caminhos sustentáveis - julho 2013

14
Sustentáveis Caminhos BOLETIM INFORMATIVO DO IMS - INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE | EDIÇÃO NÚMERO 24 | ANO 2 - JUNHO 2013 BOLETIM INFORMATIVO DO IMS - INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE | EDIÇÃO NÚMERO 25 | ANO 2 - JUlHO 2013 Sustentáveis Caminhos

Upload: instituto-marista-de-solidariedade

Post on 06-Mar-2016

217 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

SustentáveisCaminhos

BOLETIM INFORMATIVO DO IMS - INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE | EDIÇÃO NÚMERO 24 | ANO 2 - JUNHO 2013

BOLETIM INFORMATIVO DO IMS - INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE | EDIÇÃO NÚMERO 25 | ANO 2 - JUlHO 2013

SustentáveisCaminhos

Page 2: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

Ao leitor

jan2013

Província Marista Brasil Centro- Norte

Superior Provincial

Ir. Wellington Mousinho de Medeiros

Conselheiros Provinciais

Ir. Alexandre Lucena Lôbo

Ir. Ataide José de Lima

Ir. José de Assis Elias de Brito

Ir. José Wagner Rodrigues da Cruz

Superintendência Socioeducacional

Dilma Alves

Superintendência de Organismos Provinciais

Ir. James Pinheiro dos Santos

Superintendência de Operações Centrais

Artur Nappo Dalla libera

Gerência Social

Cláudia Laureth Faquinote

Instituto Marista de Solidariedade

Diretora

Shirlei Silva

Informativo Caminhos Sustentáveis

Coordenação da Publicação

Rizoneide Amorim

Jornalista Responsável

Diagramação

Textos

Edição

Oniodi Gregolin

Foto da capa

Maiquel Rosauro

/imsmarista @marista_ims /comsolims

Acompanhe nosso trabalho nas redes sociais!

Julho sempre é um mês especial para ao movimento da Eco-nomia Solidária do Brasil e, também, do Mercosul. Não poderia ser diferente para o IMS (Instituto Marista de Solidariedade), com tantas ações que vem promovendo na formação e co-mercialização solidária com grupos de todo o País. Julho é especial, pois sempre no segundo final de semana ocorre uma grande feira de Economia Solidária na cidade de Santa Maria (RS), que reúne produtores do Brasil, dos países do Mercosul e também outros como Chile, Colômbia, Peru, Equador e Mé-xico. Neste ano houve um diferencial: concomitante à feira foi realizado o 2º Fórum Social Mundial da Economia Solidária, reunindo milhares de militantes do movimento de todos os con-tinentes. Durante os quatro dias de eventos o IMS realizou al-gumas atividades e participou de outras. Também aproveitamos a oportunidade para lançar a coleção de Catálogos de Comér-cio Justo e Solidário. Estas e outras histórias você encontrará nas próximas páginas. Desejamos uma boa leitura.

Informativo Caminhos Sustentáveis 3jul

2013. . . . .

Page 3: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

Foi aprovado, no dia três de julho, na Comissão de Desenvolvimento Eco-nômico, Indústria e Comércio da Câ-mara dos Deputados, o Projeto de Lei da Economia Solidária (4685/2012), que instituiu a Política Nacional de Economia Solidária. O parecer do relator, o deputado Afonso Florence (PT-BA), foi aprovado unanimemente pelos outros parlamentares presentes. Este é o primeiro avanço do PL desde que foi apresentado a Casa em 2012 pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que é um dos autores juntamente com outros deputados.O secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer, foi um dos convidados presentes na sessão e comentou sobre a experiências de outros países que já têm garantidas legislações de apoio à organização coletiva e solidária. “O Brasil está atrasado nesta questão. O Congresso poderá reverter este quadro para que a Economia Solidária se torne uma

política de Estado”, afirmou. A depu-tada Luiza Erundina (PSB-SP) refor-çou a importância da pauta reiterando que “esta Casa precisa ouvir as vozes da rua e ter respostas ágeis”.Em seu voto, o relator, disse que o Brasil necessita aprovar uma lei fede-ral que reconheça a Economia Solidá-ria e determina sua política e sistema nacional. “A nosso ver, a Economia Solidária precisa ser tomada como política de Estado, e ser considera-da em sua importância institucional e estratégica para todas as esferas fe-derativas de forma integrada e articu-lada. O Brasil precisa seguir apoiando o direito ao trabalho associado e re-conhecendo as práticas transforma-doras de combate à exclusão social e à pobreza, como forma efetiva de construção do desenvolvimento com justiça social, participação política, equidade econômica e sustentabilida-de ambiental”.O principal avanço que a Lei trará para os empreendedores da Econo-

mia Solidária é o seu reconhecimento, distinguindo e destacando as inicia-tivas societárias baseadas na coope-ração, no trabalho coletivo, autoges-tionárias dentre outras características. Atualmente não há legislação no Brasil que reconheça os empreendi-mentos de Economia Solidária ou que garanta políticas de Estado voltadas para o fomento, formação ou crédito, por exemplo, ou, então, que alivie os entraves de ordem legal que muitos empreendimentos enfrentam.Apesar do crescimento que essa for-ma de gestão de bens tem apresen-tado em várias partes do mundo, ain-da existe uma escassez de políticas que estimulem o setor, que passa por dificuldades financeiras, e reconheci-mento social, além dos entraves de ordem legal.O PL segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-dania e para a Comissão de Finanças e Tributação. Após ser aprovado na Câmara o PL segue para o Senado.

Comissão aprova projeto de lei da Economia Solidária

Legislação

Informativo Caminhos Sustentáveis 3jul

2013. . . . .

jan2013

Page 4: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

Às vésperas da Jornal Mundial da Juventude, o Colégio Marista São José – Tijuca, Rio de Janeiro/RJ sediou o Encontro Internacional de Jovens Maristas de 2013 com o tema: “Change: faça a diferença!” e o lema, em comunhão com a Jorna-da Mundial da Juventude, “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). O encontro foi um ousado convite a criarmos uma rede de mu-dança desde nós mesmos, do lugar onde estamos, para crescer o bem, a solidariedade e a presença Marista no mundo.Estiveram presentes cerca de 300

jovens maristas da África, Ásia, Euro-pa, América e Oceania, de 25 pro-víncias, de 40 países, os quais foram acolhidos na noite do dia 17 de julho na Abertura Oficial, pelo conselheiro geral do Instituto Marista, Ir. Ernesto Sánchez, no ato representando o superior geral Ir. Emili Turú, e pelo provincial da Província Marista Brasil Centro-Norte (PMBCN) Ir. Wellington Medeiros, que falou em nome do conselho superior da União Marista do Brasil (UMBRASIL) e das Provín-cias Maristas do Rio Grande do Sul (PMRS) e Centro-Sul (PMBCS) e do Distrito Marista da Amazônia (DMA).Durante a acolhida, o Provincial PM-

BCN, Ir. Wellington Medeiros, ressal-tou que o encontro é o espaço para fazermos a diferença e para construir o Reino de Deus com nossas pró-prias mãos a exemplo de Champag-nat. Participaram da abertura, pelo Instituto Marista, os irmãos do Con-selho Geral John Klein, Antonio Ra-malho, Michael De Waas, o diretor do Secretariado de Missão Ir. João do Prado, o diretor do Secretariado Ir-mãos Hoje Ir. Cesar Rojas, o superior da Província Mediterrânea Ir. Antonio Giménez. Pela PMBCN, o animador da Comunidade Marista da Tijuca Ir. Claudino Falqueto, o diretor da Casa da Acolhida Alex Alves, o diretor do

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 4 jul2013

jan2013

jan2013

Informativo Caminhos Sustentáveis 5jul

2013. . . . .

Colégio Marista São José – Tijuca Edson Leite, e o diretor do Colégio Marista – Barra Ir. Pedro Jadir Melo e a Diretora do Instituto Marista de Solidariedade (IMS) Shirlei Silva.A abertura foi marcada com a Cele-

bração e apresentações de balé, arte circense, música que acolheu com carinho as juventudes maristas aque-cendo os corações dos participantes com os ritmos, cores e alegria bra-sileira.Durante a programação o Instituto

Marista de Solidariedade realizou,

com cerca de 20 jovens no dia 20 de julho, a Oficina – Diálogos Juve-nis: SUSTENTABILIDADE NA CULTU-RA DO BEM VIVER que teve como objetivo de dialogar acerca da sus-tentabilidade, a partir da cultura do Bem-viver, considerando a relação harmônica entre o ser humano, as culturas diferentes, o transcendente e a natureza. Os jovens ainda participa-ram de painéis, vivenciaram missão nas comunidades, diálogos juvenis e oficinas.Informações e Fotos: Claudia Lima

Change: faça a diferença

J M J

IMS participou de encontro mundial de jovens maristas

Page 5: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

IMS ministra oficina sobre sustentabilidade durante Encontro Internacional de Jovens Maristas

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 4 jul2013

jan2013

jan2013

Informativo Caminhos Sustentáveis 5jul

2013. . . . .

Na tarde do dia 20 de julho, o IMS realizou a oficina Diálogos Juvenis: SUSTEN-TABILIDADE NA CULTURA DO BEM-VIVER, com a moderação de Claudia Lima, do IMS (Instituto Marista de Solidariedade) e Adriana Bezerra do CEDAC (Centro de Ação Comunitária). A atividade fez parte da programação do Encontro Internacional de Jovens Maristas – “Change: Faça a diferença”.Os jovens maristas dialogaram a partir da realidade onde vivem e o que é ne-

cessário para construir relações de sustentabilidade para cultura do Bem-viver. As moderadoras da atividade trabalharam o significado da palavra “economia”, que em sua etimologia traz o significado de “cuidado da casa”. “É disso que o mun-do precisa, de cuidado e pudemos apresentar a eles a Economia Solidária como proposta de um desenvolvimento que promove uma prática solidária, sustentável, autogestionária, popular e coletiva, integrando democracia política, econômica, so-cial e ambiental com enfoque de gênero e diversidade cultural, articulando com organizações sociais e solidárias, com a certeza de que outra economia já acon-

Change: faça a diferençatece”, afirmou a analista social do IMS, Claudia Lima.A partir desta reflexão os jovens cons-

truíram coletivamente painéis dos três mundos: 1. O mundo em que vivemos atualmente, o 2. O mundo que encon-traremos se continuarmos com ações de consumismo e degradação ambien-tal e por fim 3. O mundo ideal.No final os jovens fizeram o exercício

CUIDAR DA CASA, organizando o es-paço e cada um/a levou o que produziu durante a oficina, como tarjetas, carta-zes.

Page 6: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

jan2013

Às vésperas da II Feira Mundial e II Fó-rum Mundial de Economia Solidária de Santa Maria (RS), a Cáritas Nacional re-alizou o Encontro Nacional dos Núcleos Temáticos da Rede Centros de Forma-ção em Assessoria Técnica e Apoio em Economia Solidária (Rede CFES). Duran-te os três dias do evento, que ocorreu em Santa Maria (RS), os participantes desenvolveram os planos de trabalho dos núcleos de Educação Popular e Desenvolvimento, Finanças Solidárias, Produção, Comercialização e Consumo Solidário, e Redes de Cooperação Soli-dárias, que são considerados a espinha dorsal da Rede CFES.O encontro, que antecedeu o 2º Fórum

Social e 2ª Feira Mundial de Economia Solidária, reuniu cerca de 40 represen-tantes de todas as regiões do país e teve o objetivo de fortalecer o movimento da Economia Solidária a partir da consolida-ção dos núcleos temáticos. O IMS (Insti-tuto Marista de Solidariedade) faz parte da Rede CFES por meio do regional do Sudeste. No encontro em questão, par-ticipou com sua expertise no núcleo de

produção, comercialização e consumo solidário e, também, educação popular e desenvolvimento.A próxima atividade da Rede CFES será

em agosto em Brasília (DF) onde será re-alizada uma oficina de comunicação na sede do Secretariado Nacional da Cáritas Brasileira.Articulado nacionalmente pela Cáritas Brasileira, o CFES Nacional é um projeto da Secretaria Nacional de Eco-nomia Solidária/Ministério do Trabalho e

Emprego (SENAES/MTE), que teve início em 2009. Em 2013, a parceria entre a entidade e o governo que firmaram convênio até 2015, dá continuidade aos processos de articulação e formação. O IMS é responsável pela Rede CFES Su-deste e integra, também, o Núcleo Te-márico de Comercialização e Consumo Solidário da Rede CFES Nacional. Com informações da Assessoria de Im-

prensa da Cáritas Brasileira

Rede CFES constrói núcleos temáticos como estratégia de fortalecimento

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 6 jul2013

jan2013

Informativo Caminhos Sustentáveis 7jul

2013. . . . .

Page 7: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

Santa Maria é a Capital Mundial da Economia SolidáriaSanta Maria, no coração do Rio Gran-

de do Sul, se tornou mais uma vez a Capital Mundial da Economia Solidária entre os dias 11 e 14 de julho. Neste ano uma peculiaridade: ocorrem simul-taneamente a II Feira e o II Fórum Social Mundial da Economia Solidária. Dele-gações das 27 unidades federativas do Brasil e mais representantes de 40 paí-ses, dos cinco continentes, enriquecem as atividades que começam hoje a todo o vapor.No primeiro dia, quando ocorreu a

abertura oficial do evento, os parti-cipantes caminharam pelas ruas de Santa Maria na Marcha Mundial Pela Paz e Justiça Social. Com cartazes, bandeiras e gritos de ordem, os ma-nifestantes reafirmaram a Economia Solidária como o modelo econômico frente ao capitalismo e rechaçaram a exclusão causada por este último. Além disso, lembraram-se dos 242 jovens que morreram vítimas de um incêndio numa boate da cidade em janeiro deste ano.

No fim da marcha, foi feita uma home-nagem a todos que partiram neste ano, em especial Sandra Magalhães e Deus-dete Oliveira. Os balões brancos que os caminhantes carregavam foram soltos em frente ao Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorschei-ter, simbolizando a paz necessária para todos os povos.Após o ato iniciou-se a cerimônia de

abertura que contou com a presença de autoridades e do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

jan2013

jan2013

PAZ

Informativo Caminhos Sustentáveis 7jul

2013. . . . .

Page 8: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

A abertura da 2ª Feira Mundial e do 2º Fórum Social de Economia Solidária ocorreu no dia 11 de julho, em Santa Maria, RS. A cerimônia foi realizada na Praça de Alimentação do Centro de Referência em Eco-nomia Solidária Dom Ivo Lorscheiter e contou com a participação de autoridades locais e federais, bem como de lideranças dos movimentos sociais que participam do evento.O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, foi uma das autorida-

des presentes e em seu discurso reafirmou a importância do exercício da democracia pela população, expressa nas últimas semanas por meio de protestos que ocorrem por todo o País. Além disso, também frisou a convocação para a 3ª Conferência Nacional de Economia Solidária, a ser realizada em Brasília, entre os dias 26 e 29 de novembro de 2014. O tema do evento será ‘Construindo um Plano Nacional da Economia

Economia Solidária é reafirmada como modelo de desenvolvimento em Santa Maria, no Rio Grande do Sul

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 8 jul2013

Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma asso-ciativa e sustentável’.Também esteve presente na ce-

rimônia de abertura o secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer. Ele afirmou que o setor ainda está em construção e que qualquer trabalhador pode contribuir para o seu crescimento. “A Economia Solidária hoje é um projeto mundial com ideologias, músicas e religiões diferentes.

jan2013

ECOSOL

Page 9: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 9jul

2013

jan2013

Tudo isso a enriquece ainda mais. A Economia Solidária veio para trazer organização da produção, comercialização e finanças, de forma democrática, igualitária e com respeito a cada participante”, argumentou Singer.Irmã Lourdes Dill, coordenadora

do Projeto Esperança/Cooespe-rança, destacou em sua fala a tragédia ocorrida na boate Kiss, em 27 de janeiro, que provocou 242 vítimas e mais de 600 feri-dos. A irmã lamentou as mortes

de tantos jovens e fez duras crí-ticas ao capitalismo. “Repudiamos o capitalismo que quer o lucro a qualquer custo. Queremos afirmar que um outro mundo é possível e uma outra economia já acontece”, declarou.Também participaram do ato de

abertura o deputado estadual, Val-deci Oliveira, que estava represen-tando a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul; o secretário es-tadual de Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan; o reitor da Universida-

de Federal de Santa Maria (UFSM), Felipe Müller; o presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria, Marcelo Bisogno; a secre-tária municipal de Turismo, Normal Moesch, representando prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer; o arcebispo de Santa Maria, Dom Hélio Adelar Rubert, entre outros.Mais de mil empreendimentos

estiveram representados na Feira, oferecendo mais de 10 mil pro-dutos da Economia Solidária e da Agricultura Familiar.

Da esquerda para a direita: Ir. Lourdes Dill, Professor Paul Singer e Dom Hélio Adelar Rubert

Page 10: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

jan2013

Participantes de 40 países lota-ram os seminários do 2º Fórum Social Mundial de Economia So-lidária nos espaços montados no Parque da Medianeira, em Santa Maria, RS. As atividades ocorre-ram dentro dos eixos de discus-são que contemplaram o marco legal para a Economia Solidária, o consumo responsável e a orga-nização do movimento.Além das discussões da pro-

gramação oficial do II Fórum So-cial Mundial, ocorreram diversas outras atividades autogestioná-rias que contemplaram oficinas, palestras, lançamentos, mesas redondas. Temas como gênero, sustentabilidade, educação indí-gena, foram alguns do que inci-taram os participantes.O FBES (Fórum Brasileiro de

Dezenas de atividades movimentaram 2º Fórum Social Mundial de Ecosol

Economia Solidária) foi umas das organizações que movi-mentou o II Fórum Mundial com atividades como uma reunião com a Senaes (Secretaria Na-cional de Economia Solidária), comemoração dos 10 anos do FBES, lançamento do documen-to final da V Plenária Nacional de Economia Solidária, reunião do GT de Educação e Cultura e, por fim, a 11ª Reunião da Co-ordenação Nacional do FBES, que congrega 54 empreendi-mentos, 27 entidades estaduais de apoio e assessoria, 12 ges-tores que fazem parte da Rede de Gestores, e 5 entidades de apoio nacionais, que são a Uni-cafes, Cáritas Brasileira, Insti-tuto Marista de Solidariedade, Rede ITCP e Unitrabalho.

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 10 jul2013

Page 11: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

jan2013

jan2013

Informativo Caminhos Sustentáveis 11jul

2013. . . . .

Valendo-se da programação oficial da 2ª Feira Mundial e 2º Fórum So-cial Mundial de Economia Solidária, o IMS (Instituto Marista de Solidarie-dade) lançou a série “Catálogos de Comércio Justo” que compõem uma série de 12 volumes que trazem a história, o trabalho e os principais produtos e serviços de 104 empre-endimentos brasileiros que praticam o Comércio Justo e Solidário.A diretora do IMS, Shirlei Silva,

acompanhada de Neusa Ferreira do empreendimento mineiro Oficina da Bolsa, representaram o IMS na cerimônia oficial de lançamentos. Shirlei afirmou que os catálogos são a oportunidade de divulgar os pro-dutos e serviços do Comércio Justo Brasileiro, além de ser um registro da história destes grupos. “Hoje dei-xamos para o Brasil esse legado. Es-ses catálogos não são mais do IMS e da Senaes, são de todos que fazem do Comércio Justo uma prática coti-

diana”, afirmou. Por sua vez, Neusa Ferreira, agradeceu a possibilidade de ver o trabalho, do grupo que faz parte, ainda mais reconhecido.Os 12 catálogos do IMS contem-

plaram empreendimentos de 24 estados e do Distrito Federal. Di-ferentemente de outros catálogos, essa produção do IMS tem a pecu-liaridade de privilegiar a história e os valores que estes grupos defendem, complementando os produtos e ser-

viços oferecidos. “É a oportunidade de comungar objetivos, consumindo conscientemente”, afirmou Shirlei.Os catálogos são fruto do Projeto

Nacional de Comercialização Solidá-ria, executado pelo IMS em convênio com Senaes-MTE (Secretaria Nacio-nal de Economia Solidária – Ministé-rio do Trabalho e Emprego) e contam com o apoio do FBES (Fórum Bra-sileiro de Economia Solidária) e da plataforma Faces do Brasil.“

IMS lança Catálogos do Comércio Justo em Santa Maria

Page 12: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

A noite do penúltimo dia do 2º Fórum Social Mundial e 2ª Feira Mundial de Economia Solidária foi uma das mais aguardadas pelos participantes. Com um bolo de 4 metros de comprimento uma cerimônia especial comemorou os 20 anos da Feicoop (Feira do Cooperativismo de Santa Maria e do Mercosul), os 10 anos da Re-cid (Rede de Educação Cidadã), os 10 anos da Senaes (Secretaria Nacional de Economia Solidária), os 10 anos do FBES (Fórum Bra-sileiro de Economia Solidária), os 16 anos da Ripess (Rede Inter-

continental de Promoção da Eco-nomia Social e Solidária) e os 30 anos de Economia Solidária da Cáritas Brasileira.O secretário nacional de Econo-

mia Solidária, professor Paul Sin-ger, foi um dos convidados que esteve no palco e afirmou que “a Economia Solidária e a Senaes são uma construção coletiva que mostram outra sociedade e outra economia para o mundo”. Já a irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooespe-rança, reafirmou que uma nova economia é realizada na Feira.

“Outra economia acontece aqui. O planeta Terra é para todos e não apenas para um grupo pri-vilegiado. Queremos viver com qualidade e dignidade”, susten-tou.Antes de finalizar a cerimônia,

representantes do FBES realiza-ram uma mística que culminou com uma grande ciranda. Por fim, os representantes das orga-nizações aniversariantes realiza-ram o corte coletivo e simbólico do grande o bolo que foi repar-tido entre o público presente na cerimônia.

Bolo gigante marcou festa de aniversário de organizações em Santa Maria

Cerimônia comemorou a trajetória de lutas de diversas organizações

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 12 jul2013 Informativo Caminhos Sustentáveis 13jul

2013. . . . .

jan2013

Page 13: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

O IMS (Instituto Marista de So-lidariedade), durante a 2ª Feira e o 2º Fórum Social Mundial de Economia Solidária, possibilitou a participação de sua equipe e, também, de outros colaborado-res Maristas que puderam se imergir numa ação concreta de Economia Solidária. Durante os 4 dias de evento os colaboradores Maristas puderam participar da Marcha Mundial pela Paz, que abriu os eventos, e outras ativi-dades como a feira e dos debates que ocorreram durante o Fórum.Além da equipe do IMS, que se

dividiu em assessorar e apoiar as atividades que estavam ocor-rendo, estiveram presentes o Ir. Vitor Pravato, diretor do Centro de Educação Infantil Marista Di-vino Pai Eterno de Aparecida de Goiânia (GO), a diretora do Cen-tro Marista Itamaracá, Fernanda Melo, o diretor da Escola Marista Champagnat de Terra Vermelha, Alair Bento dos Santos, o técni-co de Inclusão Digital do Centro

Marista Circuito Jovem de Reci-fe, Isaac Ferreira Filho e a cola-borada do Centro Social Marista Ir. Egídio, da Província Marista Brasil Centro-Sul, Lourença San-tiago Ribeiro.“Não acredito na mudança de

estruturas sem antes modificar as pessoas. O que necessitamos é mudar paradigmas e onde po-

demos fazer isso é no processo educativo, pois demanda tempo”Para a diretora Fernanda, foi

emocionante conhecer in loco como a Economia Solidária ocor-re e perceber os valores que cada um carrega consigo. “Es-ses espaços aproximam diversos públicos e aumentam as vozes na luta pela garantia de políti-cas públicas para o movimento. Acredito que saímos daqui mais preparados para entender e re-plicar essa nova economia em nosso dia a dia”, afirmou a di-retora.A metodologia autogestioná-

ria impressionou o diretor Alair, que afirmou que a Feira de Santa Maria é uma experiência avança-da. “Não acredito na mudança de estruturas sem antes modificar as pessoas. O que necessitamos é mudar paradigmas e onde po-demos fazer isso é no processo educativo, pois demanda tem-po. Vemos aqui a tentativa de globalizar essa nova economia, de colocar o ser humanos como centro desse processo. Antes me parecia apenas um sonho, mas vejo que isso já acontece”, disse Alair.

Presença Marista em Santa

Maria enriquece feira e fórum

jan2013

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 12 jul2013 Informativo Caminhos Sustentáveis 13jul

2013. . . . .

jan2013

Page 14: Caminhos Sustentáveis - Julho 2013

A segurança alimentar é um dos grandes desafios para a popu-lação mundial, que sofre sérias consequências a partir da adoção do modelo de produção agrícola disseminado pela “revolução ver-de” a partir da década de 40, o que deixou uma herança de um bilhão e duzentos milhões de pes-soas com insegurança alimentar e um grave quadro de fome endê-mica para 800 milhões destes.Tal situação dramática é reforça-

da pelo aumento das populações urbanas nas últimas décadas, “expulsas” do campo pelo modelo tecnicista herdado, com a neces-sidade de absorção desta massa de trabalhadores nos ambientes urbanos. A “agricultura urbana” representa hoje 800 milhões de pessoas, em todo o mundo, que se dedicam a esta atividade, cuja

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 14 jul2013

Agricultura Urbana

jan2013

Contexto Sustentável

produção, segundo a FAO (Orga-nização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), res-ponde por 15% de toda a pro-dução mundial de alimentos. Tal atividade envolve o plantio de ali-mentos, ervas medicinais e flores em diferentes espaços urbanos, pequenos ou grandes e aconte-cem tanto em cidades pequenas do terceiro mundo, como no cora-ção de megalópoles do mundo in-dustrializado, tais como Amsterdã, Paris, Nova York e Los Angeles. A agricultura urbana, desde que

sancionada e promovida pelo po-der público, pode se tornar uma componente importante do de-senvolvimento urbano, trazendo inúmeras vantagens: disponibili-zar mais alimentos para os urba-nos, aumentar os espaços verdes e contribuir positivamente nos mi-

croclimas, reciclar o lixo domés-tico, gerar renda, criar empregos diretos e indiretos (absorver mão--de-obra do migrante rural, ado-lescentes e mulheres), garantir a segurança alimentar, reciclar águas pluviais, melhorar o meio ambiente urbano por sequestro de carbono, melhorar a estética urbana e proporcionar a criação de hobbies, e enfim, contribuir para a qualidade de vida urbana.Sendo assim, espaços ociosos,

mesmo que verticais, podem (e devem) ser utilizados para plantio. Não somente como uma estra-tégia pública e ampla de desen-volvimento urbano, mas também como estratégias individuais e familiares, para a garantia de ali-mento de boa qualidade na mesa, do embelezamento urbano e, no bojo, de uma vida mais saudável.

por Lecir Peixoto - engenheira agrônoma e analista social do IMS