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FESTIVAL SEASIDE SUNSET SESSIONS 2017 VAI ANIMAR A VILA ANO XIX • N.º 217 • PREÇO: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E 15,00 JULHO 2017 A voz do regionalismo desde 1999 Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões A NÃO PERDER ... º PAMPILHOSA DA SERRA É RECONHECIDA COMO MELHOR MUNICIPIO PARA VIVER Pág. 4 º BOIÇAS INAUGUROU CASA DE CONVÍVIO Pág. 7 º LANÇADA 1ª PEDRA DO CENTRO DE CONVIVIO DE MALHADAS DA SERRA Pág. 19 Pág. 9 «Tínhamos de nos guiar pelo clarão das nuvens no céu e centrar o barco ao meio do rio. E nos dias sem luar, de nevoeiro, de chuva? Era à sorte!.» Pág. 10/11 JOSÉ ROSA E ATAÍDE BARATA ANTIGOS MARINHEIROS DO BARCO “GASOLINO” QUE LIGAVA O TRINHÃO A PEDRÓGÃO GRANDE Pág. 20 Pág. 3 Pág. 19 Pág. 5 PAMPILHOSA DA SERRA SACUDIU AS CINZAS E ESTEVE NA FIA 2017 COM GRANDE DESTAQUE CALAMIDADE DOS INCÊNDIOS VOLTOU À PAMPILHOSA DA SERRA E À REGIÃO

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FESTIVAL SEASIDE SUNSET SESSIONS 2017 VAI ANIMAR A VILA

ANO XIX • N . º 217 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • JULHO 2017

A v o z d o re g i o n a l i s m o d e s d e 1 9 9 9Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] – www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões

A NÃO PERDER ...º PAMPILHOSA DA SERRA É RECONHECIDA COMO MELHOR MUNICIPIO PARA VIVER Pág. 4º BOIÇAS INAUGUROU CASA DE CONVÍVIO Pág. 7º LANÇADA 1ª PEDRA DO CENTRO DE CONVIVIO DE MALHADAS DA SERRA Pág. 19

Pág. 9

«Tínhamos de nos guiar pelo clarão das nuvens no céu e centrar o barco ao meio do rio. E nos dias sem luar, de nevoeiro, de chuva? Era à sorte!.» Pág. 10/11

JOSÉ ROSA E ATAÍDE BARATA ANTIGOS MARINHEIROS DO BARCO “GASOLINO” QUE LIGAVA O TRINHÃO A PEDRÓGÃO GRANDE

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PAMPILHOSA DA SERRA SACUDIU AS CINZAS E ESTEVE NA FIA 2017 COM GRANDE DESTAQUE

CALAMIDADE DOS INCÊNDIOS

VOLTOU À PAMPILHOSA DA SERRA E À

REGIÃO

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O mês de julho marca o início ou a aproximação do período anual de férias para muitos

pampilhosenses e familiares. Os estu-dantes terminaram as suas aulas e uma boa parte efetuou os seus exames, termi-nando assim mais um ano letivo.

Este mês marcou ainda de forma drástica o nosso concelho e os conce-lhos vizinhos, com a grande calamidade dos incêndios florestais que deixaram um enorme rasto de destruição, quer no património natural, quer nas habitações, explorações agrícolas e industriais e, mais grave, as lamentáveis perdas humanas.

Felizmente que no nosso concelho não houve a lamentar mortes ou feridos, mas ficou um manto negro com cerca de 10 mil hectares e o pesadelo de muitas populações que viram as suas aldeias e bens ameaçados.

Destaque para atuação dos valorosos Soldados da Paz, que apesar de muitas falhas na coordenação central, tiveram mesmo assim uma heroica luta na tenta-tiva de proteger as pessoas e bens.

Deixamos aqui um enorme louvor a todos os que participaram no comba-te, Bombeiros e Bombeiras de vários pontos do país, com uma palavra espe-cial para os Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra, que tudo deram para que a calamidade não atingisse maiores proporções.

Mas os pampilhosenses são gente de garra e não se vai abaixo facilmente. Para quem esteve na FIL em Lisboa, aquando da Feira Internacional de Artesanato - FIA2017, iniciada no dia 24 de junho, logo pouco tempo após a extinção do incêndio no nosso concelho, deparou--se com uma marcante participação da Pampilhosa da Serra naquele certame, marcando o Município presença com um vistoso stand e brilhando no evento

como Município Convidado, não faltan-do a cultura, as tradições e emoções das nossas gentes deixando a sensação de “renascer das cinzas” e voltar a Inspirar Natureza.

Mais uma vez o espirito solidário dos pampilhosenses se manifestou e manifesta, com a Casa do Concelho a promover uma ação de apoio aos nossos Bombeiros Voluntários, a juntar a outras ações de apoio, prontamente agradecidas pela direção e comando dos Soldados da Paz.

O regionalismo pampilhosense conti-nuou também ativo neste mês de julho, destacando-se a inauguração da Casa de Convívio de Boiças e o lançamento da 1º pedra do Centro de Convívio de Malhadas da Serra, que apesar de afligida pelo fogo, que “arregaçou as mangas” e continuou a luta pelo desenvolvimento da sua aldeia.

Muitas foram as aldeias pampilho-senses que foram afetadas ou viram o fogo por perto. Afetados pelo fogo foram também as gentes de Trinhão que se juntaram e uniram esforços, numa inicia-tiva de um grupo de jovens trinhaenses e outros menos jovens, que reuniram e discutiram os problemas que surgiram devido ao fogo, no sentido de ajudar os necessitados e ultrapassar os proble-mas e prejuízos decorrentes do recente incêndio que entrou pelas ruas da aldeia e destruiu muitos bens. Uma iniciativa digna de registo e um exemplo a seguir, visto que antecipa diversos passos que competiriam às entidades oficiais, ultra-passando assim a “ferrugenta máquina burocrática” que diz que a todos ajuda mas que a ninguém chega.

Adivinha-se um mês de agosto cheio de aminação no nosso concelho. Por todas as aldeias realizam-se as festas anuais, das quais tivemos conhecimento

Jornal “Serras da Pampilhosa”

Fundado em Junho de 1999

Ficha Técnica

Presidente: José Ferreira

Director: Carlos Simões (TE-1232)

Sub-Director: ... .... ....

Redactores:António Amaro RosaAníbal PachecoJorge Ramos

Colaborador no Território: Zé Manel (CO1623)

Colaboradores nesta edição:Adriano Pires Abel AlmeidaAna HenriquesAnselmo Lopes João SantosJ. Marques de Almeida Manuel NunesMaria do Céu BritoMarta NunesMiguel SerraLuis Quinta-NovaSérgio TrindadeSofia Capinha

Paginação e Grafismo:Beta VicenteSérgio Vicente

Montagem e Impressão:Vigaprintes-Artes Gráficas, Lda.Núcleo Empresarial Quinta da Portela, n.º 38Guerreiros – 2670-379 LouresTelefone: 219 831 849 Fax: 219 830 784E-mail: [email protected]

Propriedade: Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Sede: Rua das Escolas Gerais, n.º 82, 1100-220 Lisboa

Telefone: 218 861 082

E-mail:[email protected]

Distribuição:Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 1.500 exemplares

Depósito Legal n.º 228892/05Inscrito no Instituto da Comunicação Social sob o n.º 123.552

O Estatuto Editorial está disponível para consulta em www.casapampilhosadaserra.pt

Todos os artigos são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não traduzem a opinião da Direcção do Jornal e/ou dos órgãos sociais da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

2 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Ficha de InscriçãoNome _________________________________________________________________________

Morada _______________________________________________________________________

Cód. Postal ________________- __________ _______________________________________

Telef./Telemóvel _______________________ E-mail: ________________________________

Desejo receber os 12 números do Jornal “Serras da Pampilhosa”. 201__ / ____ / _______ Ass. _________________________________

Breves

EDITORIALpelo envio dos respetivos cartazes. Não publicamos os cartazes das festas pelo facto do espaço disponível não compor-tar tantos eventos. Compreenderão que aqui seria muito difícil incluir as festas de todos, pelo que achámos por bem incluir apenas as festas da vila. Desejamos a todos que as festas sejam um sucesso.

As Festas da vila iniciam-se no dia 12

de agosto com a XX FAG com um cartaz de luxo e também com o festival Seasi-de Sunset Sessions que promete muita animação em Pampilhosa da Serra, a juntar as Noites de Verão. Divirtam-se e boas férias se for o caso.

O Director, Carlos Simões

5º TRAIL DE PAMPILHOSA DA SERRA

O Grupo BTT " Os Cremalheiras Empenados" com o apoio da Câmara Municipal de Pampilho-

sa da Serra e das Juntas de Freguesia de Pampilhosa da Serra e Cabril, tem o prazer de informar que se vai realizar no dia 13 de agosto de 2017, o IV Trail de Pampilhosa da Serra.

O evento será constituído por duas provas competitivas com diferentes distân-cias e um mini trail / caminhada:

Trail Pampilhosa da Serra (35 km). Partida às 09h00;

Trail Pampilhosa da Serra (15 km) Partida às 09h00;

Mini Trail / Caminhada (11 km). Parti-da às 9h00.O programa será o seguinte:07:30 - Abertura do Secretariado;09:00 - Partida para a prova "Trail Longo";09:10 - Partida para a prova "Trail Curto";09:20 - Partida para a prova "Mini Trail/Pedestre";13:00 - Abertura do serviço de almoço;

14:00 - Encerramento do período de competição;15:00 - Atribuição dos prémios

Este ano contamos com um percurso completamente renovado, Será um percur-so com menos dureza e mais direcionado ao que este concelho pode oferecer, Paisa-gens deslumbrantes.

O percurso vai percorrer o vale da ribei-ra de Praçais, o trail longo até ao lugar de Ribeiros, segue para as cristas quartzíti-cas da Barragem de St.ª Lúzia e regressa à Pampilhosa da Serra pelo vale do rio Unhais.

Os percursos, apesar de comungarem de alguns trilhos de anos anteriores, apre-sentam novidades que a organização acre-ditara que sejam uma agrave surpresa para os participantes/atletas.

Como não podia deixar de ser, a jeito do concelho de Pampilhosa da Serra, o evento terminará comum almoço convívio.

João Santos

INFORMAÇÃO: Faça o pagamento do Jornal “Serras” e/ou as quotas de sócio da Casa por transferência bancária para o IBAN: PT50 0035 0582 00008286130 23

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 3

No sábado, dia 17 de junho, o calor apertava com temperatu-ras a rondar os 40º C. A meio

da tarde, o céu da nossa região tornou--se cinzento e o ribombar dos trovões ouvia-se ao longe. A alta temperatura, baixa humidade, o vento que soprava forte e a trovoada, propiciavam a tragé-dia que se veio a confirmar.

As primeiras notícias do grande incêndio que se iniciou em Escalos Fundeiros, no vizinho concelho de Pedrogão Grande e as 64 mortes e mais de duas centenas de feridos, deixavam boquiabertos todos os que recebiam tão drásticas mensagens, confirmadas com imagens horríveis de morte, devastação de floresta, animais mortos, habitações, áreas industriais e agrícolas completa-mente destruídas.

No mesmo dia, também no conce-

lho de Góis se iniciou grande incêndio, tendo rapidamente alastrado ao conce-lho de Pampilhosa da Serra, ameaçando nas proximidades e até mesmo afetando diversas aldeias do concelho principal-mente Malhadas da Serra, Carvalho, Vale de Carvalho, Coelhal, Ramalheira, Carvoeiro, Sobral Bendito, Pessegueiro, Braçal, Soeirinho, Moradias, Machio, Vale de Pereiras, Trinhão, Vale Porco, Portela do Fojo, Soutelinho e outras aldeias das freguesias de Pessegueiro, Portela do Fojo-Machio e Pampilhosa da Serra, com uma área total ardida de cerca de um quarto do concelho equi-valente a 10.000 hectares.

Felizmente que no nosso concelho não se verificaram perdas humanas, mas ficou um rasto de destruição, vestindo mais uma vez de negro a nossa paisagem de excelência.

Muitos foram os envolvidos no combate ao incêndio, mobilizan-do meios aéreos, viaturas, homens e mulheres de corporações de várias regiões do país, embora a maioria dos meios e o foco de atenção dos media estivesse no catastrófico incêndio de Pedrogão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, devido à vasta área atingida e às perdas humanas.

No incêndio de Góis e Pampilho-sa da Serra o combate às galopantes chamas foi feroz e focou-se principal-mente na defesa das populações, tendo sido evacuadas diversas aldeias e suas gentes, operação que se revelou essen-cial para a segurança das pessoas, quer pelo perigo do fogo que se aproximava, quer pela exposição ao fumo intenso que dificultava a respiração e a visão.

Segundo as primeiras estimativas da Proteção Civil, durante três dias foram devastados por este incêndio de grandes dimensões mais de 20 mil hectares de mancha florestal nos dois concelhos, sendo considerado oficialmente domi-nado nas primeiras horas do dia 22, não provocou vítimas mortais, havendo a registar 18 feridos ligeiros, várias habi-tações destruídas, além de dezenas de unidades agrícolas.

Deste combate destacamos o traba-lho valoroso de todos os bombeiros envolvidos, salientando a grande entre-ga e disponibilidade sempre pronta dos Bombeiros Voluntários de Pampilho-sa da Serra, que estiveram no terreno como grandes heróis operando todos os seus meios e com todo o seu esforço,

apesar de escassez de equipamentos e meios de combate, mas com um enor-me voluntarismo arriscando a vida pelo próximo, com um meritório espirito de missão.

Perante a grave situação e a progres-são do incêndio, o presidente da Câma-ra Municipal de Pampilhosa da Serra ativou o Plano Municipal de Emergên-cia às 23H00 do dia 18 de junho, tendo sido desativado apenas no dia 23 de junho pelas 16H00, quando a situação estava mais controlada.

No dia 22 de junho os presidentes de câmara de Góis e de Pampilhosa da Serra manifestaram indignação pelo facto de os seus concelhos não esta-rem abrangidos pelo fundo de apoio à revitalização das áreas afetadas pelos incêndios, aprovado em Conselho de Ministros.

José Brito esteve em direto para diversas estações de televisão a partir do posto de comando do Alto do Braçal, onde disse que Pampilhosa da Serra vai "crescer novamente, mas irá precisar de ajuda", e continuou referindo "Não consigo perceber esta decisão que exclui dois concelhos onde arderam mais de 20 mil hectares de área florestal", queixou--se o autarca, lembrando que o fundo aprovado pelo Governo "tem o objetivo

de gerir os donativos entregues no âmbito da solidariedade demonstrada, dando-lhe um destino coordenado de apoio à revita-lização das áreas afetadas".

Na ocasião também o vice-presiden-te da Câmara de Góis, Mário Garcia, disse estar "estupefacto" com a exclusão do seu concelho, dizendo que "só pode tratar-se de um lapso". "Tenho medo que fiquemos de fora", resumiu José Brito.

Como resultado destas manifes-tações de indignação dos autarcas, o ministro do Planeamento e Infraestru-turas, Pedro Marques, afirmou poste-riormente em declarações à Lusa, que estes dois municípios "obviamente estão abrangidos pelos apoios do Estado à reconstrução dos seus territórios depois dos fogos".

Segundo o presidente da câmara, José Brito, são necessários três milhões de euros no concelho para reabilitar as estradas municipais e habitações destruídas pelos incêndios. O presiden-te falava à comunicação social no final da reunião de trabalho, realizada no dia 28 de junho, em Pedrógão Grande, onde estiveram o primeiro-ministro, António Costa, e os presidentes das Câmaras de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa da Serra, Góis, Penela e Sertã. “Saí muito mais tranquilo da reunião. Apesar do incêndio devastador, não temos acidentes graves. Estamos solidários com Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos”, disse. José Brito adiantou ainda que, após o incêndio, “agora é preciso amenizar o mais rapidamen-te possível esta desgraça” e revitalizar a economia local.

O primeiro-ministro, António Costa, adiantou que a próxima reunião de trabalho com os municípios afetados pelos incêndios na região Centro vai decorrer a 19 de julho, na Sertã, distrito de Castelo Branco.

Apesar dos graves danos causados na floresta pampilhosense e nos bens das suas gentes, a solidariedade rapida-mente se fez sentir para com os habi-tantes afetados e para com os valorosos bombeiros, através de várias iniciativas de angariação de ajuda necessária para fazer face aos prejuízos e colmatar as necessidades, designadamente campa-nhas voluntárias levadas a cabo pela Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, pelo Município, pelos Bombeiros, apoios de particulares e de várias insti-tuições que ainda decorrem. Bem hajam todos os que contribuíram, permitindo assim renascer das cinzas e continuar a crescer.

O Município de Pampilhosa da Serra e a Associação Humanitária dos Bombeiros de Pampilhosa da Serra, emitiram comunicados de agradeci-mento que aqui transcrevemos (ver caixas).

Carlos Simões

Actualidade

O Município de Pampilhosa da Serra, vem por este meio manifestar o mais sincero e profundo pesar, para com as famílias das vítimas da recente catástrofe, que tal como o nosso Conce-lho, afetou Concelhos próximos. Nada é mais valioso do que a vida, na sua aceção geral e, por isso, a dor inglória destes Concelhos vizinhos e amigos, é também a nossa.

Também acreditamos que nada deverá ser mais valorizado do que um ato de solidariedade, independente-mente da forma com que é expresso. Assim, agradecemos a constante soli-dariedade demonstrada, por todos os que direta ou indiretamente ajudaram a combater o flagelo das chamas no nosso Concelho.

São vários os relatos de pessoas que demonstraram grandiosos atos de audácia e resiliência, que tanto nos sensibilizaram e merecem a nossa mais profunda consideração. Não menos relevante, foi também a forma como inúmeras pessoas fizeram chegar ao quartel, bens alimentares que tanto ajudaram os Bombeiros na sua árdua tarefa. Os vigorosos incêndios provoca-ram algumas feridas no nosso territó-rio, mas também provaram a coragem das nossas gentes que, de múltiplas formas, lutaram intensamente para o defender.

Se nos permitem, um agradeci-

mento especial aos heróis, guerreiros e todos os outros elevados adjetivos que lhe queiramos chamar. Obrigado aos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra e a todos os Bombeiros de corporações oriundas de vários pontos do país, que vieram prestar auxilio no combate às chamas. A gratidão, seja ela manifestada de que forma for, nunca fará verdadeira justiça à vossa valentia e resiliência. Muito, muito obrigado!

Por último, lançamos-vos um apelo, uma última missão neste episódio nada colorido da nossa história. Ao longo deste flagelo, os nossos Bombei-ros Voluntários foram sofrendo alguns infortúnios, nomeadamente no que diz respeito à danificação de viaturas e outros equipamentos. Assim, apela-mos a que dentro das possibilidades de cada um, façam o vosso donativo para o seguinte IBAN: PT50 0045 4118 4024 5896 5622 0, na tentativa de atenuar os estragos provocados pelo desastre.

As feridas causadas vão sarar. O verde continuará a ser dominante e o azul voltará a preencher o céu. E aqui, como em outros Concelhos afetados, as chamas mostraram-nos que apesar de provocarem danos muitas vezes irre-cuperáveis, a alma e união de um povo solidário, nada nem ninguém consegui-rá abalar.

CMPS

MUNICÍPIO AGRADECE A SOLIDARIEDADE

A dimensão da postura dos bombei-ros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra durante o incêndio de 17 a 24 de junho último, em que arderam mais de 10 mil hectares do nosso concelho, só é comparável ao apoio recebido de tão elevado número de pessoas, singu-lares e coletivas, associações culturais e humanitárias e autoridades públicas e privadas, tendo presente, naturalmente, o contributo de muitas corporações, de norte a sul do país e de Espanha, num total de quase 500 bombeiros.

Importa, pois, enaltecer o comporta-mento dos homens e mulheres bombei-ros que contribuíram para que um tão vasto e devastador incêndio não provo-

casse nenhuma vítima e conseguisse, por outro lado, salvar a quase totali-dade das casas de primeira habitação do concelho.

Mas é igualmente de toda a justiça agradecer publicamente à comunidade civil, às autoridades autárquicas, aos comerciantes e empresários, ao movi-mento associativo e tanta gente, do nosso concelho e fora dele, cujo contri-buto foi e continua a ser decisivo para o nosso presente e futuro.

Ficamos, pois, motivados e compro-metidos para continuar a servir a comunidade pampilhosense.

A Direção da AHBVPS e o Comando

AGRADECIMENTO PÚBLICO DA ASSOCIAÇÃO DE BOMBEIROS

CALAMIDADE DOS INCÊNDIOS VOLTOU À PAMPILHOSA DA SERRA E À REGIÃO– Mais de 10.000 hectares ardidos no concelho– Várias aldeias estiveram em perigo e habitantes evacuados– Plano Municipal de Emergência foi ativado– Necessários 3 milhões de euros para reabilitar as estradas e habitações destruídas

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4 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Actualidade

Pampilhosa da Serra arrecadou o galardão “Melhores Municí-

pios para Viver”, atribuído pelo INTEC – Instituto de Tecnologia Comporta-mental, com o patrocínio do Jornal Sol. Este prémio resulta de um concurso de âmbito nacional que dá a conhecer projetos que promovem e fomentam a qualidade de vida nos concelhos portugueses.

A edição de 2017 premiou a implementação de projetos municipais que procuraram aumentar a qualidade de vida das populações a nível social, ambiental e económico.

Pampilhosa da Serra alcançou o 1.º lugar no Domínio Social com o “Conversa de Avós”, um programa de intervenção social implementado pelo Município junto da população idosa não institucionalizada do concelho.

Este programa assenta essencialmen-te em três grandes projetos regulares (Informática Sénior, Ginástica Sénior e Alfabetização), de periodicidade semanal, descentralizados nas fregue-sias e que têm permitido desenvolver

uma cultura de cidadania e de enve-lhecimento ativo, capaz de manter a população sénior do concelho física e mentalmente saudável.

As distinções foram entregues na terça-feira, dia 27 de junho, na Facul-dade de Psicologia da Universidade de Lisboa, pelo Professor Doutor José Manuel Palma, Doutora Dalila

Antunes e Professora Doutora Patrí-cia Palma, no decurso da Conferên-cia “Melhores Municípios para Viver 2017”, que foi encerrada pelo Diretor do Jornal SOL, José António Saraiva.

PAMPILHOSA DA SERRA É RECONHECIDA COMO MELHOR MUNICÍPIO PARA VIVERA semana da criança e da juven-

tude em Pampilhosa da Serra iniciou-se a 01 de junho e conta

já com um vasto leque de atividades dinamizadas. Registe-se o grande entusiasmo das participantes dando--se especial destaque à animação na praia fluvial com insufláveis, pinturas de rosto e modelagem de balões, que decorreu no dia 2 de junho e em que participam mais de 200 crianças desde os 3 aos 13 anos de idade.

No dia 3 de junho realizou-se uma caminhada pelos Direitos que contou com 90 participantes seguida de um lanche saudável e de uma sessão promovida pela CLDS Pampilhosa ATIVA!, sobre “Parentalidade Posi-tiva” com a Psicóloga Diana Gaspar que contou com a abertura de uma prateleira de livros dedicados a esta temática, adquiridos pelo Município

e que ficarão ao dispor para requisição e leitura por parte dos pais.

Em simul-tâneo a esta sessão d e c o r r i a m os divertidos insufláveis na praia fluvial e uma aula de judo aberta promovida pelo CLDS Pampilhosa ATIVA!.

No dia 6 de junho a Pampilhosa da Serra acolheu 70 técnicos prove-nientes de diversas CPCJ do País para debaterem e refletirem sobre o trabalho das Comissões no âmbito de Prevenção no Encontro de Avaliação/

Reflexão intitulado “Projetos Tecer a Prevenção – A avaliação como instru-mento de Prevenção”.

Refira-se que o sucesso desta ativi-dade pauta-se pela intervenção e traba-lho em parceria envolvendo os proje-tos e instituições locais com intervenção em matéria de infância e juventude.

SEMANA DA CRIANÇA COMEMORADA COM DIVERSAS ATIVIDADES

ISENÇÃO DE IVA PARA AS COLETIVIDADES EM FESTAS, BAILES, SORTEIOS E OUTROS

O Projeto CLDS-3G Pampi-lhosa ATIVA!, promovido pela Associação de Solida-

riedade Social de Dornelas do Zêzere com o apoio da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, dinamizou, no dia 01 de julho, uma ação de formação na área do associativismo, dirigida às coletividades do concelho.

Esta ação, ministrada pela empresa Produções Fixe, decorreu na Liga de

Melhoramentos de Porto de Vacas e contou com a participação de 13 dirigentes associativos.

A formação permitiu abordar vários conteúdos, nomeadamente a importância do planeamento, da comunicação e o papel dos cidadãos no contexto local.

FORMAÇÃO PARA COLETIVIDADES - “PLANO B”

Mesmo não tendo finalidade lucrativa, as coletividades e associações são sujeitos

passivos de IVA. Assim, ficam abran-gidos pelo âmbito de incidência deste imposto e pelas obrigações fiscais iner-entes.

Contudo, na atividade normal de uma coletividade ou associação, o art.º 9.º do Código do IVA prevê isenções deste imposto para a venda de bens ou serviços praticadas por estas entidades, sendo exigível, em alguns casos, que sejam considerados organismos sem finalidade lucrativa segundo deter-minados critérios, entre os quais, não entrarem em concorrência direta com outros sujeitos passivos deste imposto.

Mas tal não significa que toda e qualquer operação praticada, por exemplo, por uma Comissão ou Liga de melhoramentos, esteja obrigatoria-mente isenta de IVA.

Por exemplo, uma coletividade está isenta de IVA quando cobra as quotas aos seus associados, ou se uma asso-ciação detiver e explorar uma escola de música, beneficia de isenção de IVA quando receber o valor das aulas de

música aos respetivos alunos, contudo, se vender instrumentos musicais já pode ter de liquidar imposto.

• Regime especial de isençãoApesar das Coletividades que

anualmente não ultrapassem os 10.000 € nos rendimentos obtidos anualmente, nas atividades não estatu-tárias sujeitas a IVA estarem isentas desse imposto conforme previsto no artº 53º do Código do IVA, o Despa-cho Normativo nº 118/85 de 31 Dezembro, isenta ainda as chamadas “manifestações ocasionais” (máximo de oito Iniciativas por ano), mesmo não estatutárias, para a contabilização daquele montante, nas condições expressas no referido Despacho.

As manifestações ocasionais a que o Despacho se refere, podem ser bailes, concertos, espetáculos de folclore ou variedades, sessões de cinema ou teatro, espetáculos desportivos, vendas de caridade, exposições, etc., e normal-mente têm lugar em alturas festivas.

A isenção incidirá não só sobre o direito de acesso (i.e. bilhetes) às mani-festações e aos espetáculos referidos

no parágrafo anterior, mas também sobre o conjunto das receitas recebi-das pelas Coletividades organizadoras, relativamente às diversas operações efetuadas nessa ocasião, como, por exemplo, bar, venda de programas, lembranças, receitas publicitárias, quermesses, sorteios, etc.

Para efeitos deste despacho, deverão as Coletividades informar previamente tal facto à Repartição de Finanças da área da sede, indicando, nomeadamente, o local, a data e o género de manifestação a realizar, não ficando dependentes da autorização da Autoridade Tributária, contudo a aplicação da isenção de IVA nestes eventos está subordinada à condição de não provocar distorções de concor-rência.

As isenções têm o benefício de que o preço dos bens vendidos ou serviços prestados possa ser menor em virtude de não lhe ser adicionado o IVA.

Carlos Simões

Nos termos do artigo 8º dos Estatutos, e dos artigos 23º a 30º do

Regulamento Interno, convo-co, todos os associados, para a Assembleia Geral Ordinária da Sociedade União e Progresso de Covanca, a realizar no dia 20 de Agosto de 2017, pelas 14:00 horas, na sua sede social, sita na Rua António Paulo de Jesus, Casa de Convívio, em Covanca, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apresentação, discussão e votação do Relatório e Contas correspondente ao exercício da direção no período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2017 e parecer do Conselho Fiscal;

2. Apresentação, discussão e votação do Plano de Ativida-des e Orçamento para o ano de exercício de 2017-2018;

3. Deliberar acerca da concessão da exploração da Casa de Convívio de Covanca;

4. Eleição do cargo de primeiro secretário da direção para preencher o lugar deixado vago;

5. Apresentação e discussão de qualquer outro assunto de interesse para a coletividade e seus associados, bem como para a população da Covanca.

Não havendo à hora marca-da o número suficiente de associados, a Assembleia Geral funcionará uma hora depois, com qualquer número de asso-ciados presentes, conforme o artigo 26º do regulamento interno.

Covanca, 20 de Julho de 2017

O Presidente da Assembleia Geral Carlos Alberto da Costa Pereira Simões

SOCIEDADE UNIÃO E PROGRESSO DE COVANCA

ASSEMBLEIA GERAL – CONVOCATÓRIA

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 5

Actualidade

cionar e degustar uma das mais deli-ciosas iguarias da gastronomia típica serrana. A apresentação da Feira de Artesanato e Gastronomia – XX FAG 2017, no dia 29, constitui-se como um momento muito aguardado e que mereceu especial interesse por parte dos visitantes. Neste dia estiveram presentes os artistas Emanuel e os HMB, que prometeram “abrir-nos o apetite” para a FAG 2017 em Pampi-lhosa da Serra, nos dias 12 a 15 de agosto, onde, para além dos habituais espetáculos musicais, o evento conta-rá com uma montra gastronómica de exceção aliada ao melhor do artesana-to regional.

As surpresas e atuações sucede-ram-se nos dias seguintes, naquela que foi uma plataforma cultural que proporcionou experiências únicas a quem a visitou.

Com um stand original e apelativo muitas foram as atividades durante a semana do certame. Em síntese, do programa salientamos no 1º dia a abertura com a brilhante atuação do Rancho Folclórico de Pampilhosa da Serra. No 2º dia a excelente atua-ção do Rancho Folclórico da Casa do Concelho Pampilhosa da Serra e a sessão de autógrafos com Tony Carreira, sendo um dos momentos altos de toda a feira. Centenas de pessoas dirigiram-se ao expositor de Pampilhosa da Serra, terra natal do artista, na tentativa de trocar breves impressões com o cantor e conseguir o desejado autógrafo ou fotografia. No 3º dia o Workshop de Artesanato – “Arte de fazer miniaturas de Regis-tos” por Lurdes Luan. No 4º dia o Workshop de Artesanato – “Rodilhas da minha aldeia” por Idália Francisco e o programa “Portugal em Direto”, da RTP, acompanhou alguns dos desen-volvimentos da maior Feira Intercul-tural da Península Ibérica sendo o nosso Município alvo de destaque. No 5º dia o Workshop de Filhó Espi-chada e a conferência de imprensa de apresentação do cartaz da FAG

– Feira de Artesanato e Gastronomia de Pampilhosa da Serra com a presen-ça dos artistas Emanuel e HMB. No 6º dia o Workshop de Artesanato – “Aldeias do Zé” por José Ramos, onde se pode apreciar de perto a elabora-ção de impressionantes obras, maio-ritariamente compostas por xisto. No 6º dia a atuação do Rancho Folclórico de Dornelas do Zêzere. No 7º e ulti-mo dia a brilhante atuação do Grupo

Musical Fraternidade Pampilhosense. Paralelamente a organização

promoveu um passatempo atribuin-do 30 Vouchers no valor de 40€ para uma estadia em Pampilhosa da Serra, no VIlla Pampilhosa Hotel, atribuí-do aos primeiros 30 participantes a responderem corretamente a uma questão, ganhando ainda um bilhete grátis de acesso à FIA 2017

Numa feira com diversos setores em exposição, desde Artes e Ofícios, Cerâmica, Madeira, Cortiça, entre outros, o expositor serrano procurou

potenciar os recursos naturais do território, através do talento e enge-nho dos artesãos locais. E porque de artesanato se tratava, foram vários os workshops de realizados ao longo do certame, que surgiram na tentativa de valorizar os recursos do Concelho, ali representados de forma artística.

A FIA, como ponto de encontro de culturas e plataforma de desen-volvimento dos territórios nacionais,

constitui-se como um aliado de extrema valia, no que diz respeito aos objetivos do Concelho relativamente ao setor do turismo. É um evento que, de facto, proporciona experiên-cias memoráveis a quem o visita e ao qual o Município se alia há nove anos consecutivos, na tentativa de poten-ciar o turismo de interior no geral e o Concelho de Pampilhosa da Serra, em particular.

Carlos Simões

A Feira Internacional do Arte-sanato 2017, na FIL Lisboa, esteve longo de uma semana

com inúmeros atrativos, constituin-do-se como um aprazível ponto de encontro de culturas, onde os visi-tantes foram convidados a “sentir o passado, viver o presente e experi-mentar o futuro.”

Nesta edição a FIA celebrou o seu 30º aniversário. Pampilhosa da Serra,

juntou-se a esta especial comemora-ção, na condição Município Convida-do. Como tal, foram inúmeros os atra-tivos em torno do expositor Serrano, como as constantes demonstrações ao vivo de artesãos locais, workshops, ou exibições de grupos culturais do

Município, que começaram logo no sábado, dia 24, dia da abertura, através da atuação do Rancho Folclórico de Pampilhosa da Serra.

A inauguração oficial do certame foi presidida por Sua Excelência, o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Dr. José António Vieira da Silva, que foi recebido no

espaço pampilhosense pelo presiden-te do município, José Brito e o vice presidente Jorge Custódio, acompa-nhado de outras individualidades, tendo feito uma demorada visita e acompanhou a atuação do Rancho Folclórico de Pampilhosa da Serra, sendo também presenteado com uma peça de artesanato da autoria de José Ramos.

As atuações dos grupos culturais

e recreativos estenderam-se aos dias seguintes. No Domingo assistiu-se a duas exibições do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra. Este dia trouxe também um dos momentos mais aguardados de todo o evento. Tony Carreira marcou

presença no Stand do Município de Pampilhosa da Serra para uma sempre empolgante e muito partici-pada sessão de autógrafos.

Terça, Quarta, Quinta e Sexta foram dias particularmente dedica-dos aos Workshops de artesanato e também à tradicional Filhó Espicha-da, onde se pode aprender a confe-

PAMPILHOSA DA SERRA SACUDIU AS CINZAS E ESTEVE NA FIA 2017 COM GRANDE DESTAQUE

No passado dia 3 de julho, decorreu a cerimónia proto-colar do hastear das bandei-

ras correspondentes às designações “Bandeira Azul” e “Praia Acessível”, atribuídas individualmente ou em conjunto a todas as 4 praias fluviais do Concelho de Pampilhosa da Serra.

Os critérios do Programa Bandei-ra Azul para praias, estão divididos em 4 grupos: Informação e Educa-ção Ambiental; Qualidade da Água; Gestão Ambiental e Equipamentos; Segurança e serviços. Em Portugal, este galardão ambiental, é desenvol-vido pela Associação Bandeira Azul, pela secção Portuguesa da Foundation for Environmental Education, com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente.

Por outro lado, o Programa Praia Acessível – Praia Para Todos, criado em 2004, distingue anualmente as praias que possibilitam, a todas as pessoas, o acesso à zona balnear, inde-

pendentemente da idade, possíveis dificuldades de locomoção, ou outras incapacidades.

Assim, a Praia Fluvial de Janei-ro de Baixo, recebeu a distinção de “Praia Acessível”. Distinção essa que também foi entregue à Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra e à Praia Fluvial de Pessegueiro, em simultâneo com

a distinção “Bandeira Azul”. Por últi-mo, na Praia Fluvial de Santa Luzia, à semelhança de anos anteriores, conti-nuaremos a ver hasteada a “Bandeira Azul”, em representação da qualidade ambiental da praia e zona envolvente.

CERIMÓNIA OFICIAL DO HASTEAR DAS BANDEIRAS AZUL E PRAIA ACESSÍVEL 2017

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6 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Em conformidade com as disposições legais aplicáveis e os estatutos da Sociedade

Recreativa e Progresso Ceiroquen-se, convoco todos os sócios para se reunirem em Assembleia Geral, que terá lugar na Aldeia de Ceiro-co, Freguesia de Fajão, Concelho da Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, em 14 de Agosto de 2017, pelas 15:00 horas, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 - Informações;2 - Apresentação, discussão e

votação do relatório e das Contas do Exercício de 2016;

3 - Eleição dos Corpos Sociais para o biénio de 2017/2018 e tomada de posse.

A mesa de voto funcionará no local da Assembleia Geral no período entre as 15:00 e as 16:00 horas.

Apenas os sócios com as quotas regularizadas até à data da Assem-bleia Geral, podem fazer exercer o direito de voto.

As listas presentes ao ato eleito-ral deverão dar entrada na sede da Sociedade Recreativa por correio, sita na Rua das Escolas Gerais, nº 82 1 1100-221 Lisboa, até às 18:00

horas de 31 de Julho de 2017.Se à hora indicada não houver

quorum, a Assembleia funcionará meia hora depois, no mesmo local, com qualquer número de sócios e a mesma ordem de trabalhos.

Lisboa, 30 de junho de 2017

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Manuel Damásio

SOCIEDADE RECREATIVA E PROGRESSO CEIROQUENSE

CONVOCATÓRIA

Actualidade Regionalismo

Iniciou-se dia 3 de julho de 2017 e prolonga-se até ao final do mês o programa de férias “Julho em Ação, um

Mês de Diversão”, dinamizado pela Ludo-teca Municipal “Pampilho” e pelo Centro Educativo de Dornelas do Zêzere, em cola-boração com o ATL da Cáritas Diocesana de Coimbra e Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere.

Com um vasto programa de atividades, dedicado às crianças e jovens do concelho, este programa conta com um total de 125 participantes e 15 monitores/animadores.

Sob o mote "O meu concelho é lindo a valer… (em)bora lá conhecer”, os parti-cipantes terão a oportunidade de visitar as oito freguesias do concelho, finalizando o programa com um Batismo de Voo.

A Biblioteca Municipal Dr. Fernando

Nunes Barata irá levar a cabo, no âmbito do programa Bandeira Azul 2017, as Oficinas de Verão “O Meu Planeta Azul”, junto das crianças e jovens que integram o progra-ma de férias “Julho em Ação, Um Mês de Diversão” que, de uma foram lúdica e didá-

tica, vão abordar as questões ambientais.Assim, no dia 5 de julho, pelas 14h30,

foi dinamizado o jogo “Lotaria Molhada”, destinado às crianças do 3.º e 4.º ano. Neste jogo as crianças responderam a perguntas relacionadas com os vários estados da água, bem como aprenderam algumas regras de preservação.

No dia 19 de julho, pelas 10h00, foi dinamizada com as crianças do pré-escolar, uma Hora do Conto ligada à preservação ambiental. No mesmo dia, às 14h00, as crianças do 1.º e 2.º ano participaram no jogo sobre a água “A Gotinha Pergunta”.

Na segunda semana as crianças/jovens visitaram a Freguesia do Cabril e de Fajão/Vidual, onde tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais das tradições e costumes destes lugares.

Na Freguesia do Cabril visitaram a Casa Museu da Liga de Melhoramentos do Cabril e o Museu José Teodoro, percorre-ram ainda a Rota do Trabalhador, tendo decorado as figuras que a compõe. Pinta-ram a Capela do Sr. dos Desamparados. A visita a esta freguesia finalizou com um lanche confecionado pelas próprias crian-ças/jovens com doces típicos da região como as filhoses espichadas, arroz doce ou a broa com carne.

Em Fajão/Vidual foi possível desfrutar da maravilhosa piscina e reali-zar diversas brincadeiras no recinto da Srª da Guia.

PROGRAMA DE FÉRIAS “JULHO EM AÇÃO, UM MÊS DE DIVERSÃO”

O Projeto CLDS-3G Pampilho-sa ATIVA!, dinamiza durante o mês de julho um programa

de férias, destinado aos jovens, dos 13 aos 18 anos, residentes no concelho de Pampilhosa da Serra.

Com uma componente lúdica, educacional e desportiva, o programa é constituído por várias atividades destina-das a estimular a criatividade, a promo-ver a aquisição de novas capacidades, a reforçar o espírito de equipa, entreajuda e companheirismo e a levar os jovens a assumirem uma maior responsabilidade e autonomia.

O projeto é promovido pela Associa-ção de Solidariedade Social de Dorne-las do Zêzere, com o apoio da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra.

No âmbito deste programa de Verão

Férias ATIVAS!, no passado dia 7 de julho, deslocaram-se 11 crianças e jovens do concelho, à Praia Fluvial do Malha-dal, no concelho de Proença-a-Nova.

Nesta atividade, os participantes tive-ram a oportunidade de viver um dia

diferente no Fluvifun – Parque Aquático, fazendo ainda canoagem e um pequeno passeio pedestre. Um dia cheio de ação, que proporcionou momentos bastante divertidos a todos os participantes!

No dia 14 de julho, 10 jovens do concelho, participaram no Batismo de Canoagem no Rio Mondego, num percurso entre Penacova e a Praia da Misarela - Coimbra. A atividade propor-cionou aos participantes um dia diferen-te, num percurso natural deslumbrante, com observação de aves e vegetação variada ao longo de 12 Km de rio. Esta viagem de contemplação culminou com uns bons mergulhos na Praia Fluvial da Misarela.

FÉRIAS ATIVAS!

Nos termos do artigo 8º dos Estatutos e artigo 28º, alínea c) do Regulamen-

to Interno, convoco a Assembleia Geral Ordinária da Comissão Associativa de Melhoramentos de Camba, para o dia 14 de Agosto de 2017, às 15:00 na sede social, sita em Camba, Fajão, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apreciação, discussão e vota-ção do Relatório e Contas relati-vo ao exercício da direção no ano 2016/2017 e parecer do Conselho Fiscal.

2. Apresentação, discussão e votação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano 2017/2018.

3. Apresentação de qualquer assunto de interesse para a coletivi-dade, bem como para a população de Camba.

4. Eleição dos Órgãos Sociais da coletividade para o biénio 2017-2019.

Não havendo á hora marcada o número suficiente de sócios, a Assembleia Geral reunirá uma hora depois com qualquer número de sócios.

Camba, 9 de Julho de 2017

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Carlos Alberto da Costa Pereira Simões

COMISSÃO ASSOCIATIVA DE MELHORAMENTOS DE CAMBAASSEMBLEIA GERAL – CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do artigo 13º (Alínea A) dos Estatutos da Comissão de Melhoramen-

tos de Ponte de Fajão. Convoco a Assembleia Geral Ordinária para o dia 13 de Agosto de 2017, pelas 14:00 horas, na Casa de Convívio da Ponte de Fajão, com a seguinte ordem de trabalhos:

1º - Apresentação, Discussão e Votação do Relatório e Contas da Direcção referente ao ano 2016/2017 e parecer do Concelho Fiscal.

2º - Discutir ou tratar de qual-

quer assunto colectivo ou regional.Não havendo à hora marcada

número legal de Associados presen-tes, a Assembleia Geral funcionará meia hora depois, com qualquer número de Associados presentes.

(Secção I, artigo 13º alínea B) e C) dos Estatutos).

Lisboa, 06 de Julho de 2017

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Albino Fiúza de Oliveira

COMISSÃO DE MELHORAMENTOS DA PONTE DE FAJÃO

CONVOCATÓRIA

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 7

Regionalismo

O dia 17 de Junho de 2017 marcou a vida da União e Progresso de Boiças, com a inauguração da

sua Casa de Convívio, coincidindo com a comemoração do 67º aniversário da fundação da coletividade, tudo numa grande festa que encheu por completo a rua principal da aldeia.

Mantendo a tradição dos anos anteriores, a efeméride foi marcada para o fim de semana em que se celebra na aldeia a Festa em honra a Santo António, iniciando-se pela manhã na bonita e renovada capela, que se encheu para celebrar Missa em honra e louvor ao santo padroeiro da aldeia, a cargo do Padre João Prior. Nesta celebração, para além da devoção colocada por todos neste ato de fé, salientou-se o brilho que o coro de vozes de naturais da aldeia emprestou ao momento, sob orientação de António Pires, um amigo dos boiçenses.

Terminada a celebração por volta das 12:45 h, todos desceram até ao centro da aldeia onde se localiza a nova Casa de Convívio, destacando-se um belo edifício em xisto, mantendo a característica arquitetónica do casario da aldeia. Com a rua engalanada a preceito, todos os habitantes e convidados se juntaram frente à entrada principal do edifício para proceder à inauguração oficial.

Estiveram presentes o vice-presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, o presidente da Junta de Freguesia de Fajão-Vidual, Carlos Simão, acompanhado do restante executivo, António Catraia como presidente da assembleia geral da coletividade local, Humberto Almeida, presidente da direção e restantes membros diretivos, Sérgio Trindade, representando a Casa do Concelho, o Padre João Prior, o arquiteto da obra José Peralta, o construtor Luís Nunes, Carlos Simões pelo Serras da Pampilhosa e José Vasconcelos pelo jornal

a Comarca de Arganil.Para cortar a fita foram chamadas

as crianças que procederam ao ato simbólico, sob orientação de Humberto Almeida e António Catraia. Logo de seguida procedeu-se ao descerrar de uma placa alusiva ao ato, tendo a bandeira da coletividade sido retirada pelo vice presidente da câmara, pelo presidente da junta de freguesia e pelo presidente da assembleia geral.

Após esta cerimónia, procedeu-se a uma visita às instalações, compostas por 3 pisos, com uma ampla sala no piso superior com casas de banho e bar de apoio. Nos pisos inferiores existem dois quartos com WC e um amplo armazém. Embora não sejam grandes áreas, as instalações foram bem construídas por Luís Nunes, construtor de Malhada do Rei, com muito gosto e ajustadas para cumprir a função como local comum de convívio e receber visitantes.

O calor apertava e a temperatura chegava próximo dos 40ºC. Na rua central, matava-se a sede, seguindo-se um excelente almoço de convívio que estava preparado para receber mais de uma centena e meia de naturais da aldeia, familiares, amigos e diversos convidados, que ali se juntaram enchendo por completo o principal arruamento de Boiças, agora marginado por um novo edifico que enche de orgulho aquelas gentes – a nova Casa de Convívio de Boiças.

Junto à porta principal da nova casa foi montada a mesa de honra, tendo no início da refeição usado da palavra o presidente da assembleia geral António Catraia, que enquadrou a efeméride e deu as boas vindas a todos. O delicioso repasto foi superiormente confecionado por uma equipa de voluntários da terra que não tiveram mãos a medir no grelhador e na cozinha, estando de parabéns pela sua disponibilidade, pela qualidade da refeição e pelo gosto colocado na decoração das

mesas.Por ter que se ausentar, coube ao

presidente da junta de freguesia, Carlos Simão, usar da palavra, começando por agradecer o convite e dar os parabéns à coletividade e aos boiçenses pela grande obra que inauguravam. Confirmou que a junta de freguesia esteve e continuará disponível para apoiar a aldeia e os seus habitantes.

Lourdes Maia e Carlos Simões, pelas coletividades congéneres de Porto da Balsa e Camba respetivamente,deixaram também mensagens de parabéns e apoio, destacando a importância da atividade da coletividade das Boiças. Lourdes Maia convidou para a inauguração da Casa de Convívio de Porto da Balsa, que será dia 16 de agosto, pelas 18 horas.

Pela Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, Sérgio Trindade, destacou a qualidade e originalidade da obra inaugurada, considerando um exemplo a seguir. Deu os parabéns a todos os que tornaram possível aquela obra e por ali terem tanta gente. Deixou a disponibilidade da Casa concelhia e deixou igualmente os cumprimentos e parabéns da União e Progresso de Vale Derradeiro.

Isaura Fernandes, pela Liga de Fajão deu os parabéns à coletividade e destacou que se trata de um dia marcante para si e para a aldeia, tal como foi a inauguração da reconstruida Capela há uns anos atrás. Enalteceu o trabalho dos boiçenses que permitiram ter agora uma infraestrutura que podem usar todo o ano. Desejou continuidade ao presidente e seu elenco, considerando muito necessária a atividade dos regionalistas nas aldeias, apesar do apoio autárquico.

O presidente da direção Humberto Almeida usou seguidamente da palavra, começando por agradecer a presença de todos, destacando o número elevado de boiçenses e amigos ali presentes. Referiu-se à Casa de Convívio inaugurada agradecendo a todos os que colaboraram e deram apoio na sua construção, designadamente aos boiçenses, aos órgãos diretivos da coletividade, principalmente ao presidente da assembleia geral, António Catraia e o apoio do Município pampilhosense e da junta de freguesia de Fajão-Vidual. Para o futuro referiu-se à necessidade de abertura de acessos a viaturas de combate a incêndios em redor da aldeia e a requalificação do tabuleiro da

ponte sobre a ribeira ao fundo da povoação. A terminar enalteceu o trabalho de todos os que colaboraram e tornaram possível aquela festa, tendo encerrado a intervenção pedindo forte aplauso para o Município e Junta de Freguesia.

Pela voz do seu vice-presidente, a Câmara Municipal associou-se à festa mostrando gratidão à União e Progresso de Boiças e todos os boiçenses, pelo que tem feito em prol do desenvolvimento da aldeia e do concelho. Disse que o Município tem colaborado mas nada seria possível sem o empenho dos locais. Enalteceu a coragem da coletividade em deitar “mãos à obra” para construir a sua Casa de Convívio, mesmo sem ter capacidade económica

para tal, sendo de enaltecer aqueles que deram o passo decisivo para que hoje essa obra seja uma realidade.

Referindo-se ao apoio da autarquia para projetos futuros, tais como os elencados pelo presidente da direção, Jorge Custódio classificou-os de essenciais e que o Município não deixará de apoiar, mas deve ter-se também em conta que o apoio tem que ser distribuído pelas 109 aldeias do concelho.

Continuou Jorge Custódio referindo que, contrariamente ao que se pensa, não estavam ali a comemorar a inauguração da Casa de Convívio, estavam a comemorar sim “o coração e a entrega das gentes das Boiças…porque vocês conseguiram trazer aqui tanta gente, e conseguiram reunir novamente as famílias à volta das Boiças, e esse é que é o verdeiro pulsar de uma aldeia. A Casa é apenas um espaço físico.”. “Peço-vos que não deixem morrer este pulsar e continuem a vir à vossa aldeia em respeito aos vossos antepassados…continuem com esse

vosso trabalho que nós cá estaremos para vos ajudar”, disse a encerrar Jorge Custódio.

A encerrar o período de intervenções, António Catraia desdobrou-se em agradecimentos e cumprimentou as personalidades e entidades presentes. Considerou um prazer ali estar naquele dia memorável para inaugurar o grande melhoramento que era a Casa de Convívio, mostrando-se muito feliz por ali ver tantos boiçenses amigos e amigas, confessando ter-se empenhado para que a obra fosse uma realidade e para que a aldeia tenha cada vez melhores condições. Sublinhou igualmente o trabalho da direção e o seu presidente.

Deu os parabéns aos e às jovens que

serviram o almoço e aos menos jovens que o prepararam, pedindo um aplauso para todos, considerando ser um incentivo para que continuem a vir e a gostar das Boiças, dando como exemplo os seus filhos e neto que gostam muito da aldeia. Terminou com o apelo para que todos os boiçenses incentivem os jovens a participar, permitindo assim garantir o futuro da aldeia.

A festa continuou com o som de trovoada ao longe (que infelizmente deu origem aos grandes incêndios dessa semana), procedeu-se ao corte do bolo de aniversário e todos a cantarem os parabéns, com votos de muitos anos de União e Progresso.

Pela voz de Abel Almeida realizou-se um animado leilão de ofertas para angariação de fundos e funcionou uma bem recheada quermesse e venda de rifas. Parabéns às Boiças.

Carlos Simões

CASA DE CONVÍVIO DE BOIÇAS FOI INAUGURADA EM DIA DE FESTA

Dia 11/06/2017 Castanheira da Serra foi palco do12º convívio regionalista das colectividades

Fajenses e amigas.Estou certa que terá sido um dia

inesquecível para todos os que estive-ram presentes, e muito especial para os Castanheirenses e amigos.

A Castanheira da Serra neste dia vestiu-se de gente. As ruas ganharam a vida de outros temos; "os locais turísti-cos" como por exemplo a piscina o lago dos aromas ou as sombras dos casta-nheiros foram pequenos para tantos olhos e máquinas fotográficas. Mas tudo isto foi possível graças á máquina organizativa que esteve por detrás de todo este evento. Deste modo, a Comis-são de Melhoramentos de Castanheira da Serra agradece o apoio e colaboração da Junta de Freguesia de Fajão e Vidual, das Associações congéneres aderentes a esta iniciativa.

Saliento em especial o apoio da Liga Pró-Melhoramentos da Freguesia de Fajão; da C.M. da Ponte de Fajão; da U.P. Vale Derradeiro; C.A.M. da Camba; C.A.M. Porto da Balsa e S.U.P. da Covanca. Sem elas não seria possível a realização deste convívio inter-aldeias.

Agradecemos ainda a presença do Sr. Engº. Custódio, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, ao Sr. Presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, aos representantes das Juntas de Fregue-sia de Fajão-Vidual e Cabril e também aos Directores de "A Comarca de Arga-nil" Sr. Lopes Machado e Director de "Serras da Pampilhosa" Sr. Dr. Carlos Simões.

Finalmente um agradecimento a todos os Castanheirenses residentes e aqueles que propositadamente ali se deslocaram para colaborar nesta tarefa.

Agradecemos também aos nossos

amigos e aos amigos dos nossos amigos que vindos de Lisboa nos presentearam com a sua visita.

Sabemos que não foi uma viagem fácil, quer pela distância que pelo trajecto, bastante sinuoso, da "Serra do Açor". Chegaram cheios de boa dispo-sição para partilhar um dia que ficará na memória de todos os que ali estivemos.

Ficamos com ânimo para continuar a fazer mais e melhor pela nossa região.

Termino com a frase de Antoine de Saint-Exupéry: "Aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós".

Em nome da Comissão de Melhora-mentos da Castanheira da Serra o nosso muito obrigada pelo apoio e simpatia que recebemos de todos.

P´la DirecçãoMaria do Céu Brito

CASTANHEIRA ACOLHEU 12.º CONVÍVIO DAS COLECTIVIDADES REGIONALISTAS

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8 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Actualidade Opinião

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 9

Actualidade

Temos todos presente os acon-tecimentos nefastos que asso-laram o nosso concelho na

terceira semana de Junho de 2017.Temos também todos a consciên-

cia de que devemos agir de forma atempada, fraterna e solidária no apoio aos muitos que estão empe-nhados em debelar os incêndios e em salvar vidas e bens.

A carrinha do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, deu o exemplo e partiu de Lisboa no início da noite do dia 22, conduzida pelo Diretor do Rancho, José Antão, para levar uma pequena ajuda aos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra, e outros bens se seguiram por outras vias.

O Movimento Regionalista, que no século passado se fundou na soli-dariedade, não deve e não pode no século XXI ficar indiferente perante os que socorreram quem se encontra-va em aflição, mas porque disponibili-zou meios tem agora necessidade de ajuda para o futuro.

A Direção da Casa do Conce-lho de Pampilhosa da Serra, toma a iniciativa de gerar um MOVIMEN-TO DE SOLIDARIEDADE para com os BOMBEIROS VOLUN-TÁRIOS DE PAMPILHOSA DA SERRA, pedindo aos Regionalistas, aos Pampilhosenses e aos Amigos dos

Pampilhosenses e da Pampilhosa da Serra um contributo, pequeno que seja. Pode fazê-lo através da:

Conta Bancária para angariação de contributos para os Bombei-ros Voluntários de Pampilhosa da Serra:

IBAN: PT50 0035 0697 00570986730 11

Pode também fazer-nos chegar por outro qualquer meio o valor destina-do a este fim, com vontade expressa de que tem aquela finalidade. A quan-tia angariada será divulgada no nosso jornal "Serras da Pampilhosa", bem como nos meios de comunicação que

nos forem acessíveis, e em devido tempo entregue à Associação Huma-nitária de Bombeiros de Pampilhosa da Serra.

Vamos ser SOLIDÁRIOS com os nossos BOMBEIROS.

Ontem precisamos nós dos BOMBEIROS! Hoje precisam os BOMBEIROS de nós! Bem hajam os Soldados da Paz.

BEM-HAJA por ser SOLIDÁ-RIO!

A Direção da CCPS

CASA DO CONCELHO PROMOVE AJUDA AOS BOMBEIROS PAMPILHOSENSES

Pouco passava das 17 horas do dia 21 de Junho, quando verifiquei que o Luís Tomás

tinha partilhado uma publicação de uma rapariga chamada Joana Adão sobre a Pampilhosa da Serra, essa publicação referia que após contac-to com os Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra, ela própria estaria a organizar uma recolha de bens alimentares e farmácia para o dia 22, pelas 18:30 no mercado de Alvalade, em Lisboa. Após ler o apelo da Joana, achei que faria sentido ajudar, visto trabalhar a poucos metros do local de recolha

e ser do concelho, assim fiz! Entrei em contacto, disponibilizei-me para divulgar pelo comércio local, combinamos estratégia e coloca-mos mãos à obra. Na quinta-feira, dia 22, percorri o comércio com flyer de informação do que preten-díamos angariar e solicitei ajuda ao Director do Rancho Folclórico da CCPS, José Antão. Divulguei junto do Rancho e apelei toda a ajuda para a recolha, sem nunca imaginar como as coisas iam correr!

No dia 22, às 18:00 horas, dirigi-

-me ao local (um pouco mais cedo do que marcado, mas por ques-tões logísticas para me organizar), tal foi a minha admiração quando começaram a chegar pessoas e a perguntar se já podiam começar a deixar as suas ofertas para os bombeiros de Pampilhosa da Serra. Aceitei de bom grado, sempre agra-decendo com um sorriso gigante. Constamos que houve pessoas que regressavam 3 / 4 vezes a deixar as suas contribuições.

Nos primeiros minutos estáva-mos nós, (eu, Ana Henriques, o Tiago Henriques, a Helena Rodri-gues e o Joaquim Rodrigues) rodeados de pessoas, muitas que nem conhecem o concelho, mas verificaram que estávamos a apelar para os bombeiros e quiseram contribuir. Poucos minutos depois juntou-se a nós a Joana, e algu-mas das suas amigas (escuteiras da Igreja de São João de Brito e não só), e começamos a ficar rodeados de pack’s de águas, sumos, leites, conservas, papel higiénico, entre tantas outras coisas. Começaram a chegar os nossos amigos, conhe-

cidos e comerciantes com quem estabeleci contacto durante o dia, foi ai que chegou mais ajuda (e bem que precisávamos). Estive-ram sempre connosco o António Henriques, Paula Caetano, Luís Margarido, Rafael Margarido, Henrique Margarido, Alice Antu-nes, David Antunes, Andreia Sol e o Sérgio Trindade. Começamos a ver que o espaço era pequeno, e já estávamos com o passeio prati-camente cheio. Foi altura de saber se o José Antão já tinha saído de casa (para vir ao nosso encontro), porque, caso não o tivesse feito,

era melhor trazer a carrinha do rancho, visto que já não tínhamos onde colocar muito mais coisas, e assim foi. Chegou o José Antão, a Emília Fernandes, Mariana Corga e a Cátia Fernandes. Começamos a colocar tudo dentro da carrinha de modo a desocupar o passeio, mas, começaram a chegar ainda mais pessoas para contribuir, consegui-mos encher a carrinha e não só. O Presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra fez questão de se dirigir ao nosso encontro e creio que nunca imaginou a quantidade de bens que conseguimos anga-riar. A carrinha do Rancho seguiu ainda no dia 22 rumo aos Bombei-ros da Pampilhosa da Serra, mas muitos bens ainda tinham ficado em Lisboa, acabaram por seguir no dia seguinte.

Muita gente se dirigiu a nós, muitos dizendo que não conhe-ciam o concelho e outros dizen-do que conheciam o Machio, Vale Pereiras, Maria Gomes entre tantas outras aldeias. Fomos sem dúvida que de coração cheio.

À Joana ficou prometido ir conhecer o concelho, sim porque a Joana não conhece o concelho nem sequer “tinha” qualquer rela-ção connosco, mudou tudo a partir do dia 22/6.

Joana Adão em nome dos Bombeiros Voluntários da Pampi-lhosa da Serra o nosso Bem-haja!

Jamais esqueceremos o teu gesto para com os nossos bravos Bombeiros!

Ana Henriques

JOANA ADÃO INCENTIVOU A SOLIDARIEDADE E APOIO AOS BOMBEIROS

No dia 10 de Agosto todos os

caminhos vão dar à Nossa Senhora da Guia em Fajão para o 5º Almoço dos Benfiquistas Pampilhosenses, venham de vespa, a pé, de carro, de surf voador mas venham e tragam um Amigo,

juntos vamos fazer mais um grande almoço dos Benfiquistas Pampilhosenses!

Porque juntos somos mais fortes rumo ao PENTA!!!

Podem efectuar as vossas marcações para um dos seguintes contactos:- Isaura Fernandes 933 936 014; - Jorge Morais 963 895 921;- Vítor Pereira 938 263 373;- Sérgio Trindade 967 618 253. Preço por pessoa de 20 Águias!

Sérgio Trindade

Fundado em 11 de Agosto de 2004, vão completar-se 13 anos que o Núcleo Sportinguista de Camba

(Fajão) foi fundado e já tem tradição no concelho de Pampilhosa da Serra e aldeias vizinhas. Este ano a atividade continua, levando a efeito o seu Almoço Convívio anual, onde uma vez mais os Sportinguistas de Camba e do Alto Ceira, das aldeias do concelho e da região, se reúnem para confraternizar e “rugir” em torno da mesma mesa.O convívio realizar-se-á, no próximo dia 16 de Agosto de 2017 (Quarta-feira), a partir das 12:30 horas, no bar do recinto de festas de Camba. A ementa é deliciosa e variada, onde não faltará um bom Leitão Assado ou Lombo de Porco, superiormente servido pelo nosso amigo António Carlos (ex-restauran-te Manjar de Arganil), sob coordenação e a fiscalização sempre atenta do “Leão Presi-dente” Luís Gonçalves e a sua concertina sempre afinada.Não faltará a atuação de amigos artistas com Concertinas e exibição de Fado Serra-no e Leonino.Desde o primeiro convívio que o número

de participan-tes tem vindo a aumentar e a reforçar esta famí-lia leonina serrana, o que provocou já a “imitação por outros”. Esforço, dedica-ção, devoção e gloria, eis os Spor-tinguistas do Alto Ceira.Marca a tua presença sem falta para Luís Gonçal-ves - 235751235, José Manuel - 2 3 5 7 5 1 1 7 1 , Carlos Simões - 919877607 ou José João 935034511 Vem e veste as cores do Sporting. Não faltes e trás mais leões e leoas.Vem “Rugir Connosco”.

Carlos SimõesNúcleo Sportinguista de Camba

5º ALMOÇO DOS BENFIQUISTAS PAMPILHOSENSES

13º ANIVERSÁRIO DO NÚCLEO SPORTINGUISTA DE CAMBA

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10 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Entrevista

iam todos cheios.Ataíde Barata – Nesses dias tínha-

mos de ter um cuidado redobrado, porque senão o barco começava a dar um varejo, a baloiçar.

José Rosa – E antes de arrancarmos dizíamos às pessoas para se manterem quietas, para não andarem para a frente e para trás, senão o barco ia para o lado.

Ataíde Barata – Primeiro, enchía-mos o barco lá em baixo para ele ter mais estabilidade. Só depois é que se ocupava o convés cá fora.

José Rosa – E havia outra coisa: por cima, o tejadilho levava fiadas de baga-gem, tal e qual como antigamente as camionetas levavam. O barco maior chegava a carregar duas camionetas com bagagem e passageiros. Eram bata-tas, hortaliças e barris de vinho que as pessoas daqui despachavam para os filhos que tinham em Lisboa. Os motoristas da Adelino Pereira Marques chegavam a dizer “Ah marinheiros, vocês rebentam com a gente a carregar tantas sacas e cestos!”

Ataíde Barata – E isto, quando a Barragem estava cheia, era um figo. O pior era quando a Barragem estava baixa, porque demorávamos uns sete ou dez minutos a ir do barco até lá acima às camionetas e a gente com um saco de batatas às costas e um cesto na mão. O condutor e o cobrador tinham também de acarretar as bagagens para as camionetas. Não eram os passageiros que tinham de carregar a mercadoria, eramos nós. Na altura, com 15 anos e 40 quilos, eu tinha de levar um saco de batatas com o mesmo peso. Havia sempre coisas a fazer, pois erámos nós quem limpava o barco, tirava a água que entrava sempre pelo casco, colocava o óleo e enchia os depósitos de combus-tível com bilhas de 20 litros de gasóleo.

Serras da Pampilhosa – Em que dias havia mais frequência de passa-geiros?

José Rosa – Nos dias de feira em Pedrógão Grande (que era na primeira segunda-feira de cada mês) e nos dias de praça (que era às segundas-feiras). E também na Feira do Ano, que é a 24 de Julho.

Ataíde Barata – O dia mais procu-rado era a Senhora da Confiança, em Pedrógão Pequeno. Chegámos a fazer duas viagens numa manhã com os dois barcos para ir buscar pessoal que queria ir à festa. E no regresso foi a mesma coisa. As pessoas iam à romaria da Senhora da Confiança para ver a música e o fogo, que sempre foi afamado. Não iam lá para fazer compras, levavam um farnel, uma manta e dormiam ali no chão.

José Rosa – Também havia enchentes para a festa da Amoreira e do Trinhão, em que o pessoal de Lisboa vinha à terra de propósito dois ou três dias antes e

enchiam o barco, mas não era a mesma coisa.

Serras da Pampilhosa – O que é que as pessoas costumavam comprar em Pedrógão?

Ataíde Barata – Sardinhas e pão.José Rosa – Roupa e às vezes anéis.Serras da Pampilhosa – E na Feira

do Ano?José Rosa – Iam lá também para se

divertirem.Ataíde Barata – E era onde as

pessoas compravam mais coisas. No resto do ano poupavam, mas naquele dia as pessoas faziam mais compras.

José Rosa – Por outro lado, nos dias normais as pessoas da Amoreira, do Vilar e de todo o lado faziam-nos enco-mendas. Todos os dias íamos lá acima, a Pedrógão Grande, comprar pão, medi-camentos, sardinhas e, às vezes, arroz, massa e de tudo um pouco. Depois de aviarmos as encomendas, no regresso as pessoas davam-nos 5, 10 ou 25 tostões e assim juntávamos mais uns trocos.

Ataíde Barata – Nas tais segundas--feiras de mercado em Pedrógão nós também comprávamos sardinhas e à tarde levávamo-las para casa, na Cruz. Tínhamos lá uma pequena adega, eu chegava lá com as sardinhas, assava-as para mim e para a minha mãe e íamos ao pipo tirar o vinho. Se fosse preciso, íamos aos pimentos e ao tomate ali à horta. Aquilo sabia-nos tão bem!

José Rosa – As outras pessoas não podiam fazer isso, não tinham essa hipó-tese.

Serras da Pampilhosa – A frequên-cia de passageiros era diferente no Verão e no Inverno?

Ataíde Barata – No Verão havia um pouco mais de pessoas por causa das festas.

José Rosa – E por causa das férias, algumas pessoas tinham férias e vinham passá-las à terra.

Ataíde Barata – No Natal também vinha mais gente.

Serras da Pampilhosa – Qual era o vosso salário?

José Rosa – Comecei com 20 escu-dos por dia, depois aumentou-me para 25 e, quando me vim embora, já ganhava 30. Por acaso, a Adelino Pereira Marques tinha essa consideração: paga-vam sempre mais 5 escudos do que um cavador de terra.

Ataíde Barata – Isso era o salário do “capitão”. O cobrador ganhava menos 5 escudos. Era de segunda-feira a domin-go e sem direito a férias.

José Rosa – Naquele tempo não havia nada.

Ataíde Barata – Uma vez, fiquei doente e tive de ficar uns dias sem traba-lhar. Nessa altura fui substituído.

Serras da Pampilhosa – Tinham algumas regalias?

JOSÉ ROSA E ATAÍDE BARATA, ANTIGOS MARINHEIROS DO BARCO “GASOLINO” QUE LIGAVA O TRINHÃO A PEDRÓGÃO GRANDE«Em Pedrógão toda a gente conhecia os barqueiros. Ainda hoje há pessoas antigas que nos conhecem»

A construção da Barragem do Cabril e o enchimento da sua albufeira em 1954 levaram ao desaparecimento parcial das ligações terrestes até ali existentes entre Portela do Fojo e Pedrógão Grande. Todavia, pouco tempo depois foi estabelecida uma carreira fluvial entre aqueles dois pontos, a qual atenuou, um pouco, o isolamento em que se encontrava a zona Sul do concelho pampilhosense. O “SERRAS DA PAMPILHOSA”, procurou recuperar as memórias associadas aquele transporte e encontrou dois antigos marinheiros do “Gasolino” (nome por que ficou conhecida a carreira fluvial). José Rosa e Ataíde Barata recordam, em exclusivo ao “SERRAS”, como era trabalhar e viajar nos barcos que diariamente cruzavam o Zêzere. António Amaro Rosa

Serras da Pampilhosa – Durante quantos anos foram funcionários da Adelino Pereira Marques, Lda. na carreira fluvial entre a Barragem do Cabril e aldeia do Trinhão?

José Rosa – Desde 1 de Setembro de 1965 a 1 de Maio de 1968.

Ataíde Barata – Eu fui desde Agosto de 1967 e estive lá 18 meses.

Serras da Pampilhosa – Mas antes de a Adelino Pereira Marques explorar os barcos houve uma outra concessionária…

José Rosa – Houve uma concessão a uma firma chamada Antunes & Maria-no, mas durou pouco tempo, talvez dois ou três anos. A Adelino Pereira Marques “apertou” com eles porque queria fazer a ligação do barco com as camionetas dele. Conseguiu e comprou dois barcos, o “Zêzere” (que era um barco maior, com lotação para 40 pessoas) e o “Boa Viagem” (mais pequeno, que levava 20 pessoas). Os dois barcos estavam no Terreiro do Paço e foram comprados pela Adelino. Foram levados por estrada e escoltados pela polícia de trânsito até à Barragem do Cabril.

Serras da Pampilhosa – Em que consistia o vosso trabalho nos barcos ao serviço da carreira fluvial?

José Rosa – Eu comecei como cobra-dor. Na altura, o Américo do Vilar era condutor do barco, mas, passados uns quatro ou cinco meses, ele foi-se embo-ra e fiquei eu a conduzir o barco. Quan-do eu era cobrador, púnhamos uma prancha que fazia a ligação do barco à margem do rio, as pessoas entravam e eu cobrava o bilhete, que era um papel.

Ataíde Barata – Também comecei como cobrador. Era a mesma coisa que uma camioneta: tínhamos um livrinho de bilhetes com uma tabela e uma régua com um biquinho, que servia para indi-car o preço do bilhete. Ficávamos com um canhoto e o passageiro com o papel. E tínhamos uma maleta de couro, tal e qual como os cobradores das camio-netas.

José Rosa – Mais tarde, passei a ser motorista até me ir embora. Aprendi a conduzir com o Américo Mendes Antão. Não tirei nenhum curso, nem tive formação nenhuma, mas o barco era fácil de conduzir. Tinha um motor Perkins de 12 cilindros, um volan-te e uma alavanca de mudanças, tal e qual como uma camioneta. O banco de condução era alto e em madeira, pelo que eu conduzia sentado. Atrás, os bancos dos passageiros eram baixinhos e em madeira encerada, com um corredor ao meio.

Ataíde Barata – Durante a viagem o cobrador cobrava o bilhete nos vários pontos. Naquele tempo, uma viagem da Barragem do Cabril ao Vilar da Amorei-ra eram 6 escudos; para o Fundo dos

Padrões, 25 tostões; para o Ribeiro do Soutelinho, 4 escudos; para o Trinhão (onde a carreira acabava), 12 escudos. Uma travessia de uma margem do rio para outra eram 3 escudos. Era a viagem mais curta, mas a mais cara. Fui sempre cobrador, mas, por exemplo, quando era preciso levar os dois barcos nos dias de feira, eu aí tinha de ser condu-tor. Nunca tive formação, aquilo era fácil, bastava ver como se fazia uma vez. A manobra mais exigente era fazer parar o barco no sítio onde queríamos. Era preciso ter uma visão de quantos metros seriam precisos para o barco chegar à borda de água, sem bater na margem. Mesmo assim, tínhamos uma vara de madeira forte, com uns seis ou sete metros, para impedir o barco de bater nas margens. Geralmente, era o cobrador que fazia isso com a vara. E essa vara também era precisa para desviar o barco da margem quanto se iniciava a viagem, porque a hélice estava num local fundo e não podia bater nas rochas. O barco lá dentro era como se fosse uma camioneta, mas com bancos de madeira encerados, com corredor ao meio, que levavam três pessoas de cada lado, orientadas para a frente e que viam aquilo que nós víamos.

Serras da Pampilhosa – Que povoações eram servidas pela carrei-ra fluvial?

Ataíde Barata – As paragens oficiais eram: Barragem do Cabril, Fundo dos Padrões, Arrochela, Vilar Fundeiro, Fundo do Ribeiro do Soutelinho e Vilar da Amoreira. Mas parávamos noutros sítios não os oficiais, como o Zorro do Seixo ou onde víssemos pessoas nas margens. Para cima, havia ainda o Ribei-ro da Madeirã, Vidigal, Fundo da Grota e Trinhão. Para o Trinhão só se faziam viagens três vezes por semana. Da Barra-gem para o Vilar, a viagem demorava uma hora e meia e para o Trinhão duas horas.

Serras da Pampilhosa – Qual era o horário de funcionamento da carrei-ra?

José Rosa – No Vilar da Amoreira o barco saía às oito da manhã. Eu vivia na zona do Vilar, por isso saía uns minutos antes. Chegávamos as 9:30 à Barragem. Certos dias, quando vinha a carreira de Tomar, fazíamos a ligação rodoviária de Tomar para cima e, portanto, saía-mos às 10 horas. Chegávamos às 11:30 ao Vilar e íamos almoçar. Depois, às 13:00 fazíamos novamente a carreira fluvial para ligar outra vez com a carrei-ra de Tomar das 15:30. Chegávamos à barragem às 14:30. Entretanto, às 16:00 chegava também a carreira rodoviária de Lisboa, pelo que tínhamos de deixar o barco na Barragem e ir lá acima às camionetas ajudar a fazer o transbordo. Depois, saíamos da Barragem às 16:30 e

chegávamos ao Vilar às 18:00. Os barcos ficavam sempre ancorados no Vilar da Amoreira. No dia do Trinhão era dife-rente. Só se fazia dia sim, dia não, e com horários diferentes. As pessoas ali à espera do barco, os estivadores com os cabazes às costas e com as lanternitas na margem... era muita gente e às vezes com cada carrada!

Ataíde Barata – No dia anterior, o barco ficava ao Fundo do Trinhão, na Lomba da Carreira. Por exemplo, chegávamos ao Trinhão, no domingo, às 18:30. Nessa noite, o barco ficava lá e nós dormíamos nele. E partíamos às 3 da manhã de segunda-feira. Naquele tempo não havia transporte por terra, só o barco. Não havia lá estrada nenhuma, nem ligações com lado nenhum, mas só caminhos de cabras.

Serras da Pampilhosa – Como era navegar um barco de noite?

José Rosa – Essa é que era difícil!Ataíde Barata – O barco tinha um

farol.José Rosa – Mas não se podia ligar!Ataíde Barata – Porque fazia espe-

lho na água!José Rosa – Aparecia-nos um barco

igual à nossa frente na água. Tínhamos de nos guiar pelo clarão das nuvens no céu e centrar o barco ao meio do rio. E nos dias sem luar, de nevoeiro, de chuva? Era à sorte!

Ataíde Barata – Chegou-se a perder muita carreira rodoviária. Muitos perde-ram a ligação das 6:00 e só apanharam a das 10:00. Havia dias, principalmente no nevoeiro, em que a gente se guiava pelo instinto.

José Rosa – De vez em quando eu tinha de subir a escada e vir cá fora ao convés para ver onde ia. Houve uma ocasião em que a água estava a acabar e a proa a enfiar-se num barroco. Tive de descer rapidamente, meter uma mudança e patinar. Às vezes, as pessoas perguntavam “mas o que foi isto? O que foi isto?” Havia passageiros que diziam: “temos os melhores condutores do mundo, levam o barco à Barragem e não precisam de luz nem nada”.

Ataíde Barata – O barco tinha um contra, pois o pára-brisas era de plástico, mas não tinha escovas limpa pára-bri-sas. Com o calor, aquilo estava tudo estilhaçado e cheio de riscos, não se via quase nada.

José Rosa – Até de dia havia falta de visibilidade.

Serras da Pampilhosa – Que tipo de clientes transportavam os barcos?

Ataíde Barata – Todo o tipo de clas-ses sociais, desde o mais pobre ao mais rico, de várias áreas da região. O barco grande levava 40 pessoas sentadas, mas ele chegou a levar 100.

José Rosa – Nos dias de feira os bancos, o corredor e o convés cá fora

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 11

Entrevista José Rosa e Ataíde Barata – Nada,

nada.Serras da Pampilhosa – Usavam

uniforme?Ataíde Barata – Era a pele. Apanhá-

vamos chuva. Naqueles dias de tempo-ral, a água ficava um bocado crispada, vinham chapeiradas de água e nós ficá-vamos logo molhados.

José Rosa – Usávamos roupa normal, não havia oleados.

Serras da Pampilhosa – Como se faziam as manobras nos dias de chuva?

Ataíde Barata – Aquilo no Inverno era complicado. Quanto mais depressa se fizesse a manobra, melhor. Quando a Barragem está cheia, ali ao fundo dos Padrões (chama-se lá Entre-os-Rios, porque é onde se junta o Unhais com o Zêzere), aquilo ficava muito largo e a descoberto.

José Rosa – As ondas eram mais intensas e mais fortes, chegavam quase a um metro de altura. Também havia outros locais complicados a caminho da Barragem, mas ali era o pior. Havia locais com cachoeiras a fazer espuma. Quando as ondas estavam a favor do barco, tudo bem. Mas quando o barco ia contra elas era cada chapeirada…

Serras da Pampilhosa – Quando apanhavam essas molhas, como é que aguentavam as viagens e evitavam as gripes?

Ataíde Barata – As molhas enxuga-vam-se no corpo.

Serras da Pampilhosa – Os barcos precisavam de muita manutenção?

José Rosa – Só se reparava quando tinha avarias.

Ataíde Barata – O barco teve algu-mas avarias, mas não chegou a prejudi-car os passageiros.

José Rosa – A maior avaria era a bomba de água para arrefecer o motor. Às vezes, éramos nós que reparávamos essa bomba. Tínhamos de levantar um tampão que havia na proa, esperar uma meia-hora ou assim (para que aquilo arrefecesse bastante), descer lá para baixo e arranjar a bomba que estava num local muito quente e apertado. Se nos apercebêssemos da avaria na Barra-gem, iam lá os mecânicos, mas se a avaria aparecesse a caminho dos Padrões ou do Ribeiro do Soutelinho tínhamos de ser nós a repará-la, senão ficávamos lá parados no rio.

Serras da Pampilhosa – Quando é que a carreira fluvial acabou?

Ataíde Barata – Nós os dois já lá não andávamos nessa altura. Mas acho que não durou muito mais tempo. Penso que o motivo daquilo acabar foi o facto de um grupo de rapazitos de Pedrógão ter entrado num dos barcos e começado a brincar com ele. Provocaram um incên-dio e um deles morreu afogado. A partir daí, acho que já não houve barcos.

Serras da Pampilhosa – Então a carreira não acabou por falta de viabi-lidade económica?

Ataíde Barata – A única coisa que dava lucro eram os passageiros que iam para Lisboa.

José Rosa – O que dava lucro eram as camionetas.

Ataíde Barata – O barco em si não dava lucro. Podia dar lucro no dia de feira ou assim. Cheguei a cobrar só um bilhete de 25 tostões num dia inteiro. Mas se eu trouxesse dois passageiros do Trinhão para Lisboa, então já compen-sava.

Serras da Pampilhosa – O que aconteceu depois à Adelino Pereira Marques?

José Rosa – Foi nacionalizada com o 25 de Abril. Passou para a Rodoviária Nacional, assim como a antiga Viação de Cernache.

Ataíde Barata – As empresas de transportes foram todas nacionalizadas.

José Rosa – E a Adelino Pereira Marques era já uma grande empresa. Tinha comprado a Viação Arganilense e a dos Barreiros em Figueiró dos Vinhos. Ela tinha uma grande frota.

Serras da Pampilhosa – É curioso que as vossas profissões acabaram por ser uma continuidade do vosso trabalho inicial nos barcos…

José Rosa – Sim, continuei a trans-portar passageiros toda a vida, pois fui motorista da Carris. Só mudei de um barco para um carro, mas foi uma conti-nuação. Sempre gostei da condução.

Ataíde Barata – Eu fiquei ligado aos barcos e a andar em cima de água. Na estiva fiz cargas e descargas e limpezas aos navios.

Serras da Pampilhosa – Que episó-dio mais os marcaram pela positiva e pela negativa?

José Rosa – A minha melhor expe-riência foi o contacto com o público, tanto no barco como lá em cima na vila. Faz bem à pessoa. Eu gostava daquele serviço, porque em relação aos outros trabalhos por lá era um trabalho melhor. O pior, era o nevoeiro e a chuva de noite, pois não sabíamos onde íamos. Era uma coisa que acontecia constantemente no Inverno, mas só uma ou duas vezes por mês é que os passageiros chegaram a perder a camioneta por causa disso.

Ataíde Barata – Vou contar uma história que não tem bem que ver com o barco, mas foi o barco que nos puxou para ver certas coisas. Lembro-me bem que, quando nós dormíamos dentro do

PERFILJOSÉ SILVA LOURENÇO ROSA, nasceu a 5 de Dezembro de 1947 na

desaparecida aldeia do Vilar da Amoreira (actual freguesia de Portela do Fojo-Machio), sendo filho de António Lourenço Rosa e de Maria da Luz.Fez o ensino primário na escola da Amoreira. Após a primária, seguiu para Lisboa. Aqui foi marçano numa mercearia, durante 2 anos e meio. Trabalhou dia e noite, carregando cabazes às costas.

Posteriormente voltou à freguesia natal, para trabalhar no campo e na resina.Aos 16 anos foi contratado pela concessionária Adelino Pereira Marques, Lda. para trabalhar na carreira fluvial entre a Barragem do Cabril e Trinhão. Desempenhou funções nos barcos fluviais até ser chamado a cumprir o serviço militar obrigatório. Fez uma comissão de guerra na zona de Cabinda (Angola).Finda a comissão em Janeiro de 1971, regressou a Lisboa e no mês seguinte inscreveu-se na Carris. Fez toda a sua restante carreira profissional nesta empresa, até se reformar em 2007.É casado, tem um filho e reside na capital.

ATAÍDE NUNES BARATA, nasceu a 27 de Abril de 1952 na aldeia do Vilar da Amoreira, sendo filho de Manuel Barata e de Isaura Jesus Nunes.Com o enchimento da albufeira do Cabril e o afundamento da sua aldeia natal, foi viver para o sítio da Cruz (actual freguesia de Portela do Fojo-Machio).Fez a 1.ª Classe na escola da Amoreira e o restante ensino primário na Chã de Alvares, no vizinho concelho de Góis.

Aos 12 anos de idade passou a integrar os ranchos migratórios que da sua freguesia natal rumavam ao Ribatejo, cavando vinhas de sol a sol no Cartaxo.Dois anos depois tentou a sua sorte em Lisboa, tendo aqui sido moço de recados numa farmácia. Regressou à terra natal pouco tempo depois.Aos 15 anos de idade foi contratado pela concessionária Adelino Pereira Marques, Lda. para trabalhar na carreira fluvial entre a Barragem do Cabril e Trinhão durante 18 meses. Com 17 anos volta a Lisboa para começar a trabalhar como estivador no porto de Lisboa, à semelhança de muitos seus conterrâneos.Entretanto, é chamado a cumprir o serviço militar obrigatório e uma comissão de guerra na zona de Tete e Cahora Bassa (Moçambique).Com o fim da guerra em 1975, retoma a sua actividade de estivador até atingir a reforma, adquirida há cerca de uma década.É casado e tem uma filha.

A VIAGEM DE “GASOLINO” (por um trinhaense)

Quando digo aos meus amigos que sou da Pampilhosa da Serra e vim de barco para Lisboa,

provoco sempre um sorriso ou um espan-to!

Mas para um miúdo de 11 anos que, para fazer o exame da 4.ª classe, já tinha ido dormir de véspera à sede do concelho e em que o exame de admissão ao liceu na sede do distrito foi a primeira oportunida-de para ver televisão, a vinda para a capital (Lisboa) era uma aventura talvez maior do que a ida dos jovens estudantes portu-gueses que vão estudar no estrangeiro.

Com o enchimento da albufeira do Cabril no ano em que eu nasci (1953), as aldeias do sul do concelho da Pampilhosa da Serra ficaram ainda mais isoladas. Sem estradas e sem carros, o barco foi a solução da Hidroelétrica do Zêzere para trans-portar as pessoas que iam para Lisboa ou regressavam às suas aldeias.

O nome “Gasolino”, como era conhe-cido, terá que ver com o combustível usado no motor (gasolina).

Para as pessoas que até aí iam do Trinhão para o Alto Cavalo (depois de atravessarem o rio Zêzere, de água corren-te, e subirem até ao alto da serra em fren-te, no concelho de Oleiros) ou para o Alto de Mega (depois de atravessarem o seu afluente Unhais e continuarem até às proximidades da Louriceira, no concelho de Pedrógão Grande), descerem até ao fundo da aldeia para apanhar o “Gasolino” ou esperarem os familiares que regres-savam de Lisboa, era uma brincadeira e uma festa. De tal modo que os miúdos da

minha terra aproveitavam todas as opor-tunidades para ir esperar o “Gasolino” nos dias de “carreira”.

Como os meus pais continuaram no Trinhão e eu ia estudar para Lisboa, graças à oferta de alojamento da minha prima Maria de “Santos”, lá fui eu no “Gasolino”, acompanhado de outros conterrâneos. A viagem até ao dique da barragem do Cabril era demorada, mas foi muito entu-siasmante, porque os meus companheiros de viagem iam identificando todos os recantos do rio e contando histórias que hoje fariam as delicias dos turistas, se eu tivesse conseguido o sonho de colocar um novo barco no rio Zêzere para essa finalidade.

Depois da azáfama dos cabazes com os produtos agrícolas e alguns alimentos típicos, que eram arrumados no “Gasoli-no” e que, uma vez chegados à “barragem”

(dique), era necessário transportar para o autocarro da empresa “Adelino Perei-ra Marques”, terminava assim a primeira etapa de uma viagem que levaria ainda muitas horas até chegarmos a Lisboa, com paragem para almoço a meio do percurso.

Chegado à capital, para além da admiração pela cidade, o principal tema da noite, em casa dos meus primos, foi naturalmente a viagem no “Gasolino”, que ainda hoje recordo com saudade, mas também com pena de não ser aproveitada como inspiração para o desenvolvimento turístico da região.

Resta-me a consolação de ter conse-guido transmitir essa mensagem às crian-ças e jovens do Trinhão, quando em 2004 passámos um dia no rio para lhes contar a história do “Gasolino”.

Anselmo Lopes

barco, tínhamos lá dois colchõezitos. Virávamos um banco um contra o outro, púnhamos lá os colchões e dormíamos. No Verão, ainda havia alguma luz do sol e às vezes aparecia-nos lá um velhote, que chamavam o Ti Zé do Seixo. Ele tinha um barquito a remos e atravessava o rio, do Seixo para o Fundo do Trinhão. Quando sentíamos um barco a bater o nosso, sabíamos logo que vinha lá o Ti Zé. Para ele aquilo era uma alegria, dava a impressão que ao entrar dentro do barco era como entrar num hotel de cinco estrelas. Às vezes, dávamos-lhe comida, porque aquilo era uma misé-ria…

José Rosa – Ele vinha lá de propósito por causa do nosso farnel, para comer qualquer coisita, porque ele passava muita fome. Um bocadinho de pão, um bocadinho de sopa…

Ataíde Barata – Um dia dissemos “ó Ti Zé, hoje vai dormir connosco aqui no barco”. E o homem lá ficou. Noutra ocasião, ele apareceu no nosso barco e convidou-nos a tomar um copito em casa dele. Como era cedo e nós não tínhamos nada para fazer, aceitámos, entrámos no barquito dele a remos e lá fomos ao outro lado do rio ver a casita dele. Bom, fomos lá beber o copo e aquilo devia ter uns quatro graus.

José Rosa – Era uma “água chorada”.Ataíde Barata – Mas aquilo chocou-

-me! A casita era um barraco cober-to com lousas enfiado numa barreira. Dentro de casa havia rochas sobressaí-das. Disse-nos que a mãe estava deitada

no meio daquelas rochas, a cama da velha era no meio daquela rocha pura, numa pequena caverna. O velhote tinha mais irmãos, mas era o mais miserável e ainda tinha de cuidar de uma velhi-nha. Eu, que ainda era rapazote, vim de lá doente com toda aquela miséria. As melhores recordações, era o dia-a--dia normal. Uma vez, fomos à festa ao Sobral, deixámos o barco ao pé do Ti Zé do Seixo e fomos pelo cabeço fora. Às vezes, aos domingos, quando deixá-vamos o barco no Fundo do Trinhão, íamos por ali acima até ao Trinhão aos bailaricos. Se não fosse o barco, nunca iria para aqueles locais e assim aprovei-támos.

José Rosa – O problema é que perdía-mos a noite, ficávamos sem dormir.

Ataíde Barata – Naquela altura, há 50 anos atrás, os rapazes não tinham a liberdade que há hoje e as pessoas viviam um bocado oprimidas, com vergonha disto e daquilo. Fez-me bem andar esses 18 meses no barco, porque foi o ponto a partir do qual eu abri os olhos. A partir dali fui obrigado a falar com as pessoas, porque na Cruz, onde eu morava, não havia nada. Naquele tempo, em Pedrógão Grande havia muita gente e era melhor do que a Pampilhosa. Começámos a ser conheci-dos, em Pedrógão toda a gente conhecia os barqueiros. Ainda hoje há pessoas antigas que nos conhecem.

José Rosa – Alguns até me tratam ainda por marinheiro quando vou à vila ou à terra da minha mulher.

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12 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Actualidade Regionalismo

Foi inaugurado a 9 de Julho, na antiga vila de Fajão, uma loja de turismo da empresa

de animação turística “ORIGENS SAFARIS”, da qual se esperam gran-des êxitos.

Esta empresa proporciona várias atividades, tais como, caminhadas aquáticas, passeios pedestres, subi-das de montanha, desportos de gravidade, passeios todo o terre-no, onde se pode apreciar as belas paisagens do concelho nos famosos Jeeps UMM. As caminhadas com guia interpretativo, são também uma excelente forma de conhecer a história e cultura da aldeia. Tudo isto, com a preocupação de garantir a sustentabilidade das ofertas turís-

ticas, uma vez que esta é uma das bandeiras que a empresa pretende defender.

Os desportos de gravidade, as modalidades de inércia que realizam descidas de montanha a grande velocidade, sendo feito em carrinhos de rolamentos, que em Fajão são intemporais, atravessando gerações, foram evoluindo desde os ancestrais carros com rodas de madeira, passando a carros com rolamentos. As descidas de monta-nha nestes carros fazem parte da história da caraterística aldeia de Fajão, onde foi fundado o 1º clube conhecido destes carrinhos.

Para promover este evento a firma atrás referida promoveu uma exposição convidando várias pessoas a visitar, entre as quais estavam presentes os senhores vice-presidente do Município de Pampilhosa da Serra, Jorge Custó-dio, presidente da junta de freguesia, Carlos Alberto Simão, (sendo este filho do grande e saudoso Fajaense José Maria Simão, conhecido pelo Zé Maria de Fajão) e o secretário da junta, Américo Emílio de Almeida.

Uma exposição muito caraterís-tica, onde estava exposto por toda a aldeia 15 famosos carrinhos de rola-mentos, cada qual com nome de seu proprietário e sua história. Devido aos pontos estratégicos onde esta-vam colocados, originavam a que se visitasse toda a aldeia, decerto muitos ainda não conheciam, resul-tando numa elogiada iniciativa.

Terminado este agradável passeio, foi realizada uma visita ao magnífico museu Monsenhor Nunes Pereira,

onde estava exposto o grande espó-lio do senhor Alfredo Santos, (filho do Ti Manel Francisco, conhecido pelo Ti Manel Padeiro, um grande homem que muito contribuiu para

o desenvolvimento da sua terra, merecendo ser recordado) espólio esse relacionado com os Ralis que passaram pela região em 1990/92, com 120 fotos dos mesmos, minia-turas dos carros usados e outros, sendo visível a satisfação dos visi-tantes.

Na ocasião, foi dado o uso da palavra aos já anunciados senho-res vice-presidente do município

e presidente da junta de fregue-sia, sendo os mesmos unânimes em salientar a importância desta empresa turística e a importância do evento realizado. Agradeceram aos visitantes e ao autor do even-to, sendo uma forma de incentivar os amantes desta atividade para que tenha cada vez mais aderen-tes, quer outras de alta importância para o desenvolvimento turístico do concelho, podendo a empresa contar com todo o apoio possível.

Foi agradecido ao senhor Alfre-do Santos a cedência do material

exposto, ficando o mesmo em exibi-ção por algum tempo. Ao mesmo foi igualmente agradecido um terre-no oferecido dentro da aldeia, onde está a ser construído um excelente parque ao qual será dado o nome da mãe do ofertante. Alfredo Santos agradeceu, salientando que a oferta foi em honra de seus saudosos pais.

O gerente da firma turística “ORIGENS SAFARIS” salientou que tudo fará ao seu alcance para dar o melhor contributo possível. Informou da possível construção de uma pista de descida em carros de rolamentos, sendo um investimento avultado, só possível com apoios, opinando que talvez com o tempo e o aumento da procura da modalida-de, talvez um dia seja uma realidade.

Seguiu-se a inauguração da loja, a sede da firma onde se encontram apetrechos para várias modalidades, uma loja muito bem reconstruí-da ficando com excelente aspeto, sendo o espaço cedido pela junta de freguesia, tendo o mesmo espaço servido antigamente como abrigo do cavalo do padre da freguesia.

A vertente museológica e de exposição junta-se assim ao porte-fólio de atividades desta empresa de animação turística. A origem Safa-ris, pretende ajudá-lo a descobrir as aldeias do xisto e as suas gentes, bem como a cultura e gastronomia da região.

Terminado o ato, foi servido no largo fronteiriço um almoço, que com o percurso já feito foi decerto agradável para todos.

Assim terminou mais um even-to de alta importância, as diversas atividades que a firma se propõe realizar irá certamente contribuir para o desenvolvimento turístico da região. Aldeia de tradições seculares, Fajão, invoca um misticismo único, que a Origem Safaris pretende agora ajudar a desvendar.

Zé Manel

«ORIGEM SAFARIS» INAUGURA LOJA EM FAJÃO

A Comissão Associa-tiva de

Melhoramentos de Porto da Balsa vai inaugurar a sua Casa de Convívio, que se localiza nas insta-lações da antiga Escola Primária, local frequenta-do no passado por muitos alunos das aldeias da região do Alto Ceira.

Naquela escola muitos foram os que aprenderam as primeiras letras e adquiriram os primeiros conhecimen-tos, essenciais para singrarem na vida. Dali saíram ilustres figuras e muitos outros absorveram as ferramentas necessárias para criarem os seus negó-cios e orientar as suas vidas, sempre orientados por dedicados professores que foram integrados na comunidade local.

Porque a história do edifício e da sua função temos que nos orgulhar, a coletividade convida todos os asso-ciados, familiares, amigos e ex-alu-nos da Escola Primária de Porto da Balsa (Fajão), para estarem presentes na inauguração da renovada escola que será a partir de agora a Casa de Convívio de Porto da Balsa e de todos os que estão ligados a este edifício marcante na vida de muitos naturais das aldeias da região.

A inauguração será, no dia 16 de agosto de 2017, pelas 18:00 horas, com a ilustre presença dos Exmos. Sr. Presidente da Camara Municipal de Pampilhosa da Serra, Vice presidente da Camara Municipal de Pampilho-sa da Serra e Presidente da Junta de Freguesia de Fajão/Vidual.

Logo após a inauguração, iremos festejar e conviver, realizando um jantar na aldeia, que terá um valor de 20€ por cada adulto 10€ para as crianças.

Como já é habitual, não faltará a tradicional boa disposição e o nosso bailarico acompanhado pelo acordeo-nista, o nosso amigo João Luís.

Agradecemos desde já a presença de todos, pedindo que confirmem a vossa presença com a nossa Presiden-te da Comissão de Melhoramentos de Porto da Balsa, Lourdes Maia pelo Tlm: 966476105, ou em Porto da Balsa com o Sr. Hugo Lobo.

A direção da CAM Porto da Balsa

ANTIGA ESCOLA DE PORTO DA BALSA RENASCE COMO CASA DE CONVÍVIO

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 13

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14 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Actualidade Cultura

A 7 de Julho pelas 16.30 horas foi inaugurada uma exposi-ção de pintura pela senhora

vereadora da cultura do Município de Pampilhosa da Serra Dr.ª Alexan-dra Tomé, no salão de exposições do edifício Monsenhor Nunes Pereira, a qual ficará exposta ao público até 31 do corrente mês, todos os dias úteis das 09 as 12.30 horas, das 14 às 19:00 horas, na Galeria 1.

Dr.ª Alexandra Tomé deu início a abertura, estando presentes vários visitantes, salientando um grupo de alunos acompanhados de seus professores, as prestigiadas pintoras, Eugénia Martins Barroca e Fernanda Amoreira. A senhora vereadora agra-deceu e deu parabéns pelas magní-ficas pinturas apresentadas, onde demonstram o amor pela arte, incen-tivando os alunos a terem gosto por esta arte, assim como a participação de familiares e amigos.

A pintora Eugénia Barroca, visivel-mente satisfeita em poder demons-trar sua arte, agradeceu a oportuni-dade que lhes foi dada, agradecendo aos presentes. Salientou o amor que sente pela pintura.

Fernanda Amoreira, em breves palavras, salientou que já quase tudo tinha sido dito por sua amiga, demonstrou também o gosto pela pintura e agradeceu a oportunidade.

Seguiu-se uma visita guiada, onde as artistas explicaram cada quadro, o significado de cada um e sua histó-ria, vendo-se na realidade excelentes pinturas, que decerto agradará aos seus visitantes. Em especial os aman-tes da pintura não se arrependerão de visitar esta exposição.

Perfil das Pintoras

Eugénia Martins Barroca nasceu em Bogas de Cima, uma pequena aldeia no concelho do Fundão. Viveu a maior parte da sua infância e juven-tude em Saint Étienne (França). Atualmente vive no Fundão onde trabalha. É Assistente Técnica no ACES Cova da Beira - Centro de Saúde do Fundão.

Desde cedo apaixonou-se pela arte, mas só a partir de 2006 se dedi-cou à pintura. Participou em várias exposições no concelho do Fundão e um pouco por todo o país.

Destaque para a sua participa-ção na mostra de trabalhos do 1º “Salão de Pintura Rápida da Serra da

Gardunha – Barata Moura”, em Feve-reiro de 2012, no 1º e 2º “Leiriar-tes”, em Março de 2013 e 2014, na “Noite Cultural”, na comemoração do 59º Aniversário do Centro Cultu-ral e Desportivo do Académico dos Penedos Altos, em Junho de 2013, na Covilhã, no 1º e 2º “Encontro

de Artistas Plásticos”, no Fundão (Praçartes), na antiga praça, no Fundão, em Junho de 2013 e 2014 e no n 3º “Artshow” das Caldas da Rainha, em Outubro de 2013.

Esta é a segunda vez que a artista expõe em Pampilhosa da Serra.

Fernanda Amoreira nasceu na Covilhã, cidade onde vive.

Apaixonou-se desde cedo pelas artes, tendo sempre direcionado o seu percurso académico por essa via.

Em 1980, concluiu o Curso Complementar de Artes dos Teci-dos da Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa. Poste-riormente, ingressou no ensino onde secciona há mais de 3 décadas várias

disciplinadas relacionadas com as artes.

Atualmente é professora de Educação Tecnológica e Visual na Escola Secundária Quinta das Palmeiras da Covilhã.

Frequentou, no período de 2009/2013, aulas de pintura no

Atelier de Artes “O Baú”, na Covilhã. Em 2013, expôs a sua pintura no “Serra Shopping”, na “XVIII Galeria Aberta” e na "Galeria Municipal dos Escudeiros”, Santa Casa da Miseri-córdia de Beja e na “Casa do Gover-nador”, no Castelo-Beja.

Em 2015, expôs uma coleção de 23 obras a óleo, na Galeria de Expo-sições “ Tinturaria” na Covilhã, deno-minada “Mãe Terra”.

A sua pintura é figurativa, onde o sentido do real marca presença.

A artista é essencialmente uma autodidata. Aquilo que sabe apren-deu sobretudo com curiosidade e persistência.

Zé Manel

INAUGURADA EXPOSIÇÃO COLETIVA DE PINTURA - “TRANSFORMADAS PARA TRANSFORMAR”

Local: Casa de Cultura e Recreio do TrinhãoData: 19 de agosto de 2017 (Sábado da Festa Anual) Hora: 14h00

Dando continuidade aos contactos iniciados no próprio dia do incêndio que atingiu o Trinhão e o Vale Porco (18 de junho de 2017), com notícias e questões sobre a evolução da tragédia que, mais uma vez, assolou a nossa região.

Com o objetivo de dar seguimento a um movimento coletivo que una todos os interessados em ações de solidarie-dade para com as vítimas, prevenção contra futuros incêndios e reorganiza-ção da gestão florestal das propriedades rústicas, apela-se a todos os Trinhaen-ses e amigos para participarem numa reunião a realizar no Trinhão, no Sába-do da Festa Anual, a partir das 14h00, na Casa de Cultura e Recreio, para o LEVANTAMENTO DOS PREJUI-ZOS DOS INCÊNDIOS E MEDI-DAS PREVENTIVAS E DE GESTÃO FLORESTAL e constituição de um GRUPO DE TRABALHO para dar seguimento às conclusões que resulta-rem do debate.

Como ponto de partida, sugerem-se as seguintes ideias e iniciativas:

PONTO I - Levantamento de prejuízos e ações de solidariedade para com as vitimas dos incêndios.

PONTO II – Medidas preventivas e de gestão florestal, tais como:

1. Levantamento perimetral (plan-tas de localização) dos terrenos rústi-cos:

1.1. Quem souber os limites das suas propriedades deve fazê-lo o mais rapida-mente possível;

1.2. Quem não souber, deve colabo-rar, com as entidades responsáveis e com os seus vizinhos, na localização o mais aproximada possível dos seus terrenos.

2. Obtenção de mapas já existen-tes para facilitar o levantamento atrás referido:

2.1. Pedir a colaboração das Autar-quias e da Associação Florestal de Pampilhosa da Serra;

2.2. Contactar o IFAP e entidades similares para o mesmo efeito.

3. Registo matricial dos prédios rústicos:

3.1. Pedir aos proprietários que forne-çam cópias dos seus registos matriciais (cadernetas prediais rusticas);

3.2. Tentar obter junto da Autorida-de Tributária (Finanças) uma lista dos artigos prediais rústicos do perímetro do Trinhão e Vale Porco, com os respe-tivos NIF, para confrontar com os dados fornecidos pelos proprietários e facilitar a identificação dos terrenos.

4. Limpeza das áreas circundantes das povoações e melhoria dos acessos às habitações:

4.1. Pedir à ATDS que mande de imediato limpar os pinheiros junto ao parque desportivo para dar o exemplo;

4.2. Recomendar aos proprietários que não façam plantações junto às habi-tações e limpem os espaços com vege-tação que possam provocar incêndios;

4.3. Mobilizar os Trinhaenses para um fim-de-semana antes do próximo verão, com vista à limpeza de espaços com vegetação que não tenham sido limpos pelos proprietários ou pelas autarquias e que possam provocar incêndios junto das habitações;

4.4. Identificar novos acessos às habi-tações mais distantes das vias princi-pais e colaborar na sensibilização dos proprietários para permitirem a abertura de novas estradas, como por exemplo de um novo acesso do Casal até ao Contrinhal, ao longo do caminho para a Cancela e terrenos anexos.

5. Vigilância florestal e combate aos incêndios:

5.1. Sugerir ao Município de Pampi-lhosa da Serra que adquira um “drone” para ajudar a vigiar a floresta, como alter-nativa à guarda florestal e em comple-mente da vigilância humana já existente;

5.2. Definir de um ponto de encon-tro dos residentes em caso de incêndio (para garantir a proteção de todos e coordenar as ações a desenvolver);

5.3. Convidar o especialista Trinhaense Luis Saraiva para se pronun-ciar sobre todas as ações propostas, com especial destaque para a implementação de medidas preventivas e formação no combate aos incêndios.

6. Procurar influenciar o debate no âmbito da reforma florestal em curso:

6.1. Participando com ideias, suges-tões e alertas junto das instancias gover-namentais, instancias florestais e grupos de trabalho criados para o efeito;

6.2. Colaborando com as autarquias, Associação Florestal, Bombeiros, ATDS e outras entidades locais nas iniciativas que sejam desenvolvidas para alcançar os objetivos atrás referidos;

6.3. Solicitando reuniões e apresen-tando pedidos e propostas às instancias competentes para a concretização das ações que o Grupo de Apoio ao Trinhão e Vale Porco venha a desenvolver.

COMPARECE E APRESENTA AS TUAS IDEIAS

GRUPO DE AJUDA AO TRINHÃO E VALE PORCO

TRINHÃO REÚNE PARA DISCUTIR O ÚLTIMO INCÊNDIO

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Tendo em conta os recentes incêndios florestais e consequente erosão hídrica das nossas serras provocada pelas próxi-mas chuvas, riscos que são comummen-te associados ao concelho, apresentamos um estudo realizado por Marta Nunes e Luís Quinta-Nova, no âmbito do curso de pós-graduação e Proteção Civil, no Instituto Politécnico de Castelo Branco, e publicado em junho de 2015 no nº 34 da revista Agroforum, da Escola Superior Agrária de Castelo Branco.

Os autores pretenderam com o estudo que apresentamos desenvolver uma avalia-ção, tanto do risco de incêndio florestal, como do risco de erosão hídrica no conce-lho de Pampilhosa da Serra, identificando quais os locais do concelho que apresentam maior probabilidade de ocorrência destes fenómenos. Para isto, tornou-se essencial no estudo a elaboração de cartografia, com recurso aos Sistemas de Informação Geográfica.

1. IntroduçãoOs riscos naturais, nos seus diversos

tipos fazem parte do mundo à nossa volta e assumiram desde sempre um fator condicionante no quotidiano das populações, dado que a sua ocorrência e inevitável. Isto leva a uma exigência cada vez maior, tanto do nível de segurança e bem-estar, bem como da preservação da qualidade do ambiente, por parte das sociedades contemporâneas.

Apesar da destruição causada pelos desastres naturais, estes fazem parte do sistema natural e é dever da sociedade, nomeadamente dos agentes envolvidos no Sistema de Emergência, conseguir identificar os fenómenos perigosos e antecipar as suas consequências, de modo a minimizar os prejuízos, não só pela implementação das medidas de mitigação necessárias, mas também pela atuação a montante, no quadro do ordenamento do território, através da adequada localização das populações e das atividades económicas.

Para fazer face a isto, tem-se verificado em Portugal, principalmente a partir da segunda metade do século XX, a imple-mentação de diversos diplomas legais e instrumentos de planeamento com o objetivo de enquadrar e aperfeiçoar a prevenção de riscos naturais. Um passo importante neste âmbito foi a elabora-ção dos Planos Diretores Municipais (PDM) na década de 1990, e o início da elaboração dos primeiros Planos Muni-cipais de Emergência (PME) no mesmo período.

Com os processos de revisão dos PDM e, consequentemente, na delimi-tação das cartas de Reserva Ecológica Nacional (REN) emergiu a necessidade

da existência de metodologias eficazes para a elaboração de cartografia a nível municipal, a fim de uniformizar os procedimentos utilizados.

Assim sendo, dos riscos naturais exis-tentes, o presente estudo incidiu no risco de incêndio florestal e no risco de erosão hídrica, pois são os mais prováveis de ocorrer no concelho de Pampilhosa da Serra, devido a orografia muito acentua-da do concelho, tanto a nível de declives, como de exposição de encostas.

Os incêndios florestais constituem, anualmente, uma preocupação para toda a população, tanto a nível nacional, como a nível municipal. Apesar de este risco não ser propiciador de um número significativo de feridos ou de vítimas mortais, todos os anos a sua ocorrência dá origem a avultados prejuízos mate-riais e danos ambientais elevados. Para além destas consequências, subsiste ainda a complexidade que se constata de ordem social, e que é muitas vezes difícil de avaliar e quantificar.

2. Risco de incêndio florestalNa determinação do risco de incên-

dio florestal foi utilizada uma metodolo-gia desenvolvida pelo Instituto Geográ-fico do Exército (IGeoE), designada por CRIF - Carta de Risco de Incêndio Florestal, que consiste numa metodolo-gia de análise espacial multicritério, inte-grando os critérios biofísicos e humanos que influenciam a ocorrência e compor-tamento de um incêndio florestal.

Assim sendo, para a elaboração da Carta de Risco de Incendio Florestal (CRIF) foram necessários alguns dados de entrada para o processo.

A metodologia utilizada na determinação do risco de incêndio florestal no concelho de Pampilhosa da Serra, iniciou-se com a escolha dos critérios repre-sentativos para o fenóme-no do risco de incêndio. De acordo com este méto-do, os critérios a ter em conta são os seguintes:

• Ocupação do solo;• Declives de encostas;• Exposição de encos-

tas;• Distância à rede viária;• Densidade demográfica.Como a Ocupação do Solo é o fator

com maior influência na determinação do risco de incêndio florestal, as clas-ses de risco Elevado e Muito Elevado correspondem as classes de ocupação do solo Florestas, Zonas descobertas e com pouca vegetação e de Florestas abertas e

vegetação arbustiva e herbá-cea, respetivamente. São estas classes que dão uma maior contribuição para a determinação do risco de incêndio florestal.

A freguesia que melhor retrata esta situação é a de Pessegueiro, caracteriza-da por algumas zonas de florestas e bastantes de muita vegetação.

O fator Declives e o segundo fator que mais influencia o risco de incên-dio florestal. Desta forma, a classe de risco Muito

Elevada corresponde igualmente aos locais com declives mais acentuados, que estão presentes nas freguesias de Fajão-Vidual e Unhais-o-Velho, onde se localiza o ponto mais alto do concelho (Pico de Cebola com 1418 m de altitu-de). Esta zona e caracterizada por eleva-dos relevos, com grandes cristas e picos.

O facto de Pampilhosa da Serra e Dornelas do Zêzere serem as freguesias com maior número de habitantes e com menor distância a rede viária, faz com que o risco de incêndio florestal seja Elevado ou Muito Elevado nestas zonas.

3. Risco de erosão hídricaPara a determinação do risco de

erosão hídrica foi utilizada a metodo-logia RUSLE - Equação Universal de Perda de Solo Revista, que permitiu prever a perda de solo e identificar quais as zonas do concelho em estudo com maior potencial erosivo. Este modelo envolve dados de precipitação anual media, de topografia, dos tipos de solos e também de ocupação do solo.

Na metodologia RUSLE, a equação contempla os seguintes fatores:

• Perda estimada de solo;• Erosividade da chuva;• Erodibilidade do solo;• Topografia;• Coberto vegetal;• Prática de conservação.Depois do cálculo da equação, pôde

determinar-se as classes de perda de solo e, por conseguinte o mapa de Risco de Erosão Hídrica.

O estudo levou a concluir que quanto mais elevados forem os declives e as exposições de encostas, maior vai ser a perda de solo e, por conseguinte, o risco de erosão hídrica.

Analisando o mapa do risco de erosão hídrica para o concelho em estudo, pode-se concluir que este risco é mais significativo no Alto Concelho, onde os declives são mais acentuados, como é o caso das freguesias de Fajão-Vidual e Unhais-O-Velho.

Marta NunesLuís Quinta-Nova

Bibliografia:NUNES, Marta. & QUINTA.NOVA, Luís.

(2015). Cartografia do risco de incendio florestal e do risco de erosão hídrica no concelho de Pampilhosa da Serra. In Carneiro, João (ed.) Agroforum - Revista da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, nº 34. Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco. ISSN: 0872-2617. pp.7-21.

Continuando nas minhas pesquisas, no « baú » dos meus arquivos, encontrei mais

a notícia que vou transcrever, já com cerca de 49 anos, mas que muitos não terão conhecimento, especialmente os mais novos e que teve origem na nossa aldeia de Sobral Valado, aquando da visita do Senhor Presidente do Conce-lho de Ministros, Professor Doutor Marcelo José das Neves Alves Caetano, ao concelho de Pampilhosa da Serra.

O paralítico a que faz referência era o correspondente, na aldeia, de A Comarca de Arganil, que durante muitas décadas desempenhou exem-plarmente esse cargo, o saudoso José Alexandre Nunes, que faleceu em Sobral Valado o dia 19 de Abril de 1977, com 63 anos de idade, pessoa muito conhecida e estimada não só na sua aldeia,como em toda a vasta região da Beira Serra, quem se não lembra dos seus apreciados comentários de Sobral Valado e as suas notícias sempre atuais.

Eis a notícia tal qual veio publica-da, no Jornal A CAPITAL: Extra/A Capital, quarta feira, 11 de Dezembro de 1968.

“CRÓNICA SERRANAO Presidente e o Paralítico1 - Sobral Valado. Aldeia serrana.

Perdida nos confins pouco menos que inacessíveis do concelho de Pampilhosa da Serra.Anuncia-se a visita do Presidente do Conselho. Um vendaval de alegria sacode os corações. Arrumam-se enxadas. Fecham-se nos currais os pequenos reba-nhos. É dia santo. Nada se faz que não seja isto: ir para a estrada manhãzinha cedo. O Presidente passa. Pela primeira vez, na história milenária daquela gente sem história, um chefe do Governo pere-grina pela martirizada região. Como um pai que vem de visita aos filhos. Como um amigo que vem matar saudades. Quem poderá ficar em casa?

2 - Entre os velhos (os novos andam todos por Lisboa, pela França, pela nossa África) encontra-se José Alexandre Nunes. O paralítico, sim. O que foi vítima, em criança ( há-de haver uns bons cinquenta anos ) de ataque grave de poliomielite ou coisa parecida. A custo se arrasta. Mas arrasta-se. Vai até à Portela para ver o sr. Presidente. Nem pensa em poder falar-lhe. Nem pensa em dizer-lhe: - Sr. Presiden-te, a minha terra não tem professora; está fechada a escola nova; sr. Presidente, a minha terra não tem eletricidade, e passam-lhe aqui ao lado os fios de alta tensão da barragem de Santa Luzia...; sr. Presidente, sou um homem nas mãos da miséria...

3 - O Presidente chega. Sorridente. Acariciador. Abre os braços a braços que se lhe abrem, cheios de amizade. O Presi-dente não ignora que seu pai, depois do segundo casamento, dizia de Sobral Vala-do «a minha terra». Ali ia passar dias de férias. Ali, em espírito de bom samaritano visitava doentes, pobres, paralíticos. O visi-tava a ele, paralítico Alexandre. Alexan-dre não tem um sicómoro donde possa ver o Presidente. Donde possa erguer votos de felicidade. Fica no chão, atropelado por uns, sacudido por outros: - Anda, chega-te para aí; não sejas estorvo...

4 - Mas o Presidente tudo vê. Aproxi-ma-se do paralítico Alexandre. Demora--se em conversa amiga com ele: - Tenho muito gosto em o ver, pois já o conhecia

de nome...E pergunta como tem passado, com quem vive, como vive...Alexandre fica gago como Isaías. Nem acredita que o Primeiro- Ministro de Portugal esteja ali ao pé das suas amarguras de «condenado da terra». Falam por ele as suas lágrimas, de alegria, de surpresa, de gratidão...No intimo, agradece a Deus o ter-lhe dado vida até aquele dia. Depois despede-se: - Até um dia , sr. Presidente! E que Deus o guarde de todos os seus inimigos...

5 - Decorrem menos de oito dias. É noite. Noite fria e negra de um Outo-no invernoso. Batem à porta do casebre onde o paralítico vive sòzinho. Quem é, quem não é...eram dois funcionários da Assistência.

- Vimos a mandado do sr. Presidente do Conselho para o visitar, para ver de que é que o sr. precisa, porque o sr. Presidente não quer em Portugal pessoas que passem fome, que tiritem de frio; diga o sr. o que é que precisa, para podermos dar uma resposta a quem nos mandou aqui...Um carro? Um subsidio? Roupas? Ande, diga!

6 - O paralítico não enxerga com a resposta. Pode lá ser, o sr. Presidente do Conselho ter-se lembrado dele? Pois não precisa de nada, não senhores. Um carro, não o pode guiar, nem há estradas para isso...Subsídio, já tem um, de cento e vinte escudos por mês...E as almas boas da Serra também não o vão esquecendo, não senhores. De modo que digam suas exce-lências ao sr. Presidente que muito obri-gado...Que o que ele, paralítico, precisava era de ter vivido as alegrias empolgantes daquele visita de há dias... Agora, podia morrer descansado, como o velho Simeão, porque os seus olhos tinham visto aquele a quem os portugueses punham toda a esperança neste hora grave da Pátria...

7 - Os srs. da Assistência insistem, comovidos. Só no peito de um homem da Serra podiam encontrar tais sentimentos.

- Talvez precise que lhe seja aumentado o subsídio mensal de cento e vinte escudos. Isso é tão pouco para quem nada tem...

Então, o paralítico enche-se de cora-gem. E disse:- Pois bem, já que me falam nisso, e se puder ser, aumentem-me então o subsídio para duzentos escudos por mês...Quero, desse subsídio, tirar o necessário para mandar celebrar uma missa para que Deus Nosso Senhor guarde dos peri-gos o Sr. Presidente...

8 - Os srs. da Assistência voltam a Lisboa. Relatam o que viram e o que ouviram ao sr. Presidente. Este não escon-de a sua emoção. Qualquer homem, de qualquer outra terra, aproveitaria para alargar as suas ambições. O paralítico de Sobral Valado, não. Tem ambições, sim, mas é de um Portual mais unido, mais família, mais desenvolvido na justi-ça social em equitativa distribuição dos rendimentos, com abono de família para todos os rurais. Mais desenvolvido no ensino, com ensino ao alcance de todos, com escolas abertas em toda a parte. E o paralítico, que passa a vida a ler (a ler e a escrever para o jornal da sua comarca), sente-se feliz por ter a certeza de que essas ambições serão em breve realidade, pois o prometeu um Homem que nunca na vida faltou às suas promessas.»

Fim de transcrição. Comentários!...Cada um faça os

seus.

J. Marques de Almeida

DE SOBRAL VALADO O PRESIDENTE E O PARALÍTICO

APÓS OS INCÊNDIOS AUMENTA O RISCO DE EROSÃO HÍDRICA NO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA

Opinião Actualidade

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 15

Mapa do risco de erosão hídrica no concelho de Pampilhosa da Serra

CRIF - Carta do Risco de Incêndio Florestal no concelho de Pampilhosa da Serra

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16 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

nhecendo, ainda, a importância deste género de iniciativas na valorização da identidade de cada concelho/freguesia.

Já o presidente da Junta de Freguesia, António Paredes, mostrou-se “extrema-mente feliz” por acolher na sua locali-dade estas centenas de pessoas. Entre poucas mas sentidas palavras deixou um agradecimento especial a todos os dornelenses da sua freguesia, particu-

larmente àqueles que estiveram envol-vidos na concretização desta iniciativa, pela forma “dedicada” com que prepa-raram este convívio, “dignificando” o concelho de Amares e as suas gentes.

A confraternização abriu com a receção aos convidados, junto à igreja, com a atuação da Banda Filarmónica de Amares a fazer as honras da casa às centenas de dornelenses que trouxe-ram até ao concelho de Amares as suas particularidades. O programa seguiu com uma missa e uma visita a alguns locais da freguesia de Dornelas, Amares a fechar o período da manhã. À tarde, a boa disposição foi uma constante com a atuação dos grupos musicais “Flores da Primavera”, “Amigos da Ramboia”, e Rancho Folclórico “As Lavradeiras de Santiago de Goães”, a convidar a um pezinho de dança. Também os jogos tradicionais e um momento dedicado à zumba fizeram parte desta grande festa, onde não faltou, ainda, caldo verde e o pão com chouriço para terminar o dia

em beleza.O convívio promete continuar para

o ano, com o concelho de Pampilhosa da Serra como anfitrião, em Dornelas do Zêzere.

Dornelas do Zêzere, teve a honra de estar presente, com cerca de 100 Dornelenses, divididos por dois auto-carros, partindo de Dornelas, às 5:30 horas e chegada a Dornelas de Amares pelas 11:30 horas, para partilhar no grande IV encontro das 5 freguesias com o nome de Dornelas, como indica o texto cedido, pela Câmara de Amares.

Tendo a organização do programa estar definido com grupos Musicais, o presidente da Junta de Freguesia de Dornelas do Zêzere Joaquim Isidoro e o Presidente do Rancho Folclórico de Dornelas do Zêzere, Alexandrino Monsanto, pediram para atuar com Rancho Folclórico e os respetivos Bombos. A organização aceitou o pedi-do, e o resultado não podia ser melhor. À passagem com o som dos bombos perante mais de 500 pessoas, estas renderam-se e começaram a dançar ao ritmo do som dos bombos e a seguir a atuação do Rancho Dornelense em palco, onde dançaram e cantaram várias molídias de música popular portugue-sa. ao qual o público presente aplaudiu fortemente.

Neste evento, estiveram presentes nestas uniões de freguesias, o presiden-te da junta da freguesia de Dornelas do Zêzere Joaquim Isidoro em nome dos Dornelenses, Alexandrino Monsanto a representar o Rancho Folclórico e Presidente da Mesa de Assembleia a representar a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, António Cebola, em nome do presidente José Brito da C.M.Pampilhosa da Serra.

Adriano Pires

Atualidade

Caminhada em Carregal do Zêzere Realizou-se o 9º passeio pedestre

de Carregal do Zêzere, dia 11/6/2017, com início às 8,30 horas e chegada à

hora do almoço. Passaram pelo campo de futebol de Porto de Vacas, Machiali-nho, onde tomaram o pequeno-almo-ço e de regresso ao carregal. Todos os participantes, mostraram boa forma física, apesar das grandes subidas e descidas. Para recuperarem as forças, foi servido um almoço aos caminhantes e população do Carregal e outras pessoas da freguesia, com todos os requintes feito pela prata da casa. Este evento, foi organizado pelo Grupo Desportivo Carregalense.

Caminhada pela saúde em Dornelas do Zêzere

Realizou-se no passado dia 15/6/2017, mais uma caminhada pela Saúde, desta vez, em Dornelas do Zêze-re.

Trata-se de mais uma iniciativa que integra o plano de ação do Grupo de Voluntariado Comunitário da Liga Portuguesa contra o Cancro - Núcleo Regional do Centro e junta-se às demais caminhadas já realizadas em várias freguesias do Concelho, desde o início do mês de maio.

Pretende-se promover a saúde pelo exercício físico, divulgar os serviços da Liga, angariar fundos e ainda convidar cidadãos a serem voluntários e assim alargar o, agora, pequeno grupo de voluntários da Pampilhosa da Serra.

Participaram 64 Dornelenses e amigos numa caminhada de 8 quilóme-tros que agradou a miúdos e graúdos. Cada participante, contribuiu com 1

Euro.Até ao momento, foram realizadas

4 caminhadas pela saúde no total de 30 km percorridos tendo sido angaria-dos mais de 500,00€ e uma dezena de novos voluntários.

O Grupo de Voluntariado Comu-nitário agradece a presença e contribu-to de todos, bem como a colaboração das Juntas de Freguesia na divulgação e apoio na dinamização das caminhadas.

Marchas dos Santos Populares em Dornelas do Zêzere 2017

A Associação de Solidariedade

Social de Dornelas do Zêzere, organi-zou as marchas dos Santos Populares, em honra de São Pedro no encerra-mento do ano letivo. Participaram neste evento, as crianças da creche, Casa de Acolhimento, Centro Lúdico, Estrutura Residencial para idosos, Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário e Casa de Turismo Rural.

A meio da tarde, começaram a dançar as marchas no largo do lar de Dornrelas, bem ornamentado com bandeiras de várias cores, entre as crianças, idosos e funcionárias da Associação, ambos muito bem ensaiados pelas educadoras de infância e as animadoras dos lares de Dornelas e Carregal, sobre os olhares bem atentos dos pais das crianças e

filhos e amigos dos utentes idosos dos respetivos lares.

Um dos momentos altos, foi quan-do as crianças e idosos, dançaram ao mesmo tempo proporcionando um bom espetáculo perante todos os presentes.

A Diretora Elisabete desta ASSDZ usou da palavra dirigindo-se em especial as crianças, idosos, familiares diretos, a pessoas Dornelenses e sua periferia, que só com muito trabalho, disciplina e rigor se alcançam resultados positivos dentro da ASSDZ

No final foi servida uma refeição com sardinha assada, febras e as respetivas doçarias para todos presentes.

Neste evento estiveram presentes o presidente da ASSDZ, Manuel Isidoro e elementos da direção e o Presidente da Junta de Freguesia Joaquim Isidoro e outras forças vivas do Concelho.

Mais de meio milhar em convívio

com freguesias com o nome “Dorne-las”

A Freguesia de Dornelas, concelho de Amares, acolheu no passado sába-do, dia 8/7/2017, o IV Convívio Inter--Freguesias com o nome “Dornelas”. A iniciativa juntou mais de 500 pessoas de Amares, Boticas, Sever do Vouga, Aguiar da Beira e Pampilhosa da Serra, que partilharam saberes, tradições e costumes, num dia que ficou marcado por muitos sorrisos e animação.

Para o presidente da Câmara Muni-cipal de Amares, Manuel Moreira, que fez questão de compartilhar este momento de troca de experiências entre os seus munícipes e os dos conce-lhos visitantes “este foi um dia magnífico que ficará gravado na memória de todos os participantes pela alegria contagiante que se viveu”. “Este convívio é mais um excelente exemplo da simpatia, humilda-de e hospitalidade que carateriza o povo amarense e que mais uma vez mostrou que sabe receber”, sublinhou o autarca, reco-

POR TERRAS DE DORNELAS DO ZÊZERE

Depois do fogo, o concelho de Góis foi afetado pelas enxur-radas provocadas pelo mau tempo no dia 7 de julho. A

praia fluvial de Alvares, cujo relvado foi local de descan-so para os bombeiros, ficou coberta de lama.

Três semanas depois de os distritos de Coimbra e Leiria conhecerem um dos seus piores incêndios de sempre, os fogos

deram lugar a inundações e enxurradas, como aconteceu em Góis ou Castanheira de Pera.

Em Alvares, Góis, a autarquia até teve de rebentar um dique para evitar danos mais graves, depois de uma ribeira ter inun-dado duas casas. Durante a tarde, a forte chuva que caiu sobre a Serra da Lousã resultou numa enxurrada na ribeira do Sinhel, que galgou as margens na praia fluvial de Álvares e inundou uma casa habitada e uma garagem.

Água, lama e pedras. Tudo a escoar pelas encostas que não conseguem reter qualquer água, depois de ter ardido tudo no

meio do mês de junho. A cheia atingiu ainda duas eletrobom-bas do sistema de abastecimento público. Cerca de 100 pessoas ficaram sem água, nesta fregue-sia.

O relvado da Praia Fluvial de Alvares, que ficou conhe-cido pela fotografia viral que mostrava bombeiros a descan-sar, ficou totalmente coberto de lama depois do incêndio que deflagrou em Góis, em junho, e da chuva forte que se fez sentir ontem.

http://www.radioboanova.pt/gois-local-onde-bom-beiros-descansaram-ficou-coberto-de-lama/

DEPOIS DO FOGO VEIO A ENXURRADA E A EROSÃO DOS SOLOS GÓIS: LOCAL ONDE BOMBEIROS DESCANSARAM FICOU COBERTO DE LAMA

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 17

A cesta, também conheci-da como canastra, tem origem milenar sem

comprovação histórica da sua datação. Na região de Pampilhosa da Serra, eram construídas com varas de castanho, mas podiam ser feitas com outros materiais, por exemplo, o salgueiro e o vime. No nosso meio rural, era utilizada para levar o almoço aos obrei-

ros, levar a oferta para ser leiloada nas festas, transportar os produtos agrícolas e muito mais coisas que nela podiam ser transportadas.

Foi um utensílio muito utilizado pelo nosso povo.

Abel Almeida

USOS E COSTUMES DO NOSSO POVO (5) – CESTA

CulturaAS NOSSAS MONTANHAS E A NOSSA GENTE – 16

Já ninguém se lembra do nome dela. Chamavam-lhe “A Morgada Velha” e é por esta alcunha que

ainda é vagamente lembrada por algu-mas das pessoas mais idosas da aldeia onde nasci.

- Veio não se sabe de onde – dizem. – Era uma mulher estranha. Era muito teimosa: quando cismava numa coisa, ninguém conseguia fazê-la mudar de ideias… Havia quem dissesse que ela era assim a modos que “apoucada”, mas isso nós não sabemos...

- Parece que tinha má pinta – pros-seguem. – Pelo menos, era o que dizia o pai do homem com quem ela se casou: “Ó filho, não te cases com ela, que ela tem muito má pinta!”. Era o que a gente ouvia dizer, mas isso foram coisas que se passaram muito antes de nós nascermos!...

Curiosamente, a sua personalida-de forte cruzou-se, pelo menos uma vez, com a personalidade forte do Resistente. Escrevo “pelo menos uma vez”, porque essa vez ainda continua vagamente registada na memória das pessoas que me falam desta mulher enigmática.

- Isso deve ter acontecido ainda antes de 1920 – calculam. - Ele era ainda um rapaz novo e ela já devia ter muita idade, nessa ocasião…

O Resistente anda à caça. Vê um coelho, aponta a arma, dispara, falha o alvo.

Do outro lado do barroco, a uma distância de algumas centenas de metros, impõe-se um som esganiçado e imperativo de voz de mulher:

- Aponta para aqui!Então, o Resistente vê aquilo que

nem em imaginação tinha alguma vez ousado ver: a Morgada Velha, de saias levantadas e cuecas caídas, a exibir a sua farfalhuda mancha preta e, em gargalhadas mordazes, lançar-lhe o desafio:

- Aponta para aqui!Ele, resolutamente obediente,

aponta a arma e responde:- E é para já!Era uma mulher transgressora de

costumes e convenções sociais. No entardecer de um dia de Verão, aí vai ela, em passo ligeiro, com uma “talei-ga” à cabeça. Na curva a partir da qual a aldeia deixa de ser visível, cruza-se com o Ti Farrapeiro, que virá depois contar a algumas pessoas da aldeia aquilo que presenciou:

- Ia ela, lá em cima na curva, quan-do foi alcançada pelo marido. Muito me admirei eu, indo a mulher a um passo tão ligeiro, como é que o diacho do homem, escangalhado de bêba-do até mais não poder ser, conse-guiu apanhá-la! Mas a verdade é que conseguiu! Quando chegou ao pé dela, ele bufava por tudo quanto era sítio. Estava mesmo a ver que lhe dava para ali o badagaio, mas a verdade é que não lhe deu badagaio nenhum. O homem encostou-se a um castanheiro e, com os braços abertos como um padre pregar, com a boca a babar-se como um cão danado e com o nariz a pingar ranho como uma lesma, disse à mulher: “Ou tu voltas para trás ou

então, quando cá chegares, encon-tras-me já morto!”. Mas ela não lhe confessou medo, a alma do diabo: “Se te encontrar já morto, menos trabalho me dás. Vivas tu ou morras tu, aqui-lo que tenho tenção de fazer, hei de fazê-lo e vou fazê-lo. Fiz tenção – fiz tenção!”. Ele começou para ali com lamúrias e mais lamúrias, almoafas e mais almoafas, que aquilo até metia dó (“Pelas alminhas da tua mãe e do teu pai, por todas as alminhas do purgatório, não me faças uma coisa dessas!”), mas ela, ah mulher dum catrino!, não se deixou amolecer pelas lamúrias daquele pobre diabo: “Nem pelas alminhas de quem lá tenho nem pelas alminhas do purgatório, nem por nada deste mundo nem por nada do outro mundo, hei de deixar de fazer aquilo que tenho tenção de fazer! Fiz tenção – fiz tenção!”. O desgraçado a perder cada vez mais a paciência (“Mas que raio é que esse malvado tem que eu não tenha, para mor de teres essa cisma de ir ter com ele?!”), mas ela a responder-lhe cada vez mais empinada: “Isso não é assun-to que te diga respeito. Ele é ele e tu és tu. E já te disse e volto a dizer: escu-sas de estar para aí com essas ronhi-ces, porque nem tu nem ninguém me vai impedir de fazer aquilo que tenho tenção de fazer. Fiz tenção – fiz tenção!”. E então, oh com trinta mil demónios!, o raio do homem desen-costa-se do castanheiro, corre para a mulher, agarra-se a ela, atira-lhe a taleiga para meio do chão e começa ali a malhar nela, a malhar, a malhar, a malhar como quem malha em centeio verde e o raio da mulher nem tuge nem muge; e eu, que já não podia olhar para aquilo, prendo o burro ao castanheiro, que até ele, coitado, já estava a ficar transtornado e começou a zurrar, meto-me entre eles os dois e digo ao homem “Homem que bate na mulher não é homem que preste!”, mas a mulher reage mal e diz-me que não é nada comigo, que eu não tenho nada que me meter, que aquilo é um assunto entre eles os dois e que, se ele a bate, é porque lá tem as suas razões, que “Entre marido e mulher ninguém meta a colher!” e que, se fosse ao contrário, ela também lhe faria o mesmo que ele lhe está a fazer a ela; e eu sem perceber nada daquilo, até que o homem ficou completa-mente derreado e caiu em cima dela como um fardo de palha molhada. E então ela ergueu-se, sacudiu a saia e a blusa e, já de pé, perguntou-lhe: “Já acabaste?”. Ele nem resposta lhe deu. Estava para ali a arfar, a arfar, a arfar como um cão derreado com a língua de fora. Ela pegou na taleiga, voltou a pô-la à cabeça e, a olhar para ele como quem olha para um espapaçado fardo de palha, disse: “Tu já devias estar farto de saber que, quando eu faço tenção numa coisa, é para cumprir. E isto, eu tenho de cumprir. Fiz tenção – fiz tenção!”. E ela lá foi, a caminho da ribeira de Unhais, para mor de passar a noite com o moleiro. Ah, mulher dum raio!

Manuel Nunes

No século XIX, a agricul-tura em Portugal estava pouco desenvolvida. Os

governos liberais apostaram na modernização do sector toman-do algumas medidas revolucioná-rias, nomeadamente a seleção de sementes, o uso de adubos e pesti-cidas, a técnica de alternância de culturas e a introdução de máqui-nas agrícolas – charruas, ceifei-ras, debulhadoras, entre outras. A mecanização da agricultura foi sendo feita paulatinamente, devi-do à falta de recursos económicos da população.

É nesta altura que se começa a cultivar de forma mais intensi-va o arroz, no litoral, e a batata, no norte do país, acentuando-se a plantação da vinha e a produção de fruta para exportação.

Na segunda metade do século XIX, a viticultura nacional, privile-giada pelo Tratado de Methuen de 1703, sofreu um profundo abalo com o aparecimento de pragas como o oídio, o míldio e a filoxera.

Em 1866 constituiu-se uma comissão encarregada de fazer a avaliação do estado das regiões vitivinícolas em Portugal e de apresentar soluções para as doen-ças instaladas. A comissão era

composta pelo Visconde de Vila Maior, por João Inácio Ferrei-ra Lapa e por António Augusto de Aguiar, sendo este último o responsável pelas “Conferências sobre Vinhos” realizadas em 1875, no Teatro D. Maria e no Teatro da Trindade, em Lisboa.

Face às pragas que se estabele-ceram no país e em toda a Europa, tornou-se necessário encontrar as formas de tratamento neces-sárias para as combater. A calda bordalesa, o sulfato de cobre, o carbono-enxofre e o interregno das enxertias surgiram, então, como soluções para amenizar a proliferação de tais epidemias que

se apoderaram não só da vinha, mas também de outras culturas frutícolas e hortícolas.

Neste período, a máquina de sulfatar surge como uma invenção de grande valia para a aplicação dos pesticidas descritos, poupan-do o contacto direto com produtos tóxicos.

A peça do mês de julho é uma Máquina de Sulfatar da marca BACCHUS, muito utilizada nas enxofradas e sulfatadas das videi-ras, de configuração cilíndrica, com correias de cabedal e com as dimensões de 60 cm de altura por 33,5 cm de diâmetro.

Museu de Pampilhosa da Serra: Peça do mês de Julho 2017 MÁQUINA DE SULFATAR

Todos os anos este even-to realiza-se numa aldeia diferente da freguesia de

Fajão. Este ano, que é já o 12º desta iniciativa, realizou-se na Castanheira da Serra.

Serpenteamos a serra, verde e brilhante, iluminada pelo sol do meio-dia.

Ao fundo, a nuvem de fumo anuncia e faz adivinhar a azáfama das gentes da terra, que prepara, com carinho e dedicação, esta "patuscada" regional.

A fila de carros já se estende para longe do local do evento. Então, estacionamos e aprovei-tamos para fazer uma caminhada por esta bela terra.

A beira da estrada é preenchi-da por roseiras, amores-perfei-tos e cameleiras que se misturam com castanheiros centenários e viçosas cerejeiras que fazem cres-cer água na boca.

Mais ao longe ouve-se a músi-

ca e o aglomerado de conversas, e eis que chegamos !

As pessoas cumprimentam-se entre elas de forma entusiasta, grelhadores gigantes lançam um cheirinho a sardinha e a fêvera que faz abrir o apetite.

Há cerveja, vinho da terra e sumol para acalmar a sede.

Muitos já estão sentados à mesa a petiscar, completando o quadro de festa, emoldurado pela serra que nos abraça.

De repente, um ressoar de bombos preenche o ar. É o grupo "Ecos do Picoto" que aguarda a chegada dos restantes convivas, que já se avistam ao cimo da serra. São três camionetas, cheias de saudade e expetativa!

O rancho folclórico da Pampi-lhosa da Serra perfuma o ar com ritmos tradicionais. Uns recordam modinhas de outros tempos, outros apenas sentem que regressaram a casa.

A venda das rifas aguça a curio-sidade e é motivo de conversa. "Então qual é o prémio?"

"Para o 1º prémio vai um cabaz de produtos regionais e para o 2º uma garrafa de aguardente de mel."

E longo o olhar brilha e um sorriso se abre, porque o que é da terra não tem preço, e para além disso "é para ajudar", dizem.

O convívio prolonga-se até ao fim da tarde, fala-se das coisas da vida, de como é a correria das cidades, porque aqui o tempo não sabe o que é correr, aqui o tempo senta-se à mesa connos-co para saborear os momentos, como um amigo sempre presen-te, que não tem pressa de ir embora.

Ver álbum de fotos em https://www.facebook.com/porto.castanheiro/media_set?se-t=a.1978880092334727.1073741908.100006382651253&type=3

Sofia Capinha

VIDA SERRANA! SARDINHADA DAS COLETIVIDADES FAJAENSES E AMIGAS

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18 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 19

Actualidade JÁ COMEÇOU O FUTSAL JOVEM DA CM PÓVOA

E já se realizou o 1º encontro do Póvoas, no passado sábado, dia 8 de julho. O encontro realizou-se

no Pavilhão Municipal de Pampilhosa da Serra, e a equipa convidada foi a Aldeia de S. Francisco de Assis. O encontro contou com 3 jogos, um em cada escalão, petizes, traquinas e benjamins. Foi uma manhã desportiva, mas principalmente de convívio e alegria. Os jogadores da Póvoa com apenas 4 treinos confronta-ram pela primeira vez uma equipa adver-sária, onde a diversão e a felicidade ficou bem visível no rosto destas crianças. E é precisamente para isso que a Comissão da Póvoa se tem empenhado, para ajudar a crescer de forma saudável estas crianças, para incentivar a sociabilidade, para trans-mitir valores, regras, mas sobretudo para proporcionar dias diferentes e especiais a estas crianças e jovens como foi este sábado, o 1º encontro do Póvoas.

A Comissão de Melhoramentos da Póvoa agradece à Junta de Freguesia da Aldeia de S. Francisco de Assis, a todos os responsáveis pela equipa e a todos os pais dos jogadores que com um apoio incondicional marcaram presença neste encontro do Póvoas.

Um obrigado ao município Pampilho-sa da Serra pela cedência das instalações para o Encontro.

A Comissão de Melhoramentos da Póvoa agradece ainda a todos os treina-dores/jogadores/amigos/colaboradores que se têm disponibilizado para ajudar a Comissão da Póvoa e o seu novo projeto, a Escola de Futsal “O Póvoas”.

Um agradecimento especial aos joga-dores juniores que filmaram e tiraram fotografias no encontro, ao nosso Jony Speaker que de forma brilhante animou este encontro, à nossa mascote que é a alegria das crianças, às crianças e pais que têm estado envolvidos neste projeto mas não puderam marcar presença no encontro e por último, mas não menos importante, aos nossos jogadores e pais que marcaram presença e confiam na Comissão para ajudar a crescer de forma mais feliz os seus filhos.

A Póvoa encerra assim esta fase, termi-nando os seus treinos às quartas-feiras entrando num período de férias.

“Vamos todos como os da Póvoa”

Miguel Serra

O Eco-festival de música eletrónica SEASIDE SUNSET SESSIONS vai realizar a 4° edição, nos dias 11

a 20 de Agosto num dos locais mais mági-cos de Portugal e que já todos conhecemos - a Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra.

Este evento musical com um cartaz de luxo tem entrada livre, prometendo 10 dias de animação para toda a família e muita música. Atuando em cima de um palco flutuante sobre o rio Unhais os DJs convi-dados prometem noites quentes com muita energia e a melhor música do momento, rodeados por uma envolvente natural de eleição.

O evento é promovido pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra e orga-nizado pela LusoEvents, com o patrocínio oficial da empresa Seaside. Em 2016 este festival de entrada livre contou com mais de 16 mil festivaleiros das mais variadas idades, número que os promotores esperam supe-rar nesta edição.

Em parte, para atingir este objetivo, contribui o cartaz musical já fechado que tem como noites fortes o 18 e 19 de agosto, noites em que os festivaleiros contam com a atuação de alguns dos maiores nomes da atualidade do universo da música eletróni-ca.

Na sexta-feira, dia 18, os DJ´s Mastik-soul, Van Breda, Rob Willow e Oskar.dj são os senhores da festa. Marca já na agenda! Neste dia a Pampilhosa da Serra vai estar repleta de bons ritmos. Se és fã de Hip Hop / RnB / Ragga / Dancehall / Trap vem curtir com Van Breda! Sim ele vai tomar conta do palco e tu não vais querer perder esta noite. De volta está Rob Willow para te dar muita música!

No festival mais mágico, mais verde e em perfeita comunhão com a natureza, volta ao festival serrano, Oskar.dj que já não precisa de apresentações. Participa com a sua energia desde a primeira edição sendo já é uma presença obrigatória no Seaside Sunset Sessions.

No sábado, 19 de agosto, a cabeça de cartaz é uma das DJ's mais sexys do mundo,

a DJ Juicy M, vai pisar o palco da 4ª edição do Seaside Sunset Sessions, mas na mesma noite, atuam também Club Banditz, a dupla de DJs/Produtores, multifacetados, dinâ-micos, divertidos e bandidos q.b., ao ponto de “roubarem” os hits dos mais consagra-dos artistas mundiais, tendo como missão devolve-los às melhores pistas de dança com o seu cunho pessoal. Este ano Joana Perez volta para mais um set espetacular e espalhar magia no palco e, novamente, Oskar.dj. Um cartaz de luxo que promete fazer vibrar a pista de dança da Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra.

Para além do património natural, cultu-ral e etnográfico ao dispor dos festivaleiros, o festival Seaside Sunset Sessions promove um contínuo programa de atividades. As Sunset Parties diárias, as variadas aulas de grupo, workshops, aulas de dança, artes performativas, animação de rua, desportos radicais e insufláveis aquáticos fazem parte de todo o programa de atividades dispo-nibilizado ao longo dos dez dias do evento.

Para que os festivaleiros possam usufruir plenamente deste festival a organização disponibiliza todas as comodidades neces-sárias. Para além do palco e pista de dança, esta última localizada sobre o Rio Unhais, o Seaside Sunset Sessions conta com a zona dos bares e food street, este ano com maior oferta, mais sombras e mais lugares sentados.

A edição de 2017 foi apresentada à imprensa no dia 9 de junho, no hotel My Story, na Praça do Rossio em Lisboa. Esti-veram presentes José Brito e Jorge Custódio, presidente e vice-presidente do Município de Pampilhosa da Serra, Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro, Jorge Brito da CIM Coimbra, Paulo Serra pela Seaside representando Acácio Teixeira, Vera Trindade da Lusoevents e jornalistas de diversos jornais nacionais e regionais.

Conheça o festival Seaside Sunset Sessions e acompanhe as novidades em www.sunsetsessions.pt e nas redes sociais.

Carlos Simões

FESTIVAL SEASIDE SUNSET SESSIONS 2017 VAI ANIMAR A VILA

A Comissão de Melhoramentos de Malhadas da Serra, fundada em 1934, é uma das mais antigas

coletividades do concelho, atualmente presidida por Victor Alves que, com seus dignos colaboradores, tem reputação de tudo terem feito e certamente continua-rão a fazer pelo progresso da sua terra, honrando assim quem, com grandes dificuldades, há 83 anos teve a coragem de fundar a coletividade.

No dia 8 de Julho do corrente ano, comemorou-se o 83º aniversário da fundação da comissão, vivendo-se ainda na aldeia um acontecimento já há muitos anos esperado, sendo na generalidade a vontade de todos os Malhadenses. Referimo-nos à construção de um novo Centro de Convívio.

As instalações do atual Centro de Convívio foram construídas já há alguns anos, com muitas dificuldades sentidas na época por todos os naturais. Devido às suas reduzidas dimensões, torna-se atualmente pequeno para realização de certos eventos, como é exemplo a come-moração do 83º aniversário, na qual compareceram mais de 160 pessoas.

O almoço de aniversário é usualmen-te servido no largo fronteiriço à Casa de Convívio, mas este ano, devido às previsões do tempo não serem famosas e devido aos ventos que se faziam sentir e até previsões de chuva, seria arriscado manter a tradição. Contudo, para quem tem amigos há sempre solução, pediram para o mesmo ser realizado nas excelen-tes instalações da Liga de Melhoramen-tos da Freguesia de Pessegueiro, as quais lhes foram prontamente cedidas.

Do programa constou o seguinte: Às 10.00 horas foi celebrada missa na capela local, muito bem conservada, por alma de todos os falecidos e intenção dos vivos, às 12.00 horas, realizou-se o por todos esperada colocação da 1ª pedra para construção do novo centro de conví-vio. A esperança e o sonho dos malha-denses passará certamente em breve a realidade com o início das obras. Um elevado número de presentes dirigiu-se para o local, onde aguardava o Grupo de Concertinas do Machio presenteando todos com músicas e cantares da região, por todos muito apreciadas.

Entre os presentes estava a senhora vereadora da cultura do Município de Pampilhosa da Serra, Alexandra Tomé, a presidente da Junta de Freguesia de Pessegueiro, Teresa Batista com seus

dignos colaboradores que, em conjun-to com o presidente da direção Victor Alves, procederam ao descerramento da bandeira da comissão que cobria a refe-rida pedra, ato que foi muito aplaudido.

Na ocasião a senhora vereadora feli-citou a coletividade e seu presidente pela iniciativa, referindo que tudo seria feito para ajudar a concretizar esta obra por todos desejada. Justificou a falta do senhor presidente da Câmara, José Brito, que por outros afazeres não pode estar presente, e do senhor vice-presidente Jorge Custódio, por estar numa reunião urgente só chegaria mais tarde.

O presidente da direção Victor Alves, visivelmente satisfeito, saudou as enti-dades presentes e agradeceu à Liga de Melhoramentos desta freguesia a pronta cedência das instalações, assim como aos associados e amigos presentes. Pediu apoio à coletividade, sem o qual não será possível realizar a obra de tão grande vulto, estando certo que esse apoio não faltará. Antes de se dar inicio à partida em caravana para a sede de freguesia onde iria ser servido o almoço, mais uma vez o Grupo de Concertinas do Machio agra-ciou a todos com as músicas da nossa região.

No almoço que decorreu de boa forma, a mesa de honra foi composta pelo já chegado vice-presidente do muni-cípio, vereadora da cultura, presidente da Junta de Freguesia, presidente da assem-bleia e do concelho fiscal da comissão em festa, nomeadamente Isidro Marques e Paulo Sousa, presidente da direção da comissão com seus colaboradores.

Findo o almoço foi concedido o uso da palavra a quem o desejou, o presiden-te da direção cumprimentou e agradeceu a presença de todos, salientando os já enumerados representantes do poder local e a ajuda sempre pronta, ciente da difícil missão em que estão empenha-dos mas estando certo na colaboração dos corpos sociais e de todos em geral,

permitindo que em breve o sonho passa-rá a realidade, na certeza que o apoio não irá faltar.

A dinâmica secretária da direção, Sara Mariano, uma das grandes entusiastas da realização da obra em que estão empe-nhados, agradeceu a presença de todas as pessoas, afirmando que sem elas não faria sentido lutar pela construção de uma obra que considera importante para a aldeia onde pertence, mostrando-se esperançada que em breve a obra estará concluída com a colaboração de todos.

Octávio Domingos disse que nunca tinha feito parte da direção, aceitou o convite que lhe foi feito e pelo qual agra-deceu. Disse ter aceitado por amor à terra onde nasceu, e em honra ao seu saudoso pai que muito adorava a aldeia, para a qual deu toda a colaboração possível para o seu desenvolvimento. Terminou afir-mando que todos podem contar com ele para colaborar em tudo ao seu alcance.

O dirigente Edmundo Vieira, não sendo de Malhadas da Serra mas tendo--se associado, agradeceu o convite que lhe foi feito para fazer parte da direção. Como gesto nobre que devemos agra-decer, disse que passou a gostar da terra e prometeu fazer tudo ao seu alcance para dotar aquela terra das melhores condi-ções possíveis.

A vereadora Alexandra Tomé, agrade-ceu o convite sendo para si uma honra, salientando o exemplo de Malhadas da Serra. “Com esta moldura humana e a vontade que têm a obra desejada será uma realidade em breve”, disse a autarca, afirmando que o apoio possível do muni-cípio não faltará.

A sessão de oradores foi encerrada pelo senhor vice-presidente do municí-pio que disse, ter sido com muito gosto e honra a cedência destas instalações, estando sempre disponíveis sempre que precisem. Justificou o facto de ter chega-do mais tarde, informando que esteve a participar numa reunião onde foram tratados assuntos relacionados com os fogos que assolaram a freguesia. Infor-mou ainda que se irá tentar atenuar os enormes prejuízos causados pelo fogo.

Continuou Jorge Custódio felicitan-do a direção pela obra que se propõe realizar, estando certo que em breve será uma realidade. Anunciou que o Muni-cípio dará toda a colaboração possível, tendo já feito a demolição de edifícios velhos, escavações para alicerces e remo-ção de entulhos, indo ainda colaborar com a quantia de 20.000,00 euros. Esta informação motivou forte aclamação dos presentes.

Terminadas as intervenções, com o apoio camarário já garantido, realizou-se um leilão bem disputado e a continuação de angariação de fundos tão necessários para que a obra seja em breve inaugu-rada.

Zé Manel

LANÇADA A 1ª PEDRA DO CENTRO DE CONVÍVIO DE MALHADAS DA SERRA

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A Feira de Artesanato e Gastronomia (FAG) é artesanato, gastro-

nomia, tradição e inovação. É irreverente como os Xutos, mágica como o Grupo Musi-cal Fraternidade Pampilhosen-se e o André Sardet, divertida como o Emanuel e cool como

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vés das tradicionais tasquinhas, que lhe permitirão saborear as melhores iguarias regionais. Também o artesanato regional merecerá especial destaque, onde mais de 100 expositores irão evidenciar todo o potencial dos recursos naturais. Espera-mos por si, na FAG 2017!

Actualidade

O Município de Pampilhosa da Serra realiza a 7.ª edição da animação “Noites de

Verão”, de 7 a 10 de agosto e de 21 a 24 de agosto, em frente à Câmara Municipal.

“Pampilhosense's Roots”, uma organização da Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra, irá abrir a 1.ª semana das Noites de Verão, no dia 7 de agosto.

No dia 8 de agosto, temos noite de fado com António Ataíde - Canção de Coimbra.

Segue-se uma sessão de Stand Up Comedy com os humoristas Hugo Rosa e Pedro Miguel Ribeiro, no dia 9 de agosto.

A fechar a 1.ª semana das Noites de Verão, no dia 10 de agosto, sobe ao palco a peça de teatro “Tu Queres é Revista”, com as participações

de Tozé Martinho, Carla Janeiro, Miguel Linares, Carolina Santarino, Thora Jorge e Bruno Paredes.

A sessão de cinema ao ar livre com a comédia portuguesa “A Mãe é que Sabe” abrirá, dia 21 agosto, a 2ª semana da edição de 2017.

No dia 22 de agosto, segue-se o concerto de música do grupo Real Companhia.

Seguem-se, no dia 23 de agosto, as Marchas Populares das Freguesias de Cabril e Pampilhosa da Serra e o Grupo de Concertinas de Machio, Pampilhosa da Serra.

Encerra a 7.ª edição das Noites de Verão, no dia 24 de agosto, o grupo de música popular “Ús Sai de Gatas”.

Os espetáculos decorrerão pelas 22 horas, na vila de Pampilhosa da Serra, ao ar livre e com entrada gratuita.

NOITES DE VERÃO ANIMAM AGOSTO 2017

XX FEIRA DE ARTESANATO E GASTRONOMIA DE PAMPILHOSA DA SERRA