camila.potencialidades do cooperativismo um estudo de caso a partir do artesanato de jóias

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  • 8/4/2019 CAMILA.Potencialidades do Cooperativismo um estudo de caso a partir do artesanato de jias

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    Potencialidades do Cooperativismo: um estudo de casoa partir do artesanato de jias

    RESUMO:Este artigo tem por objetivo analisar a influncia do cooperativismo noartesanato para a gerao de emprego e renda, bem como sua influncia no contextoregional. Para Tanto utilizou-se como estudo de caso o cooperativismo no artesanato de

    jias inserido em uma microrregio do estado do Paran. Os resultados evidenciam quea partir de um contexto de integrao entre os cooperados, visando o benefcio mtuoem suas atividades, tm sido uma forma de se dinamizar a gerao de emprego nessaatividade, seja pelo aumento do poder de produtividade dos associados, ou, pelaagregao de valor aos produtos a partir dos maiores conhecimentos aplicados nessaatividade. Assim, a partir da anlise evidenciou-se que o cooperativismo no artesanatode jias na regio estudada pode ser uma alternativa para se dinamizar odesenvolvimento da regio.

    Palavras chave: Cooperativismo; Artesanato; Jias

    ABSTRACT:

    Key Words:

    1.INTRODUO

    A evoluo do cooperativismo est relacionado a unio de diversas pessoas ou

    grupos, os quais a partir de atitudes cooperativas buscam obter benefcios mtuos,

    questes que de forma individual dificilmente seriam obtidas.

    De acordo com Houaiss (2009), o cooperativismo um sistema econmico que

    faz das cooperativas a base de todas as atividades de produo e distribuio de

    riquezas. Apresenta como fundamentos a participao democrtica, solidariedade,

    independncia e autonomia. A constituio de cooperativas da-se quando pessoaspossuem um objetivo comum afim de, alcanar os objetivos propostos em seu estatuto.

    Segundo LAUSCHNER (1994, p.3), o cooperativismo um modelo de

    economia solidria que procura maximizar o predomnio do fator trabalho sobre o fator

    capital. Pois constitui uma associao socioeconmica de pessoas onde prevalece o

    poder econmico igual para todos, voto por associado e no pela poro determinada de

    cada um, opera apenas ao nvel dos custos, alm de assegurar remunerao fixa ao

    capital em forma de juros.

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    O cooperativismo no artesanato de jias uma forma de organizao da

    sociedade, visto que promove o desenvolvimento scio-econmico de seus membros e

    da comunidade, alm da integrao e participao democrtica dos integrantes na

    atividade produtiva de objetos e artefatos. O sucesso do cooperativismo no artesanato de

    jias esta no uso da criatividade, qualidade e diversidade de peas.

    O projeto de extenso Cooperativismo no Artesanato de Jias um apoio

    consolidao da Cooperativa de Artesanato na regio estudada. O pblico alvo deste

    projeto composto por todos os arteso de jias e pessoas que tenham interesse em

    atuar como tal, pertencentes microrregio em estudo, os quais sero beneficiados por

    intermdio das aes da cooperativa.

    O projeto tem como objetivo geral consolidar a atuao da Cooperativa de

    Artesanato de Jias , servindo de instrumento de apoio para as suas aes no sentido de

    promover a gerao de renda para os seus atuais e futuros cooperados, alm de

    demonstrar essa atividade como uma potencialidade de dinamizar a gerao de emprego

    e renda no contexto regional em que est inserida.

    Assim para conseguir alcana-lo tem como atividades:

    I Realizar diagnstico situacional da cooperativa apontando seus pontos

    fortes e fracos e ameaas e oportunidades a sua atuao;

    II Auxiliar na realizao de um estudo de mercado para verificar a melhor

    forma de expanso de mercado de atuao;

    III Desenvolver aes que promovam a maior participao dos atuais

    cooperados;

    III Elaborar um plano de marketing para divulgao dos produtos da

    cooperativa;

    IV Assessorar a cooperativa no desenvolvimento de aes para ampliao do

    nmero de cooperados;V Sugerir ou promover cursos e palestras;

    VI Auxiliar o desenvolvimento de parcerias com outras empresas do setor;

    VII Atender a outras demandas que venham a surgir, no interesse da

    cooperativa, ou por solicitao da coordenao do projeto.

    O trabalho est organizado em sete captulos. O primeiro captulo apresenta

    uma breve introduo do trabalho. O segundo faz uma abordagem sobre o histrico e a

    expanso do cooperativismo no contexto mundial, nacional e regional. O terceiro dispe

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    sobre o trabalho cooperativo no artesanato sua abrangncia, seu carter criativo no

    desenvolvimento de produtos, bem sua importncia na gerao de renda. O quarto

    captulo descreve sobre a metodologia adotada. O quinto analisa o mercado de jias, seu

    potencial, mencionando aspectos sobre a produo e exportao dos produtos

    brasileiros, da cadeia produtiva e fatores determinantes na escolha do produto final. O

    sexto refere-se cooperativa de artesanato de jias, objeto de estudo, numa abordagem

    histrica trata sobre os ideais e interesses que levaram a criao da cooperativa, alm do

    potencial de abrangncia na microrregio que esta inserida. O stimo captulo inclui as

    consideraes finais do estudo.

    2. HISTRIA E EVOLUO DO COOPERATIVISMO

    O desenvolvimento do cooperativismo deriva da prtica das relaes que as

    pessoas estabelecem entre si. Essa unio deu origem h grupos de pessoas que

    buscavam um objetivo comum, por meio da cooperao participativa de seus membros.

    Nas palavras de Monezi (2008), os homens vm trabalhando em conjunto

    desde os tempos primitivos. Assim, o objetivo de defender os interesses comuns de um

    determinado grupo mostra que o cooperativismo encontrado desde a antiguidade.

    O cooperativismo moderno teve inicio na Revoluo Industrial, no sculo

    XVIII. A migrao do campo para a cidade provocou o excesso e, consequentemente,

    explorao de mo-de-obra. Assim na Inglaterra e na Frana, foram organizadas

    sociedades tendo como propostas ideais de ajuda mtua, igualdade, associativismo e

    auto-gesto. Em 21 de dezembro de 1844, na Inglaterra foi fundada a primeira

    cooperativa nos arredores da cidade de Manchester, emRochdale, onde um grupo de 28

    teceles se uniu para comprar em conjunto, itens de primeira necessidade. Chamava-se

    Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale. Cada um dos 28 teceles entrou nonegcio com uma Libra. Em um ano o capital da organizao chegou a 180 Libras. Os

    teceles desenvolveram um conjunto de princpios que foram escolhidos posteriormente

    pelas cooperativas que surgiram. Os princpios adotados foram: adeso livre e

    voluntria, gesto democrtica pelos cooperados, participao econmica dos membros,

    autonomia e independncia, educao, formao, informao, intercooperao e

    interesse pela comunidade (MONEZI, 2008).

    3

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Manchesterhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rochdalehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rochdalehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Manchesterhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rochdale
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    Canado apudMaurer Jr., (1966) e Singer (2002) afirmam que a cooperativa de

    Rochdale, bem como as primeiras cooperativas, no possua funcionrios, os prprios

    cooperados se revezavam nas atividades da cooperativa. Na medida em que realizavam

    o trabalho e participavam das decises, pode-se considerar que nestas cooperativas a

    autogesto era uma prtica adotada, pois no havia separao entre concepo e

    execuo do trabalho.

    Na Alemanha o cooperativismo teve incio com o surgimento das cooperativas

    de crdito que tinham o objetivo de fornecer pequenos emprstimos ou financiamentos

    destinados a atender s necessidades da produo. Essas cooperativas no eram de

    origem popular como na Inglaterra, mas surgiram da organizao e do trabalho de

    Hermann Schulze e Friederich W. Raiffeisen oriundos da administrao publica

    (CANADO, 2005).

    A doutrina alem conceitua cooperativa como sociedade de nmero no

    fechado de scios, a qual visa ao fomento da indstria e economia de seus membros,

    mediante a explorao de negcios em comum. (VILELA, 2007).

    Segundo Canado (2005), o cooperativismo francs comea pela tentativa

    de criar sociedades produtoras constituindo as primeiras cooperativas de produo,

    influenciado pelas idias de Charles Fourrier (1772-1837), idealizador dosFalanstrios,

    comunidades que abrigariam centenas de famlias onde seria promovida a abundncia e

    a igualdade.

    A partir desse periodo o cooperativismo se espalha pela Europa, chegando

    Sua (1851), Itlia (1864), Dinamarca (1866), Noruega (1885), e Sucia (1899). Em

    cada um destes pases, o cooperativismo se desenvolveu e tomou grande importncia

    econmica. Posteriormente, o cooperativismo, a partir de seu bero europeu, espalhou-

    se pelo mundo, chegando at mesmo ao Japo nos fins do sculo XIX por meio do

    Visconde Shinagawa e do Conde Hirata (CANADO apudMAURER jr., 1966).Para Vilela (2007), o mais alto princpio ao qual se subordina,

    inalteravelmente, a ao cooperativa, o de que a cooperativa no existe para explorar

    servios no seu prprio interesse, mas para prest-los desinteressadamente aos seus

    membros, os cooperados.

    Trata-se da realizao prtica, no mbito cooperativo, da regra conhecidacomo princpio de dupla qualidade. A empresa cooperativa no temexistncia autnoma; sua natureza eminentemente instrumental; criada,substancialmente, para servir aos scios, viver enquanto e na medida em queos mesmos dela se servirem. (VILELA apud FRANKE, 1973, p.68)

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    Como Kreutz (2004) observa, as primeiras idias cooperativistas surgiram,

    sobretudo, na corrente liberal dos socialistas utpicos do sculo XIX e nas experincias

    que marcaram a primeira metade do sculo XX. Estes pensadores surgiram na Inglaterra

    e na Frana, isto , nos pases pioneiros do progresso intelectual e do desenvolvimento

    industrial da poca moderna. Kreutz (2004) cita os socialistas que maior exerceram

    influncia sobre o cooperativismo,como:

    Robert Owen (1772-1858). Ingls, considerado o pai do cooperativismo. Lutou

    contra o lucro e a concorrncia, por consider-los os principais responsveis

    pelos males e injustias sociais. Investiu em inmeras iniciativas de organizao

    dos trabalhadores.

    Charles Fourier (1772 1858). Francs, foi idealizador das cooperativasintegrais de produo, criando comunidades onde os associados tinham tudo em

    comum. Essas comunidades eram chamadas defalanstrios.

    Luis Blanc (1812 1882). Francs, foi um grande poltico que se preocupou

    com o direito ao trabalho, defendendo a liberdade baseada na educao geral e

    na formao moral da sociedade.

    Charles Gide (1847 1932). Francs, conhecido mundialmente por suas obras

    sobre economia, poltica e cooperativismo. Fundador da Escola de Nimes naFrana, que muito contribui com a produo do conhecimento sobre o

    cooperativismo mundial.

    Philippe Buchez (1792 1865). Nasceu na Blgica, buscou criar um

    cooperativismo autogestionado, independente do governo ou de ajuda externa.

    Na Frana ele tentou organizar associaes operrias de produo, que hoje

    so chamadas de cooperativas de produo.

    Willian King (1786 1865). Tambm ingls, tornou-se mdico famoso e se

    dedicou ao cooperativismo de consumo. Engajou-se em prol de um sistema

    cooperativista internacional.

    John Bellers (1654 1725). Nasceu na Inglaterra e tentou organizar cooperativas

    de trabalho, para terminar com o lucro e as indstrias inteis;

    O cooperativismo no contexto mundial teve sua expanso a partir do sculo

    XVIII e teve como idealizadores grandes pensadores socialistas alm de grandes

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    revolues sociais que contriburam para que o trabalho cooperativo fosse visto como

    desenvolvimento social e econmico agregado ao trabalho conjunto.

    2.1 COOPERATIVISMO NO BRASIL

    O incio das atividades cooperativas no pas teve a contribuio e

    participao dos colonos europeus, responsveis por difundir esse modelo que teve

    origem com a resistncia explorao do trabalho, hoje vemos que o trabalho

    cooperativo cresce a passos largos ao redor do mundo. No Brasil o cooperativismo

    desempenha um importante papel tanto nos aspectos sociais, quanto econmicos.

    Andrade (2005) aborda que as organizaes cooperativas pioneiras no Brasil

    foram as de Rio dos Cedros-SC e Ouro Preto-MG (l889), Limeira-SP (l891),

    Camaragibe-PE (l894)

    No decorrer do sculo XIX, com a chegada de imigrantes alemes e italianos,essasiniciativas foram mais freqentes. Muitas das comunidades que se formara noterritrio nacional, em especial no Sul do pas tentaram resolver seusproblemas de consumo, crdito, produo e educao, criando organizaescomunitrias, aos moldes das que conheceram em suas ptrias de origem.(KREUTZ, 2004)

    Em 1902, surgiram as cooperativas de crdito no Rio Grande do Sul. Onde um

    grupo de scios aprovou o estatuto da Sparkasse Amstad (Caixa de Economia e

    Emprstimos, tambm conhecida como Caixa Rural), por iniciativa do padre suo

    Theodor Amstadt (MUNDOCOOP, 2009).

    A partir de 1906, os imigrantes, muitos de origem alem e italiana, deram

    incio s cooperativas no meio rural, idealizadas por produtores agropecurios.

    Para Kreutz (2004), principalmente nas dcadas de 50 e 60, o

    cooperativismo teve relativa expanso no Brasil, destacando-se o cooperativismo

    agropecurio. Atualmente, com mais de 5.600 cooperativas, o cooperativismo atua em

    variados setores da economia, estendendo-se a diversos segmentos da sociedade

    brasileira, com relativa expresso de crescimento, no setor urbano.

    Campos (2000) ressalta que na poca do regime militar brasileiro, o governo

    passou a retirar incentivos e pressionou assim, as cooperativas a assumirem um aspecto

    de grande empresa.

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    Na dcada de 90 o avano tecnolgico promoveu o desenvolvimento do

    cooperativismo agroindustrial e o cooperativismo de crdito (MOTTA, 2005).

    2.2 COOPERATIVISMO NO PARAN

    A intensificao das atividades cooperativas promoveu uma participao

    cada vez maior nas atividades econmicas do pas, isso devido a mecanismos que

    estimulam o contnuo crescimento do cooperativismo.

    No contexto paranaense a Ocepar, Sindicato e Organizao das

    Cooperativas do Estado do Paran, (2009) ressalta que a grande diversidade tnica no

    estado deu origem ao cooperativismo com os imigrantes europeus que procuraram

    organizar suas estruturas de compra e venda em comum. Isso provocou a expanso das

    fronteiras agrcolas e o desenvolvimento econmico e social do Paran. O

    cooperativismo paranaense formado por 238 cooperativas registradas na Ocepar

    (quadro 1) que agrupam mais de 500 mil associados e gera cerca de 1.250 postos de

    ocupao.

    QUADRO 1 - NMEROS DO COOPERATIVISMO PARANAENSE- 2008

    Fonte: OCEPAR (2009)

    De acordo com a o OCEPAR (2009) a atividade cooperativa vem obtendo

    um crescimento constante em suas atividadespois O crescimento do cooperativismo

    vem sendo relevante nos ltimos anos. Entre os anos de 2001 e 2008, o nmero de

    cooperativas aumentou apenas 23,3%, entretanto, o nmero de cooperados cresceu

    7

    RAMO COOPERATIVAS COOPERADOS

    Agropecurio 81 123.311

    Consumo 01 950

    Crdito 66 346.695

    Educacional 15 2.881

    Habitacional 01 96

    Infra-estrutura 08 7.985

    Mineral 01 22

    Produo 01 20

    Sade 33 10.847Trabalho 09 4.657

    Transporte 19 2.373

    Turismo e lazer 03 292

    Total 238 500.19

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    103%.

    Assim, a expanso do cooperativismo na economia paranaense e influncia

    nos seus ciclos econmicos promoveu o fortalecimento e expanso das atividades

    cooperativas em todos os setores contribuindo com o desenvolvimento social e a

    melhoria da qualidade de vida. Promovendo o aprimoramento cultural, artstico, de

    lazer, sade e tecnologias, alm de melhores mtodos de produo.

    As vantagens competitivas, a agregao de valores aos produtos e a

    responsabilidade social proporcionaram no s o crescimento quantitativo das

    cooperativas do Paran, mas tambm qualitativo, no qual os investimentos em capitao

    e gesto, busca de mercados, desenvolvimento de produtos e servios, tornam as

    cooperativas paranaenses cada vez mais fortes. (OCEPAR, 2009).

    3. O COOPERATIVISMO NO ARTESANATO

    A origem da atividade artesanal esta associada ao desenvolvimento das

    cidades e atividades urbanas necessrias a vida em coletividade, como: padeiros,

    ferreiros, carpinteiros, marceneiros, tecelos, seleiros, arquitetos, entre

    outros. Foi a partir do sculo XVIII que surgiram as primeiras

    corporaes de ofcios com regras e regulamentos rgidos, definindo

    os limites e atribuies do trabalho artesanal. No Brasil, as tradies

    artesanais de origem predominantemente indgenas se incorporaram s tcnicas trazidas

    pelos imigrantes, criando a diversidade hoje existente. (BARROSO, 2009).

    A atividade artesanal consente o domnio integral do

    processo de produo, possibilita ao arteso gerenciar o processo de

    produo e comercializao, alm de, que detm o conhecimento

    sobre a compra, qualidade e caractersticas das matrias-primas.

    Gurgel et al (2006) define o trabalho artesanal como sendo toda atividade

    produtiva que resulte em objetos e artefatos acabados, feitos manualmente ou com a

    utilizao de meios tradicionais, com habilidade e destreza, qualidade e criatividade.

    A formao do trabalho artesanal teve sua origem com as

    chamadas guildas de artesos ou corporaes de oficio, uma forma

    primitiva de organizao artesanal, onde os artesos de um mesmo

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    ramo se uniam em associaes afim de, garantir seus interesses,

    promover a comercializao e regulamentar a profisso (FREIRE,

    2008).

    Os produtos confeccionados artesanalmente so produzidos

    por meio de ferramentas manuais ou com a utilizao de meios

    mecnicos, mas sempre com a contribuio direta do arteso. Assim,

    segundo Manila (2006), A natureza especial dos produtos artesanais

    se baseia em suas caractersticas distintivas, que podem ser utilitrias,

    estticas, artsticas, criativas, vinculadas cultura, decorativas, funcionais, tradicionais,

    simblicas e significativas, religiosa e social.

    Segundo o Programa do Artesanato Brasileiro do Ministrio do

    Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (2002), o segmento artesanal brasileiro

    envolve 8,5 milhes de pessoas em suas cadeias produtivas, movimentando cerca de R$

    28 bilhes por ano. Destaca-se tambm o grande potencial desse setor em exportar os

    produtos para paises desenvolvidos valendo-se do valor agregado desses bens.

    A parceria entre artesanato e design possibilita a diversificao de

    produtos de acordo com as tendncias e o comportamento do consumidor por meio da

    identificao de novas oportunidades de mercado, com produtos inovadores e

    sofisticados aumentando assim a gama de opes (FREITAS e ROMEIRO, 2004).

    Deste modo o desenvolvimento de um novo produto ir ao encontro das

    expectativas do mercado. Sobre esta questo vale destacar que:

    O produto artesanal tem mais valor agregado, em especial o valor de estima,e o principal caminho para alcanar esta proposta est na parceria entreprofissionais que atuam com design de produto e artesos (FREITAS eROMEIRO, 2004).

    O artesanato ganha cada vez mais, carter de manifestao artstica, amplia

    seu alcance e alarga fronteiras, tendo se transformado em importante fonte de renda e

    criao. Ele expressa a experincia regional das comunidades, seu modo de fazer, sua

    vivncia particular, enfim, seu modo de vida (SENAC, 2002).

    A organizao de cooperativas de artesanato constitui-se da concentrao

    de um determinado nmero de pessoas com um mesmo objetivo em um mesmo local,

    exigindo atividades gerenciais, desenvolvidas pelos prprios artesos, assim como a

    compra de matria prima, a comercializao, o compartilhamento de instrumentos e

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    ferramentas, resultando na reduo de custos e favorecendo a cooperao (GURGEL et

    al2006).

    De acordo com o Programa do SEBRAE de Artesanato (2004), uma

    cooperativa na rea do artesanato tem como objetivo a busca de uma maior eficincia na

    produo com ganho de qualidade e de competitividade em virtude do ganho de escala,

    pela otimizao e reduo de custos na aquisio de matria-prima, no beneficiamento,

    no transporte, na distribuio e venda dos produtos. Alm da busca de uma maior

    capacidade em atender s demandas internas e externas, aumentar os rendimentos e

    ganhos dos cooperados, propiciar a obteno de descontos adicionais, melhores

    condies de pagamento, reduo do custo de transporte, aquisio de produtos com

    melhor qualidade e maior facilidade na obteno de linhas de crdito.

    A valorizao econmica gerou a valorizao pessoal e hoje o artesanato

    representa um seguimento expressivo de seu produto interno bruto (PIB),

    que a soma das riquezas produzidas por um pas; alm de seu inegvel valor

    social e seu inestimvel valor cultural (BARROSO, 2009).

    4. METODOLOGIA

    A pesquisa em seu primeiro momento foi de carter bibliogrfico objetivando

    encontrar as principais referncias em relao temtica adotada. Como mtodo

    proposto optou-se pelo estudo de caso devido ao carter especfico do objeto de estudo.

    Essa estratgia se caracteriza como um tipo de pesquisa cujo objeto uma ou poucas

    unidades que compem um fenmeno, dentro de seu contexto real (GODOY, 1995b;

    CAMPOMAR, 1991; EISENHARDT, 1989; YIN, 2001). O estudo de caso tem se

    tornado a estratgia preferida quando os pesquisadores procuram responder a questesdo tipo como e por que certos fenmenos atuais ocorrem, que s podero ser

    analisados dentro de um contexto real (GODOY, 1995b; YIN, 2001).

    Alm dos aspectos j citados, a adoo dessa estratgia se justifica em funo

    da profundidade e flexibilidade que inerente a essa estratgia (EISENHARDT, 1989;

    GODOY, 1995b; SOUTO MAIOR, 1984). Assim, buscou-se verificar a partir do estudo

    de caso, a forma em que a cooperativa est inserida na comunidade, bem como sua

    potencialidade no contexto regional, servindo, a partir de sua expanso como uma

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    ferramenta para dinamizar a gerao de emprego e renda em sua regio.

    5. O MERCADO DE JIAS

    O mercado de jias cresce de forma expressiva mundialmente a cada ano e

    o Brasil um grande exportador , pois tem a vantagem de ter em abundancia matrias

    primas como o ouro e pedras preciosas, o qual conhecido mundialmente. Alm da

    capacidade produtiva o pas tem um mercado competitivo, pois apresenta sempre

    inovaes na forma e na utilizao das matrias primas.

    Para Kotler (1999, p. 31) um mercado consiste de todos os consumidores

    potenciais que compartilham de uma necessidade ou desejo especfico, dispostos e

    habilitados para fazer uma troca que satisfaa essa necessidade ou desejo. Os mercados

    auxiliam os consumidores a encontrarem determinados produtos e servios aos quais

    estejam dispostos a entregar algo em troca, realizando assim a compra ou venda de

    bens.

    O mercado depende do nmero de pessoas que demonstram desejo, interesse

    ou necessidade de determinado artigo se dispondo a oferecer algo em troca para obter o

    que desejam. A palavra mercado era usada para denominar o local onde vendedores e

    compradores realizavam trocas de bens, j os economistas se referem ao termo mercado

    como um grupo de compradores e vendedores que negociam um produto ou classe de

    produtos, da o mercado de moradia, mercado de gros. (KOTLER, 1999).

    H no mercado trs categorias de jias que utilizam de diferentes estratgias

    comerciais: Jias de alto padro onde se enquadram poucas marcas internacionais,faz

    uso de marketing dirigido com alto investimento; Jias de massa, fabricadas em larga

    escala, vendidas em catlogos, lojas populares, cujo fator preponderante o preo; Jiasde design, onde a importncia do preo relativa, porm design e definio de

    acabamento so fundamentais. Normalmente produzidas de forma semiartesanal com

    tiragem limitada.

    A produo de jias no Brasil manifestou um desenvolvimento na mdia de

    7,6% ao ano entre os anos de 1989 a 2001. A produo sofreu queda no perodo de 2002

    e 2003, mas no ano seguinte manteve o crescimento apresentado em 2001. O que levou

    o pas a aumentar sua participao na produo mundial de 0,5% em 1989 para 0,8%

    11

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    em 2001. (MDIC/SECEX, 2005).

    Grfico 1- Produo Brasileira de Jias entre 1989 a 2004

    Fonte: GFMS Elaborao: FIESP, 2004.

    Segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM, 2004),

    o crescimento da industria de jias a cada ano aumenta seu faturamento com o aumento

    das exportaes e a expanso do mercado interno. No ano de 2005 a venda de jias

    movimentou aproximadamente R$ 4,4 bilhes no mercado interno superando em 5% a

    de 2004.O mercado de bijuterias e jias folheadas movimenta, no Brasil, mais de R$

    115 milhes por ano e cresce em mdia 50%, segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e

    Metais (2008). A tendncia crescer ainda mais.

    Segundo pesquisa da FIESP (Federao Industriais do Estado de So Paulo)

    realizada em 2005 o mercado de jias composto pelo total de pessoas que compraram

    uma Jia de Ouro Amarelo ou Branco nos ltimos 12 meses ficou composto a partir da

    seguinte representatividade: 35% para a clase A, 33% para a classe B e 32% para aclasse C.

    Figura 1 - Tamanho do mercado em R$

    12

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    Fonte: FIESP (2005)

    Segundo a mesma pesquisa foi identificado o tamanho do mercado de jias e

    os determinantes de escolha na venda. Sem dvida a pesquisa mostra que o perfil do

    consumidor de jias desejam inovaes, seguem tendncias de mercado, valorizam aelegncia e a modernidade

    Figura 2 Determinantes de escolha de jias

    Fonte: FIESP (2005)

    Segundo a mesma pesquisa foi identificado o tamanho do mercado de jias e

    os determinantes de escolha na venda. Sem dvida a pesquisa mostra que o perfil do

    consumidor de jias desejam inovaes, seguem tendncias de mercado, valorizam a

    elegncia e a modernidade. A pesquisa mostrou que h variadas alternativas para

    comercializao das jias, um canal interessante e que vem ganhando cada vez mais

    espao a internet, onde se evidencia oportunidades de divulgao e vendas para

    qualquer lugar, o cliente pode obter informaes sobre determinado produto, e o

    pagamento pode ser realizado pelo site de varias maneiras. Proporcionando uma compra

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  • 8/4/2019 CAMILA.Potencialidades do Cooperativismo um estudo de caso a partir do artesanato de jias

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    e venda de forma gil e rpida. Outro canal de distribuio so os pontos de vendas

    especializados onde vendem-se jias multi-marcas e os pontos de vendas prprios onde

    o dono do negcio gerencia o posicionamento a ser adotado. O canal de distribuio de

    grande participao a visita clientes que so feitas por autnomos em vendas

    informais representadas por vendedores comissionados que possuem relacionamentos

    com uma carteira de clientes.

    Outros pontos da pesquisa da FIESP que o design de uma jia exerce

    grande influncia na compra do produto, mas certamente no a nica particularidade a

    ser conhecida na deciso da compra, leva-se em julgamento o prestigio e o status da

    marca que em geral conquistado com investimentos em comunicao.

    Figura 2.1 Determinantes de escolha de jias

    Fonte: FIESP (2005)

    Segundo a mesma pesquisa foi identificado o tamanho do mercado de jias e

    os determinantes de escolha na venda. Sem dvida a pesquisa mostra que o perfil do

    consumidor de jias desejam inovaes, seguem tendncias de mercado, valorizam a

    elegncia e a modernidade. A pesquisa mostrou que h variadas alternativas para

    comercializao das jias, um canal interessante e que vem ganhando cada vez mais

    espao a internet, onde se evidencia oportunidades de divulgao e vendas para

    qualquer lugar, o cliente pode obter informaes sobre determinado produto, e o

    pagamento pode ser realizado pelo site de varias maneiras. Proporcionando uma compra

    e venda de forma gil e rpida. Outro canal de distribuio so os pontos de vendas

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    especializados onde vendem-se jias multi-marcas e os pontos de vendas prprios onde

    o dono do negcio gerencia o posicionamento a ser adotado. O canal de distribuio de

    grande participao a visita clientes que so feitas por autnomos em vendas

    informais representadas por vendedores comissionados que possuem relacionamentos

    com uma carteira de clientes.

    Outros pontos da pesquisa da FIESP que o design de uma jia exerce

    grande influncia na compra do produto, mas certamente no a nica particularidade a

    ser conhecida na deciso da compra, leva-se em julgamento o prestigio e o status da

    marca que em geral conquistado com investimentos em comunicao.

    Os fatores que influenciam os clientes na deciso do local de compra das

    jias so: qualidade do produto, status da marca e servio prestado. O primeiro leva-se

    em considerao fatores como; acabamento, propores do design, soldas e ranhuras

    aparentes; material utilizado, a quantidade de ouro encontrada na liga de metal; design,

    que agrega valor as jias que podem se sobressair por ter um design moderno, exclusivo

    ou clssico. Para o status da marca, o cliente esta disposto a pagar mais por uma pea de

    qualidade garantida e design diferenciado, a comunicao utilizada como ferramenta

    para posicionar a marca de forma que seja admirada e desejada.

    Para os homens, as jias representam investimento financeiro; para as

    mulheres, investimento em estilo pessoal. Alm da beleza e do valor, o consumidor quer

    da indstria joalheiras, uma produo limpa que respeite o meio ambiente e os

    trabalhadores.

    A grande participao de autnomos no mercado de vendas das jias estima-

    se que eles so responsveis por mais da metade das vendas, e isso deve-se

    principalmente pela alta carga tributria, mercadorias de alto valor, pequeno volume e a

    falta de fiscalizao.

    Assim, considera-se que o artesanato de jias composto por uma cadeiaprodutiva ligada por difersos elos, ou seja uma seqncia de atividades que inicia com

    os insumos e matrias-primas e se estende at o produto final, incluindo a extrao e o

    processamento de matria-prima e sua transformao, a distribuio e comercializao

    do produto, nos mercados nacional e internacional. Para o IBGM (2004) a cadeia

    produtiva de Gemas e Jias seguida desde a extrao do mineral, a indstria de

    lapidao, artefatos de pedras, a indstria joalheira e de folheados, bijouterias, os

    insumos, matrias-primas e as mquinas e equipamentos usados no processo de

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  • 8/4/2019 CAMILA.Potencialidades do Cooperativismo um estudo de caso a partir do artesanato de jias

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    produo, alm das estratgias de marketing e a incorporao de design aos produtos, a

    figura 3 representa os elos que compem essa cadeia produtiva.

    Figura 3 - Cadeia Produtiva de Gemas e Metais Preciosos

    Fonte: Josefa Andrade, 2009

    At chegar ao consumidor final a cadeia produtiva de folheados percorrem um

    longo caminho ao comear pelo fornecedor de matria-prima que constitudo por

    empresas fornecedoras de ouro, prata, cobre, lato, pilter e produtos qumicos. O

    segundo segmento o das empresas de produtos semi-acabados, que so aqueles

    produtos prontos, mas que ainda no receberam o banho dos metais. O terceiro

    segmento constitudo pelas empresas de produtos acabados, seguido da distribuio

    que pode ser no atacado, varejo e mercado externo.

    Figura 4 - Principais operaes do processo produtivo da Cadeia Produtiva deGemas e Metais Preciosos

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    Fonte: Josefa Andrade, 2009

    Hoje, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais(IBGM), atuam no setor de bijuterias montadas cerca de 3 mil empresas, entre micro e

    pequenas, formais e informais. A produo de jias e folheados no Brasil est

    concentrada nas cidades paulistas de So Jos do Rio Preto e Limeira, na cidade gacha

    de Guapor e na regio de Cariri no Cear. Limeira responsvel por 60% da produo

    nacional sendo assim considerada a capital dos folheados, pois apresenta uma crescente

    concentrao de empresas na indstria de jias e bijuterias onde cerca de 450 empresas

    so ligadas atividade de folheados.O setor de jias e metais preciosos no enfrenta barreiras para ingressar no

    mercado internacional, pois o pas possui uma capacidade produtiva e competitiva dos

    seus produtos e sua venda mundial cresce acima de 4% ao ano.(IBGM, 2007)

    Segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), em 1999

    as exportaes de folheados chegaram US$ 3 milhes com vendas principalmente para

    os EUA, Colmbia e Venezuela. Os folheados brasileiros venderam US$ 134 milhes

    no mercado externo de 2008, e isso deve-se a crescente profissionalizao do setor j

    no mercado interno os folheados e as jias travam uma batalha impulsionados pela

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  • 8/4/2019 CAMILA.Potencialidades do Cooperativismo um estudo de caso a partir do artesanato de jias

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    expanso de vendas devido ao aumento do poder de compra as semi-jias (incluindo

    bijuterias tradicionais) faturaram R$ 525 milhes no mercado interno em 2007 enquanto

    as jias tiveram receita de R$ 4 bilhes.

    A exportao de toda a cadeia produtiva no ano de 2005 chegou a US$ 834

    milhes, um crescimento de 12% em relao a 2004. Os dados do IBGM apresentam

    que em relao as exportaes de 2005 no ano de 2006 somente no primeiro semestre

    houve um crescimento de 48% nas exportaes.

    Tabela 1- Janeiro - Dezembro (2002-2008) US$ 1,00. Exportao Brasileira do Setor deGemas e Metais Preciosos (*) (**)

    Principais

    Itens 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Pedras emBruto

    60.437 58.578 61.901 60.967 48.989 55.559 52.633

    PedrasLapidadas

    58.375 44.747 62.948 61.855 75.315 85.482 74.0311

    Obras eArtefatos dePedras

    13.017 13.456 14.775 15.622 17.463 17.326 17.025

    Ouro emBarras, Fiose Chapas

    349.131 327.119 412.813 458.866 658.533 790.821 1.032.446

    Produtos deMetaisPreciosos p/Indstria

    41.299 40.032 31.584 43.140 75.449 94.869 134.178

    Joalheria/OurivesariaMetaisPreciosos

    60.159 67.704 93.066 99.904 125.854 129.110 132.526

    Folheadosde MetaisPreciosos(***)

    53.526 58.157 59.016 72.883 99.587 133.812 154.550

    Bijuteriasde MetaisComum

    1.613 2.730 4.766 9.405 19.263 20.754 21.750

    1Tabela 1-. Exportao Brasileira do Setor de Gemas e Metais Preciosos (*) (**)

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    Platina emFormasBrutas ouem P

    120 86 7.975 34.181 - 74

    OutrosProdutos

    3.629 1.470 793 3.422 7.554 5.328 2.811

    Total 641.306 613.993 741.748 834.039 1.162.188 1.333.061 1.630.810

    Fonte: MDIC/SECEX/DECEX / Elaboao: IBGM(*): Inclui vendas a no residentes no Pas (antigo DEE - Documentos Especial de Exportao-Vendas a no residentes no pas)(**) No inclui exportaes realizadas via DSE - Declarao Simplificada de Exportao.(***)Embora incluido em folheados, devemos destacar o item 71.12.99.00 outros residuos edesperdicios que tem crecido significativamente nos ltimos anos. No perodo JAN/DEZalcanou US$ 95,8 milhes, contra US$ 82,4 milhes em 2007.

    As empresas do ramo de jias esto em constante mudana seja, pela

    rivalidade competitiva com a concorrncia e isso inclui preo, qualidade e inovao, ou

    por uma nova oportunidade de mercado. Revela-se que as exportaes em 2008 superou

    em U$ 297.749 o valor das exportaes de 2007. Destacando a venda de Ouro em

    Barras, Fios e Chapas; Produtos de Metais Preciosos para a Indstria; Folheados de

    Metais Preciosos. Os pases mais representativos de destino das exportaes brasileiras,

    em 2008 foram:

    Tabela 2- Destino das exportaes em 2008 / US$ FOB

    PASES US$ %Estados Unidos 630.278.348 40,8%Reino Unido 320.592.886 20,8%Alemanha 175.867.710 11,4%Sua 161.895.040 10,5%Coria do Norte 37.654.417 2,4%Blgica 35.229.227 2,3%frica do Sul 23.919.803 1,5%Hong Kong 23.303.189 1,5%Colmbia 12.818.103 0,8%China 9.802.294 0,6%Demais pases 113.114.031 7,3%Total 1.544.475.048 100,0%

    Fonte: MDIC/SECEX

    Em 2008, no Setor de Gemas e Metais Preciosos os estados que mais exportaram foram:

    Tabela 3 - Exportao por estado em 2008 / US$ FOB

    19

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    ESTADOS US$ %Minas Gerais 701.251.399 45,4%So Paulo 271.221.945 17,6%Bahia 219.492.071 14,2%Gois 79.527.408 5,1%

    Amap 73.934.539 4,8%Mato Grosso 72.719.070 4,7%Rio Grande do Sul 63.325.069 4,1%Rio de Janeiro 34.661.614 2,2%Par 13.647.062 0,9%Paran 9.837.308 0,6%Demais estados 4.857.563 0,3%Total 1.544.475.048 100,0%

    Fonte: MDIC/SECEX

    Feitoza e Arajo (2009) delatam que segundo dados do IBGM (2008), o

    Brasil o 27 colocado no ranking dos principais fabricantes de jias e folheados domundo e responsvel por um pouco mais de 1 % das exportaes mundiais. Possui

    indstrias presente em quase todo o territrio do pas, gerando aproximadamente

    500.000 empregos diretos neste setor, em 2.170 indstrias: 850 na lapidao, 730 na

    joalheria de ouro e prata, 590 folheados e metais preciosos.

    Um grande passo a ser dado pelas empresas fabricantes de jias, folheados e

    bijuterias a expanso de mercado atravs de feiras, exposies e eventos diversos. Um

    dos principais eventos a Feira Internacional de Jias Folheadas, Bijuterias eAcessrios que acontece em Limeira-SP outro a Feira Nacional da Indstria de Jias,

    Relgios e afins uma das maiores feiras nacionais e da Amrica Latina. Em Guapor-RS

    a feira Expocultural responsvel pelas exposies das jias confeccionadas na regio.

    6. A COOPERATIVA DE ARTESANATO

    A Cooperativa de Artesanato um projeto da Prefeitura local com intuito de

    expandir o setor industrial na cidade, proporcionar empregos e fonte de renda. O projeto

    teve origem na percepo da necessidade e a oportunidade de tornar o municpio em um

    plo dejias.

    Com o apoio da prefeitura, foram realizados dois cursos no Servio Nacional

    de Aprendizagem Industrial SENAI, por um especialista em jias folheadas da cidade

    de Guapor RS. Este curso foi apresentado primeiramente a acadmicos dasinstituies de ensino da cidade e posteriormente para interessados na fabricao de

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    jias folheadas. O curso de gemologia e joalheria j foi ministrado pelo SENAI em

    diversas cidades como: Salvador BH; Catalo e Goinia GO; Araua, Belo

    Horizonte, Governador Valadares e Tefilo Otoni MG; Belm PA; Guarapuava

    PR; Rio de Janeiro RJ; Boa Vista RR; Guapor, Porto Alegre, Santana do

    Livramento e Soledade RS e So Paulo SP.

    O curso foi realizado de outubro a novembro de 2004 e de janeiro a

    fevereiro de 2005, com durao de um ms e meio, sendo realizadas aulas no perodo da

    tarde e noite no curso de 2004 e manh e noite no de 2005. Os participantes do curso

    tiveram um apoio da Prefeitura de 70% no custo das aulas, tendo que pagar R$ 300,00

    (trezentos reais) pelo curso.

    Durante a realizao dos cursos foram efetuadas duas viagens aos plos de

    fabricao de jias folheados no pas, para a cidade de Limeira no estado de So Paulo e

    Guapor no Rio Grande do Sul.

    Ao trmino do curso algumas pessoas se reuniram e levaram adiante a idia e

    formar a Cooperativa de Artesanato em 29/05/2006, sendo esta, em parte, custeada

    financeiramente pelo municpio. A cooperativa era composta por 36 associados que

    compuseram a diretoria e o Conselho Fiscal.

    De acordo com uma pesquisa realizada com cooperados e ex-cooperados da

    Cooperativa de Artesanato necessrio um investimento de R$ 5 mil para comprar

    equipamentos e material. O cooperado realiza um curso que tem durao de um ms na

    sede da cooperativa, aps esse perodo comea a produzir e comercializar suas peas. O

    treinamento realizado por meio de cursos ofertados pela Cooperativa em parceria com

    o municipio, seguido do desenvolvimento pessoal nas tendncias, inovaes, tecnologia

    e design para a fabricao de jias. Esse desenvolvimento pode ser adquirido em feiras

    do setor, em plos de fabricao e tambm com base na moda.

    Considerando o produto como sendo um bem tangvel a Cooperativa trabalhano desenvolvimento de jias folheadas a ouro, prata e prata de bali o que inclui brincos

    de variados tamanhos, anis, pulseiras, tornozeleiras, correntes, gargantilhas, conjuntos,

    colares e pingentes todos com garantia. A produo das peas realizada por fundio

    de metais geralmente por fundio a baixa fuso que ocorre a temperaturas entre 380 a

    400C inferiores as de alta fuso que chegam a 1100C. Outra forma de produo

    realizada pela Cooperativa a compra de peas j prontas sendo que o trabalho se reduz

    a montar a pea segundo o design desejado e assim enviado para o banho galvnico na

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    cidade de Limeira-SP. O Banho galvnico o processo pelo qual a pea recebe um

    revestimento com outro metal como ouro, prata, cromo, nquel, rdio entre outros. Com

    o banho existe o aumento da dureza superficial, proteo contra corroso e oxidao das

    peas. Devido o banho ser feito na cidade de Limeira com alto padro de qualidade do

    mesmo as peas tm seus preos elevados.

    Levando-se em considerao o mercado de semi-jias no Brasil o produto

    vendido a preos estveis e apesar da grande concorrncia as margens de lucros so

    elevadas. Entretanto as semi-jias podem ser facilmente substitudas por produtos de

    qualidade inferior ou superior.

    As oportunidades de crescimento aplicam-se por meio da insero no mercado

    com campanhas de promoo e at descontos nos preos (varejo/atacado) com o

    objetivo de convencer os consumidores a adquirirem mais produtos ampliando assim as

    vendas, outra estratgia o desenvolvimento do mercado interno visto que a

    cooperativa no explorou a ampliao de suas vendas para esse mercado. O

    Desenvolvimento de produtos diz respeito a diversificao no design das jias pois a

    inovao e a criatividade acentuam a competitividade e o diferencial do produto no

    mercado.

    A Cooperativa de Artesanato surgiu por meio da unio de vrios

    microempreendedores do setor, com o objetivo de ampliar o poder de compra de

    matria-prima e comercializao de seus produtos. A consolidao de tal projeto se

    mostra de grande importncia para a gerao de renda na microrregio destacada, que

    formada por 18 municpios, conforme figura 5, os quais totalizavam em 2007 uma

    populao de 376.178 habitantes (IPARDES, 2009).

    Figura 5- Municpios e regio de influncia da cooperativa de jias

    22

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    Fonte: SEMA; IPARDES (2007)

    Na microrregio estudada o cooperativismo a grande alternativa para o

    crescimento e desenvolvimento econmico. Segundo o ministrio do trabalho e

    emprego e a Relao Anual de Informaes Sociais (MTE/RAIS, 2009) no ano de 2007

    o nmero de cooperativas da microrregio totalizavam 79.

    A atividade exercida pela cooperativa de artesanato estudada, hoje representauma influncia real para economia local, pois contribui para gerao de emprego,

    ocupao e qualidade de vida. Assim como os novos plos de jias se influenciam

    pelos plos que dominam a tecnologia de produo como o de Limeira, de So Jos do

    Rio Preto e Guapor que juntos comtribuem com 25.000 postos de empregos diretos.

    Segundo estudos do IBGM se desenvolvem e so considerados competitivos, pois

    investem em constantes melhorias de processo e inovao.

    A contribuio da cooperativa pode ser ainda maior se suas atividades sofreremuma expanso sobre a microrregio estudada, provendo assim o crescimento economico

    e social de 18 municipios. A cooperao e a disposio so fatores que definem o

    compromisso de expanso e crescimento regional.

    Como toda forma de cooperativismo a Cooperativa de Artesanato se define

    do ramo de Cooperativa de trabalho, o cooperativismo de Trabalho teve origem nos

    movimentos sociais da Frana no sculo XIV, surgindo como uma reao dos

    trabalhadores Revoluo Industrial. No Brasil, a presena das cooperativas de

    Trabalho se consolidou na dcada de 30, com a regulamentao do Decreto-Lei n

    23

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    22.232, de 19 de dezembro de 1932. (O INTERIOR,2009).

    A Organizao das Cooperativas Brasileiras define as cooperativas de trabalho

    como sendo aquelas cooperativas de profissionais que prestam servios a terceiros: so

    cooperativas de trabalho tanto as que produzem determinado bem (industrial ou

    artesanal) como aquelas onde a cooperativa desempenha um papel de administradora

    dos servios fornecidos pelos seus cooperados(CULTI apudSCHEIDER e VICENTE,

    1996:40). As cooperativas de trabalho se apresentam como uma alternativa que

    possibilita a insero, especialmente para aqueles excludos do mercado de trabalho e

    sem renda (CULTI, 2002).

    A cooperativa tem por objetivo o estmulo o apoio, o fomento, o

    desenvolvimento e a mais ampla defesa dos interesses econmicos e sociais e das

    atividades de seus associados, ou seja; a produo de jias folheadas, por meio de ajuda

    mtua. Segundo seu estatuto a cooperativa opera basicamente na venda em comum dos

    produtos feitos que lhe forem entregues pelos associados, na aquisio em comum de

    artigos de consumo e meio de produo necessrios a atividade profissional e na

    transformao, industrializao e comercializao de produtos.

    Podemos definir o negcio tendo como objetivo elevar a auto estima por meio

    dos acessrios que embelezam a imagem pessoal; proporcionar o desenvolvimento

    pessoal dando oportunidade de emprego, de aprendizagem de uma profisso. Visto que

    os trabalhos de confeco das jias podem ser feitos em casa.

    Para CULTI (2002) o cooperativismo preocupa-se com o aprimoramento do

    ser humano nas suas dimenses econmicas, sociais e culturais. visto como um

    sistema participativo, democrtico e mais justo para atender s necessidades e os

    interesses especficos dos trabalhadores, alm do que, propicia o desenvolvimento

    integral do indivduo por meio coletivo.

    O desenvolvimento econmico proporcionado pelas cooperativas promoveum processo de gerao e distribuio de renda. O cooperativismo um importante

    instrumento para a distribuio de renda e benefcios aos cooperados. Contribui para o

    desenvolvimento de atividades individuais gerando um interesse coletivo, assim, a

    cooperativa esta sempre em busca de viabilizar os interesses individuais por meio da

    prestao de servios a seus cooperados. Assim como bem explica CARVALHO (2008).

    A cooperativa caracteriza-se por ser uma sociedade de pessoas, cujo objetivo fortalecer seus cooperados para a obteno, por parte destes, de vantagens

    24

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    econmicas, ao trabalharem conjuntamente, de maneira autnoma; vantagensestas superiores s que poderiam obter se trabalhassem sozinhos.

    Responsvel por agrupar artesos expandindo e promovendo a gerao de

    emprego e renda, a cooperativa tem o potencial de melhorar a situao econmica esocial, pois contribui para o aumento de renda dos cooperados contribuindo para a

    reduo do desemprego local, possibilitando a incluso social. Assim a cooperativa

    possibilita a realizao de benefcios sociais comunidade levando progresso ao

    municpio e regio onde encontra ambiente propcio para se desenvolver, pois,

    conforme exposto, o mercado de jias tm aumentado sua representatividade

    anualmente perante o mercado nacional e internacional, o que demonstra a possibilidade

    crescimento constante cooperativa estudada.

    7. CONCLUSO

    O trabalho conserva um valor importante cerca do relacionamento,

    motivao, produtividade e comprometimento dos trabalhadores. Assim o trabalho

    cooperativo potencializa a produo gerando renda e satisfao.

    O cooperativismo considerado um sistema econmico que prioriza o fator

    trabalho sobre o fator capital, defende os interesses comuns de um grupo, o qual a

    filosofia adotada teve seus ideais espalhados pelo mundo promovendo o

    desenvolvimento do cooperativismo, que tem uma participao cada vez maior nas

    atividades econmicas do pais contribuindo para a melhoria econmica, cultural e social

    das pessoas.

    As sociedades cooperativas de artesanato se expandiram por meio do

    desenvolvimento das cidades e atividades urbanas proporcionando uma organizao de

    produo coletiva, ou seja, um grupo de pessoas com um mesmo objetivo, produzindo

    e provendo rentabilidade. Assim para o mercado de artesanato de jias, que movimenta

    milhes por ano, a diversificao e atualizao so pontos fundamentais visto que, o

    pblico para o qual o produto final destinado o feminino de todas as faixas etrias de

    hbitos de consumo e freqente compra do produto. Trata-se de um pblico que procura

    variedade, qualidade e modernidade.

    25

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    Assim, o desenrolar econmico propiciado pelas atividades cooperativas

    potencializa sim um processo de gerao e distribuio de renda alm do

    desenvolvimento local promovido pelo dinamismo econmico com o objetivo de

    melhoria de vida das pessoas. Pois o trabalho cooperativo tem como ideal a

    coletividade, ou seja, a unio dos cooperados e a valorizao do seu trabalho.

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