômica e epidemiológica mereceu inclusão no plano de cobertura integral, foi a compreendida pela rodovia Belém-Brasília (Br-14), ligando a Capital da Republica (Brasília) à cidade de Belém, capital do Estado do Pará, em plena região amazônica.

Essa área corresponde ao meio-norte e ao norte do Estado de Goiás, o

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sudoeste do Maranhão e o suleste do Pará, incluindo-se, neste ultimo Estado, a região bragantina, onde vivem 60% da população paraense.

Ainda nessa segunda prioridade, foram incluídas as faixas fronteiriças do Brasil com as Guianas, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia e Paraguai, como se pode verificar dos mapas anexos ao relatório.

Como terceira e ultima prioridade, ficaram os Setores restantes, nos quais se executa a cobertura integral em parte da área malárica e se avança a fase preparatória, para que entrem em ataque, de acôrdo com o cronograma anexo.

Paralelamente, trabalhos epidemiológicos vem sendo executados em toda a área malárica, com intensidade variável, de acordo com as diversas etapas em que ela se acha dividida.

Merece mencionar-se que, pràticamente, todo o Setor Rio Grande do Norte, uma parte dos Setores Sergipe e Alagoas (bacia do baixo rio São Francisco) e extensa área do norte do Paraná, passaram para a fase de consolidação.

Outras áreas, nesses e em outros Setores, entrarão em consolidação no próximo semestre.

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ORGANOGRAMA

Com o advento da Lei nº. 4.709 que reformulou a Campanha, e do Regimento que a disciplina (documentos anexos), o organograma sofreu modificações e entrara em funcionamento a partir de 1966. Para melhor entendimento, anexamos os dois organogramas, o anterior, ainda vigente, e o novo.

A situação atual apresenta a Campanha dividida em Superintendência, Assessoria e Seções a nível central, Coordenações a nível regional, Setores em cada unidade federativa e Distritos a nível de campo. Estes últimos se compõem de Sub-distrito, Turmas de Inseticida e pessoal de Epidemiologia.

As seções, com jurisdição em todo o país, são de Administração, Transportes, Abastecimento, Epidemiologia, Operações de Inseticida e Divulgação Sanitária e Formação de Pessoal. Cada uma se sub-divide em Turmas.

Os órgãos da Superintendência são normativos, os das Coordenações Regionais são de supervisão e abastecimento, com um laboratório de revisão de lâminas, e os Setores são executivos. Os planejamentos são iniciados nos Setores e revistos pelas Coordenações e Superintendência, para ajustamento orçamentário e operacional. Junto a Administração funciona uma Auditoria Administrativa, dinâmica e itinerante, que realiza auditagem e supervisão em todos os órgãos centrais e periféricos, sob todos os aspectos administrativos.

A supervisão e a atividade mais estimulada e enfatizada, em todos os níveis.

Ao lado da Assessoria nacional funciona a Assessoria internacional, integrada por consultores da OPAS/OMS.

OBSERVAÇÃO: Os organogramas anexos se referem à organização regimental da C. E. M.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE D. N. E. Ru. – G.T E.M.

CAMPANHA DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA MALÁRIA

ORGANOGRAMA DA CE M

SUBORDINAÇÃO COMUNICAÇÃO --------------- COORDENAÇÃO +++++++

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

CAMPANHA DE ERRADICAÇÃO DA MALÁRIA

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OPERAÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA

ASPECTOS GERAIS

As atividades referentes à avaliação epidemiológicas projetaram-se nos 25 Setores em que está dividido o território brasileiro, sendo que 10 deles encontram-se em fase de ataque e os 15 restantes em fase preparatória, mas onde já se executam medidas de ataque em parte de suas áreas.

INFORMAÇÕES REFERENTES AO ANO DE 1964

O sistema de avaliação em 1964, esteve constituído por 19.659 Postos de Notificação (PP. NN. ), tendo participado do trabalho uma média mensal de 214 Inspetores de malária e 1.165 guardas.

Esses PP.NN. tiveram uma média mensal de visitação equivalente a 11.755, sendo a produtividade média de 7.104, que corresponde a 36,1%. Essa produtividade, considerada insuficiente, apresentou grandes variações entre os diferentes Setores, sendo que nos Setores em fase de ataque ela foi de 46,7%, enquanto que naqueles em fase preparatória com cobertura em parte da área, essa média não foi além de 26% (Quadro E p-1)

Dos 1.576 municípios avaliados 490 foram positivos, representando esse numero 31,1% do total. Nos Setores em fase de ataque obtiveram-se informação de 461, sendo 87 positivos, ou seja uma porcentagem de 18,9%. Nos demais Setores a informação estendeu-se a 1.115 municípios com uma positividade de 36,1% (Quadro Ep-II).

Foram colhidas 1.241.242 lâminas, enquanto que em 1963 obtiveram-se 860.681 amostras. Daquele total, foram positivas 109.507, ou seja 8,8% de positividade geral. No entanto, essa positividade nos Setores em fase de ataque foi de 2,8%, enquanto que nos demais Setores elevou-se a 13,5%.

No que diz respeito a prevalência geral das espécies de plasmódios verifica-se (Quadro Ep-III) que observando o total de lâminas examinadas, o P. vivax foi preponderante, com uma porcentagem de 61,8%, enquanto que o porcentual para o P. falciparum foi de 37,5%. No entanto, se verificarmos o dado global dos Setores em fase de ataque o P. vivax predomina em 95,7% das lâminas, enquanto que, nos demais Setores, tal porcentagem baixa para 56,3%. Essa diversidade de prevalência não se deve sómente a fase em que se encontra o programa mas, principalmente, a procedência das amostras. Analisando os dados do Quadro Ep-III, constata-se que, com

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exceção do Setor Acre, em todos os demais Setores que integram ou têm parte de seu território integrando a bacia Amazônica, a prevalência do P. falciparum sôbre o P. vivax foi constante, como ocorre nos Setores Roraima, Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Goiás e Mato Grosso.

Finalmente, verifica-se a quase ausência do P. malariae, que figura com um contingente de 57 amostras (0,1g) procedendo tôdas do Setor Maranhão.

A Busca Passiva (Quadro Ep-IV) forneceu um total de 597.331 lâminas, das quais 80.827 ou 13,5% foram positivas, ao mesmo tempo em que a Busca Ativa dos casos obtinha uma amostragem de 643.911 lâminas, com l8.680 amostras positivas ou seja uma porcentagem de 4,5%.

Nos Quadros Ep-VI e XIV, constata-se que nos Setores em fase de ataque a rêde de Postos de Notificação apresentou uma área média de influência (45 e 49 km2) muito menor que aquela dos demais Setores, onde essas médias se elevam para 741 e 715 km2, respectivamente, em 1964 e 1º semestre de 1965. Convém, porém, ressaltar que a maior parte dos Setores que ainda não se encontravam em fase de ataque possui uma densidade demográfica muito mais baixa que aquêles atualmente já integrados nessa fase operacional.

1º SEMESTRE DE l965

De um modo geral, as informações obtidas no 1º semestre de 1965 são mais alentadoras, não sòmente pelo relativo aumento de seu volume como também pela baixa nos índices gerais de prevalência.

A avaliação, nesse período, estendeu-se a 1.104 municípios, com uma média mensal de 21.895 localidades avaliadas. Existiam 20.008 Postos de Notificação, dos quais 38,5% foram produtivos, sendo que aquêles instalados nos Setores em fase de ataque apresentam uma produtividade média mensal de 49,5%. Em alguns Setores, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, a produtividade elevou-se a mais de 80% (Quadro Ep-XIII). Dos 1.104 municípios avaliados 474 foram positivas, número que representa uma porcentagem de 42,9%. Nos Setores que já estavam em fase de Ataque essa porcentagem foi de 18,7% (Quadro Ep-IX). Participaram do sistema de avaliação, em média mensal, 276 inspetores e 1.452 guardas.

Foram colhidas, nesse período, 739.752 lâminas, das quais foram positivas 53.375 representando uma porcentagem de positividade de 7,2%. Nos Setores em fase de ataque essa porcentagem se reduziu a 1,2%, em contraposição a 2,8g verificada para o ano anterior. Mesmo, os Setores Roraima e Ceará que haviam apresentado elevadas porcentagens de positividade, estão indicando uma redução de 46% e 45% respectivamente, sôbre os dados referentes a 1964.

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A distribuição das espécies (Quadro Ep-X) sofreu pequenas alterações. No cômputo da informação geral, a prevalência do P. vivax foi de 59, 3%, sendo que nos Setores em fase de ataque a taxa manteve-se quase equivalente à do ano anterior.

No Setor Roraima a prevalência do P. falciparum elevou-se para 55,1% em contraposição a 50,3% encontrada em 1964.

Se forem comparados os Quadros Ep-III e X, verifica-se uma baixa na incidência do P.falciparum nos Setores Acre, Pará, Amapá e Mato Grosso, sendo que nêstes três últimos o P. vivaxpassou a ser preponderante, uma vez que no Acre, ja o era anteriormente. Entretanto, no Setor Ilhéus. o P. falciparum passou a dominar o número de infecções, enquanto que, no Setor Espírito Santo, observou-se também uma sensível elevação na porcentagem de P. falciparum. Esse ponto merece especial referência porque tem-se observado no Brasil, que quando nas regiões onde a malária apresenta alta ou média endemicidade e o P. vivax é prevalente, a verificação de uma brusca inversão da fórmula parasitária denota um forte grau de suspeita sôbre o comportamento do P. falciparum, frente aos esquizonticidas usuais, do grupo das 4-aminoquinoleinas.

Embora não esteja comprovada a existência do fenômeno, na área anteriormente referida, a Campanha, baseada nessa suspeita, bem como nas informações locais, foi levada a fazer observações sôbre o comportamento dessa espécie e que serão referidas em outra parte dêste relatório.

Diagnosticaram-se neste período 57 lâminas como sendo de P. malariae que, como no ano anterior, procederam do Setor Maranhão.

No 1º semestre de 1965 a Busca Passiva proporcionou 336.630 lâminas, com uma positividade de 10,9%, enquanto que as 403.122 lâminas procedentes da Busca Ativa apresentaram uma positividade de 4,2%, ou sejam 16.776 lâminas positivas. Verifica-se também, se comparados os Quadros Ep-IV e XII, que na amostragem por Busca Passiva houve nos Setores em fase de ataque, uma redução na porcentagem de positividade, 5,0% para 2,3%, que representa uma diminuição superior a 50% sôbre a do ano anterior.

SETORES EM FASE DE ATAQUE

SETOR CEARÁ - Das áreas em fase de ataque, é o Setor Ceará aquêle que vem apresentando resultados mais irregulares às medidas que vêm sendo adotadas. O grau de transmissão tem sido variável nas diferentes regiões de sua área malárica. A insuficiência inicial de recursos impediu que a delimitação das áreas de transmissão pudesse ser feita, à base de informações atualizadas e com volume suficiente nas áreas então denominadas sob "vigilância" e que agora estão catalogadas como em "observação". Além dêsse fator, outros, como sejam, as obras de construção de açudes em regiões semi-áridas, têm de-

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terminado não sómente melhores condições para o aumento da densidade dos vetores, e o constante deslocamento de trabalhadores de outras áreas, não incluídas na fase de ataque para os trabalhos de construção de tais reprêsas.

A incidência tem sido mais moderada na região central da orla marítima dêsse Estado, bem como no vale do Jaguaribe, onde episódio ocorreu em 1962, quando foram registrados 1.151 casos na área de Aracatí, decrescendo para 63 casos em 1963, 10 em 1964 e dois casos no 1º semestre de 1965.

No lado ocidental do Setor, Distrito de Camocim, que abrange grande parte das bacias dos rios Acarati e Coreaú, foram registrados 1.151 casos de malária no 1º semestre de 1965, correspondendo a uma porcentagem de positividade de 12,1%. Tem concorrido para a manutenção da alta positividade dessa região, a constante inclusão de novas áreas, onde a descoberta de casos é de época recente.

Há ainda a assinalar nesse Setor, a ocorrência, em 1965, de um foco de transmissão no município de Redenção, situado em área "em observação", que até então não havia sido descoberto. As medidas de ataque foram aí iniciadas prontamente e serão mantidas até a sua eliminação total.

SETOR RIO GRANDE DO NORTE - A situação epidemiológica da área malárica abrangida pelo Setor Rio Grande do Norte, é bastante satisfatória. A área primitivamente malárica abrangia uma superfície de 10.061 quilômetros quadrados com uma população de 401.111 habitantes. Durante o ano de 1964, foram colhidas 76.496 lâminas das quais 55 foram positivas, representando uma porcentagem de positividade de 0,07%. Todos êsses casos foram investigados, verificando-se que apenas um (1) foi classificado como autoctone, de uma área limítrofe com o Setor Paraíba. Durante o primeiro semestre de 1965 foram examinadas 46.352 lâminas, sendo que 11 resultaram positivas, ou seja 0,02%. Os casos ocorridos nesse último período foram todos classificados como importados de outras áreas, em fase preparatória ou de ataque, de outros Setores.

A análise da avaliação indicou que com exclusão de uma faixa limítrofe com o Setor Paraíba e onde se incluia a localidade onde ocorreu em 1964 o caso anteriormente referido, a maior parte de sua área malárica pôde ser transferida para a fase de consolidação, a partir de janeiro de 1965.

SETOR PARAÍBA - A área malárica do Setor Paraíba abrange uma superfície de 7.796 quilômetros quadrados, na qual vive uma população de cêrca de ..... 639.640 habitantes.

A delimitação dessa área sofreu, durante a evolução das operações de ataque, alguns reajustes, tendo sido o principal dêles aquêle que abrange a área do município de Boqueirão, que até 1968 foi considerada como "área não malárica". Distando êsse foco cerca de 120 quilômetros da orla litorânea, a presença de A. aquasalis somente foi assinalada em densidade suficiente, quando da ocorrência do surto então registrado.

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Se encarada a totalidade do Setor, a resposta às medidas de ataque, em execução, não deveria ser classificada como satisfatória uma vez que no 11º ciclo de borrifação ainda ocorreram 233 casos de malária. No entanto, se forem comparadas as informações contidas no Quadro Ep-XVIII, verifica-se que 82,8% dêsses casos, ou sejam 193, ocorrem no foco existente no município de Rio Tinto, o qual abrange uma população que representa aproximadamente 0,04% da população da área malárica do Setor. Em Boqueirão, no vale do rio Paraíba, a regressão da transmissão vem sendo satisfatória, tomando-se em consideração a constante diminuição das porcentagens de positividade dessa área, como está indicado no Quadro Ep-XVIII, anteriormente referido.

Acresce esclarecer que o referido foco foi melhor conhecido a partir de 1963, quando então foi incluído na área malárica, iniciando-se em 1964 as operações de inseticida, que no 1º semestre de 1965 complementam o 3º ciclo de borrifação.

SETOR PERNAMBUCO - Com a área malárica atualmente abrangendo 10.283 quilômetros quadrados e uma população estimada em 1.337.000 habitantes, o Setor Pernambuco teve sua fase de ataque iniciada em 1962. Se comparadas as porcentagens gerais de positividade, verificam-se as seguintes cifras:

1961 – Fase preparatória – 34 % 1962 – Fase de Ataque – 11 % 1963 – Fase de Ataque – 6,5 % 1964 – Fase de Ataque - Inclusão de novas áreas – 7,7 % 1965 – (1º Semestre) Fase de Ataque – 2,3 %

Constata-se assim que em 1964 houve uma elevação da curva de transmissão. Ocorre que tal episódio esteve circunscrito às áreas onde ainda se efetuava o Reconhecimento Malárico e, portanto, até então ainda não beneficiadas pelas operações de inseticida. O Quadro Ep-XIX indica, a veracidade dessa assertiva, constatando-se que o episódio em foco ocorreu especialmente na parte média das bacias hidrográficas dos rios Ipojuca e Capiberibe, abrangendo áreas dos municípios de Bezerros, Riacho das Almas, Caruaru, Surubim e Vertentes. Essas regiões, que representam aproximadamente 22,2% da população do Setor, têm concorrido com um número de casos de malária que representaram 62,7% em 1963, 83,0% em 1964 e 77, 5% no 1º semestre de 1965. No que diz respeito à incidência da malária nessas regiões, após o intenso recrudescimento da transmissão em 1963 e 1964, nas partes ainda não protegidas com a borrifação, verificou-se uma redução da positividade de 18,8g e 37%, naqueles dois anos, para 14,3% no 1º semestre de 1965.

Nas demais partes da área malárica do Setor, vem-se verificando uma progressiva redução daquelas taxas, representadas por 3,6% em 1963, 1,5 % em 1964 e 0,6% no 1º semestre de 1965, muito embora aí pese desfavoravelmente uma sensível lentidão na obtenção de bons resultados, em regiões onde se incluem os municípios de Cabo e Goiana, êste na bacia do rio do mesmo

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nome. Aos elevados índices de pendência nas operações de inseticida, pode-se provavelmente atribuir a principal causa dessa lenta resposta as medidas de ataque.

SETOR ALAGOAS - Os resultados que podem ser apresentados para o Setor Alagoas são de certo modo satisfatórios, muito embora a avaliação dos trabalhos careça ainda de profundidade, para que possam ser indicados como definitivos para algumas partes dêsse Setor. Episódio de maior importância foi registrado em poucas localidades do município de São Miguel dos Campos, em 1963/1964, onde então ocorreram 51 casos. Tal episódio foi motivado especialmente por falhas operacionais conseqüentes ao desconhecimento dos hábitos da população. Parte dessa população freqüentava abrigos para pesca, onde muitas vêzes pernoitavam. Uma vez sanada essa falha, com a borrifação dêsses abrigos e o tratamento radical dos casos, foi êsse foco eliminado.

Em uma área, na margem do Rio São Francisco, em que os fatores epidemiológicos eram mais desfavoráveis à continuidade da transmissão, as operações de inseticida foram suspensas, transferindo-se a mesma para a fase de consolidação.

SETOR SERGIPE - As condições atuais dessa área são bastante satisfatórias, muito embora, no período que está sendo reportado, tenha havido a ocorrência de dois pequenos focos contíguos às áreas de cobertura. Foram êles os focos de Itabaianinha e Laranjeiras, oportunamente trabalhados. A avaliação epidemiológica dêsse Setor é suficiente em qualidade e quantidade para poder assegurar a realidade das atuais condições de transmissão, onde os casos ocorridos têm sido descobertos com muita oportunidade, assegurando assim a eficácia das medidas complementares de ataque. Algumas partes da área desse Setor foram transferidas para a fase de consolidação, como está assinalado em outro capitulo.

SETOR RIO DE JANEIRO - As Áreas do Setor Rio de Janeiro, onde estão em execução medidas de ataque, abrange 15.780 quilômetros quadrados, vivendo aí cêrca de 1.335.000 habitantes. Como pontos de maior incidência figuram os que compreendem as áreas de Casemiro de Abreu, Silva Jardim, Macaé, Mage e Campos, êste ultimo município com a situação agravada a partir de 1963 e decorrente em grande parte do parcelamento agrário, então iniciado, e onde se fixaram pessoas procedentes de diferentes áreas.

Nessas áreas concentram-se cêrca de 79,4% e 57,5% dos casos de malária que puderam ser registrados pela rêde de avaliação em 1964 e 1º semestre de 1965, respectivamente.

Em 8 localidades do município de São João da Barra, a transmissão foi reinstalada em 1985, após a suspensão das operações de borrifação em 1964. Essa área está situada nos limites com o Setor Espírito Santo, onde em 1964 fôra descoberto um foco de transmissão na bacia do Rio Prêto, que é afluente do rio Itabapoana.

O índice de exploração, ou seja, a porcentagem de amostras de sangue em relação à população a avaliar, expressou-se pela média mensal

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de 0,4% em 1963, 1,2% em 1964 e 1,5% no 1º semestre de 1965, o que dá boas características à rede de avaliação.

SETOR PARANÁ - A área malárica do Setor Paraná apresenta duas regiões totalmente diferentes em seus aspectos epidemiológico e fisiográfico, uma vez que são separadas pela Serra do MAR. A primeira, constituída pela orla marítima e encosta da vertente Atlântica, tem uma superfície de 5.562 quilômetros quadrados e uma população de cêrca de 82.270 habitantes. Integra essa região a área de bromélia-malária, na qual os vetores são representados pelas espécies do sub-gênero Kerteszia. A segunda região situa-se no planalto paranaense, o qual, inclinando-se para o interior, termina no rio Paraná, principal tributário da bacia Platina. Essa área representa a parte meridional da ocorrência do A. darlingi, o vetor de maior dispersão no território brasileiro. A superfície dessa região e de 10.596 quilômetros quadrados e sua população ... 301. 770 habitantes.

Na primeira dessas regiões as operações de inseticida estão sendo complementadas pelo tratamento radical de todos os casos positivos, descobertos pela Busca Passiva e pela Busca Ativa (tratamento semanal). Esse método complementar, iniciado em agôsto de 1964, não abrangeu no 1º semestre de 1965 a totalidade da área, em virtude de dificuldades operacionais em atingir tôdas as localidades com acesso marítimo. Esse plano deverá estar em execução integral a partir de janeiro de 1966, quando estarão em trabalho os barcos necessários a essa finalidade. Nessa oportunidade, com a diminuição do número de portadores de parasitos, espera-se poder interromper totalmente a transmissão. Nessa região, além do contingente de transmissão extradomiciliar, não se tem conseguido eliminar a pendência que se vem verificando nas operações de inseticida e que sem duvida, vem diminuído a eficácia daquela medida. Até o momento, as porcentagens de positividade vêm aí apresentando lenta redução, como está indicado no Quadro Ep-XX.

Na região interiorana, a transmissão está interrompida na maior parte do vale do rio Paranapanema. O mesmo não está ocorrendo na orla marginal do rio Paraná, em um trecho compreendido entre a Cachoeira de Sete Quedas e a desembocadura do rio Paranapanema, onde há contigüidade com áreas do Setor Mato Grosso, ainda em fase inicial de trabalho; a flutuação da população elevada, nas épocas de cultivo, quando então muitas famílias passam a residir em casas ou abrigos temporários e o intenso processo de povoamento são fatôres que têm permitido a continuidade da transmissão. Nessa área, a informação revela elevada positividade No trecho que vai daquela Cachoeira até a Foz do Iguaçu, a malária se manifesta em caráter epidêmico, com baixa intensidade, uma vez que a incidência do A. darlingi é, aí, esporádica. O maior intercâmbio com a República do Paraguai, após a inauguração da ponte internacional sobre o rio Paraná, aconselha ser necessário dar maior intensidade às operações de vigilância, bem como será desejável intensificar o intercâmbio de informações dessas áreas limítrofes.

O índice de exploração do Setor, tem melhorado, tendo-se em vista que em 1964 a média mensal esteve ao redor de 0,6% e, no 1º semestre de 1965, foi de 0,8%.

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SETOR RORAIMA - No Setor Roraima, especialmente nas áreas fronteiriças com a Guiana Inglêsa e Venezuela, vêm sendo realizadas operações de inseticida desde 1962. Todavia, sòmente a partir do 1º semestre de 1964 é que foi atingida a cobertura total da sua área malárica.

Roraima apresenta a mais baixa densidade demográfica de todos os Setores em fase de ataque, não indo além de 0,1 habitantes por quilômetro quadrado. Sua superfície é de 230.104 km2, possuindo, ao sul, uma grande parte com característica amazônica, seguida pela região de campos, a qual tem continuidade para o norte com a região serrana, onde colide com a Venezuela e parte da Guiana Inglêsa.

Os índices de exploração apresentaram médias de 1,3% em 1964 e l,5% no 1º semestre de 1965, indicando uma redução da porcentagem de positividade de 17,7% em 1964, para 9,7%, no 1º semestre de 1965.

A fim de melhor avaliar a efetividade das medidas de ataque adotadas nessa área, foram selecionadas "áreas indicadoras", obedecendo-se tanto quanto possível às recomendações contidas no 10º Relatório da Comissão de Peritos da O.M.S. e que, em seguida, são apresentadas.

Essas áreas, em número de três, são bastante representativas das respectivas regiões e abrangem um total de 10 localidades, assim distribuídas:

Área A - Tepequen Suapí (Fronteira com

Venezuela)

Área B - Colônia Braz de Aguiar Colônia Coronel Mota Vila Pereira Normândia

Área C - Colônia Fernando Costa BR-117 Caracaraí Santa Maria

Essas 10 localidades possuíam no 1º semestre de 1965 uma população de 3.559 habitantes, a qual representa aproximadamente 10% do total dêsse Setor. A informação global dessas três áreas está especificada no Quadro Ep-XXI.

REVISÃO DE LÂMINAS - As lâminas examinadas nos laboratórios dos Distritos de cada Setor, são reexaminadas nos laboratórios de Revisão das Coordenações Regionais. Até o 1º. semestre de 1965, estava em funcionamento os Laboratórios de Revisão instalados nas Coordenações Regionais I, III, IV e V e sediados nas cidades de Belém, Recife, Salvador e Rio de Janeiro.

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O material remetido pelos Setores para ser reexaminado é constituído por todas as lâminas positivas e uma porcentagem de cêrca de 10% das lâminas negativas. Entretanto, a capacidade de exame dos laboratórios de revisão ainda não é suficiente para reexaminar todo êsse material, principalmente porque ainda não está instalado o laboratório regional da Coordenação II.

As discordâncias de diagnóstico são assinaladas com objetiva demarcadora e essas lâminas são devolvidas, com a retificação diagnóstica ao microscopista que efetuou o primeiro exame.

O volume da revisão de lâminas está condensado no Quadro Ep-XXIV. nêle se ressaltando a melhor qualidade dos microscopistas que exercem suas funções nos Setores em fase de ataque, onde a discordância total de diagnóstico foi de 0,08%, enquanto que nos demais Setores elevou-se para 0,6%.

Além da supervisão à distância, que é representada pelo trabalho de revisão das lâminas, em cada Coordenação Regional está lotado um microscopista-supervisor, que tem, como função principal, executar a supervisão direta dos trabalhos dos laboratórios dos Distritos e proceder ao retreinamento em serviço dos microscopistas.

No momento, cuida-se de se implantar em tôda a Campanha as técnicas de coloração e exame recomendadas pela OPAS, a fim de que as preparações apresentem melhores condições de exame e os resultados sejam fornecidos com a média de densidade parasitária por 100 campos microscópicos. Com essa finalidade efetua-se com o assessoramento da OPAS um curso de retreinamento a nível de microscopista supervisor e revisor, para, em uma segunda etapa, passar-se aos microscopistas distritais.

ENTOMOLOGIA – Atentando para a fundamental importância que representam os trabalhos entomológicos no conjunto de suas atividades, a Campanha de Erradicação da Malária tem incentivado estes estudos objetivando ampliar o conhecimento da fauna anofelínica brasileira, sua distribuição geográfica, densidade, hábitos e comportamento das espécies vetoras, em relação ao homem, ao domicílio, ao inseticida e ao meio ambiente.

Entre as 53 espécies de anofelinos assinaladas no Brasil, 9 delas já foram encontradas naturalmente infectadas com plasmódios, humanos. Destas, apenas 6 são as verdadeiramente responsáveis pela transmissão da malária no território nacional.

Assim, o A. (N) darlingi é o nosso principal vetor, sendo a espécie de maior distribuição geográfica e a causadora da transmissão no interior correspondente a 4/5 da área do país.

A transmissão no litoral, desde o extremo norte do Brasil até o sul do Estado de São Paulo, é causada pelo A. (N) aquasalis.

Das três espécies vetoras incluídas no sub-gênero Kerteszia,

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o A. (K) homunculus é vetor local no município de Blumenau no Estado de Santa Catarina, enquanto que o A. (K) cruzii e o A. (K) bellator são os responsáveis pela transmissão da plasmodiose na faixa litorânea que se inicia no município de Cananéia, no Estado de São Paulo e se estende pelos Estados do Paraná e de Santa Catarina.

O A. (N) albitarsis domesticus pode ser considerado boa espécie transmissora, em certas e limitadas áreas do interior e do litoral brasileiro. Contudo, há que considerar que em geral a espécie é vetora onde já há transmissão por darlingi ou por aquasalis.

Para a orientação dos trabalhos de Entomologia, existe na CEM um órgão normativo e executivo - a Turma de Entomologia dirigida por um Entomólogo Malariologista, auxiliado por oito Entomologistas que se encarregam de supervisionar, orientar e retreinar os Auxiliares de Entomologia, em número de 1 ou 2 por Setor, que executam os trabalhos de rotina programados anualmente.

Os trabalhos especiais relacionados com a persistência de transmissão, o estudo do comportamento dos anofelinos, as provas de excito-repelência e as biológicas de parede, são da competência da Turma de Entomologia.

Colaborando na orientação e execução dêsses trabalhos a CEM recebeu, no período de janeiro de 1964 a abril de 1965, a valiosa ajuda de um Entomólogo Regional da OPAS, além da cooperação do Chefe da Seção de Entomologia do Serviço de Profilaxia da Malária e Doença de Chagas do Estado de São Paulo.

1 - TRABALHOS REALIZADOS

1.1 - Distribuição Geográfica - Os trabalhos rotineiros de campo para melhor conhecimento da dispersão da fauna anofilínica resultaram na captura de 58.121 exemplares de anofelinos fêmeas em 1964 e mais 57.021 exemplares até junho de 1965 (Ep. XXV e XXVI). Com estas capturas pôde-se ampliar a área de distribuição das seguintes espécies: O A. (N) galvaoi é assinalado para o Estado do Pará; o A. (N) albitarsis domesticus e o A. (K) bellator para o Estado de Sergipe e o A. (K) homunculuspara o Estado do Rio de Janeiro.

l. 2 - Provas de Suscetibilidade - Nos quadros (Ep. XXVII e XXVIII) apresentamos o resumo dos resultados das provas de suscetibilidade realizadas em 1964 e no período de janeiro/junho de 1965. A técnica empregada foi a recomendada pela OMS.

Quase tôdas as espécies vetoras foram submetidas à prova. A indicação de resistência ao clorogenado apresentada pelo A. (N) aquasalis em arca restrita da cidade de Belém, no Estado do Pará, em 1959 e que posteriormente em 1962 se mostrou moderadamente resistente, vem declinando nos resultados colhidos em 1963 e 1964.

No que se refere às demais espécies testadas, somente o A. (N) strodei, espécie vetora secundária, de ampla distribuição geográfica (assinala-

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da em 20 Unidades da Federação) e de densidade variável, está demonstrando, nos resultados preliminares das provas realizadas, ser resistente ao DDT. Contudo, há que considerar que o número de exemplares submetidos à prova é insuficiente para uma melhor apreciação e significado dêstes resultados. Por isso, a CEM está insistindo nos trabalhos de campo, visando testar o maior número possível de exemplares da referida espécie.

1. 3 Observações sobre o Anopheles (Nyssorhynchus) nuneztovari.

De vez que o A. (N) nuneztovari constitui bom vetor de malária na Colômbia e tem sido-incriminado como transmissor em certas áreas da Venezuela, a CEM esta procurando colher dados e informações êntomo-epidemiológicas em áreas de ocorrências da espécie, a fim de melhor conhecer-lhe o comportamento face ao homem, à casa e ao inseticida, e avaliar o seu papel na zona malárica da grande região Norte.

O nuñeztovari já foi assinalado em nossos trabalhos rotineiros de campo, em diversas localidades dos Estados do Amazonas, Pará, Maranhão e nos Territórios Federais do Amapá, Roraima e Rondônia. Foi capturado extradomiciliarmente com iscas humana, animal e luminosa e no interior das casas com isca humana. Pôde-se observar uma certa preferência da espécie por ambientes iluminados e maior densidade nas capturas extradomiciliarias com iscas animal e humana.

Ainda não foi possível submeter a espécie à prova de suscetibilidade ao DDT, - entretanto, os exemplares capturados pousados em superfícies borrifadas quando submetidos à prova de sobrevivência têm se mostrado suscetíveis ao DDT.

Em todas as oportunidades têm sido dissecadas glândulas salivares e estômagos de exemplares procedentes do intra e do extra domicílio, com resultados negativos para esporozoítos e oocistos de plasmódios humanos.

l. 4 Provas de excito repelência

Conseguindo confeccionar duas caixas de provas segundo o modêlo aprovado pela Organização Pan-Americana de Saúde e seguindo as suas instruções para a realização dêste tipo de prova, foi possível aos Entomologistas da Campanha de Erradicação da Malária realizar as primeiras provas desta natureza com anofelinos pertencentes ao sub-gênero Nyssorhynchus.Assim, ja submetemos à prova o A. (N) aquasalis de Camocim, no Estado do Ceará e de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro e o A. (N) darlingi, de Engenheiro Dolabela, no Estado de Minas Gerais.

Vejamos os resultados:

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1.4.1 - De Camocim - CEARÁ

Foram realizadas duas provas pela manhã, nas quais se observou o seguinte:

a) saída, de 0% na caixa sem DDT e de 55% na caixa com DDT;

b) verificou-se 97% de sobreviventes na caixa sem DDT e 3% na caixa com DDT. Nestas provas observou-se uma saída muito lenta entre os exemplares evadidos da caixa com DDT e ocorridos principalmente nos 30 minutos iniciais, devendo-se notar que os 3% de sobreviventes estão entre aquêles exemplares que deixaram a caixa nos primeiros 20 minutos de prova.

1.4.2 - De Duque de Caxias - RIO DE JANEIRO

Foram realizadas quatro provas, sendo duas pela manhã e duas à noite, empregando-se em ambas cêrca de 50 exemplares para cada caixa, por vez. Os resultados mostraram:

a) Provas pela manhã: a. 1. saída de 0% na caixa contrôle e de 65% na caixa com DDT, sendo que nesta só

restaram 3% de sobreviventes e naquela 98%;

b) Provas à noite: b.1. saída de 33% na caixa contrôle e de 61% na caixa com DDT, sendo que nesta não houve sobreviventes, enquanto que, naquela, a sobrevivência foi de 100%. Nestas provas notou-se também que há uma evasão moderada dos exemplares, sendo mais acentuada nos 10 minutos iniciais de prova. Outro fato que chama a atenção do pesquisador, e também verificado com o darlingi de Engenheiro Dolabela, do Estado de Minas Gerais, e uma evasão relativamente alta dos exemplares colocados na caixa contrôle quando a prova foi realizada à noite. Os resultados até agora obtidos com estas provas parecem evidenciar que:

1. Em relação ao fenômeno de excito-repelência as duas principais espécies vetoras de malária no Brasil mostraram, nas provas realizadas, ter comportamento semelhante;

2. Há uma fração da população que se evade naturalmente durante a noite ou quando testada em ambiente escuro.

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ÁREAS EM CONSOLIDAÇÃO

Com a evolução das medidas de ataque adotadas nos Setores já em etapa avançada de Cobertura Integral, algumas partes dessas áreas vinham mostrando a ausência de casos autoctones de malária. Por essa razão cuidou-se de analisar mais detidamente a qualidade do sistema de avaliação existente, assim como o volume de informações que êsse sistema vinha proporcionando, e dessa forma examinar a possibilidade da transferência de fases em algumas delas. Julgou-se que seria plausível a passagem de áreas para a fase de consolidação, desde que elas fôssem significativas, não apresentassem nenhum foco potencial em atividade e contassem com uma população mínima girando em tôrno de 10.000 habitantes, de acôrdo com as recomendações então adotadas pela Organização Sanitária Pan-Americana.

Com essa finalidade começou-se em outubro de 1964 a proceder à analise do sistema de avaliação para essas áreas que já há um ano não registravam casos de malária autoctone e nas quais também o número de casos importados não constituía perigo de pronta reintrodução da transmissão. Acertou-se que essas análises seriam dirigidas por técnicos alheios aos trabalhos das áreas, a fim de permitir uma melhor apreciação da qualidade da informação, ao mesmo tempo que possibilitaria apontar deformações e falhas na execução das operações de avaliação.

Nessa ocasião viu-se que pelo menos quatro Setores apresentavam condições que possibilitavam a adoção dessa providência. A análise então realizada estendeu-se aos demais Setores já em fase de ataque, a fim de que daí surgissem oportunidades de aprimoramento técnico dos Malariologistas setoriais e a adoção de possíveis correções de normas de trabalho.

As informações das localidades foram reunidas tomando-se o MUNICÍPIO como unidade e procurando-se observar os seguintes aspectos:

a) a porcentagem das amostras de sangue em relação à população a avaliar (índice de exploração);

b) a distribuição das localidades avaliadas através os doze meses do ano;

c) a porcentagem de localidades com informação nesse mesmo período (modêlos A e B). Tendo ocorrido algum caso de malária na área em questão durante o período analisado, procedeu-se também a condensação da informação das localidades positivas (modêlo C), bem como o histórico da borrifação dessas localidades (modêlo D)

Dessa forma indicou-se quatro áreas como a seguir estão especificadas, as quais, a partir de janeiro de 1965, foram transferidas para

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a fase de consolidação.

Durante o primeiro semestre de 1965, a informação obtida nessas áreas foi a seguinte:

1 - RIO GRANDE DO NORTE – BUSCA DE CASOS

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2 - BAIXO SÃO FRANCISCO - BUSCA DE CASOS

3 - ARACAJU - BUSCA DE CASOS

4 - JACAREZINHO E TIBAGI - BUSCA DE CASOS

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Com o mesmo critério já anteriormente citado, e adotado para a verificação da interrupção da transmissão e da análise da qualidade da avaliação, em junho do corrente ano foram selecionadas outras áreas, em diferentes Setores, que a partir do segundo semestre foram transferidas para a fase de consolidação.

Assim, a partir do início do 2º semestre de 1965, as áreas já consideradas em fase de consolidação estão distribuídas em seis Setores apresentando as seguintes especificações:

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- 24 -

Como foi dito inicialmente neste capítulo, o critério adotado para a transferência de áreas para a fase de consolidação, era aquêle então recomendado, isto é, a) que não existissem na área focos ativos durante pelo menos um ano; b) que o número de casos importados não viesse a constituir sério perigo para a reinstalação da transmissão; c) que o sistema de vigilância fosse adequado, de modo a permitir a descoberta de novos casos e a sua pronta eliminação como fonte de infecção e, finalmente d) que a área tivesse uma população mínima de 10.000 habitantes.

Tais condições, como ficou dito, eram examinadas por pessoal da própria Campanha, embora a equipe estivesse formada por técnicos não sediados nas áreas e portanto não participantes das operações de campo. Entre tanto, após a realização da reunião do Comitê Assessor em Erradicação da Malária, realizado em setembro do corrente ano, tal critério deverá ser revisto, tendo-se em vista a Recomendação nº 12 do referido Comitê, que preceitua:

"Que al transferir un área de la fase de ataque a la de consolidación, o de la de consolidación a la de mantenimiento, se efectue, de preferencia por um grupo independiente, una completa evaluación de las condiciones epidemiológicas y operativas existentes, y que la decision correspondiente quede formalizada en un documento que contenga todos los datos tomadas en cuenta en dicha decisión, firmado por las autoridades pertinentes del país y los representantes de la OPS".

Sendo assim algumas áreas que poderiam passar no próximo ano para a fase de consolidação deverão provavelmente aguardar oportunidade para exame da Comissão, prevista na Recomendação nº 12 do Comitê Assessor.

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SEÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS ESPÉCIES VETORAS ASSINALADAS ENÚMERO TOTAL DE ANOFELINOS ADULTOS CAPTURADOS POR ESTADO —

OU TERRITORIO TRABALHADO EM 1964.

QUADRO Ep – XXIII

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SEÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS ESPÉCIES VETORAS ASSINALADAS ENÚMERO TOTAL DE ANOFELINOS ADULTOS CAPTURADOS POR SETOR —

TRABALHO ATÉ JUNHO DE 1965.

QUADRO Ep – XXIV

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QUADRO Ep – XXV

MINISTÉRIO DA SAÚDE – CAMPANHA DE ERRADICAÇÃO DA MALÁRIA

RESULTADOS DA PROVAS DE SUSCETIBILIDADE DE ANOFELINOS ADULTOS AO DDT REALIZADAS EM 1964

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MINISTÉRIO DA SAÚDE – CAMPANHA DE ERRADICAÇÃO DA MALÁRIA

RESULTADOS DAS PROVAS DE SUSCETIBILIDADE DE ANOFELINOS ADULTOS AO DDT REALIZADAS NO 1º SEMESTRE DE 1965

QUADRO Ep – XXVI

+ MORTALIDADE CORRIGIDA PELA FORMULA DE ABBOTI

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OPERAÇÕES DE INSETICIDA

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ANO DE 1964 E NO 1º SEMESTRE

DE 1965

A - INTRODUÇÃO

1 - Além dos trabalhos de cobertura integral da totalidade dos Setores Roraima, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio de Janeiro e Paraná e de cobertura de parte dos demais, em andamento, programou-se para o 1º semestre de 1964 a conclusão do reconhecimento geográfico das áreas restantes, que entrariam em cobertura integral no 2º semestre.

2 - Fatores de ordem administrativa e dificuldades no recrutamento de pessoal, causando atrasos no reconhecimento geográfico, nas áreas mais difíceis de serem trabalhadas, no país, não permitiram que se executasse esse programa. Setores houve em que o total de pessoal previsto não pôde ser alcançado.

3 - Preferiu-se, no 2º semestre de 1964, manter a cobertura integral na totalidade da área dos 9 Setores já mencionados, prosseguir a cobertura de parte da área nos demais e o reconhecimento geográfico.

4 - No 1º semestre de 1965, na conformidade do Plano Nacional de Erradicação da Malária deu-se especial atenção ao reconhecimento geográfico dos Setores Bahia e Minas Gerais, incrementando-o. Reformulou-se a seleção de áreas para cobertura integral nos Setores em que ela era parcial, adotando-se quatro critérios preferenciais:

a) proteção de fronteiras b) densidade demográfica c) grau de endemicidade d) contigüidade de área

5 - Para o 2º semestre de 1965 programou-se e fez-se a inclusão de todo o Setor Espírito Santo na fase de ataque. Em relação aos Setores Bahia e Minas Gerais programou-se a cobertura integral de parte da área, obedecendo-se aos critérios b, c e d do item 4.

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6 - As dificuldades havidas no recrutamento de pessoal técnico têm influenciado o desenvolvimento do programa. As Operações de Inseticida contam atualmente com 30 técnicos malariologistas, número muito reduzido para as necessidades do respectivo programa, especialmente se forem consideradas a supervisão e a elaboração dos planejamentos para as novas áreas que devem entrar em fase de ataque.

B - TRABALHOS DE BORRIFAÇÃO REALIZADOS EM 1964

1 - 1º Semestre

Os Quadros OI-1 e OI-2 expõem o movimento das operações de inseticida. Observa-se a existência de uma diferença de 211.782 casas entre as programadas e as visitadas. Localizam-se, na sua maioria, nos Setores em cobertura apenas em parte da área. Nos demais, tal não ocorreu, e as diferenças encontradas resultam de casas desaparecidas ou pequenas áreas a serem incluídas, cujo reconhecimento geográfico apresentou número de casas menor que o previsto inicialmente. Ainda, nos Setores com cobertura em parte da área, o retardamento do ciclo, por problemas administrativos, também contribuiu para aquelas diferenças, especialmente em se tratando das áreas mais difíceis de serem trabalhadas. Dado o fato de se concentrar o máximo de recursos nos Setores nos quais a fase de ataque cobre a totalidade do território, não era recomendável que dele se deslocasse recursos para aquelas áreas.

A pendência geral foi de 13,1%, correspondendo 5,5% a recusas e 7,6% a casas fechadas; estas, predominam na faixa litorânea, balneária, e aquelas, nas zonas urbanas.

Os rendimentos são compatíveis com as áreas de trabalho, podendo-se considerar como satisfatória, a média geral de 8,0 casas/homem-dia.

Em alguns Setores há uma aparência de desproporção entre o número de guardas de inseticida, chefes de turma e inspetores: deve-se às parelhas montadas e fluviais, que não têm chefe, sendo um dos componentes o responsável.

2 - 2º Semestre

Os mesmos Quadros OI - 1 e OI - 2 apresentam o trabalho realizado nesse semestre. Eles mostram ter havido um acréscimo no programa, em relação ao 1º semestre; corresponde á inclusão de áreas novas nos Setores Pernambuco e Sergipe (em cobertura total) e ao avanço do programa em alguns dos Setores com cobertura em parte da área.

A pendência total foi da ordem de 12,4%, sendo 4,9% para

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recusas e 7,5% para casas fechadas

Cabem aqui os mesmos comentários feitos para o tópico sôbre o 1º semestre, menos o que se refere ao início do ciclo.

C - TRABALHOS DE BORRIFAÇÃO REALIZADOS NO 1º SEMESTRE DE 1965

O Quadro OI - 3 mostra um resumo das atividades no semestre. Em 1965 os trabalhos desenvolvidos nos 9 (nove) Setores com cobertura na totalidade da área, ou sejam, Roraima (3º ciclo), Ceará (11º ciclo), Rio Grande do Norte (11º ciclo), Paraíba (11º ciclo), Pernambuco (7º ciclo), Alagoas (9º ciclo), Sergipe (9º ciclo), Rio de Janeiro (7º ciclo) e Paraná (7º ciclo) iniciaram-se normalmente, nas datas previstas. Acresceu-se uma pequena área no Setor Pernambuco.

Nesse 1º semestre passaram para a fase de consolidação áreas dos Setores seguintes, por porcentual de casas: Rio Grande do Norte (95%), Alagoas (8,2%), Sergipe (35%) e Paraná (30%).

Os Setores com cobertura integral de parte da área, iniciaram com algum atraso, aguardando a elaboração final do Plano Nacional de Erradicação da Malária, conforme o ítem 4 da Introdução.

A pendência total foi da ordem de 11,7%, sendo 5,2% de recusas e 6,5% de casas fechadas. Os rendimentos casas/homem-dia foram mantidos dentro do previsto.

Problemas de transportes tiveram repercussão no andamento dos trabalhos.

D - RECONHECIMENTO GEOGRÁFICO EM 1964 E 1º SEMESTRE DE 1965

O Quadro OI - 4 indica o trabalho de reconhecimento geográfico realizado em 1964 e no 1º semestre de 1965, nos Setores que ainda não o tinham concluído.

E - PROGRAMA DO 2º SEMESTRE DE 1965

Foi possível passar para a fase de consolidação, novas áreas dos Setores Ceara, Alagoas, Sergipe, Rio de Janeiro e Paraná, prosseguindo-se a fase de ataque nas áreas restantes, dêsses mesmos Setores. A posição dos ciclos é a seguinte, nos Setores em cober-

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tura integral da totalidade da área: Roraima (4º), Ceará (12º), Rio Grande do Norte (12º), Paraíba (12º), Pernambuco (8°) , Alagoas (10º), Sergipe (10º), Rio de Janeiro (8º), Paraná (8º). O Setor Espírito Santo iniciou o 1º ciclo de cobertura integral na totalidade da área.

Os Setores Minas Gerais, Ilhéus e Salvador tiveram o reconhecimento geográfico concluído e passaram para cobertura integral em parte da área, conforme o Plano Nacional de Erradicação da Malária. Neles se desenvolvia anteriormente o programa de cobertura parcial, que foi suspenso. Os Setores Salvador e Ilhéus, novos, foram criados com mais o Setor Juazeiro pela divisão do antigo Setor Bahia.

O Setor Juazeiro está realizando um ciclo piloto no vale do rio São Francisco, com a finalidade de observar as condições de trabalho, a movimentação de transportes e da população ribeirinha.

Todos os Setores restantes estão repetindo o programa do 1ºsemestre.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE QUADRO OI - 1 CAMPANHA DE ERRADICAÇÃO DA MALÁRIA ATIVIDADES DE OPERAÇÕES DE INSETICIDA SEÇÃO DE OPERAÇÕES DE INSETICIDA 1964

1 - TRABALHO REALIZADO

OBSERVAÇÕES: (+) - Setor totalmente em fase de ataque (1) - 1º a 2º ciclos (2) - 9º a 10º ciclos (3) - 5º a 6º ciclos (4) - 7º a 8º ciclos

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MINISTÉRIO DA SAÚDE QUADRO OI - 2 CAMPANHA DS ERRADICAÇÃO DA MALÁRIA ATIVIDADES DE OPERAÇÕES DE INSETICIDA SEÇÃO DE OPERAÇÕES DE INNSETICIDA 1964

2 – INSETICIDA CONSUMIDO, RENDIMENTOS E PESSOAL

OBSERVAÇÕES: - (+) Setor totalmente em fase de ataque - (++) Incluídos inspetores que também supervisionam Epidemiologia

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MINISTÉRIO DA SAÚDE QUADRO OI - 3 CAMPANHA DS ERRADICAÇÃO DA MALÁRIA ATIVIDADES DE OPERAÇÕES DE INSETICIDA SEÇÃO DE OPERAÇÕES DE INNSETICIDA 1º SEMESTRE DE 1965

1 – TRABALHO REALIZADO

2 – INSENTICIDA, CONSUMIDO, RENDIMENTOS E PESSOAL.

OBSERVAÇÕES: (+) Setor totalmente em fase de ataque (++) Incluídos os inspetores que também supervisionam Epidemiologia.

(1) Parte da área em consolidação a partir de 1º de janeiro de 1965. (2) Borrifação de emergência com pessoal de reserva.

MOF/gm 24/11/1965

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MINISTERIO DA SAÚDE QUADRO OI - 4 CAMPANHA DS ERRADICAÇÃO DA MALARIA ATIVIDADES DE OPERAÇÕES DE INSETICIDA SEÇÃO DE OPERAÇÕES DE INNSETICIDA RECONHECIMENTO GEOGRAFICO EM 1964 E

1º- SEMESTRE DE 1965

OBSERVAÇÃO: Os dados de 1965 referem-se aos trabalho realizados apenas no 1º semestre.

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EDUCAÇÃO SANITÁRIA E FORMAÇÃO DE PESSOAL

Desenvolvem-se, com o máximo interêsse, esforços para que as populações e seus líderes conheçam, aceitem e participem da dinâmica do programa de erradicação da malária.

Ao mesmo tempo a educação sanitária coordena e participa de tôdas as atividades julgadas necessárias para adestrar o pessoal da Campanha e bem orienta-lo na sua missão de campo, junto aquelas populações e lideranças, pessoais ou associativas.

Certas dificuldades operacionais tem que ser vencidas com a colaboração destacada da educação sanitária. Entre elas, as que se relacionam com pendências, ocorrentes nas áreas balneárias, situadas ao longo do litoral, nas quais numerosas casas de propriedade de veranistas, ficam fechadas por longos períodos, ou em virtude de recusas que se registram nas áreas urbanas, particularmente nas localidades economicamente fortes, em que as casas são, de boa construção, com bom acabamento de paredes, instalações e mobiliário confortáveis.

Nas zonas urbanas, o problema se agrava quando ciclos anteriores já se processaram e a ineficiência atual do DDT para os insetos comuns traz a descrença na sua ação também sobre os anofelinos. É uma tarefa penosa para a educação sanitária, que se precisa vencer, seja pela tenacidade, por melhores métodos de persuasão ou mesmo pela reformulação dos métodos operacionais, como a adoção de barreiras epidemiológicas, tratamento de cura radical e outros que possam ser julgados vantajosos. Tudo tem-se feito para aperfeiçoar as atividades de educação sanitária, visando a suprimir ou reduzir, satisfatoriamente, o índice de pendências.

No que respeita a formação de pessoal, trabalhou-se eficazmente, na sua seleção, em todos os níveis, e na condução dos cursos de formação e retreinamento. Nestes últimos contou-se sempre com o apoio da educação sanitária.

Nas diversas reuniões realizadas pela Superintendência, a nível regional (Coordenações e grupos de Setores), as atividades de educação sanitária sempre constituíram tema de debate e revisão de normas.

Um dos propósitos da CEM a tornar cada um dos seus servidores um elemento consciente e dinâmico na aplicação dos princípios educativos.

Estabeleceu-se, para vigorar a partir de 1966, nova conduta de readestramento do pessoal de campo.

Observadas e analisadas as atividades gerais de campo, em cada ciclo, e as ocorrências que influenciaram desfavoravelmente a sua plena execu-

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ção, serão planejados, para o ciclo seguinte, todos os readestramento de pessoal, de acordo com um cronograma rígido preestabelecido, dentro dos itinerários constantes do aludido planejamento e com a participação dos inspetores, chefes de Distritos, educadoras sanitárias, inspetor geral e malariologistas assistentes do Setor.

O trabalho será realizado, prioritariamente, nas áreas em que surgiram problemas de natureza operacional, com o elevado índice de pendências, de acesso (transporte), de abastecimento e outros que justifiquem plenamente a presença maciça de toda a equipe de técnicos, nas oportunidades em que se vai proceder a cobertura com inseticida. Visar-se-a solucionar não só o grave problema de pendências, em certas áreas, como observar e participar de todos as atividades que possam influir na aplicação correta das medidas de erradicação empregadas. Dessa forma, haverá o readestramento, em serviço, de todo o pessoal, se processara uma supervisão completa das atividades da Campanha, em todos os níveis, e se proporcionará uma permanente assistência aos servidores de campo.

Com o advento da Lei nº 4. 709 (reformulação da CEM), as atividades de educação a divulgação que, junto com as de. formação de pessoal funcionavam num só órgão, passarão para órgãos individualizados, ou sejam Seção de Educação Sanitária e Seção de Formação de Pessoal, mantendo as vinculações que forem óbvias.

PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM 1964

1 - Confecção de material de divulgação para os diferentes níveis culturais, ilustrando as atividades da Campanha;

2 - Panfletos sabre Operações de Epidemiologia, de Inseticida, panfletos elementares para distribuição entre escolares, álbuns seriados sobre epidemiologia, borrifação, educação sanitária, treinamento de pessoal, e etc.;

3 - Elaboração e publicação do "Manual do Colaborador Voluntário";

4 - Duas exposições amplas: a primeira, em Poços de Caldas, MG., no recinto do Seminá- rio sabre participação dos Serviços Gerais de Saúde na Erradicação da Malaria e IVReunião de Diretores de SNEMs. Do Seminário participaram, além de autoridades sul-americanas e nacionais, em saúde pública, os Secretários e Diretores de Saúde dos Estados do Brasil. A exposição objetivou oferecer conhecimento gráfico documentado e realizações do programa brasileiro, especialmente aos participantes do Seminário, com a finalidade de sensibilizar e despertar o melhor interesse nos não malariologistas, tendo-se em vista a tomada de posição para a futura integração de serviços.

A segunda mostra foi feita no recinto do Congresso Nacional, para que

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os congressistas, como líeres dos diversos Estados e legisladores que votam as leis do país, tivessem um conhecimento mais real de um programa de erradicação da malária estimulando o seu apoio a CEM. O objetivo foi amplamente atingido, como, por exemplo, na votação maciça da Lei n.94.709, cujo projeto, fora enviado pelo Poder Executivo.

Quanto a formação de pessoal, os seguintes cursos foram realizados:

Curso de Malariologia (Universidade de São Paulo), patrocinado pela OPAS/OMS. A CEM inscreveu 11 candidatos de nível universitário, todos aprovados;

Curso de Inspetor de Malária, num total de 14, com 158 inscritos e 118 aprovados;

Curso de Microscopista, em número de 2, com 23 inscritos e todos aprovados;

Curso de Guarda de Inseticida, 17 cursos, com 3.065 inscritos e 1.035 aprovados;

Curso de Guarda de Epidemiologia, total de 26, com 407 inscritos e 246 aprovados;

Teste para promoção de Auxiliar de Divulgação a Divulgadora.

ATIVIDADES DO 1º SEMESTRE DE 1965

No decorrer do 1º semestre de 1965, foram as seguintes as atividades:

a) - Educativas:

1 - Entrevistas ................................................ 1.198 2 - Visitas domiciliares .................................. 3.804 3 - Reuniões ................................................... 94 4 - Palestras .................................................... 309 5 - Demonstrações .......................................... 39 6 - Exposições ................................................ 3 7 - Expedição de correspondência .................. 2.033 8 - Programas radiofônicos ............................. 67 9 - Publicações na Imprensa ........................... 35 10 - Programas de TV ...................................... 3 11 - Projeções de Fumes .................................. 23 12 - Projeções de slides .................................... 13 13 - Folhetos distribuídos ................................. 37.463 14 - Volantes distribuídos ................................ 5.061

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15 - Cartazes ...................................................................................................... 1016 - Apostilhas distribuídas ................................................................................ 2.90217 - Visitas de supervisão ................................................................................... 36718 - Pesquisas (estudos ou levantamentos em aplicações c/o questionário) ........ 3719 - Confecção de álbum seriado ........................................................................ 2

b) - Formação de Pessoal

1 - Curso de malariologia .................................................................... 19 aprovados2 - Educadora Sanitária (promoção) .................................................... 16 " 3 - Encarregado de Administração ...................................................... 22 " 4 - Inspetor Chefe ................................................................................ 19 " 5 - Inspetor de Malária ........................................................................ 89 " 6 - Inspetor de Malária (promoção) ..................................................... 22 " 7 - Chefe de Turma de Inseticida ......................................................... 79 " 8 - Guarda Reconhecedor .................................................................... 41 "

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ADMINISTRAÇÃO

Desdobra-se em atividades de orçamento, pessoal e comunicações.

A Campanha tem-se preocupado em aperfeiçoar os seus métodos, considerada a importância de que se reveste, em qualquer empreendimento.

A nível de seção, atualmente, será elevada a divisão, a partir de 1966, conforme a nova legislação. Então englobara também os programas de abastecimento e transportes.

Uma Auditoria Administrativa, criada em 1964, veio trazer grande subsídio ao aprimoramento da máquina administrativa, através de auditagem, supervisão e treinamento de pessoal administrativo, inclusive em serviço (auditores, inspetores regionais e encarregados de turmas das Coordenações Regionais e Setores). A sua participação, embora não imediata e direta, na elaboração do Plano de Aplicação de Recursos e na Proposta Orçamentária, é muito útil. Órgão itinerante, seus membros percorrem todas as unidades administrativas da Campanha, distribuídas pelo país.

1) RECURSOS - O Governo brasileiro destina a maior soma de recursos para a execução do programa, diretamente através do Tesouro Nacional. Os recursos são complementados com verbas oriundas de um acordo de empréstimo, assinado pelo Governo com a USAID, para os anos de 1964 e 1965.

Estão em andamento providências para a sua prorrogação até o final de 1966. Pelo referido acôrdo a USAID fornece à Campanha materiais e equipamentos em igual importância ao valor do empréstimo.

Até 1963, os convênios com a USAID se baseavam no fornecimento de viaturas, materiais e equipamentos, sem ônus para o programa, pois eram doados.

Em caráter cooperativo a CEM tem contado com a colaboração da OPAS/OMS, que nela mantém uma Assessoria Técnica e Administrativa, integrada por técnicos de seus quadros, a nível central e regional. Contribui ainda, com materiais diversos e drogas.

Os quadros anexos indicam a origem e a evolução dos recursos, em cruzeiros, que asseguram a execução do programa.

2) PESSOAL - O pessoal que integra todos os serviços da CEM é efetivo ou assalariado. Aquêle, pertence aos quadros permanentes e regulares do Governo, regido pelo Estatuto dos Funcionários Civis da União; a CEM requisita nesses quadros funcionários de cujos serviços necessita. O pessoal assalariado é contratado diretamente pela Campanha, mediante teste de seleção. É o chamado pessoal

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temporário, regido pelas leis trabalhistas.

O pessoal técnico trabalha em regime de tempo integral e dedicação exclusiva, como preceitua a lei, mas percebe um salário adicional, também, previsto em lei. Todos os técnicos da CEM são titulados em Malariologia, em cursos nacionais ou no estrangeiro, patrocinados pela OPAS/OMS.

Em quadro anexo indica-se o número total de servidores, distribuídos por categorias funcionais e por área de atividade.

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PESSOAL EXISTENTE EM 30 DE SETEMBRO DE 1965

OPERAÇÕES DE INSETICIDA

Engenheiros .............................................................. 31 Auxiliares Estatística de O.I ......................................... 85 Inspetores de O.I ....................................................... 217 Chefes de Turma de O.I ............................................ 710 Guardas de O.I .......................................................... 3.565 Desenhistas ............................................................... 39

OPERAÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA

Médicos ..................................................................... 70 Entomologistas .......................................................... 8 Auxiliares de Entomologia ........................................ 30 Auxiliares de Estatística de Ep .................................. 96 Inspetores de Epidemiologia ...................................... 282 Guardas de Epidemiologia ......................................... 1.480 Microscopistas ........................................................... 180

ADMINISTRAÇÃO E OUTROS

Administradores ......................................................... 284 Contabilistas ............................................................... 24 Auxiliares de Administração ....................................... 494 Encarregado de Almoxarifado .................................... 26 Secretários .................................................................. 20 Porteiros, Vigias e Mensageiros ................................. 287 Faxineiros ................................................................... 281 Divulgadores Sanitários .............................................. 15 Aux. Divulgação Sanitária .......................................... 14 Inspetores Mistos (Sub. Distrito) ................................ 37

OUTROS

Assistentes Jurídicos ................................................... 2 Pintor .......................................................................... 1 Carpinteiro .................................................................. 2 Eletricista .................................................................... 1 Auxiliar de Multilith ................................................... 1 Estatístico ................................................................... 1 Inspetor Regional de Transporte .................................. 1

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TRANSPORTES

Aviadores ......................................................... 3 Mecânicos Chefes e Mecânicos ....................... 1.137 Auxiliares de Mecânicos .................................. 104 Encarregado de Oficina Fluvial ....................... 3 Chefes e Motoristas de Lancha ........................ 32 Chofer .............................................................. 687 Marinheiros ..................................................... 7

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VERBA AUTORIZADA

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ABASTECIMENTO

A Seção de Abastecimento tem o encargo de suprir todas as necessidades de materiais.

Além de adquirir no mercado nacional, mercadorias, através das normas estabelecidas em lei, recebe e distribui os materiais fornecidos pelas agências internacionais, segundo um planejamento.

A nível de Coordenação Regional há almoxarifados para distribuição primária ou redistribuição de determinados materiais aos Setores, enquanto estes mantêm o seu próprio para prover ás suas necessidades e a dos Distritos, que, por sua vez, contam com Postos de Abastecimento, a nível de campo.

Deve-se ressaltar que o abastecimento é automático, em todos os níveis. O Plano de Necessidades que cada Setor remete anualmente à Superintendência é ajustado as condições do planejamento geral e dos recursos disponíveis, possibilitando fazer-se um suprimento cronometrado e prevenindo-se qualquer falta de material.

Materiais fornecidos pelas agências internacionais cooperantes:

WSAID - Todos os veículos importados e parte dos nacionais, doados através de convênio. Constituem a maior parte da frota. Motores para embarcações, DDT, solventes, emulsificantes, aspersores e seus acessórios, e outros materiais, tiveram a mesma origem. Está-se iniciando o embarque, nos portos americanos, de materiais e a serem fornecidos por acordo de empréstimo.

OPAS/OMS - Os convênios existentes, e de longa data, asseguram o fornecimento de microscópios, lâminas, corantes, indicadores, arseniato de cálcio, drogas anti-maláricas, etc., em caráter cooperativo.

Os quadros anexos mostram o calendário de abastecimento, o valor dos materiais fornecidos a cada Setor e o seu peso.

ATIVIDADES DE ABASTECIMENTO DURANTE O 1º SEMESTRE DE 1965

Programou-se para o 1º semestre do corrente ano o plano de abastecimento dos Setores e Coordenações, o qual foi cumprido da seguinte maneira:

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JANEIRO - Impressos de Administração e Epidemiologia

FEVEREIRO - Impressos de Transportes, balsas de Lona, sacos plásticos e peças de bomba Hudson

MARCO - Comprimidos

ABRIL - Material de expediente e epidemiologia

MAIO - Máquinas de escrever e de somar, maletas para P.M. e gabinete Kardex

JUNHO - Lâminas, arquivos e fichários.

Além dos materiais distribuídos através de planos, foram remetidos muitos outros, atendendo diversos pedidos suplementares dos Setores.

Remeteram-se Cr$ 559.656-368 em materiais, embalados em 15.855 volumes, num total de 733.497 quilos de carga.

Foram realizadas 8 Coletas de Preços e 25 Concorrências Administrativas.

Adquiriram-se Cr$ 373.719.235 de materiais, sendo Cr$ 249.929.865 de consumo e Cr$ 123.789.370 permanente.

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TRANSPORTES

Uma Campanha de âmbito nacional, cujas atividades operacionais se desenvolvem a nível de campo, tem como um dos seus maiores suportes uma eficiente organização de Transportes.

O trabalho que se realiza importa em perfeito planejamento, distribuição, supervisão e contrôle de todos os meios de locomoção, o que implica em idêntico comportamento com relação a combustíveis e lubrificantes, peças e acessórios, bem como na implantação e funcionamento das muitas oficinas mecânicas distribuídas pelos Setores e Distritos. Isto significa ter como objetivo primordial a manutenção preventiva, ou seja, a profilaxia do desgaste e dos danos,que representará o prolongamento da vida útil das viaturas e redução considerável nas despesas de conservação.

Dispondo a CEM de uma frota de 1.248 viaturas, em sua grande maioria rodando há mais de 5 anos, pelas zonas rurais, quase sempre por estradas precárias, pode-se avaliar o volume de trabalho e as dificuldades com que se defronta essa atividade.

Neste exato momento, vê-se a CEM obrigada a aumentar sua frota pela necessidade premente de atender as áreas que entrarão em fase de ataque ao mesmo tempo, renová-la, substituindo veículos cujo custo operacional e de manutenção bastante oneroso. Assim, a totalidade das camionetas importadas já bastante rodadas, para as quais a aquisição de peças no mercado nacional é difícil, e os preços são muito elevados.

A substituição das 341 traveletes importadas, por veículos de fabricação nacional, torna-se um imperativo e, por outro lado, a aquisição, por intermédio de convênios com os organismos internacionais cooperantes, e do Governo brasileiro, de mais 600 veículos, possibilitariam um desafôgo nos Transportes e conseqüentemente facilitaria o bom desenvolvimento das operações de campo.

1 - Atividades no ano de 1964:

a) Veículos úteis ............................................. 1.249 Quilômetros percorridos ............................ 13.144.842 Custo médio p/km percorrido ..................... Cr$ 37, 23 Rendimento médio p/litro combustível ...... 4,100 km

b) Barcos com motor de pôpa ......................... 161

c) Barcos com motor de centro ....................... 46

d) Cascos p/motor de pôpa ............................. 138

e) Semoventes (muares) ................................. 787

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2 - Atividades no 1º Semestre de 1965:

a) Veículos úteis .................................................................................. 1.248

b) Quilômetros percorridos .................................................................. 6.174.119

c) Custo médio p/km percorrido .......................................................... Cr$ 66, 00

Rendimento médio p/litro combustível ............................................ 4.140 Km

b) Barcos com motor de pôpa ................................................................... 208

c) Barcos com motor de centro ............................................................. 44

d) Cascos p/motor de pôpa .................................................................... 115

e) Semoventes (Muares) ........................................................................ 1.059

f) Bicicletas ........................................................................................... 627

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PROBLEMAS ADMINISTRATIVOS

Sabemos que todos os programas de erradicação da malaria enfrentam problemas intrínsecos ou extrínsecos, que de alguma forma incidem sobre o planejamento e as operações dêle decorrentes.

O programa brasileiro também tem tido os seus. Experimentou impactos orçamentários e operacionais que muito retardaram o seu ajustamento lhe causaram distorsões, esses últimos relacionados sobretudo com a vastidão da área malárica, a sua insuficiente delimitação, os contrastes fisiográficos da área malárica, por vezes chocantes, as vias de acesso impenetráveis em certas regiões, e outros fatores que não permitiram, no tempo desejado, lançar o programa de forma sincrônica, harmônica e progressiva.

O Plano Nacional de Erradicação da Malária, que foi elaborado sobre um terreno melhor conhecido e apoiado numa experiência mais amadurecida, - na técnica de erradicação, vai tornar homogênea a Campanha e permitir que, de aqui por diante, siga um caminho firme e lúcido, em direção á erradicação, embora sujeito, as surpresas epidemiológicas, sempre possíveis, e a reajustamentos inevitáveis, num programa tão grande e complexo, todavia, se alterarem as suas linhas. essenciais.

Nos aspectos relacionados com as altas esferas do Governo a Campanha vem se situando muito bem. O Ministro da Saúde tem colocado, com alto empenho, o programa entre os prioritários do Ministério, e vem-lhe concedendo a atenção merecida, ao desenvolver esforços e providências para que seja suprida a CEM de todos os recursos que a sua execução reclama.

O problema salarial, embora mais estabilisado em relação as oscilações desordenadas que sofria, em conseqüência de não menores flutuações no custo de vida, ainda incide sobre o recrutamento de pessoal, especialmente qualificado. Mas há providências em andamento para que o assunto seja superado em prazo não distante. Desejamos ressaltar que o estatuto do regime de tempo integral para o pessoal técnico, além do que já existe, esta sendo reformulado pelo Governo, para atuar em bases mais satisfatórias.

Assim, embora tenhamos dificuldades em recrutar pessoal de todos os níveis, esperamos superá-las. Num país que se restaura para o desenvolvimento e o crescimento econômico após uma crise estrutural profunda, problemas de custeio sempre se apresentam. E em matéria salarial sabemos, todos, que os governos não podem competir com os setores empresariais.

Um fato auspicioso é preciso, contudo, ressaltar: a liberação das parcelas orçamentárias vem sendo feita com toda a regularidade, o que constitui fator muito positivo sôbre a cronologia das operações.

No decorrer deste mês está sendo liberado um crédito especial de Cr$ 2.500.000.000, criado por lei, de iniciativa do Poder Executivo, e destinado a um programa específico de erradicação da malaria, para as áreas direta -

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mente relacionadas com a rodovia Belém-Brasília, Br-14, que forma um dos grandes eixos rodoviários do país e está sendo também uma faixa de importantes migrações humanas, com especial relêvo epidemiológico. O respectivo programa já foi iniciado e terá pleno desenvolvimento.

Em matéria de abastecimento e transportes algumas dificuldades ainda aguardam normalização, no que se refere ao suprimento de inseticida, peças e acessórios para veículos, aspersores e seus acessórios e mais algumas mercadorias, dependentes de importação.

Esses suprimentos são fornecidos pela USAID, conforme Acôrdo de empréstimo, em vigor, e vêm experimentando grande atraso na sua efetivação, que se espera seja regularizada dentro do tempo necessário à execução dós próximos ciclos.

Justifica a USAID, essas dilações na entrega dos materiais da sua responsabilidade, à expectativa da publicação do relatório de avaliação do programa brasileiro elaborado pela Comissão OPAS/OMS/USAID, da nova legislação desse programa e do Plano Nacional de Erradicação da Malária.

Como as referidas publicações já foram concluídas e divulgadas, oficialmente, espera-se que a CEM venha a receber, em tempo útil, os materiais de importação já mencionados.

O Plano Nacional de Erradicação da Malária foi aprovado pelo Ministro da Saúde e considerado satisfatório pelos órgãos técnicos da OPAS/ OMS, estando, pois, em plena vigência.

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MIGRAÇÕES INTERNAS

Dados Essenciais

A mobilidade da população brasileira, considerada uma das maiores do mundo, não é problema atual. As migrações internas brasileiras crescem na conformidade de certos fatores, especialmente de ordem econômica e climática. Quando temporárias, ligam-se à construção de obras importantes do serviço público, valorização repentina de certos produtos agrícolas, safras (café, cana de açúcar, etc.), calamidades (secas, enchentes), etc.

Êsses movimentos humanos se convergem nos sentidos NE_SW, E-W-N-S.

A região leste, e não o nordeste, como geralmente se pensa, fornece os mais altos coeficientes emígratórios internos do país, liderados pelo Estado de Minas Gerais, Bahia, Estado do Rio, Espírito Santo e Sergipe, na direção do Espírito Santo, Goiás, Guanabara, Mato Grosso, Paraná, São Paulo, etc. O nordeste contribui com cifras menores nessa emigração.

Naturalmente, as pressões econômicas impelem as migrações das áreas rurais para as urbanas:

A N O POP. URBANA POP. RURAL

1940 31% 69%

1950 36% 64%

1960 45% 55%

Áreas de atração: O Estado de São Paulo é o estuário para onde convergem as mais densas correntes migratórias, pelo seu vasto mercado de trabalho, particularmente mineiros (30.3%) e baianos (11.2%). Guanabara, com fluminenses (30%) e mineiros (17%). Paraná, que teve uma explosão demográfica em poucos anos, com correntes de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente. O Estado de Goiás, sofrendo atualmente processo de explosão demográfica, originária principalmente de Minas Gerais (52.8%), Maranhão (16, 5%) e Bahia (15.6%). Mato Grosso, principalmente no sul, com baianos ... (19.5%) paulistas (14.3%), goianos (11.8%), mineiros (11.3%) etc. Poderíamos alongar a lista de áreas de migrações, mas, para os fins desejados, mencionamos as principais.

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Merece destaque a rodovia Bernardo Sayão, Br-14, chamada Belém-Brasília, que está criando uma vasta região pioneira, com 2.200 km de extensão, interessando as regiões-Norte e Centro-Oeste. Numerosas comunidades nascem e crescem nos 80 km que, a cada lado, constituem sua maior faixa de influência. São 72 municípios, sendo 11 no Pará, 4 no Maranhão e 57 em Goiás.

Estuda o Governo o planejamento global dessa grande área, com vistas à sua colonização, dadas as condições econômicas primárias muito favoráveis. Admitindo-se a fixação da "zona de influencia" em 40 km, 20 a cada lado da BR-14, ter-se-ia uma área da ordem de 76.500 km2 ou sejam 7 milhões e 650 mil hectares.

Podemos afirmar que é a nova área de grande explosão demográfica, incessante, e que representará, dentro de pouco tempo, uma das áreas rurais mais poderosas.

É de se lembrar que esse longo eixo Belém-Brasília atravessa uma imensa área de estrutura epidemiológica favorável à transmissão da malária e apresenta-se como um eixo de dispersão da cepa de P. falciparum resistente aos quimioterápicos usuais no combate à endemia.

Um programa específico de erradicação da malária está em desenvolvimento nas localidades ligadas à Belém-Brasília, tendo-se em vista a área de transmissão em que ela se sitúa e o fato de ser a grande via de acesso às novas áreas de colonização já mencionadas, que procuram os vales dos rios Tocantins e Araguaia, com denso anofelismo, e nos quais têm ocorrido surtos de malária.

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SECRETÁRIA DA SAÚDE PÚBLICA E DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

DEPARTAMENTO DE SAÚDE

RELATÓRIO APRESENTADO PELO SERVIÇO DE ERRADICAÇÃO DA

MALÁRIA E PROFILAXIA DA DOENÇA DE CHAGAS

Diretor Dr. ANTONIO DE PÁDUA RIBEIRO

V REUNIÃO DE DIRETORES DE SERVIÇOS NACIONAIS DE ERRADICAÇÃO

DA MALÁRIA DA AMÉRICA DO SUL

BUENOS AIRES, R.A. - 6 A 10 DE DEZEMBRO DE 1965

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A Campanha de Erradicação da Malária do Estado de São Paulo (Brasil), executada pelo Serviço de Erradicação da Malária e Profilaxia da Doença de Chagas, da Secretaria da Saúde Pública e Assistência Social, vem sendo dirigida dentro das normas previstas pelos convênios firmados pelo Govêrno do Estado de São Paulo e Repartição Sanitária Pan-Americana, e, entre o primeiro ao Ministério da Saúde, com a participação da Internacional Cooperation Administration (Ponto IV). Mapa 1.

Para assegurar o completo e perfeito êxito da Campanha em todos os setores de nossas atividades, foi mantido um ritmo de trabalho capaz de nos garantir a erradicação da malária no Estado de São Paulo, no prazo previsto pelos convênios.

Para tanto, a Diretoria do Serviço de Erradicação da Malária e Profilaxia da Doença de Chagas, procurou em primeiro plano, garantir um orçamento à altura do desenvolvimento dos seus trabalhos, impedindo que, por falta de verbas, viesse a sofrer qualquer interrupção. (Recomendação 3 da 1ª Reunião dos Diretores de Serviços Nacionais de Erradicação da Malária da América do Sul).

VERBAS - As verbas para a realização de nossos trabalhos provêm de duas fontes:

a) Verba Orçamentária do Estado

b) Verba do Fundo de Erradicação da Malária e Profilaxia da Doença de Chagas, criado pela Lei nº 5.593, de 2 de fevereiro de 1960. Conforme apreciação dos dados do Quadro 1, vê-se que nas duas verbas houve aumento crescente do numerário.

PESSO A L - O número de servidores da Campanha a partir do ano de 1964, foi sendo reduzido diante dos resultados obtidos, (redução dos casos de malária, ver item Epidemiologia) o que obrigou à redução da área do rociado e conseqüentemente à diminuição do número de equipes de rociado e do pessoal burocrático relacionado com êsse setor de trabalho.

QUADRO DEMONSTRATIVO

Ano Nº Casas Chef. Set. Equipes Chefe Equipe Aux. Chefe Equipe Rociador

1960 480.871 21 98 98 98 483

1964 110.115 17 32 30 33 150

1965 36.050 9 10 11 10 52

EPID EM IOLO G IA - A incidência da malária a partir de 1963 vem apresentando uma queda bastante sensível conforme póde-se ver pelo gráfico nº 1 e Quadros 2 e 3.

Essa queda acentuada deve-se à cobertura integral com o DDT e à quimioprofilaxia levada a efeito em determinadas áreas que por suas caracte-

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rísticas e condições especiais (transmissão extradomiciliar - área de Cananéia e Iguape), constituíam focos permanentes de malária. (Recomendação 9 da 2ª Reunião). A associação a esta campanha quimioprofilática do método de tratamento radical com cloroquina e primaquina de todos os doentes de malária, veio diminuir de muito a possibilidade de permanência de fócos de malária, e, portanto de transmissão da doença.

Nestes dois últimos anos da Campanha (1964 e 1965) tem-se redobrado os esforços no sentido de se obter o maior número de investigações epidemiológicas dos casos de malária, o que se tem conseguido, conforme Quadros demonstrativos nº 4 e 5.

No ano de 1964, dos 1.289 casos de malária foram investigados 1.692 e em 1965 dos 1.112 casos constatados até o mês de agôsto, foram investigados 961.

Com referência aos casos de P. falciparum temos a esclarecer que todos são investigados com maior interesse e em nenhum dos casos encontrados foi notada a resistência ao tratamento pela cloroquina e primaquina, (Recomendação 5 da 3a Reunião).

Dêsses casos constatados em 1964 e 1965 (até agôsto), a maior porcentagem é de importados de outros Estados (Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás , Pará, etc.), conforme o quadro de distribuição abaixo:

DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE P. FALCIPARUM

Ano Autóctones Importados Total1964 4 272 276

1965 33 155 188

A malária importada de outros Estados do Brasil, continúa sendo a mais séria preocupação, pois, mais de 80% dos casos constatados no Estado de São Paulo, são provenientes de outros Estados, principalmente dos limítrofes (Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais) o que nos obriga a uma permanente campanha de vigilância. Relação de casos de malária importados de outros Estados nos anos de 1964 e 1965 (até agôsto) Quadros 6 e 7.

O levantamento dos casos de malária continúa sendo feito pela Busca Ativa e Busca Passiva.

A Busca Ativa executada pela rêde de funcionários (Atendentes Chefes e Visitadores Rurais) sofreu uma nova orientação nas suas normas de trabalho, o que vem justificar a diminuição do número de lâminas colhidas principalmente a partir do ano de 1965. A ação da Busca Ativa ficou um pouco cerceada fazendo-se sentir mais nas áreas onde são constatados casos de malária, deixando para a Busca Passiva a vigilância das outras áreas. Quadros 8 e 9.

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Ano Atendentes Chefes Visitadoras Rurais

1964 30 240

1965 25 152

A Busca Passiva vem sendo executada pela rede de Postos de Notificação em número de 4.884. Diante da melhor produtividade de lâminas positivas do grupo dos Postos de Notificação instalados nas Unidades Sanitárias, tomou-se a deliberação, a partir de 1965, de fazer notar os esforços mais junto aos Serviços de Saúde Pública (Centros de Saúde, Postos de Puericultura, etc.) onde há maior concentração de pessoas doentes e com maior possibilidade de se encontrar febris. (Recomendação 3 da 5ª Reunião de Diretores). Quadro nº 10.

O número de lâminas por esta busca passiva não decresceu conforme vê-se pelos Quadros 8, 9, 11 e 12.

Os trabalhos das Buscas Ativa e Passiva têm se feito sentir com maior intensidade nos municípios onde a penetração de populações vindas de outras áreas malarígenas (Estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais) possa introduzir no Estado novos doentes, propiciando a difusão de novos fócos de malária (Recomendação 6 da 3ª Reunião). Mapa nº 2.

LABORATÓRIOS - As laminas continuam sendo examinadas em 39 laboratórios distribuídos pelas oito Zonas que compõem o Estado de São Paulo, revisadas numa proporção de 10% no Laboratório Central na Sede do Serviço de Erradicação da Malária e Profilaxia da Doença de Chagas, em São Paulo.

O método de Walker ainda continua sendo empregado, pois foi o que melhor resultado trouxe, não só sob o ponto de vista prático como econômico.

O número de microscopistas é de 51, todos previamente adestrados após curso de adestramento realizado no Laboratório Central. Quadros 13, 14, 15 e 16 e Mapa nº 3.

ENTOMOLOGIA - Os trabalhos de Entomologia prosseguiram no seu ritmo normal em todos os Setores de suas atividades. Para tanto continua a mesma estrutura funcional composta por um laboratório central e oito regionais. No primeiro são feitas as revisões dos trabalhos de capturas, pesquisas, classificações e provas de suscetibilidade realizados nas oito Zonas do Estado, pelo auxiliar de entomologia de cada Zona.

No espaço de tempo compreendido entre 19 de janeiro de 1964 e 31 de agôsto de 1965, foram assinalados no Estado de São Paulo, 1 gênero, 5 sub-gêneros e 18 espécies e subespécies de anofelinos que são os seguintes: Anopheles (Anopheles) eiseni, Anopheles (Aribalzagia)intermédius, A. (A) mediopunctatus, A. (A) minor, Anopheles (Kerteszia) bellator, A. (K) cruzii,Anopheles (Myzorhynchella) parvus, Anopheles (Nyssorhynchus) albitarsis albitarsis, A. (N) albitarsisdomesticus, A. (N) argyritarsis argyritarsis, A. (N) aquasalis, A. (N) darlingi, A. (N) galvãoi, A. (N)noroestensis, A. (N) oswaldoi, A. (N) rondoni , A. (N) strodei, A. (N) triannulatus davisi.

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Fornecemos a seguir os resultados das pesquisas de larvas e captura de fêmeas adultas realizadas nesse período:

Espécies Fêmeas Larvas Total

A. eiseni 0 5 5

A. intermédius 5 173 178

A. mediopunctatus 7 0 7

A. minor 0 2 2

A. bellator 121 150 271

A. cruzii 5.438 0 5,438

A. parvus 5 0 5

A. a. albitarais 3.340 2.811 6.151

A. a. domesticus 14 0 14

A. a. argyritarsis 31 281 312

A. aquasalis 705 0 705

A. darlingi 6.614 783 7.397

A. galvaõi 1.122 137 1.259

A. noroestensis 846 464 1.310

A. oswaldoi 135 203 338

A. rondoni 1.886 261 2.147

A. strodei 4.278 1.704 5.982

A. t davisi 781 452 1.233

25.328 7.426 32.754

Dessas 18 espécies assinaladas nos limites do Estado, apenas 5 podem ser consideradas como vetores de malária, sendo as que se seguem:

Anopheles bellator

Anopheles cruzii

Anopheles albitarsis domesticus

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Anopheles aquasalis

Anopheles darlingi

O A. bellator só ocorre na orla litorânea. O A. cruzii acompanha o A. bellator mas também avança para o planalto alcançando os municípios de São Paulo, Santana do Parnaíba, Tapiraí, Piedade e etc., nos quais se encontram matos com bromélias, plantas que coletam água e são os criadouros únicos dêsses dois anofelinos. O A. albitarsis domesticus ainda tem sido coletado no município de Iguape onde tem funcionado como o principal transmissor da plasmodiose malárica. O A. aquasalis se distribui pelo litoral desde Peruíbe até Ubatuba. O A. darlingi é o responsável pelos pequenos focos de malária ainda existentes na Zona planaltina do Estado de São Paulo.

PROVAS DE SUSCETIBILIDADE

Durante o período de 1º de janeiro de 1964 a 31 de agosto de 1965, foram realizadas no Estado de São Paulo, 141 provas de suscetibilidade para medir a resistência dos anofelinos ao DDT, abrangendo 24 municípios e 35 localidades. Testaram-se as espécies seguintes: Anopheles albitarsisalbitarsis, Anopheles aquasalis, Anopheles bellator, Anopheles cruzii, Anopheles darlingi, Anophelesgalvaõi, Anopheles noroestensis, Anopheles strodei e Anopheles triannulatus davisi. Apresentaram resistência moderada ou tolerância o A. a. albitarsis o A . galvaõi e o A. strodei. As demais espécies, inclusive . os vetores, A. aquasalis, A. bellator, A. cruzii e A. darlingi mostraram-se bem suscetíveis ao clorogenado.

ROCIADO - Ao findar o ano de 1963, foi organizada uma comissão técnica, por determinação do Diretor do Serviço de Erradicação da Malária e Profilaxia da Doença de Chagas, da qual tomaram parte as Seções de Epidemiologia e Rociado, com a colaboração da assessoria técnica da R. S. P., com a finalidade de fazer uma avaliação de todo o programa.

Após os estudos, extensas áreas de rociado entraram em fase de consolidação nos anos de 1964 e 1965, conforme se demonstra pelos Quadros 17, 18, 19 e 20. Mapas 4, 5 e 6.

EDUCAÇÃO SANITÁRIA - A Divulgação Sanitária pelas suas características de trabalho se faz sentir em todos os setores da campanha. Procurando informar a população das finalidades da campanha, obter a sua aceitação e participação na mesma, a Seção de Divulgação Sanitária promove os seus trabalhos:

a) no adestramento do pessoal de campo

Por intermédio de cursos e aulas, recruta e seleciona todo o pessoal de campo e Chefes de Seção, procurando manter entre eles um perfeito entrosamento dentro do espírito de equipe que deve nortear um programa de Saúde Pública.

b) no esclarecimento das populações através de entrevis

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tas, palestras, projeções de filmes e visitas domiciliares, a educação sanitária procura dar esclarecimentos às populações, colocando-as a par da finalidade e do objetivo da campanha e dos benefícios que advirão para o bem estar delas.

CONSIDERAÇÕES

O desenvolvimento da Campanha de Erradicação da Malária, no Estado de São Paulo, vem se processando com resultados satisfatórios e dentro da previsão estabelecida.

Analisando os dados constantes deste relatório vê-se que a incidência da malária vem caindo, de ano para ano, o que leva a crer que se conseguirá, dentro em breve, o desejado.

A área de rociado foi reduzida de mais 90% de sua área inicial, limitando-se atualmente a uma simples barreira nas margens dos rios que separam o Estado de São Paulo dos Estados limítrofes, onde se faz sentir ainda a maior porcentagem dos casos de malária importada.

Éste é o problema (malária importada) que mais preocupa e para cuja solução procurar-se-á maior entrosamento com a Campanha de Erradicação da Malária, do Ministério da Saúde, conforme recomendação 13, da 3ª Reunião dos Diretores de Serviços de Erradicação da Malária da América do Sul.

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Estado de São Paulo – Brasil

Campanha de Erradicação da Malária

PORCENTAGEM DE LÂMINAS POSITIVAS POR MÊS

Ano de 1964 QUADRO - 2

Dados definitivos do ano de 1964

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Estado de São Paulo – Brasil

Campanha de Erradicação da Malária

PORCENTAGEM DE LÂMINAS POSITIVAS POR MÊS

Dados ate agosto de 1965 QUADRO – 3

Observações: Dados até o mês de agosto de 1965

Acertados de acordo com a revisão de lâminas.

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NÚMEROS DE LÂMINAS COLHIDAS E POSITIVAS POR MÊS

ANO DE 1964 QUADRO – 8

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NÚMEROS DE LÂMINAS COLHIDAS E POSITIVAS POR MÊS

ANO DE 1965

QUADRO – 9

ATÉ AGOSTO DE 1965

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QUADRO – 21

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QUADRO – 22

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