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O projeto da Prefeitura de Niterói para construir sete mil casas e apartamentos populares na localidade de Fa- zendinha, no Sapê, mobilizou cerca de 400 pessoas, em sua maioria moradores daquele bairro e abrigados no an- tigo quartel do Exército na Venda da Cruz. Na audiência pública presidida pelo vereador Paulo Bagueira, o secretário municipal de Habitação, Marcos Linhares, apresentou o programa “Aqui é minha casa”, demonstrando em um vídeo como será realizado o empreendimento. Por sua vez, os moradores do Sapê que terão suas casas desapropriadas para dar lugar ao chamado Bairro Modelo também exibiram um filme mostrando a realidade local, destacando temerem perder a condição de vida que têm atualmente em suas moradias. Páginas 2 e 3 Niterói finalmente vai ganhar uma escola técnica federal. O anúncio foi feito pela presidente Dilma Roussef, em agosto, consolidando uma luta encampada pela Cãmara de Vereadores que, agora, busca um local onde possa ser instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifect). Um desses locais a serem analisados em audiência pública marcada para o dia 16 de setem- bro é o prédio desativado da agência central dos Cor- reios, no Centro. Em 1909, a cidade perdeu a oportunidade de ter uma dessas escolas porque a mu- nicipalidade não conseguiu oferecer uma área onde ela pudesse ser instalada pelo governo federal. Página 6 Pesca artesanal em Itaipu vai ser tombada O tombamento da pesca artesanal em Itaipu foi tema de audiência pú- blica proposta pelo vereador Rena- tinho, reunindo pescadores e autoridades municipais. Página 7 Professores pedem mais para a Educação Recebidos em audiência pública diri- gida pelo vereador Vitor Junior, os grevistas cobraram reajuste salarial, melhores condições de trabalho e transparência na Educação. Pág. 15 Encontro de jornalistas na Câmara O Encontro Estadual de Assesso- res de Comunicação Social deverá reunir cerca de 300 profissionais e estudantes dia 17, às 9h, na Câ- mara de Vereadores. Página 5 CÂMARA REVISTA em INFORMATIVO MENSAL DA CÂMARA DE VEREADORES DE NITERÓI Ano I - nº 6 setembro de 2011 O secretário de Habitação, Marcos Linhares, diz que o programa “Aqui é minha casa” terá sete mil moradias no Bairro Modelo do Sapê Mobilização contra o fim de hospital O presidente da Câmara, Paulo Ba- gueira, decidiu que a Comissão de Saúde vai voltar a Brasília para en- contrar uma solução para o hospital Orêncio de Freitas. Página 4 Sapê debate bairro Modelo Sapê debate bairro Modelo Escola técnica pode ficar no prédio dos Correios Camara Revista SETEMBRO2011_CAMARA NITEROI_SETEMBRO2011 9/9/2011 14:35 Página 1

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O projeto da Prefeitura de Niterói para construir sete mil casas e apartamentos populares na localidade de Fa-zendinha, no Sapê, mobilizou cerca de 400 pessoas, em sua maioria moradores daquele bairro e abrigados no an-tigo quartel do Exército na Venda da Cruz. Na audiência pública presidida pelo vereador Paulo Bagueira, osecretário municipal de Habitação, Marcos Linhares, apresentou o programa “Aqui é minha casa”, demonstrandoem um vídeo como será realizado o empreendimento. Por sua vez, os moradores do Sapê que terão suas casasdesapropriadas para dar lugar ao chamado Bairro Modelo também exibiram um filme mostrando a realidade local,destacando temerem perder a condição de vida que têm atualmente em suas moradias. Páginas 2 e 3

Niterói finalmente vai ganhar uma escola técnica federal.O anúncio foi feito pela presidente Dilma Roussef, emagosto, consolidando uma luta encampada pela Cãmarade Vereadores que, agora, busca um local onde possaser instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência eTecnologia (Ifect). Um desses locais a serem analisados

em audiência pública marcada para o dia 16 de setem-bro é o prédio desativado da agência central dos Cor-reios, no Centro. Em 1909, a cidade perdeu aoportunidade de ter uma dessas escolas porque a mu-nicipalidade não conseguiu oferecer uma área onde elapudesse ser instalada pelo governo federal. Página 6

Pesca artesanalem Itaipu vaiser tombadaO tombamento da pesca artesanalem Itaipu foi tema de audiência pú-blica proposta pelo vereador Rena-tinho, reunindo pescadores eautoridades municipais. Página 7

Professorespedem mais paraa EducaçãoRecebidos em audiência pública diri-gida pelo vereador Vitor Junior, osgrevistas cobraram reajuste salarial,melhores condições de trabalho etransparência na Educação. Pág. 15

Encontrode jornalistasna CâmaraO Encontro Estadual de Assesso-res de Comunicação Social deveráreunir cerca de 300 profissionais eestudantes dia 17, às 9h, na Câ-mara de Vereadores. Página 5

CÂMARA REVISTAem

INFORMATIVO MENSAL DA CÂMARA DE VEREADORES DE NITERÓI

Ano I - nº 6setembro de 2011

O secretário de Habitação, Marcos Linhares, diz que o programa “Aqui é minha casa” terá sete mil moradias no Bairro Modelo do Sapê

Mobilizaçãocontra o fim de hospitalO presidente da Câmara, Paulo Ba-gueira, decidiu que a Comissão deSaúde vai voltar a Brasília para en-contrar uma solução para o hospitalOrêncio de Freitas. Página 4

Sapêdebate bairroModeloSapêdebate bairroModelo

Escola técnica pode ficarno prédio dos Correios

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Avenida Ernani do Amaral Peixoto nº 625 Centro, Niterói, RJ - CEP: 24020-073Tel: (21) 3716-8600 - www.camaraniteroi.rj.gov.br

Informativo mensal da Câmara de Vereadores de Niterói Assessoria de Comunicação Social (jornalista responsável: Vinícius Martins)

Criação: Identgraf Design e Impressos LtdaEditor: Gilberto Fontes - Textos: Eduardo Garnier - Fotos: Sérgio Gomes e Arquivo da Câmara

Comissão de Constituição e Justiça Presidente: Rodrigo FarahVice-presidente: Renato CarielloMembros: Carlos Alberto Magaldi,

Leonardo Giordano e Roberto Fernandes Jales (Beto da Pipa)

Comissão de Finanças e Orçamento, Defesa do Consumidor eDireitos do ContribuintePresidente: Carlos MacedoVice-Presidente: Milton Carlos Lopes (CAL)Membros: Sergio Fernandes, Waldeck

Carneiro e Emanuel Rocha.

Comissão de Urbanismo, Transportes,Obras e Serviços PúblicosPresidente: Roberto Fernandes Jales

(Beto da Pipa)Vice-Presidente: Carlos MacedoMembros: Renato Cariello, Rodrigo Farah e

José Vitor Bissonho Júnior

Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e SustentabilidadePresidente: Edgar Foly (Licenciado) -

José Antonio Toro FernandesZaff (presidente)

Vice-Presidente: Roberto Jales (Beto da Pipa)Membros: Carlos Macedo, Milton Carlos

Lopes (CAL) e Padre Wilde Ricardo

Comissão de Educação e CulturaPresidente: José Vitor Bissonho JúniorVice-Presidente: Waldeck Carneiro Membros: Sergio Fernandes, Carlos

Macedo e Padre Wilde Ricardo

Comissão Administração, Estatística e Servidores Públicos Presidente: José Augusto VicenteVice-Presidente: Luiz Carlos Gallo de FreitasMembro: João Gustavo

Comissão de Saúde e Desenvolvimento Social Presidente: João Gustavo

Vice-Presidente: Gezivaldo R. de Freitas (Renatinho)

Membros: Emanuel Rocha, Rodrigo Farahe Waldeck Carneiro

Comissão de Ciência e Tecnologia eFormação ProfissionalPresidente: Waldeck CarneiroVice-Presidente: Milton Carlos Lopes (CAL)Membro: Sergio Fernandes

Comissão de Esporte, Turismo e Lazer Presidente: Luiz Carlos Gallo de FreitasVice-Presidente: Gezivaldo R. de Freitas

(Renatinho)Membro: Carlos Alberto P. Magaldi

Comissão de Segurança Pública e Controle UrbanoPresidente: Renato CarielloVice-Presidente: Carlos Alberto P. MagaldiMembro: José Augusto Vicente

Comissão de Direitos Humanos, daCriança, do Adolescente, do Idoso, daMulher e da Pessoa com DeficiênciaPresidente: Gezivaldo Ribeiro de Freitas

(Renatinho)Vice-Presidente: Padre Wilde RicardoMembros: Luiz Carlos Gallo de Freitas,

José Vitor Bissonho Júnior e Waldeck Carneiro

Comissão de Fiscalização das Fundações Municipais, Autarquias eEmpresas Públicas Presidente: André Diniz (Licenciado) -

Leonardo Giordano (presidente)Vice-Presidente: José Augusto VicenteMembro: Milton Carlos Lopes (CAL)

Comissão de Desenvolvimento Econômico e Indústria Naval Presidente: Milton Carlos Lopes (CAL)Vice-Presidente: Renato CarielloMembro: Waldeck Carneiro

Mesa Diretora Biênio 2011/2012

Presidente: Paulo Roberto Mattos Bagueira Leal1º Vice-presidente: Carlos Alberto Pinto Magaldi2º Vice-presidente: Padre Wilde Ricardo1º Secretário: Emanuel Rocha2º Secretário: Sergio Fernandes

CâmaraMunicipalde Niterói

Um debate sobre a proposta da Prefeitura de Nite-rói para a construção de sete mil casas popularesna localidade da Fazendinha, no Sapê, lotou a Câ-mara de Vereadores no fim de agosto. Quase 400pessoas, em sua maioria moradores do Sapê e abri-gados no 3º Batalhão de Infantaria, na Venda daCruz, tomaram o plenário, as galerias, os balcões eo hall de entrada. Para apresentar o projeto à popu-lação o secretário municipal de Habitação, MarcosLinhares, exibiu um filme mostrando todas as fasesdo empreendimento. O chamado Bairro Modelo,entre o Sapê e Matapaca, na região da Grande Pen-dotiba, integra o Programa Municipal “Aqui é MinhaCasa”, e segue os padrões do “Minha Casa, MinhaVida”, do governo federal.

— Cinco mil moradias serão para famílias com rendaaté R$ 1,6 mil. As outras duas mil serão para os quetêm renda mensal de até R$ 5 mil. Os apartamentosserão de sala, dois quartos, cozinha, banheiro e áreade serviço. Cada bloco terá 20 apartamentos, comquatro por andar — explicou o secretário.

Presidida pelo vereador Paulo Bagueira, a audiênciapública contou também com as presenças do pro-curador-geral do município, Bruno Navega; da se-cretária municipal de Urbanismo, Christina Monerat;do presidente da Niterói Trânsito e Transportes, Sér-gio Marcolini; e dos vereadores Beto da Pipa, CarlosMacedo, João Gustavo, José Augusto Vicente, Ma-galdi, Renato Cariello e Vitor Junior. “Cumprimosnosso papel ouvindo a sociedade, os desabrigados,o governo, os vereadores e os atuais moradores daFazendinha. Nesta Casa sempre estará garantido odireito à livre manifestação. Nosso objetivo é o decolaborar para que a maioria seja beneficiada”, ex-plicou o presidente da Câmara. Também presentes,os vereadores Leonardo Giordano, Renatinho e Wal-deck Carneiro colocaram-se contrários à forma comoo projeto foi elaborado e disseram não acreditar queas obras de infraestrutura saiam do papel.

Temendo ter que deixar suas casas, moradores da

Comissões Permanentes:

2 — Setembro de 2011

7 milmoradias

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Fazendinha também lotaram o plenário e exibi-ram um vídeo, produzido por eles, mostrando arealidade local, suas particularidades e o prazerde morarem ali, apesar das dificuldades.“Somos contra o projeto, ele vai mudar radical-mente a realidade local. São pessoas que vivemali há anos, com suas particularidades, culturae modo de vida que devem ser respeitados”,disse José Geraldo Moreira Basílio, da Asso-

ciação de Moradores da Fazendinha. Toda aárea está em processo de desapropriação.

O procurador-geral do município explicoucomo isso será feito: “Vamos indenizar as fa-mílias que moram no local e não aquelas quedizem possuir apenas um título de proprie-dade e nunca residiram na região. Chamamosa Defensoria Pública para nos ajudar em todoo processo e estamos propondo três formasde indenização. A primeira, pagando em di-nheiro pela benfeitoria construída, uma vezque todos os terrenos são posse. A segunda,dando um apartamento no local ou próximo e,a outra alternativa, seria a compra assistida

de outro imóvel”, disse Bruno Navega.

Pela proposta do Executivo, o Bairro Modeloterá quatro creches para 1.600 crianças, duasescolas com oito mil vagas, unidades de poli-ciamento, área de esportes, rede de drenageme saneamento básico. Sérgio Marcolini disseque novas linhas de ônibus serão criadas eatuarão de forma integrada aos terminais aserem construídos no Largo da Batalha e naRJ-104, no Caramujo. Comércio e áreas delazer também fazem parte do empreendimento,disse a secretária Christina Monerat, ressal-tando que as leis urbanas e de meio ambienteestão garantidas no projeto.

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Apoiado em cartazes e um vídeo que transmitiu no telão da Câmara, o secretário de Habitação, Marcos Linhares, explicou como será o projeto “Aqui é minha casa”

Bairro modelo mobilizamoradores do Sapê

‘Bairro modelo terá sete milmoradias no Sapê’Secretário Marcos Linhares

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4 — Setembro de 2011

Vereadores participaram de ato público emdefesa do Hospital Municipal Orêncio deFreitas, no Barreto. O ato, promovido peloConselho Regional de Medicina do Estadodo Rio de Janeiro (Cremerj), teve apoio doSindicato dos Trabalhadores em Saúde,Trabalho e Previdência Social do Estadodo Rio de Janeiro (Sindsprev), de funcio-nários do hospital, pacientes, familiares emoradores da região.

O secretário de Saúde, Euclídes BuenoNeto, também participou do ato. “Caso aprefeitura não consiga reverter a situação,refinanciar o custeio da unidade e dividiristo com os parceiros da Região Metropo-litana II, o hospital corre o risco de ter quefechar suas portas. Só com a ajuda dos go-vernos federal, estadual e de municípios vi-zinhos conseguiremos reverter o quadro”,explicou Bueno.

Por determinação do presidente da Câ-mara, Paulo Bagueira, a Comissão de

Saúde deverá ir a Brasília, ainda estemês, para buscar uma solução.

— Estivemos em Brasília no início do ano eouvimos das autoridades de saúde do Mi-nistério que não é possível devolver o hos-pital para o Governo Federal. O municípiosozinho não tem condições de arcar com asdespesas geradas, em grande parte, porpessoas de outros municípios. Mas a uni-dade não vai fechar, ela é fundamental paraa população — disse o vereador João Gus-tavo, presidente da Comissão de Saúde.Também participaram do ato pela manuten-ção da unidade os vereadores Bagueira,Leonardo Giordano, Renatinho e WaldeckCarneiro.

Segundo a presidente do Cremerj, MárciaRosa, diversos problemas podem levar aofechamento do Orêncio. “As vagas para re-sidência médica provavelmente não serãoabertas em 2012. Em 30 anos isso nuncaaconteceu. A unidade não poderá admitir

novos residentes, pois não tem condiçõesde atender às exigências da Comissão deResidência Médica do Estado. A principalexigência é a abertura de 50 leitos em 60dias”, disse Márcia.

O presidente Bagueira deixou claro que estaserá mais uma luta encampada pelo Legis-lativo. “Vamos a Brasília quantas vezesforem necessárias para evitar o fechamentodo Orêncio. Os funcionários, a população eas autoridades podem contar com o empe-nho da Câmara”, enfatizou Bagueira.

Em julho e agosto a Comissão de Saúde daCâmara visitou as unidades de saúde do mu-nicípio, entre elas o Orêncio de Freitas. O re-latório final com um levantamento dosproblemas encontrados e sugestões paramelhoria do atendimento será enviado ao Mi-nistério da Saúde e demais autoridades. Tam-bém integram a Comissão de SaúdeRenatinho (vice-presidente); Ema nuel Rocha,Rodrigo Farah e Waldeck Carneiro (efetivos).

Bagueira diz que irá a Brasília “quantas vezes for preciso” para evitar o fim do hospital do Barreto

Mudanças nas diretrizes do Conselho Municipal de Defesa dos Di-reitos da Pessoa Idosa, propostas pelo prefeito Jorge Roberto Sil-veira, estão sendo discutidas na Câmara de Vereadores. Criado pelalei 1.839/2001, o Conselho deverá ser um órgão consultivo, delibera-tivo e fiscalizador da Política Municipal da Pessoa Idosa, vinculadotécnica, financeira e administrativamente à Secretaria Municipal deAssistência Social. A cada dois anos, deve promover a ConferênciaMunicipal dos Direitos da Pessoa Idosa, para avaliar a Política Muni-cipal do Idoso e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema.Também deve acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de assis-tência social de atendimento ao idoso, prestados à população por ór-gãos e entidades públicas, filantrópicas e privadas, bem como a

gestão dos recursos e os ganhos sociais resultantes dos projetos.

O Conselho vai formular e promover, em todos os níveis da adminis-tração, atividades que visem à defesa dos direitos dos idosos e à eli-minação de discriminação. Será formado por nove representantes dogoverno das áreas de saúde, urbanismo, assistência social, educação,ciência e tecnologia, lazer e cultura, jurídica, serviços públicos, trân-sito e transportes, e direitos humanos; e nove de entidades não go-vernamentais. Terão mandato de dois anos. A proposta também prevêa criação do Fundo para a Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Fun-depi). Sua receita será com dotações orçamentárias; contribuições esubvenções da União, Estado, Município ou entidades privadas.

Conselho vai fiscalizar situação do idoso

Cidadenão pode

ficar sem o

Orêncio

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Vinte das 25 integrantes do Conselho Municipal de Políticas para as Mulheres participam da sessão de posse

O Fonseca, na Zona Norte, é a região quemais registra violência contra mulheres. Dedezembro até hoje houve um aumento, emtodo o município, de 120% no número deatendimentos prestados pela Coordenaçãodos Direitos das Mulheres de Niterói (Co -dim), revelou a coordenadora Satiê Mizu-buti durante a posse das 25 integrantes doConselho Municipal de Políticas para asMulheres, na Câmara de Vereadores.

— Após quatro anos de fundação é comprazer que presido esta sessão solene deposse. Quando exerci o mandato de ve-readora nesta Casa, consegui aprovar umprojeto criando a Codim. Nossa luta, a par-tir de agora, será a implantação de umabrigo para mulheres vítimas da violência— disse Satiê.

Formado por 13 representantes dos movi-

mentos sociais, sete do poder público ecinco dos segmentos políticos, o conselhoestá ciente dos desafios. “Niterói foi umadas primeiras cidades a realizar a Confe-rência das Mulheres, o que é muito signifi-cativo. A mulher representa hoje 51% doeleitorado brasileiro; entretanto, a sua par-ticipação nos Legislativos, sejam munici-pais, estaduais ou federal, é ainda muitopequena. Temos uma batalha árdua pelafrente para regulamentar e unificar todas aspolíticas voltadas às mulheres”, destacou asocióloga Adriana Motta, superintendenteestadual dos Direitos das Mulheres, queparticipou da mesa.

Para Satiê Mizubuti, a Câmara carece derepresentação feminina. “É fundamentaluma mudança no pensamento social, des-tacando que a mulher não é propriedademasculina”. Presente ao evento, o vereador

Leonardo Giordano reconheceu as desi-gualdades entre homens e mulheres. “Já foimuito maior no passado, mas sabemos queainda é grande. Foi um acerto do governomunicipal a escolha de Satiê para presidireste Conselho. A falta de mulheres no par-lamento tem que ser corrigida e acreditoque o trabalho da Codim pode contribuir”,disse Giordano.

Representando a OAB, o advogado Fer-nando Dias destacou a eleição da presi-dente Dilma Roussef pelo simbolismo. “Amulher está deixando de ser retaguarda dohomem e assumindo posições em áreasnunca antes atingidas. Precisamos trazê-las para o movimento partidário”, enfatizou.

A III Conferência que elegeu as conselhei-ras e suplentes foi realizada em julho parao triênio de 2011 a 2014.

Mulherestraçam suas

políticas em

Conselho

A Câmara de Vereadores de Niterói vai sediar o Encontro Estadual deAssessores de Comunicação Social, dia 17 de setembro, a partir das9 horas no Plenário Brígido Tinoco. O encontro, promovido pelo Sin-dicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, vaireunir profissionais e estudantes de comunicação para discutir o tra-balho de assessorias de comunicação em órgãos públicos e privadosdas cidades fluminenses.

A escolha da Câmara para sediar o encontro foi definida durante reu-nião do presidente do Legislativo, Paulo Bagueira e dirigentes do Sin-dicato, representados por Fernando Paulino, José Antonio FortunaNogueira (Barroco) e Mário Sousa. Bagueira fez questão de ressal-tar que a Câmara está sempre aberta a encontros, reuniões e even-tos. “Para nós é uma honra emprestar nosso espaço a esse encontro

estadual. Vamos cooperar ao máximo para o seu sucesso e reafirmarnosso posicionamento discutido durante as comemorações pelos 192anos da Câmara, quando mostramos que Niterói continua a ser a ca-pital afetiva do antigo estado do Rio”, disse Bagueira.

O Encontro deverá reunir cerca de 300 profissionais e estudantes decomunicação. “Estamos procurando parcerias para hospedagem erefeições dos participantes, além de uma programação cultural a serincluída no evento”, disse Mário Sousa, assessor da Prefeitura de Ni-terói e um dos organizadores do Encontro.

Encontro de assessoresde imprensa na Câmara

Barroco, Paulino e Mário Souza reunidos com Paulo Bagueira (na cabeceira)

Péric

les R

odrig

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6 — Setembro de 2011

A batalha para que Niterói tivesse sua uni-dade federal de ensino técnico profissio-nalizante começa, de fato, em 1909. Noséculo passado uma das 20 escolas im-plantadas no Brasil deveria ter vindo paraa cidade. Por falta de um local definido, aescola acabou indo para o município deCampos, no Norte Fluminense.

Em abril, os vereadores realizaram au-diência pública, presidida pelo vereadorVitor Junior, para discutir a possível im-plantação de uma escola técnica na ci-dade. O encontro contou com a presençado deputado federal Chico D´Ângelo (PT);do representante do Ministério da Educa-ção, Luiz Caldas; do secretário-executivodo Conleste, Álvaro Adolpho; do repre-

sentante do Sebrae, Américo Diniz; e deFernando Marmolejo, do Programa dasNações Unidas para Grandes Assenta-mentos.

— Nosso objetivo era manter vivo o debatesobre uma unidade capacitada para ofere-cer mão de obra às inúmeras empresasque vão se instalar no Complexo Petroquí-mico do Estado do Rio de Janeiro (Com-perj) que está sendo implantado emItaboraí — lembrou Vitor Junior.

A audiência foi realizada no mesmo diaem que Dilma Roussef anunciava um pro-grama federal de investimentos no ensinotécnico superior, com orçamento de R$1bilhão.

Ainda em abril, os vereadores Paulo Ba-gueira, presidente do Legislativo; CarlosMagaldi, primeiro vice-presidente; e Wal-deck Carneiro, acompanhados do depu-tado Chico D'Ângelo, estiveram com oministro da Educação, Fernando Hadad;e o então ministro das Relações Institu-cionais, Luiz Sérgio. “Por intermédio deChico D'Ângelo tratamos do assunto emBrasília. Mostramos ao ministro da Edu-cação a importância de formar nossos jo-vens para os desafios de abastecer aindústria do petróleo, o setor naval e de-mais segmentos de ponta da economia,de profissionais qualificados. Nossoapelo foi atendido e, agora, é buscar olocal de instalação”, disse Paulo Ba-gueira.

Em 1909 faltou terreno

Escolatécnica

no prédiodos CorreiosDepois de uma longa batalha no campopolítico, envolvendo vereadores, educa-dores e o Congresso Nacional, Niterói fi-nalmente vai ganhar uma escola técnicafederal. O anúncio, feito pela presidenteDilma Roussef, em Brasília, dia 16 deagosto, consolidou uma luta encampadapela Câmara de Vereadores. Conformedestacou o vereador Waldeck Carneiro“esta é uma vitória do Legislativo, do con-junto de vereadores, da sociedade; e nãodeste ou daquele mandato, deste ou da-quele segmento”. No próximo dia 16 desetembro, às 18 horas, no Plenário BrígidoTinoco, mais uma audiência pública serárealizada para debater onde deverá ficaro Instituto Federal de Educação, Ciênciae Tecnologia (Ifect).

Na audiência pública marcada para o dia16, um dos locais que serão analisados eque podem ser utilizados para implanta-ção da escola técnica será o prédio desa-tivado da agência central dos Correios, noCentro. “Temos que propor soluções e al-ternativas viáveis a curto, médio e longoprazo. É fundamental a participação da so-ciedade, dos educadores, das autorida-des, de todos nesse processo. A unidade

de educação profissionalizante de Niteróiestá inserida na lógica regional. Tivemosuma experiência muito positiva com o Ser-viço Móvel de Atendimento às Urgências,o Samu, que atendia sete cidades. Com aescola técnica não será diferente, vai ser-vir a todos os municípios que compõe oConleste”, explicou Waldeck Carneiro. Se-gundo estudos do Ministério da Educaçãoa unidade deverá receber mil alunos.

O prédio centenário poderá abrigar o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifect)

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A Comissão Permanente de Meio Ambiente,Recursos Hídricos e Sustentabilidade (Co-marhs), da Câmara de Vereadores, visitou aspraias de Boa Viagem, Flechas e Vermelha; eo Loteamento Maravista, na Região Oceânica.Nas praias foram apuradas denúncias de be-neficiamento irregular de mariscos. No Mara-vista um desmonte era feito irregularmente emobra na Rua Rovane Tavares Guimarães.

O vereador José Antônio Fernandes, Zaff, quepreside a Comissão, explicou que na lista deirregularidades praticadas pelos coletores demariscos constam o acondicionamento impró-prio do fruto do mar e a falta de limpeza na re-tirada do mexilhão das conchas, feito emcontato direto com animais e insetos. “O cozi-

mento estava sendo feito em latas de tinta, comqueima de materiais a céu aberto, gerando fu-maça tóxica. A Comissão também percebeuque a deposição das conchas, após o cozi-mento, é feita diretamente no mar”, explicou.Para tentar solucionar o problema, foi protoco-lado um requerimento à Mesa Diretora da Câ-mara, para sugerir ao Executivo, através daSecretaria Municipal de Meio Ambiente, Re-cursos Hídricos e Sustentabilidade, “medidasimediatas para solucionar a questão”.

Em relação ao desmonte irregular no Maravistao vereador Zaff disse que os responsáveis pelaobra não estariam cumprindo a restrição nú-mero 4 da licença ambiental que alerta para anecessidade de o terreno ser molhado periodi-

camente para não levantar poeira. “A principalqueixa dos moradores do entorno é justamentea quantidade de poeira que a obra está levan-tando. Também identificamos o descumpri-mento da Lei 2.857/2011 que dispõe sobre aobrigatoriedade de informar, através de placasexpostas nas obras, os números de autoriza-ções e licenças ambientais”, disse Zaff.

Os interessados em fazer denúncias e sugestõesligadas ao meio ambiente da cidade podem entrarem contato com a comissão através do e-mail co-marhs.camaraniteroi @gmail.com ou pelo te-lefone 2620-1321. Também fazem parte daComissão os vereadores Beto da Pipa, como vice-presidente; Carlos Macedo, Milton Cal e Padre Ri-cardo, como membros efetivos.

A pesca desenvolvida pela comunidade daPraia de Itaipu, na Região Oceânica, podeser tombada e considerada patrimônio cul-tural de natureza imaterial. A proposta é dovereador Renatinho, que debateu o projetode lei 263/2010 em audiência pública. Pes-cadores, vereadores e autoridades defen-deram a iniciativa como forma de garantir asobrevivência dos primeiros e de colaborarcom a preservação do ecossistema.

Fernando Guida, secretário municipal deMeio Ambiente, Recursos Hídricos e Sus-tentabilidade, disse que “preservar o micro-clima, microrregiões e ecossistemas é umdesafio no mundo inteiro. Um documentárioproduzido por Eliana Leite e Laura França,ambas do Conselho Regional de Engenha-ria, Arquitetura e Agronomia (Crea) sobre aatividade artesanal desenvolvida pela co-munidade foi exibido antes do debate. Anti-gos pescadores e integrantes da nova

geração foram unânimes ao defender o fimda pesca em larga escala praticada porgrandes embarcações na região.

— A pesca artesanal no mar e na laguna deItaipu, ali registrada há várias gerações, ga-rante não só uma profissão, mas um modode vida tradicional, associado às condiçõesambientais desses ecossistemas. Caracte-riza-se, principalmente, pelo uso de instru-mentos simples por pescadores autônomos,atuando sozinhos ou em parcerias, e pelosistema de remuneração através da divisãoda produção em partes — disse Renatinho.

O vereador José Augusto Vicente, moradorda região, também defendeu a proposta detombamento. “As antigas barracas de pes-cadores foram substituídas por restaurantese o ambiente está degradado. Encaminhei àAssembleia Legislativa uma sugestão paraque a pesca em larga escala fosse proibida

em todas as ensedas do estado”, conta JoséAugusto.— Itaipu sempre foi cobiçada pela especu-lação imobiliária, está de frente para Copa-cabana. Não queremos ser uma Icaraí e,sim, preservar nossa história — diz o presi-dente da Associação Livre dos PescadoresArtesanais da Praia de Itaipu (Alpapi), JorgeNunes de Souza, o Seu Chico.

Segundo relato de autoridades presentes àaudiência pública, o canal aberto pela Cons-trutora Veplan, que dividiu a praia ao meiocriando o loteamento de Camboinhas, con-tribuiu muito para a escassez do pescado.Faixas expostas nas galerias também pro-testaram contra a construção do emissáriosubmarino que pretende trazer o lixo indus-trial gerado no Complexo Petroquímico deItaboraí. Participaram, ainda, o professor deAntropologia da UFF, Fábio Reis; e repre-sentantes dos pescadores.

Pelo tombamento da pesca artesanal

Extração de mariscos afeta meio

ambiente Zaff lista para os catadores de mariscos as irregularidades que cometem afetando o ecossistema

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8 — Setembro de 2011

NO PLENÁRIO

Roberto Fernandes Jales, o Beto da Pipa,encaminhou a indicação 1.487/2011 àPrefeitura de Niterói sugerindo que sejamfeitas obras na Rua Lopes da Cunha, noCubango, destruída em decorrência dedesmoronamentos provocados pelas chu-vas de abril de 2010 . “Pedi urgência aoprefeito, uma vez que a rua está comacesso prejudicado há mais de um ano,com grande trecho do asfalto destruído erisco de desabamento de residências lo-calizadas na parte mais alta, como a denúmero 202”, diz o vereador.

Já na indicação 1.781/2011 ele pede atroca de lâmpadas na Rua Reverendo Ar-mando Ferreira, em frente ao número 170,no Largo da Batalha, que estão queima-das. “A troca foi solicitada por alunos eprofessores do Colégio Estadual LeopoldoFróes e por comerciantes da região. Éuma forma de inibir a ação de marginais ecolaborar com as autoridades da área desegurança pública”, destaca Beto.

O vereador Beto da Pipa também é presi-dente da Comissão Permanente de Urba-nismo, Transportes, Obras e ServiçosPúblicos da Câmara e vice-presidente daComissão de Meio Ambiente, Recursos Hí-dricos e Sustentabilidade.

2620-3179Gabinete [email protected]

Paulo Roberto de Mattos Bagueira Lealprotocolou o projeto de lei 221/2011 queconcede passe nos ônibus de Niterói, noshorários diurno e noturno, em todos osdias da semana, inclusive aos domingos eferiados, aos membros titulares dos Con-selhos Tutelares do município, quando es-tiverem em serviço das políticas deatendimento à criança e ao adolescente.

“Com a concessão do passe livre nostransportes coletivos, os conselheiros emserviço terão maior mobilidade para pres-tar o atendimento à política dirigida aoapoio dos direitos das crianças e adoles-centes, bem como para o efetivo cumpri-mento da Lei Federal 69, de 1990”,justifica Bagueira.

O uso da carteira de conselheiro tutelaré pessoal e intransferível, não podendoo conselheiro fazer uso do passe livrefora das suas atividades institucionais,sob pena de perda do mandato, mas ga-rantida sua ampla defesa. O ConselhoTutelar ficará responsável pela confecçãodas carteiras a serem assinadas pelopresidente do Conselho Municipal daCriança e do Adolescente e o represen-tante da Promotoria Privativa da Infânciae da Juventude.

2613-6765 Gabinete [email protected]

Milton Carlos da Silva Lopes, o Cal, apre-sentou o projeto de lei 251/2011 proibindo,quando da emissão de certidão negativade tributos municipais pela Prefeitura deNiterói, a citação das palavras "Sob AçãoFiscal". O artigo primeiro do projeto res-salta que a pessoa jurídica está inicial-mente sob fiscalização, portanto, nãoexistindo nenhuma irregularidade até o tér-mino das investigações.

“As empresas sofrem constrangimento eficam impossibilitadas de participarem deconcorrências públicas, o que causa enor-mes prejuízos financeiros. A imagem dasfirmas também fica comprometida e,mesmo que não venha a ser provado nadacontra elas, o estrago já foi feito”, explicao vereador Cal.

Como presidente da Comissão de Desen-volvimento Econômico e Indústria Navalda Câmara, ele continua acompanhandoo embate entre metalúrgicos e portuáriosque disputam áreas pertencentes ao Gru-pamento Aeromarítimo (GAM) e à Escolade Formação de Oficiais da Polícia Militar,na Ponta da Areia. Tanto o Porto de Nite-rói quanto estaleiros desejam expandirpara aquela área seus espaços de produ-ção e manobra.

2622-2911Gabinete [email protected]

Bagueira (PPS) Beto da Pipa (PMDB) Cal (PP)

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Carlos Alberto de Macedo protocolou juntoà Mesa Diretora da Casa o projeto de lei254/2011, vedando a distribuição de pu-blicações, filmes, ou qualquer tipo de ma-terial contendo orientações sobre adiversidade sexual nas escolas municipaisde Niterói.

O material a que se refere a lei é aqueleque contenha orientações sobre a práticada homoafetividade ou assunto correlato.“Hoje, se diz que as práticas homoafetivassão normais, em virtude do silêncio da-queles que disso discordam e em virtudeda influência exercida no mundo inteiro porhomossexuais importantes, declarados ounão. Tal fato não é verdade, pois até aque-les que praticam tais atos, sabem comoninguém que isso não é natural”, justifica oautor da lei.

O vereador, que é líder do governo naCasa, acrescenta que “os ensinamentos ea educação aplicadas durante a nossa in-fância, é que irão nortear toda nossa vida.Se durante essa fase tão importante co-meçarmos a receber informações sobre si-tuações que contrariam nossos conceitos,iremos, em breve, formar uma sociedaderepleta de pessoas com sérios distúrbiosde personalidade”.

2613-6814Gabinete [email protected]

Emanuel Jorge Mendes da Rocha tevepublicado em Diário Oficial seu projeto217/2010, agora transformado em lei, se-gundo a qual os mercados, supermerca-dos, hipermercados ou estabelecimentossimilares, que mantenham mais de trêscaixas registradoras para atendimentoaos consumidores, devem acomodar, emespaço único e de destaque, produtos ali-mentícios recomendados para pessoascom diabetes.

“Atualmente, estima-se que cerca de 240milhões de pessoas sejam diabéticas, oque significa que 6% da população têm adoença. O objetivo dessa lei é ofereceraos portadores de diabetes facilidadepara a localização dos produtos disponí-veis no mercado”, justifica o autor da lei.

Lembra o vereador que a diabetes é umadoença metabólica caracterizada peloaumento anormal da glicose no sangue.A glicose é a principal fonte de energiado organismo, mas quando em excesso,pode trazer várias complicações à saúde.

Emanuel Rocha é advogado e ocupa afunção de primeiro secretário da MesaDiretora na atual legislatura da Câmarade Vereadores.

2620-7313Gabinete [email protected]

Luiz Carlos Gallo de Freitas protocolou oprojeto de lei 158/2011 que determinasanções às práticas discriminatórias nosestabelecimentos comerciais, industriaise repartições públicas municipais contraas pessoas em virtude de sua orientaçãosexual. Entende-se por discriminaçãoimpor constrangimento; proibição de in-gresso ou permanência; atendimento se-lecionado; e preterimento quando daimposição de pagamento de mais de umaunidade, nos casos de hotéis e motéis.

Todos os estabelecimentos do municípioficam obrigados a afixarem em local dedestaque a frase “Nenhum estabeleci-mento pode discriminar pessoas emrazão de sua orientação sexual”.

“Existem cerca de 16 milhões de homos-sexuais no Brasil e, mesmo assim, o pre-conceito ainda acontece. O que oshomossexuais querem é apenas pode-rem exercer a sua capacidade de esco-lha livremente, sem se preocupar com adiscriminação e a violência que a homo-fobia gera na população. Isso cria dificul-dades para a vida dessas pessoas quesão cidadãos com direitos e deveres, enós não podemos nos omitir diante à dis-criminação”, explica o autor da lei.

2620-4729Gabinete [email protected]

Emanuel Rocha (PDT) Gallo (PDT)Carlos Macedo (PRP)

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10 — Setembro de 2011

João Gustavo Braga Xavier Pereiraaguarda análise das comissões ao projetode lei 231/2011, criando o Dia da Cons-cientização da Cardiopatia Congênita, aser lembrado anualmente em 12 de junho.

Cardiopatia congênita ocorre por uma al-teração no desenvolvimento embrionáriode uma estrutura cardíaca ou da funçãodo coração, que está presente no nasci-mento, podendo ser diagnosticada muitomais tarde.

“Através deste projeto pretendemos cons-cientizar as pessoas que devemos fazerexames logo que possível para diagnosti-carmos esta doença, que pode ter trata-mento intraútero, e tomar as medidascabíveis para uma qualidade de vida me-lhor para um possível portador”, explica overeador, que também preside a Comis-são de Saúde da Câmara.

Em alguns lugares, como São Paulo, MatoGrosso e Rio de Janeiro, o dia 12 de junhojá se tornou Dia de Conscientização da Car-diopatia Congênita. Os sintomas mais co-muns são cianose, falta de ar, dedos emforma de baqueta de tambor, sudorese ecansaço dos bebês durante as mamadas emodificações no formato do tórax.

2620-3732Gabinete [email protected]

José Augusto Tavares Vicente encami-nhou às comissões da Câmara o projetode lei 229/2011, estabelecendo condiçõespara o licenciamento anual de veículos detransporte coletivo e escolar. Se aprovado,a renovação, manutenção e cessão de au-torizações, permissões e concessõesficam condicionadas à obrigatoriedade deinstalação e uso do aparelho tipo tacó-grafo, que registra as velocidades do veí-culo.

Ficará a cargo do órgão responsável pelagestão dos serviços de transporte coletivono município, a verificação e fiscalizaçãoda exigência de que trata esta lei, bemcomo a devida leitura dos dados contidosnos discos gerados pelos tacógrafos.

“A presente lei visa proporcionar ao muni-cípio de Niterói a prerrogativa de melhorfiscalizar os serviços de transporte cole-tivo na cidade, prestados por ônibus, táxise veículos de transporte escolar, mediantea análise de dados importantes registra-dos ao longo dos percursos realizados porestes veículos”, explica José Augusto. Afiscalização deverá ser realizada periodi-camente, em prazo não superior a 30 dias,por autoridade designada pelo gestor dosserviços de transporte.

2613-6718Gabinete [email protected]

Leonardo Soares Giordano encaminhouao Departamento Legislativo da Câmarao projeto de lei 255/2011, instituindo nomunicípio de Niterói o dia 1º de marçocomo Dia Municipal da Dança.

Esta data, segundo proposta do legisla-dor, será comemorada anualmente comreuniões, palestras, passeatas e apre-sentações voltadas ao incremento daprática da dança pelos artistas e pela po-pulação em geral.

“A data foi escolhida em homenagem àfundação de uma das primeiras compa-nhias de dança do país: a Companhia deBallet da Cidade de Niterói, criada em 1ºde março de 1992, por iniciativa de umgrupo de niteroienses que objetivava aexistência de um importante núcleo ofi-cial de trabalho para bailarinos, profes-sores, coreógrafos e demais profissionaisligados ao universo da dança”, disseGiordano.

Sexta companhia pública criada no país,a Companhia de Ballet da cidade contaem seu quadro artístico com 30 bailari-nos aprovados em concursos públicos eleva o nome de Niterói em apresentaçõesde âmbito mundial, justifica o autor da lei.

2620-6754Gabinete [email protected]

José Augusto Vicente (PPS)João Gustavo (PMDB) Leonardo Giordano (PT)

NO PLENÁRIO

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Magaldi (PP) Padre Ricardo (PDT) Renatinho (PSOL)

Carlos Alberto Pinto Magaldi apresentou aindicação legislativa 1.745/2011. A inicia-tiva sugere à Secretaria Municipal deObras e Serviços Públicos que, junta-mente com a Niterói Trânsito e Transpor-tes (NitTrans), proíba o tráfego de veículospesados nos horários de maior movimentona Alameda São Boaventura, no Fonseca.

“Tal proibição faz-se necessária, já que otráfego de veículos pesados e caminhõesde grande porte pela principal via de liga-ção entre a Zona Norte e o Centro, dificultamuito a fluidez do trânsito, contribuindopara engarrafamentos e provocando vá-rios acidentes”, justifica Magaldi, que é pri-meiro vice-presidente da Câmara.

O vereador acrescenta, ainda, que apósas obras de implantação do Corredor Me-tropolitano, as pistas ficaram muito estrei-tas. “Na pista seletiva para os ônibus otrânsito está fluindo melhor, mas houve es-treitamento para as outras duas faixas”,explica Magaldi.

O vereador também acompanha as infor-mações sobre a proposta para construirum viaduto sobre a Alameda ligando aPonte ao Caramujo. “Seria o fim do co-mércio e da paz no Fonseca”, diz ele.

2622-9760 Gabinete [email protected]

Wilde Ricardo Rocha, o Padre Ricardo,deu entrada no projeto de lei 253/2011,que proíbe às empresas de ônibus de Ni-terói de incumbir aos motoristas a atribui-ção simultânea de dirigir e cobrarpassagem.

As empresas que descumprirem a lei es-tarão sujeitas à advertência escrita, na pri-meira notificação, e multa de R$ 10 mil emcaso de reincidência. Quem insistir na ir-regularidade poderá ter a permissão paraexplorar o serviço cassada.

“É absolutamente incompatível obrigar omotorista de transporte coletivo a cuidar dacobrança de passagens, receber dinheiro edar troco, diante do paradoxo gerado pelapressão do cumprimento de horários e aoconstante aumento do fluxo de veículos quecongestiona as ruas”, justifica o Padre Ri-cardo, autor da proposta de lei.

Os motoristas de ônibus, segundo levan-tamento realizado pela assessoria do ve-reador, pertencem a uma das categoriasque mais sofrem em sua missão, sendodetentores dos maiores índices de doen-ças do coração e psicossomáticas, devidoao estresse a que estão submetidos dia-riamente no trabalho.

2620-0196Gabinete [email protected]

Gezivaldo Ribeiro de Freitas, o Renatinho,apresentou o projeto de lei 198/2011 insti-tuindo o Programa Municipal de Xadreznas praças, parques e áreas de lazer deNiterói.

Este programa deverá promover, fomen-tar e estimular a prática do xadrez e atra-vés de uma ampla divulgação junto àsociedade.

“O xadrez é o segundo esporte mais prati-cado no mundo, abaixo apenas do futebol.É um grande impulsionador da imaginação,e também contribui para o desenvolvimentoda memória, da capacidade de concentra-ção e da velocidade de raciocínio. Foi cons-tatado que ele desempenha um importantepapel socializante, por ensinar a lidar com aderrota e com a vitória, mostrando que aderrota não é sinônimo de fracasso nem avitória de sucesso”, explica o vereador.

A Prefeitura terá que promover competi-ções oficiais anualmente, com a participa-ção, sempre que possível, de alunos detodas as escolas da rede pública munici-pal. O município poderá firmar convênioscom clubes, associações e federações quepratiquem o xadrez, para a promoção doensino e difusão nas praças públicas.

2620-5074Gabinete [email protected]

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12 — Setembro de 2011

Renato Cariello (PDT) Sérgio Fernandes(PDT)

Renato Ferreira de Oliveira Cariello apre-sentou o projeto de lei 124/2011. A inicia-tiva dispõe sobre a coleta e a destinaçãofinal dos resíduos provenientes de vidrosautomotivos descartados, ou daquelesoriundos do comércio varejista. A lei proi-birá o despejo desses resíduos junto como lixo doméstico, comercial e industrial eo lançamento e disposição a céu aberto.Impede também o despejo em rios, la-goas, praias, várzeas, terrenos baldios,subsolo e poços.

“Vale lembrar que o Poder Público, a po-pulação e as empresas têm a obrigaçãode assegurar o meio ambiente ecologica-mente equilibrado às gerações futuras.Essa medida vem ao encontro de umasérie de movimentos que tem ocorrido emtodo mundo”, diz Cariello.

Pesquisa do Instituto Autoglass Socioam-biental de Educação revela que, do totalde 1,5 milhão de parabrisas quebrados noBrasil anualmente, apenas 5% são reci-clados. Não existe estimativa de tempopara a decomposição do vidro, caso sejajogado na natureza. As empresas pode-rão, pela nova lei, efetuar a destinaçãofinal ou a reciclagem em instalações pró-prias ou mediante terceirização.

2620-7935Gabinete [email protected]

Rodrigo Flach Farah acompanha a trami-tação nas comissões permanentes do pro-jeto de lei 159/2011. Pela proposta osórgãos e entidades da administração pú-blica direta, indireta, autárquica e funda-cional do município de Niterói adotarão,preferencialmente, formatos abertos de ar-quivos para criação, armazenamento edisponibilização digital de documentos.

Formatos abertos de arquivos são aque-les que possibilitam a interoperabilidadeentre diversos aplicativos e plataformas,internas e externas. Os que permitem apli-cação sem quaisquer restrições ou paga-mento de royalties; e os que podem serimplementados, plena e independente-mente, por múltiplos fornecedores de pro-gramas de computador, em múltiplasplataformas, sem quaisquer ônus relativosà propriedade intelectual para a necessá-ria tecnologia.

Farah, que é presidente da Comissão deConstituição, Justiça e Redação Final,também aguarda aprovação do projeto delei 29/2011, obrigando as instituições ban-cárias a criarem caixas eletrônicos, portasespeciais e rampas de acesso apropriadasao uso de pessoas portadoras de defi-ciência física e visual.

2613-6832Gabinete [email protected]

Sérgio Fernando Damas Fernandesaguarda análise e liberação das comis-sões permanentes da Câmara ao projeto140/2010 de sua autoria. A proposta delei do segundo secretário da Câmara es-tabelece que as padarias, mercados esupermercados de Niterói, ofereçam ob-rigatoriamente aos consumidores a op-çãode fatiar os frios no ato da compra.

“O consumidor não pode ser obrigado aadquiri-los já fatiados previamente. Mui-tas vezes estão expostos há muito tempono balcão frigorífico. Quem faz esta soli-citação não pode passar pelo constrangi-mento de não ser atendido. O fatiamentoantecipado já é usual e facilita e agiliza oatendimento, é verdade. Mas não podeser a única opção”, explica Sérgio Fer-nandes.

Se for aprovada, essa lei somente poderáser aplicada pelos estabelecimentos quetenham um mínimo de 15 funcionários.Em julho o vereador teve aprovado o pro-jeto de lei 206/2010, que dispõe sobre aobrigatoriedade dos cinemas que exibemfilmes em terceira dimensão (3D) a pro-moverem a higienização dos óculos e de-mais equipamentos utilizados durantesuas sessões.

2613-6782Gabinete [email protected]

Rodrigo Farah (PRP)

NO PLENÁRIO

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Vitor Júnior (PT) Waldeck Carneiro (PT) Zaff (PDT)

José Vitor Vieira Bissonho Junior apre-sentou o projeto de lei 202/2011 que incluina lista de material escolar para alunos daeducação infantil a escova de dentes e ocreme dental.

“As escolas ficam obrigadas a incluir nalista de material esses itens fundamentaise, a cada trimestre, deverão emitir um co-municado aos pais dos alunos, lembrandoda importância da troca regular de escovade dentes e da verificação permanente dapresença da escova e do creme dental namochila da criança”, explicou o vereador.

Segundo especialistas, contaminações e in-fecções através da boca são comuns. Afalta de higiene dentária é um fator deter-minante para estes casos. Como forma deprevenir doenças originadas por parasitas,a União Metropolitana dos Estudantes doRio de Janeiro luta para que sejam incluí-dos a escova e o creme dental na lista.

“Esta lei tem como objetivo estabeleceruma medida profilática, criando o hábitoda escovação após as refeições. Portanto,o engajamento das escolas, através deuma atitude simples, pedagógica, semcusto, pode contribuir, em muito, à saúdebucal das crianças”, diz Vitor.

2613-6797Gabinete [email protected]

Waldeck Carneiro da Silva apresentou oprojeto de lei 194/2011, que torna obriga-tória a implementação de biblioteca esco-lar nas unidades da rede de ensino públicoe privado no município de Niterói.

Para administração e organização, cadabiblioteca deverá contar com um bibliote-cário formado em Curso de GraduaçãoPlena em Biblioteconomia. “Para que osobjetivos da educação sejam atingidos, énecessário que os recursos disponíveis naescola sejam plenamente adequados aodesafio da formação humana. Portanto,entre os diversos recursos educativos en-contra-se a biblioteca escolar, indispensá-vel ao desenvolvimento do processo deaprendizagem e à formação. A prática daleitura e a atividade de pesquisa são ex-tremamente facilitadas com a existênciade bibliotecas qualificadas”, explica o pro-fessor Waldeck.

Para efeito desta lei, compreende-se por bi-blioteca escolar o conjunto de acervo de li-vros, revistas, materiais videográficos eoutros documentos registrados em qualquersuporte destinados à consulta, à pesquisa,ao estudo ou à leitura. O vereador destacaa importância do bibliotecário, como gestorde acervos e animador cultural.

2621-0505Gabinete [email protected]

José Antônio Toro Fernandez, teve apro-vada e publicada em Diário Oficial a lei113/2011, obrigando que as placas deobra informem os números dos proces-sos e autorizações e licenças emitidaspela Secretaria Municipal de Meio Am-biente e Recursos Hídricos. A informaçãoquanto ao número do processo vale paraobras que envolvam licenças de instala-ção, desmonte e demolição; a autoriza-ções de retirada de vegetação erecebimento de aterro.

“Este projeto visa dar maior publicidade etransparência à municipalidade sobre li-cenças concedidas pelos órgãos munici-pais e estaduais para obras realizadas nomunicípio, orientando e facilitando os ór-gãos fiscalizadores a verificar a regulari-dade de empreendimentos”, explica Zaff.

As placas deverão ser colocadas emlocal visível e de tamanho que possibili-tem às pessoas as enxergarem, de formaclara e legível. “Essa lei é mais um ins-trumento eficaz à disposição do povo edas autoridades. A lei em questão é maisum instrumento eficaz à disposição dopovo e das autoridades”, disse Zaff, quepreside a Comissão de Meio Ambiente,Recursos Hídricos e Sustentabilidade.

2620-1321Gabinete [email protected]

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14 — Setembro de 2011

Atores, bailarinos, músicos, pintores, poetas,escritores e demais integrantes das mais di-versas formas de expressão cultural, participa-ram de um dia inteiro de atividades na Câmarade Niterói. No dia dedicado ao Folclore, bran-cos, negros e índios juntaram-se para celebrara cultura em suas diferentes correntes. As de-pendências externas e internas do Legislativoganharam novas cores e significados.

As escadarias da entrada principal foram lava-das por integrantes do Instituto Zezeu de Ca-poeira Livre, marcando a união simbólica detodas as vertentes artísticas da cidade. Oevento foi organizado pelo Conselho Municipalde Cultura e pela Comissão de Educação eCultura da Câmara, presidida pelo vereadorVitor Junior, e pretendeu montar um painel dastradições e da produção artística de Niterói.

No palco montado na frente do prédio, apre-sentam-se a banda da Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais (Apae), com seus 27integrantes; e a Companhia de Dança MuanzaMesú, com os alunos do professor Alê de Frei-tas. O Coral da Companhia de Limpeza de Ni-terói (Clin) veio em seguida cantando sucessosda Música Popular Brasileira. Alunos da EscolaMunicipal Levi Carneiro, do Sapê, cantaram esapatearam. A oficina de dança ministrada pelo

Jongo Congola, da Tia Noinha,de Campos dos Goytacazes,veio ensinar os interessados adarem os primeiros passos nastradicionais danças afro e con-tar um pouco da história dosnegros africanos e sua cultura.Índios montaram mesas comartesanato e produtos medici-nais produzidos a partir da floranativa brasileira.

Já no saguão de entrada forammontados espaços para expo-sições de artesanato indígenae reciclado, venda de livros pro-duzidos pela editora da Univer-sidade Federal Fluminense eum estande especial em home-nagem aos 99 anos do jorna-lista e escritor Luís AntônioPimentel, homenageado pelosvereadores no início do mês

durante a festa de 192 anos da Câmara . Poe-sia e pintura também fizeram parte da progra-mação. Também integram a Comissão deCultura da Câmara os vereadores WaldeckCarneiro, como vice-presidente; e os colegasCarlos Macedo, Padre Ricardo e Sérgio Fer-nandes, como membros efetivos.

O grupo de baianas lava as escadarias da Câmara Municipal ao

som dos berimbaus e tambores do grupo de danças africanas

Uma audiência pública convocada pelo ve-reador Vitor Junior, presidente da Comissãode Cultura da Câmara, e que contou com apresença do vice-prefeito José Vicente Filho,fez uma radiografia do setor. “É fundamentalque tenhamos um Plano Municipal de Culturae uma agenda positiva com diversas frentes”,disse o vereador. O presidente da Fundaçãode Artes de Niterói (FAN), Marcus Sabino,disse que, como artista, sempre representaráNiterói, mas destacou que, como gestor, en-frenta “lutas dificílimas.

— O incentivo dado pelas três esferas depoder é muito pequeno. Assistimos todo anoas dificuldades para colocar o carnaval na rua—, lembrou o vereador Carlos Magaldi.

Leonardo Giordano cobrou “um Conselhoatuante e independente, um plano de curto,médio e longo prazo e a criação do Fundo deCultura”. Waldeck Carneiro e Renatinho tam-bém cobraram maior investimento. “Os ges-tores da área até que são emblemáticos ecomprometidos com a causa. Mas não têm

apoio algum. Basta ver a situação da Compa-nhia de Balé, da Orquestra Sinfônica da UFF,do Cinema Icaraí e de tantas outras iniciativase manifestações culturais da maior relevânciaque vivem de pires na mão”, disse Waldeck.

Durante o encontro, foram apresentados osintegrantes do Conselho Municipal de Cultura,presidido por Sadir Bianchini. Participaram damesa também Delmar Cavalcanti, da Secre-taria Estadual de Cultura, e Reginaldo Maga-lhães, do Ministério da Cultura.

Cultura é debatida em audiência pública

Folcloretem um dia de festa

NA COMUNIDADE

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A greve dos professores da rede municipal movimentou a Câmara deVereadores em agosto. Recebidos no gabinete da Presidência pela Co-missão de Educação e Cultura, os professores conseguiram agendaruma audiência pública onde puderam expor críticas e, por intermédio di-reto dos vereadores, marcar um encontro com o prefeito Jorge RobertoSilveira, que acabou não acontecendo. Os professores pedem reposi-ção das perdas salariais para toda a categoria, incluindo o pessoal deapoio; melhores condições de trabalho e mais transparência nos atos daFundação Municipal de Educação (FME).

Em nota enviada aos vereadores, a FME alega que a política salarial domunicípio tem priorizado a “ampliação da rede, a qualidade do atendi-mento aos alunos e a valorização dos servidores”. Ainda segundo o in-forme, a média salarial de um professor I é de R$ 2.302, para uma cargahorária de 24 horas. Os professores nível II recebem em média R$ 2.526,

por 16 horas; e pedagogos, com carga de 20 horas, têm salário médio deR$ 2.624. Os merendeiros, com jornada de 40 horas, recebem em médiaR$1.140. Fechando o comunicado, datado de 3 de setembro, a FME as-segura que, de 2009 a 2011, os professores tiveram um reajuste salarialda ordem de 33,38%.

Sem debate - Por não terem sido recebidos pela Prefeitura, re-presentantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação in-vadiram o plenário da Câmara quando se discutia a emendaconstitucional 58, que deixa para os legislativos municipais a tarefa defixar seu número de vereadores. A atitude foi criticada pela maioria dospresentes. “Se não foram recebidos e queriam novamente nosso apoiotomaram a decisão errada ao promoverem tumulto e invasão do ple-nário. Não foi um comportamento correto para educadores”, lamentouo presidente Bagueira.

Professores pedem mais para Educação

A Câmara tem prazo até o início de outubro para definir o número devereadores para a próxima legislatura. Pela emenda constitucional 58,de 23 de setembro de 2009, o Legislativo de cada município recebeua missão de definir a quantidade de legisladores em suas cidades. ACâmara terá que decidir se mantém o número atual de 18 vagas, se re-torna a 21 como antes ou se chega a 25, o teto máximo.

Os vereadores realizaram uma audiência pública, dia 30 de agosto,que acabou sendo interrompida. “De forma democrática, sem que a leinos obrigue, votamos, aprovamos e fizemos a audiência pública sobretema tão relevante para a cidade. Foi lamentável a interrupção dos de-bates pelos professores em greve. O plenário estava lotado com a pre-sença de presidentes de partido, ex-deputados, vereadores,representantes da sociedade civil e gente do povo. Foi uma pena nãotermos podido aprofundar a discussão”, disse o presidente do Legisla-tivo, vereador Paulo Bagueira.

Por conta da necessidade de duas votações com interstício (espaço detempo regimental) de dez dias entre uma e outra, talvez não seja pos-sível a realização de nova audiência pública. “Vamos promover reu-niões internas com todos os vereadores para buscarmos um consenso.Queremos chegar ao plenário com uma posição definida quanto ao nú-mero de vereadores para 2013. Vale destacar que, mesmo aumen-tando esse número, seja ele qual for, o orçamento da Câmara será o

mesmo. Não receberemos nenhum repasse a mais”, explica Bagueira.

Estudo técnico - Antecipando-se ao debate, a Procuradoria-Geral da Câmara elaborou estudo detalhado para tentar dirimir dúvidasde partidos, vereadores e interessados no tema. “Antes da promulga-ção da emenda, os municípios podiam ter um mínimo de nove e ummáximo de 21 legisladores nas cidades com até um milhão de habi-tantes. Até cinco milhões esse número variava entre 33 e 41 vereado-res. O teto chegava a 55 nos lugares com mais de cinco milhões. AConstituição da República, agora, está devolvendo aos legislativos mu-nicipais o direito de modificar a Lei Orgânica e definir o número de ve-readores”, disse o procurador-geral Gastão Menescal Carneiro Filho.

Outro ponto da emenda constitucional é o que modificou o critério derepasses das prefeituras. Os limites variavam de 5% a 8% da receitamunicipal e, agora, diminuíram ficando entre 3,5% e 7%. Ressalta Gas-tão Filho que qualquer mudança nas regras eleitorais deve ser feita umano antes das próximas eleições.

Númerode vereadoresem votação

O QUE DIZ A EMENDA 58Até 15 mi l habitantes 9 vereadores

Mais de 15 mi l até 30 mi l 11 vereadores

Mais de 30 mi l até 50 mi l 13 vereadores

Mais de 50 mi l até 80 mi l 15 vereadores

Mais de 80 mi l até 120 mi l 17 vereadores

Mais de 120 mi l até 160 mi l 19 vereadores

Mais de 160 mi l até 300 mi l 21 vereadores

Mais de 300 mi l até 450 mi l 23 vereadores

Mais de 450 mi l até 600 mi l 25 vereadores

ANTESO número de vereadoresde cada cidade eradefinido pelo Supremo Tribunal Federal

AGORAO Poder Legislativo localdefine a quantidade decadeiras na Câmara deVereadores

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Page 16: Camara Revista SETEMBRO2011 CAMARA NITEROI ...camaraniteroi.rj.gov.br/site/sala-imprensa/revista/...mara de Vereadores. Página 5 CÂMARA REVISTA em INFORMATIVO MENSAL DA CÂMARA DE

A histórica frase “Se é para o bem de todose felicidade geral da nação, digam ao povoque fico”, pronunciada em 9 de janeiro de1822 por Dom Pedro I, desobedecendo asordens da Coroa portuguesa que exigia seuretorno imediato a Portugal, começou a serconstruída também na Vila Real da PraiaGrande, atual município de Niterói. O cha-mado Dia do Fico, que nove meses depoislevaria à Independência do Brasil, passoupelo empenho e colaboração de vereadores,políticos e intelectuais da cidade. Informa-ções levantadas no Arquivo Histórico e Do-cumental da Câmara de Vereadoresmostram que, das mais de oito mil assinatu-ras populares favoráveis à permanência doimperador no Brasil, pelo menos três milforam conseguidas nas terras de MartimAfonso de Souza, o Araribóia.

Feito o trabalho de convencimento e coletadas assinaturas — certamente com a cau-tela que o tema merecia por configurar umasubversão às ordens impostas pelo rei dePortugal —, coube ao procurador-geral daCâmara, Francisco Faria Homem, levar odocumento para José Clemente Pereira, an-tigo presidente da Câmara da Vila Real eentão presidente do Senado. Alguns histo-riadores garantem que Dom Pedro proferiu acélebre frase olhando diretamente para JoséClemente na janela do Paço Imperial, naPraça XV de Novembro, Centro do Rio deJaneiro.

A tensão política que culminaria, maisadiante, com o grito do Ipiranga pregando“independência ou morte” começou com aintenção de Portugal em retornar o Brasil àcondição de colônia, deixando de ser vice-reinado. As elites brasileiras, tendo à frenteo setor agrário, não aceitaram tal alternativa.

Naquele momento as elites dominantes lo-cais tinham interesse na manutenção das li-berdades comerciais que o Brasil, nacondição de vice-reino, havia alcançado. Talstatus só foi possível por conta da vinda dafamília real portuguesa que fugira da Europaem guerra. A pressão interna desfavorávelao retorno de Dom Pedro e ao chamadoPacto Colonial saiu vitoriosa.

Embora a coleta de assinaturas tenha sidorealizada em diversas cidades brasileiras,como Minas, São Paulo e Rio de Janeiro, acolaboração da classe política niteroiense foide grande valia. No dia anterior ao “Fico”,José Bonifácio de Andrade e Silva publicouno Jornal Gazeta do Rio de Janeiro umacarta criticando a decisão da corte portu-guesa. Bonifácio era membro do governoprovisório. A importância de José Clementeno episódio foi vista como fundamental pelainfluência que exercia sobre a classe polí-tica. O Dia do Fico fortaleceu a Independên-cia do Brasil. José Clemente Pereira liderou

o grupo que levou ao príncipe regente ummanifesto favorável a sua permanência. Re-digido por Gonçalves Ledo “em nome dopovo”, pedia que as ordens portuguesas nãofossem cumpridas. José Clemente era ba-charel em Direito, formado pela Universi-dade de Coimbra e muito influente junto aDom Pedro. Em 12 de outubro de 1822, pas-sados 35 dias da declaração de Indepen-dência, a Câmara realizou sessão solenepara aclamar o imperador Pedro I e expres-sar, oficialmente, adesão total à indepen-dência do Império, na forma de monarquiaconstitucional.

Essas e outras curiosidades históricas sobre acidade podem ser pesquisadas no Arquivo Ad-ministrativo e Pesquisa Divaldo Aguiar Lopes,da Câmara de Vereadores. São mais de 2,3milhões de documentos, sendo 11.492 delesconsiderados de altíssimo valor documental. OArquivo está aberto à visitação, bastando queseja feita a solicitação ao Gabinete da Presi-dência, que é liberada no mesmo dia.

16 — Setembro de 2011

NA HISTÓRIANA HISTORIA

Dom Pedro I na sacada do Paço Imperial pronuncia a célebre frase do Fico, que resultou na Independência

Apoio de Niterói foi decisivo para o ‘Fico’

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