cÁlculo tÉcnico

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CÁLCULO TÉCNICO

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Page 1: CÁLCULO TÉCNICO

CÁLCULO TÉCNICO

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SENAI-RS – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO SUL

CONSELHO REGIONAL

Presidente NatoFrancisco Renan O. Proença – Presidente do Sistema FIERGS

Conselheiros Delegados das Atividades Industriais – FIERGS

Titulares SuplentesManfredo Frederico Koehler Deomedes Roque TaliniAstor Milton Schmitt Arlindo PaludoValayr Hélio Wosiack Pedro Antônio G. Leivas Leite

Representantes do Ministério da Educação

Titular SuplenteEdelbert Krüger Aldo Antonello Rosito

Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego

Titular SuplenteNeusa Maria de Azevedo Elisete Ramos

Diretor do Departemento Regional do SENAI-RSJosé Zortéa

DIRETORIA REGIONAL DO SENAI-RS

José Zortéa – Diretor RegionalPaulo Fernando Presser – Diretor de Educação e TecnologiaJorge Solidônio Serpa – Diretor Administrativo-Financeiro

Page 3: CÁLCULO TÉCNICO

3

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

CÁLCULO TÉCNICO

Porto Alegre

2004

Page 4: CÁLCULO TÉCNICO

4

Cálculo Técnico

2004, SENAI-RS

Trabalho organizado por técnicos do Centro Tecnológico de Mecânica de PrecisãoPlínio Gilberto Kroeff, sob a coordenação, orientação e supervisão da Unidade deNegócios em Educação Profissional de Nível Básico e da Diretoria de EducaçãoTecnológica do Departamento Regional do SENAI-RS

Coordenação Geral Paulo Fernando Presser DET

Coordenação Técnica Jaures de Oliveira DET/UNEP

Coordenação Local Boaz Ungaretti CETEMP

Revisão técnica Boaz UngarettiMaria Inês da Silveira Daudt

Diretor/CETEMPProfessora/CETEMP

Digitação, formatação erevisão lingüística egramatical Regina Maria Recktenwald consultora

Normalização bibliográfica Nelson Oliveira da Silva Bibliotecário/CETEMP

Produção gráfica CEP SENAI de Artes Gráficas Henrique d' Ávila Bertaso

SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do SulAv. Assis Brasil, 8787 – Bairro Sarandi91140-001 – Porto Alegre, RSTel.: (51) 3347-8697 Fax: (51) 3347-8813 e-mail: [email protected]

SENAI – Instituição mantida e administrada pela Indústria.

A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico, fotocópia degravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, deste Departamento Regional.

S 491cSENAI.RS. Cálculo Técnico. Porto Alegre: Unidade de Negóciosem Educação Profissional / Diretoria de Educação e Tecnologia,SENAI, 2004. 145 p. il.

1. Matemática I. Título

CDU - 51

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS............................................................................................................11

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................13

1 CONTAGEM E NUMERAÇÃO .........................................................................................151.1 SISTEMA DECIMAL DE NUMERAÇÃO.........................................................................151.2 LINGUAGEM ESCRITA E FALADA ...............................................................................171.3 VALOR ABSOLUTO E VALOR RELATIVO DE UM ALGARISMO..................................171.4 EXERCÍCIOS.................................................................................................................18

2 OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS COM NÚMEROS NATURAIS .......................................192.1 ADIÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS .............................................................................192.1.1 Propriedades fundamentais da adição ....................................................................192.1.2 Regra prática para efetuar a adição .........................................................................192.1.3 Como conferir uma soma .........................................................................................202.2 SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS .....................................................................202.2.1 Regra prática para efetuar a subtração ...................................................................202.2.3 Como verificar se a subtração está certa ...............................................................212.3 MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS...............................................................212.3.1 Propriedades fundamentais da multiplicação.........................................................222.3.2 Regras práticas para efetuar a multiplicação..........................................................222.3.3 Como verificar se a multiplicação está certa ..........................................................232.4 DIVISÃO DE NÚMEROS NATURAIS.............................................................................242.4.1 Propriedades gerais da divisão................................................................................242.4.2 Regras práticas para efetuar a divisão ....................................................................252.4.3 Como verificar se a divisão está correta .................................................................27

3 NÚMEROS DECIMAIS .....................................................................................................313.1 LEITURA DOS NÚMEROS DECIMAIS ..........................................................................313.2 COMPOSIÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE NÚMEROS DECIMAIS ..................................323.3 COMPARAÇÃO DE NÚMEROS DECIMAIS ..................................................................323.3.1 Primeiro caso ............................................................................................................333.5 EXERCÍCIOS.................................................................................................................43

Page 6: CÁLCULO TÉCNICO

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4 MÚLTIPLO DE UM NÚMERO E DIVISIBILIDADE.............................................................474.1 MÚLTIPLO DE UM NÚMERO ........................................................................................474.2 DIVISIBILIDADE.............................................................................................................474.2.1 Divisibilidade por 2 ...................................................................................................474.2.2 Divisibilidade por 3 ...................................................................................................474.2.3 Divisibilidade por 4 ...................................................................................................474.2.4 Divisibilidade por 5 ...................................................................................................474.2.5 Divisibilidade por 6 ...................................................................................................474.2.6 Divisibilidade por 9 ...................................................................................................484.2.7 Divisibilidade por 10..................................................................................................484.3 NÚMERO PRIMO...........................................................................................................484.4 MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM ........................................................................................484.5 EXERCÍCIOS.................................................................................................................49

5 FRAÇÕES ORDINÁRIAS .................................................................................................515.1 LEITURA DE FRAÇÕES................................................................................................515.2 TIPOS DE FRAÇÕES ....................................................................................................535.2.1 Fração própria ...........................................................................................................535.2.2 Fração imprópria .......................................................................................................535.2.3 Fração aparente (imprópria) .....................................................................................545.2.4 Número misto ............................................................................................................545.3 TRANSFORMAÇÃO DE NÚMERO MISTO EM FRAÇÃO IMPRÓPRIA E VICE-

VERSA..........................................................................................................................545.4 FRAÇÕES EQUIVALENTES..........................................................................................545.5 SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES....................................................................................545.6 REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MESMO DENOMINADOR .............................................555.7 COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES .....................................................................................565.7.1 Frações de mesmo denominador.............................................................................565.7.2 Frações de mesmo numerador ................................................................................575.7.3 Frações de numeradores e denominadores diferentes ..........................................575.8 ADIÇÃO DE FRAÇÕES .................................................................................................585.8.1 Frações de mesmo denominador.............................................................................585.8.2 Frações de denominadores diferentes ....................................................................585.9 SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES.........................................................................................585.9.1 Frações de mesmo denominador.............................................................................585.9.2 Frações de denominadores diferentes ....................................................................595.10 MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES ................................................................................595.11 DIVISÃO DE FRAÇÕES...............................................................................................595.12 CONVERSÃO DE FRAÇÕES ......................................................................................605.12.1 Conversão de frações ordinárias em números decimais .....................................605.12.2 Conversão de números decimais em frações ordinárias ou números mistos ...60

Page 7: CÁLCULO TÉCNICO

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6 REGRA DE TRÊS.............................................................................................................616.1 REGRA DE TRÊS SIMPLES..........................................................................................616.2 REGRA DE TRÊS SIMPLES DIRETA............................................................................626.3 REGRA DE TRÊS SIMPLES INVERSA .........................................................................626.4 EXERCÍCIOS.................................................................................................................646.5 PORCENTAGEM...........................................................................................................656.5.1 Exercícios ..................................................................................................................67

7 UNIDADE DE MEDIDA DE COMPRIMENTO ...................................................................697.1 O METRO E SEUS MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS....................................................697.2 UNIDADES DE MEDIDAS MENORES QUE O MILÍMETRO..........................................717.3 TRANSFORMAÇÃO DE MEDIDAS ...............................................................................737.4 POLEGADA ...................................................................................................................757.5 CONVERSÃO DE POLEGADAS EM MILÍMETROS E VICE-VERSA.............................757.6 EXERCÍCIOS.................................................................................................................767.7 PAQUÍMETRO...............................................................................................................787.7.1 Princípio do Vernier de 0,1 mm ................................................................................787.7.2 Paquímetro – Sistema inglês ordinário ...................................................................807.7.3 Uso do Vernier (Nônio) .............................................................................................807.7.4 Exercícios ..................................................................................................................847.7.5 Exemplos de paquímetros ........................................................................................85

8 GEOMETRIA PLANA .......................................................................................................878.1 POLÍGONO....................................................................................................................878.1.1 Polígono regular........................................................................................................878.1.2 Polígono irregular .....................................................................................................878.2 PERÍMETRO..................................................................................................................878.3 CÁLCULO DA ÁREA DE FIGURAS PLANAS ................................................................898.4 TRANSFORMAÇÃO DE UNIDADES DE MEDIDA DE SUPERFÍCIE.............................918.5 MODO PRÁTICO DE CALCULAR ÁREAS ....................................................................948.5.1 Área do retângulo......................................................................................................948.5.2 Área do quadrado......................................................................................................958.5.3 Área do paralelogramo .............................................................................................978.5.4 Área do triângulo.......................................................................................................988.5.5 Área do trapézio ........................................................................................................998.5.6 Área do losango ........................................................................................................998.5.7 Área do círculo ........................................................................................................1008.6.1 Exercícios ................................................................................................................1028.7.1 Aplicação da tabela de constante ..........................................................................1038.8 ÂNGULOS ...................................................................................................................1048.8.1 Ângulos consecutivos ............................................................................................104

Page 8: CÁLCULO TÉCNICO

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8.8.2 Ângulos adjacentes.................................................................................................1058.8.3 Bissetriz ...................................................................................................................1058.8.4 Ângulos opostos pelo vértice ................................................................................1058.8.5 Ângulo reto ..............................................................................................................1068.8.6 Ângulo agudo ..........................................................................................................1068.8.7 Ângulo raso .............................................................................................................1068.8.8 Ângulos complementares, suplementares e replementares ................................1078.8.9 Medidas de ângulos ................................................................................................1078.8.10 Adição de ângulos.................................................................................................1078.8.11 Subtração de ângulos ...........................................................................................1088.9 TEOREMA DE PITÁGORAS........................................................................................1098.9.1 Exercícios – Relação de Pitágoras.........................................................................110

9 GEOMETRIA ESPACIAL................................................................................................1119.1 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS (FIGURAS ESPACIAIS) ...................................................1119.1.1 Prismas ....................................................................................................................1129.1.2 Pirâmides .................................................................................................................1139.1.3 Cilindro, cone e esfera ............................................................................................1149.2 CÁLCULO DO VOLUME DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS .........................................1159.2.1 Mudança de unidades de volume...........................................................................1169.2.2 Cálculo de volumes.................................................................................................1169.2.3 Formulário para o cálculo de volumes ..................................................................120

10 TRIGONOMETRIA........................................................................................................12110.1 SENO DE UM ÂNGULO AGUDO...............................................................................12210.1.1 Exercícios ..............................................................................................................12310.2 CO-SENO DE UM ÂNGULO AGUDO ........................................................................12410.2.1 Exercícios ..............................................................................................................12510.3 TANGENTE DE UM ÂNGULO ...................................................................................12610.3.1 Exercícios ..............................................................................................................12610.4 CO-TANGENTE DE UM ÂNGULO AGUDO ...............................................................12710.4.1 Exercícios ..............................................................................................................12710.5 APLICAÇÃO PRÁTICA ..............................................................................................12810.5.1 Exercícios ..............................................................................................................128

11 UNIDADE DE MEDIDA DE CAPACIDADE....................................................................13511.1 DISTINÇÃO ENTRE CAPACIDADE E VOLUME........................................................13511.1.1 Transformação de medidas ..................................................................................13511.2 MEDIDA DE MASSA..................................................................................................13711.2.1 Unidade fundamental ............................................................................................13711.2.2 Mudança de unidade .............................................................................................137

Page 9: CÁLCULO TÉCNICO

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11.2.3 Exercícios ...............................................................................................................13811.3 MASSA ESPECÍFICA ................................................................................................138

12 VELOCIDADE DE CORTE - Vc ....................................................................................14112.1 ROTAÇÕES...............................................................................................................14112.2 DESIGNAÇÃO ...........................................................................................................14212.3 TABELA .....................................................................................................................144

REFERÊNCIAS .................................................................................................................145

Page 10: CÁLCULO TÉCNICO

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Page 11: CÁLCULO TÉCNICO

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Polias ..................................................................................................................63Figura 2 – Diâmetro de polias ..............................................................................................63Figura 3 – Engrenagens de polias........................................................................................64Figura 4 − Paquímetro .........................................................................................................78Figura 5 − Escala .................................................................................................................78

Figura 6 − Nônio ..................................................................................................................79Figura 7 – Escala nônio .......................................................................................................79Figura 8 – Posição 0,1 ........................................................................................................79Figura 9 – Posição 0,2 ........................................................................................................79Figura 10 – Posição 0,3 .......................................................................................................79Figura 11 – Sistema Inglês Ordinário ...................................................................................80Figura 12 – Posição 1/16” ....................................................................................................80Figura 13 - Posição 1/8” .......................................................................................................80Figura 14 – Posição 5/8” ......................................................................................................80Figura 15 - Nônio em polegadas ..........................................................................................80Figura 16 - Nônio e escala em polegadas ............................................................................81Figura 17 – Posição 1/128” ..................................................................................................81Figura 18 – Posição 1/64” ....................................................................................................81Figura 19 – Posição 3/128” ..................................................................................................81Figura 20 - Posição 33/128” .................................................................................................82Figura 21 - Posição 45/64” ...................................................................................................82Figura 22 - Posição 49/128” .................................................................................................82Figura 23 - Posição 37/64” ...................................................................................................83Figura 24 - Posição 13/32” ...................................................................................................83Figura 25 - Posição 1 39/128” .............................................................................................83Figura 26 − Medição interna.................................................................................................85

Figura 27 − Medição externa................................................................................................85

Figura 28 − Medição de profundidade..................................................................................85

Figura 29 − Paquímetro de profundidade .............................................................................85Figura 30 – Paquímetro com bicos longos, para medição em posição profunda ..................85Figura 31 − Paquímetro de altura.........................................................................................86

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Figura 32 − Paquímetro de altura equipado com relógio comparador ..................................86

Figura 33 − Paquímetro de nônio duplo para medição da espessura de dente deengrenagem.......................................................................................................86

Figura 34 – Ângulo Ô .........................................................................................................104Figura 35 – Ângulos consecutivos......................................................................................105Figura 36 – Ângulos adjacentes .........................................................................................105Figura 37 – Bissetriz...........................................................................................................105Figura 38 – Ângulos opostos pelo vértice...........................................................................106Figura 39 – Ângulo reto......................................................................................................106Figura 40 – Ângulo agudo ..................................................................................................106Figura 41 – Ângulo raso .....................................................................................................106Figura 42 – Triângulo retângulo .........................................................................................109Figura 43 − Quadrados dos catetos ...................................................................................109

Figura 44 − Retângulo e suas dimensões ..........................................................................111

Figura 45 − Retângulo e suas dimensões em posição alternada........................................111

Figura 46 − Figura geométrica ...........................................................................................112

Figura 47 − Prisma.............................................................................................................112

Figura 48 − Prismas retos ..................................................................................................113

Figura 49 − Pirâmide..........................................................................................................113

Figura 50 − Nomes das pirâmide........................................................................................114

Figura 51 − Cilindro............................................................................................................114

Figura 52 − Cone ...............................................................................................................114

Figura 53 − Esfera..............................................................................................................115Figura 54 - Volumes...........................................................................................................115Figura 55 – Litro .................................................................................................................136

Page 13: CÁLCULO TÉCNICO

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INTRODUÇÃO

Em grego mathema vem da raiz manthanein, que quer dizer aprendizagem.

Este fascículo tem caráter instrumental. Serve como um conjunto de ferramentas eestratégias para serem aplicadas a diversas áreas do conhecimento, assim comopara a atividade profissional.

Elaborado de forma concisa e clara, trata-se de valioso subsídio em sala de aula,que permite otimizar a gestão de tempo e o rendimento do grupo, transformando-seem ferramenta essencial para o desempenho do professor, assim como promover apreparação do aluno para que execute os cálculos matemáticos básicos necessáriosà interpretação e ao pleno desempenho na execução de projetos, operacionalizaçãode máquinas, ferramentas e equipamentos para a confecção de produtos industriais.

Page 14: CÁLCULO TÉCNICO

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1 CONTAGEM E NUMERAÇÃO

Números naturais são todos os números inteiros e positivos do zero até o infinito (∞).

1.1 SISTEMA DECIMAL DE NUMERAÇÃO

Os objetos podem ser contados em grupos maiores ou menores, conforme aconveniência. Assim, contam-se ovos em dúzia, pentes em centos, grampos emgrosas. Dúzias e centos passam a ser base de contagem. Quando se compram duasdúzias de ovos, deve-se receber duas vezes uma dúzia.

Nem sempre é fácil avaliar um total quando não se tem com que compará-lo. Ohábito de comparar as quantidades contadas nos dedos das mãos talvez tenhacontribuído para que se estabelecesse o sistema decimal de numeração.

No sistema decimal de numeração, a base de contagem é dez. Logo, sãonecessárias 10 unidades para formar uma dezena ( )10110 =× , dez dezenas paraformar uma centena ( )1001010 =× e dez centenas para formar uma unidade demilhar ( )100010010 =× .

O sistema decimal representa as quantidades usando a regra da posição decimal.Cada posição indica um tipo de grupo: unidade, dezenas, centenas, milhar etc., ecada algarismo indica a quantidade de grupos:

{ }∞= ,.....5,4,3,2,1N

1000100101

Page 16: CÁLCULO TÉCNICO

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Um número com um algarismo: por exemplo, o algarismo 2, só tem uma posição: é aposição das unidades. As outras posições aparecem à esquerda da posição dasunidades.

Posição dasunidades

2

Um número com dois algarismos – como 82 – tem duas posições: a das unidades edas dezenas, que fica logo à esquerda da posição das unidades. Isso indica que adezena vale 10 vezes mais que a unidade.

posição dasdezenas

posição dasunidades

8 2

Um número com três algarismos – como 982 – tem três posições: a das unidades, adas dezenas e a das centenas. A posição das centenas fica logo à esquerda daposição das dezenas. Isso indica que a centena vale 10 vezes mais que a dezena.

Posição dascentenas

posição dasdezenas

posição dasunidades

9 8 2

Um número com quatro algarismos – como 1 982 – tem quatro posições: a dasunidades, a das dezenas, a das centenas e a das unidades de milhar. Logo àesquerda da posição das centenas fica a posição das unidades de milhar. Issoindica que a unidade de milhar vale 10 vezes mais que a centena.

Posição dasunidades de

milharposição das

centenasposição das

dezenasposição das

unidades

1 9 8 2

Cada posição representa um grupo que é 10 vezes maior que o grupo que fica naposição logo à direita. Por exemplo, a centena é 10 vezes maior do que a dezena.

unidadesde milhar centenas dezenas unidades

A isso se chama regra da posição decimal. Ao utilizá-la, pode-se usar mais posiçõescolocando novos algarismos para a esquerda; as posições representam grupos cadavez maiores.

Page 17: CÁLCULO TÉCNICO

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No exemplo a seguir estão marcadas as posições do número 71 329 081 (setenta eum milhões, trezentos e vinte e nove mil e oitenta e um).

7 dezenasde milhão

1 unidadede milhão

3 centenasde milhar

2 dezenasde milhar

9 unidadesde milhar

0 centenas 8 dezenas 1 unidade

7 1 3 2 9 0 8 1campo do milhão campo do milhar campo da centena

1.2 LINGUAGEM ESCRITA E FALADA

A decomposição de um número em classes de três algarismos é feita com umpequeno intervalo entre os algarismos que separam as classes. Não se deve usarsinais, como o ponto ou a vírgula. Vejam-se os exemplos:

85 307 → lê-se oitenta e cinco mil, trezentos e sete (unidades).9 666 201 → lê-se nove milhões, seiscentos e sessenta e seis mil e duzentos e um(unidades).3 567 908 315 → lê-se três bilhões, quinhentos e sessenta e sete milhões, novecentose oito mil e trezentos e quinze (unidades).

1.3 VALOR ABSOLUTO E VALOR RELATIVO DE UM ALGARISMO

Cada algarismo significativo de um número tem dois valores: o valor absoluto e ovalor relativo.

Valor absoluto é o que ele tem isoladamente do número a que pertence, e valorrelativo é aquele que o algarismo recebe de acordo com o lugar que ocupa nonúmero. Veja-se o exemplo:

No número 4 602 tem-se que: valores relativos

2 – representa as unidades simples ............................................ 20 – representa as dezenas .......................................................... 006 - representa as centenas ......................................................... 6004 – representa as unidades de milhar ........................................4 000

4 602

Page 18: CÁLCULO TÉCNICO

18

1.4 EXERCÍCIOS

1) Dizer quais os algarismos que representam as unidades simples, as dezenas e ascentenas do número 453.

Solução: em 453 tem-se:

3..... unidades .... simples .....35..... dezenas ....... ....... ...504..... centenas ...... ....... ..400

2) Quantas unidades, dezenas e centenas há em 726 unidades?

Solução: em 726 há7 centenas e 2 dezenas; e, como cada centena vale dez dezenas, ototal de dezenas é 72.

7 x 100 = 700 → 7 centenas 70 x 10 = 700 → 70 dezenas 2 x 10 = 20.... → 2 dezenas

3) Qual é o valor relativo de 5 em cada um dos números: 12 502 e 36 715?

Solução:em 12 502 tem-se 500 como valor relativoem 36 715 tem-se 5 como valor relativo

4) Quantas dezenas há em 850 unidades? E quantas centenas?

5) Observar o número 293 e dizer qual é o algarismo de maior valor absoluto e qualé o algarismo de maior valor relativo.

6) No número 3 472, quais são os algarismos das unidades simples, das dezenas edas centenas e das unidades de milhar?

7) Escrever o menor e o maior número formado por dois algarismos significativosdiferentes.

8) Qual é o valor relativo de 8 em cada um dos números: 8 315 e 12 080?

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19

2 OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS COM NÚMEROS NATURAIS

2.1 ADIÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS

Adição é a operação que permite reunir todas as unidades de diversos números emum só número. O resultado desta operação chama-se soma ou total, e os númerosque se somam, parcelas ou termos. Esta operação permite resolver todos osproblemas práticos nos quais ocorre o ato de reunir ou juntar os objetos da mesmaespécie ou as medidas de diversas grandezas referentes à mesma unidade.

2.1.1 Propriedades fundamentais da adiçãoSão duas as propriedades fundamentais:

2.1.1.1 Comutativa – A ordem das parcelas não altera a soma.Exemplos: 4 + 3 é igual a 3 + 4 (ambas valem 7)

6 + 8 + 1 = 8 + 6 + 1 = 1 + 8 + 6 (todas valem 15).

2.1.1.2 Associativa – A adição de vários números não se altera se algumas de suasparcelas forem substituídas por sua soma efetuada.Exemplo: 8 + 3 + 5 = (8 + 3) + 5 ou

8 + 3 + 5 = 11 + 5

NOTA:Inversamente pode-se aplicar a propriedade dissociativa, isto é, substituir parcelapor outras que a tenham por soma.Exemplo: 11 + 5 = (8 + 3) + 5

2.1.2 Regra prática para efetuar a adiçãoPara somar diversos números naturais, escrevem-se uns embaixo dos outros, demodo que fiquem dispostos em colunas ou em algarismos da mesma ordem. Emoutras palavras: colocam-se unidades embaixo de unidades, dezenas embaixo dedezenas, centenas embaixo de centenas...

Page 20: CÁLCULO TÉCNICO

20

Exemplo: Para somar 125 + 13 + 9, escreve-se da seguinte maneira:125

+ 13 9

Somam-se os algarismos da última coluna à direita, escreve-se embaixo dela oalgarismo que representa as unidades simples da soma; as dezenas, caso existam,são somadas aos algarismos da coluna das dezenas. Procede-se da mesma formaaté a última coluna à esquerda, quando se obtém o resultado total.No exemplo: 1

12513

+ 9147

2.1.3 Como conferir uma somaPode-se comparar o resultado de uma soma através da prova real, que é baseadana propriedade comutativa. Desse modo, pode-se refazer a operação depois de tertrocado a ordem das parcelas. Na prática, equivale a fazer a adição de baixo paracima. Se estiver correta, encontra-se o mesmo resultado.

Exemplo: 1 024 8920 132 20 132+ 89 + 1 02421 245 21 245

2.2 SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS

Subtração é a operação que envolve ou representa a idéia de tirar, deduzir oudiminuir. O número do qual se tiram unidades é chamado minuendo; o que é tiradodele chama-se subtraendo, e o resultado é chamado resto ou diferença.

A subtração só é possível quando o subtraendo é menor que o minuendo ou, nomáximo, igual a ele. Se os termos forem iguais, o resultado será nulo.

2.2.1 Regra prática para efetuar a subtraçãoPara efetuar a subtração de dois números escreve-se o subtraendo embaixo dominuendo, de modo que fiquem dispostos em colunas os algarismos de mesmaordem. Em outras palavras: colocam-se unidades embaixo de unidades, dezenasembaixo de dezenas e centenas embaixo de centenas.

Page 21: CÁLCULO TÉCNICO

21

Exemplo: 8 563 – 928 8 563– 928

resultado: 7 635

2.2.3 Como verificar se a subtração está certaQuando se faz uma subtração pode-se tirar a prova, isto é, pode-se verificar se asubtração está correta. Para isso, soma-se o subtraendo com o resto ou diferença.Exemplo: 8 563 7 635

– 928 + 9287 635 8 563

A subtração está certa, porque o número 8 563 – obtido como resultado na adição –coincide com o minuendo da subtração, que também é 8 563.

2.3 MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS

Multiplicar é somar parcelas iguais.Exemplo: 4 + 4 + 4 = 12

4 x 3 = 12 ⇒ que se lê: quatro multiplicado por três ou quatro vezes três.

Nesta adição, a parcela (4) que se repete é chamada multiplicando; o número devezes (3) que a parcela aparece é chamado multiplicador, e o resultado (12) chama-se produto.

Desse modo, tem-se a seguinte definição: Multiplicação é a operação que permitesomar um número chamado multiplicando tantas vezes como parcela quantas foremas unidades do outro número, chamado multiplicador.

A multiplicação é indicada por um X colocado entre os dois números chamadosfatores. Costuma-se, também, indicar a multiplicação de dois números por um pontocolocado entre os fatores.Exemplo: 1234 =×

OBSERVAÇÕES:1.ª Quando o multiplicando ou o multiplicador for 0, o produto será nulo.

Exemplo:050 =× ⇒ porque 000000 =++++

2.ª Quando o multiplicando for 1, o produto será igual ao multiplicador.Exemplo:

441 =× ⇒ porque 41111 =+++

Page 22: CÁLCULO TÉCNICO

22

3.ª Ao multiplicar um número natural por 2, obtém-se o dobro desse número; por 3,o triplo; por 4, o quádruplo etc.Exemplos:5 x 2 = 10 5 + 5 = 105 x 3 = 15 5 + 5 + 5 = 155 x 4 = 20 5 + 5 + 5 + 5 = 20

2.3.1 Propriedades fundamentais da multiplicaçãoSão duas as propriedades fundamentais:

2.3.1.1 Comutativa – A ordem dos fatores não altera o produto.Exemplo: 4 x 3 é igual a 3 x 4 (ambas iguais a 12).

2.3.1.2 Distributiva em relação à soma e à diferença indicada – Para multiplicar umasoma ou uma diferença indicada por um número, multiplica-se cada uma de suasparcelas ou termos por esse número, e em seguida somam-se ou subtraem-se osresultados.Exemplos: (4 + 5) x 3 = 4 x 3 + 5 x 3

(7 – 4) x 5 = 7 x 5 - 4 x 5

Esta propriedade é chamada distributiva porque o multiplicador se distribui por todosos termos.

2.3.2 Regras práticas para efetuar a multiplicaçãoMostram-se duas regras:

1.ª A multiplicação de dois números naturais de um só algarismo é feita de memória.Os resultados dessas multiplicações encontram-se na tábua de multiplicação dePitágoras. Como exemplo, veja-se como saber o resultado da multiplicação 7 x 8:

1 2 3 4 5 6 7 8 9X

1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

2 2 4 6 8 10 12 14 16 18

3 3 6 9 12 15 18 21 24 27

4 4 8 12 16 20 24 28 32 36

5 5 10 15 20 25 30 35 40 45

6 6 12 18 24 30 36 42 48 54

7 7 14 21 28 35 42 49 56 63

8 8 16 24 32 40 48 56 64 72

9 9 18 27 36 45 54 63 72 81

Page 23: CÁLCULO TÉCNICO

23

Procura-se o número 8 na primeira coluna vertical e acompanha-se a linha do 8 nahorizontal; depois busca-se o número 7 na primeira linha horizontal e acompanha-sea coluna do 7 na vertical. Onde as duas linhas se encontram, acha-se o resultado.Solução: 7 x 8 = 56

2.ª A multiplicação de um número natural qualquer por outro de um só algarismo éfeita multiplicando-se o valor absoluto do multiplicador por cada um dosalgarismos do multiplicando, a partir da direita.

De cada produto parcial escreve-se o algarismo das unidades, enquanto asdezenas se juntam ao produto parcial sucessivo. O último produto obtido éescrito por completo.

Exemplo: 8329 x 7

1º) 6379 =× 2º) 1472 =×

3º) 2173 =× 4º) 5678 =×

2.3.3 Como verificar se a multiplicação está certa

2.3.3.1 Prova real – É feita refazendo-se a operação depois de trocada a ordem dosfatores. Pela propriedade comutativa, deve-se encontrar o mesmo resultado se aoperação estiver certa.

Exemplo: 236 25X 25 x 2361180 150472 755 900 50 .

5 900

2.3.3.2 Também é possível fazer a prova dividindo o produto da multiplicação (5 900)pelo multiplicador (25). Para que o cálculo esteja correto, deve-se obter comoresultado o multiplicando (236).

206+

232+

582+

583037

8329622

×

Page 24: CÁLCULO TÉCNICO

24

Exemplo: 5 900 2550 0 236090 75 0 150 150

000

2.4 DIVISÃO DE NÚMEROS NATURAIS

Divisão é a operação que permite verificar quantas vezes um número está contidoem outro. O maior número (o que contém) chama-se dividendo; o menor (o que estácontido), divisor; o número de vezes que o dividendo contém o divisor é chamadoquociente.

Se o divisor está contido exatamente um certo número de vezes no dividendo, adivisão é exata; caso contrário, é aproximada.

Chama-se resto a diferença entre o dividendo e o produto do divisor pelo quociente.

A divisão é indicada pelos sinais : ou ÷ que se lêem “dividido por”.

Exemplo:– divisão exata

15 é o dividendo15 : 3 = 5 onde 3 é o divisor

5 é o quociente.

– divisão aproximada17 3 onde 17 é o dividendo15 5 3 é o divisor02 5 é o quociente

2 é o resto.

2.4.1 Propriedades gerais da divisão

1.ª Um número dividido por si mesmo resulta como quociente a unidade.Exemplo: 188 =÷ porque 818 =×

2.ª Um número dividido pela unidade resulta como quociente o próprio número.Exemplo: 155 =÷ porque 515 =×

Page 25: CÁLCULO TÉCNICO

25

3.ª Zero dividido por qualquer outro número resulta como quociente zero.Exemplo: 070 =÷ porque 070 =×

4.ª Não tem sentido a divisão quando o divisor é zero.Assim, por exemplo, =÷ 07 ? (impossível), pois não existe número algum que,multiplicado por 0, dê 7.

Quando um número é dividido por 2 costuma-se dizer que se tomou sua metade; por3, sua terça parte; por 4, sua quarta parte etc.

Para as divisões exatas vale, também, a propriedade distributiva, isto é:( ) 31232431224 ÷+÷=÷+( ) 31232431224 ÷−÷=÷−

Do estudo feito, observa-se que:

a) O resto de uma divisão aproximada é sempre menor que o divisor.Exemplo: 39 5 10 7

35 0 7 7 104 3

b) O resto de uma divisão exata é zero.Exemplo: 24 8

24 0 3 00

2.4.2 Regras práticas para efetuar a divisão

1.ª Lembrando da tábua de multiplicação de Pitágoras, pode-se fazer de memóriaas divisões em que o divisor tem um só algarismo e o quociente é menor que 10.Assim, por exemplo, na divisão de 30 por 4 o quociente é 7 e o resto é 2, porque

30 = 7 x 4 + 2

2.ª Para dividir um número qualquer por outro, separa-se no dividendo, a partir daesquerda, um número que tenha o divisor no mínimo uma vez e no máximo novevezes. A parte separada é o primeiro dividendo parcial.Exemplo: 5 639 15

Divide-se o número que foi separado no dividendo (56) pelo divisor (15), obtendoo primeiro algarismo do quociente (3).

5 639 15 3

Page 26: CÁLCULO TÉCNICO

26

A seguir, multiplica-se o valor absoluto desse algarismo (3) pelo divisor (15) esubtrai-se o produto do primeiro dividendo parcial (56), tendo como resultado oresto parcial (11).

5 639 1545 0 311

Divide-se o segundo dividendo parcial (113) pelo divisor (15) e encontra-se osegundo algarismo do quociente (7).

5 639 1545 0 37113

A seguir multiplica-se o valor absoluto desse algarismo (7) pelo divisor (15) esubtrai-se o produto (105) do segundo dividendo parcial (113), tendo comoresultado o resto parcial (8).

5 639 1545 0 37113105008

À direita do resto obtido (8) baixa-se o algarismo seguinte do dividendo (9);obtém-se, assim, o terceiro dividendo (89), que é o último desta divisão.

5 639 1545 0 37113105 00089

Divide-se o terceiro dividendo (89) pelo divisor (15) e encontra-se o terceiroalgarismo do quociente (5).

5 639 1545 0 375113105 00089

A seguir, multiplica-se o valor absoluto desse algarismo (5) pelo divisor (15) esubtrai-se o produto do terceiro dividendo (89).

Page 27: CÁLCULO TÉCNICO

27

5 639 1545 0 375113105 00089 75 14

Está terminada a divisão. Obteve-se como resultado do cálculo 375 e como resto, 14.

2.4.3 Como verificar se a divisão está corretaFaz-se a prova real. A prova real da divisão é feita multiplicando-se o quociente(375) pelo divisor (15) e somando este produto com o resto (14). Se a operaçãoestiver correta, deve-se encontrar o dividendo (5 639).

5 639 1545 0 375113 x 15105 0 5 6250089 + 14 75 5 639 14

2.4.4 Divisão de números naturais com zeros no final dos númerosPara facilitar a divisão de números naturais com zeros no final dos números, deve-secortar o mesmo número de zeros no dividendo e no divisor e fazer a divisãonormalmente, como já aprendido. Exemplos:

1 680 40 6 000 8016 0 42 56 0 75008 040 8 0 40 0 0 00

2.5 POTÊNCIA

Chama-se potência de um número o produto cujos fatores são todos iguais a ele.Exemplo: 3 x 3 x 3 x 3 x 3 = 243Representação: 35 = 243 → lê-se três elevado à quinta potência.

- o número 3 é denominado base;- o número 5, expoente ou grau;- o número 243, produto de todos os fatores repetidos, é a

potência.

Page 28: CÁLCULO TÉCNICO

28

2.5.1 Regras práticas de potenciação

1.ª Para multiplicar potências semelhantes (com mesmos expoentes) multiplicam-seas bases e conserva-se o expoente.Exemplos: 34 x 44 = 124 82 x 42 = 322

2.ª Para dividir potências semelhantes dividem-se as bases e conserva-se o expoente.Exemplos: 83 ÷ 23 = 43 42 ÷ 22 = 22

3.ª Para multiplicar potências de mesma base somam-se os expoentes e conserva-se abase.Exemplos: 32 x 33 x 34 = 32+3+4 = 39

73 x 74 = 73+4 = 77

4.ª Para dividir potências de mesma base conserva-se a base e subtraem-se osexpoentes.Exemplos: 37 ÷ 34 = 37-4 = 33

54 ÷ 53 = 54-3 = 51

5.ª Para elevar uma potência a outra potência multiplicam-se os expoentes.Exemplos: (22)5 = 210

(33)4 = 312

6.ª Para elevar uma fração a uma potência elevam-se os dois termos a essa potência.Exemplos:

7.ª Qualquer número diferente de zero, elevado a um expoente negativo, é igual aoinverso do mesmo número, com expoente positivo.Exemplo: 8

1212 3

3 ==−

OBSERVAÇÕES:

a) 18 = 1 (um) 1 elevado qualquer expoente será sempre 1.

b) 21 = 2 qualquer número elevado a expoente 1 não se altera.

c) 70 = 1 qualquer número elevado a expoente zero será sempre 1.

35

333

53 =

Page 29: CÁLCULO TÉCNICO

29

2.5.2 Exercícios

1. Calcular as potências:

2. Calcular o quadrado de 133.

3. Calcular o quadrado de 125.

4. Calcular o cubo de 3.

5. Calcular o cubo de 9.

6. Calcular a diferença entre o cubo de 6 e o quadrado de 7.

7. Calcular o produto da diferença entre o quadrado de 11 e o quadrado de 9 por 15.

8. Calcular a divisão do cubo de 8 pelo quadrado de 4.

9. Calcular as seguintes expressões:

82 + 33 + 52 + 122 + 112 + 73 =

132 - 92 + 152 - 202 + 63 + 42 =

=

=

=

=

=

=

2

2

35

42

2

1

0

2

4 )840 )7

33 )6

22 )57 )4

175 )35 )2

7 )1

( )( )

=

=

=

=

=

=−

3

3

3

3

2

2

2

2

41 )16

53 )15

42 )14

26 )13

1000 )12100 )11

8 )102 )9

Page 30: CÁLCULO TÉCNICO

30

10. Controle mensal da produção de uma indústria de ferramentas segundo acapacidade horária de fabricação das máquinas, por setor.Calcular as unidades fabricadas.

Especificação do produto Setor Produção horária Horas trabalhadas Unidadesfabricadas

chaves de boca ¾”

alicate bico redondo

martelo modelo 00/20

chave Allen

brocas ½”

alargadores 3/8”

chave de fenda 4x¼”

A

B

C

D

E

A

D

14 500

324

867

285

620

255

117

35

25

40

38

27

18

29

Total das unidades fabricadas

O quadro abaixo representa a produção mensal de uma máquina. Sabendo que aempresa trabalha 21 dias por mês, à razão de 8 horas por dia, calcular o número depeças fabricadas.

a) durante 1 dia de trabalhob) durante 1 hora de trabalho.

Especificação do produto Produção mensal Produção diária Produção horária

peça 7-04

peça 185/B

peça 04-12

peça BC-7

peça KL-24

peça 35-12

peça ZY

peça 400.02

672

840

1 344

2 016

2 520

1 512

7 392

1 008

Page 31: CÁLCULO TÉCNICO

31

3 NÚMEROS DECIMAIS

Decimal é o número que tem uma parte (inteira) à esquerda da vírgula e outra parte,a decimal, à direita. Exemplo: 3,125. Os algarismos à esquerda da vírgula representamo número de unidades inteiras, e os números à direita da vírgula representam,sucessivamente, décimos, centésimos, milésimos etc. dessa unidade.

O grupo de algarismos à esquerda da vírgula denomina-se parte inteira; o da direita,parte decimal.

3.1 LEITURA DOS NÚMEROS DECIMAIS

Exemplos de leitura dos números decimais:

trezentos e quatorze centésimos

sete mil, quatrocentos e oitenta e cinco milésimos

duzentos e cinco centésimos

dois mil e cinco milésimos.

Na outra forma de leitura, é necessário conhecer os décimos, centésimos e milésimos,e também as posições decimais. Lê-se primeiramente o número que representa a parteinteira, seguido do nome unidades, e depois a parte decimal, dando a designação daunidade representada pelo último algarismo da direita. Se a parte inteira for nula, lê-se somente a parte decimal. São exemplos:

⇒623,15 15 inteiros e 623 milésimos⇒72,2 2 inteiros e 72 centésimos

⇒8543,3 3 inteiros e 8 543 décimos de milésimos⇒01856,0 1 856 centésimos de milésimos

⇒02,0 2 centésimos⇒001,0 1 milésimo

→= 10031414,3

→= 10007485485,7

→= 10020505,2

→= 10002005005,2

Page 32: CÁLCULO TÉCNICO

32

O quadro a seguir apresenta as posições decimais do número 4,918463.in

teiro

s

déci

mos

cent

ésim

os

milé

sim

os

déci

mos

de

milé

sim

o

cent

ésim

osde

milé

sim

o

mili

onés

imo

quatro inteiros, novecentos edezoito mil e quatrocentos esessenta e três milionésimos

4, 9 1 8 4 6 3

Se for necessário escrever um número decimal que tenha partes ainda menores queo milionésimo, pode-se usar posições cada vez mais para a direita.

3.2 COMPOSIÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE NÚMEROS DECIMAIS

Compor é formar um número juntando seus grupos.

Exemplos:

Qual é o número que contém 3 dezenas, 2 unidades, 8 décimos, 4 centésimos e 5milésimos? O número decimal formado é: 32,845

Qual é o número que contém 4 unidades, 6 décimos, 2 centésimos e 3 milésimos?O número decimal formado é: 4,623

Por outro lado, decompor um número decimal é dar o valor de cada algarismo dele.

Exemplos:

43,265 – A posição dos algarismos indica que esse número é formado por:4 dezenas, 3 unidades, 2 décimos, 6 centésimos e 5 milésimos.

21,874 – Ele é formado por:2 dezenas, 1 unidade, 8 décimos, 7 centésimos e 4 milésimos.

3.3 COMPARAÇÃO DE NÚMEROS DECIMAIS

Comparar números decimais consiste em descobrir qual é o maior. Quando doisnúmeros decimais têm as unidades inteiras diferentes, é muito fácil saber qual é omaior. Neste caso, o maior é aquele que tem a parte antes da vírgula, inteira, maior.

Page 33: CÁLCULO TÉCNICO

33

Exemplos:Qual é o maior: 2,31 ou 1,52? Logo se vê que 2,31 é maior que 1,52, porque 2 émaior que 1. Do mesmo modo, o número 11,03 é maior que 9,12 porque 11 é maiorque 9 e o número 12,5 é maior que 10,628 porque 12 é maior que 10.

Mostra-se agora como descobrir o número decimal que é maior quando as unidadesinteiras são iguais.

3.3.1 Primeiro casoObservando os números 3,15 e 3,12, verifica-se que têm unidades inteiras iguaisantes da vírgula, e também a mesma quantidade de posições depois da vírgula. Osdois números têm duas posições decimais depois da vírgula. Neste caso, é sócomparar: é maior o número que tem a parte decimal maior. Assim, 3,15 é maior que3,12, porque 15 é maior que 12.

3.3.2 Segundo casoObservando agora os números 6,15 e 6,7, vê-se que têm unidades inteiras iguais epartes decimais com quantidade diferente de posições depois da vírgula. O primeirotem dois algarismos depois da vírgula, e o segundo só tem um. Neste caso, parasaber qual é o maior, iguala-se a quantidade de casas decimais colocando zeros nonúmero que tiver menos casas. Assim: 6,15 e 6,70. Em seguida, vê-se qual dosdois tem a parte decimal maior.

No exemplo, 6,7 é maior que 6,15 porque:– as partes inteiras são iguais (6 e 6);– ao igualar o número de casas vê-se que 70 é maior que 15.

Em outro exemplo:8,3 é maior que 8,125 porque:– as partes inteiras são iguais (8 e 8);– ao igualar o número de casas da parte decimal colocando zeros deixam-se os

dois números com três casas: 8,300 e 8,125;– vê-se que 300 é maior que 125.

3.4 OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS COM NÚMEROS DECIMAIS

3.4.1 Adição de números decimaisPara somar um número decimal deve-se escrever os números de maneira que asvírgulas fiquem sempre uma embaixo da outra. Monta-se a conta e realiza-se asoma exatamente como se faz com os números naturais. Depois, para completar asoma, coloca-se a vírgula no resultado.

Page 34: CÁLCULO TÉCNICO

34

Exemplo: Efetuar a soma: 5,135 + 103,61 + 237,402= 346,147 5,135 103,61

+ 237,402 346,147

A vírgula do resultado da soma deve ficar abaixo das demais vírgulas.

Às vezes torna-se necessário somar números inteiros (números sem vírgulas) comnúmeros decimais (números com vírgula). Neste caso, para a montagem da contaconsidera-se que há uma vírgula logo após o número inteiro.

Exemplo: Efetuar a soma: 8,23 + 13= 21,23 8,23+ 13,00

21,23

Observe-se que a vírgula que se considera existir no número 13 ficouembaixo da vírgula do número decimal.

3.4.1.1 Soma de medidas – Para somar medidas, o procedimento é o mesmoutilizado para efetuar adições ou subtrações de números naturais e númerosdecimais. As medidas a ser somadas precisam estar na mesa unidade.

Exemplo: Para somar 3,2 m + 25,1 m 3,2 m a unidade de medida é o metro+ 25,1 m a unidade de medida é o metro

28,3 m a unidade de medida é o metro

3.4.2 Subtração de números decimaisPara subtrair um número decimal, deve-se escrever os números de maneira que asvírgulas fiquem sempre uma embaixo da outra. Monta-se a conta e realiza-se asubtração exatamente como é feito com números naturais. Depois, para completar asubtração, é necessário colocar a vírgula no resultado.

Exemplo: Efetuar a seguinte subtração:228,943 - 117,540 228,943

– 117,540 111,403

A vírgula do resultado da subtração deve ficar abaixo das demais vírgulas.

Às vezes precisa-se subtrair números inteiros (números sem vírgula) de númerosdecimais (números com vírgula), ou subtrair números decimais (números comvírgulas) de números inteiros (números sem vírgula).

Page 35: CÁLCULO TÉCNICO

35

Exemplos: 9,453 5- 7 - - 3,22

Para facilitar a operação, coloca-se a vírgula no número natural e preenchem-se asposições vazias com zeros.

9,453 5,00- 7.000- - 3,22

Depois, efetua-se a operação: 9,453 5,00- 7.000- - 3,22 2,453 1,78

3.4.3 Multiplicação de números decimais

3.4.3.1 Multiplicação de números decimais por números naturais – Inicialmente, faz-se a multiplicação como nos números naturais.

12,6 x 4504

Agora só falta pôr a vírgula no resultado.

Dos números que foram multiplicados, um possui uma casa decimal (12,6, isto é, umalgarismo depois da vírgula). Neste caso, o resultado ficará com uma casa decimal,uma casa após a vírgula:

12, 6 este fator tem uma posição decimal x 4050, 4 o produto ou resultado tem uma posição decimal

Quando se multiplica um número decimal que tem duas posições decimais por umnúmero natural, o resultado também fica com duas posições decimais, isto é, doisalgarismos depois da vírgula.

Exemplo:2, 14 este fator tem duas posições decimais x 2 04, 28 o produto ou resultado tem duas posições decimais.

Page 36: CÁLCULO TÉCNICO

36

Quando se multiplica um número decimal que tem três posições decimais por umnúmero natural, o resultado também fica com três posições decimais, isto é, trêsalgarismos depois da vírgula. Exemplo:

2, 314 este fator tem três posições decimais x 5 011, 570 o produto ou resultado tem três posições decimais.

Da mesma maneira, ao multiplicar um número decimal com quatro casas decimaispor um número natural, o resultado terá quatro casas decimais, e assim por diante.

3.4.3.2 Multiplicação de números decimais por números decimais – Também nestecaso, a única diferença entre a multiplicação com números naturais e a multiplicaçãocom números decimais é a vírgula. Exemplo:

2,7 uma casa decimal Serão somadas as casas decimais e contadasx 1,4 0 uma casa decimal no resultado, da direita para a esquerda. 108+ 27 3,78 duas casas decimais

− − , 7 2 casas ,78 duas casas após a vírgula− − , 4

Outros exemplos: 13,58 duas casas decimais x 3,6 0 uma casa decimal 8148+4074 0 48,888 três casas decimais

Neste exemplo, o resultado ficou com três casas decimais, porque os dois fatoresjuntos têm três casas decimais após a vírgula.

14,59 duas casas decimais x 1,25 0 duas casas decimais 7295 2918+ 1459 0 18,2375 quatro casas decimais

Neste exemplo, o resultado ficou com quatro casas decimais porque os dois fatoresjuntos têm quatro casas decimais.

Page 37: CÁLCULO TÉCNICO

37

3.4.4 Divisão de números decimaisA divisão é o processo inverso da multiplicação. Assim, nesta operação, ao invés desomar, subtrai-se o número de posições decimais do dividendo do número deposições decimais do divisor.

Exemplo: 4 , 9 5 0 ÷ 2, 7 5 = 1 , 8

três duas uma posições posições posição decimais decimais decimal

3.4.4.1 Divisões cujo dividendo tem maior número de posições decimais que o divisor

1.º exemplo: 3,22 ÷ 2,3 =Inicialmente faz-se a divisão como se os números do dividendo e do divisor fossemnaturais.

3,22 2,3 322 230 método de igualar as casas decimais- 2 3 0 1,4 ou 230 1,...... 0 92 092- 92 para continuar, coloca-se um zero ao lado do 92. 00 920 230

920 ...,4000 Resultado: 1,4

Para colocar a vírgula no quociente, contam-se as casas decimais do dividendo esubtrai-se do número de casas decimais do divisor.

3,22 ÷ 2,3 =

2 – 1 = 1

Nesta divisão, o quociente terá 1 casa decimal, ou seja: 1,4.

2.º exemplo: 12,744 ÷ 5,4

12,744 5,4- 10 8 0 2,36 01 94- 1 62 0 324- 324 000

Page 38: CÁLCULO TÉCNICO

38

O dividendo tem três posições decimais, e o divisor tem uma posição decimal. Como3 - 1 = 2, o quociente terá duas posições decimais.

Assim: 12,744 ÷ 5,4 = 2,36

3 - 1 = 2

3.º exemplo:Tendo-se uma divisão cujo dividendo tem uma ou mais posições decimais e o divisoré número natural que não tem posições decimais, ou seja, zero posições decimais.Inicialmente faz-se a divisão como segue:

83,7 ÷ 27 = 3,1

83,7 27- 81 0 3,1 02 7- 2 7 0 0

Para colocar a vírgula, subtrai-se o número de posições decimais do dividendo, queé um, do número de posições decimais do divisor, que é zero. Então: 1 – 0 = 183,7 ÷ 27 = 3,1

1 - 0 = 1

4.º exemplo:116,55 ÷ 63 =

116,55 63- 63 0 1,85 53 5- 50 4 0 03 15- 3 15 0 00

Para colocar a vírgula, tem-se duas posições decimais no dividendo menos zeroposições decimais no divisor:116,55 ÷ 63 = 1,85

2 - 0 = 2

Page 39: CÁLCULO TÉCNICO

39

3.4.4.2 Divisões cujo dividendo e divisor têm o mesmo número de posições decimais

1.º exemplo:

46,8 ÷ 7,8

Inicialmente faz-se a divisão como se os números do dividendo e do divisor fossemnaturais.

46,8 7,8- 46 80 6 00 0

O dividendo tem uma posição decimal. O divisor também tem uma posição decimal.

46,8 ÷ 7,8 = 6

1 - 1 = 0

O quociente é um número sem posições decimais.

2.º exemplo:

8,16 ÷ 0,68 = 12

8,16 0,68- 6 8 0 12 1 36- 1 36 0

0 00

O quociente é um número que tem apenas unidades inteiras, sem partes decimais,porque o dividendo e o divisor têm o mesmo número de posições decimais.

3.4.4.3 Divisões cujo dividendo tem menor número de posições decimais que o divisor

1.º exemplo:

53,9 ÷ 3,85 =

O dividendo tem uma posição decimal; o divisor tem duas posições decimais. Pode-secalcular zeros à direita de um número decimal depois da vírgula, sem mudar seuvalor. Se for colocado um zero no dividendo, ficam duas posições decimais, tanto nodividendo como no divisor:

53,90 ÷ 3,85 =

Page 40: CÁLCULO TÉCNICO

40

Inicialmente faz-se a divisão como se os números do dividendo e do divisor fossemnaturais.

53,90 3,85- 38 5 0 14 15 40- 15 40 0

00 00

O quociente é um número sem posição decimal, porque:

53,90 ÷ 3,85 = 14

2 – 2 = 0

2.º exemplo:

59,5 ÷ 2,125 = 28

59,500 2,125 - 42 50 0 28 17 000- 17 000 0

00 000

O quociente é um número sem posição, porque:

59,500 ÷ 2,125 = 28

3 – 3 = 0

3.º exemplo:

Quando o dividendo tem somente unidades inteiras, pode-se colocar vírgula nodividendo e acrescentar zeros:

202 ÷ 50,5 =

202,0 50,5 - 202 0 0 4

000 0

O quociente é um número sem posição decimal, porque:

Page 41: CÁLCULO TÉCNICO

41

202,0 ÷ 50,5 = 4

1 – 1 = 0

3.4.4.4 Divisões com aproximação – Já foi visto que, para determinar as posiçõesdecimais do quociente de uma divisão, basta contar as posições decimais dodividendo e do divisor e subtrair uma da outra.

1.º exemplo:

3,3 ÷ 1,2 = 2

3,3 1,2 – 2,40 2 0 9

O quociente é um número sem posições decimais, e sobra o resto 9.

2.º exemplo:

3,30 ÷ 1,2 = 2,7

3,30 1,2- 2 4 0 2,7 0 90 84 0

06

O quociente possui uma casa decimal, e sobra resto 6.

3.º exemplo:

3,300 ÷ 1,2 = 2,75

3,300 1,2- 2 4 0 2,75 0 90- 84 0 060- 60 00

O quociente possui duas posições decimais. Sabe-se que é possível colocar zeros àdireita de um número decimal depois da vírgula sem mudar seu valor.Então, 3,3 = 3,30 = 3,300

Page 42: CÁLCULO TÉCNICO

42

O dividendo e o divisor são os mesmos nas divisões anteriores,

3,3 ÷ 1,2 = 23,30 ÷ 1,2 = 2,73,300 ÷ 1,2 = 2,75

mas o quociente é diferente em cada exemplo. Isso significa que, quanto mais zerosforem colocados no dividendo, mais posições decimais terá o quociente.

Ao continuar a conta – colocando zeros no dividendo – está-se fazendo umaaproximação.

4.º exemplo:

1,5 ÷ 0,8 = 1

Esta é uma conta sem aproximação decimal. 1,5 0,8 – 8 0 1 0 7

5.º exemplo:

1,50 ÷ 0,8 = 1,8

Esta é uma conta com aproximação de décimos, porque o quociente ficou com umaposição decimal.

1,50 0,8 - 8 0 1,8 0 70 - 64 0 aproximação de décimos

Se for desejado, pode-se continuar a conta anterior até a casa dos centésimos,milésimos..., desde que se continue a dispor de resto. Basta, para isso, iracrescentando zeros no dividendo.

1,500 0,8 1,5000 0,8 - 8 0 1,87 - 8 0 1,875 0 70 0 70 - 64 0 aproximação de centésimos - 64 0 aproximação de milésimos 060 060 - 56 - 56 0 04 040

4000

Page 43: CÁLCULO TÉCNICO

43

3.4.4.5 Divisões com números decimais por 10, 100, 1 000 etc. – Para dividir umnúmero decimal por 10, 100, 1 000... deve-se deslocar a vírgula para a esquerdatantas casas quantos forem os zeros do algarismo divisor. Na falta de casasdecimais no número que está sendo dividido, é preciso completar com zero aposição decimal que está faltando.

1.º exemplo:

Para dividir um número por 10, desloca-se a vírgula uma casa para a esquerda:375,12 ÷ 10 = 37,512289,75 ÷ 10 = 28,975 0,32 ÷ 10 = 0,032

2.º exemplo:

Para dividir um número por 100, desloca-se a vírgula duas casas para a esquerda:843,2 ÷ 100 = 8,432 43,8 ÷ 100 = 0,438 0,2 ÷ 100 = 0,002

3.º exemplo:

Para dividir um número por 1 000, desloca-se a vírgula três casas para a esquerda:1 042,4 ÷ 1 000 = 1,04249 651,3 ÷ 1 000 = 9,6516 74,8 ÷ 1 000 = 0,0748

3.5 EXERCÍCIOS

Calcular os comprimentos “C” indicados nas seguintes peças:

A B

Page 44: CÁLCULO TÉCNICO

44

C D

E F

G

Page 45: CÁLCULO TÉCNICO

45

H

Achar a profundidade de corte “P” necessária para dar forma quadrada ao eixorepresentado abaixo.

Qual é a espessura da parede “E” da tubulação da figura a seguir?

Page 46: CÁLCULO TÉCNICO

46

Calcular o diâmetro “Ø” e a dimensão “X” da figura.

Calcular o comprimento C da figura.

Calcular na figura abaixo:

a) C =

b) Os espaços entre os pontos do intervalo 1 e 2.

Page 47: CÁLCULO TÉCNICO

47

4 MÚLTIPLO DE UM NÚMERO E DIVISIBILIDADE

4.1 MÚLTIPLO DE UM NÚMERO

Um número é múltiplo de outro quando sua divisão por ele é exata.

Assim, 21 é múltiplo de 7 e de 3, pois 21 ÷ 7 = 321 ÷ 3 = 7

4.2 DIVISIBILIDADE

4.2.1 Divisibilidade por 2Um número é divisível por 2 quando o último algarismo (de suas unidades) é 0, 2, 4,6 ou 8. Isto é: divisíveis por 2 são todos os números pares.

4.2.2 Divisibilidade por 3Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seusalgarismos é divisível por 3.

Exemplo: o número 37 212 é divisível por 3 porque 3 + 7 + 2 + 1 + 2 = 15, que émúltiplo de 3.

4.2.3 Divisibilidade por 4Um número é divisível por 4 quando seus dois últimos algarismos da direita formamum número divisível por 4.

Exemplos: os números 316, 7 620 e 156 732 são divisíveis por 4.

4.2.4 Divisibilidade por 5Um número é divisível por 5 quando terminar em 0 ou 5.

Exemplos: 220, 785, 250, 135, 170 e 485.

4.2.5 Divisibilidade por 6Um número é divisível por 6 quando for divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo.

Exemplos: 282, 180, 2 334, 192 e 72.

Page 48: CÁLCULO TÉCNICO

48

4.2.6 Divisibilidade por 9Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seusalgarismos é divisível por 9.

Exemplo: o número 1 836 é divisível por 9 porque 1 + 8 + 3 + 6 = 18, que é divisívelpor 9.

4.2.7 Divisibilidade por 10Um número é divisível por 10 quando termina em 0.

Exemplos: 20, 50, 100, 2 000.

4.3 NÚMERO PRIMO

Um número é primo quando é divisível só por si e pela unidade (1).

Exemplos: a) 3 ÷ 3 = 1 b) 17 ÷ 17 = 1 c) 29 ÷ 29 = 13 ÷ 1 = 3 17 ÷ 1 = 17 29 ÷ 1 = 1

4.4 MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM

Mínimo múltiplo comum – MMC de dois ou mais números é o menor númerodiferente de zero que é divisível por todos eles ao mesmo tempo.

Na prática, escrevem-se os números em linha horizontal, dividem-se todos pelosfatores primos comuns e, separadamente, pelos não-comuns, até obter quocientesiguais à unidade.

Exemplo: esta é a disposição de dados para extrair o MMC dos números 36, 90 e 120:o MMC é o produto de todos os divisores, à direita do traço vertical. Isto é:

MMC (36, 90, 120) = 23 x 32 x 5 =360 8 x 9 x 5 =360

36 – 90 -120 218 – 45 - 60 209 – 45 - 30 209 – 45 - 15 303 – 15 - 05 301 - 05 - 05 501 - 01- 01

Page 49: CÁLCULO TÉCNICO

49

4.5 EXERCÍCIOS

1 Calcular o MMC dos números:a) 220, 110 e 50b) 25, 15 e 90c) 400, 1 200 e 1 500d) 45, 60 e 75e) 680 e 920f) 750 e 370g) 6, 12, 24 e 18h) 8, 24, 18 e 16

2 Decompor os números 168, 180 e 300 em seus fatores primos, determinando oMMC entre esses números.

3 Escrever à direita de 36 um algarismo tal que o número formado seja divisívelpor 3.

4. Qual é o menor número que se deve somar a 453 para torná-lo divisível por 9?

Page 50: CÁLCULO TÉCNICO

50

Page 51: CÁLCULO TÉCNICO

51

5 FRAÇÕES ORDINÁRIAS

Para representar uma ou mais partes do inteiro são necessários dois números: oprimeiro indica o número de partes que foram tomadas do inteiro, e é chamadonumerador; o segundo, diferente de zero, indica em quantas partes, de mesmaforma e tamanho, foi dividido o inteiro, e chama-se denominador.

Exemplo:

. numerador denominador

O inteiro foi dividido em quatro partes iguais e foi tomada somente uma parte. Aparte tomada representa um quarto do todo.

desenhar figura 0 ( )avosdezesseiscinco165= (( (((999

O inteiro foi dividido em dezesseis partes iguais e foram tomadas somente cincopartes.

5.1 LEITURA DE FRAÇÕES

Para ler uma fração, diz-se primeiro o numerador e depois o denominador. Mas nãobasta dizer os dois números, um depois do outro: conforme o denominador, lê-se afração de modo diferente.

Exemplos:

41=

Page 52: CÁLCULO TÉCNICO

52

Denominador lê-se Exemplo

2

3

4

5

6

7

8

9

meio, meios

terço, terços

quarto, quartos

quinto, quintos

sexto, sextos

sétimo, sétimos

oitavo, oitavos

nono, nonos

1 0 2

1 0 2 0 3 3

1 0 3 0 4 4

1 0 4 0 5 5

1 0 5 0 6 6

1 0 6 0 7 7

1 0 7 0 8 8

1 0 8 0 9 9

Além desses denominadores, as frações podem ter qualquer outro denominador,diferente de zero.

Para ler frações com denominador 10, 100 e 1 000:

- quando o denominador é 10, diz-se décimo ou décimos:

1 0 lê-se um décimo 10

3 0 lê-se três décimos 10

- quando o denominador é 100, diz-se centésimo ou centésimos:

1 0 lê-se um centésimo 100

3 0 lê-se três centésimos 100

27 0 lê-se vinte e sete centésimos 100

Page 53: CÁLCULO TÉCNICO

53

- quando o denominador é 1 000, diz-se milésimo ou milésimos:

1 0 lê-se um milésimo 1000

27 0 lê-se vinte e sete milésimos 1 000

53 0 lê-se cinqüenta e três milésimos 1 000

Se o denominador é um número maior que 10 e diferente de 100, 1 000..., lê-se onúmero que representa o denominador seguido da palavra avos:

3 0 lê-se três onze avos 11

6 0 lê-se seis quinze avos 15

1 0 lê-se um vinte avos 20

4 0 lê-se quatro cento e um avos 101

5.2 TIPOS DE FRAÇÕES

5.2.1 Fração própriaO numerador é menor que o denominador.

5.2.2 Fração imprópriaO numerador é maior que o denominador. Suponha-se um círculo dividido em seispartes. Cada parte corresponde a um sexto do círculo.

Na figura a seguir, o número de partes corresponde a nove sextos:

32=

43=

numerador menor

denominador maior

63

66 +

69=

numerador maior

denominador menor

Page 54: CÁLCULO TÉCNICO

54

248 =

5.2.3 Fração aparente (imprópria)O numerador é igual ou múltiplo do denominador. Representam números inteirosque se obtêm dividindo o numerador pelo denominador.

→ inteiros → inteiros

5.2.4 Número mistoÉ a soma de um número inteiro, diferente de zero, com uma fração própria.

Exemplo:

5.3 TRANSFORMAÇÃO DE NÚMERO MISTO EM FRAÇÃO IMPRÓPRIA E VICE-VERSA

Para transformar um número misto em fração imprópria, multiplica-se o denominadorpelo inteiro e adiciona-se o numerador, mantendo o mesmo denominador.

Exemplos:

Para fazer a operação inversa – transformar a fração imprópria em número misto –,o quociente será o inteiro, o resto será o numerador e o denominador será o mesmo.Exemplos:a) 9 | 4 → b) 14 | 3 → 8 2 12 4 1 02

5.4 FRAÇÕES EQUIVALENTES

Multiplicando ou dividindo ambos os termos de uma fração por um mesmo número,diferente de zero, obtém-se uma fração de mesmo valor que a anterior.Exemplos:

a) b)

5.5 SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES

Com base no princípio anterior, sempre que os termos de uma fração admitemdivisores comuns, diferentes de 1, pode-se simplificá-la (torná-la irredutível).

a) 16 ÷ 2 = 8 0÷ 2 = 4 0÷ 2 = 2 0÷ 2 = 1 0 32 ÷ 2 = 16 ÷ 2 = 8 0÷ 2 = 4 0÷ 2 = 2

53

15 =

832

832 =+

49

4124

412 =+×=

314

3243

324 =+×=

4124

9 =3243

14 =

[ ]2415

85

33

2415

33

85 ⇔⇒÷

÷=× [ ]6045

129

55

6045

55

129 ⇔⇒÷

÷=×

Page 55: CÁLCULO TÉCNICO

55

Fração irredutível

b) 30 ÷ 2 = 15 0÷ 3 = 5 0 42 ÷ 2 = 21 ÷ 3 = 7

5.6 REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MESMO DENOMINADOR

Reduzir é transformar as frações dadas em frações equivalentes de mesmodenominador. Para isso, é necessário observar os seguintes passos:

1º Determinar o MMC dos denominadores das frações. O resultado é o novodenominador.[Exemplo: 3 ; 1 0 ; 2 0 MMC (4, 3, 5)

4 3 5

4 – 3 – 5 22 – 3 – 5 21 – 3 – 5 3 2 x 2 x 3 x 5 = 601 – 1 – 5 51 – 1 – 1 novo denominador

2º Dividir o MMC encontrado pelos denominadores das frações dadas.

a) →43 60 ÷ 4 = 15

b) →31 60 ÷ 3 = 20

c) →52 60 ÷ 5 = 12

3º Multiplicar o quociente de cada divisão pelo numerador da respectiva fração. Oproduto é o novo numerador.

a)

b) 0

c)

Então:

6045

154153 =

××

6020

203201 =

××

6024

125122 =

××

6024,

6020,

6045

52,

31,

43 =

Page 56: CÁLCULO TÉCNICO

56

Resumo: MMC (4, 3, 5) = 60

3 1 0 2 0 4 3 5

3 x 15 = 45 1 x 20 = 20 2 x 12 = 24

60 ÷ 4 = 15 60 ÷ 3 = 20 60 ÷ 5 = 12

45 0 20 0 24 0 60 60 60

5.7 COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES

Na comparação de frações, usam-se sinais próprios para indicar maior que e menorque. São os sinais > e <, respectivamente.

Por esta razão, ao invés de escrever 3 0é maior que 3 , pode-se escrever. 4 8

Ao invés de escrever 3 0é menor que 3 , pode-se escrever . 8 4

5.7.1 Frações de mesmo denominadorQuando se comparam duas ou mais frações que têm o mesmo denominador, amaior é aquela que tem maior numerador. Para comparar as frações que têm omesmo denominador, observem-se as figuras a seguir:

Nas duas figuras, a unidade está dividida em 5 partes iguais, mas na fraçãotomam-se mais partes que na fração .

Então 0 é maior que , e escreve-se

Ou : é menor que , e escreve-se 0

83

43 >⇒

43

83 <⇒

53

52

52

53 >→

53

52 <→5

2

52

53

53

53

52

53

52

Page 57: CÁLCULO TÉCNICO

57

164

163

5.7.2 Frações de mesmo numeradorQuando se comparam duas ou mais frações que têm o mesmo numerador, a maior éaquela que tem o menor denominador.

Nas duas frações toma-se o mesmo número de partes (3), mas a fração 0indica

que a mesma unidade foi dividida em mais partes e elas são menores.

Então, é maior que , e escreve-se .

Ou: é menor que , e escreve-se .

5.7.3 Frações de numeradores e denominadores diferentesQuando se comparam duas ou mais frações que têm numeradores e denominadoresdiferentes, é preciso reduzi-las ao mesmo denominador antes de comparar.

Para reduzir e 0 ao mesmo denominador:

4 – 16 22 – 8 21 – 4 21 – 2 21 – 1

MMC (4, 16) = 16 → 162222 =×××

Reduzindo as frações ao mesmo denominador, encontram-se frações equivalentes:

164

41 = e

163 só pode ser igual a

163

Agora pode-se comparar as equivalentes: e .

Já se sabe que, se as duas frações têm o mesmo denominador, a maior é a que temo maior numerador.

tem maior numerador que

83

43 >→

83

43

83 <→

164

163

43

83

43

83

43

83

41

164

Page 58: CÁLCULO TÉCNICO

58

Então:Pode-se escrever :

163

164 > .

Então: .

5.8 ADIÇÃO DE FRAÇÕES

5.8.1 Frações de mesmo denominadorDeve-se manter o denominador e somar os numeradores.

5.8.2 Frações de denominadores diferentesDeve-se reduzir as frações ao mesmo denominador; em seguida, conservando omesmo denominador, somam-se os numeradores.

mmc ( 5 e 3) =15 assim

5.8.3 Transformação de números naturais e números mistos em fraçõesimpróprias

Antes de reduzir ao mesmo denominador, se houver necessidade, transformam-seos números naturais e os números mistos em frações impróprias; uma vez realizadaa operação, simplificam-se ou extraem-se os inteiros.

mmc (1, 3, 5) = 15

5.9 SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES

5.9.1 Frações de mesmo denominadorDeve-se manter o denominador e subtrair os numeradores.

↓↓

⇒=++ 68

65

61

62

3113

468 ==

→+32

54

157115

2215

101232

54 ==+=+

⇒++ 54

3125

152815

12215

12357554

37

15 ==++=++

41

82

85

87 ==−

163

41 >

Page 59: CÁLCULO TÉCNICO

59

5.9.2 Frações de denominadores diferentesDeve-se reduzir as frações o mesmo denominador e, em seguida, aplicar a regraanterior.

mmc (8, 5) = 40

OBSERVAÇÃO:Antes de reduzir ao mesmo denominador, se houver necessidade, transformam-seos números naturais em frações impróprias e, uma vez realizada a operação,simplifica-se ou extraem-se os inteiros.

5.10 MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES

Para multiplicar frações, efetua-se o produto dos numeradores (que será o novonumerador) e, em seguida, o produto dos denominadores (o novo denominador)

OBSERVAÇÕES:

1 Transformam-se os números inteiros e os números mistos em fraçõesimpróprias:

2 Quando no numerador e no denominador existirem fatores comuns, eles podemser simplificados mesmo que em frações diferentes:

usando o cancelamento teremos

5.11 DIVISÃO DE FRAÇÕES

Para dividir frações deve-se conservar a primeira, trocar o sinal de dividir pelo demultiplicar e inverter a segunda fração (o denominador passa a numerador, e vice-versa). Em seguida, efetua-se a operação como se fosse de multiplicar.

⇒− 52

87

4019

401635

52

87 =−=−

4021

87

53 =×

411

1644

21

811

14 ==××⇒×× 2

18314

4324

1121

211

11 ==××

2

1

21

811

14 ××

Page 60: CÁLCULO TÉCNICO

60

Ao efetuar a divisão de frações usamos o procedimento de inversão.

. Troca-se o sinal de ( ÷ ) pelo de (×), inverte-se a fração

para e efetua-se a multiplicação.

OBSERVAÇÃO:

Transformam-se os números inteiros e os números mistos em frações impróprias.

. Invertendo e multiplicando tem-se ,e simplificando

pelo método do cancelamento tem-se .

5.12 CONVERSÃO DE FRAÇÕES

5.12.1 Conversão de frações ordinárias em números decimaisa) Para converter frações ordinárias em números decimais, basta efetuar a divisão

do numerador pelo denominador.

b) Para converter números mistos em números decimais, basta transformá-los emfrações ordinárias e proceder como em (a).

5.12.2 Conversão de números decimais em frações ordinárias ou númerosmistos

Para converter um número decimal em fração segue-se o seguinte procedimento:

1.º Coloca-se o número 1 no denominador:

2.º Escrevem-se ainda no denominador tantos zeros quantas forem as casas (ouposições decimais do número decimal):0,5 tem uma casa decimal: 0, 5

uma casa

Então coloca-se um zero no denominador: (cinco décimos)

Como se lê, se escreve.Exemplo: 0,25 = vinte e cinco centésimos:

2514

57

52

75

52

⇒×=÷

75

57

13

43334

18 ÷=÷

4324

1111

411 ==×

25,04141 =÷= 8125,01613

1613 =÷=

413

413 = 25,3413 =÷

1

105

10025

1

11

31

433

⇒×

Page 61: CÁLCULO TÉCNICO

61

6 REGRA DE TRÊS

Regra de três é a resolução de problemas por meio de proporções quando um dostermos da proporção é desconhecido. Pode ser direta ou inversa, simples ou composta.A mais habitualmente usada em oficina é a regra de três simples, direta ou inversa.

6.1 REGRA DE TRÊS SIMPLES

Simples é aquela em que o problema é representado unicamente por uma proporçãocujo termo “X” se deseja conhecer.

Exemplo:Se 15 parafusos custam R$ 20,00, quanto se pagará por 30 parafusos?O problema resume-se no seguinte:

15 parafusos valem 20 reais30 parafusos valem “X” reais

Pelo exame desses elementos vê-se que com eles se pode estabelecer duasrazões: uma entre as quantidades de parafusos e outra entre seus respectivoscustos. Assim, tem-se:razão entre os parafusos 15

30

razão ente os custos 20X

Como as duas razões são iguais, pois a relação entre quantidades de objetos iguaisé a mesma entre seus respectivos preços, pode-se escrever:

R = R$ 40,00

Ao verificar o resultado vê-se que R$ 40,00 é de fato o custo dos parafusos. Naverdade, se 15 parafusos custam R$ 20,00, 30 parafusos, que é o dobro de 15,custarão R$ 40,00, que é o dobro de R$ 20,00.

X20

3015 =

152030X ×=

Page 62: CÁLCULO TÉCNICO

62

6.2 REGRA DE TRÊS SIMPLES DIRETA

Nota-se que, aumentando o número de parafusos, aumenta também o preço a serpago, o que indica que as grandezas do problema são diretamente proporcionais.Isso significa que, aumentando um termo da razão, aumenta seu correspondente naoutra; diminuindo um termo na primeira razão, diminui seu correspondente nasegunda, e vice-versa.

No problema anterior foram comparados parafusos com parafusos e custos comcustos = grandezas da mesma espécie.

Veja-se agora o seguinte exemplo: Em 8 dias de trabalho um profissional preparou120 peças. De quantos dias precisará o mesmo profissional para executar 300 peçasiguais?

É uma regra de três direta pois, para fazer mais peças, o profissional gastará maisdias. Assim, tem-se:

Se em 8 dias preparou 120 peças, em “X” dias preparará 300 peças.

Logo: R = 20 dias

6.3 REGRA DE TRÊS SIMPLES INVERSA

Se 10 operários constroem uma peça em 4 dias de trabalho, quantos operáriosconstruirão a mesma peça em 2 dias?

Ora, para construir a mesma tarefa em metade do tempo, claro está que se devedobrar o número de operários. Neste caso, as grandezas são inversamenteproporcionais porque, diminuindo uma delas, aumenta na outra razão o valor de suacorrespondente.

Ordenando os dados do problema proposto tem-se:

10 operários 4 dias “X” operários 2 dias

Como a regra de três é inversa, invertem-se os termos na razão, onde se encontra“X”. A nova proporção será:

R = 20 operários

300120

X8 =

1208300X ×=

24

10X =

2410X ×=

Page 63: CÁLCULO TÉCNICO

63

Exemplo clássico da regra de três inversa é o problema das polias, ou engrenagens.

Observe-se na Figura 1 que as polias A e B estão ligadas por uma correia. Sabendoque a polia A dá 240 rpm (rotações por minuto), calcular as rpm da polia B.

Figura 1 – Polias

A razão entre os diâmetros das duas polias é igual à razão inversa de suas rpm,pois, quanto menor o diâmetro, maior a rpm da polia; quanto maior o diâmetro,menor a rpm.

Sendo assim, a razão entre os diâmetros das polias A e B é , e a razão entre asrpm é .

No entanto, tendo em vista que se trata de razões inversamente proporcionais,arma-se a proporção invertendo a segunda razão. Tem-se, então:

Logo R = 160 rpm

Exemplos:

1 Calcular o diâmetro da polia maior da Figura 2.

Figura 2 – Diâmetro de polias

240X

3020 = 30

20240X ×=

3020

X240

Page 64: CÁLCULO TÉCNICO

64

Estabelecendo a proporção inversa, tem-se:

Ø24 cm 600 rpm 600 ═ X 0≡Ø X 300 rpm 300 24

Nas engrenagens, a razão entre as velocidades é igual à razão inversa entre osnúmeros de dentes das engrenagens.

2 Calcular a rpm da engrenagem B da Figura 3.

Figura 3 – Engrenagens de polias

Engrenagem A - 60 dentes 1 000 rpmEngrenagem B - 80 dentes X rpm

Estabelecendo a proporção inversa, tem-se:

6.4 EXERCÍCIOS

1 Uma máquina produz 200 peças em 4 horas. Quantas peças produz em 1 hora?

2 Uma polia de 20 cm de diâmetro está ligada a outra cujo diâmetro é de 40 cm.Qual é a rpm da polia menor se a maior gira com 240 rpm?

cm48ØX

cm24Ø2ØX

rpm300cm24Ørpm600ØX

=

×=

×=

rpm75080100060X

1000X

8060 =×==

Page 65: CÁLCULO TÉCNICO

65

3 Calcular o número de rotações (rpm) da roda conduzida K, de 72 dentes,sabendo que a roda condutora H, com 24 dentes, dá 300 rotações (rpm).

4 Uma casa é construída por 6 pedreiros em 120 dias. Em quantos dias seráconstruída a mesma casa se o número de pedreiros aumentar para 24?

5 Qual é a altura de um monumento que dá 87,50 m de sombra, sabendo-se queum pé de árvore com altura de 15 m dá 37,50 m de sombra no mesmo horário?

6 Um tecelão fez com certa quantidade de fio 26,50 m de pano, tendo ¾ de metrode largura. Quantos metros teria ele feito com a mesma quantidade de fio se opano tivesse ½ m de largura?

6.5 PORCENTAGEM

É comum ouvir-se expressões como estas:“Nesta liquidação há redução de 15% (lê-se quinze por cento) nos preços”.“O número de aprovações no vestibular foi de 30% (lê-se trinta por cento)”.

Veja-se o significado dessas expressões:- Se a redução nos preços de qualquer objeto é de 15%, significa que há redução

de R$ 15,00 no preço de determinado objeto que custa R$ 100,00.- Se a aprovação no vestibular foi de 30%, significa que 30 alunos em cada grupo

de 100 foram aprovados.

Diz-se, portanto:- a porcentagem (ou percentagem) da redução na liquidação é de quinze por

centro, ou 15%;- a porcentagem da aprovação dos alunos no vestibular foi de trinta por cento, ou

30%.

Percebe-se, assim, que os problemas de porcentagem são resolvidos através daregra de três.

Page 66: CÁLCULO TÉCNICO

66

Exemplos:

1 Em uma classe de 40 alunos faltaram 15%. Quantos alunos faltaram?

Como se sabe, 15% significa que, se a classe tivesse 100 alunos, teriam faltado15 deles. Mas, como a classe tem 40 alunos, é preciso determinar quantosfaltaram. Representa-se por X o número de alunos a determinar:

Alunos da turma alunos que faltaram 100 15 0 40 X

Faltaram 6 alunos.

2 Em uma turma de 45 alunos 36 foram aprovados. Qual é a percentagem deaprovação?

45 alunos 36 aprovados100 alunos X aprovados

A percentagem de aprovação foi de 80%.

3 Um televisor colorido que custava R$ 800,00 sofreu um desconto de 10%.Quando o consumidor pagará por ele?

R$ 100,00 R$ 10,00 de descontoR$ 800,00 X de desconto

O valor do desconto é R$ 80,00. Valor a pagar: R$ 800,00 – R$ 80,00 ═ R$ 720,00.

4 Em um lote de 40 peças, 5% ficaram com defeito. Quantas peças ficaram boas?

100 peças 5 com defeito 40 peças X com defeito

2 peças ficaram com defeito. 40 – 2 ═ 38. 38 peças ficaram boas.

6X100

1540X1540X100X

1540

100 =×=⋅=⋅=

80X45

10036XX36

10045 =×==

00,80$RX100

10800XX

10800100 =×==

2X100

540XX5

40100 =×==

Page 67: CÁLCULO TÉCNICO

67

6.5.1 Exercícios

1 De uma carga de 8 400 garrafas, apenas 7 728 chegaram intactas a seu destino.Qual é a percentagem de garrafas que quebraram?

2 Em um curso de treinamento de 80 horas, somente recebe certificado quemassiste a 80% das aulas. Para ter direito ao certificado, quantas horas nomáximo poderá faltar um participante?

3 De uma produção mensal de 15 000 peças fabricadas, 5% apresentam defeito.Quantas peças estão em boas condições?

4 Em 120 litros de fluído refrigerante para o torno entram 20% de óleo solúvel e orestante de água. Quantos litros de cada componente entram na mistura?

Page 68: CÁLCULO TÉCNICO

68

Page 69: CÁLCULO TÉCNICO

69

7 UNIDADE DE MEDIDA DE COMPRIMENTO

Medir uma grandeza é compará-la com outra da mesma espécie tomada comounidade.

O sistema adotado no Brasil e na maioria dos países do mundo para medircomprimento ou distância é o Sistema Métrico Decimal, cuja unidade é o metro.

7.1 O METRO E SEUS MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS

Quando é necessário medir objetos pequenos que têm menos de um metro torna-seincômodo medi-los em metros. Para isso, existem medidas menores derivadas dometro, que são chamadas submúltiplos do metro. Também para medir distâncias oucomprimentos maiores que o metro existem medidas derivadas maiores, que são osmúltiplos do metro.

No presente estudo dá-se ênfase às medidas menores que o metro, os submúltiplosdo metro, que interessam mais aos cursos na área da Mecânica.

unidades derivadas símbolo valor

múltiplos quilômetrohectômetrodecâmetro

kmhmdam

1 000 m100 m10 m

unidades metro m 1 m

submúltiplos decímetrocentímetromilímetromicrômetro

dmcmmmµm

0,1 m0,01 m

0,001 m0,000001 m

O metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante umintervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo (CONMETRO, dez. 1988).

Page 70: CÁLCULO TÉCNICO

70

As réguas graduadas que se usam para fazer medidas em sala de aula têm asmesmas divisões do metro. São fabricadas normalmente com 25 ou 30 centímetros.Ao colocar quatro réguas de 25 centímetros uma ao lado da outra forma-se umcomprimento de 100 centímetros, que corresponde a um metro. Partindo do metro,isto é, considerando-o como unidade, formam-se outras medidas de comprimento.

Exemplos:Se o metro for dividido em 10 partes iguais, cada uma delas se chama decímetro.

Se o metro for dividido em 100 partes iguais, cada uma delas se chama centímetro.

Se o metro for dividido em 1 000 partes iguais, cada uma delas se chama milímetro.

Os símbolos dessas unidades menores que o metro são:decímetro = dmcentímetro = cmmilímetro = mm

Após a análise das divisões que contém o metro, conclui-se que:em um metro há dez decímetros: 10 dmem um metro há cem centímetros: 100 cmem um metro há mil milímetros: 1 000 mm

Pode-se dizer também que:dez milímetros correspondem a um centímetro: 10 mm = 1 cmdez centímetros correspondem a um decímetro: 10 cm = 1 dmdez decímetros correspondem a um metro: 10 dm = 1 m

Page 71: CÁLCULO TÉCNICO

71

Para escrever medidas com metros e partes menores do metro, como decímetros,centímetros e milímetros, é preciso conhecer suas posições. Exemplo:

Para localizar as posições nesta medida: 2,735 mm

etro

s

2, 7 3 5 metros

1.º parte-se da posição das unidades;- nela tem-se os metros, porque a unidadeindicada ao lado da medida é metro;

met

ros

decí

met

ros

2, 7 3 5 metros

2.º à direita dos metros, depois da vírgula, ficamos decímetros;

met

ros

decí

met

ros

cent

ímet

ros

2, 7 3 5 metros

3.º depois dos decímetros ficam os centímetros;

met

ros

decí

met

ros

cent

ímet

ros

milí

met

ros

2, 7 3 5 metros

4.º mais à direita ainda, depois dos centímetros,ficam os milímetros.

Então, a medida 2,735 representa2 metros, 7 decímetros, 3 centímetros e 5 milímetros.

7.2 UNIDADES DE MEDIDAS MENORES QUE O MILÍMETRO

O milímetro é uma unidade de medida muito pequena. No entanto, para medir comexatidão, é necessário usar unidades de medidas ainda menores.

As unidades menores que o milímetro são formadas pela divisão do milímetro em10, 100 e 1 000 partes:– dividindo o milímetro em 10 partes iguais tem-se o décimo de milímetro, que vale

0,1 mm;– dividindo-o em 100 partes iguais tem-se o centésimo de milímetro, que vale 0,01 mm;– dividindo-o em 1 000 partes iguais tem-se o milésimo de milímetro, que vale 0,001 mm.

Page 72: CÁLCULO TÉCNICO

72

Pode-se dizer, também, que– dez milésimos correspondem a um centésimo: 10 x 0,0010 mm = 0,01 mm– dez centésimos correspondem a um décimo: 10 x 0,010 mm = 0,1 mm– dez décimos correspondem a um milímetro: 10 x 0,10 mm = 1 mm.

Observe as medidas do furo e do eixo das figuras abaixo:

• O furo mede 20,082 mm;• o eixo mede 20,002 mm, ou seja, 0,080 mm menos que o furo;

assim, a folga entre eles é de 0,080 mm;• com esta folga pode-se introduzir o eixo no furo apenas empurrando com a mão.

Mudando as medidas, o ajuste entre o eixo e o furo se modifica.

Se o eixo for fabricado com 7 centésimos de milímetro a mais, sua medida vai ser20,072 mm. Nesse caso, a folga será de 0,010 mm e o eixo vai precisar depequenas pancadas para ser introduzido no furo.

Um pequeno aumento na medida do eixo é capaz de modificar bastante o ajuste.Por isso, em Mecânica, diferenças de centésimos e milésimos de milímetro precisamser medidas com cuidado.

Page 73: CÁLCULO TÉCNICO

73

Para medir com exatidão de décimos, centésimos e milésimos de milímetro usam-seinstrumentos especiais. Os instrumentos mais usados são o paquímetro, que medecom exatidão de até centésimos de milímetro, e o micrômetro, que mede comexatidão de até milésimos de milímetros.

O milésimo de milímetro é também chamado de micrômetro, símbolo µm.

7.3 TRANSFORMAÇÃO DE MEDIDAS

Quando se escreve a mesma medida usando unidades diferentes diz-se que se estátransformando a medida de uma unidade para outra.

Se for pedido que se corte 1 cm de uma chapa e 0,01 m de outra chapa, cortam-sedois pedaços de dimensões iguais, porque a medida de 1 cm é igual à medida de0,01 m. A única diferença existente é quanto à unidade de medida que está sendoutilizada.

1 cm 1 centímetro0,01 m 1 centésimo de metro

Para transformar medidas é preciso que se saibam de cor as posições de todas asunidades de comprimento. Isto é: faz-se necessário decorar a tabela de posições aseguir.

Tabela de posições – Unidades de comprimento

km hm dam m dm cm mm déci

mo

dem

ilím

etro

cent

ésim

ode

milí

met

ro

µµµµ • • • • • • • • • •

Exemplos:– Converter 32355 mm em m.

← vírguladam m dm cm mm

3 2 3 5 5

dam m dm cm mm3 2, 3 5 5

Neste caso, deve-se correr a vírgula para a esquerda até m. Tem-se, então, 32,355 m.

Page 74: CÁLCULO TÉCNICO

74

– Converter 2,012 m em cm.Vírgula →

m dm cm mm2, 0 1 2

m dm cm mm2 0 1, 2

Neste caso, deve-se correr a vírgula para a direita até cm. Tem-se, então, 201,2 cm.

Nem sempre a transformação é feita só por mudança da vírgula. Às vezes, é precisocolocar ou tirar zeros das medidas, e até mesmo colocar ou tirar as vírgulas.

– Converter 2,1 m em mm.

m dm cm mm2, 1

m dm cm mm2 1 0 0

Neste caso, deve-se correr a vírgula para a direita até a casa dos milímetros e, na faltade números, acrescentar zeros. Tem-se, então, 2 100 mm.

– Converter 2,45 m em cm.

m dm cm mm2, 5 5

m dm cm mm2 4 5,

Neste caso, a vírgula não tem razão de existir. Tem-se, então, 245 cm.

– Converter 7,3 dm em m.

m dm cm7, 3

m dm cm0, 7 3

Neste caso, deve-se correr a vírgula para a esquerda até a casa do metro e, na falta denúmeros, acrescentar zero. Tem-se, então, 0,73 m.

Page 75: CÁLCULO TÉCNICO

75

7.4 POLEGADA

Medida inglesa de comprimento equivalente a 25,40 mm.

A polegada divide-se em meios , quartos , oitavos , dezesseis avos ,

trinta e dois avos , sessenta e quatro avos , cento e vinte e oito avos .

Na Mecânica usam-se milésimos e décimos de milésimos de polegada.

7.5 CONVERSÃO DE POLEGADAS EM MILÍMETROS E VICE-VERSA

Para converter polegadas em milímetros multiplica-se a polegada, ou fração, peloequivalente da polegada em milímetros: 25,4.

1.º exemplo:

Converter 2” em milímetros.

Tem-se: 2 x 25,4 = 50,8 milímetros

2.º exemplo:

Converter em milímetros.

Tem-se: x 25,4 = x 25,4 = 130,175 milímetros

3.º exemplo:

Converter em milímetros.

Tem-se: x 25,4 = 12,7 milímetros

Para converter milímetros em polegadas, divide-se o número de milímetros peloequivalente da polegada em milímetros.

4.º exemplo:

Converter em polegadas 130,175 mm.

Tem-se:

22

44

88

1616

3232

6464

128128

"

8

15

"

8

15

"

8

41

"

2

1

"

2

1

"

8

152540031755

25400130175

4,25175,130 ===

Page 76: CÁLCULO TÉCNICO

76

7.6 EXERCÍCIOS

1 Indicar em forma de fração os valores das medidas indicadas na figura.

A =B =C =

2 Indicar em forma de números mistos as medidas indicadas na figura.

A =B =C =

3 Indicar em forma de fração os valores de A, B e C indicados na figura.

A =B =C =

4 Calcular a medida “D” indicada na figura.

5 Calcular o comprimento “X” da peça indicada na figura.

Page 77: CÁLCULO TÉCNICO

77

6 Calcular o comprimento “X” da peça indicada na figura.

7 Calcular o comprimento “C” da peça indicada na figura.

8 Calcular o comprimento “C” da peça indicada na figura.

9 Calcular o comprimento “C” da peça indicada na figura.

Page 78: CÁLCULO TÉCNICO

78

7.7 PAQUÍMETRO

Paquímetro é o instrumento utilizado para a medição de peças quando a quantidadenão justifica um instrumental específico e a precisão requerida não desce a menosde 0,02 mm, 1” e 0,001” (Fig. 4).

128

Figura 4 − Paquímetro

É um instrumento finamente acabado, com superfícies planas e polidas. O cursor éajustado à régua de modo que permita sua livre movimentação com um mínimo defolga. Geralmente é construído em aço inoxidável. Suas graduações referem-se a 20°.

A escala é graduada em milímetros e polegadas, podendo a polegada ser fracionáriaou milesimal. O cursor é provido de uma escala chamada nônio ou vernier, que sedesloca em frente às escalas da régua e indica o valor da dimensão tomada.

7.7.1 Princípio do Vernier de 0,1 mmA escala do cursor, chamada nônio (designação dada pelos portugueses emhomenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída sua invenção) ou vernier(denominação dada pelos franceses em homenagem a Pierre Vernier, que elesafirmam ser o inventor), consiste na divisão no valor N de uma escala graduada fixapor N.1 (número de divisões) de uma escala graduada móvel (Fig. 5).

Figura 5 − Escala

Page 79: CÁLCULO TÉCNICO

79

Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9 mm (Fig. 5), e dividindo pelonúmero de suas divisões (10), conclui-se que cada intervalo da divisão do nôniomede 0,9 mm (Fig. 6).

Figura 6 − Nônio

Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do nônio(Fig. 7), conclui-se que cada divisão do nônio é menor 0,1 mm do que cada divisãoda escala fixa. Essa diferença é também a aproximação máxima fornecida peloinstrumento.

Figura 7 – Escala nônio

Assim sendo, fazendo coincidir o primeiro traço do nônio com o da escala fixa, opaquímetro estará aberto em 0,1 mm (Fig. 8), coincidindo o segundo traço com 0,2 mm(Fig. 9), o terceiro traço com 0,3 mm (Fig. 10), e assim sucessivamente.

Figura 8 – Posição 0,1 Figura 9 – Posição 0,2 Figura 10 – Posição 0,3

Page 80: CÁLCULO TÉCNICO

80

7.7.2 Paquímetro – Sistema inglês ordinárioPara efetuar leitura de medida em um paquímetro do sistema inglês ordinário, faz-senecessário conhecer bem todos os valores dos traços da escala (Fig. 11).

Figura 11 – Sistema inglês ordinário

Assim sendo, ao deslocar-se o cursor do paquímetro até que o traço zero do nôniocoincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1/16” (Fig. 12),no segundo traço, 1/8” (Fig. 13), no décimo traço, 5/8” (Fig. 14).

Figura 12 –Posição 1/16”

Figura 13 –Posição 1/8”

Figura 14 – Posição 5/8”

7.7.3 Uso do Vernier (Nônio)Através do nônio pode-se registrar no paquímetro várias frações da polegada. Oprimeiro passo é conhecer qual a aproximação (sensibilidade) do instrumento.

a = e a = 1/16 : 8 = 1/16 x 1/8 = 1/128”n

e = 1/16” a = 1/128”n = 8 divisões

Sabendo que o nônio possui oito divisões, sendo a aproximação do paquímetro1/128”, pode-se conhecer o valor dos demais traços (Fig. 15)

Figura 15 – Nônio em polegadas

Page 81: CÁLCULO TÉCNICO

81

Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do nônio(Fig. 16), conclui-se que cada divisão do nônio é menor 1/128” do que cada divisãoda escala fixa.

Figura 16 – Nônio e escala em polegadas

Assim sendo, se o cursor do paquímetro for deslocado até que o primeiro traço denônio coincida com o da escala fixa, a leitura da medida será 1/128” (Fig. 17), osegundo traço 1/64” (Fig. 18), o terceiro traço 3/128” (Fig. 19), o quarto traço 1/32”, eassim sucessivamente.

Figura 17 – Posição 1/128” Figura 18 – Posição 1/64” Figura 19 – Posição 3/128”

OBSERVAÇÃO:Para a colocação de medidas, assim como para a leitura de medidas feitas empaquímetro do sistema inglês ordinário, utilizam-se os processos a seguir descritos.

7.7.3.1 Processo para a colocação de medidas

1.º exemplo − Colocar no paquímetro a medida 33/128”.Divide-se o numerador da fração pelo último algarismo do denominador.

O quociente encontrado na divisão será o número de traços por deslocar na escalafixa pelo zero do nônio (4 traços). O resto encontrado na divisão será a concordânciado nônio, utilizando-se o denominador da fração pedida (128) (Fig. 20).

12833 33 8

32 4 1

Page 82: CÁLCULO TÉCNICO

82

Figura 20 – Posição 33/128”

2.º exemplo − Colocar no paquímetro a medida 45/64” (Fig. 21).

Figura 21 – Posição 45/64”

7.7.3.2 Processo para a leitura de medidas

1.º exemplo − Ler a medida da Figura 22.

Figura 22 – Posição 49/128”

Multiplica-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nôniopelo último algarismo do denominador da concordância do nônio.

Soma-se o resultado da multiplicação com o numerador, repetindo o denominadorda concordância.

"

12833

"

6445

"

12849

45 444 11 1

6445

número de traços adeslocar pelo zero donônio da escala fixa

concordância do nônioutilizando o denominador dafração pedida

+ "

12849

6

x

"

1281

=

Page 83: CÁLCULO TÉCNICO

83

2.º exemplo − Ler a medida da Figura 23.

Figura 23 – Posição 37/64”

3.º exemplo − Ler a medida da Figura 24.

Figura 24 - Posição 13/32”

4.º exemplo − Ler a medida da Figura 25.

Figura 25 – Posição 1 39/128”

OBSERVAÇÃO:Em medidas como as do exemplo da Figura 25, abandona-se a parte inteira e faz-sea contagem dos traços, como se fosse iniciada a operação. Ao final da aplicação doprocesso, inclui-se a parte inteira antes da fração encontrada.

641

=+ "

6437

9

x

número de traços daescala fixa ultrapassadospelo zero do nônio

concordânciado nônio

leitura damedida

+ "

12839

4

x

"

1287

="

128391

+ "

3213

6

x

"

321

=

Page 84: CÁLCULO TÉCNICO

84

7.7.4 Exercícios

Fazer as leituras abaixo.Respostas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

Page 85: CÁLCULO TÉCNICO

85

7.7.5 Exemplos de paquímetrosDos diversos tipos de paquímetros existentes, mostram-se alguns exemplos.

Figura 26 − Medição interna

Figura 27 − Medição externa Figura 28 − Medição deprofundidade

Figura 29 − Paquímetro de profundidade Figura 30 – Paquímetro com bicos longos paramedição em posição profunda

Page 86: CÁLCULO TÉCNICO

86

Figura 31− Paquímetro de altura Figura 32 − Paquímetro de altura equipadocom relógio comparador

Figura 33 − Paquímetro de nônio duplo para medição daespessura de dente de engrenagem

Page 87: CÁLCULO TÉCNICO

87

8 GEOMETRIA PLANA

8.1 POLÍGONO

Polígono é a figura plana fechada formada por linha poligonal (quebrada) fechada.

8.1.1 Polígono regularÉ aquele que tem seus lados e ângulos iguais.Exemplos:

triângulo equilátero quadrado hexágono

8.1.2 Polígono irregularÉ aquele que não possui todos os lados e ângulos iguais.Exemplos:

retângulo trapézio losango

8.2 PERÍMETRO

O contorno de uma figura plana pode ser medido. Essa medida chama-se perímetro.Para entender melhor, imagine-se uma figura com o contorno feito em arame. Paramedir seu perímetro, pode-se abrir o arame até que fique reto, e medir seucomprimento.

Page 88: CÁLCULO TÉCNICO

88

A medição do perímetro através desse método é fácil, por ser um contorno de arameque pode ser aberto. Mas isso não é possível quando se deseja medir o perímetrode um objeto, pois não se pode abri-lo. Uma alternativa é medir o perímetro de umobjeto com um pedaço de barbante e depois medir o barbante com a rena. Fazendodesse modo, pode acontecer de a medida não ser muito exata.

Cada parte do contorno de uma figura tem uma medida. Para calcular o perímetro,basta somar as medidas das partes do contorno.

Exemplo: Calcular o perímetro da figura:

1...5,0 cm5,0 cm2,5 cm

+ 2,5 cm15,0 cm

Às vezes, é preciso medir o comprimento dos lados de uma figura ou objeto. Parasaber o perímetro da figura abaixo:

Page 89: CÁLCULO TÉCNICO

89

1.º – Mede-se cada lado do contorno.

2.º Somam-se as medidas dois lados: 2,3 cm + 2,9 cm + 3,0 cm + 2,8 cm =

2,3 cm2,9 cm3,0 cm

+ 2,8 cm 11,0 cm

Agora, já se pode dizer que o perímetro desta figura é 11 cm.

8.3 CÁLCULO DA ÁREA DE FIGURAS PLANAS

Área é a medida de uma superfície. Para medir uma superfície, isto é, a parte internade uma figura plana, antes de tudo é preciso lembrar que medir uma grandeza écompará-la com uma unidade de medida.

Tomando como unidade a superfície interna de um pequeno quadrado, comparar asuperfície das figuras A e B com a do quadrado.

Page 90: CÁLCULO TÉCNICO

90

Quantas vezes a unidade, isto é, o quadrado, cabe em cada figura? Para respondera essa pergunta, começa-se comparando a figura A.

A superfície da figura A vale o mesmo que a superfíciede 32 quadrados.

Então, a medida da superfície de A é 32 unidades.

Do mesmo modo, pode-se medir a superfície da figura B.

Contam-se quantos quadrados cabem na figura B. Vê-se que sua superfície mede32 unidades. Isso quer dizer que a superfície de A e de B têm a mesma medida.

Para medir superfícies, isto é, para calcular a área da superfície, também existemunidades padrão de medida.

Utilizam-se as seguintes unidades de medida de superfície:

Unidades Símbolos

metro quadrado

decímetro quadrado

centímetro quadradomilímetro quadrado

m2

dm2

cm2

mm2

Page 91: CÁLCULO TÉCNICO

91

Um centímetro quadrado é a área da superfície de um quadrado que tem 1 cm delado.

1 cm este pequeno quadrado tem 1 cm de lado.

1 cm sua área é chamada 1 centímetro quadrado.

O símbolo de centímetro quadrado é cm2.

Para medir uma superfície usando o cm2 como unidade, é preciso compará-la com ocm2. Vejam-se os exemplos a seguir.

8.4 TRANSFORMAÇÃO DE UNIDADES DE MEDIDA DE SUPERFÍCIE

Ao estudar medidas de comprimento verifica-se que uma mesma medida pode serdada em unidades diferentes; o mesmo ocorre com as unidades de medida desuperfície. Pode-se medir uma superfície usando o metro quadrado, o centímetroquadrado ou qualquer outra unidade de medida de superfície. Assim, a medida édada na unidade que se escolheu.

Às vezes pode-se ter a medida em uma unidade, mas precisa-se dela em outraunidade. Nesse caso, é só fazer a transformação. Já se viu que, para transformarmedidas de comprimento, a vírgula é deslocada de uma em uma posição.

Exemplo: 9,5280 m = 95,280 dm

dam m dm cm mm9, 5 2 8 0

dam m dm cm mm9 5, 2 8 0

Page 92: CÁLCULO TÉCNICO

92

Com as unidades de superfície a transformação é um pouco diferente: é precisodeslocar a vírgula de duas em duas posições.

Exemplo 1 − Transformar a medida 5,3820 m2 em cm2:

Primeiro é preciso lembrar que o lugar da unidade de medida é sempre o algarismoque fica antes da vírgula.

dam2 m2 dm2 cm2 mm2

5, 38 20

dam2 m2 dm2 cm2 mm2

5 38 20 Resposta: 53 820 cm2

Exemplo 2 − Transformar a medida 15,75364 m2 em cm2:

dam2 m2 dm2 cm2 mm2

15, 75 36 4

dam2 m2 dm2 cm2 mm2

15 75 36, 4 Resposta: 157 536,4 cm2

A vírgula andou quatro posições para a direita até o cm2.

Exemplo 3 − Fazendo outra transformação, escrever a medida 112,5 dm2 em m2:

112,5 dm2 = 1,125 m2

Neste caso, a vírgula foi deslocada duas casas para a esquerda.

Exemplo 4 − Escrever a medida 9,8 m2 em dm2:

9,8 m2 = 980 dm2

Aqui foi preciso acrescentar um zero para preencher a posição do dm2, porque odm2 fica duas posições à direita do m2.

9,5 cm2 = 0,095 dm2

Aqui foram acrescentados dois zeros, porque a vírgula precisa andar duas posiçõespara ir do cm2 até o dm2.

Page 93: CÁLCULO TÉCNICO

93

Outra unidade de medida de superfície é o decímetro quadrado. Um decímetroquadrado é a área de um quadrado que tem 1 dm de lado.

Em uma folha como esta é impossível representar com desenhos em escala naturalfiguras que medem vários decímetros quadrados. O processo para medir áreas emdm2 pode ser o mesmo que se usou para medir em cm2.

O milímetro quadrado é outra unidade de medida e superfície. Um milímetroquadrado é a área de um quadradinho de 1 mm de lado.

Quantos mm2 cabem no cm2?1 cm 10 mm

1 cm2 = 100 mm2

em um cm2 cabem 100 mm2 1 cm

10 m

m

O metro quadrado, a exemplo de outras unidades de medida maiores que o metro, éutilizado para a medição de superfícies grandes, cujo processo para determinaçãode medida das áreas é o mesmo que o usado anteriormente.

No quadro a seguir estão representadas as unidades de medida de superfície.

Unidades maiores que o metro quadrado Unidades menores que o metro quadrado

nom

e quilômetroquadrado

hectômetroquadrado

decâmetroquadrado

metroquadrado

decímetroquadrado

centímetroquadrado

milímetroquadrado

sím

bolo

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

defin

ição área de

quadradocom 1 kmde lado

área dequadradocom 1 hmde lado

área dequadradocom 1 damde lado

área dequadradocom 1 mde lado

área dequadradocom 1dmde lado

área dequadradocom 1 cmde lado

área dequadradocom 1 mmde lado

Page 94: CÁLCULO TÉCNICO

94

8.5 MODO PRÁTICO DE CALCULAR ÁREAS

Nem sempre é possível medir a superfície de uma figura contando as unidades demedida que cabem nela. Existe um modo mais prático para calcular a área de umasuperfície.

8.5.1 Área do retânguloPara calcular a área da superfície retangular, mede-se a largura e o comprimento doretângulo, e depois multiplicam-se essas medidas: comprimento x largura.

Exemplo:6 cm

3 cm

Medindo os lados do retângulo,vê-se que tem 3 cm de largura e6 cm de comprimento.

6 cm

3 cm Como o comprimento mede 6 cm,

ao longo dele cabe uma fila com 6 cm2.

6 cm

3 cm

Como a largura é 3 cm, querdizer que, no retângulo todo,cabem três filas de 6 cm2.

6 cm

3 cm

Então, como 3 x 6 = 18, noretângulo todo cabem 18 cm2.

Resultado, a área de retângulo de 3 cm por 6 cm é igual a 18 cm2. Conclui-se que aárea de um retângulo é igual ao produto da base pela altura. Esta regra vale tambémquando os lados têm uma medida decimal.

Exemplo: Calcular a área do retângulo abaixo.

Page 95: CÁLCULO TÉCNICO

95

Este retângulo tem 3,2 cm de largura e 7,4 cm de comprimento. É preciso multiplicar7,4 por 3,2 para achar a área:

7,4 x 3,2 148 + 222 0 23,68

Neste caso, a área do retângulo é 23,68 cm2. O resultado ficou em centímetrosporque os lados dos retângulos foram medidos em centímetros. Quando os ladosestão em milímetros, a área fica em mm2; quando estão em metros, fica em m2.

Às vezes, as medidas são dadas em unidades diferentes, e então não se podesimplesmente multiplicar uma pela outra. Neste caso, para calcular a área é precisodecidir em que unidade se deseja obter o resultado.

Exemplo:

Se for decidido obter o resultado em centímetros, deve-se transformar os 37 mm emcentímetros para, depois, calcular a área do retângulo.

37 mm = 3,7 cm

3,7 cm x 5,5 cm 185 + 185 0

Resposta: 20,35 cm2

8.5.2 Área do quadradoO cálculo da área do quadrado é feito da mesma forma que o do retângulo, com adiferença de, no quadrado, a largura e o comprimento terem a mesma medida.

Page 96: CÁLCULO TÉCNICO

96

Exemplo:

Calcular a área de um quadrado com 31,5 mm de lado.

Como a figura é um quadrado, o comprimento é igual à largura.

comprimento = 31,5 31,5 mmlargura = 31,5 x 31,5 mm

157 5315

+ 945 0992,25 mm2

Resultado: a área do quadrado é 992,25 mm2.

Pode ser necessário calcular a área de uma figura que não é um retângulo nem umquadrado. Exemplo:

Pode-se imaginar que a figura é formada por partes. Assim:

Desse modo, forma-se um quadrado de 32 mm mais um retângulo de 30 mm x 12 mm.

área do quadrado 32 x 32 = 1 024área do retângulo 30 x 12 = 360Total 1 024 + 360 = 1 384

Todas as medidas são em milímetros. Então, a área da figura é 1 384 mm2.

Page 97: CÁLCULO TÉCNICO

97

Há duas outras maneiras de imaginar a mesma figura.

Dessa maneira, forma-se um retângulo de 32 mm por 20 mm mais um retângulo de62 mm por 12 mm.

áreas 32 x 20 = 64062 x 12 = 744

Total 640 + 774 = 1 384 área da figura: 1 384 mm2

Dessa maneira, forma-se um retângulo de 32 mm por 62 mm, do qual deve sersubtraído um retângulo de 20 mm por 30 mm.

áreas 32 mm x 62 mm = 1 984 mm2

20 mm x 30 mm = 600 mm2

Total 1 984 mm2 − 600 mm2 = 1 384 mm2 área da figura: 1 384 mm2

8.5.3 Área do paralelogramoO retângulo EBCF é equivalente ao paralelogramo ABCD, porque os triângulos ABEe DCF são iguais.

Logo, pode-se concluir que a área do paralelogramo é igual ao produto da base pelaaltura.

hBA ⋅=

Page 98: CÁLCULO TÉCNICO

98

Exemplo:Calcular a área do paralelogramo de 3,.72 m de base e 1,8 m de altura.

Fórmula: A = B x h A = 3,7 m x 1,8 m 3,72 m

x 1,8 m2 976 m

base = 3,72 m 3 72 m 0altura = 1,8 m 6,696 m2

Resultado: a área do paralelogramo é 6,696 m2.

8.5.4 Área do triânguloConsiderando o triângulo ABC, traçado pelos vértices B e D paralelos aos lados ADe AB, respectivamente, forma-se o paralelogramo ABCD, equivalente à soma dostriângulos ABD e BCD.

Portanto, a área de um triângulo é igual à metade do produto da base pela altura.

Exemplo:Calcular a área do triângulo cuja base mede 14,7 m e a altura, 1,4 m.

Fórmula:14,7 m

x 1,4 m588

147 0 20,58 m2 2

00 5 10,29 m2

418

base = 14,7 m 0altura = 1,4 m

Resultado: a área do triângulo é 10,29 m2.

2hBA ⋅=

2hBA ⋅=

24,17,14 mmA ⋅=

Page 99: CÁLCULO TÉCNICO

99

8.5.5 Área do trapézioA diagonal, linha que une dois vértices não-consecutivos BD, divide o trapézio emdois triângulos.

Sendo a área do trapézio equivalente à soma dos dois triângulos ABD e BDC, sebases B1 e b2 respectivamente, e de mesmas alturas, a área do trapézio será igualao produto da semi-soma das bases pela altura.

Exemplo:Calcular a área do trapézio cujas medidas são:

base maior (b1) = 12 m 12 mbase menor (b2) = 8 m A = (12 m + 8 m) x 5 m + 8 maltura (h) = 5 m 2 20 m 2

00 10 mFórmula: A = b1 + b2 . h x 5

2 50 m2

Resultado: a área do trapézio é 50 m2.

8.5.6 Área do losangoTraçando pelo vértice do losango paralelas às suas diagonais, forma-se o retângulo.O retângulo cujas dimensões dos lados correspondem às dimensões das diagonaisdo losango é formado por oito triângulos iguais (ABS, ACO, CDE, CEO, EFG, EGO,GHA, GAO). Como o losango é constituído por quatro desses triângulos, então aárea do losango é a metade da área do retângulo.

Logo, a área do losango é a metade do produto de suas diagonais.

hbbA ⋅+=2

12

2CGAEA ×=

Page 100: CÁLCULO TÉCNICO

100

2RA ×= π

2DR = 4

D2DA

22 π=

π=

4DA

2π=

Exemplo:Calcular a área do losango sabendo que suas diagonais medem, respectivamente,9 m e 4 m.

Fórmula: 9 m x 4 m

36 2 16 18 m2

0Resultado: a área do losango é 18 m2.

8.5.7 Área do círculoSendo “O” um ponto qualquer do plano e “R” número real maior que zero, define-seo círculo de raio “R” como sendo o conjunto de todos os pontos “X” tais que suasdistâncias do ponto “O” sejam menores ou iguais ao número “R”.

C = perímetroD = diâmetro do círculoR = raio do círculo

A área do círculo é igual ao produto de π pelo quadrado do raio como

temos:

Exemplo:Achar a área de um círculo de raio igual a 5 m.Fórmula: A = π R2

A = 3,1416 x (5 m)² 3,1416A = 3,1416 x 25 m² x 25

1 57080+ 6 2832 0 78,5400

Resultado: a área do círculo é 78,54 m².

2RA ×= π

RRC ⋅=⋅⋅= ππ2

22DC ⋅= π

Page 101: CÁLCULO TÉCNICO

101

FORMULÁRIO

RET

ÂN

GU

LO

baA ⋅=

QU

AD

RA

DO

2aA =

TRIÂ

NG

ULO

2haA ⋅= PA

RA

LELO

GR

AM

O

haA ⋅=

TRA

PÉZI

O

2h)bB(A ⋅+=

LOSA

NG

O

2dDA ⋅=

CÍR

CU

LO

2RA ⋅π=

SETO

R C

IRC

ULA

R

α em graus

360RA

2⋅π⋅α=

α em radianos

2RA

2⋅α=

CO

RO

A C

IRC

ULA

R

)rR(A 22 −⋅π= SEG

MEN

TO C

IRC

ULA

R

α em radianos

)sen(2

RA2

α−α⋅=

α

α

Page 102: CÁLCULO TÉCNICO

102

8.6 MEDIDA ENTRE AS FACES DE UM POLÍGONO REGULAR

Para determinar a medida A de um polígono, representado no exemplo pelohexágono, basta aplicar a seguinte fórmula: A = D 0

constante

Tabela das constantes pelas quais devem ser multiplicadas as medidas entre asfaces para se obter o diâmetro.

n.º de divisões constante n.º de divisões constante

4

6

8

10

12

1,41421

1,15470

1,08239

1,05146

1,03528

14

16

18

20

1,02572

1,01959

1,01545

1,01247

8.6.1 ExercíciosDeterminar a medida “x” dos polígonos a seguir:

8.7 DIVISÃO DE CIRCUNFERÊNCIAS EM PARTES IGUAIS

Page 103: CÁLCULO TÉCNICO

103

É comum, nos trabalhos em oficina, contar-se com o profissional que determina aabertura do compasso para dividir uma circunferência em partes iguais. Para isso,basta aplicar um cálculo simplificado com o auxílio da tabela que se apresenta napágina a seguir.

8.7.1 Aplicação da tabela de constanteExemplo:Determinar a abertura do compasso para dividir uma circunferência de Ø 44 mm emcinco partes iguais.

Solução – Multiplica-se o diâmetro pela constante dada na tabela correspondente aonúmero de divisões.

L = D x constante = 44 x 0,587 = 25,8

Page 104: CÁLCULO TÉCNICO

104

n.º de divisões constante n.º de divisões constante

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

0,866

0,707

0,587

0,500

0,433

0,382

0,342

0,309

0,281

0,258

0,239

0,222

0,207

0,195

0,183

0,173

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

0,164

0,156

0,149

0,142

0,136

0,130

0,125

0,120

0,116

0,111

0,108

0,104

0,101

0,098

0,095

0,092

8.8 ÂNGULOS

Ângulo é a figura formada por duas retas que tem um ponto em comum.

As retas que formam o ângulo chamam-se lados; o ponto de encontro dos ladoschama-se vértice do ângulo. Designa-se um ângulo pela letra do vértice. Assim, diz-se ângulo Ô (Fig. 34).

Figura 34 – Ângulo Ô

8.8.1 Ângulos consecutivosDois ângulos são consecutivos (AÔB e BÔC na Fig. 35) quando possuem o vértice eum lado comum.

Page 105: CÁLCULO TÉCNICO

105

No caso do ângulo da Figura 35, o lado comum é BO. Pode-se designar um ângulopor uma letra ou um número (com acento circunflexo) colocado em seu interior oupelas letras que indicam o vértice e os lados, sendo que, nesse caso, a letrarepresentativa do vértice vem entre as duas outras. Assim, na Figura 35 tem-seAÔB.

Figura 35 – Ângulos consecutivos

8.8.2 Ângulos adjacentesSão chamados adjacentes dois ângulos consecutivos cujos lados exteriores sãosemi-retas opostas (AÔB e BÔC na Fig. 36).

Figura 36 – Ângulos adjacentes

8.8.3 BissetrizChama-se bissetriz de um ângulo a semi-reta que, a partir do vértice, o divide aomeio (OC na Fig. 37).

Figura 37 – Bissetriz

8.8.4 Ângulos opostos pelo vérticeDois ângulos são opostos pelo vértice quando os lados de um são as semi-retasopostas dos lados do outro (AÔB e A’ÔB’ na Fig. 38).

B

Page 106: CÁLCULO TÉCNICO

106

Figura 38 – Ângulos opostos pelo vértice

8.8.5 Ângulo retoO ângulo reto é formado por perpendiculares (Fig. 39).

Figura 39 – Ângulo reto

8.8.6 Ângulo agudoDiz-se que um ângulo é agudo quando é menor que um ângulo reto (Fig. 40).

Figura 40 – Ângulo agudo

8.8.7 Ângulo rasoUm ângulo é chamado raso quando seus lados são semi-retas opostas (AO e OB naFig. 41).

Figura 41 – Ângulo raso

Page 107: CÁLCULO TÉCNICO

107

8.8.8 Ângulos complementares, suplementares e replementaresOs ângulos são complementares quando sua soma vale um ângulo reto (90°). Oângulo de 30°, por exemplo, é complemento de 60°, pois a soma (60° + 30°) é iguala 90°.

São chamados suplementares quando sua soma vale um ângulo raso (180°). Oângulo de 20° é suplemento de 160°, pois sua soma (160° + 20°) é igual a 180°. János ângulos replementares a soma vale um ângulo de 360°. O ângulo de 80° éreplemento de 280°, pois a soma (280° + 80°) é igual a 360°.

8.8.9 Medidas de ângulosPara medir ângulos utiliza-se o grau “ ° ” e o radiano “rad”.

Um grau é definido como a medida do ângulo central submetido por um arco igual a1/360 da circunferência que contém o arco. O grau, por sua vez, tem doissubmúltiplos: o minuto, cujo símbolo é uma aspa (’) que se coloca acima e à direitado número, e o segundo, simbolizado por dupla aspa (”), escrita ao lado do número,da mesma forma que o minuto. O sistema utilizado é o sexagesimal.

As relações entre o grau, o minuto e o segundo são as seguintes: 1 grau equivale a60 minutos e 1 minuto equivale a 60 segundos. Assim, 1 grau equivale a 3 600segundos. 1° = 60’ = 3 600”

Exemplo: 32° 42’ 28”

Um radiano é definido como a medida de um ângulo central submetido por um arcoigual ao raio da circunferência que contém o arco. O sistema utilizado é o circular.

8.8.10 Adição de ângulosPara a adição de ângulos somam-se entre si as parcelas homônimas. Ou seja: osgraus são somados entre si, os minutos entre si e os segundos entre si.

Exemplo:

a) 42° 27’ 48” + 22° 33’ 42”

64° 60’ 90”

Como 90” são constituídos por 1’ mais 30”, pode-se escrever da seguinte forma:

64° 60’ 30”+ 1’ 064° 61’ 30”

Page 108: CÁLCULO TÉCNICO

108

Como 61’ contêm 1° mais 1’, pode-se escrever: 65° 1’ 30”

a) 28° 35’ 47” + 12° 28’ 50”

40° 63’ 97”

que corresponde a 40° 64’ e 37” e, por fim, a 41° 4’ 37”.

8.8.11 Subtração de ângulosPara subtrair ângulos procede-se da mesma forma que se usou para somá-los.Exemplo:

43° 35’ 40” – 12° 24’ 31”

31° 11’ 9”

OBSERVAÇÃO:Caso o número que expressa os minutos ou segundos do subtraendo seja maior queseu correspondente no minuendo, é preciso efetuar o empréstimo à unidadeimediatamente superior. Exemplo:

a) 24° 12’ 38” – 12° 8’ 45”0

Como 45” do subtraendo é maior que 38” do minuendo, retira-se 1’ dos 12’ dosubtraendo, transforma-se este minuto em segundos e somam-se os últimos aos38”.

24° 11’ 98” – 12° 8’ 45”0

12° 3’ 53”

b) 33° 23’ 40” – 28° 40’ 48”0

Transforma-se 1’ em 60”:33° 22’ 100”

– 28° 40’ 48”0

Em seguida, transforma-se 1° em 60’:

32° 82’ 100” – 28° 40’ 48”0

4° 42’ 52”

Page 109: CÁLCULO TÉCNICO

109

8.9 TEOREMA DE PITÁGORAS

Uma das aplicações da raiz quadrada é a resolução de certos problemas detriângulos. Como exemplo tem-se aqueles em que, conhecidos dois lados dotriângulo retângulo, se procura determinar o terceiro lado. Com efeito, nos triângulosretângulos – todos os que possuem um ângulo reto, isto é, 90° (Fig. 42) – o ladomaior é chamado hipotenusa, e os outros dois, catetos.

Figura 42 – Triângulo retângulo

Em todos os triângulos retângulos o quadrado da hipotenusa é igual à soma dosquadrados dos catetos (teorema de Pitágoras).

Figura 43 – Quadrados dos catetos

Observando o exemplo do triângulo retângulo da Figura 43, vê-se que os quadradosformados pelos catetos b e c são, respectivamenteb2 = 82 = 64c2 = 62 = 36

Somando os quadrados destes catetos, tem-se:b2 + c2 = 64 + 36 = 100

Page 110: CÁLCULO TÉCNICO

110

A hipotenusa, por sua vez, mede 10 cm. Logo, seu quadrado é:a2 = 102 = 100

Como b2 + c2 (soma do quadrado dos catetos) é também igual a 100, pode-seescrever: a2 = b2 + c2

8.9.1 Exercícios – Relação de Pitágoras

1 Calcular a distância “X” entre os centros dos furos.

2 Calcular o comprimento “X” do cone.

3 Calcular a profundidade de fresar “P”.

4 Calcular o comprimento “A”.

Page 111: CÁLCULO TÉCNICO

111

9 GEOMETRIA ESPACIAL

9.1 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS (FIGURAS ESPACIAIS)

As figuras planas pertencem totalmente a um plano, por isso possuem duas dimensões:comprimento e largura.

Observe-se, no plano ∝ , o retângulo e suas dimensões.

Figura 44 − Retângulo e suas dimensões

A mesma figura pode ser representada em outra posição.

Figura 45 − Retângulo e suas dimensões em posição alternada

Page 112: CÁLCULO TÉCNICO

112

Agora observe-se, no mesmo plano, uma figura geométrica.

Figura 46 − Figura geométrica

A figura tem três dimensões. As figuras geométricas que possuem três dimensões −isto é, comprimento, largura e altura − chamam-se sólidos geométricos.

Um sólido geométrico nunca pertence a um só plano; sempre ocupa uma parte noespaço. Por isso, os sólidos geométricos também são chamados figuras espaciais.

Assim como as retas são formadas a partir de pontos, os sólidos geométricos sãoformados a partir de figuras planas.

9.1.1 PrismasQuando um sólido geométrico é formado pelo deslocamento de um polígono emdireção determinada, recebe o nome de prisma.

Figura 47 − Prisma

As bases de um prisma são paralelas e congruentes, isto é, a base superior tem asmesmas medidas da base inferior.

Os prismas recebem nomes de acordo com o polígono que lhes deu origem. Quandoa superfície plana que lhe dá origem é um quadrado, tem-se um prisma de basequadrada. Mas, se a figura que dá origem ao prisma é um retângulo, tem-se umprisma de base retangular.

Page 113: CÁLCULO TÉCNICO

113

Denomina-se prisma reto aquele que tem as arestas das faces laterais perpendi-culares às bases.

prisma reto de base quadrada prisma reto de base retangular

prisma reto de base triangular prisma reto de base hexagonal

Figura 48 − Prismas retos

9.1.2 PirâmidesA pirâmide é outro tipo de sólido geométrico.

Quando um sólido geométrico é formado a partir de um polígono em que todos ospontos se ligam a um único ponto fora do plano chamado vértice do polígono,recebe o nome de pirâmide.

Figura 49 − Pirâmide

O polígono a partir do qual é formada a pirâmide chama-se base de pirâmide. Aspirâmides recebem nomes de acordo com os polígonos que lhe deram origem.

Page 114: CÁLCULO TÉCNICO

114

pirâmide de basequadrada

pirâmide de basehexagonal

pirâmide de basetriangular

pirâmide de baseretangular

Figura 50 − Nome das pirâmides

9.1.3 Cilindro, cone e esferaOs sólidos geométricos formados a partir de uma figura plana que gira em volta deum eixo de rotação chamam-se sólidos de revolução.

Quando um sólido de revolução é formado a partir de um retângulo, recebe o nomede cilindro reto.

Figura 51 − Cilindro

Quando um sólido de revolução é formado a partir de um triângulo com os ângulosda base congruentes e o eixo de rotação passando pelo vértice e pelo meio da base,recebe o nome de cone reto.

Figura 52 − Cone

Page 115: CÁLCULO TÉCNICO

115

Quando o sólido de revolução é formado a partir de um círculo com o eixo passandopor um de seus diâmetros, recebe o nome de esfera.

Figura 53 − Esfera

Como a esfera é formada a partir de um círculo, não é oca. Sua parte externa échamada de superfície da esfera ou superfície esférica.

9.2 CÁLCULO DO VOLUME DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Volume de um corpo é o espaço ocupado por ele. É o número que exprime suamedida.

Para medir o volume é preciso escolher uma unidade de medida para compará-lo.Essas unidades são os cubos, cujas arestas medem uma unidade de comprimentodo Sistema Internacional de Medidas.

Exemplos:Cubo com 1 metro de aresta ou cubo com 1 decímetro de aresta

O metro cúbico é o volume de um cubocom arestas que medem 1 metro.O símbolo do metro cúbico é m3.

O decímetro cúbico é o volume de um cubocom arestas que medem 1 decímetro.O símbolo do decímetro cúbico é dm3.

Figura 54 – Volumes

O metro cúbico (m3) é a unidade legal dos volumes e é o volume de um cubo de 1 mde aresta.

Page 116: CÁLCULO TÉCNICO

116

Quadro de unidades de volume

múltiplos Unidades Submúltiplos

quilômetrocúbico

hectômetrocúbico

decâmetrocúbico

metrocúbico

decímetrocúbico

centímetrocúbico

milímetrocúbico

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

1 000 000 000 m3 1 000 000 m3 1 000 m3 1 m3 0,001 m3 0,000001 m3 0,000000001 m3

Como se vê no quadro dos múltiplos e submúltiplos, a variação dessa unidade é de1 000 em 1 000. Constitui, portanto, um sistema milesimal, pois

1 m3 = 1 000 dm3

1 dm3 = 1 000 cm3

1 cm3 = 1 000 mm3

Na prática, somente se emprega o metro cúbico (m3) e seus submúltiplos.

9.2.1 Mudança de unidades de volumeA mudança de unidades é feita deslocando-se a vírgula três casas à direita (para aunidade imediatamente inferior) ou três casas à esquerda (para a imediatamentesuperior), suprindo de zeros caso faltem algarismos.

Exemplos:

a) Representar 21,7 m3 em cm3: Solução: m3 dm3 cm3

21, 700 000,

Resposta: 21,7 m3 = 21 700 000 cm3

b) Converter 38,467 cm3 em m3: Solução: m3 dm3 cm3 mm3

000, 000 038, 467

Resposta: 38,467 cm3 = 0,000 038 467 m3

9.2.2 Cálculo de volumesDe modo geral, o volume dos prismas e do círculo é calculado multiplicando-se aárea da base pela medida da altura. Isto é:

V = B . h onde b representa a área da base e h a medida da altura.

Page 117: CÁLCULO TÉCNICO

117

9.2.2.1 Volume do cubo − O cubo é o sólido limitado por seis faces congruentes. Seuvolume é calculado elevando-se a medida da aresta do cubo. Isto é:

V = a3

Se a = 20 cm, então:V = a3

V = (20 cm)3

V = 20 cm x 20 cm x 20 cmV = 8 000 cm3

9.2.2.2 Volume do paralelepípedo retângulo − É o sólido geométrico que possui seisfaces retangulares congruentes duas a duas. Seu volume é determinado peloproduto de suas três dimensões. Isto é:

V = A.B.C

Se A = 3 cmB = 10 cmC = 5 cm, então:

V = A.B.CV = 3 cm x 10 cm x 5 cmV = 150 cm3

9.2.2.3 Volume do cilindro de revolução − É o sólido gerado por um retângulo quegira em torno de um dos lados. Seu volume é obtido multiplicando-se a área da base(πr2) pela medida da altura (h). Isto é:

Se D = 20 cmr = 10 cmh = 20 cm, então:

V = π.r2.hV = 3,14. (10 cm)2 . 20 cmV = 6 280 cm3

9.2.2.4 Volume da pirâmide − É o sólido limitado por um polígono qualquer e portriângulos que têm vértices comuns. O polígono é a base e os triângulos são asfaces da pirâmide; as pirâmides classificam-se de acordo com as bases.

hr ⋅⋅= 2V π

Page 118: CÁLCULO TÉCNICO

118

⋅⋅⋅ hr 231 π

3

2 hrV ⋅⋅= π

O segmento de reta perpendicular à base a partir do vértice comum chama-se alturada pirâmide.

Determina-se o volume da pirâmide multiplicando um terço da área da base pelaaltura. Isto é:

Sb = área da baseh = altura

Exemplo:Calcular o volume da pirâmide de base retangular abaixo representada (medidas emmm):

V = 125 000 mm³

9.2.2.5 Volume do cone − É o sólido gerado por um triângulo retângulo que gira emtorno de um de seus catetos. Seu volume é obtido pelo produto de um terço da área

pela altura (h). Isto é:

Se D = 12 cmr = 6 cmh = 10 cm, então:

V = 1 π r2 h 3

V = 1 . 3,14 . (6 cm)2 . 10 cm3

V = 376,800 cm3

Sb = X . YhSb ⋅⋅=31V

75h500050100Sb

hSb31V

==×=

⋅⋅=

( ) 75500031V ⋅⋅=

Page 119: CÁLCULO TÉCNICO

119

( )bBbB AAAAhV ⋅++⋅=3

⋅++⋅= rRrRhV 22

3.π

9.2.2.6 Volume do tronco de pirâmide

onde:h = medida da alturaAB = área da base maiorAb = área da base menor

9.2.2.7 Volume do tronco de cone

onde:π = 3,14h = medida da alturaR = medida do raio maior (D/2)r = medida do raio menor (d/2)

9.2.2.8 Volume da esfera

ou

onde:π = 3,14r = medida do raio de esferaD = diâmetro

334 rV ⋅⋅= π

6

3DV ⋅= π

Page 120: CÁLCULO TÉCNICO

120

3

2 hrV ⋅⋅= π

⋅++⋅= rRrRhV 22

3.π

9.2.3 Formulário para o cálculo de volumes

cubo

V = a3

paralelepípedo

retângulo

V = A.B.C

cilindro

V = π r2 . h

pirâmide

cone tronco de cone

tronco de pirâmide esfera

hSb ⋅⋅=31V

( )bBbB AAAAhV ⋅++⋅=3 6

3DV ⋅= π

Page 121: CÁLCULO TÉCNICO

121

10 TRIGONOMETRIA

Neste capítulo será estudado um meio de calcular os lados e ângulos de umtriângulo retângulo mediante determinadas relações que são chamadas relaçõestrigonométricas. Para isso, primeiramente é preciso que o aluno esteja seguro doque se chama de cateto e cateto adjacente.

Observar o triângulo retângulo abaixo e completar as frases:

AB e AC são os ........................................BC é a ........................................................ é ângulo reto;B e ......... são ângulos agudos.

Continuando a observar:

.

AB é o cateto adjacente ao ângulo B.

AC é o cateto oposto ao ângulo B.

AC é o cateto adjacente ao ângulo Ĉ.

AB é o cateto oposto ao ângulo Ĉ

Page 122: CÁLCULO TÉCNICO

122

Adjacente é o mesmo que vizinho, junto, contíguo.Considere-se o triângulo retângulo ABC.

Ĉ é o ângulo agudo considerado.BC é a hipotenusa.AC é o cateto oposto ao ângulo Ĉ.AC é o cateto adjacente (vizinho,

contíguo ou junto) ao ângulo Ĉ.

B é o ângulo agudo considerado.BC é a ..............................................................AC é o ........................................... ao ângulo B.AC é o ....................................adjacente (vizinho,

contíguo ou junto) ao ângulo B.

10.1 SENO DE UM ÂNGULO AGUDO

Seja o ângulo agudo Â, de lados AB e AC.

Tendo em vista a semelhança entre os triângulos, pode-se estabelecer que os ladoscorrespondentes são proporcionais. Valem, então, as seguintes razões de mesmovalor:

O valor comum dessas razões chama-se seno da medida do ângulo A e indica-se:seno Â.

( )( )

( )( )

( )( ) ...

"""

''' ===

ABmCBm

ABmCBm

ABmBCm

hipotenusaoposto catetoA sen =

Page 123: CÁLCULO TÉCNICO

123

10.1.1 Exercícios

1 Observar os exemplos e completar as igualdades:

sen Z = .................sen X =..................

sen 75° =...................sen 15° =...................

sen 30° =..............sen 60° = .............

2 Conferir suas respostas, porém, por favor, não copiar. Só olhar para este final defolha depois de tudo feito.

0

ABX =ˆsen

ACY =ˆsen

BC=°70sen

BD=°20sen

1005030sen =°

1006,8660sen =°

EDZ =sen

ECX =sen

FG=°75sen

FH=°15sen

255,1230sen =°

2565,2160sen =°

Page 124: CÁLCULO TÉCNICO

124

10.2 CO-SENO DE UM ÂNGULO AGUDO

Seja ainda um ângulo agudo Â, de lados AB e AC.

Os segmentos BC, B’ C’, B” C”,... perpendiculares a AC, determinam triângulosretângulos semelhantes. Pode-se então, escrever:

∆ ABC = ∆ AB’ C’ = ∆ AB” C”

Em virtude da semelhança dos triângulos, pode-se estabelecer que os ladoscorrespondentes são proporcionais, do mesmo modo que se viu em seno. Assim,estão valendo as seguintes razões de mesmo valor:

Pois bem. O valor comum dessas razões chama-se co-seno da medida do ângulo Âe indica-se: cos Â.

OBSERVAÇÕES:– É preciso ler com atenção cada relação que vai sendo explicada, para que se

possa compreender bem as funções trigonométricas, que são de grande interessena Oficina.

– Os exercícios propostos devem ser feitos sempre individualmente, mesmo quesejam trabalhosos. Em breve, o aluno estará dominando perfeitamente o assunto.

( )( )

( )( )

( )( ) ...

"""

''' ===

ABmCAm

ABmCAm

ABmACm

hipotenusaadjacente catetoA cos =

Page 125: CÁLCULO TÉCNICO

125

10.2.1 Exercícios

1 Observar os exemplos e completar as igualdades:

cos P =......................... cos R =..........................

cos 12°30’ =......................

cos 67°30’ = .....................

2 Corrigir:

0

CDY =ˆcos

CBZ =ˆcos

100998cos =°

1009,1382cos =°

GEP =cos

GFR =cos

2025,19'3012cos =°

2064,7'3067cos =°

Page 126: CÁLCULO TÉCNICO

126

10.3 TANGENTE DE UM ÂNGULO

Seja novamente o ângulo agudo Â, de lados AB e AC.

Os segmentos BC, B’ C’, B” C”,... perpendiculares a AC, determinam triângulosretângulos. Escreve-se, então:

∆ ABC ≅ ∆ AB’ C ≅ ∆ AB” C”

Pela semelhança dos triângulos, os lados correspondentes são proporcionais, epode-se escrever as razões de mesmo valor:

O valor dessas razões chama-se tangente da medida do ângulo  e indica-se: tg Â.

0

10.3.1 Exercícios

1 Observar os exemplos e completar as igualdades:

tg Ĉ = .......................

tg B = ............................

Completou com: D e F. Muito bem! Pode continuar.0F D

BCtgW =

CBX tg =

adjacente catetooposto catetoA tg =

( )( )

( )( )

( )( ) ...

"""

''' ===

ACmCBm

ACmCBm

ACmBCm

Page 127: CÁLCULO TÉCNICO

127

10.4 CO-TANGENTE DE UM ÂNGULO AGUDO

Seguindo os mesmos passos para o estabelecimento das relações trigonométricasseno, co-seno e tangente, pode-se obter uma quarta relação trigonométrica, assimdefinida:

Reunindo estas relações trigonométricas, o aluno vai completar:

1.ª cateto oposto denomina-se: SENO = senhipotenusa

2.ª cateto adjacente denomina-se CO-SENO = .....................

3.ª cateto ................... denomina-se: ......................... = tg............................

4.ª ......................... denomina-se CO-TANGENTE = .............

O aluno deve procurar memorizar estas fórmulas, pois irá aplicá-las com muitafreqüência. Serão mais usadas seno, co-seno e tangente.

10.4.1 Exercícios

1 Dado o triângulo retângulo abaixo,

Calcular o valor do sen., cos. e tg. do ângulo B.

oposto catetoadjacente catetoA de tangente-co =

6,053sen ===

BCACB

.............................cos ===

BCABB

.............................

................... ===tgB

Page 128: CÁLCULO TÉCNICO

128

2 Dado o triângulo retângulo abaixo,

calcular o valor do sen., cos. e tg. do ângulo Ĉ.

10.5 APLICAÇÃO PRÁTICA

10.5.1 Exercícios

1 Determinar a inclinação do carro porta-ferramentas para tornear o ângulo dapeça abaixo:

Solução − Monta-se um triângulo com as medidas existentes e determina-se oângulo de inclinação.

.............................

...................ˆsen ===C

.............................

...................ˆcos ===C

.............................

...................ˆ ===Ctg

Page 129: CÁLCULO TÉCNICO

129

Tem-se o triângulo:

Pode-se resolver com qualquer das funções que envolvem os dois catetos (tg.ou cotg.). No caso, utiliza-se a tangente.

E com esse número procura-se na tabela de tangente o ângulo correspondente.

A inclinação deve ser 18°26’.

2 Determinar o diâmetro de um eixo para que em uma de suas extremidades sejafeito um quadrado de 10 mm de lado.

X = diagonal do quadrado = hipotenusado triângulo = Ø do eixo

No triângulo tem-se um lado e quer-se determinar a hipotenusa. Precisa-se,então, de uma função que envolva um dos lados do triângulo e a hipotenusa(seno ou co-seno).

Aplica-se o co-seno:

3333,0155 === αα tg

adjacentecatetoopostocatetotg

hipotenusaadjacentecateto=αcos

αcosadjacentecatetohipotenusa =

( ) 7071,045cos =°

7071,010mmhipotenusa =

mm 14,1 eixo do Ø =

Page 130: CÁLCULO TÉCNICO

130

3 Calcular as distâncias “AC” e “BC”.

4 Calcular os diâmetros “D1” e “D2”.

5 Determinar “L”.

Page 131: CÁLCULO TÉCNICO

131

TABELA DE SENO - 0° a 45°

MinutosGraus

0 10 20 30 40 50 60Graus

0 0,0000 0,0029 0,0058 0,0087 0,0116 0,0145 0,0175 891 0,0175 0,0204 0,0233 0,0262 0,0291 0,0320 0,0349 882 0,0349 0,0378 0,0407 0,0436 0,0465 0,0494 0,0523 873 0,0523 0,0552 0,0581 0,0610 0,0640 0,0669 0,0698 864 0,0698 0,0727 0,0756 0,0785 0,0814 0,0843 0,0872 855 0,0872 0,0901 0,0929 0,0958 0,0987 0,1016 0,1045 846 0,1045 0,1074 0,1103 0,1132 0,1161 0,1190 0,1219 837 0,1219 0,1248 0,1276 0,1305 0,1334 0,1363 0,1392 828 0,1392 0,1421 0,1449 0,1478 0,1507 0,1536 0,1564 819 0,1564 0,1593 0,1622 0,1650 0,1679 0,1708 0,1736 80

10 0,1736 0,1765 0,1794 0,1822 0,1851 0,1880 0,1908 7911 0,1908 0,1937 0,1965 0,1994 0,2022 0,2051 0,2079 7812 0,2079 0,2108 0,2136 0,2164 0,2193 0,2221 0,2250 7713 0,2250 0,2278 0,2306 0,2334 0,2363 0,2391 0,2419 7614 0,2419 0,2447 0,2476 0,2504 0,2532 0,2560 0,2588 7515 0,2588 0,2616 0,2644 0,2672 0,2700 0,2728 0,2756 7416 0,2756 0,2784 0,2812 0,2840 0,2868 0,2896 0,2924 7317 0,2924 0,2952 0,2979 0,3007 0,3035 0,3062 0,3090 7218 0,3090 0,3118 0,3145 0,3173 0,3201 0,3228 0,3256 7119 0,3256 0,3283 0,3311 0,3338 0,3365 0,3393 0,3420 7020 0,3420 0,3448 0,3475 0,3502 0,3529 0,3557 0,3584 6921 0,3584 0,3611 0,3638 0,3665 0,3692 0,3719 0,3746 6822 0,3746 0,3773 0,3800 0,3827 0,3854 0,3881 0,3907 6723 0,3907 0,3934 0,3961 0,3987 0,4014 0,4041 0,4067 6624 0,4067 0,4094 0,4120 0,4147 0,4173 0,4200 0,4226 6525 0,4226 0,4253 0,4279 0,4305 0,4331 0,4358 0,4384 6426 0,4384 0,4410 0,4436 0,4462 0,4488 0,4514 0,4540 6327 0,4540 0,4566 0,4592 0,4617 0,4643 0,4669 0,4695 6228 0,4695 0,4720 0,4746 0,4772 0,4797 0,4823 0,4848 6129 0,4848 0,4874 0,4899 0,4924 0,4950 0,4975 0,5000 6030 0,5000 0,5025 0,5050 0,5075 0,5100 0,5125 0,5150 5931 0,5150 0,5175 0,5200 0,5225 0,5250 0,5275 0,5299 5832 0,5299 0,5324 0,5348 0,5373 0,5398 0,5422 0,5446 5733 0,5446 0,5471 0,5495 0,5519 0,5544 0,5568 0,5592 5634 0,5592 0,5616 0,5640 0,5664 0,5688 0,5712 0,5736 5535 0,5736 0,5760 0,5783 0,5807 0,5831 0,5854 0,5878 5436 0,5878 0,5901 0,5925 0,5948 0,5972 0,5995 0,6018 5337 0,6018 0,6041 0,6065 0,6088 0,6111 0,6134 0,6157 5238 0,6157 0,6180 0,6202 0,6225 0,6248 0,6271 0,6293 5139 0,6293 0,6316 0,6338 0,6361 0,6383 0,6406 0,6428 5040 0,6428 0,6450 0,6472 0,6494 0,6517 0,6539 0,6561 4941 0,6561 0,6583 0,6604 0,6626 0,6648 0,6670 0,6691 4842 0,6691 0,6713 0,6734 0,6756 0,6777 0,6799 0,6820 4743 0,6820 0,6841 0,6862 0,6884 0,6905 0,6926 0,6947 4644 0,6947 0,6967 0,6988 0,7009 0,7030 0,7050 0,7071 45

60 50 40 30 20 10 0Graus Minutos Graus

TABELA DE CO-SENO - 45° a 90°

Page 132: CÁLCULO TÉCNICO

132

TABELA DE SENO - 45° a 90°Minutos

Graus 0 10 20 30 40 50 60 Graus

45 0,0000 0,7092 0,7112 0,7133 0,7153 0,7173 0,7193 4446 0,7193 0,7214 0,7234 0,7254 0,7274 0,7294 0,7314 4347 0,7314 0,7333 0,7353 0,7373 0,7392 0,7412 0,7431 4248 0,7431 0,7451 0,7470 0,7490 0,7509 0,7528 0,7547 4149 0,7547 0,7566 0,7585 0,7604 0,7623 0,7642 0,7660 4050 0,7660 0,7679 0,7698 0,7716 0,7735 0,7753 0,7771 3951 0,7771 0,7790 0,7808 0,7826 0,7844 0,7862 0,7880 3852 0,7880 0,7898 0,7916 0,7934 0,7951 0,7969 0,7986 3753 0,7986 0,8004 0,8021 0,8039 0,8056 0,8073 0,8090 3654 0,8090 0,8107 0,8124 0,8141 0,8158 0,8175 0,8192 3555 0,8192 0,8208 0,8225 0,8241 0,8258 0,8274 0,8290 3456 0,8290 0,8307 0,8323 0,8339 0,8355 0,8371 0,8387 3357 0,8387 0,8403 0,8418 0,8434 0,8450 0,8465 0,8480 3258 0,8480 0,8496 0,8511 0,8526 0,8542 0,8557 0,8572 3159 0,8572 0,8587 0,8601 0,8616 0,8631 0,8646 0,8660 3060 0,8660 0,8675 0,8689 0,8704 0,8718 0,8732 0,8746 2961 0,8746 0,8760 0,8774 0,8788 0,8802 0,8816 0,8829 2862 0,8829 0,8843 0,8857 0,8870 0,8884 0,8897 0,8910 2763 0,8910 0,8923 0,8936 0,8949 0,8962 0,8975 0,8988 2664 0,8988 0,9001 0,9013 0,9026 0,9038 0,9051 0,9063 2565 0,9063 0,9075 0,9088 0,9100 0,9112 0,9124 0,9135 2466 0,9135 0,9147 0,9159 0,9171 0,9182 0,9194 0,9205 2367 0,9205 0,9216 0,9228 0,9239 0,9250 0,9261 0,9272 2268 0,9272 0,9283 0,9293 0,9304 0,9315 0,9325 0,9336 2169 0,9336 0,9346 0,9356 0,9367 0,9377 0,9387 0,9397 2070 0,9397 0,9407 0,9417 0,9426 0,9436 0,9446 0,9455 1971 0,9455 0,9465 0,9474 0,9483 0,9492 0,9502 0,9511 1872 0,9511 0,9520 0,9528 0,9537 0,9546 0,9555 0,9563 1773 0,9563 0,9572 0,9580 0,9588 0,9596 0,9605 0,9613 1674 0,9613 0,9621 0,9628 0,9636 0,9644 0,9652 0,9659 1575 0,9659 0,9667 0,9674 0,9681 0,9689 0,9696 0,9703 1476 0,9703 0,9710 0,9717 0,9724 0,9730 0,9737 0,9744 1377 0,9744 0,9750 0,9757 0,9763 0,9769 0,9775 0,9781 1278 0,9781 0,9787 0,9793 0,9799 0,9805 0,9811 0,9816 1179 0,9816 0,9822 0,9827 0,9833 0,9838 0,9843 0,9848 1080 0,9848 0,9853 0,9858 0,9863 0,9868 0,9872 0,9877 981 0,9877 0,9881 0,9886 0,9890 0,9894 0,9899 0,9903 882 0,9903 0,9907 0,9911 0,9914 0,9918 0,9922 0,9925 783 0,9925 0,9929 0,9932 0,9936 0,9939 0,9942 0,9945 684 0,9945 0,9948 0,9951 0,9954 0,9957 0,9959 0,9962 585 0,9962 0,9964 0,9967 0,9969 0,9971 0,9974 0,9976 486 0,9976 0,9978 0,9980 0,9981 0,9983 0,9985 0,9986 387 0,9986 0,9988 0,9989 0,9990 0,9992 0,9993 0,9994 288 0,9994 0,9995 0,9996 0,9997 0,9997 0,9998 0,9998 189 0,99985 0,99989 0,99993 0,99996 0,99998 0,999996 1,00000 0

60 50 40 30 20 10 0Graus Minutos Graus

TABELA DE CO-SENO - 0° a 45°

Page 133: CÁLCULO TÉCNICO

133

TABELA DE TANGENTE - 0° a 45°

MinutosGraus

0 10 20 30 40 50 60Graus

0 0,0000 0,0029 0,0058 0,0087 0,0116 0,0145 0,0175 891 0,0175 0,0204 0,0233 0,0262 0,0291 0,0320 0,0349 882 0,0349 0,0378 0,0407 0,0437 0,0466 0,0495 0,0524 873 0,0524 0,0553 0,0582 0,0612 0,0641 0,0670 0,0699 864 0,0699 0,0729 0,0758 0,0787 0,0816 0,0846 0,0875 855 0,0875 0,0904 0,0934 0,0963 0,0992 0,1022 0,1051 846 0,1051 0,1080 0,1110 0,1139 0,1169 0,1198 0,1228 837 0,1228 0,1257 0,1287 0,1317 0,1346 0,1376 0,1405 828 0,1405 0,1435 0,1465 0,1495 0,1524 0,1554 0,1584 819 0,1584 0,1614 0,1644 0,1673 0,1703 0,1733 0,1763 80

10 0,1763 0,1793 0,1823 0,1853 0,1883 0,1914 0,1944 7911 0,1944 0,1974 0,2004 0,2035 0,2065 0,2095 0,2126 7812 0,2126 0,2156 0,2186 0,2217 0,2247 0,2278 0,2309 7713 0,2309 0,2339 0,2370 0,2401 0,2432 0,2462 0,2493 7614 0,2493 0,2524 0,2555 0,2586 0,2617 0,2648 0,2679 7515 0,2679 0,2711 0,2742 0,2773 0,2805 0,2836 0,2867 7416 0,2867 0,2899 0,2931 0,2962 0,2994 0,3026 0,3057 7317 0,3057 0,3089 0,3121 0,3153 0,3185 0,3217 0,3249 7218 0,3249 0,3281 0,3314 0,3346 0,3378 0,3411 0,3443 7119 0,3443 0,3476 0,3508 0,3541 0,3574 0,3607 0,3640 7020 0,3640 0,3673 0,3706 0,3739 0,3772 0,3805 0,3839 6921 0,3839 0,3872 0,3906 0,3939 0,3973 0,4006 0,4040 6822 0,4040 0,4074 0,4108 0,4142 0,4176 0,4210 0,4245 6723 0,4245 0,4279 0,4314 0,4348 0,4383 0,4417 0,4452 6624 0,4452 0,4487 0,4522 0,4557 0,4592 0,4628 0,4663 6525 0,4663 0,4699 0,4734 0,4770 0,4806 0,4841 0,4877 6426 0,4877 0,4913 0,4950 0,4986 0,5022 0,5059 0,5095 6327 0,5095 0,5132 0,5169 0,5206 0,5243 0,5280 0,5317 6228 0,5317 0,5354 0,5392 0,5430 0,5467 0,5505 0,5543 6129 0,5543 0,5581 0,5619 0,5658 0,5696 0,5735 0,5774 6030 0,5774 0,5812 0,5851 0,5890 0,5930 0,5969 0,6009 5931 0,6009 0,6048 0,6088 0,6128 0,6168 0,6208 0,6249 5832 0,6249 0,6289 0,6330 0,6371 0,6412 0,6453 0,6494 5733 0,6494 0,6536 0,6577 0,6619 0,6661 0,6703 0,6745 5634 0,6745 0,6787 0,6830 0,6873 0,6916 0,6959 0,7002 5535 0,7002 0,7046 0,7089 0,7133 0,7177 0,7221 0,7265 5436 0,7265 0,7310 0,7355 0,7400 0,7445 0,7490 0,7536 5337 0,7536 0,7581 0,7627 0,7673 0,7720 0,7766 0,7813 5238 0,7813 0,7860 0,7907 0,7954 0,8002 0,8050 0,8098 5139 0,8098 0,8146 0,8195 0,8243 0,8292 0,8342 0,8391 5040 0,8391 0,8441 0,8491 0,8541 0,8591 0,8642 0,8693 4941 0,8693 0,8744 0,8796 0,8847 0,8899 0,8952 0,9004 4842 0,9004 0,9057 0,9110 0,9163 0,9217 0,9271 0,9325 4743 0,9325 0,9380 0,9435 0,9490 0,9545 0,9601 0,9657 4644 0,9657 0,9713 0,9770 0,9827 0,9884 0,9942 0,7071 45

60 50 40 30 20 10 0Graus

MinutosGraus

TABELA DE CO-TANGENTE - 45° a 90°

Page 134: CÁLCULO TÉCNICO

134

TABELA DE TANGENTE - 45° a 90°

MinutosGraus

0 10 20 30 40 50 60Graus

45 0,0000 1,0058 1,0117 1,0176 1,0235 1,0295 1,0355 4446 1,0355 1,0416 1,0477 1,0538 1,0599 1,0661 1,0724 4347 1,0724 1,0786 1,0850 1,0913 1,0977 1,1041 1,1106 4248 1,1106 1,1171 1,1237 1,1303 1,1369 1,1436 1,1504 4149 1,1504 1,1571 1,1640 1,1708 1,1778 1,1847 1,1918 4050 1,1918 1,1988 1,2059 1,2131 1,2203 1,2276 1,2349 3951 1,2349 1,2423 1,2497 1,2572 1,2647 1,2723 1,2799 3852 1,2799 1,2876 1,2954 1,3032 1,3111 1,3190 1,3270 3753 1,3270 1,3351 1,3432 1,3514 1,3597 1,3680 1,3764 3654 1,3764 1,3848 1,3934 1,4019 1,4106 1,4193 1,4281 3555 1,4281 1,4370 1,4460 1,4550 1,4641 1,4733 1,4826 3456 1,4826 1,4919 1,5013 1,5108 1,5204 1,5301 1,5399 3357 1,5399 1,5497 1,5597 1,5697 1,5798 1,5900 1,6003 3258 1,6003 1,6107 1,6212 1,6319 1,6426 1,6534 1,6643 3159 1,6643 1,6753 1,6864 1,6977 1,7090 1,7205 1,7321 3060 1,7321 1,7437 1,7556 1,7675 1,7796 1,7917 1,8040 2961 1,8040 1,8165 1,8291 1,8418 1,8546 1,8676 1,8807 2862 1,8807 1,8940 1,9074 1,9210 1,9347 1,9486 1,9626 2763 1,9626 1,9768 1,9912 2,0057 2,0204 2,0353 2,0503 2664 2,0503 2,0655 2,0809 2,0965 2,1123 2,1283 2,1445 2565 2,1445 2,1609 2,1775 2,1943 2,2113 2,2286 2,2460 2466 2,2460 2,2637 2,2817 2,2998 2,3183 2,3369 2,3559 2367 2,3559 2,3750 2,3945 2,4142 2,4342 2,4545 2,4751 2268 2,4751 2,4960 2,5172 2,5386 2,5605 2,5826 2,6051 2169 2,6051 2,6279 2,6511 2,6746 2,6985 2,7228 2,7475 2070 2,7475 2,7725 2,7980 2,8239 2,8502 2,8770 2,9042 1971 2,9042 2,9319 2,9600 2,9887 3,0178 3,0475 3,0777 1872 3,0777 3,1084 3,1397 3,1716 3,2041 3,2371 3,2709 1773 3,2709 3,3052 3,3402 3,3759 3,4124 3,4495 3,4874 1674 3,4874 3,5261 3,5656 3,6059 3,6470 3,6891 3,7321 1575 3,7321 3,7760 3,8208 3,8667 3,9136 3,9617 4,0108 1476 4,0108 4,0611 4,1126 4,1653 4,2193 4,2747 4,3315 1377 4,3315 4,3897 4,4494 4,5107 4,5736 4,6382 4,7046 1278 4,7046 4,7729 4,8430 4,9152 4,9894 5,0658 5,1446 1179 5,1446 5,2257 5,3093 5,3955 5,4845 5,5764 5,6713 1080 5,6713 5,7694 5,8708 5,9758 6,0844 6,1970 6,3138 981 6,3138 6,4348 6,5606 6,6912 6,8269 6,9682 7,1154 882 7,1154 7,2687 7,4287 7,5958 7,7704 7,9530 8,1443 783 8,1443 8,3450 8,5555 8,7769 9,0098 9,2553 9,5144 684 9,5144 9,7882 10,0780 10,3854 10,7119 11,0594 11,4301 585 11,4301 11,8262 12,2505 12,7062 13,1969 13,7267 14,3007 486 14,3007 14,9244 15,6048 16,3499 17,1693 18,0750 19,0811 387 19,0811 20,2056 21,4704 22,9038 24,5418 26,4316 28,6363 288 28,6363 31,2416 34,3678 38,1885 42,9641 49,1039 57,2900 189 57,2900 68,7501 85,9398 114,5887 171,8854 343,7737 1,0000 0

60 50 40 30 20 10 0Graus

MinutosGraus

TABELA DE CO-TANGENTE - 0° a 45°

Page 135: CÁLCULO TÉCNICO

135

11 UNIDADE DE MEDIDA DE CAPACIDADE

11.1 DISTINÇÃO ENTRE CAPACIDADE E VOLUME

É necessário fazer a distinção entre capacidade e volume: capacidade é o espaçovazio de qualquer recipiente, suficiente para conter dentro de si alguma coisa, evolume refere-se à corpulência ou vulto de um objeto. A capacidade é um vazio; ovolume é um maciço. Assim sendo, pode-se dizer que a capacidade de umvasilhame é o mesmo que volume de um bloco de pedra.

A unidade legal de capacidade é o litro (l), que deriva do sistema métrico. Litro é acapacidade ocupada por e dm3.

nome abreviatura equivalência

múltiplos quilolitrohectolitrodecalitro

klhl

dal

1 000 litros100 litros10 litros

unidade litro l 1 litro

submúltiplos decilitrocentilitromililitro

dlclml

0,1 litro0,01 litro

0,001 litro

11.1.1 Transformação de medidasComo as unidades variam de dez em dez, a conversão é feita deslocando-se avírgula uma casa à direita (para a unidade imediatamente inferior) ou à esquerda(para a unidade imediatamente superior), suprindo de zeros caso faltem algarismos.

Exemplo – Transformar 27,418 hl em l.

Solução – kl hl dal l dl2 7 4 1, 8

Portanto, 27,418 hl = 2741,8 l

Page 136: CÁLCULO TÉCNICO

136

11.1.2 Relação entre unidade de capacidade e volumeA relação entre as unidades de capacidade e volume é

1 l = 1 dm3

O litro é o volume de 1 decímetro cúbico. Isso quer dizer que o volume de líquidoque cabe em um recipiente de 1 dm3 é chamado de 1 litro. Portanto: se qualquervalor for expresso em unidades de volume, basta convertê-lo em dm3 e fazer arelação em unidade de capacidade (l).

Figura 55 – Litro

Exemplos:

a) Converter 18,3 m3 em l.

Solução:18,3 m3 = 18,300 dm3

18300 dm3 = 18300 l

18,3 m3 = 18300 l

b) Converter 41306 dl em dam3.

Solução:41306 dl = 4130,6 l

capacidade volume =

4130,6 l 4130,6 dm3

4130,6 dm3 = 0,0041306 dam3

41306 dl = 0,0041306 dam3

Page 137: CÁLCULO TÉCNICO

137

11.2 MEDIDA DE MASSA

É preciso que se conheça a distinção entre massa e peso: massa é a quantidade dematéria de um corpo; é uma propriedade constante dos corpos que não depende dolocal onde se encontram, e peso é a força de atração exercida pela terra sobre amassa de um corpo.

11.2.1 Unidade fundamentalA unidade fundamental é denominada quilograma e representada pelo símbolo kg.O quilograma é a massa de 1 dm3 e água destilada à temperatura de 4°C.

Na prática, usa-se também como se fosse unidade principal, a milésima parte doquilograma, denominada grama. Tomando o grama como fundamental, veja-se umatabela que compreende alguns múltiplos usuais:

nomes símbolos valores

quilogramahectogramadecagrama

kghgdag

1 000 g100 g10 g

grama g 1 g

decigramacentigramamiligrama

dgcgmg

0,1 g0,01 g

0,001 g

OBSERVAÇÃO:É do uso corrente, também, a tonelada (t), equivalente a 1 000 kg, muito empregadanas medidas de grandes massas.

11.2.2 Mudança de unidadeAs mudanças de unidade são feitas de modo análogo às das unidades decomprimento.

Exemplo – Converter 42,73 kg em decigramas.

42,73 kg = 427,3 hg = 4273 dag = 42730 g = 427300 dg

kg hg dag g dg

0 1 2 3 4

Page 138: CÁLCULO TÉCNICO

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11.2.3 Exercícios

1 Efetuar as operações e apresentar os resultados em quilogramas:

a) 48,5 dag + 12,05 dg + 15 cg =

b) 5 t + 25 kg – 2 t + 28 dag =

2 Calcular em quilogramas a massa de ar contida em uma sala de 4,5 m decomprimento, 4 m de largura e 3 m de altura. A massa de 1 dm3 de ar éaproximadamente 1,293 g.

3 Uma lata contendo água pura até seus 2/3 tem 2 750 kg de massa; se estivervazia, tem 1 520 kg. Calcular o volume em cm3.

11.3 MASSA ESPECÍFICA

Massa específica (ou densidade) de uma substância é a massa dessa substânciapor unidade de volume. Assim, quando se diz, por exemplo, que a massa específicade ferro fundido é 7,2, significa que o ferro fundido tem 7,2 gramas por centímetrocúbico.

Se, ao invés de centímetros cúbicos, se tomar o volume em dm3, o número queindica a massa específica representa kg (quilogramas). Assim, o 7,2 do ferro fundidoquer dizer que esse material tem 7,2 kg por dm3 de massa.

No quadro a seguir tem-se a indicação da massa específica de diversos metais.Com esses dados, pode-se resolver em mecânica diversos problemas de massa ouvolume. A fórmula será sempre:

massa = massa específica x volume

Page 139: CÁLCULO TÉCNICO

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Exemplo:Calcular a massa de uma peça de bronze cujo volume é de 15 cm3. Como a massaespecífica do bronze é 8,6, tem-se:

massa = 8,6 x 15 cm3

massa = 129 gramas

O resultado aparece em gramas porque o volume foi dado em cm3. Se fosse emdm3, o resultado seria em kg (quilogramas).

Exemplo:Calcular o volume de uma peça de latão com 68 gramas de massa.

Aqui, o problema é inverso: já se conhece a massa; procura-se o volume logo paraencontrá-lo deve-se efetuar a divisão.

Portanto, lembrando que a massa específica do latão é 8,5 e substituindo na fórmulaos dados do problema, tem-se:

O resultado é em cm3 porque a massa foi dada em gramas. Se fosse emquilogramas, se teria o volume em dm3.

Tabela de massa específica (grama/centímetro cúbico)

aço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .alumínio . . . . . . . . . . . . . . . . .antimônio . . . . . . . . . . . . . . . .bronze . . . . . . . . . . . . . . . . . .carbono . . . . . . . . . . . . . . . . .chumbo . . . . . . . . . . . . . . . . . .cobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . .crômio . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

7,92,76.78,63,5

11,38,96,9

estanho . . . . . . . . . . . . . . . .ferro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .ferro fundido . . . . . . . . . . . . .latão . . . . . . . . . . . . . . . . . . .níquel . . . . . . . . . . . . . . . . . .tungstênio . . . . . . . . . . . . . . .vanádio . . . . . . . . . . . . . . . . .zinco . . . . . . . . . . . . . . . . . .

7,37,87,28,58,8

19,15,57,1

específicamassamassavolume =

5,868gvolume =

38cmvolume =

Page 140: CÁLCULO TÉCNICO

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Page 141: CÁLCULO TÉCNICO

141

12 VELOCIDADE DE CORTE - Vc

Para efetuar o corte de um material por meio de uma ferramenta, é necessário que omaterial ou a ferramenta se movimente um em relação ao outro. O meio paradeterminar ou comparar a rapidez do movimento é a velocidade de corte.

Portanto, a velocidade é o espaço percorrido pela ferramenta ou peça cortando ummaterial em um determinado espaço de tempo.

A velocidade de corte é representada pelas iniciais Vc, e sua unidade é m/min oum/seg.

m/minVc =

m/seg

12.1 ROTAÇÕES

Denominam-se rotações o número de voltas que um eixo, peça ou ferramenta decorte dá em torno de si mesma em determinado espaço de tempo. Quando o espaçode tempo é o minuto, diz-se rpm – rotações por minuto; quando é representado emqualquer outra unidade de tempo, diz-se simplesmente n.

rpm – rotações por minuto

– 1

unidade min = 1 0 min

n – rotações por qualquer tempo

– 1

unidade n t = 1 0 n 1 ; 1 ; 1 0 t seg min n

Page 142: CÁLCULO TÉCNICO

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12.2 DESIGNAÇÃO

d = diâmetron = rotações por minuto (rpm)Vc = velocidade de corte

velocidade c = espaço 0 tempo determinado

espaço do ponto P a 1 rotação por minuto = π . despaço do ponto P a n rotações = π . d . n, ou pode-se definir:

V = circunferência x rotações por minuto

V = d . π . rpmV = d . π . n

Como a Vc é geralmente fornecida através de tabelas, e o diâmetro é determinadomedindo-se a peça, o problema na Oficina será sempre determinar a rpm, ou seja, n.

Onde:“Vc” em m/min“d” em mm“n” em rotações por minuto.

Exemplo:Determinar a rpm necessária para usinar um cilindro de aço 1020 com ferramenta deaço rápido, conforme desenho abaixo (medidas em mm):

π⋅=

dVcn

π⋅⋅=d

1000Vcn

π⋅=

dVcn

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Solução:

Os problemas para determinar a rpm devem ser resolvidos em duas partes:

a) Reúnem-se todos os dados necessários: ø de desbaste, ø de acabamento, Vc dedesbaste e acabamento.

b) Monta-se a fórmula e substituem-se os valores.

A velocidade de corte adequada para este material é:Vc para desbaste = 25 m/minVc para acabamento = 35 m/mindiâmetro – analisa-se o desenho.

Neste caso, o ø de desbaste é 100 mm e o ø de acabamento é de 80 mm.Ø para desbaste = 100 mmØ para acabamento = 80 mm

c) Monta-se a fórmula e substituem-se os valores:

0

Resposta:

Para desbaste, regular a máquina para 80 rpm.Para acabamento, regulá-la para 140 rpm.

π⋅⋅=d

Vc 1000rpm

( )min

80min100

100025desbasterpm rotaçõesmm

mm =⋅⋅

⋅=π

( )min

140min80

100035acabamentorpm rotaçõesmm

mm =⋅⋅

⋅=π

Page 144: CÁLCULO TÉCNICO

144

12.3 TABELA

TORNO

Ferramenta de aço rápido Ferramenta de metal duroMaterial a

ser usinadoDesbaste a)

Acabamento b) Velocidade decorte em m/min

avanço emmm

Penetraçãoem mm

Velocidade decorte em m/min

avanço emmm

Penetraçãoem mm

a) 20...40 1,0 8,0 50...70 1,5 10,0aço macio

b) 50...60 0,1 0,5 150...200 0,1 1,0

a) 10...20 0,8 6,0 20...40 1 8,0aço liga

b) 20...30 0,1 0,5 50...100 0,1 1,0

a) 10...20 1,5 10,0 30...50 1,5 10,0ferro fundido

b) 40...50 0,1 0,5 80...100 0,1 1,0

a) 50...70 0,5 6,0 150...220 0,5 6,0metal nãoferroso b) 100...120 0,2 2,0 200...300 0,2 2,0

a) 80...100 0,5 6,0 200...300 0,5 6,0metal leve

b) 100...120 0,1 1,0 250...500 0,1 1,0

a) 100...200 0,3 3,0 200...300 0,3 3,0plástico

b) 150...300 0,1 1,0 400...600 0,1 1,0

FRESADORA

Desbaste a)Acabamento b) Fresa de aço rápido Fresa de metal duro Pastilhas de metal duro

Material aser usinado Velocidade de

corte em m/minavanço por

dente em mm

Velocidade decorte em

m/min

avanço pordente em mm

Velocidade decorte em

m/min

avanço pordente em mm

a) 30...40 0,1...0,2 80...150 0,1...0,3 80...150 0,1...0,3aço carbono

b) 30...40 0,05...0,1 100...300 0,1...0,2 100...300 0,1...0,2

a) 25...30 0,1...0,2 80...150 0,1...0,3 80...150 0,1...0,3aço liga até750 N/mm² b) 25...30 0,005...0,1 100...300 0,1...0,2 100...300 0,1...0,2

a) 15...20 0,1...0,15 60...120 0,1...0,3 60...120 0,1...0,3aço liga até1000 N/mm² b) 15...20 0,05...0,1 80...150 0,06...0,15 80...150 0,06...0,15

a) 20...25 0,15...0,3 70...120 0,1...0,3 70...120 0,1...0,3ferro fundido

b) 20...25 0,1...0,2 100...160 0,1...0,2 100...160 0,1...0,2

a) 60...150 0,2...0,3 150...400 0,08...0,15 150...400 0,08...0,15ligas decobre b) 60...150 0,1...0,2 150...400 0,05...0,1 150...400 0,05...0,1

a) 150...250 0,2...0,3 350...800 0,1...0,2 350...800 0,1...0,2metal leve

b) 200...300 0,1...0,2 400...1200 0,08...0,15 400...1200 0,08...0,15

Page 145: CÁLCULO TÉCNICO

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REFERÊNCIAS

DI PIERO NETTO, Scipeone ...[et al.]. Elementos de Matemática. São Paulo: Saraiva,s.d.

GIOVANI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANI JR., José Ruy. Matemáticacompleta. São Paulo: FTD, 2003.

INMETRO. Quadro Geral de Unidades de Medida; Resolução do CONMETROnº12/1988. 2. ed. Brasília, SENAI/DN, 2000.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Departamento Regionaldo Rio Grande Sul. Material Instrucional; Cálculo técnico. Porto Alegre: SENAI-RS,s.d.