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Caja de Ahorros de Valencia, Castellón y Alicante, Bancaja Contas Anuais correspondentes ao exercício anual terminado a 31 de Dezembro de 2010, elaboradas em conformidade com a Circular 4/2004, de 22 de Dezembro, do Banco de Espanha e Relatório de Gestão.

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Caja de Ahorros de Valencia, Castellón y Alicante, Bancaja Contas Anuais correspondentes ao exercício anual terminado a 31 de Dezembro de 2010, elaboradas em conformidade com a Circular 4/2004, de 22 de Dezembro, do Banco de Espanha e Relatório de Gestão.

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Índice

Demonstrações financeiras

Balanços a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 ....................................................................................................... 1

Contas de perdas e ganhos correspondentes aos exercícios anuais terminados a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 ...................................................................................................................................... 2

Demonstração dos rendimentos e gastos reconhecidos correspondente aos exercícios anuais terminados a 31 de Janeiro de 2010 e 2009........................................................................................... 3

Demonstração total das variações no património líquido correspondentes aos exercícios anuais terminados a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 ..................................................................................... 4

Demonstração dos fluxos de caixa gerados nos exercícios anuais terminados a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 ........................................................................................................................................... 5

Relatório correspondente ao exercício anual terminado a 31 de Dezembro de 2010................................. 1 a 148

1. Introdução, bases de apresentação das contas anuais e outras informações......................................... 1

2. Princípios e políticas de contabilidade e critérios de avaliação aplicados.............................................. 14

3. Distribuição dos resultados da Entidade................................................................................................ 49

4. Remunerações do Conselho de Administração e do pessoal-chave da Direcção ................................. 50

5. Caixa e disponibilidades em bancos centrais ........................................................................................ 52

6. Carteira de negociação, devedora e credora......................................................................................... 53

7. Activos financeiros disponíveis para venda ........................................................................................... 55

8. Investimentos a crédito .......................................................................................................................... 57

9. Carteira de investimento a deter até à maturidade ................................................................................ 61

10. Derivados de cobertura (devedores e credores).................................................................................... 61

11. Activos não correntes detidos para venda ............................................................................................. 64

12. Participações ......................................................................................................................................... 66

13. Activo corpóreo ...................................................................................................................................... 69

14. Activo incorpóreo ................................................................................................................................... 71

15. Restantes activos................................................................................................................................... 72

16. Passivos financeiros ao custo amortizado ............................................................................................. 72

17. Provisões ............................................................................................................................................... 80

18. Restantes passivos................................................................................................................................ 86

19. Acertos por valorização.......................................................................................................................... 86

20. Reservas................................................................................................................................................ 87

21. Situação fiscal........................................................................................................................................ 87

22. Outras informações significativas ........................................................................................................ 101

23. Juros e rendimentos similares ............................................................................................................. 105

24. Juros e encargos similares .................................................................................................................. 106

25. Rendimento de instrumentos de capital ............................................................................................... 106

26. Comissões recebidas........................................................................................................................... 107

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27. Comissões pagas ................................................................................................................................ 107

28. Resultado de operações financeiras (líquido) ...................................................................................... 108

29. Diferenças de câmbio (líquidas)........................................................................................................... 108

30. Outros rendimentos de exploração ...................................................................................................... 109

31. Outros encargos de exploração ........................................................................................................... 109

32. Gastos com pessoal ............................................................................................................................ 109

33. Outros gastos gerais de administração................................................................................................ 111

34. Amortização ......................................................................................................................................... 111

35. Dotações para provisões (líquido) ....................................................................................................... 112

36. Perdas por imparidade dos restantes activos (líquidas)....................................................................... 112

37. Ganhos (Perdas) na alienação de activos não classificados como não correntes detidos para venda .......................................................................................................................................... 112

38. Ganhos (Perdas) de activos não correntes detidos para venda não classificados como operações descontinuadas ................................................................................................................. 112

39. Gestão de riscos .................................................................................................................................. 113

40. Partes vinculadas................................................................................................................................. 142

41. Obra Social .......................................................................................................................................... 144

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Caja de Ahorros de Valencia, Castellón y Alicante, Bancaja Relatório correspondente ao exercício anual terminado a 31 de Dezembro de 2010

1. Introdução, bases de apresentação das contas anu ais e outras informações

1.1 Introdução

A Caja de Ahorros de Valencia, Castellón y Alicante, Bancaja (doravante, a “Entidade”) é uma entidade sujeita às normas e regulamentos das entidades bancárias em funcionamento em Espanha. A sua sede social encontra-se situada em Castellón de la Plana (C/ Caballeros, 2). Tanto na página Web oficial da Entidade (www.bancaja.es), como na sua sede social, podem ser consultados os estatutos sociais e outras informações públicas sobre a Entidade.

O seu objecto social único e exclusivo é contribuir para a realização de interesses gerais através do desenvolvimento económico e social da sua zona de actuação; para isso, os seus fins fundamentais são, entre outros, facilitar a formação e capitalização da poupança, atender às necessidades dos seus clientes através da concessão de operações de crédito e criar ou manter Obras Sociais próprias ou em colaboração.

1.2 Constituição de um grupo económico de base cont ratual

1.2.1 O Contrato de Integração

Tal como foi informado nos diversos factos relevantes apresentados perante a Comissão Nacional do Mercado de Valores, a Entidade, em conjunto com a Caja de Ahorros y Monte Piedad de Madrid, Caja Insular de Ahorros de Canarias, Caja de Ahorros y Monte Piedad de Ávila, Caixa d´Estalvis Laietana, Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Segovia e Caja de Ahorros de la Rioja (conjuntamente denominadas, as «Cajas») subscreveram, a 30 de Julho de 2010, o «Contrato de Integração para a Constituição de um Grupo Contratual» (o «Contrato de Integração»), a que aderiu posteriormente o Banco Financiero y de Ahorros, S.A. (doravante, a «Sociedade Central» ou o «Banco»), a 3 de Dezembro de 2010, como entidade líder do mencionado Grupo Contratual.

O Contrato de Integração estabelece a constituição de um Grupo de natureza contratual (o «Grupo») no qual se integram as Cajas e que se articula em torno da figura de um Sistema Institucional de Protecção («SIP»), que cumpre as condições e requisitos estabelecidos na Directiva 2006/48/CE, transpostos para o ordenamento jurídico espanhol no artigo 26.7 do Decreto Real 216/2008 e pela norma 15ª da Circular 3/2008 do Banco de Espanha, para Entidades de Crédito, sobre determinação e controlo dos recursos próprios mínimos, bem como os contemplados na Lei 13/1985, de 25 de Maio, de Coeficientes de Investimento, Recursos Próprios e Obrigações de Investimento dos Intermediários Financeiros).

O conteúdo do Contrato de Integração e a constituição da Sociedade Central do Grupo criado foram aprovados no ano de 2010 pelo Conselho de Administração e pela Assembleia Geral da Entidade, pela Comissão Nacional de Concorrência, pelo Ministério da Economia e Finanças, bem como pelos correspondentes Conselhos de Administração, Assembleias Gerais e as Comunidades Autónomas de residência das restantes Cajas, para que, durante o referido ano de 2010, fossem cumpridas as suas condições suspensivas.

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1.2.2 Estrutura do Grupo

Estrutura Geral do Grupo: a Sociedade Central O contrato de integração tem por objecto a configuração do Grupo como uma organização integrada, reconhecida como grupo sólido do ponto de vista contabilístico e regulamentar e como instrumento de concentração do ponto de vista da regulamentação sobre concorrência.

Para esse efeito, os elementos fundamentais de estruturação do Grupo são os seguintes:

a) O estabelecimento de uma instituição central de administração: Banco Financiero y de Ahorros, S.A.

b) A articulação de uma integração financeira de amplo alcance, cujos elementos estruturais são (i) o estabelecimento de um compromisso mútuo de solvência e liquidez que reúne os requisitos previstos no artigo 80.8 da Directiva CE\48\2006, bem como os contemplados no artigo 8.3.d) da Lei 13/1985, (ii) o estabelecimento de um sistema de tesouraria global, e (iii) o estabelecimento de um sistema de mutualização de resultados, este último destinado a reforçar a profundidade da integração e a dotá-la de um sistema equilibrado de fluxos financeiros e de incentivos.

c) A instrumentação de um programa avançado de integração funcional estruturado em torno (i) da centralização de estratégias e políticas (em matéria financeira, de riscos, comercial, de marketing e comunicação, de marca, de investimentos industriais, etc.), (ii) da integração operacional e tecnológica (serviços corporativos comuns, plataforma tecnológica, veículos de acesso aos mercados de capitais, etc.), e (iii) do desenvolvimento integrado e/ou conjunto de negócios.

Tudo isso, com preservação da personalidade jurídica e entidade territorial de cada uma das Cajas, que exercerão as faculdades de gestão sobre o negócio bancário retalhista territorial no enquadramento das políticas do Grupo, bem como relativamente à obra social.

Do ponto de vista contabilístico, e de acordo com o estabelecido no Contrato de Integração, a Sociedade Central configura-se como a sociedade controladora do Grupo em que as Cajas se integram como entidades dependentes, ao ser a entidade que detém o poder para dirigir as políticas financeiras e operacionais das restantes entidades do Grupo. O relatório consolidado que integra as contas anuais consolidadas do Grupo Banco Financiero y de Ahorros do exercício de 2010 reúne a descriminação das entidades que integravam o perímetro de consolidação do Grupo (entidades dependentes, negócios conjuntos e associadas), a 31 de Dezembro de 2010.

Estrutura de integração financeira do Grupo O objectivo da integração financeira é que o Grupo, sob a direcção da Sociedade Central, se possa apresentar perante as entidades reguladoras e os mercados como um único sujeito e um único risco.

Os mecanismos de integração financeira previstos no Contrato de Integração são três: (i) Sistema de Apoio Mútuo, (ii) Sistema de Tesouraria Global, e (iii) Sistema de Participação Mútua em Resultados.

Sistema de Apoio Mútuo

Consiste na obrigação de assistência financeira recíproca em forma de garantia de solvência e liquidez entre os membros do Grupo entre os quais se inclui a Entidade, de acordo com as previsões reunidas nos artigos 80.8 da Directiva 2006/48/CE e 26.7 do Decreto Real 216/2008, na Norma 15ª da Circular 3/2008 e, por referência, no artigo 8.3.d) da Lei 13/1985.

A Entidade, a Sociedade Central e as restantes Cajas comprometem a totalidade dos seus recursos próprios no Sistema de Apoio Mútuo.

Além disso, a Entidade, a Sociedade Central e as restantes Cajas acordaram que a planificação da solvência do Grupo basear-se-á, essencialmente, e em primeiro lugar, na geração de recursos próprios através da aplicação dos resultados do Grupo, bem como em emissões dirigidas aos mercados. Sem prejuízo do anterior, serão analisadas continuamente todas as opções possíveis para o reforço da solvência do Grupo.

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O compromisso de garantia recíproca em que se baseia o Sistema de Apoio Mútuo é assumido pelas Cajas também face a terceiros credores. Deste modo, a Sociedade Central garante solidariamente, desde a sua constituição, as obrigações de cada uma das Cajas face a terceiros credores. Por sua vez, cada uma das Cajas garante solidariamente as obrigações das restantes Cajas desde a entrada em vigor do Contrato de Integração e as da Sociedade Central desde a sua constituição.

As garantias recíprocas que a Entidade, a Sociedade Central e as restantes Cajas prestam não alteram a categoria da dívida objecto das garantias para efeitos de concessão de créditos.

Sistema de Tesouraria Global (Cash-Pooling)

Trata-se de um sistema de gestão centralizada da tesouraria do Grupo com o qual se persegue o triplo objectivo de:

a) Constituir uma única posição agregada de liquidez ao nível do Grupo.

b) Manter um acesso unificado aos mercados financeiros.

c) Que o Grupo aja como um único sujeito face ao Eurossistema e outras instituições financeiras.

A gestão e o acompanhamento centralizado do Sistema de Tesouraria Global pertencem à Sociedade Central.

Todas as emissões do Grupo serão realizadas de forma conjunta e serão canalizadas através do Banco ou dos veículos que este constitua ou administre, excepto quando for impossível devido a imperativo legal. Todas as emissões contarão com garantia de todas as entidades do Grupo.

Sistema de Participação Mútua em Resultados

O Sistema de Participação Mútua em Resultados é um mecanismo de integração do Grupo, estabelecido com a finalidade de fortalecer a unidade económica que está na base da sua consolidação.

Para além dos activos e passivos que as Cajas transportarão para a Sociedade Central, a partir de 1 de Janeiro de 2011, as Cajas mutualizarão 100% dos resultados do negócio desenvolvido em cada Caja derivado dos activos e passivos não transportados para a Sociedade Central em cada momento. Desta forma, as Cajas transportarão, trimestralmente, para a Sociedade central um montante equivalente ao dos seus resultados trimestrais individuais antes da dedução de impostos, ajustado de acordo com as rubricas indicadas no Contrato de Integração.

Deste modo, também a partir de 1 de Janeiro de 2011, a Sociedade Central assume a obrigação de se encarregar do pagamento das perdas (antes da dedução de impostos) geradas na exploração do referido negócio.

Integração funcional do Grupo

A integração funcional das Cajas tem uma tripla dimensão:

a) Centralização de políticas. As Cajas sujeitar-se-ão, no desenvolvimento das suas actividades, às estratégias e políticas estabelecidas pela Sociedade Central para o Grupo, no âmbito das suas competências.

b) Integração operacional e tecnológica. As Cajas centralizarão na Sociedade Central, directa ou indirectamente, nos prazos previstos no plano estratégico do Grupo, todos os serviços corporativos, com a estrutura funcional e territorial que for mais eficaz.

c) Mutualização e desenvolvimento de negócios. Como parte da integração, as Cajas acordaram a mutualização, mediante o transporte para a Sociedade Central de todos os negócios por elas geridos actualmente, quer directa quer indirectamente através de algum veículo, com excepção, fundamentalmente (i) da Montes de Piedad e (ii) da obra social e cultural.

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1.2.3 Período mínimo de permanência exigido

As Cajas acordaram uma duração mínima de 15 anos para o Grupo, após a qual o Contrato de Integração se converterá automaticamente num contrato por tempo indeterminado, excepto para as Cajas que o tivessem rescindido com, pelo menos, 24 meses de antecedência.

Excepcionalmente, é possível a extinção do Contrato de Integração antes do termo do prazo de 15 anos mediante a exclusão de uma Caja, quando ocorrer justa causa (incumprimento grave e reiterado de obrigações ou hipóteses de extinção da personalidade jurídica de uma Caja ou similares), sem prejuízo da possibilidade prévia de imposição de uma penalização num valor equivalente a 30% do total dos recursos próprios calculáveis do Grupo consolidado multiplicado pela participação da Caja incumpridora no Banco.

Adicionalmente, a Entidade e as restantes Cajas poderão solicitar a sua separação do Grupo no final do prazo de 15 anos (ou, posteriormente, em qualquer momento), de boa fé e com o aviso prévio de 24 meses indicado. Nestes casos, o Contrato de Integração (e o Grupo) continuará em vigor relativamente às Cajas não excluídas ou que não tenham optado pela sua separação, sempre que subsistam, pelo menos, duas delas. A Caja que solicite a separação ou cessação voluntária do Contrato de Integração será obrigada a creditar uma penalização num valor equivalente a 30% do total dos recursos próprios calculáveis do Grupo consolidado, multiplicado pela participação da Caja em questão no Banco.

Também poderá ocorrer a extinção total do Contrato de Integração em virtude de cessação extraordinária da Entidade ou de alguma das outras Cajas, quando ocorrer uma justa causa de carácter objectivo (circunstâncias de excepcional gravidade que, não se referindo de forma individual a nenhuma Caja, afectam a relação contratual no seu conjunto e determinam a inviabilidade do Grupo, não sendo possível a adaptação do Contrato de Integração).

1.2.4 Contabilização nas demonstrações financeiras da Entidade

Em consequência da entrada em vigor do Contrato de Integração, a Sociedade Central procederá à contabilização nas suas demonstrações financeiras consolidadas, na data de aquisição do controlo sobre as Cajas, dos activos identificados e dos passivos assumidos das Cajas e das suas entidades dependentes por um montante igual aos seus correspondentes justos valores na referida data, com as excepções de registo e avaliação para o dito justo valor estabelecidas na regulamentação vigente.

Por isso, e com o objectivo fundamental de que as contas anuais da Entidade reflictam a imagem fiel do seu património, da sua situação financeira e dos seus resultados, e considerando que não existe um tratamento contabilístico especificamente definido nem na Circular 4/2004 do Banco de Espanha nem na restante regulamentação contabilística nacional ou internacional que possa ser aplicada, o Conselho de Administração da Entidade acordou levar a cabo o tratamento contabilístico reunido a seguir, uma vez cumpridos os requisitos previstos na Norma 8ª da Circular 4/2004 do Banco de Espanha:

1. Os activos e passivos da Entidade foram valorizados e classificados, nas demonstrações financeiras individuais da Entidade elaboradas de acordo com o disposto na Circular 4/2004 do Banco de Espanha, na data de tomada de controlo por parte da Sociedade Central, incorporando os mesmos acertos por valorização registados na primeira consolidação das demonstrações financeiras do novo Grupo, elaboradas em aplicação do disposto nas Normas Internacionais de Informação Financeira («NIIF») adoptadas pela União Europeia e na Norma Quadragésima Terceira da Circular 4/2004.

2. As diferenças entre os montantes e critérios de classificação indicados no parágrafo anterior e os montantes e critérios de classificação pelos quais estiveram registados os activos e passivos nas demonstrações financeiras individuais elaboradas de acordo com a Circular 4/2004 antes de realizar as correcções mencionadas no ponto anterior, bem como o efeito fiscal associado a tais correcções foram registados como débito ou crédito, segundo o sinal da diferença, nas «Reservas» contabilizadas nas demonstrações financeiras individuais da Entidade, elaboradas de acordo com a Circular 4/2004.

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3. O montante pelo qual se contabilizam os activos e passivos da Entidade nas suas demonstrações financeiras individuais elaboradas de acordo com os critérios indicados no ponto 1 anterior, foi considerado para todos os efeitos como o novo custo de aquisição destes activos e passivos. Em consequência disto, na data de aquisição do controlo da Sociedade Central sobre a Entidade, os montantes contabilizados como «Acertos por valorização» no património líquido das demonstrações financeiras individuais elaboradas desta última, foram devolvidos, líquidos de deduções fiscais, com débito ou crédito, conforme o caso, nas reservas da Entidade.

4. Posteriormente à aplicação dos critérios indicados nos pontos anteriores na data de tomada de controlo da Sociedade Central sobre a Entidade, esta continuará a aplicar os critérios indicados no Capítulo Segundo da Circular 4/2004 do Banco de Espanha para efeitos da elaboração da sua contabilidade individual, considerando, para estes efeitos, como custo de aquisição o valor inicial dos seus activos e passivos, quando for aplicável, o indicado no ponto 1 anterior.

Como consequência da aplicação dos critérios indicados anteriormente, a Entidade realizou um débito líquido na rubrica de «Reservas» dos fundos próprios do balanço a 31 de Dezembro de 2010 no valor de 2 546 milhões de euros.

Na aplicação do critério anterior, o débito nas reservas teve como contrapartida no balanço a 31 de Dezembro de 2010, uma diminuição do saldo registado na rubrica «Investimentos a crédito» no valor de 1 773 milhões de euros; uma diminuição do saldo registado na rubrica «Participações - Entidades do grupo» no valor de 1 558 milhões de euros, aproximadamente; um crédito nos «Acertos por valorização» no valor de 214 milhões de euros, aproximadamente, com origem, fundamentalmente, na avaliação de instrumentos de dívida classificados como activos financeiros disponíveis para venda registados no património líquido da Entidade; e uma variação das rubricas de activos e passivos fiscais diferidos do balanço da Entidade a 31 de Dezembro de 2010, devida ao efeito fiscal dos acertos anteriores, o que supôs um crédito líquido na rubrica «Reservas» dos fundos próprios da Entidade mostrados no referido balanço no valor de 999 milhões de euros, aproximadamente.

Tal como foi indicado anteriormente, a subscrição por parte da Entidade do Contrato de Integração e as consequências derivadas do mesmo, são as principais razões que justificam a aplicação do critério contabilístico indicado nos parágrafos anteriores desta Nota e a realização do processo de reestruturação que a Entidade começou no exercício de 2010 (ver a Nota 2.13).

Neste sentido, atendendo ao indicado no parágrafo anterior, o efeito em termos líquidos sobre a conta de perdas e ganhos da Entidade do exercício de 2010 é consequência, por um lado, de considerar as menores necessidades de dotações para perdas por imparidade de activos financeiros com débito na referida conta de perdas e ganhos devidas à diminuição do valor líquido contabilístico destes activos indicada anteriormente e, por outro lado, das necessidades de dotações com débito na mencionada conta de perdas e ganhos das provisões para a cobertura dos compromissos assumidos em virtude do Acordo Laboral subscrito no exercício 2010 (ver Nota 2.13), não é significativo.

No relatório integrante das contas anuais consolidadas do Grupo discriminam-se as hipóteses e metodologias de cálculo aplicadas por este no processo de cálculo do justo valor dos activos e passivos da Entidade e que foram aplicadas também para realizar os acertos indicados no parágrafo anterior.

1.3 Bases de apresentação das contas anuais

As contas anuais da Entidade correspondentes ao exercício de 2009 foram aprovadas pela Assembleia Geral celebrada a 30 de Março de 2010. As contas anuais da Entidade correspondentes ao exercício de 2010, que foram formuladas pelo Conselho de Administração da Entidade na sua reunião de 14 de Fevereiro de 2011, serão apresentadas, para aprovação, na Assembleia Geral do primeiro semestre do exercício de 2011. Apesar disso, o Concelho de Administração da Entidade entende que as referidas contas anuais serão aprovadas sem modificações significativas.

As contas anuais da Entidade são apresentadas de acordo com os modelos, critérios contabilísticos e as normas de avaliação estabelecidos na Circular 4/2004 do Banco de Espanha (doravante, a «Circular»), e suas sucessivas alterações. A Circular constitui a adaptação ao sector, por parte das entidades de crédito espanholas, das Normas Internacionais de Informação Financeira, adoptadas pela União Europeia, através de

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Regulamentos Comunitários, de acordo com o Regulamento 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Concelho, de 19 de Julho de 2002, relativo à aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade.

Com data de 13 de Julho de 2010, foi publicada a Circular 3/2010, do Banco de Espanha, que modifica a Circular 4/2004, sobre normas de informação financeira pública e privada, e modelos de demonstrações financeiras de entidades de crédito. A referida Circular, cuja data de entrada em vigor foi 30 de Setembro de 2010, introduz importantes alterações nos cálculos realizados para efeitos da análise e cobertura de riscos das entidades de crédito, em que se destacam as seguintes:

- Altera-se o conteúdo das políticas e os métodos e procedimentos a serem aprovados pelo Conselho de Administração da entidade de crédito no que se refere, entre outros aspectos, aos critérios para a concessão e gestão de operações de risco de crédito, às políticas de preços a aplicar a essas operações e às políticas de renegociação.

- Considera-se o valor das garantias imobiliárias na base de cálculo das perdas por imparidade dos activos qualificados como duvidosos, sempre que sejam primeiros encargos e se encontrem devidamente constituídas a favor da entidade de crédito. O valor das referidas garantias vem ponderado através da aplicação de uns coeficientes que oscilam entre os 50% e os 80%, atendendo ao tipo de bem sobre o qual recai o direito real.

- Altera-se o regime de cálculo de perdas por imparidade (provisões de insolvência) para os activos qualificados como duvidosos devido à morosidade, mediante a implantação de um calendário único que diminuiu os prazos de dotação das perdas por imparidade.

- Altera-se o regime de cálculo de perdas por imparidade (provisões) para os activos imobiliários adjudicados ou recebidos em pagamento de dívidas.

Por sua vez, também no exercício de 2010, foi aprovada a Circular 8/2010 do Banco de Espanha, de 22 de Dezembro, que também modifica a referida Circular 4/2004. As principais alterações introduzidas por esta Circular foram as seguintes:

- Alteram-se as normas relativas ao disposto em combinações de negócios para adaptar o seu conteúdo ao disposto na NIIF 3 alterada pelo IASB e publicada no Regulamento (CE) 495/2009 da Comissão, de 12 de Junho de 2009. Estas alterações supuseram alterações, entre outros aspectos, na forma em que se devem registar as combinações de negócios por etapas, no tratamento dos custos de transacção associados a uma combinação de negócios e no registo dos interesses minoritários no momento da combinação. Além disso, introduz exaustivos critérios para a identificação da entidade adquirente numa combinação de negócios, a figura das combinações de negócios inversas e reúne também a forma em que se deve realizar o tratamento contabilístico das combinações de negócios realizadas sem contrapartida ou mediante contrato, o registo dos acertos às estimativas inicialmente realizadas durante o período de medição. Por outro lado, requer novas discriminações de informação relativas às combinações de negócios e altera o tratamento contabilístico do registo e avaliação das participações mantidas numa entidade anteriormente à sua tomada de controlo numa combinação de negócios.

- Alteram-se as normas relativas ao disposto em relação à aplicação do método de integração global de entidades dependentes para adaptar o seu conteúdo ao disposto na NIC 27, alterada pelo IASB e publicada no Regulamento (CE) 494/2009 da Comissão, de 12 de Junho de 2009. Estas alterações supuseram a introdução de variações em aspectos como o registo de situações em que uma entidade deixe de ser considerada como dependente e passe à situação de associada, multigrupo ou instrumento financeiro e o tratamento contabilístico das variações nas percentagens de participação no capital de uma entidade dependente, uma vez assumido o controlo sem que se produza a perda deste.

- Incluem-se novos requisitos de informação a incluir nas contas anuais relativos à constituição de Sistemas Institucionais de Protecção.

As contas anuais do exercício de 2010 da Entidade foram elaboradas tendo em consideração a totalidade dos princípios e políticas contabilísticas, descritos na Nota 2, bem como os critérios de avaliação de aplicação obrigatória que têm um efeito significativo nas contas anuais, considerando o indicado na Nota 1.2 anterior, de forma a veicularem a imagem fiel do património e da situação financeira da Entidade a 31 de Dezembro de

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2010 e dos resultados das suas operações e dos fluxos de caixa gerados durante o exercício anual terminado na referida data. As referidas contas anuais foram preparadas a partir dos registos de contabilidade mantidos pela Entidade.

1.4 Comparação da informação

De acordo com a legislação vigente, a informação contida neste relatório referente ao exercício de 2009 é apresentada, única e exclusivamente, para fins comparativos com a informação relativa ao exercício de 2010 e, como tal, não constitui as contas anuais do exercício de 2009.

1.5 Responsabilidade da informação e estimativas re alizadas

A informação incluída nestas contas anuais é da responsabilidade dos Administradores da Entidade. Nas contas anuais da Entidade correspondentes ao exercício de 2010 utilizaram-se ocasionalmente estimativas para quantificar alguns dos activos, passivos, rendimentos, gastos e obrigações que estão registados nessas contas. Basicamente, essas estimativas referem-se a:

- O justo valor de determinados activos não cotados (ver Nota 2.1.3)

- Perdas por imparidade de determinados activos (ver Notas 7, 8 e 11 a 14).

- As hipóteses utilizadas no cálculo actuarial dos passivos e das obrigações por retribuições pós-emprego e de outras obrigações a longo prazo mantidas com os funcionários (ver Notas 2.13 e 17).

- A vida útil e o justo valor dos activos corpóreos e incorpóreos (ver Notas 13 e 14).

Apesar de estas estimativas terem sido realizadas em função da melhor informação disponível a 31 de Dezembro de 2010 sobre os factos analisados, é possível que acontecimentos que possam ocorrer no futuro obriguem a revisões (em alta ou em baixa) nos próximos exercícios, o que seria levado a cabo, em caso de necessidade, em conformidade com os regulamentos aplicáveis, de forma prospectiva reconhecendo os efeitos da alteração de cálculo na correspondente conta de perdas e ganhos.

1.6 Erros em exercícios anteriores

Na elaboração das contas anuais do exercício de 2010, em anexo, não foi detectado nenhum erro significativo que suponha a nova expressão dos montantes incluídos nas contas anuais do exercício de 2009.

1.7. Relação de agentes

Nem no fecho do exercício de 2010 nem em qualquer momento durante o mesmo, a Entidade manteve em vigor “contratos de agência” na forma em que estes são contemplados no artigo 22 do Decreto Real 1245/1995, de 14 de Julho.

1.8 Participações no capital de entidades de crédito

De acordo com o disposto no artigo 20 do Decreto Real 1245/1995, de 14 de Julho, as únicas participações mantidas pela Entidade a 31 de Dezembro de 2010 no capital de outras entidades de crédito nacionais ou estrangeiras, iguais ou superiores a 5% do seu capital ou dos seus direitos de voto, correspondiam a:

- Banco Financiero y de Ahorros, S.A., com uma participação efectiva de 37,7% em virtude do Contrato de Integração (ver Nota 1.2).

- Banco de Valencia, S.A., com uma participação de 38,56%, principalmente através da sociedade vinculada Bancaja Inversiones, S.A. Neste sentido, a 30 de Dezembro de 2010, o Conselho de Administração de Bancaja Inversiones, S.A., acordou ceder ao Banco Financiero y de Ahorros, S.A. os direitos políticos inerentes à sua participação no Banco de Valencia, S.A, tal como os direitos políticos das restantes filiais por parte de todas as Cajas integrantes do SIP. Enquanto esta cessão implica a tomada de controlo resultante do Bando de Valencia, S.A. por parte de Banco Financiero y de Ahorros, S.A. nos

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termos do artigo 7.1 do Decreto Real 1066/2007, de 27 de Julho, sobre o regime das ofertas públicas de aquisição de valores, o Banco Financiero y de Ahorros, S.A. manifestou à Comissão Nacional do Mercado de Valores a 30 de Dezembro de 2010 a sua intenção de reduzir, directa ou indirectamente, os seus direitos de voto para menos de 30% no prazo de três meses a partir de 30 de Dezembro de 2010, data da assinatura da primeira adenda ao Contrato de Integração.

1.9 Impacto ambiental

Tendo em conta as actividades fundamentais a que a Entidade se dedica, estas não geram impacto significativo no meio ambiente. Por essa razão, nas contas anuais da Entidade do exercício de 2010 não está discriminada qualquer informação relativa a essa matéria.

1.10 Coeficiente de reservas mínimas

De acordo com a Circular Monetária 1/1998, de 29 de Setembro, com efeito a 1 de Janeiro de 1999, ficou derrogado o coeficiente de caixa decenal, sendo o referido coeficiente de caixa substituído pelo coeficiente de reservas mínimas.

A 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, assim como ao longo dos exercícios de 2010 e de 2009, a Entidade cumpria com os mínimos exigidos deste coeficiente segundo a norma espanhola aplicável.

1.11 Fundo de Garantia de Depósitos

A Entidade está integrada no Fundo de Garantia de Depósitos.

De acordo com a Portaria EHA/3515/2009, de 29 de Dezembro, do Ministério da Economia e Fazenda, na qual se estabelecem as contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos a realizar pelas caixas de aforro, e a proposta do Banco de Espanha, o montante das contribuições realizadas por Entidade corresponde a 1 por 1000 de uma base integrada pelos depósitos que a garantia abrange, tendo aumentado as referidas contribuições no exercício de 2010 para um valor de 29 114 milhares de euros (9 651 milhares de euros no exercício de 2009) que se encontram registadas na rubrica «Outros encargos de exploração» da conta de perdas e ganhos do exercício de 2010 em anexo (ver Nota 31).

1.12. Gestão de capital

Rácio de solvabilidade

Durante o exercício de 2008 foi aprovada e entrou em vigor a Circular 3/2008, do Banco de Espanha, sobre a determinação e o controlo dos recursos próprios mínimos, ao abrigo da Lei 36/2007, de 16 de Novembro, que modificou, por sua vez, a Lei 13/1985, de 25 de Maio, de coeficiente de investimento, recursos próprios e obrigações de informação dos intermediários financeiros. A referida Circular 3/2008, que supõe a adaptação da legislação espanhola em matéria de solvabilidade às directivas comunitárias que derivam, por sua vez, do Acordo de Capital de Basileia (Basileia II), estrutura-se em três pilares fundamentais: requisitos mínimos de capital (Pilar I), processo de auto-avaliação do capital (Pilar II) e informação ao mercado (Pilar III).

Com data de 30 de Dezembro de 2010, foi publicada a Circular 9/2010, de 22 de Dezembro, do Banco de Espanha, que modifica a anterior Circular 3/2008 e cujo objectivo é transpor determinadas Directivas da Comissão emitidas durante o exercício de 2009 (em concreto, a Directiva 2009/27/CE e a Directiva 2009/83/CE). Neste sentido, foram introduzidas alterações isoladas relativas ao cálculo de determinados elementos dos recursos próprios, ao cálculo dos requisitos de recursos próprios por risco de crédito (tanto para o método padrão como para o baseado em qualificações internas), às técnicas de redução do risco de crédito, à titularização, ao tratamento do risco da contrapartes e da carteira de negociação e às obrigações de informação ao mercado. Também se incorporou na nova Circular uma guia que, sem ter carácter juridicamente vinculativo, supõe uma orientação para favorecer a disposição de procedimentos de gestão interna sólidos, por parte da Entidade, em relação ao risco de liquidez e ao controlo dos riscos derivados das operações de titularização.

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Objectivos, políticas e processos de gestão de capi tal

Os objectivos estratégicos traçados pela Direcção da Entidade, em relação à gestão que realiza dos seus recursos próprios, são os seguintes:

• Cumprir, sempre, a legislação aplicável em matéria de requisitos de recursos próprios mínimos.

• Procurar a máxima eficiência na gestão dos recursos próprios, de maneira que, juntamente com outras variáveis de rentabilidade e risco, o consumo de recursos próprios seja considerado uma variável fundamental nas análises associadas à tomada de decisões de investimento da Entidade.

• Reforçar o peso que os recursos próprios de primeira categoria têm sobre o total dos recursos próprios da Entidade.

Para cumprir estes objectivos, a Entidade dispõe de uma série de políticas e processos de gestão dos recursos próprios, cujas principais directrizes são:

• A Entidade dispõe de unidades, dependentes da Direcção Financeira, de acompanhamento e controlo, que analisam constantemente os níveis de cumprimento da norma do Banco de Espanha em relação aos recursos próprios, dispondo de alarmes que permitem assegurar sempre o cumprimento da legislação aplicável e que as decisões tomadas pelas diferentes áreas e unidades da Entidade sejam coerentes com os objectivos traçados para efeitos do cumprimento dos recursos próprios mínimos. Neste sentido, existem planos de contingência para assegurar o cumprimento dos limites estabelecidos na legislação aplicável.

• No planeamento estratégico e comercial da Entidade, bem como na análise e acompanhamento das operações da Entidade, considera-se um factor-chave na tomada de decisões, o impacto das mesmas sobre os recursos próprios calculáveis da Entidade e a relação consumo-rentabilidade-risco. Neste sentido, a Entidade dispõe de manuais nos quais se estabelecem os parâmetros que devem servir de guia para a tomada de decisões em matéria de requisitos de recursos próprios mínimos ou que afectem os referidos requisitos.

A integração da Entidade no novo Grupo, no âmbito do Contrato de Integração mencionado na Nota 1.2, supõe alterações relevantes em relação à gestão do capital. Neste sentido, a Entidade solicitou a autorização ao Banco de Espanha em relação à isenção do cumprimento individual dos requisitos de recursos próprios estabelecidos pela referida Circular 3/2008, sendo de esperar que se receba a mencionada autorização por parte do Banco de Espanha.

Deste modo, e em relação aos objectivos, políticas e procedimentos relativos a recursos próprios, estes passam a ser determinados de forma centralizada pela Sociedade Central, reunindo-se essa informação, juntamente com a descriminação dos recursos próprios calculáveis e requisitos do grupo, nas contas anuais consolidadas da Sociedade Central.

1.13 Serviço de Atendimento ao Cliente

Em conformidade com o estabelecido na Portaria ECO/734/2004, de 11 de Março, sobre os departamentos e serviços de atendimento ao cliente e o provedor do cliente das entidades financeiras, apresentou-se ao Conselho de Administração da Entidade o Relatório Anual do Serviço de Atendimento ao Cliente.

Durante o ano 2010, o Serviço de Atendimento ao Cliente da Entidade registou um total de 4 821 incidências, ficando pendentes de resolução 96 no final do ano. Destas incidências, 3 670 correspondem a queixas e reclamações resolvidas, de acordo com a Portaria ECO/734/2004. No ano de 2009, o número de incidências e consultas ascendeu a 5 257, das quais 4 074 foram admitidas para tramitação e resolvidas de acordo com a Portaria referida.

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A distribuição das queixas e reclamações dos exercícios de 2010 e 2009 resolvidas em relação a produtos e serviços foi a seguinte:

2010 2009 Tipologia das reclamações Número Percentagem

(%) Número Percentagem

(%)

Operações activas 758 20,65% 1 016 24,94% Operações passivas 338 9,21% 391 9,60% Outros produtos bancários 727 19,81% 752 18,46% Serviços de cobrança e 541 14,74% 545 13,38% Serviços de investimento 218 5,94% 202 4,96% Seguros e fundos de pensões 284 7,74% 287 7,04% Serviços e Instalações 804 21,91% 881 21,62% Total 3 670 100,00% 4 074 100,00%

Os motivos para estas queixas e reclamações resolvidas são:

2010 2009 Motivos das reclamações Número Percentagem

(%) Número Percentagem

(%)

Comissões e gastos 621 16,92% 465 11,41% Juros 83 2,26% 192 4,71% Discrepâncias nos lançamentos nos livros 746 20,33% 700 17,18% Outras cláusulas contratuais e falta de documentação 106 2,89% 191 4,69% Qualidade: não conformidade com o serviço «ex-ante» 249 6,78% 264 6,48% Qualidade: não conformidade com o serviço «ex-post» 1 210 32,97% 1 525 37,44% Protecção de dados 62 1,69% 59 1,45% Vários 593 16,16% 678 16,64% Total 3 670 100,00% 4 074 100,00%

O resultado destas reclamações resolvidas dos anos 2010 e 2009 foi:

Número de reclamações 2010 2009

Decisões favoráveis à Entidade 2 839 3 288 Decisões favoráveis ao cliente 733 661 Desistências do cliente 31 18 Aceitação da razão da parte contrária 13 8 Não competente 54 99 Total 3 670 4 074

Da totalidade das reclamações resolvidas, favoráveis ao cliente ou devido a aceitação da razão da parte contrária por parte da Entidade, foram indemnizados 392 casos, pelo que foi creditado um total de 131 milhares de euros durante o exercício de 2010 (237 casos indemnizados no exercício de 2009, num total de 103 milhares de euros).

A seguinte tabela comparativa dos anos 2010 e 2009 mostra as reclamações favoráveis ao cliente ou aceitação da razão da parte contrária pela Entidade, nos casos em que foi atribuída uma indemnização económica, agrupadas por escalões.

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Número de reclamações 2010 2009 Até 10,00 € 32 27 De 10,01 € a 100,00 € 229 99 De 100,01 € a 1 000,00 € 115 91 De 1 000,01 € a 10 000,00 € 16 20 Total 392 237

O prazo de resolução das queixas e reclamações durante o exercício de 2010 foi de 14,54 dias (úteis e não úteis), face a 13,85 dias do ano de 2009.

O Serviço de Atendimento ao Cliente utiliza para as suas decisões os critérios utilizados pelo Serviço de Reclamações do Banco de Espanha e o Provedor do Cliente da Federação Valenciana das Caixas de Aforro, ajustando-se, em todos os momentos, à norma de transparência e protecção dos clientes, às utilizações financeiras e boas práticas bancárias e ao princípio de equidade.

1.14 Informação exigida pela Lei de Regulação do Me rcado Hipotecário

Em conformidade com o previsto no Decreto Real 716/2009, de 24 de Abril, pelo qual se desenvolvem alguns aspectos da Lei 2/1981, de 25 de Março, de regulação do mercado hipotecário e outras normas do sistema hipotecário financeiro (“Decreto Real 716/2009) e sua norma de desenvolvimento, faz-se constar que a 31 de Dezembro de 2010, a Entidade detinha as seguintes emissões de obrigações hipotecárias:

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Valor Nominal (Milhares de Euros)

Oferta pública (para

investidores institucionais)

Data de Desembolso 2010 2009

Obrigações Caja Carlet Não - 12 020 12 020 Obrigações Hipotecárias 3 Não 28/01/2008 250 000 250 000 Obrigações TDA 9 FTA Não 30/11/2007 - 500 000 AyT Obrigações Caja XI FTA Não 27/11/2007 350 000 350 000 Obrigações TDA 10 FTA Não 07/03/2008 500 000 500 000 AyT Obrigações Caja XVII FTA Não 31/03/2008 - 400 000 Obrigações Hipotecárias Nominativas Não 12/03/2008 20 000 20 000 Obrigações Hipotecárias 4 Não 11/04/2008 210 000 210 000 Obrigações Hipotecárias 5 Sim 19/05/2008 - 1 000 000 Obrigações TDA 12 FTA Não 26/06/2008 500 000 500 000 AyT Obrigações Caja XIX FTA Não 20/10/2008 400 000 400 000 Obrigações Hipotecárias 8 Não 05/11/2008 220 000 220 000 AyT Obrigações Caja XX FTA Não 24/11/2008 300 000 300 000 Obrigações TDA 13 FTA Não 05/12/2008 500 000 500 000 AyT Obrigações Caja XXI FTA Não 15/12/2008 300 000 300 000 Obrigações Hipotecárias 9 Não 29/12/2008 603 800 603 800 Obrigações Hipotecárias 10 Não 17/02/2009 463 100 463 100 Obrigações Hipotecárias 11 Não 23/02/2009 100 000 100 000 AyT Obrigações Caja XXIII FTA Não 15/06/2009 150 000 150 000 Obrigações Hipotecárias 12 Não 15/07/2009 - 150 000 AyT Obrigações Caja XXIV FTA Não 29/07/2009 150 000 150 000 Obrigações TDA 18 FTA Não 09/04/2010 300 000 - Obrigação Hipotecária 13 Sim 15/04/2010 750 000 - Obrigação Hipotecária 14 Não 10/05/2010 500 000 - Obrigação Hipotecária 15 Não 04/06/2010 500 000 - Obrigação Hipotecária 16 Não 25/06/2010 250 000 - Obrigação Hipotecária 17 Sim 20/10/2010 350 000 -

Desta forma, de acordo com o Registo Contabilístico Especial de Operações Hipotecárias, a carteira de empréstimos e créditos hipotecários da Entidade, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, é a seguinte:

- Valor nominal da totalidade da carteira de empréstimos e de créditos hipotecários pendentes, excluídos os titularizados: 34 938 396 e 32 447 388 milhares de euros, respectivamente.

- Valor nominal da totalidade da carteira de empréstimos e de créditos hipotecários elegíveis pendentes: 16 210 812 e 13 117 660 milhares de euros, respectivamente.

- Valor nominal dos activos de substituição, afectos a cada emissão de obrigações, e discriminação e a sua natureza: não existem activos de substituição afectos a nenhuma emissão de obrigações.

A 31 de Dezembro de 2010, os valores nominais agregados dos títulos negociáveis no mercado hipotecário emitidos pela Entidade ascendem a 4 196 900 milhares de euros (2 996 900 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009), dos quais 1 100 000 milhares de euros foram emitidos mediante oferta pública, e são reunidos na rubrica «Passivos financeiros ao custo amortizado – Débitos representados por valores negociáveis» do balanço à referida data em anexo (Nota 16.4). Deste modo, na referida data, os valores nominais agregados dos títulos negociáveis no mercado hipotecário emitidos pela Entidade ascendem a 3 482 020 milhares de euros (4 082 020 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009).

O montante pendente de cobrança (capital e juros acumulados e pendentes de cobrança, registados ou não) dos créditos e empréstimos hipotecários elegíveis e o último justo valor das garantias afectas aos empréstimos e créditos («LTV») a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é discriminado a seguir:

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Milhares de euros

2010 2009 Operações com LTV inferior a 50% 5 939 362 4 581 045 Operações com LTV entre 50% e 80% 10 271 450 8 290 553 Operações com LTV entre 80% e 100% - 246 062 Total 16 210 812 13 117 660

Em relação ao activo, existem políticas de concessão de riscos hipotecários que se materializam através das decisões adoptadas pelas diversas instâncias da Entidade previstas no sistema de poderes e delegações implantado na mesma. Como medida de controlo, contabilização e cálculo, existem sistemas informáticos que permitem o seu registo e acompanhamento, bem como o grau de cumprimento dos requisitos do mercado hipotecário para efeitos de cálculo, como carteira elegível para o endividamento da Entidade nesta matéria.

A Entidade não realizou qualquer emissão de títulos hipotecários. Os montantes da carteira de empréstimos e créditos hipotecários anteriores não incluem os empréstimos e créditos que foram cedidos através da emissão de participações hipotecárias ou certificados de transmissão de hipotecas.

As obrigações hipotecárias contêm o direito de crédito do seu possuidor perante a Entidade, garantido como é indicado nos parágrafos anteriores, e incluem carácter executório para, após a sua maturidade, reclamar o pagamento ao emissor. Os possuidores dos referidos títulos têm o carácter de credores com a preferência especial assinalada no número 3 do artigo 1 923 do Código Civil, perante quaisquer outros credores, no que diz respeito à totalidade dos empréstimos e dos créditos hipotecários registados a favor do emissor, quando se refira a obrigações e em relação aos activos de substituição e aos fluxos económicos gerados pelos instrumentos financeiros derivados vinculados às emissões, caso existam. Os possuidores de obrigações, independentemente da sua data de emissão, têm a mesma prioridade sobre os empréstimos e créditos que as garantem e, se existirem, sobre os activos de substituição e sobre os fluxos económicos gerados pelos instrumentos financeiros derivados vinculados às emissões.

Em caso de insolvência, os possuidores de obrigações hipotecárias teriam o privilégio especial estabelecido no número 1 da secção 1 do artigo 90 da Lei Concursal 22/2003.

Sem prejuízo do anteriormente referido, seriam efectuados durante o processo de insolvência, de acordo com o previsto no número 7 da secção 2 do artigo 84 da Lei Concursal 22/2003, e como créditos sobre a massa insolvente, os pagamentos correspondentes à amortização de capital e juros de obrigações hipotecárias emitidas e pendentes de amortização, à data de solicitação da insolvência, até ao montante dos rendimentos recebidos pelo insolvente através de empréstimos e créditos hipotecários e, se existirem, dos activos de substituição que apoiam as obrigações e dos fluxos económicos gerados pelos instrumentos financeiros vinculados às emissões.

Se, por um desfasamento temporário, os rendimentos recebidos pelo insolvente forem insuficientes para cobrir os pagamentos mencionados no parágrafo anterior, a administração de insolvência deveria cobri-los através da liquidação dos activos de substituição afectos à emissão e, caso ainda não seja suficiente, deveria realizar operações de financiamento para cumprir a ordem de pagamento aos possuidores de obrigações, sendo que o financiador assumiria a dívida em seu lugar.

Caso fosse necessário proceder-se de acordo com o referido no número 3 do artigo 155 da Lei Concursal 22/2003, o pagamento a todos os titulares de obrigações emitidas pelo emissor seria efectuado pro rata, independentemente das datas de emissão dos seus títulos.

A Entidade dispõe de políticas relativamente às suas actividades no mercado hipotecário que asseguram o cumprimento da norma do mercado hipotecário aplicável.

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1.15 Informação sobre os diferimentos de pagamento efectuados a fornecedores.

Em cumprimento do disposto na Disposição Adicional Terceira, da Lei 15/2010, de 5 de Julho, de alteração da Lei 3/2004, de 29 de Dezembro, sobre «Dever de informação», que estabelece medidas de luta contra a morosidade nas operações comercias, a qual foi desenvolvida pela Resolução de 29 de Dezembro de 2010 do Instituto de Contabilidade e Auditoria de Contas, sobre a informação a incorporar no relatório das contas anuais relativamente aos diferimentos de pagamento a fornecedores em operações comerciais, é de assinalar que, a 31 de Dezembro de 2010, não há qualquer montante pendente de pagamento a credores comerciais que acumule um diferimento superior ao prazo máximo legal de pagamento.

1.16 Factos posteriores

Desde 1 de Janeiro de 2011 entrou em vigor o sistema de participação mútua nos resultados, em virtude do qual, os resultados derivados do negócio desenvolvido pela Entidade, se encontram 100% mutualizados na Sociedade Central, segundo o estabelecido no Contrato de Integração e o descrito na Nota 1.2.

Deste modo, conforme o facto relevante publicado com data de 28 de Janeiro de 2011, a Entidade juntamente com a Sociedade Central (e as restantes Cajas que compõem o novo Grupo), subscreveram uma segunda adenda ao referido Contrato de Integração na qual se acorda a cessão por parte das Cajas à Sociedade Central da titularidade de todos os activos e passivos afectos ao seu respectivo negócio bancário retalhista, tanto os situados em territórios comuns, como já estava previsto, como os situados nos seus territórios naturais. Adicionalmente, foi acordada a vontade de preservar a personalidade jurídica e entidade territorial da Entidade (e a das restantes Cajas), que manterão a sua natureza de entidade de crédito e as suas competências de gestão sobre o negócio bancário retalhista territorial no âmbito das políticas do Grupo, bem como o respeito pela obra social.

A segregação dos activos e passivos afectos ao negócio bancário retalhista tanto da Entidade como das restantes Cajas sujeitar-se-á, se for caso disso, quando for procedente, à obtenção das pertinentes autorizações e aprovações das Comunidades Autónomas, organismos públicos competentes e assembleias-gerais.

Neste sentido, o Conselho de Administração da Entidade, reunido no dia 14 de Fevereiro de 2011, aprovou e subscreveu o Projecto Comum de Segregação da Entidade e Banco Financiero y de Ahorros, S.A., através do qual, uma vez obtidas as autorizações e aprovações pertinentes, se segregarão e transmitirão os activos e passivos da Entidade com as excepções da marca, os activos e passivos afectos à Obra Social, determinadas participações divulgadas no Contrato de Integração, o Monte de Piedad, os activos e passivos que tivessem alguma restrição legal ou contratual para serem transferidos e determinados bens móveis e imóveis de natureza artística e cultural.

Por outro lado, em Janeiro de 2011, o Ministério da Economia e Finanças tornou público o seu projecto de elaboração do denominado «Plano de Reforço do Sector Financeiro» que, entre outros objectivos, contempla aumentar os requisitos de solvabilidade estabelecidos em Basileia III, estabelecendo determinados requisitos mínimos de capital básico a atingir antes do Outono de 2011. Nesse contexto, a Direcção do Grupo está a analisar as diferentes alternativas de reforço do seu capital regulamentar que lhe permita atingir os níveis mínimos que, de acordo com o plano publicado, podem ser legalmente exigíveis no exercício de 2011.

Entre 1 de Janeiro de 2011 e a data de formulação destas contas anuais não se produziram outros feitos relevantes que as afectem significativamente, diferentes dos descritos na presente Nota.

2. Princípios e políticas de contabilidade e critéri os de avaliação aplicados

Em seguida são apresentados os princípios e políticas de contabilidade e critérios de avaliação aplicados pela Entidade na elaboração das suas contas anuais correspondentes ao exercício de 2010, ainda que se devam considerar os critérios de contabilização utilizados a 31 de Dezembro de 2010 mencionados na Nota 1.2.

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2.1 Instrumentos financeiros

2.1.1 Registo inicial de instrumentos financeiros

Os instrumentos financeiros são registados inicialmente no balanço quando a Entidade é convertida numa parte do contrato que os origina, de acordo com as condições do referido contrato. Concretamente, os instrumentos de dívida, como os créditos e os depósitos de numerário, são registados a partir da data em que se verifica o direito legal a receber, ou a obrigação legal de pagar, o montante. Por sua vez, os derivados financeiros, com carácter geral, são registados à data da sua contratação.

As operações de compra e venda de activos financeiros instrumentadas através de contratos convencionais, entendidos como os contratos nos quais as obrigações recíprocas das partes devem ser consumadas dentro de uma janela temporal estabelecida pelos regulamentos ou pelas convenções do mercado e que não podem ser liquidadas por diferenças, tais como os contratos das bolsas de valores ou as compras e vendas a prazo de divisas, são registadas desde a data na qual os benefícios, riscos, direitos e deveres inerentes a todos os proprietários sejam da parte compradora que, dependendo do tipo de activo financeiro comprado ou vendido, possa ser a data de contratação ou a data de liquidação ou entrega. Em particular, as operações realizadas no mercado de câmbios são registadas na data da liquidação; as operações realizadas com instrumentos de capital negociados em mercados secundários de valores espanhóis são registadas na data de contratação e as operações realizadas com instrumentos de dívida negociados em mercados secundários de valores espanhóis registam-se na data de liquidação.

2.1.2 Alienação dos instrumentos financeiros

Um activo financeiro é alienado do balanço quando ocorre alguma das seguintes circunstâncias:

• Os direitos contratuais sobre os fluxos de caixa que geraram expiraram.

• Transfere-se o activo financeiro e transmitem-se substancialmente os riscos e benefícios do activo financeiro ou, ainda que não tenha existido transmissão ou retenção substancial destes, transmite-se o controlo do activo financeiro (ver Nota 2.7).

Por sua vez, um passivo financeiro é alienado do balanço quando se extinguiram as obrigações por ele geradas ou quando são adquiridas por parte da Entidade, quer com a intenção de as recolocar, quer com a intenção de as cancelar.

2.1.3 Justo valor e custo amortizado dos instrument os financeiros

Entende-se por justo valor de um instrumento financeiro numa determinada data, o montante pelo qual poderia ser comprado ou vendido, nessa data, entre as duas partes, devidamente informadas, numa transacção realizada em condições de independência mútua. A referência mais objectiva e habitual do justo valor de um instrumento financeiro é o preço que se pagaria por ele num mercado organizado, transparente e profundo («preço de cotação» ou «preço de mercado»).

Com carácter geral, a Entidade avalia diariamente todas as posições que se devem registar a justo valor, quer a partir dos preços disponíveis no mercado para o mesmo instrumento, quer a partir de modelos de avaliação que empreguem variáveis observáveis no mercado ou que, se for caso disso, se estimem com base na melhor informação disponível.

Nas tabelas seguintes é apresentado o justo valor dos instrumentos financeiros da Entidade, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, distribuído por tipos de activos e passivos financeiros e nos seguintes níveis:

• Nível 1: Instrumentos financeiros cujo justo valor foi determinado tendo em conta a sua cotação em mercados activos, sem realizar qualquer alteração sobre os referidos activos.

• Nível 2: Instrumentos financeiros cujo justo valor foi estimado com base em preços cotados em mercados organizados para instrumentos semelhantes ou através da utilização de outras técnicas de avaliação nas

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quais todos os inputs significativos sejam baseados em dados de mercado observáveis directa ou indirectamente.

• Nível 3: Instrumentos cujo justo valor foi estimado através da utilização de técnicas de avaliação nas quais algum input significativo não está baseado em dados de mercado observáveis. Considera-se que um input é significativo quando é importante na determinação do justo valor no seu conjunto.

A 31 de Dezembro de 2010

Milhares de euros Hierarquia do Justo Valor

Valor Contabilísti

co Justo Valor

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 914 345 914 345 914 345 - - Carteira de negociação 584 051 584 051 45 491 535 406 3 154

Valores representativos de dívida 161 067 161 067 22 932 138 135 - Instrumentos de capital 4 729 4 729 4 729 - - Derivados de negociação 418 255 418 255 17 830 397 271 3 154

Activos financeiros disponíveis para venda- 5 687 393 5 687 393 2 600 309 3 078 755 8 329 Valores representativos de dívida 5 608 323 5 608 323 2 529 568 3 078 755 - Instrumentos de capital ao justo valor 70 741 70 741 70 741 - - Instrumentos de capital valorizados ao custo 8 329 8 329 - - 8 329

Investimentos a crédito- 74 374 969 74 374 969 - 74 374 969 - Disponibilidades em entidades de crédito 4 948 501 4 948 501 - 4 948 501 - Crédito a clientes 65 359 204 65 359 204 - 65 359 204 - Valores representativos de dívida 4 067 264 4 067 264 - 4 067 264 -

Derivados de cobertura 510 644 510 644 - 506 711 3 933

TOTAL DO ACTIVO 82 071 402 82 071 402 3 560 145 78 495 841 15 416

Milhares de euros Hierarquia do Justo Valor

Valor Contabilísti

co Justo Valor

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Carteira de negociação 602 632 602 632 11 643 588 312 2 677

Derivados de negociação 602 632 602 632 11 643 588 312 2 677 Passivos financeiros ao custo amortizado- 84 916 512 84 916 512 - 84 916 512 -

Recursos de bancos centrais 7 368 588 7 368 588 - 7 368 588 - Recursos de entidades de crédito 7 832 165 7 832 165 - 7 832 165 - Recursos de clientes 49 460 445 49 460 445 - 49 460 445 - Débitos representados por valores negociáveis 17 202 431 17 202 431 - 17 202 431 - Passivos subordinados 2 780 795 2 780 795 - 2 780 795 - Outros passivos financeiros 272 088 272 088 - 272 088 -

Derivados de cobertura 291 401 291 401 - 288 244 3 157

TOTAL DO PASSIVO 85 810 545 85 810 545 11 643 85 793 068 5 834

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A 31 de Dezembro de 2009

Milhares de euros Hierarquia do Justo Valor

Valor Contabilísti

co Justo Valor

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 2 086 479 2 086 479 2 086 479 - - Carteira de negociação 754 932 754 932 220 418 528 103 6 411

Valores representativos de dívida 284 338 284 338 201 198 83 140 - Instrumentos de capital 7 674 7 674 7 674 - - Derivados de negociação 462 920 462 920 11 546 444 963 6 411

Activos financeiros disponíveis para venda- 2 215 047 2 215 047 461 568 1 744 278 9 201 Valores representativos de dívida 2 087 545 2 087 545 343 267 1 744 278 - Instrumentos de capital ao justo valor 118 301 118 301 118 301 - - Instrumentos de capital valorizados ao custo 9 201 9 201 - - 9 201

Investimentos a crédito- 76 497 084 76 147 879 - 76 147 879 - Disponibilidades em entidades de crédito 4 560 238 4 560 238 - 4 560 238 - Crédito a clientes 67 224 890 67 224 890 - 67 224 890 - Valores representativos de dívida 4 711 956 4 362 751 - 4 362 751 -

Carteira de investimento a deter até à maturidade

2 342 895 2 425 784 2 425 784 - -

Derivados de cobertura 405 586 405 586 16 058 383 000 6 528 TOTAL DO ACTIVO 84 302 023 84 035 707 5 210 307 78 803 260 22 140

Milhares de euros Hierarquia do Justo Valor

Valor Contabilísti

co Justo Valor

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Carteira de negociação 1 033 482 1 033 482 4 904 1 026 644 1 934

Derivados de negociação 1 033 482 1 033 482 4 904 1 026 644 1 934 Passivos financeiros ao custo amortizado- 84 001 766 83 299 890 - 83 299 890 -

Recursos de bancos centrais 4 616 574 4 616 574 - 4 616 574 - Recursos de entidades de crédito 7 866 506 7 866 506 - 7 866 506 - Recursos de clientes 50 371 129 50 371 129 - 50 371 129 - Débitos representados por valores negociáveis 17 711 409 17 238 284 - 17 238 284 - Passivos subordinados 3 128 145 2 899 394 - 2 899 394 - Outros passivos financeiros 308 003 308 003 - 308 003 -

Derivados de cobertura 421 609 421 609 - 421 609 -

TOTAL DO PASSIVO 85 456 857 84 754 981 4 904 84 748 143 1 934

A seguir, é apresentado o montante dos resultados não realizados, ou seja, os que têm origem nas alterações na avaliação dos instrumentos financeiros que permanecem nos balanços, que foram registados na rubrica «Resultado de operações financeiras (líquido)» das contas de perdas e ganhos anexas, assim como o montante das variações do justo valor acumuladas desde o reconhecimento inicial dos instrumentos financeiros, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009:

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A 31 de Dezembro de 2010

Milhares de euros Resultados não realizados reconhecidos na

conta de perdas e ganhos Variações de valor acumuladas

Nível 2 Nível 3 Total Nível 2 Nível 3 Total

Caixa e disponibilidades em bancos centrais - - - - - - Carteira de negociação (46 969) - (46 969) 398 009 3 154 401 163

Crédito a clientes - - - - - - Valores representativos de dívida 684 - 684 744 - 744 Instrumentos de capital - - - - - - Derivados de negociação (47 653) - (47 653) 397 265 3 154 400 419

Activos financeiros disponíveis para venda- - - - - - - Valores representativos de dívida - - - - - - Instrumentos de capital ao justo valor - - - - - - Instrumentos de capital valorizados ao custo - - - - - -

Investimentos a crédito- - - - - - - Disponibilidades em entidades de crédito - - - - - - Crédito a clientes - - - - - - Valores representativos de dívida - - - - - -

Carteira de investimento a deter até à maturidade

- - - - - -

Derivados de cobertura 123 714 - 123 714 432 713 3 933 436 646

TOTAL DO ACTIVO 76 745 - 76 745 830 722 7 087 837 809

Milhares de euros Resultados não realizados reconhecidos na

conta de perdas e ganhos Variações de valor acumuladas

Nível 2 Nível 3 Total Nível 2 Nível 3 Total

Carteira de negociação 441 494 - 441 494 588 312 2 677 590 989

Derivados de negociação 441 494 - 441 494 588 312 2 677 590 989 Posições curtas - - - - - -

Passivos financeiros ao custo amortizado- - - - - - - Recursos de bancos centrais - - - - - - Recursos de entidades de crédito - - - - - - Recursos de clientes - - - - - - Débitos representados por valores negociáveis

- - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - Outros passivos financeiros - - - - - -

Derivados de cobertura 133 366 - 133 366 288 244 3 157 291 401

TOTAL DO PASSIVO 574 860 - 574 860 876 556 5 834 882 390

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A 31 de Dezembro de 2009

Milhares de euros Resultados não realizados reconhecidos na

conta de perdas e ganhos Variações de valor acumuladas

Nível 2 Nível 3 Total Nível 2 Nível 3 Total

Caixa e disponibilidades em bancos centrais - - - - - - Carteira de negociação (5 028) - (5 028) 444 410 6 411 450 821

Crédito a clientes - - - - - - Valores representativos de dívida - - - - - - Instrumentos de capital (424) - (424) (424) - (424) Derivados de negociação (4 604) - (4 604) 444 834 6 411 451 245

Activos financeiros disponíveis para venda- - - - (44 064) - (44 064) Valores representativos de dívida - - - (44 064) - (44 064) Instrumentos de capital ao justo valor - - - - - - Instrumentos de capital valorizados ao custo

- - - - - -

Investimentos a crédito- - - - - - - Disponibilidades em entidades de crédito - - - - - - Crédito a clientes - - - - - - Valores representativos de dívida - - - - - -

Carteira de investimento a deter até à maturidade

- - - - - -

Derivados de cobertura (17 163) - (17 163) 382 997 6 528 389 525 TOTAL DO ACTIVO (22 191) - (22 191) 783 343 12 939 796 282

Milhares de euros Resultados não realizados reconhecidos na

conta de perdas e ganhos Variações de valor acumuladas

Nível 2 Nível 3 Total Nível 2 Nível 3 Total

Carteira de negociação 20 106 - 20 106 1 026 542 1 934 1 028 476

Derivados de negociação 20 106 - 20 106 1 026 542 1 934 1 028 476 Posições curtas - - - - - -

Passivos financeiros ao custo amortizado- - - - - - - Recursos de bancos centrais - - - - - - Recursos de entidades de crédito - - - - - - Recursos de clientes - - - - - - Débitos representados por valores negociáveis

- - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - Outros passivos financeiros - - - - - -

Derivados de cobertura 145 934 - 145 934 421 609 - 421 609 TOTAL DO PASSIVO 166 040 - 166 040 1 448 151 1 934 1 450 085

Os critérios gerais para o cálculo do justo valor de instrumentos financeiros seguidos pela Entidade são:

• Caso o mercado publique preços de fecho, estes são encarados como preços para obtenção do justo valor.

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• Quando um mercado publica os preços de oferta e procura para um mesmo instrumento, o preço de mercado para um activo adquirido ou um passivo para emitir é o preço comprador (procura), enquanto o preço para um activo a adquirir ou um passivo emitido é o preço vendedor (oferta). Caso exista uma actividade relevante de criação de mercado ou se possa demonstrar que as posições se podem fechar - liquidar ou cobrir - ao preço médio, então utiliza-se o preço médio.

• Quando não existe preço de mercado para um determinado instrumento financeiro ou para mercados pouco activos, recorre-se, para estimar o seu justo valor, ao estabelecido em transacções recentes de instrumentos análogos e, à falta delas, a modelos de avaliação suficientemente comprovados pela comunidade financeira internacional, tendo-se em consideração as particularidades específicas do instrumento a avaliar e, muito especialmente, os diferentes tipos de riscos que o instrumento tem associados.

• As técnicas de avaliação utilizadas para estimar o justo valor de um instrumento financeiro cumprem os seguintes requisitos:

- Utilizam-se os métodos financeiros e económicos mais consistentes e adequados, que demonstraram proporcionar a estimativa mais realista sobre o preço do instrumento financeiro.

- São aquelas que utilizam de forma habitual os participantes do mercado ao avaliar esse tipo de instrumento financeiro, como pode ser o desconto de fluxos de caixa, os modelos de avaliação de opções baseados na condição, não arbitragem, etc.

- Maximizam o uso da informação disponível, tanto no que se refere a dados observáveis como a transacções recentes de características semelhantes, e limitam, na medida do possível, o uso de dados e estimativas não observáveis.

- Documentam-se de forma ampla e suficiente, incluindo as razões para a sua escolha face a outras alternativas possíveis.

- Respeitam-se ao longo do tempo os métodos de avaliação escolhidos, sempre e quando não haja razões que alterem os motivos da sua escolha.

- Analisa-se periodicamente a validade dos modelos de avaliação utilizando transacções recentes e dados actuais do mercado.

- Têm em conta os seguintes factores: o valor temporário do dinheiro, o risco de crédito, a taxa de câmbio, o preço das matérias-primas, o preço dos instrumentos de capital, a volatilidade, a liquidez de mercado, o risco de cancelamento antecipado e os custos administrativos.

• Para os instrumentos com mercados pouco atractivos ou sem mercado, no momento inicial o justo valor forma-se, quer a partir do preço da transacção mais recente, a menos que se possa demonstrar outro valor através de comparação com outras operações recentes para o mesmo instrumento, quer através de um modelo de avaliação no qual, na medida em que existam, todas as variáveis do modelo procedam de dados observáveis em mercado.

• No caso concreto dos derivados seguem-se as seguintes orientações para determinar o seu justo valor:

- Derivados financeiros negociados em mercados organizados, transparentes e profundos, incluídos nas carteiras de negociação: o seu justo valor é assimilado à sua cotação diária e se, por razões excepcionais, não se puder estabelecer a sua cotação numa dada data, recorre-se a métodos similares aos utilizados para avaliar os derivados não negociados em mercados organizados.

- Derivados não negociados em mercados organizados ou negociados em mercados organizados pouco profundos ou transparentes: o seu justo valor é assimilado à soma dos fluxos de caixa futuros com origem no instrumento, descontados à data da avaliação («valor actual» ou «fecho teórico»); sendo utilizados no processo de avaliação, métodos reconhecidos pelos mercados financeiros: «valor actual líquido» (VAL), modelos de determinação de preços de opções, etc.

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Apesar do anteriormente exposto, para determinados activos e passivos financeiros, o critério de reconhecimento no balanço é o do custo amortizado. Este critério aplica-se aos activos financeiros incluídos na carteira de «Investimentos a crédito» e «Carteira de investimento a deter até à maturidade» e, no que diz respeito aos passivos financeiros, os registados como «Passivos financeiros ao custo amortizado».

Entende-se por custo amortizado o custo de aquisição de um activo ou passivo financeiro corrigido (para mais ou para menos, conforme o caso) pelos reembolsos do capital e dos juros e pela parte imputada na conta de perdas e ganhos, através da utilização do método de taxa de juro efectiva, da diferença entre o montante inicial e o valor de reembolso dos referidos instrumentos financeiros. No caso dos activos financeiro, o custo amortizado inclui, ainda, as correcções ao seu valor, motivadas pela imparidade que experimentaram desde a sua aquisição.

A taxa de juro efectiva é a taxa de actualização que iguala exactamente o valor inicial de um instrumento financeiro à totalidade dos seus fluxos de caixa, estimados por todos os conceitos ao longo da sua vida remanescente. Para os instrumentos financeiros a taxa de juro fixa, a taxa de juro efectiva coincide com a taxa de juro contratual estabelecida no momento da sua aquisição, ajustada, neste caso, pelas comissões e pelos custos de transacção que, de acordo com o disposto na Circular 4/2004 do Banco de Espanha, devem ser incluídas no cálculo da referida taxa de juro efectiva. Nos instrumentos financeiros a taxa de juro variável, a taxa de juro efectiva é estimada de maneira análoga às operações de taxa de juro fixa, sendo recalculada em cada data de revisão da taxa de juro contratual da operação, atendendo às variações que os fluxos de caixa futuros tenham sofrido.

Parte dos activos e passivos financeiros contidos nestas rubricas estão incluídos em algumas das micro-coberturas geridas pela Entidade e, portanto, figuram no balanço ao seu justo valor correspondente ao risco coberto.

Uma parte importante dos restantes activos e de alguns passivos é a taxa variável com revisão anual da taxa de juro aplicável, pelo que o justo valor destes activos, como consequência exclusiva dos movimentos das taxas de juro de mercado, não será significativamente diferente da registada no balanço.

Os restantes activos e passivos são a taxa fixa; destes, uma parte significativa tem uma maturidade residual inferior a um ano e, portanto, como ocorre no parágrafo anterior, o seu justo valor, como consequência exclusiva de movimentos nas taxas de juro de mercado, não é significativamente diferente do registado no balanço.

Os montantes dos activos e passivos que não se incluem nos parágrafos anteriores, ou seja, os que possuem taxa fixa com maturidade residual superior a 1 ano e não são cobertos, são pouco significativos em relação ao total de cada rubrica pelo que a Entidade considera que o seu justo valor, como consequência exclusiva dos movimentos das taxas de juro do mercado, não será significativamente diferente do registado no balanço.

2.1.4 Classificação e valorização dos activos e pas sivos financeiros

Os instrumentos financeiros são classificados, no balanço da Entidade, de acordo com as categorias que se apresentam a seguir:

• Activos e passivos financeiros ao justo valor com v ariações em perdas e ganhos. Nesta categoria são integrados os instrumentos financeiros classificados como carteira de negociação, assim como outros activos e passivos classificados ao justo valor com variações em perdas e ganhos.

Consideram-se activos financeiros incluídos na «Carteira de negoc iação» aqueles que são adquiridos com a intenção de realização a curto prazo ou que fazem parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados e geridos conjuntamente, para a qual há provas de actuações recentes para obter ganhos a curto prazo, e os instrumentos derivados que não tenham sido designados como instrumentos de cobertura, incluindo aqueles segregados de instrumentos financeiros híbridos, em aplicação do disposto na Circular 4/2004 do Banco de Espanha.

Consideram-se passivos financeiros incluídos na «Carteira de negociação» aqueles que se emitiram com intenção de serem readquiridos num futuro próximo ou fazem parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados ou geridos conjuntamente, para a qual há provas de acções recentes para obter

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ganhos a curto prazo; as posições curtas fruto de vendas de activos adquiridos temporariamente com acordo de retrocessão não opcional ou de valores recebidos em empréstimo e os instrumentos derivados que não tenham sido designados como instrumentos de cobertura, incluindo aqueles segregados de instrumentos financeiros híbridos em aplicação do disposto na Circular 4/2004 do Banco de Espanha.

Consideram-se outros activos ou passivos financeiros ao justo valor com variações em perdas e ganhos aqueles activos/passivos financeiros designados como tal desde o seu reconhecimento inicial, cujo justo valor pode ser estimado de maneira fiável e que cumprem algumas das seguintes condições:

• No caso de instrumentos financeiros híbridos em relação aos quais seja obrigatório separar o derivado ou derivados implícitos do instrumento financeiro principal, quando não for possível realizar uma estimativa fiável ao justo valor do derivado ou derivados implícitos.

• No caso de instrumentos financeiros híbridos em relação aos quais seja obrigatório segregar o derivado ou derivados implícitos, optou-se por classificar nesta categoria, desde o seu reconhecimento inicial, o instrumento financeiro híbrido no seu conjunto, nesta categoria, cumprindo-se para tal as condições estabelecidas na norma em vigor, de que o derivado ou derivados implícitos modificam de maneira significativa os fluxos de caixa que o instrumento financeiro principal tivesse tido, se tivesse sido considerado de maneira independente do derivado ou derivados implícitos, e de que exista obrigação de separar contabilisticamente o derivado ou derivados implícitos do instrumento financeiro principal.

• Quando, ao classificar um activo/passivo financeiro nesta categoria se obtiver informação mais relevante, devido a serem eliminadas ou significativamente reduzidas as inconsistências no reconhecimento ou avaliação (também denominadas assimetrias contabilísticas) que surgiriam na avaliação de activos ou passivos ou pelo reconhecimento dos seus ganhos ou perdas com diferentes critérios.

• Quando, ao classificar um activo/passivo financeiro nesta categoria se obtiver informação mais relevante, devido a existir um grupo de activos/passivos financeiros, e se forem geridos e o seu rendimento for valorizado com base no seu justo valor, de acordo com uma estratégia de gestão de risco ou de investimento documentada e seja facilitada informação do referido grupo também sobre a base do justo valor ao pessoal-chave da direcção da Entidade.

Os instrumentos financeiros classificados como ao justo valor com variações em perdas e ganhos avaliam-se inicialmente ao seu justo valor, registando-se posteriormente as variações ocorridas no referido justo valor com contrapartida na rubrica «Resultados de operações financeiras (líquido)» da conta de perdas e ganhos, com excepção das variações no referido valor devido aos rendimentos acumulados de instrumentos financeiros diferentes dos derivados de negociação, que se registarão nas rubricas «Juros e rendimentos similares», «Juros e encargos similares» ou «Rendimento de instrumentos de capital» da referida conta de perdas e ganhos, tendo em conta a sua natureza. Os rendimentos dos instrumentos de dívida incluídos nesta categoria calculam-se aplicando o método da taxa de juro efectiva.

• Activos financeiros disponíveis para venda. Nesta categoria são incluídos os valores representativos de dívida propriedade da Entidade não classificados como investimento a deter até à maturidade, como investimentos a crédito, ou ao justo valor com variações em perdas e ganhos propriedade da Entidade, e os instrumentos de capital propriedade da Entidade correspondentes a entidades que não sejam do Grupo, negócios conjuntos ou associadas e que não tenham sido classificados ao justo valor com variações em perdas e ganhos.

Os instrumentos incluídos nesta categoria são valorizados inicialmente ao seu justo valor, ajustado pelo montante dos custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à aquisição do activo financeiro, os quais serão imputados à conta de perdas e ganhos através da aplicação do método da taxa de juro efectiva, até à sua maturidade, excepto se os activos financeiros não tiverem maturidade fixa, caso em que serão imputados à conta de perdas e ganhos quando ocorrer a sua imparidade ou ocorrer a sua alienação do balanço. Após a sua aquisição, os activos financeiros incluídos nesta categoria são valorizados ao seu justo valor. Apesar do anterior, os instrumentos de capital cujo justo valor não possa ser determinado de forma suficientemente objectiva aparecem valorizados nestas contas anuais pelo seu custo, líquido das possíveis imparidades do seu valor, calculado de acordo com os critérios explicados na Nota 2.9.

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As variações que ocorrerem no justo valor dos activos financeiros classificados como disponíveis para venda correspondentes aos seus juros ou dividendos acumulados, são registados com contrapartida na rubrica «Juros e rendimentos similares» (calculados mediante a aplicação do método da taxa de juro efectiva) e na rubrica «Rendimento de instrumentos de capital» da conta de perdas e ganhos, respectivamente. As perdas por imparidade que estes instrumentos possam ter sofrido, contabilizam-se de acordo com o disposto na Nota 2.9. As diferenças de câmbio dos activos financeiros denominados numa moeda diferente do euro são registados de acordo com o disposto na Nota 2.4. As variações ocorridas no justo valor dos activos financeiros, incluídos nesta categoria, cobertos em operações de cobertura ao justo valor são valorizadas de acordo com o disposto na Nota 2.3.

As restantes variações que ocorram no justo valor dos activos financeiros classificados como disponíveis para venda a partir do momento da sua aquisição são contabilizadas com contrapartida no património líquido da Entidade na rubrica «Património líquido – Acertos por valorização - Activos financeiros disponíveis para venda», líquidos do efeito fiscal, até ao momento em que ocorre a alienação do activo financeiro, momento em que o saldo registado na referida rubrica é registado na conta de perdas e ganhos na rubrica «Resultados de operações financeiras (líquido)».

• Carteira de investimento a deter até à maturidade. Nesta categoria são incluídos valores representativos de dívida negociados em mercados organizados, com maturidade fixa e fluxos de caixa de montante determinado ou determinável que a Entidade mantém, desde o início e em qualquer data posterior, com intenção e com a capacidade financeira de os manter até à sua maturidade.

Os valores representativos de dívida incluídos nesta categoria são inicialmente valorizados ao seu justo valor, ajustado pelo montante dos custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à aquisição do activo financeiro, os quais serão imputados à conta de perdas e ganhos através de aplicação do método da taxa de juro efectiva. Posteriormente são valorizados ao seu custo amortizado, calculado através da aplicação da taxa de juro efectiva dos mesmos.

Os juros acumulados por estes valores, calculados através da aplicação do método da taxa de juro efectiva, são registados na rubrica «Juros e rendimentos similares» da conta de perdas e ganhos. As diferenças de câmbio dos valores denominados numa moeda diferente do euro incluídas nesta carteira são registadas de acordo com o disposto na Nota 2.4. As possíveis perdas por imparidade sofridas por estes valores são registadas de acordo com o disposto na Nota 2.9.

• Investimentos a crédito. Nesta categoria são incluídos os valores não cotados representativos de dívida, o financiamento concedido a terceiros com origem nas actividades típicas de crédito e empréstimo realizados pela Entidade e as dívidas contraídas com ela, pelos compradores de bens e pelos utilizadores dos serviços que presta. Também são incluídos nesta categoria os montantes a cobrar pelas operações de arrendamento financeiro nas quais a Entidade actua como arrendatário.

Os activos financeiros incluídos nesta categoria são valorizados inicialmente pelo seu justo valor, ajustado pelo montante das comissões e dos custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à aquisição do activo financeiro, e que, de acordo com o disposto na Circular 4/2004 do Banco de Espanha, devam ser imputados à conta de perdas e ganhos através da aplicação do método da taxa de juro efectiva até à sua maturidade. Após a sua aquisição, os activos incluídos nesta categoria são valorizados ao seu custo amortizado.

Os activos adquiridos com desconto contabilizam-se pelo montante desembolsado e pela diferença entre o seu valor de reembolso, e o referido montante desembolsado é reconhecido como rendimento financeiro, em conformidade com o método da taxa de juro efectiva durante o período que resta até à sua maturidade.

Os juros acumulados por estes activos, calculados através da aplicação do método da taxa de juro efectiva, são registados na rubrica «Juros e rendimentos similares» da conta de perdas e ganhos. As diferenças de câmbio dos valores denominados numa moeda diferente do euro incluídas nesta carteira são registadas de acordo com o disposto na Nota 2.4. As possíveis perdas por imparidade sofridas por estes valores são registadas de acordo com o disposto na Nota 2.9. Os instrumentos de dívida incluídos em operações de cobertura de justo valor são registados de acordo com o disposto na Nota 2.3.

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• Passivos financeiros ao custo amortizado. Nesta categoria de instrumentos financeiros incluem-se aqueles passivos financeiros que não foram incluídos em nenhuma das categorias anteriores.

Os passivos financeiros incluídos nesta categoria são valorizados inicialmente ao seu justo valor, ajustado pelo montante dos custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à emissão ou contratação do passivo financeiro, os quais serão imputados à conta de perdas e ganhos através de aplicação do método da taxa de juro efectiva, até à sua maturidade. Posteriormente são valorizados ao seu custo amortizado, calculado através da aplicação do método da taxa de juro efectiva.

Os juros acumulados por estes valores, calculados através da aplicação do método da taxa de juro efectiva, são registados na rubrica «Juros e encargos similares» da conta de perdas e ganhos. As diferenças de câmbio dos valores denominados numa moeda diferente do euro incluídas nesta carteira são registadas de acordo com o disposto na Nota 2.4. Os passivos financeiros, incluídos nesta categoria, em operações de cobertura de justo valor são registados de acordo com o disposto na Nota 2.3.

Apesar do anteriormente referido, os instrumentos financeiros que devem ser considerados como activos não correntes detidos para venda, de acordo com a Norma 34 da Circular 4/2004 do Banco de Espanha, apresentam-se registados nestas contas anuais de acordo com os critérios explicados na Nota 2.9.

2.1.5 Reclassificação entre carteiras de instrumen tos financeiros

As reclassificações entre carteiras de instrumentos financeiros realizam-se exclusivamente, se for o caso, de acordo com os seguintes pressupostos:

a) A menos que se verifiquem as circunstâncias excepcionais indicadas na letra d) seguinte, os instrumentos financeiros classificados como «Ao justo valor com variações em perdas e ganhos» não podem ser reclassificados nem dentro nem fora desta categoria de instrumentos financeiros, uma vez adquiridos, emitidos ou assumidos.

b) Se um activo financeiro, como consequência de uma variação na intenção ou na capacidade financeira, deixar de ser classificado na carteira de investimento a deter até à maturidade, a categoria é reclassificada como «Activos financeiros disponíveis para venda». Neste caso, será aplicado o mesmo tratamento à totalidade dos instrumentos financeiros classificados na carteira de investimento a deter até à maturidade, excepto se a referida reclassificação se encontrar nas hipóteses permitidas pela norma aplicável (vendas muito próximas da maturidade, ou uma vez cobrada praticamente a totalidade do capital do activo financeiro, etc.).

Durante o exercício de 2010 não se realizou qualquer venda não permitida pela norma aplicável de activos financeiros classificados como carteira de investimentos a deter até à maturidade.

Por outro lado, durante o exercício de 2010 reclassificaram-se títulos da «Carteira de investimento a deter até à maturidade» para «Activos financeiros disponíveis para venda» (ver Nota 7 e 9).

c) Como consequência de uma alteração na intenção ou na capacidade financeira da Entidade ou, uma vez decorridos os dois exercícios de penalização estabelecidos pela norma aplicável para a hipótese de venda de activos financeiros classificados na carteira de investimento a deter até à maturidade, os activos financeiros (instrumentos de dívida) incluídos na categoria de «Activos financeiros disponíveis para venda» poderão ser reclassificados para a «Carteira de investimento a deter até à maturidade». Neste caso, o justo valor destes instrumentos financeiros à data da transferência passa a ser convertido no seu novo custo amortizado e a diferença entre este montante e o seu valor de reembolso é imputado à conta de perdas e ganhos, aplicando o método da taxa de juro efectiva durante a vida residual do instrumento.

d) Um activo financeiro que não seja um instrumento financeiro derivado poderá ser classificado fora da carteira de negociação, se deixar de ser mantido com o objectivo da sua venda ou recompra a curto prazo, sempre que ocorra alguma das seguintes circunstâncias:

a. Em circunstâncias raras e excepcionais, salvo se se tratarem de activos susceptíveis de serem incluídos na categoria de investimentos a crédito. Para esse efeito, as circunstâncias raras e

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excepcionais são aquelas que surgem de uma ocorrência particular, que não é usual e é altamente improvável que se volte a repetir num futuro próximo.

b. Quando a Entidade tiver a intenção e a capacidade financeira para manter o activo financeiro num futuro próximo ou até à sua maturidade, sempre que no seu reconhecimento inicial tiver cumprido com a definição de investimento a crédito.

Ao ocorrerem estas situações, a reclassificação do activo é realizada ao seu justo valor do dia da reclassificação, sem reverter os resultados e considerando este valor como o seu custo amortizado. Os activos reclassificados desta maneira nunca são reclassificados novamente na categoria de «carteira de negociação».

Durante o exercício de 2010 não se realizou nenhuma reclassificação de activos financeiros incluídos na carteira de negociação.

2.2. Participações

2.2.1 Entidades dependentes

Conforme foi indicado na Nota 1.2, e no âmbito da constituição do novo Grupo de que a Entidade passou a fazer parte, esta cedeu à Sociedade Central os direitos políticos que lhe pertenciam das entidades sob o seu controlo.

Neste sentido, e conforme é descrito na Nota 1.2, os activos e passivos da Entidade foram classificados, no seu balanço a 31 de Dezembro de 2010, com os mesmos critérios seguidos na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas do novo Grupo por se entender que, com esta equiparação de critérios, se reflecte melhor a imagem fiel das suas contas anuais. Assim, classificaram-se na referida data sob a rubrica «Participações - Entidades do Grupo» do balanço a 31 de Dezembro de 2010, em anexo, as sociedades dependentes que, sendo propriedade da Entidade e tendo esta a titularidade das suas acções, têm os seus direitos políticos (de voto) cedidos à Sociedade Central, que é quem possui, directa ou indirectamente, o controlo das mesmas e dispõe do poder para dirigir as suas políticas financeiras e de exploração.

As participações em entidades do Grupo são apresentadas nestas contas anuais na rubrica «Participações - Entidades do Grupo» do balanço e valorizadas pelo seu custo de aquisição, líquido em relação à imparidade que, eventualmente, essas participações possam ter sofrido.

Quando, de acordo com o disposto na Circular 4/2004 do Banco de Espanha, de 22 de Dezembro, existem provas de imparidade das participações, o montante da referida imparidade é estimado como a diferença negativa entre o montante recuperável (calculado como o maior montante entre o justo valor da participação, menos os custos necessários para a sua venda; o seu valor em uso, definido como o valor actual dos fluxos de caixa que se esperam receber da participação em forma de dividendos e os correspondentes à sua alienação ou disposição por outros meios) e o seu valor contabilístico. As perdas por imparidade das participações e as recuperações das referidas perdas são registadas, com débito ou crédito, respectivamente, na rubrica «Perdas por imparidade dos restantes activos (líquido)» da conta de perdas e ganhos.

Os dividendos acumulados no exercício por estas participações são registados na rubrica «Rendimento de Instrumentos de Capital» da conta de perdas e ganhos.

Na Nota 12.3 é fornecida informação significativa sobre as participações neste tipo de sociedades.

2.2.2 Negócios conjuntos

Um negócio conjunto é um acordo contratual em virtude do qual duas ou mais entidades, denominadas participantes, empreendem uma actividade económica que se submete a controlo conjunto, ou seja, a um acordo contratual para dividir o poder de direcção das políticas financeiras e de exploração de uma entidade, ou outra actividade económica, com a finalidade de beneficiar das suas operações, e no qual se requer consentimento unânime de todos os participantes para a tomada de decisões estratégicas, tanto de carácter financeiro como operacional.

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Os activos e passivos atribuídos às operações conjuntas e os activos que se controlam conjuntamente com outros participantes apresentam-se classificados no balanço em anexo, de acordo com a sua natureza específica. Da mesma forma, os rendimentos e gastos com origem em negócios conjuntos apresentam-se nas contas de perdas e ganhos em anexo, conforme a sua própria natureza.

Da mesma forma, também se consideram «Negócios conjuntos» as participações em entidades que, não sendo dependentes, são controladas conjuntamente por duas ou mais entidades não vinculadas entre si.

As participações da Entidade em entidades consideradas como «Negócios conjuntos» são apresentadas nestas contas anuais na rubrica «Participações - Entidades multigrupo» do balanço e valorizadas pelo seu custo de aquisição, líquido em relação à imparidade que, eventualmente, essas participações possam ter sofrido.

Quando, de acordo com o disposto na Circular 4/2004 do Banco de Espanha, de 22 de Dezembro, existem provas de imparidade das participações, o montante da referida imparidade é estimado como a diferença negativa entre o montante recuperável (calculado como o maior montante entre o justo valor da participação, menos os custos necessários para a sua venda; o seu valor em uso, definido como o valor actual dos fluxos de caixa que se esperam receber da participação em forma de dividendos e os correspondentes à sua alienação ou disposição por outros meios) e o seu valor contabilístico. As perdas por imparidade das participações e as recuperações das referidas perdas são registadas, com débito ou crédito, respectivamente, na rubrica «Perdas por imparidade dos restantes activos (líquido)» da conta de perdas e ganhos.

Os dividendos acumulados no exercício por estas participações são registados na rubrica «Rendimento de instrumentos de capital» da conta de perdas e ganhos.

Na Nota 12.2 é fornecida informação significativa sobre as participações neste tipo de sociedades.

2.2.3 Entidades associadas

Consideram-se entidades associadas aquelas sobre as quais a Entidade tem o poder de exercer uma influência significativa, ainda que não constituam uma unidade de decisão juntamente com a Entidade nem se encontrem sob controlo conjunto. Habitualmente, estes poderes manifestam-se numa participação (directa ou indirecta) igual ou superior a 20% dos direitos de voto da entidade participada.

As participações em entidades consideradas como «Entidades associadas» são apresentadas nestas contas anuais na rubrica «Participações - Entidades associadas» do balanço e valorizadas pelo seu custo de aquisição, líquido em relação à imparidade que, eventualmente, essas participações possam ter sofrido.

Quando, de acordo com o disposto na Circular 4/2004 do Banco de Espanha, de 22 de Dezembro, existem provas de imparidade das participações, o montante da referida imparidade é estimado como a diferença negativa entre o montante recuperável (calculado como o maior montante entre o justo valor da participação, menos os custos necessários para a sua venda; o seu valor em uso, definido como o valor actual dos fluxos de caixa que se esperam receber da participação em forma de dividendos e os correspondentes à sua alienação ou disposição por outros meios) e o seu valor contabilístico. As perdas por imparidade das participações e as recuperações das referidas perdas são registadas, com débito ou crédito, respectivamente, na rubrica «Perdas por imparidade dos restantes activos (líquido)» da conta de perdas e ganhos.

Os dividendos acumulados no exercício por estas participações são registados na rubrica «Rendimento de instrumentos de capital» da conta de perdas e ganhos.

Na Nota 12.1 é fornecida informação significativa sobre as participações neste tipo de sociedades.

2.3 Coberturas contabilísticas e mitigação de risco s

A Entidade utiliza derivados financeiros como parte da sua estratégia para diminuir a sua exposição aos riscos das taxas de juro e da taxa de câmbio da moeda estrangeira, entre outros. Quando estas operações cumprem determinados requisitos, estabelecidos nas Normas 31 ou 32 da Circular 4/2004 do Banco de Espanha, as referidas operações são consideradas como operações de «cobertura».

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Quando a Entidade designa uma operação como sendo de cobertura, fá-lo a partir do momento inicial das operações ou dos instrumentos incluídos na referida cobertura, documentando a referida operação de cobertura de maneira adequada. Na documentação destas operações de cobertura são adequadamente identificados o instrumento ou instrumentos cobertos e o instrumento ou instrumentos de cobertura, para além da natureza do risco que se pretende cobrir, assim como os critérios ou métodos seguidos pela Entidade para avaliar a eficácia da cobertura ao longo de toda a duração da mesma, dependendo do risco que se pretende cobrir.

A Entidade só considera como operações de cobertura, aquelas que são consideradas altamente eficazes ao longo de toda a duração das mesmas. Uma cobertura é considerada altamente eficaz se durante o prazo previsto de duração da mesma, as variações que ocorrerem no justo valor ou nos fluxos de caixa atribuídos ao risco coberto na operação de cobertura do instrumento ou dos instrumentos financeiros cobertos forem compensados praticamente na totalidade, pelas variações no justo valor ou nos fluxos de caixa, conforme o caso, do instrumento ou dos instrumentos de cobertura.

Para medir a eficiência das operações de cobertura definidas como tal, a Entidade analisa se, desde o início e até ao final do prazo definido para a operação de cobertura, se pode esperar que seja provável que as variações no justo valor ou nos fluxos de caixa da rubrica coberta que sejam atribuíveis ao risco coberto sejam compensados quase completamente pelas variações no justo valor ou nos fluxos de caixa, conforme o caso, do instrumento ou instrumentos de cobertura e que, retrospectivamente, os resultados da cobertura tenham oscilado dentro de um intervalo de variação de oitenta a cento e vinte e cinco por cento relativamente ao resultado da rubrica coberta.

As operações de cobertura realizadas pela Entidade classificam-se nas seguintes categorias:

• Coberturas ao justo valor : cobrem a exposição à variação no justo valor dos activos e passivos financeiros ou de compromissos vinculativos ainda não reconhecidos, ou de uma porção identificada dos referidos activos e passivos financeiros ou compromissos vinculativos, atribuível a um risco em particular e sempre que afectem a conta de perdas e ganhos.

• Coberturas de fluxos de caixa: cobrem a variação dos fluxos de caixa que se atribui a um risco particular associado a um activo ou passivo financeiro ou uma transacção prevista altamente provável, sempre que possa afectar a conta de perdas e ganhos.

No que se refere especificamente aos instrumentos financeiros designados como rubricas cobertas e de cobertura contabilística, as diferenças de valorização registam-se segundo os seguintes critérios:

• Nas coberturas ao justo valor, as diferenças produzidas tanto nos elementos de cobertura como nos elementos cobertos - no que se refere ao tipo de risco coberto - reconhecem-se directamente na conta de perdas e ganhos.

• Nas coberturas dos fluxos de caixa, as diferenças de valorização que surgem na parte da cobertura eficaz dos elementos de cobertura são registadas provisoriamente na rubrica do património líquido «Acertos por valorização - Coberturas de fluxos de caixa». Os instrumentos financeiros cobertos neste tipo de operações de cobertura são registados de acordo com os critérios explicados na Nota 2.1 sem qualquer alteração aos mesmos, pelo facto de terem sido considerados como os instrumentos cobertos.

Nas coberturas de fluxos de caixa, com carácter geral, as diferenças de valorização dos instrumentos de cobertura, na parte eficaz da cobertura, não se reconhecem como resultados na conta de perdas e ganhos até que as perdas ou ganhos do elemento coberto sejam registados nos resultados. Se a cobertura corresponder a uma transacção prevista altamente provável, que termine no reconhecimento de um activo ou passivo não financeiro, esta será registada como parte do custo de aquisição ou emissão quando o activo for adquirido ou assumido.

As diferenças na valorização do instrumento de cobertura correspondentes à parte ineficiente das operações de coberturas dos fluxos de caixa são registadas directamente na rubrica «Resultados de operações financeiras (líquido)» da conta de perdas e ganhos.

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A Entidade interrompe a contabilização das operações de cobertura como tal, quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade ou é vendido, quando a operação de cobertura deixa de cumprir os requisitos para ser considerada como tal, ou quando se procede à revogação da consideração de cobertura da operação.

Quando, de acordo com o disposto no parágrafo anterior, ocorrer a interrupção da operação de cobertura ao justo valor, no caso de rubricas cobertas valorizadas ao custo amortizado, os acertos no seu valor realizados devido à aplicação da contabilidade de coberturas acima descritas são imputados à conta de resultados até à maturidade dos instrumentos cobertos, aplicando a taxa de juro efectiva recalculada na data de interrupção da referida operação de cobertura.

Por sua vez, no caso de ocorrer a interrupção de uma operação de cobertura dos fluxos de caixa, o resultado acumulado do instrumento de cobertura registado na rubrica «Património líquido - Acertos por valorização - Cobertura dos fluxos de caixa» do património líquido do balanço permanecerá registado na referida rubrica até que a transacção prevista coberta ocorra, momento no qual se imputará à conta de perdas e ganhos, ou corrigirá o custo de aquisição do activo ou passivo a registar, no caso de a rubrica coberta ser uma transacção prevista que culmine com o registo de um activo ou passivo financeiro.

Os derivados implícitos noutros instrumentos financeiros ou noutros contratos, registam-se separadamente como derivados quando os seus riscos e características não estão directamente relacionados com os do instrumento ou contrato principal, e sempre que se possa dar um justo valor fiável ao derivado implícito considerado de forma independente.

O reconhecimento do lucro pela distribuição de produtos derivados a clientes não se realiza no momento inicial mas é periodificado de maneira linear até à maturidade da operação.

A Entidade possui instrumentos financeiros derivados, com a finalidade de mitigar determinados riscos inerentes à sua actividade, que não cumprem as condições para serem considerados como operações de cobertura. Em particular, a Entidade tem contratadas operações de permutas financeiras de taxa de juros (IRS) através das quais é coberto o risco de juro das operações com as quais estão relacionadas. Estes instrumentos derivados são contabilizados pela Entidade como derivados de negociação.

Para além das operações de cobertura anteriormente descritas, a Entidade realiza operações de cobertura de um determinado número de activos financeiros (ou passivos financeiros) que fazem parte do conjunto de instrumentos da carteira mas que não são instrumentos concretos.

2.4 Operações em moeda estrangeira

2.4.1. Moeda funcional

A moeda funcional da Entidade é o euro. Consequentemente, todos os saldos e transacções denominados em moedas diferentes do euro são considerados denominados em «moeda estrangeira».

A discriminação, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, do contravalor em milhares de euros dos principais saldos do activo e passivo do balanço da Entidade mantidos em moeda estrangeira, atendendo à natureza das rubricas que os integram e às divisas mais significativas nas quais se encontram denominados é a seguinte:

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Contravalor em Milhares de Euros 2010 2009

Rubricas Activos Passivos Activos Passivos Saldos em dólares americanos- Caixa e disponibilidades em bancos centrais 24 632 - 39 787 - Carteira de negociação 66 - 2 984 2 838 Investimentos a crédito 1 513 199 - 1 300 523 - Passivos financeiros ao custo amortizado - 953 565 - 819 111 Outros 3 010 2 536 248 5 100

1 540 907 956 101 1 343 542 827 049

Saldos em libras esterlinas- Caixa e disponibilidades em bancos centrais 1 376 - 1 227 - Carteira de negociação 2 527 - 916 - Investimentos a crédito 159 883 - 81 424 - Passivos financeiros ao custo amortizado - 702 542 - 842 436 Carteira disponível para venda 53 834 - - -

217 620 702 542 83 567 842 436

Saldos noutras moedas- Caixa e disponibilidades em bancos centrais 1 227 - 807 - Carteira de negociação 297 - - - Investimentos a crédito 290 012 - 437 409 - Passivos financeiros ao custo amortizado - 190 715 - 314 952 Outros 1 022 4 439 - -

292 558 195 154 438 216 314 952

Total dos saldos em moeda estrangeira 2 051 085 1 853 797 1 865 325 1 984 437

2.4.2 Critérios de conversão dos saldos em moeda es trangeira

As transacções em moeda estrangeira realizadas pela Entidade são registadas inicialmente nas demonstrações financeiras pelo contravalor em euros resultante da aplicação das taxas de câmbio em vigor à data em que essas operações são realizadas. Posteriormente, a Entidade converte os saldos monetários em moeda estrangeira para a sua moeda funcional utilizando a taxa de câmbio ao fecho do exercício.

Da mesma forma:

1. As rubricas não monetárias valorizadas ao custo histórico convertem-se em moeda funcional, à taxa de câmbio à data da sua aquisição.

2. As rubricas não monetárias valorizadas ao seu justo valor convertem-se na moeda funcional, à taxa de câmbio à data em que esse justo valor foi determinado.

2.4.3 Taxa de câmbio aplicada

A taxa de câmbio utilizada pela Entidade para realizar a conversão dos saldos denominados em moeda estrangeira para euros, para efeitos da elaboração das contas anuais, considerando os critérios anteriormente expostos, foi a taxa de câmbio à data de fecho, publicada pelo Banco Central Europeu.

2.4.4 Registo das diferenças de câmbio

As diferenças de câmbio que ocorrem ao converter os saldos em moeda estrangeira para a moeda funcional da Entidade registam-se, com carácter geral, pelo seu montante líquido, na rubrica «Diferenças de câmbio (líquidas)» da conta de perdas e ganhos, com excepção das diferenças de câmbio ocorridas em instrumentos

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financeiros classificados ao seu justo valor com variações em perdas e ganhos, as quais são registadas na conta de perdas e ganhos sem as diferenciar das restantes variações que o seu justo valor possa sofrer na rubrica «Resultado das operações financeiras (líquido)».

Apesar do anteriormente referido, as diferenças de câmbio surgidas em rubricas não monetárias cujo justo valor seja ajustado com contrapartida no património líquido, são registadas na rubrica do património líquido «Acertos por valorização - Diferenças de câmbio» do balanço até ao momento em que estas se realizem.

2.5 Reconhecimento de rendimentos e gastos

A seguir, são resumidos os critérios contabilísticos mais significativos utilizados pela Entidade para o reconhecimento dos seus rendimentos e gastos:

2.5.1 Rendimentos e gastos por juros, dividendos e conceitos similares

Com carácter geral, os rendimentos e gastos por juros e conceitos a eles assimiláveis são reconhecidos, em termos de contabilidade, em função do seu período de acumulação, por aplicação do método de juro efectivo definido. Os juros acumulados por devedores classificados como incertos, incluídos no risco-país, são creditados nos resultados no momento da sua cobrança, o que constitui uma excepção ao critério geral. Os dividendos recebidos de outras sociedades são reconhecidos como rendimentos no momento em que a Entidade passa a ter o direito de os receber, sendo este o momento do anúncio oficial de pagamento de dividendos pelo órgão correspondente da sociedade.

2.5.2 Comissões, honorários e conceitos similares

Os rendimentos e gastos a título de comissões, honorários e conceitos similares, que não devam fazer parte do cálculo da taxa de juro efectiva das operações e/ou que não façam parte do custo de aquisição de activos ou passivos financeiros diferentes dos classificados como justo valor com variações em perdas e ganhos, são registados na conta de perdas e ganhos, com critérios diferentes segundo a sua natureza. Os mais significativos são:

- Os vinculados à aquisição de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor com variações em perdas e ganhos, que são reconhecidos nas conta de resultados no momento da sua aquisição.

- Os que têm a sua origem em transacções ou serviços que se prolongam ao longo do tempo, que se contabilizam na conta de resultados durante a vida de tais transacções ou serviços.

- Os que correspondem a um acto singular, que se imputam à conta de resultados quando se produz o acto que os origina.

As comissões financeiras, como as comissões de abertura de empréstimos e créditos, fazem parte do rendimento ou custo efectivo de uma operação financeira e são reconhecidos na mesma rubrica que os produtos ou custos financeiros, ou seja, na rubrica «Juros e rendimentos similares» e «Juros e encargos similares». Estas comissões, que são cobradas antecipadamente, são imputadas à conta de perdas e ganhos ao longo da vida da operação, excepto na vertente em que compensam custos directos relacionados.

As comissões que compensam custos directos relacionados, entendidos como aqueles que não se produziriam se a operação não tivesse sido concertada, são registados na rubrica «Outros rendimentos de exploração» da conta de perdas e ganhos no momento da constituição da operação do activo. Individualmente, o montante destas comissões não poderá superar 0,4% do montante principal do instrumento financeiro, com o limite máximo de 400 euros, e o excesso sobre este montante será imputado à conta de perdas e ganhos ao longo da vida da operação. Quando o montante destas comissões não ultrapassa os 90 euros, as mesmas são reconhecidas imediatamente na conta de perdas e ganhos. Em todo o caso, o montante dos custos directos relacionados e identificados individualmente, pode registar-se directamente na conta de resultados no início da operação, sempre que não seja superior à comissão cobrada (ver Notas 24 e 30).

As comissões não financeiras, derivadas da prestação de serviços, são registadas nas rubricas «Comissões recebidas» e «Comissões pagas» ao longo do período de prestação do serviço, exceptuando as que correspondem a um acto singular, e que são acumuladas no momento em que se produzem.

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2.5.3 Rendimentos e gastos não financeiros

São reconhecidos na contabilidade de acordo com o regime de competência.

2.5.4 Cobranças e pagamentos diferidos no tempo

São reconhecidos na contabilidade pelo montante que resulta da actualização financeira, à taxa de mercado, dos fluxos de caixa previstos.

2.6 Compensações de saldos

Apenas se compensam entre si e, consequentemente, apresentam-se no balanço pelo seu valor líquido, os saldos devedores e credores com origem em transacções que, contratualmente ou por imperativo de uma norma legal, contemplam a possibilidade de compensação e se tem a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido ou de realizar o activo e proceder ao pagamento do passivo, simultaneamente.

2.7 Transferências de activos financeiros

O tratamento contabilístico das transferências de activos financeiros está condicionado pela forma como são transferidos para terceiros os riscos e os benefícios associados aos activos que se transferem:

• Se os riscos e benefícios dos activos transferidos forem transferidos substancialmente para terceiros - caso das vendas incondicionais, das vendas com acordo de recompra pelo seu justo valor à data da recompra, das vendas de activos financeiros com uma opção de compra adquirida ou de venda emitida fora do valor de mercado, das titularizações de activos nas quais o cedente não retém financiamentos subordinados nem concede nenhum tipo de melhorias de crédito aos novos titulares e outros casos similares - o activo financeiro transferido é alienado do balanço, reconhecendo-se simultaneamente qualquer direito ou obrigação retidos ou criados como consequência da transferência.

• Se se retêm substancialmente os riscos e benefícios associados ao activo financeiro transferido - caso das vendas de activos financeiros com acordo de recompra por um preço fixo ou pelo preço de venda mais juros, dos contratos de empréstimo de valores nos quais o mutuário tem a obrigação de devolver os mesmos activos ou similares, as titularizações de activos financeiros em que se mantenham financiamentos subordinados ou outros tipo de melhorias de crédito que absorvem substancialmente as perdas de crédito esperadas para os activos titularizados e outros casos análogos -, o activo financeiro transferido não é alienado do balanço e continua a ser avaliado com os mesmos critérios utilizados antes da transferência. Pelo contrário, reconhecem-se na contabilidade sem compensação entre si:

- Um passivo financeiro associado por um montante igual ao da contraprestação recebida, que é valorizado posteriormente ao seu custo amortizado salvo se cumprir os requisitos normativos necessários para a sua classificação como passivo financeiro ao justo valor com variações em perdas e ganhos.

- Tanto os rendimentos do activo financeiro transferido, mas não alienado, como os gastos do novo passivo financeiro.

• Se não se transferirem nem se retiverem substancialmente os riscos e benefícios associados ao activo financeiro transferido - caso das vendas de activos financeiros com uma opção de compra adquirida ou de venda emitida que não estão profundamente dentro nem fora do valor de mercado, das titularizações de activos financeiros nas quais o cedente assume um financiamento subordinado ou outro tipo de melhorias de crédito por uma parte do activo transferido e outros casos semelhantes - distingue-se entre:

- Se a Entidade não retiver o controlo do activo financeiro transferido, neste caso, o activo transferido é alienado do balanço e reconhece-se qualquer direito ou obrigação retidos ou criados como consequência da transferência.

- Se a Entidade retém o controlo do activo financeiro transferido, continua a reconhecê-lo no balanço por um montante igual à sua exposição às variações do valor que possa experimentar e reconhece um

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passivo financeiro associado ao activo financeiro transferido. O montante líquido do activo transferido e o passivo associado será o custo amortizado dos direitos e obrigações retidos, se o activo transferido for valorizado pelo seu custo amortizado, ou o justo valor dos direitos e obrigações retidos, se o activo transferido for valorizado pelo seu justo valor.

De acordo com o anterior, os activos financeiros apenas são alienados do balanço quando se extinguirem os fluxos de caixa que geraram ou quando os riscos e benefícios implícitos foram substancialmente transferidos para terceiros.

Apesar do anterior, a Primeira Disposição Transitória da Circular 4/2004 do Banco de Espanha estabelece que o tratamento contabilístico comentado apenas se aplica às operações realizadas a partir de 1 de Janeiro de 2004 e não se aplica às transacções ocorridas antes da referida data. Por este motivo, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, as contas anuais não contêm, no balanço, os activos que foram alienados na aplicação da norma contabilística derrogatória e que, com os critérios da nova Circular, deveriam ter sido mantidos no balanço.

Na Nota 22.4 resumem-se as circunstâncias mais significativas das principais transferências de activos que se encontravam em vigor ao fecho do exercício de 2010, que não supuseram a alienação dos activos do balanço.

2.8 Permuta de activos

Entende-se por «permuta de activos», a aquisição de activos corpóreos ou incorpóreos em troca da entrega de outros activos não monetários ou de uma combinação de activos monetários e não monetários. Para efeitos destas contas anuais, a adjudicação de activos que é ocasionada pelo processo de recuperação de montantes devidos por terceiros à Entidade não é considerada uma permuta de activos.

Os activos financeiros recebidos em permuta de activos financeiros são valorizados ao seu justo valor, sempre que na referida operação de permuta se possa entender que existe carácter comercial, tal como é definido pela Circular 4/2004 do Banco de Espanha, e quando o justo valor do activo recebido, ou na sua falta, do activo entregue, se possa estimar de maneira fiável. O justo valor do instrumento recebido é determinado como o justo valor do activo entregue, mais, se for aplicável, o justo valor das contrapartidas monetárias entregues; a não ser que exista uma prova mais evidente do justo valor do activo recebido.

Nas operações de permuta que não cumpram com os requisitos anteriores, o activo recebido é registado pelo valor líquido contabilístico do activo entregue, mais o montante das contraprestações monetárias pagas ou comprometidas na sua aquisição.

2.9 Imparidade do valor dos activos financeiros

Considera-se que um activo financeiro sofreu imparidade- e, consequentemente, o seu valor contabilístico é corrigido de forma a reflectir a sua imparidade- quando existe uma prova objectiva de que ocorreram eventos que originam, desde o momento da sua aquisição:

• No caso de instrumentos de dívida (créditos e valores representativos de dívida), um impacto negativo nos fluxos de caixa futuros que foram estimados no momento da formalização da transacção.

• No caso de instrumentos de capital, cujo valor contabilístico não possa ser totalmente recuperado.

Entre as situações que, caso ocorram, são consideradas pela Entidade como provas objectivas da imparidade de um instrumento financeiro e que dá lugar a uma análise específica dos referidos instrumentos financeiros, de forma a determinar o montante da sua possível imparidade, encontram-se as indicadas no Anexo IX da Circular 4/2004 do Banco de Espanha. Entre estas situações, que constituem para a Entidade uma prova objectiva da possível imparidade de um instrumento financeiro, encontram-se as seguintes:

a) dificuldades financeiras significativas do emissor ou do vinculado ao pagamento;

b) incumprimento das cláusulas contratuais, tais como falhas ou atrasos no pagamento dos juros ou do capital;

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c) quando a Entidade, por razões económicas ou legais relacionadas com as dificuldades financeiras do mutuário, outorga ao mutuário as concessões ou vantagens que noutra situação não teria outorgado, aplicando-lhes sempre os requisitos estabelecidos pela legislação aplicável à Entidade;

d) quando se considere provável que o mutuário entre numa situação de insolvência ou em qualquer outra situação de reorganização financeira relacionada com dificuldades em cumprir os seus compromissos de pagamento;

e) o desaparecimento de um mercado activo para o activo financeiro em questão devido a dificuldades financeiras do devedor ou da contraparte do risco contraído pela Entidade;

f) se os dados observáveis indicam a existência de uma diminuição nos futuros fluxos de caixa estimados num grupo de activos financeiros com características homogéneas desde o reconhecimento inicial dos mesmos, ainda que a diminuição não possa, ainda, ser identificada com os activos financeiros individuais do grupo, incluindo entre tais dados:

i) mudanças adversas nas condições de pagamento dos mutuários do grupo (por exemplo, um número crescente de atrasos nos pagamentos ou um número crescente de mutuários por cartão de crédito que tenham alcançado o seu limite de crédito e que estejam a pagar o montante mensal mínimo, devedores que apresentem uma estrutura financeira não adequada ou qualquer outro tipo de dificuldades em cumprir os seus compromissos de pagamento, etc.), ou

ii) condições económicas locais ou nacionais relacionadas com falhas de pagamento nos activos do grupo (por exemplo, um aumento na taxa de desemprego na área geográfica dos mutuários, uma descida no preço das propriedades hipotecadas na área relevante, ou mudanças adversas nas condições do sector que afectam os mutuários do grupo, etc.).

g) No caso dos instrumentos de património cotados, os critérios seguidos pela Entidade para a determinação dos indícios de imparidade baseiam-se, em primeiro lugar, na determinação de intervalos temporais ou percentuais de comparação do custo médio com a cotação do instrumento na bolsa de valores. Mais especificamente, os intervalos temporais ou percentuais estabelecidos nas políticas da Entidade são uma queda de 40% da cotação em bolsa de valores respeitante ao custo médio de aquisição ou uma diminuição sustentada da cotação durante 18 meses. A Entidade considera como prova de imparidade as situações nas quais o emissor está declarado, ou é provável que o declarem, insolvente ou tenha dificuldades financeiras significativas. Após a determinação, segundo os parâmetros anteriormente referidos, da existência de indícios de imparidade, é efectuada uma análise específica sobre as dimensões fundamentais do instrumento que confirme ou rejeite a necessidade de realizar dotações.

Como critério geral, a correcção do valor contabilístico dos instrumentos financeiros por causa da sua imparidade é efectuada com débito na conta de perdas e ganhos do período em que a imparidade se manifesta e as recuperações das perdas por imparidade previamente registadas, caso ocorram, são reconhecidas na conta de perdas e ganhos do período no qual a imparidade se elimina ou reduz.

Quando se considera remota a recuperação de qualquer montante registado, este é eliminado do balanço, sem prejuízo das acções que a Entidade possa levar a cabo para tentar conseguir a sua cobrança desde que os seus direitos não tenham sido definitivamente extintos, seja por instrução, remissão ou outras causas.

A seguir, são apresentados os critérios aplicados pela Entidade para determinar as possíveis perdas por imparidade existentes em cada uma das diferentes categorias de instrumentos financeiros, assim como o método seguido para o cálculo das coberturas contabilizadas pela referida imparidade:

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2.9.1 Instrumentos de dívida valorizados ao custo a mortizado

O montante das perdas por imparidade sentidas por estes instrumentos coincide com a diferença negativa que surge ao comparar os valores actuais dos seus fluxos de caixa futuros previstos e os seus respectivos valores contabilísticos. O valor de mercado dos instrumentos de dívida cotados é considerado como uma estimativa justa do valor actual dos seus fluxos de caixa futuros.

Na estimativa dos fluxos de caixa futuros dos instrumentos de dívida, é tido em consideração:

• A totalidade dos montantes que se prevê serem obtidos durante a vida remanescente do instrumento, incluindo, se aplicável, dos que possam ter origem nas garantias agregadas (uma vez deduzidos os custos necessários para a sua adjudicação e posterior venda). A perda por imparidade considera a estimativa da possibilidade de cobrança dos juros acumulados, vencidos e não cobrados.

• Os diferentes tipos de risco a que cada instrumento está sujeito.

• As circunstâncias em que, previsivelmente, ocorrerão as cobranças.

Posteriormente, os referidos fluxos de caixa são actualizados à taxa de juro efectiva do instrumento (se a sua taxa contratual fosse fixa) ou à taxa de juro contratual efectiva na data da actualização (quando esta for variável).

No que se refere especificamente às perdas por imparidade causadas pela materialização do risco de insolvência dos vinculados ao pagamento (risco de crédito), um instrumento de dívida sofre imparidade por insolvência:

• Quando é evidenciado um envelhecimento na capacidade de pagamento de quem está vinculado a fazê-lo, quer seja expresso pela sua morosidade ou por razões diferentes desta.

• Por materialização do «risco-país», entendendo como tal o risco que coincide nos devedores residentes de um país por circunstâncias diferentes do risco comercial habitual.

O processo de avaliação das possíveis perdas por imparidade destes activos é levada a cabo:

• Individualmente, para todos os instrumentos de dívida significativos e para os que, não sendo significativos, não são susceptíveis de serem classificados em grupos homogéneos de instrumentos com características similares atendendo ao tipo de instrumento, sector de actividade do devedor e área geográfica da sua actividade, tipo de garantia, antiguidade dos montantes vencidos, etc.

• Colectivamente, a Entidade estabelece distintas classificações das operações em relação à natureza dos vinculados ao pagamento e das condições do país em que residem, situação da operação e tipo de garantia agregada, antiguidade da morosidade, etc., e fixa para cada um destes grupos de risco as perdas por imparidade que estão pendentes de atribuir a operações concretas. Adicionalmente, a Entidade identifica os grupos homogéneos de dívida e riscos contingentes que, se for caso disso, sem cumprir os critérios para os classificar como em imparidade, apresentem debilidades que podem supor perdas superiores às categorias descritas anteriormente, por pertencerem a um grupo em dificuldades. Neste caso, as perdas por imparidade são determinadas como a diferença entre o montante registado no activo para os referidos instrumentos e o valor actual dos fluxos de caixa que se espera cobrar, descontados à taxa de juro contratual média.

O conjunto das coberturas existentes em todos os momentos é a soma das correspondentes às perdas por operações específicas, por operações de grupos homogéneos de dívida que apresentem debilidades e por imparidades inerentes (perdas incorridas à data das demonstrações financeiras, calculadas com procedimentos estatísticos) e a cobertura para os riscos de grupos em dificuldades.

O reconhecimento na conta de perdas e ganhos da acumulação de juros é interrompido para todos os instrumentos de dívida classificados individualmente como estando em imparidade, assim como para aqueles

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para os quais se calcularam colectivamente as perdas por imparidade por terem montantes vencidos com uma antiguidade superior a 3 meses.

2.9.2 Instrumentos de dívida classificados como dis poníveis para venda

A perda por imparidade dos valores representativos de dívida incluídos na carteira de activos financeiros disponíveis para venda equivale, se for o caso, à diferença negativa, parcial ou total, que surge ao comparar o seu justo valor e o seu custo de aquisição (líquido de qualquer amortização de capital), uma vez deduzida qualquer perda por imparidade previamente reconhecida na conta de perdas e ganhos.

O valor de mercado dos instrumentos de dívida cotados é considerado como uma estimativa justa do valor actual dos seus fluxos de caixa futuros, não constituindo em si mesmo uma prova de imparidade, a diminuição do justo valor abaixo do custo de aquisição.

No caso de perdas por imparidade que surgiram devido à insolvência do emissor dos títulos de dívida classificados como disponíveis para venda, o procedimento seguido pela Entidade para o cálculo das referidas perdas coincide com o critério explicado no ponto anterior para os instrumentos de dívida valorizados ao seu custo amortizado.

Quando existe uma prova objectiva de que as diferenças surgidas na valorização destes activos têm origem na sua imparidade, estes deixam de ser apresentados na rubrica do património líquido «Acertos por valorização - Activos financeiros disponíveis para venda» e são registados por todo o montante acumulado até então na conta de perdas e ganhos. A recuperar-se posteriormente a totalidade ou parte das perdas por imparidade, o seu montante seria reconhecido na conta de perdas e ganhos do período em que ocorre a recuperação. Em particular, entre os principais eventos que podem constituir prova de imparidade encontram-se os seguintes:

• Que o emissor apresente dificuldades financeiras significativas, ou esteja declarado (ou é provável que seja declarado) insolvente.

• Que tenham ocorrido incumprimentos contratuais, tais como o não pagamento do capital ou juros.

• Que se tenham concedido financiamentos ou reestruturações ao emissor por ter dificuldades financeiras, excepto se existir uma certeza razoável de que o cliente pode fazer face ao seu pagamento no calendário previsto, ou sejam fornecidas garantias adicionais às existentes inicialmente.

Da mesma forma, as diferenças negativas que surgiram na avaliação dos instrumentos de dívida que sejam classificados como «Activos não correntes detidos para venda» que se encontrassem registadas dentro do património líquido consideram-se realizadas e, consequentemente, são reconhecidas na conta de perdas e ganhos no momento em que ocorre a classificação dos activos como «não correntes detidos para venda».

2.9.3 Instrumentos de dívida classificados como dis poníveis para venda

A Entidade considera que existem provas objectivas de imparidade do valor dos instrumentos de património não cotados classificados como activos financeiros disponíveis para venda, com base na comparação do custo médio de aquisição do instrumento com o justo valor determinado com base nas melhores estimativas, em função da informação disponível.

A perda por imparidade dos instrumentos de capital incluídos na carteira de activos financeiros disponíveis para venda equivale, neste caso, à diferença positiva entre o seu custo de aquisição (líquido de qualquer amortização de capital) e o seu justo valor; uma vez deduzida qualquer perda por imparidade previamente reconhecida na conta de perdas e ganhos, não constituindo em si mesma uma prova de imparidade, a diminuição do justo valor abaixo do custo de aquisição.

Os critérios seguidos para o registo de perdas por imparidade dos instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda são semelhantes aos aplicáveis aos «instrumentos de dívida» do ponto anterior, salvo pelo facto de que qualquer recuperação que ocorra das referidas perdas ser reconhecida na rubrica do património líquido «Acertos por valorização- Activos financeiros disponíveis para venda».

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Deste modo, entre os principais eventos que podem constituir prova de imparidade dos instrumentos de capital encontram-se os seguintes:

• Que o emissor apresente dificuldades financeiras significativas, ou esteja declarado (ou é provável que seja declarado) insolvente.

• Que se tenha produzido alterações significativas no ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal do emissor, que possam afectar de forma adversa a recuperação do investimento.

• Que o justo valor do activo experimente uma descida significativa e prolongada abaixo do seu valor contabilístico. Neste sentido, em instrumentos cotados em mercados de activos, a prova objectiva fundamenta-se perante uma queda de quarenta por cento da cotação durante um período continuado de um ano e meio.

2.9.4 Instrumentos de capital valorizados ao custo

As perdas por imparidade dos instrumentos de capital valorizados ao seu custo de aquisição equivalem à diferença entre o seu valor contabilístico e o valor actual dos fluxos de caixa futuros esperados, actualizados consoante o tipo de rentabilidade de mercado para outros valores semelhantes.

As perdas por imparidade registam-se na conta de perdas e ganhos do período no qual ocorrem, diminuindo directamente o custo do instrumento. Estas perdas só podem ser recuperadas posteriormente, em caso de venda dos activos.

A estimativa e contabilização das perdas por imparidade das participações em entidades dependentes, negócios conjuntos e entidades associadas, as quais, para efeitos de elaboração destas contas anuais, não são consideradas «Instrumentos financeiros» são realizadas por parte da Entidade de acordo com os critérios indicados na Nota 2.2 anterior.

2.10 Garantias financeiras e provisões constituída s sobre as mesmas

Consideram-se «Garantias financeiras» os contratos pelos quais uma entidade é obrigada a pagar quantias concretas por conta de terceiros no pressuposto de estes não o fazerem, independentemente da forma em que a obrigação está instrumentada: fiança, aval financeiro ou derivado de crédito, crédito documentário irrevogável emitido ou confirmado pela Entidade, etc.

As garantias financeiras, qualquer que seja o seu titular, instrumentação ou outras circunstâncias, são analisadas periodicamente com o objectivo de determinar o risco de crédito ao qual estão expostas e, se for o caso, estimar as necessidades de constituir provisão por elas, o que se determina pela aplicação de critérios similares aos estabelecidos para quantificar as perdas por imparidade sentidas pelos instrumentos de dívida valorizados ao seu custo amortizado, explicados na Nota 2.9.1 anterior.

As provisões constituídas sobre estas operações encontram-se contabilizadas na rubrica «Provisões - Provisões para riscos e compromissos contingentes» do passivo do balanço (ver Nota 17). A dotação e a recuperação das referidas provisões é registada com contrapartida na rubrica «Dotação para provisões (líquido)» da conta de perdas e ganhos.

2.11 Contabilização das operações de arrendamento

2.11.1 Arrendamentos financeiros

São consideradas operações de arrendamento financeiro aquelas em que substancialmente todos os riscos e vantagens que recaem sobre o bem objecto do arrendamento são transferidos para o arrendatário.

Quando a Entidade actua como arrendadora de um bem numa operação de arrendamento financeiro, a soma dos valores actuais dos montantes que o arrendatário receberá mais o valor residual garantido, habitualmente o preço do exercício de opção de compra do arrendatário à finalização do contrato, regista-se como um

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financiamento feito a terceiros, pelo que é incluído na rubrica «Investimentos a crédito» do balanço, de acordo com a natureza do arrendatário.

Quando a Entidade actua como arrendatária de uma operação de arrendamento financeiro, apresenta o custo dos activos arrendados no balanço, segundo a natureza do bem objecto de contrato e, simultaneamente, um passivo pelo mesmo montante (que será o menor do justo valor do bem arrendado ou da soma dos valores actuais das quantias a pagar ao arrendador mais, se for o caso, o preço do exercício da opção de compra). Estes activos são amortizados com critérios semelhantes aos aplicados ao conjunto dos activos corpóreos de uso próprio da Entidade (Ver Nota 2.15).

Em ambos os casos, os rendimentos e gastos financeiros com origem nestes contratos são creditados ou debitados, respectivamente, na conta de perdas e ganhos nas rubricas «Juros e rendimentos similares» e «Juros e encargos similares», aplicando, para estimar a sua acumulação, o método da taxa de juro efectiva.

2.11.2 Arrendamentos operacionais

Nas operações de arrendamentos operacionais, a propriedade do bem arrendado e, substancialmente todos os riscos e vantagens que recaem sobre o bem, pertencem ao arrendador.

Quando a Entidade actua como arrendador em operações de arrendamento operacional, apresenta o custo de aquisição dos bens arrendados na rubrica «Activo corpóreo», bem como «Investimentos imobiliários», bem como «Cedido em arrendamento operacional», dependendo da natureza dos activos objecto do referido arrendamento. Estes activos são amortizados de acordo com as políticas adoptadas para os activos corpóreos similares de uso próprio e os rendimentos procedentes dos contratos de arrendamento são reconhecidos na conta de perdas e ganhos de forma linear na rubrica «Outros rendimentos de exploração».

Quando a Entidade actua como arrendatária em operações de arrendamento operacional, os gastos do arrendamento incluindo incentivos concedidos, se for o caso, pelo arrendador, são debitados na conta de perdas e ganhos na rubrica «Gastos de administração - Outros gastos gerais de administração».

2.12 Fundos de investimento, fundos de pensões, pat rimónios geridos e seguros de poupança comercializados e geridos pela Entidade

Os fundos de investimento, os fundos de pensões, os patrimónios propriedade de terceiros e seguros de poupança comercializados e/ou geridos pela Entidade não são registados no balanço, por o património dos mesmos ser propriedade de terceiros (ver Nota 22.3). As comissões acumuladas no exercício pelos diversos serviços prestados pela Entidade a estes fundos (serviços de gestão de patrimónios, depósito de carteiras, etc.) encontram-se registadas na rubrica «Comissões recebidas» da conta de perdas e ganhos (ver Nota 26).

2.13 Gastos com pessoal

2.13.1 Benefícios em caso de falecimento e invalide z e retribuições pós-emprego

Descrição dos compromissos

Em virtude das regulamentações e acordos vigentes, a Entidade estava obrigada, através de um sistema de benefícios definidos, a preencher, pelo pessoal contratado antes da publicação do XIV Acordo Colectivo (Maio de 1986), ou pelos seus requerentes legítimos, as informações da Segurança Social nos casos de reforma, viuvez, orfandade, incapacidade permanente ou elevado grau de invalidez. A 15 de Julho de 1998, a Entidade e os representantes dos funcionários assinaram um Pacto de Empresa que, entre outras cláusulas, estabeleceu um plano externo de carácter misto e cuja subscrição era totalmente voluntária. Neste novo plano, a prestação de reforma passou a ser de contribuição definida, permanecendo como benefícios definidos os correspondentes à invalidez, viuvez e orfandade de invalidez e às de viuvez e orfandade do activo. Estabeleceu-se ainda a transferência de parte do fundo anterior para o novo plano, como fundo de capitalização inicial.

Para os funcionários contratados a partir da publicação do XIV Acordo Colectivo (Maio de 1986) a Entidade também tem o compromisso de complementar as prestações da segurança social através de um plano de

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benefícios definidos para as contingências de invalidez, viuvez e orfandade e de contribuições definidas para a prestação de reforma.

Existem, ainda assim, certos compromissos não incluídos nos parágrafos anteriores, de montante não significativo, derivados de aquisições de redes, assumidos com administradores ou derivados de algum plano de pré-reforma, que afectam a prestação de reforma.

Os compromissos pós-emprego mantidos pela Entidade com os seus funcionários são considerados «compromissos de contribuição definida», quando se realiza contribuições de carácter predeterminado para uma entidade separada, sem ter obrigação legal nem efectiva de realizar contribuições adicionais se a entidade separada não puder prestar os benefícios aos funcionários relacionados com os serviços prestados no exercício corrente e nos anteriores. Os compromissos pós-emprego que não cumpram as condições anteriores são considerados como «compromissos de benefício definido».

Planos de contribuição definida

As contribuições efectuadas pela Entidade neste campo em cada exercício são registadas na rubrica «Gastos com o pessoal» da conta de perdas e ganhos. As quantias pendentes de contribuir no fecho de cada exercício são registadas, pelo seu valor actual, na rubrica «Provisões - Fundo para pensões e obrigações similares» do balanço.

Planos de benefício definido

A Entidade regista na rubrica «Provisões - Fundo para pensões e obrigações similares» do passivo do balanço (ou no activo, na rubrica «Restantes activos - Outros», dependendo do sinal da diferença e sempre que se cumpram as condições para o seu registo) o valor actual das retribuições pós-emprego de benefício definido, líquido, conforme é explicado a seguir, do justo valor dos activos que cumprem os requisitos para serem considerados como «Activos do plano». Consideram-se “activos do plano” os activos vinculados com um determinado compromisso de benefício definido com os quais se liquidaram directamente estas obrigações e que reúnem as seguintes condições: não são propriedade da Entidade, mas de terceiros legalmente distintos e sem carácter vinculativo; apenas estão disponíveis para pagar ou financiar retribuições pós-emprego dos funcionários; e não podem voltar à Entidade, salvo quando os activos que permanecem no referido plano são suficientes para cumprir todas as obrigações do plano ou da Entidade relacionadas com os benefícios dos funcionários actuais ou passados ou para reembolsar os benefícios dos funcionários já pagos pela Entidade. Se a Entidade puder exigir a um segurador o pagamento de parte ou da totalidade do desembolso exigido para cancelar uma obrigação por benefício definido, sendo praticamente certo que o referido segurado vai reembolsar algum ou todos os desembolsos exigidos para cancelar essa obrigação, mas a apólice de seguro não cumpre as condições para ser um activo do plano, a Entidade regista o seu direito ao reembolso no activo do balanço, na rubrica «Contratos de seguros vinculados a pensões» que, nos demais aspectos é tratado como um activo do plano. São considerados «ganhos e/ou perdas actuariais» os que procedem das diferenças entre pressupostos actuariais prévios e a realidade, e de alterações nos pressupostos actuariais utilizados. A Entidade regista os perdas e ganhos actuariais do exercício na conta de resultados. As retribuições pós-emprego reconhecem-se na conta de perdas e ganhos da seguinte forma:

� O custo dos serviços do período corrente - entendendo como tal o aumento no valor actual das obrigações que se origina em consequência dos serviços prestados no exercício pelos funcionários -, na rubrica «Gastos de administração - Gastos com pessoal».

� O custo por juros - entendendo-se como tal o aumento produzido no exercício no valor actual das obrigações em consequência da passagem do tempo -, na rubrica «Juros e encargos similares». Quando as obrigações se apresentem no passivo líquidas dos activos afectos ao plano, o custo dos

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passivos reconhecidos na conta de perdas e ganhos será exclusivamente o correspondente às obrigações registadas no passivo.

� O rendimento esperado de qualquer activo do plano reconhecido no activo do balanço consolidado é

registado na rubrica «Juros e rendimentos similares» da conta de perdas e ganhos.

� A amortização dos perdas e ganhos actuariais, na rubrica «Dotação para provisões (líquido)» da conta de perdas e ganhos.

Cobertura dos compromissos

Os compromissos anteriores estão cobertos através de:

• Um plano de pensões externo denominado Plano de Pensões do Pessoal da Caja de Ahorros de Valencia integrado na Futurcaval, Fondo de Pensiones, sendo a Aseguradora Valenciana, S.A. de Seguros y Reaseguros, a entidade gestora e a Ibercaja a depositária.

Durante o exercício de 2010, a Entidade registou um montante de 14 668 milhares de euros a título de contribuições para planos de pensões na rubrica «Gastos de administração - Gastos com pessoal» da conta de perdas e ganhos do referido exercício em anexo (14 768 milhares de euros no exercício de 2009).

• Apólices de seguro colectivo contratadas com a Aseguradora Valenciana, S.A. de Seguros y Reaseguros, sociedade vinculada à Entidade, assim como com outras seguradoras alheias à Entidade:

a. Apólices de seguro colectivo de contribuição definida para a instrumentação de compromissos por pensões e de seguro colectivo de vida temporário anual renovável.

b. Apólices de seguro colectivo de vida para a instrumentação de compromissos por pensões de benefício definido.

Durante os exercícios de 2010 e de 2009, a Entidade registou, pelo pagamento destas apólices, um débito na rubrica «Gastos de administração - Gastos com pessoal» da conta de perdas e ganhos em anexo, num montante de 1 851 e de 1 688 milhares de euros, respectivamente.

Durante o exercício de 2008, a Entidade registou uma provisão na rubrica «Provisões - Fundos para pensões e obrigações similares» com débito na rubrica «Dotações para provisões (líquido)» por um montante de 23 600 milhares de euros, o que corresponde a uma contribuição extraordinária a realizar no Plano de Pensões Externo num período de 5 anos como consequência da alteração da base técnica do Plano para a adaptar à portaria EHA/407/2008, de 7 de Fevereiro. A 31 de Dezembro de 2010, a referida provisão ascende a 18 193 milhares de euros (ver Nota 17).

I.

A Entidade contabilizou, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, um montante de 101 132 e 102 613 milhares de euros, respectivamente, nas rubricas «Contratos de seguros vinculados a pensões» e «Provisões - Fundos para pensões e obrigações similares» do balanço em anexo (ver Nota 17.1).

A seguir, indicam-se os compromissos por pensões que a Entidade mantinha a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, assim como os seus activos correspondentes:

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Milhares de euros Planos de Benefício Definido

Exteriorizados 2010 2009

Compromissos próprios ou de terceiros- Compromissos por pensões causadas 236 219 242 392 Riscos por pensões não causadas: Acumulados 35 920 29 529 Não acumulados(*) 41 802 39 742 Compromissos a cobrir 272 139 271 921 Activos do plano- Planos de pensões 146 428 145 338 Contratos de seguros 7 378 6 157 Total dos activos 153 806 151 495 Contratos de seguros com entidades 101 132 102 613 Provisões constituídas 18 193 18 758 Total de provisões 119 325 121 371 Excesso fundos de pensões 992 945

(*) O referido montante não é incluído no cálculo dos compromissos a cobrir, só consta da tabela a título informativo.

2.13.2 Outras retribuições a longo prazo

Pré-reformas

No citado Pacto de Empresa de 15 de Julho de 1998, estabeleceu-se um plano de pré-reformas e reformas antecipadas ao qual foram agregados os funcionários que, tendo cumprido 55 ou mais anos durante 1998, aderiram ao plano de pensões externo. Como em finais do exercício de 2000, a Direcção da Entidade acordou a realização de outro plano de pré-reformas e reformas antecipadas destinado aos funcionários que tinham cumprido 55 anos em 2001. Por outro lado, o Conselho de Administração de 22 de Julho de 2004 ratificou o acordo colectivo com data de 13 de Julho de 2004, subscrito entre a Entidade e os representantes dos trabalhadores, referente às condições de um novo plano de pré-reformas, ao qual podiam aderir determinados funcionários que, a 31 de Dezembro de 2003, tivessem cumprido 55 ou mais anos e contassem com, pelo menos, 15 anos de antiguidade na empresa. O número de funcionários aderentes aos diferentes programas de pré-reforma ascende aos 476, a 31 de Dezembro de 2010 (521 a 31 de Dezembro de 2009).

O custo total dos compromissos por pré-reformas referidos no parágrafo anterior está coberto através de um fundo específico incluído na rubrica «Provisões - Fundos para pensões e obrigações similares» do balanço em anexo, por um montante de 42 503 milhares de euros (ver Nota 17.3).

Para além disso, a Entidade mantém acordos com determinados administradores da mesma para satisfazer certas retribuições, caso, ao abrigo de determinadas circunstâncias, optem pela pré-reforma.

Indemnizações por cessação

De acordo com a legislação vigente, a Entidade está obrigada a indemnizar os funcionários que sejam despedidos sem justa causa. Excepto os já indicados na mesma Nota, não existe qualquer plano de redução de pessoal que torne necessária a criação de uma provisão para este conceito.

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Facilidades de crédito para os funcionários

Segundo a Circular 4/2004 do Banco de Espanha, a concessão de facilidades de crédito aos funcionários, abaixo das condições de mercado, é considerada uma retribuição não monetária, e é estimada pela diferença entre as condições de mercado e as acordadas. São registadas na rubrica de «Gastos de Administração - Gastos com pessoal», com contrapartida «Juros e rendimentos similares» da conta de ganhos perdas. Em seguida, são apresentadas as facilidades de crédito concedidas aos funcionários:

I. Adiantamentos de salário. Os funcionários da Entidade podem solicitar, mensalmente, um adiantamento de salário sobre os haveres a receber no próximo pagamento de salário. O montante máximo a solicitar é calculado com o valor líquido diário do salário do mês anterior, pelos dias decorridos do mês. Os adiantamentos de salário descritos devem ser autorizados pelo subdirector do escritório no qual é pago e devem ser cancelados no total com o pagamento do salário do mês.

II. Empréstimos sociais de vários fins. Os funcionários fixos no activo têm a possibilidade de solicitar um empréstimo com garantia pessoal, destinado a vários fins, por um prazo máximo de 10 anos, com o limite de 65 anos de idade, num montante máximo de uma anualidade dos rendimentos reais fixos a receber pelo funcionário, e com um montante mínimo de 18 milhares de euros. A taxa de juro aplicada às referidas operações é variável, com revisão anual, e é determinada pela menor das seguintes referências: i) Euribor a um ano menos 1 ponto; ii) Euribor do mês de Outubro anterior; com um máximo da taxa de juro legal do dinheiro.

III. Empréstimos para a aquisição da residência habitual do funcionário. A Entidade facilita aos funcionários fixos no activo, uma vez durante a sua vida laboral, a possibilidade de solicitar um empréstimo com garantia hipotecária para aquisição da primeira residência por um prazo de 40 anos, sem que possa ir para além dos 70 anos de idade, até um montante máximo de 5 anualidades dos rendimentos reais fixos, com um montante mínimo de 186 milhares de euros. A taxa de juro será variável, com revisão a cada semestre natural, e será a menor da Euribor do mês de Outubro do ano anterior ou do mês de Abril do ano em curso menos 2 pontos (com um mínimo de 3%), e 70% da mesma (com um máximo de 5,25% e um mínimo de 1,50%).

2.13.3 Acordo laboral adoptado em consequência da criação do Grupo Banco Financiero y de Ahorros (ver Nota 1.2)

Descrição geral do conteúdo do Acordo Laboral e dos compromissos assumidos

Com data de 14 de Dezembro de 2010, as Cajas que integram o SIP mencionado na Nota 1.2, subscreveram com os representantes das Secções Sindicais o «Acordo Laboral no Âmbito do Processo de Integração num SIP subscrito entre as entidades Caja Madrid, Bancaja, Caixa Laietana, Caja Insular de Canarias, Caja Rioja, Caja Segovia e Caja Ávila» (doravante, o «Acordo Laboral»).

O Acordo Laboral é uma consequência do processo de integração das Cajas e da criação do Banco Financiero y de Ahorros, S.A., incluído no Contrato de Integração aprovado pelos Conselhos de Administração e ratificado pelas Assembleias das Cajas.

O Acordo Laboral contém uma série de medidas que serão oferecidas ao pessoal da Entidade para poder integrá-las, de forma a que se possa levar a cabo a necessária reestruturação de pessoal das entidades integradas no novo Grupo que nasce em consequência do Contrato de Integração subscrito entre as Cajas, num processo que passará por diferentes etapas, que se espera que possa estar concluído a 31 de Dezembro de 2012 e que se estima que poderia afectar um máximo de 4 000 pessoas ao nível do Grupo (um máximo de 1 200 pessoas a nível da Entidade).

As principais medidas contempladas no Acordo Laboral são as seguintes:

- Pré-reformas. Está previsto que se possa aplicar estas medidas aos trabalhadores da Entidade que a 31 de Dezembro de 2010 tivessem 55 anos de idade ou que atingissem essa idade ao longo do exercício de 2011 e que contem, pelo menos, com uma antiguidade de 10 anos na data de acesso à pré-reforma. No caso dos trabalhadores participantes em planos de benefício definido para a contingência da reforma, a

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Entidade assume o compromisso de continuar a fazer as contribuições para manter a cobertura da prestação de reforma nos 64 anos.

- Mobilidade geográfica. Reconhece-se o direito do funcionário receber uma indemnização por mobilidade, montante fixo, quando em consequência da reestruturação da rede de agências ou dos serviços centrais a realizar pelas Cajas, não for possível relocalizar o funcionário noutro centro de trabalho localizado num determinado raio do seu centro de trabalho de origem.

- Cessação de contrato com retribuição. Poderão integrar esta medida, de carácter voluntário, os funcionários que não reúnam as condições para integrar o compromisso de pré-reforma indicado anteriormente.

- Suspensões de contratos compensadas. Terá carácter voluntário e poderão integrar-se nesta medida um número de trabalhadores não superior ao necessário para, com as restantes medidas, atingir o objectivo de reorganização definido anteriormente. A aceitação da suspensão será voluntária para a Entidade.

- Reduções de horário laboral. O acolhimento desta medida terá carácter voluntário para o funcionário e para a Entidade, estando sujeita a que o posto de trabalho do funcionário permita a sua redução por razões organizacionais. Poderão integrar esta medida apenas os funcionários que reúnam as condições para optar pela modalidade de pré-reforma.

Adicionalmente, o Acordo Laboral estabelece o enquadramento conceptual das condições de trabalho dos funcionários da Sociedade Central, bem como as condições sob as quais se produzirão as incorporações dos funcionários das Cajas na Sociedade Central do novo Grupo e outros aspectos de âmbito laboral que surgem como consequência da constituição do referido Grupo.

Critério contabilístico aplicado para o registo dos compromissos

Em aplicação do disposto na norma aplicável, a Entidade cobriu os compromissos derivados do Acordo Laboral descrito anteriormente, mediante a constituição de provisões num montante de 409 329 milhares de euros, para o compromisso das pré-reformas, e 57 758 milhares de euros, para os restantes compromissos (ver Nota 17).

O montante para estas provisões corresponde à melhor estimativa realizada pela Entidade, a 31 de Dezembro de 2010, sobre o número de funcionários que se espera que integrem os diferentes compromissos descritos anteriormente. Por conseguinte, a provisão associada à cobertura do compromisso de pré-reforma mencionada anteriormente foi determinada por actuários qualificados e independentes, e corresponde ao valor actual dos compromissos nos pressupostos assumidos no Acordo Laboral, e obtido através da aplicação do método de cálculo «da unidade de crédito projectada» (que contempla cada ano de serviço como gerador de uma unidade adicional de direito às prestações e avalia separadamente cada unidade), bem como os seguintes pressupostos actuariais: tabelas de sobrevivência GRM/F95 e taxa de juro técnica, taxa de crescimento do IPC e taxa anual de crescimento de salários de 2%.

2.14 Imposto sobre lucros

O gasto com o Imposto sobre Lucros é reconhecido na conta de perdas e ganhos, excepto quando for consequência de uma transacção cujos resultados são registados directamente no património líquido, em cujo caso o imposto sobre lucros também se regista com contrapartida no património líquido da Entidade.

O gasto com impostos sobre lucros do exercício é calculado como o imposto a pagar em relação ao resultado fiscal do exercício, ajustado pelo montante das variações ocorridas durante o exercício nos activos e passivos registados derivados de diferenças temporárias, dos créditos por deduções e bonificações fiscais e das possíveis bases tributáveis negativas (ver Nota 21).

A Entidade considera que existe uma diferença temporária quando existe uma diferença entre o valor contabilístico e a base fiscal de um elemento patrimonial. Considera-se base fiscal de um elemento patrimonial, o montante atribuído ao mesmo para efeitos fiscais. Considera-se diferença temporária tributável aquela que gerará, no futuro, a obrigação de a Entidade realizar algum pagamento à Administração. Considera-se

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diferença temporária dedutível aquela que gerará para a Entidade algum direito de reembolso ou um menor pagamento a realizar à Administração no futuro.

Os créditos por deduções e bonificações e os créditos por bases tributáveis negativas são montantes que, tendo produzido ou realizado a actividade ou obtido o resultado para gerar o seu direito, não se aplicam fiscalmente na declaração correspondente até ao cumprimento das condicionantes estabelecidas na norma tributária para tal, considerando-se provável, por parte da Entidade, a sua aplicação em exercícios futuros.

Consideram-se activos e passivos por impostos correntes, aqueles que se prevê serem recuperáveis ou amortizáveis da Administração, respectivamente, num prazo que não excede os 12 meses desde a data do seu registo. Por sua vez, consideram-se activos ou passivos por impostos diferidos, aqueles montantes que se espera que possam ser recuperados ou pagos, respectivamente, da Administração em exercícios futuros.

Reconhecem-se passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. Apesar do anterior, não se registaram passivos por impostos diferidos com origem na contabilização de um fundo de comércio.

Por sua vez, a Entidade só regista activos por impostos diferidos com origem em diferenças temporárias dedutíveis, em créditos por deduções ou bonificações ou pela existência de bases tributáveis negativas, se se cumprirem as seguintes condições:

- Os activos por impostos diferidos são reconhecidos apenas se se considerar provável que a Entidade venha a ter no futuro suficientes ganhos fiscais para os poder tornar efectivos; e

- No caso dos activos por impostos diferidos com origem em bases tributáveis negativas, estas ocorreram por causas identificadas que é improvável que se repitam.

Não se registam nem activos nem passivos com origem em impostos diferidos quando inicialmente se regista um elemento patrimonial, a não ser que surja numa combinação de negócios e, no momento do seu registo, não tenha afectado nem o resultado contabilístico nem o fiscal.

Aquando de cada fecho contabilístico, são revistos os impostos diferidos registados (tanto activos como passivos) com o objectivo de confirmar que se mantêm em vigor, efectuando-se as correcções oportunas aos mesmos, de acordo com os resultados das análises realizadas.

2.15 Activo corpóreo

2.15.1 Imobilizado corpóreo de uso próprio

O imobilizado de uso próprio inclui os activos, em propriedade ou adquiridos em regime de arrendamento financeiro, que a Entidade tem para seu uso actual ou futuro com fins administrativos diferentes dos da Obra Social ou para a produção ou fornecimento de bens e que se espera serem utilizados durante mais de um exercício económico. Entre outros, incluem-se nesta categoria os activos materiais recebidos pela Entidade para a liquidação, total ou parcial, de activos financeiros que representam direitos de cobrança em relação a terceiros e aos quais se prevê dar uso continuado e próprio. O imobilizado corpóreo de uso próprio apresenta-se valorizado no balanço ao seu custo de aquisição (reavaliado em determinados activos em conformidade com o que é estabelecido pela Disposição Transitória Primeira da Circular 4/2004 do Banco de Espanha), formado pelo justo valor de qualquer contraprestação entregue mais o conjunto dos desembolsos pecuniários realizados ou comprometidos, menos:

• A sua correspondente amortização acumulada.

• Se for o caso, as perdas estimadas que resultam da comparação do valor líquido de cada rubrica com o seu montante recuperável correspondente.

Os gastos de conservação e manutenção dos activos corpóreos de uso próprio são debitados nos resultados do exercício no qual incidem, na rubrica «Gastos de administração - Outros gastos de administração» da conta de perdas e ganhos.

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A amortização é calculada aplicando o método linear sobre o custo de aquisição dos activos menos o seu valor residual, entendendo-se que os terrenos sobre os quais os edifícios e outras construções assentam têm uma vida indefinida e que, portanto, não são objecto de amortização.

As dotações anuais a título de amortização dos activos corpóreos são realizadas com contrapartida na rubrica «Amortização - Activo corpóreo» da conta de perdas e ganhos e, basicamente, equivalem às percentagens de amortização seguintes (determinadas em função dos anos de vida útil estimada, em média, dos diferentes elementos):

Percentagem Anual 2010

Edifícios de uso próprio 2% Mobiliários e instalações 2 a 25% Equipamento informático e suas 25%

Aquando de cada fecho contabilístico, a Entidade analisa se existem indícios, tanto internos como externos, de que o valor líquido dos elementos do seu activo corpóreo exceda o seu correspondente montante recuperável; em cujo caso, se reduz o valor contabilístico do activo em causa até o seu montante ser recuperável e ajustam-se os débitos futuros a título de amortização em proporção ao seu valor contabilístico ajustado e à sua nova vida útil remanescente, caso seja necessária uma nova estimativa da mesma. Esta redução do valor contabilístico dos activos corpóreos de uso próprio realiza-se, caso seja necessária, com débito na rubrica «Perdas por imparidade dos restantes activos (líquido) - Outros activos» da conta de perdas e ganhos.

Da mesma forma, quando existem indícios de que o valor de um activo corpóreo em imparidade foi recuperado, a Entidade regista a reversão da perda por imparidade contabilizada em períodos anteriores, através do correspondente crédito na rubrica «Perdas por imparidade dos restantes activos (líquido)» da conta de perdas e ganhos e são, consequentemente, ajustados os débitos futuros a título da sua amortização. Em caso algum, a reversão da perda por imparidade de um activo pode supor o aumento do seu valor contabilístico, acima daquele que teria se não se tivessem reconhecido perdas por imparidade em exercícios anteriores.

Da mesma forma, pelo menos com uma periodicidade anual, procede-se à revisão da vida útil estimada dos elementos do imobilizado corpóreo de uso próprio, de forma a detectar variações significativas nas mesmas que, a produzirem-se, ajustar-se-ão através da correspondente correcção do débito na conta de perdas e ganhos de exercícios futuros a título da sua amortização em virtude das novas vidas úteis.

Os activos corpóreos que necessitam de um período superior a um ano para estarem em condições de utilização incluem, como parte do seu custo de aquisição ou custo de produção, os gastos financeiros que se tenham acumulado antes da colocação em condições de funcionamento e que tenham sido expedidos pelo fornecedor ou correspondam a empréstimos ou outro tipo de financiamento alheio directamente atribuível à sua aquisição, fabrico ou construção. A capitalização dos custos financeiros é suspensa, se for o caso, durante os períodos em que se interrompe o desenvolvimento dos activos e finaliza assim que se tenham completado substancialmente todas as actividades necessárias para preparar o activo para o uso a que se destina.

2.15.2 Investimentos imobiliários

A rubrica «Activo corpóreo - Investimentos imobiliários» do balanço agrega os valores líquidos dos terrenos, edifícios e outras construções que se detêm para serem explorados em regime de aluguer, ou para obter uma mais-valia na sua venda, como consequência dos aumentos que ocorram no futuro nos seus respectivos preços de mercado.

Os critérios aplicados para o reconhecimento do custo de aquisição dos investimentos imobiliários, para a sua amortização, para a estimativa das suas respectivas vidas úteis e para o registo das suas possíveis perdas por imparidade coincidem com os descritos em relação aos activos corpóreos de uso próprio (ver Nota 2.15.1).

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2.15.3 Afecto à Obra Social

Na rubrica «Activo corpóreo - Imobilizado corpóreo - Afecto à Obra Social» do balanço inclui-se o valor líquido contabilístico dos activos corpóreos afectos à Obra Social da Entidade.

Os critérios aplicados para o reconhecimento do custo de aquisição dos activos afectos à Obra Social, para a sua amortização, para a estimativa das suas respectivas vidas úteis e para o registo das suas possíveis perdas por imparidade coincidem com os descritos, relacionados com os activos corpóreos de uso próprio (ver Nota 2.15.1, excepto no que diz respeito à reavaliação de determinados activos), com a única ressalva de que os débitos a realizar a título de amortização e o registo da dotação e da recuperação da possível imparidade que esses activos pudessem sofrer, não se contabilizem com contrapartida na conta de perdas e ganhos, mas com contrapartida na rubrica «Fundo da Obra Social» do balanço (ver Nota 41).

2.16 Activos incorpóreos

Consideram-se activos incorpóreo, os activos não monetários identificáveis, ainda que sem aparência física, que surgem como consequência de um negócio jurídico ou tenham sido desenvolvidos internamente pela Entidade. Só se reconhecem na contabilidade os activos incorpóreos cujo custo possa ser estimado de forma razoavelmente objectiva e dos quais a Entidade estime ser provável obter futuramente lucros económicos.

Os activos incorpóreos são reconhecidos inicialmente pelo seu custo de aquisição ou produção e, posteriormente, avaliam-se ao seu custo menos, se aplicável, a sua correspondente amortização acumulada e as perdas por imparidade que possam ter sentido.

Os activos incorpóreos podem ser de «vida útil indefinida» - quando, com base nas análises realizadas de todos os factores relevantes, se conclui que não existe um limite previsível do período durante o qual se espera que venham a gerar fluxos de caixa líquidos a favor da Entidade - ou de «vida útil definida», nos restantes casos.

Os activos incorpóreos de vida útil indefinida não se amortizam, ainda que, aquando de cada fecho contabilístico, a Entidade reveja as suas respectivas vidas úteis remanescentes com o objectivo de assegurar que estas continuam a ser indefinidas.

Os activos incorpóreos com vida definida, como o fundo de comércio, amortizam-se em função da mesma, sendo aplicados critérios semelhantes aos adoptados para a amortização dos outros activos corpóreos. A amortização anual dos elementos do imobilizado incorpóreo de vida útil definida é registada na rubrica «Amortização» da conta de perdas e ganhos e, basicamente, equivale às percentagens de amortização compreendidas entre os 10% e os 33% anuais.

Tanto para os activos incorpóreos de vida útil indefinida como para os de vida útil definida, a Entidade reconhece na contabilidade qualquer perda que possa ter ocorrido no valor registado destes activos com origem na sua imparidade, utilizando-se como contrapartida a rubrica «Perdas por imparidade dos restantes activos (líquido) - Fundo de comércio e Outro activo incorpóreo» da conta de perdas e ganhos. Os critérios para o reconhecimento das perdas por imparidade destes activos e, se for o caso, das recuperações das perdas por imparidade registadas em exercícios anteriores são similares aos aplicados para os activos corpóreos de uso próprio (ver Nota 2.15.1).

2.17 Provisões e passivos (activos) contingentes

Na altura de formular as contas anuais da Entidade, os seus Administradores diferenciam entre:

• Provisões: saldos credores que cobrem obrigações presentes à data do balanço surgidas como consequência de eventos passados dos quais podem derivar prejuízos patrimoniais para a Entidade, que se consideram prováveis em relação à sua ocorrência, concretos em relação à sua natureza mas indeterminados em relação ao seu montante e/ou momento de cancelamento, e

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• Passivos contingentes: obrigações possíveis surgidas como consequência de eventos passados, cuja materialização está condicionada à ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros alheios à vontade da Entidade.

As contas anuais da Entidade agrupam todas as provisões significativas em relação às quais se estima que a probabilidade de ter de se cumprir a obrigação seja maior do que o contrário. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas contas anuais da Entidade, mas é fornecida informação sobre os mesmos, em conformidade com os requisitos da Circular 4/2004 do Banco de Espanha (Ver Notas 22).

As provisões - que se quantificam tendo em consideração a melhor informação disponível sobre as consequências do evento que as originaram e voltam a ser estimadas em cada fecho contabilístico - utilizam-se para confrontar as obrigações específicas para as quais foram originalmente reconhecidas, procedendo-se à sua reversão, total ou parcial, quando as referidas obrigações deixam de existir ou diminuem (ver Nota 17).

A dotação e a libertação das provisões que se consideram necessárias de acordo com os critérios anteriores registam-se com débito ou crédito na rubrica «Dotações para provisões (líquido)» da conta de perdas e ganhos, respectivamente.

No fecho do exercício de 2010, encontravam-se em curso diferentes procedimentos judiciais e reclamações instaurados contra a Entidade com origem no desenvolvimento habitual das suas actividades. Tanto os conselheiros legais da Entidade como os seus Administradores entendem que, considerando os montantes provisionados para esses efeitos, a conclusão destes procedimentos e reclamações não produzirá um efeito significativo nas contas anuais dos exercícios nos quais terminem.

2.18 Activos não correntes detidos para venda e pas sivos associados com activos não correntes detidos para venda

A rubrica «Activos não correntes detidos para venda» do balanço abrange o valor contabilístico das rubricas - individuais ou integradas num conjunto («grupo de disposição») ou que fazem parte de uma unidade de negócio que se pretende alienar («operações descontinuadas») - cuja venda é altamente provável, nas condições nas quais esses activos se encontram actualmente, no prazo de um ano a contar da data de classificação como não correntes detidos para venda.

Também se consideram activos não correntes detidos para venda aquelas participações em entidades do Grupo, associadas ou negócios conjuntos que cumpram os requisitos mencionados no parágrafo anterior.

Portanto, a recuperação do valor contabilístico destas rubricas - que podem ser de natureza financeira e não financeira - terá lugar, previsivelmente, através do preço que seja obtido na sua alienação, em vez de através do seu uso continuado.

Concretamente, os activos imobiliários ou outros não correntes recebidos pela Entidade para a satisfação, total ou parcial, das obrigações de pagamento, face a ela, dos seus devedores, consideram-se activos não correntes detidos para venda, excepto se a Entidade tiver decidido fazer uso continuado desses activos ou os destine à obtenção de rendas e/ou mais-valias futuras. Estes são contabilizados inicialmente pelo seu custo de aquisição, entendendo-se por tal o valor líquido contabilístico das dívidas nas quais têm origem, calculando-se o valor líquido de acordo com o disposto na norma aplicável à Entidade. Posteriormente, os activos serão valorizados de acordo com os critérios indicados nesta Nota.

Os activos não correntes detidos para venda que têm origem na adjudicação ou na aquisição por outros meios de activos em pagamento de dívidas, registam-se inicialmente por um montante igual ao menor dos valores seguintes:

• Valor da dívida bruta menos a provisão que tiver associada, com um mínimo de 10%.

• Valor de taxação menos 10%.

Posteriormente ao registo inicial, as percentagens anteriormente descritas passarão a ser de 20%, a partir dos 12 meses seguintes ao registo do activo, e de 30% a partir dos 24 meses. Apesar do anterior, em caso de

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contar com uma taxação actualizada, a percentagem anterior poderá ser reduzida até à cobertura aplicada no ano anterior.

Proporcionalmente, a rubrica «Passivos associados com activos não correntes detidos para venda» agrega os saldos credores associados aos grupos de disposição ou às operações descontinuadas da Entidade.

Com carácter geral, os activos classificados como activos não correntes detidos para venda são valorizados pelo menor montante entre o seu valor contabilístico no momento em que são considerados como tal e o seu justo valor, líquido dos custos de venda estimados dos mesmos. Enquanto continuam a ser classificados nesta categoria, os activos corpóreos e incorpóreos amortizáveis pela sua natureza não se amortizam.

Se o valor contabilístico exceder o justo valor dos activos, líquidos dos seus custos de venda, a Entidade ajusta o valor contabilístico dos activos pelo montante do referido excesso, com contrapartida na rubrica «Ganhos (Perdas) de activos não correntes detidos para venda não classificados como operações descontinuadas» da conta de perdas e ganhos. Se ocorrerem posteriores aumentos do justo valor dos activos, a Entidade reverte as perdas anteriormente contabilizadas, aumentando o valor contabilístico dos activos com o limite do montante anterior à sua possível imparidade, com contrapartida na rubrica de «Ganhos (Perdas) de activos não correntes detidos para venda classificados como operações descontinuadas» da conta de perdas e ganhos.

Os resultados procedentes da venda de activos não correntes detidos para venda apresentam-se na rubrica «Ganhos (Perdas) de activos não correntes detidos para venda não classificados como operações descontinuadas» da conta de perdas e ganhos.

Apesar do anterior, os activos financeiros, os activos procedentes de retribuições a funcionários, os activos por impostos diferidos e os activos por contratos de seguros que fazem parte de um grupo de disposição ou de uma operação descontinuada, não se avaliam de acordo com o disposto nos parágrafos anteriores, mas de acordo com os princípios e normas aplicáveis a estes conceitos, que foram explicados nos parágrafos anteriores da Nota 2.

Os resultados gerados no exercício pelos componentes da Entidade que tenham sido considerados como operações descontinuadas, registam-se na rubrica «Resultados de Operações Descontinuadas» da conta de perdas e ganhos, tanto se o componente da Entidade foi alienado do activo, como se permanece nele a 31 de Dezembro de 2010, ainda que tenham sido gerados antes da sua classificação. Este mesmo critério foi aplicado para efeitos da elaboração da conta de perdas e ganhos do exercício de 2009, apresentada com fins de comparação.

2.19 Obra Social

O fundo da Obra Social é registado na rubrica «Fundo da Obra Social» do balanço. As dotações para o referido fundo contabilizam-se como uma aplicação dos lucros da Entidade (ver Nota 3).

Os gastos derivados da Obra Social são apresentados no balanço deduzindo o fundo da Obra Social, sem que em nenhum caso sejam imputados à conta de perdas e ganhos.

Os activos corpóreos e os passivos afectos à Obra Social apresentam-se nas rubricas do balanço «Activo corpóreo - Imobilizado corpóreo - Afecto à Obra Social» e «Fundo da Obra Social», respectivamente.

O montante da Obra Social que é materializado através de actividades próprias da Entidade é registado simultaneamente através da redução do fundo da Obra Social e através da contabilização de um rendimento na conta de perdas e ganhos, de acordo com as condições normais de mercado para o referido tipo de actividades.

2.20 Demonstração de variações no património líqui do

A demonstração das variações no património líquido que se apresenta nestas contas anuais mostra o total das variações ocorridas no património líquido durante o exercício. Esta informação apresenta-se discriminada, por sua vez, em duas demonstrações: a demonstração de rendimentos e gastos reconhecidos e a demonstração total de variações no património líquido. A seguir explicam-se as principais características da informação contida em ambas as partes da demonstração:

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2.20.1 Demonstração de rendimentos e gastos reconhe cidos

Nesta parte da demonstração das variações no património líquido, apresentam-se os rendimentos e gastos gerados pela Entidade como consequência da sua actividade durante o exercício, distinguindo os registados como resultados na conta de perdas e ganhos do exercício e os outros rendimentos e gastos registados, de acordo com o disposto na norma vigente, directamente no património líquido.

Portanto, nesta demonstração apresenta-se:

a) O resultado do exercício.

b) O montante líquido dos rendimentos e gastos reconhecidos transitoriamente como acertos por valorização no património líquido.

c) O montante líquido dos rendimentos e gastos reconhecidos definitivamente no património líquido.

d) O imposto sobre lucros acumulados pelos conceitos indicados nas alíneas b) e c) anteriores, excepto para os acertos por valorização com origem em participações em empresas associadas ou multigrupo avaliadas pelo método de participação, que se apresentam em termos líquidos.

As variações ocorridas nos rendimentos e gastos reconhecidos no património líquido como acertos por valorização são discriminados em:

a) Ganhos (perdas) por valorização: agrega o montante dos rendimentos, líquidos dos gastos originados no exercício, reconhecidos directamente no património líquido. Os montantes reconhecidos no exercício, nesta rubrica, mantêm-se nesta rubrica, ainda que, no mesmo exercício, sejam transferidos para a conta de perdas e ganhos, ao valor inicial de outros activos ou passivos ou sejam reclassificados noutra rubrica.

b) Montantes transferidos para a conta de perdas e ganhos: agrega o montante dos ganhos ou perdas por valorização reconhecidos anteriormente no património líquido, ainda que seja no mesmo exercício, que se reconhecem na conta de perdas e ganhos.

c) Montante transferido ao valor inicial das rubricas cobertas: agrega o montante dos ganhos ou perdas por valorização reconhecidos previamente no património líquido, ainda que seja no mesmo exercício, que se reconheçam no valor inicial dos activos ou passivos como consequência de coberturas de fluxos de caixa.

d) Outras reclassificações: agrega o montante das transferências realizadas, no exercício, entre rubricas de acertos por valorização, conforme os critérios estabelecidos na norma vigente.

Os montantes destas rubricas apresentam-se pelo seu montante bruto, mostrando-se o seu correspondente efeito tributário na rubrica «Imposto sobre lucros» da demonstração.

2.20.2 Demonstração total de variações no patrimón io líquido

Nesta parte da demonstração de variações no património líquido apresentam-se todas as variações ocorridas no património líquido, incluindo as que têm a sua origem em alterações nos critérios contabilísticos e em correcções de erros. Esta demonstração mostra, por isso, uma conciliação do valor contabilístico, no início e no fim do exercício, em todas as rubricas que formam o património líquido, e agrupa os movimentos ocorridos em função da sua natureza nas seguintes rubricas:

a) Acertos por variações em critérios contabilísticos e correcção de erros: que inclui as variações no património líquido que surgem como consequência da nova expressão retroactiva dos saldos das demonstrações financeiras com origem em alterações nos critérios contabilísticos ou na correcção de erros.

b) Rendimentos e gastos reconhecidos no exercício: recolhe, de forma agregada, o total das rubricas registadas na demonstração de Rendimentos e Gastos reconhecidos anteriormente indicadas.

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49

c) Outras alterações no património líquido: agrega as restantes rubricas registadas no património líquido, como podem ser aumentos ou diminuições do fundo de dotação, distribuição de resultados, operações com instrumentos de capital próprios, pagamentos com instrumentos de capital, transferências entre rubricas do património líquido e qualquer outro aumento ou diminuição do património líquido.

2.21 Demonstração dos fluxos de caixa

Na demonstração dos fluxos de caixa, utilizam-se as seguintes expressões nos seguintes sentidos que se expressam:

• Fluxos de caixa: entradas e saídas de dinheiro em numerário e dos seus equivalentes, entendendo-se por tais «equivalentes» os investimentos a curto prazo de grande liquidez e baixo risco de alterações no seu valor.

• Actividades de exploração: actividades típicas das entidades de crédito, bem como outras que não podem ser qualificadas como de investimento ou de financiamento. Também se consideram como tal os juros pagos por qualquer financiamento recebido, ainda que sejam consideradas como actividades de financiamento. As actividades realizadas com as diferentes categorias de instrumentos financeiros que estão assinaladas na Nota 2.1.4 anterior são consideradas, para efeitos da elaboração desta demonstração, actividades de exploração, com as excepções da carteira de investimento a deter até à maturidade, os passivos financeiros subordinados e os investimentos em instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda, que sejam investimentos estratégicos. Para este efeito, considera-se estratégico o investimento que tenha sido feito com a intenção de estabelecer ou de manter uma relação operacional de longo prazo com a participada, por ocorrerem, entre outras, alguma das situações que poderiam determinar a existência de influência significativa, sem que exista realmente essa influência significativa.

• Actividades de investimento: as de aquisição, alienação ou disposição por outros meios dos activos a longo prazo e outros investimentos não incluídos na caixa e seus equivalentes, tais como activos corpóreos, activos incorpóreos, participações, activos não correntes detidos para venda e os seus passivos associados, instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda que sejam investimentos estratégicos e instrumentos de dívida incluídos na carteira de investimento a deter até à maturidade.

• Actividades de financiamento: actividades que produzem variações no tamanho e composição do património líquido e dos passivos que não fazem parte das actividades de exploração, tais como os passivos subordinados.

Para efeitos da elaboração das demonstrações dos fluxos de caixa, consideram-se «caixa e equivalentes de caixa» os investimentos a curto prazo de grande liquidez e com baixo risco de variações no seu valor. Desta forma, a Entidade considera caixa ou equivalentes de caixa, os seguintes activos e passivos financeiros:

• A caixa propriedade da Entidade, a qual se encontra registada na rubrica «Caixa e disponibilidades em bancos centrais" do balanço. O montante da caixa, propriedade da Entidade a 31 de Dezembro de 2010, ascendia aos 213 528 milhares de euros (230 093 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009).

• Os saldos líquidos devedores mantidos com bancos centrais, os quais se encontram registados nas rubricas «Caixa e disponibilidades em bancos centrais» do balanço e cujo montante ascendia, a 31 de Dezembro de 2010, a 700 817 milhares de euros (1 856 386 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009).

3. Distribuição dos resultados da Entidade

A proposta de distribuição do lucro líquido da Entidade, do exercício de 2010, que o seu Conselho de Administração irá propor à Assembleia Geral para a sua aprovação, é a seguinte:

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50

Milhares de euros

Para Obra Social: 21 526 Para reservas: 80 862 Lucro líquido da Entidade do exercício 102 388

4. Remunerações do Conselho de Administração e do p essoal-chave da Direcção

No enquadramento da Circular 4/2004 do Banco de Espanha, o «pessoal-chave da Administração e a Direcção» da Entidade, entendido como as pessoas que têm autoridade e responsabilidade para planear, dirigir e controlar as actividades da Entidade, directa e indirectamente, é composto pelos membros do Conselho de Administração e da Alta Direcção. Devido aos seus cargos, este colectivo de pessoas considera-se «parte vinculada» e, como tal, está sujeito a requisitos de informação que são agregados nesta Nota.

Também constitui parte vinculada, o conjunto de pessoas que mantêm determinadas relações de parentesco ou de afectividade com o «pessoal-chave da Administração e a Direcção» e também as sociedades controladas, com influência significativa ou com poder de voto importante do pessoal-chave ou de algumas das pessoas referidas do seu ambiente familiar. As transacções da Entidade, com estas outras partes vinculadas, são relatadas na Nota 40.

4.1 Remuneração ao Conselho de Administração

Na tabela seguinte, são descriminadas as remunerações acumuladas a favor dos membros do Conselho de Administração da Entidade, na sua qualidade exclusiva de Administradores da Entidade, durante os exercícios de 2010 e de 2009:

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51

Remunerações a Curto Prazo (Milhares de Euros)

Conselho Assembleia

Geral Comissão Executiva

Comissão de Remunerações

Comissão de Investimentos Total

2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 - José Luis Olivas Martínez 7,8 5,3 1,6 0,8 3,2 4,0 - - - - 12,6 10,1 - Antonio J. Tirado Jiménez 5,2 3,6 1,4 0,5 1,8 2,7 - - - - 8,4 6,8 - José María Mas Millet 4,9 - 1,1 - 1,4 - - - 0,5 - 7,9 - - Mª Teresa Montañana Latorre 5,1 3,6 1,4 0,5 1,9 - - - 0,5 - 8,9 4,1 - Ángel D. Villanueva Pareja 5,1 2,9 1,1 0,6 2,2 2,4 0,5 0,6 - - 8,9 6,5 - Vicente Montesinos Vernetta 5,2 3,6 1,1 0,5 - - - - 0,5 - 6,8 4,1 - Ángel A. Álvarez Martín 5,1 3,6 1,1 0,5 - - 0,6 0,5 - - 6,8 4,6 - Emilia Aparicio Aparicio 5,2 - 1,1 - 1,9 - - - - - 8,2 - - José Camarasa Albertos 5,1 - 1,1 - - - - - - - 6,2 - - Natalia Casas Martínez 5,2 - 1,3 - 1,9 - - - - - 8,4 - - Rafael Ferrando Giner 5,4 3,8 1,2 0,6 1,6 2,4 - - - - 8,2 6,8 - Patricia Górriz Royo 5,1 - 1,1 - - - - - - - 6,2 - - Pedro Hernández Rodríguez 6,9 - 1,6 - - - - - - - 8,5 - - Pepa Martí Puig 5,1 3,2 1,1 0,5 2,2 2,7 0,5 - 0,3 1,4 9,2 7,8 - Ernesto Pascual Escandell 5,3 3,7 1,1 0,5 - - - - - - 6,4 4,2 - Remigio Pellicer Segarra 6,0 4,1 1,5 0,7 - - - - - - 7,5 4,8 - Ricardo Pérez Martínez 5,1 - 1,1 - 1,9 - - - - - 8,1 - - José Romero Herrero 5,2 - 1,1 - 1,9 - - - - - 8,2 - - Matilde Soler Soler 5,4 3,6 1,1 0,6 - - - - - - 6,5 4,2 - Ana Torres Valero 5,2 3,5 1,1 0,6 - - - - - - 6,3 4,1 - Arturo Virosque Ruiz - 3,5 - 0,5 0,3 2,5 - - 0,2 1,4 0,5 7,9 - José María Cataluña Oliver - 3,8 - 0,8 0,3 3,0 - - 0,3 1,4 0,6 9,0 - Francisco V. Gregori Gea - 3,6 - 0,6 0,3 2,8 - - - - 0,3 7,0 - Ana Herce Collado - 4,6 - 0,8 0,3 3,5 - - - - 0,3 8,9 - Rafael Francisco Oltra Climent - 3,0 - 0,5 0,3 2,2 - - - - 0,3 5,7 - Juan Antonio Pérez Eslava - 3,0 - 0,5 0,3 2,4 - - - - 0,3 5,9 - Eduardo Montesinos Chilet - 3,6 - 0,5 - - - 0,5 - - - 4,6 - María del Rocío Peramo Sánchez - 3,0 - 0,5 - - - - - - - 3,5

108,6 72,6 24,3 11,6 23,7 30,6 1,6 1,6 2,3 4,2 160,5 120,6

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Adicionalmente, durante o exercício de 2010, os membros do Conselho de Administração receberam 1 223 milhares de euros a título de ajudas de custo por participação em reuniões e deslocações (1 215 milhares de euros durante o exercício de 2009).

O montante dos prémios de seguros de responsabilidade civil dos membros do Conselho de Administração, dos Órgãos de Administração e demais pessoal de direcção da Entidade durante o exercício de 2010 ascendeu a 201 milhares de euros (188 milhares de euros durante o exercício de 2009).

4.2 Remunerações ao pessoal-chave da Direcção da Ent idade e aos membros do Conselho de Administração da Entidade na sua qualidade de administradores

Para efeitos da elaboração das presentes contas anuais, considera-se pessoal-chave da Direcção da Entidade as pessoas que ocuparam os postos da Direcção Geral, Direcções Gerais Adjuntas e a restante Comissão Executiva da Direcção. A 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, esta posição estava ocupada por 10 pessoas.

As remunerações acumuladas pela Entidade a favor da Alta Direcção, tal como foi definido anteriormente, no exercício de 2010, a título de remunerações a curto prazo, benefícios pós-emprego e outros benefícios a longo prazo, ascende aos 3 654, 1 133 e 159 milhares de euros, respectivamente (3 626, 1 094 e 145 milhares de euros, respectivamente, a 31 de Dezembro de 2009).

Da mesma forma, não foram acumulados quaisquer montantes, no exercício de 2010 e 2009 a título de benefícios pós-emprego dos antigos membros do pessoal-chave da Direcção e do Conselho de Administração da Entidade, na qualidade de administradores.

4.3 Outras operações realizadas com os membros do C onselho de Administração e com a Alta Direcção

Para além das remunerações acumuladas, durante o exercício, aos membros do Conselho de Administração e do pessoal-chave da Direcção da Entidade que foram mencionados anteriormente, os rendimentos financeiros, as comissões e outros rendimentos e os gastos financeiros registados na conta de perdas e ganhos do exercício de 2010, correspondentes a operações realizadas com estes colectivos pela Entidade, ascendem aos 53, 6 e 161 milhares de euros, respectivamente (62, 6 e 258 milhares de euros, respectivamente, no exercício de 2009).

Da mesma forma, os saldos do activo e passivo, registados no balanço a 31 de Dezembro de 2010 correspondentes a empréstimos, contas de crédito, outros activos, recursos de clientes, débitos representados por valores negociáveis, o passivo actuarial por prestações a longo prazo e pós-emprego e os compromissos contingentes mantidos pela Entidade com os membros do Conselho de Administração e com a Alta Direcção ascendem aos 2 887, 646, 45, 5 500, 376, 6 495 e 444 milhares de euros, respectivamente (1 363, 67, 33, 7 188, 526, 6 245 e 543 milhares de euros, respectivamente, a 31 de Dezembro de 2009).

5. Caixa e disponibilidades em bancos centrais

A distribuição do saldo desta rubrica do balanço, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, é a seguinte:

Milhares de euros 2010 2009 Caixa 213 528 230 093 Disponibilidades no Banco de Espanha 676 179 1 816 808 Disponibilidades em outros bancos 24 266 39 119 Acertos por valorização 372 459

Total 914 345 2 086 479

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A taxa de juro média efectiva destes activos, a 31 de Dezembro de 2010, era de 0,74% (0,86% a 31 de Dezembro de 2009).

6. Carteira de negociação, devedora e credora

6.1 Composição do saldo

A composição do saldo destas rubricas dos balanços em anexo, discriminado por tipos de contraparte e por tipos de instrumentos, é a seguinte:

Milhares de Euros

Posições activas Posições passivas 2010 2009 2010 2009

Por tipos de contrapartes-

Entidades de crédito 195 494 132 975 535 461 567 628 Administrações Públicas residentes 36 045 203 449 970 - Outros sectores residentes 348 060 400 619 66 201 54 743 Outros sectores não residentes 4 452 17 889 - 411 111

584 051 754 932 602 632 1 033 482

Por tipos de instrumentos - Outros instrumentos de capital- Acções cotadas 4 729 7 674 - -

Valores representativos de dívida- Obrigações e títulos de dívida cotados 161 067 284 338 - -

Derivados de negociação- Não negociados em mercados organizados 418 255 462 920 602 632 1 033 482

Total 584 051 754 932 602 632 1 033 482

A maior parte das posições activas que compõem parte da carteira de negociação, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, fazem parte da área geográfica espanhola. Por sua vez, a maioria das posições passivas corresponde ao resto da Europa.

6.2 Carteira de negociação. Valores representativos de dívida

A discriminação dos saldos desta rubrica dos balanços em anexo é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Dívida pública espanhola 35 962 201 170 Emitidos por entidades financeiras 91 327 69 109 Outros valores de taxa fixa estrangeira - 8 883 Outros valores de taxa fixa espanhola 33 778 5 176

Total 161 067 284 338

A taxa de juro média efectiva anual dos activos classificados nesta carteira, a 31 de Dezembro de 2010, era de 2,10% (2,61% a 31 de Dezembro de 2009).

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6.3 Carteira de negociação. Instrumentos de capital

A discriminação dos saldos desta rubrica dos balanços em anexo é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Acções de sociedades residentes 733 429 Acções de sociedades estrangeiras não residentes 3 996 7 245

Total 4 729 7 674

6.4 Carteira de negociação. Derivados de negociação

A seguir, apresenta-se uma discriminação, por tipos de derivados, do justo valor dos derivados de negociação da Entidade a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009:

Milhares de Euros Saldos devedores Saldos credores 2010 2009 2010 2009

Compra e venda de divisas que não atingiram a maturidade

17 663 11 546 11 597 4 904

Derivados sobre valores Opções - 9 811 66 946 55 702 Permutas - - - - Futuros - - - -

Derivados sobre taxas de juro Opções 13 025 28 042 13 025 28 035 Permutas 348 500 402 035 348 690 399 155

Derivados crédito - - - - Restantes 39 067 11 486 162 374 545 686

Total 418 255 462 920 602 632 1 033 482

Dentro do saldo credor da rubrica «Restantes» da tabela anterior a 31 de Dezembro de 2009, incluía-se o justo valor de uma operação, de 50 anos de duração, na qual se permutavam os dividendos distribuídos por uma sociedade não cotada por uma taxa de juro variável. Em Fevereiro de 2010, esta operação foi cancelada antecipadamente mediante um acordo privado entre as partes intervenientes na mesma, não resultando do cancelamento qualquer custo para as mesmas que, para além disso, ficaram livres de qualquer obrigação que existia entre elas. Deste modo, a Entidade não deverá assumir nenhuma obrigação face a terceiros como consequência do referido cancelamento. De acordo com o anterior, a Entidade registou um rendimento no montante de 394 763 milhares de euros, correspondente ao prémio cobrado pendente de receber, na rubrica «Resultado de operações financeiras (líquido)» da conta de perdas e ganhos do exercício de 2010 em anexo (ver Nota 28).

Com data de 26 de Fevereiro de 2010, a Entidade formalizou com outra contraparte diferente da anterior, uma nova permuta tipo divided swap, com maturidade em 2057, na qual se intercambiam os dividendos e outras possíveis distribuições realizadas pela mesma sociedade não cotada indicada anteriormente por uma taxa de juro variável. À data de contratação dessa operação não se tinha creditado nenhum prémio entre as partes nem se creditará no futuro. O justo valor da referida operação, a 31 de Dezembro de 2010, não difere significativamente do seu valor contabilístico.

A seguir mostra-se a descriminação do valor nocional dos derivados classificados como carteira de negociação, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, atendendo ao seu prazo de maturidade:

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A 31 de Dezembro de 2010

Milhares de Euros De 0 a 3 anos De 3 a 10 anos Mais de 10

anos Total

Compra e venda de divisas que não atingiram a maturidade

1 705 309 - -

1 705 309

Derivados sobre valores Opções 122 486 - - 122 486 Permutas - - - - Futuros 14 193 - - 14 193

Derivados sobre taxas de juro Opções 1 686 236 318 555 42 015 2 046 806 Permutas 7 356 735 2 621 916 4 593 275 14 571 926 Futuros - - - -

Derivados crédito - - - - Restantes 2 442 475 253 369 - 2 695 844

Total 13 327 434 3 193 840 4 635 290 21 156 564

A 31 de Dezembro de 2009

Milhares de Euros De 0 a 3 anos De 3 a 10 anos Mais de 10

anos Total

Compra e venda de divisas que não atingiram a maturidade

1 136 913 - -

1 136 913

Derivados sobre valores Opções 364 301 93 806 - 458 107 Permutas - - - - Futuros 13 952 - - 13 952

Derivados sobre taxas de juro Opções 4 644 128 383 676 44 276 5 072 080 Permutas 12 440 931 1 777 762 4 747 566 18 966 259 Futuros 32 - - 32

Derivados crédito - - - - Restantes 2 107 713 38 836 41 181 2 187 730

Total 20 707 970 2 294 080 4 833 023 27 835 073

O valor nocional dos derivados é a magnitude que serve de base para a estimativa dos resultados associados aos mesmos, ainda que, considerando que uma parte muito importante destas posições se compensam entre si cobrindo desta forma os riscos assumidos, não se possa entender que a referida magnitude represente uma medida razoável da exposição da Entidade a riscos associados a estes produtos.

7. Activos financeiros disponíveis para venda

7.1 Composição do saldo

A discriminação desta rubrica dos balanços em anexo, atendendo aos tipos de contrapartes, ao tipo de instrumentos financeiros das operações, e a se são cotados ou não, é a seguinte:

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Milhares de Euros

2010 2009 Por tipos de contrapartes- Entidades de crédito 1 653 487 1 242 050 Administrações Públicas residentes 3 377 815 231 418 Administrações Públicas não residentes 20 673 - Outros sectores residentes 612 185 687 405 Outros sectores não residentes 28 242 58 088 (Perdas por imparidade) (*) (5 009) (3 914) 5 687 393 2 215 047 Por tipos de instrumentos - Valores representativos de dívida- 5 613 332 2 091 459 Dívida Pública Espanhola- 3 377 815 231 418 Letras do Tesouro - - Obrigações e títulos de dívida do Estado 2 533 862 227 383 Outras dívidas anotadas 843 953 4 035 Dívida Pública estrangeira 19 958 - Emitidos por entidades financeiras 1 652 706 1 233 111 Outros valores de taxa fixa 562 853 626 930 Outros instrumentos de capital- 79 070 127 502 Acções de sociedades cotadas 45 740 93 109 Acções de sociedades não cotadas 33 330 34 393 (Perdas por imparidade) (*) (5 009) (3 914) 5 687 393 2 215 047

(*) Para facilitar a possibilidade de comparação dos números a 31 de Dezembro de 2010 e, portanto, para efeitos exclusivamente de apresentação, discriminaram-se os montantes correspondentes a perdas por imparidade dos activos financeiros que se incluem na presente rubrica.

Durante 2010, a Entidade reclassificou a totalidade dos valores representativos de dívida que a 31 de Dezembro de 2009 se encontravam classificados na «Carteira de investimento a deter até à maturidade» (no montante de 2 246 199 milhares de euros à data da transferência) para a carteira de «Activos financeiros disponíveis para venda» com o objectivo de realizar vendas pontuais sobre os títulos incluídos na referida carteira.

Durante 2010, a Entidade obteve mais-valias na venda de activos classificados nesta rubrica no montante de 61 921 milhares de euros, que se encontram registados na rubrica «Resultados de operações financeiras (líquido) - Outros instrumentos financeiros ao justo valor com variações em perdas e ganhos» da conta de perdas e ganhos do referido exercício em anexo (ver Nota 28).

O montante das participações mantidas em fundos de investimento geridos por sociedade do Grupo e registados na rubrica «Activos financeiros disponíveis para venda - Outros instrumentos de capital» é nulo a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009.

A taxa de juro média efectiva anual dos activos classificados nesta carteira, a 31 de Dezembro de 2010, era de 3,36% (3,53% a 31 de Dezembro de 2009).

7.2 Carteira disponível para venda. Activos vencido s e em imparidade

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Não existem activos que, de acordo com a norma, devam estar em imparidade e não estejam, ou com saldos vencidos e que não se encontram em imparidade, dentro da carteira de «Activos financeiros disponíveis para venda» nem a 31 de Dezembro de 2010 nem a 31 de Dezembro de 2009.

8. Investimentos a crédito

8.1 Composição do saldo

A composição do saldo desta rubrica do activo dos balanços em anexo, atendendo à natureza do instrumento financeiro em que tenham a sua origem, é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Investimentos a crédito- Disponibilidades em entidades de crédito 4 912 903 4 531 399 Crédito a clientes 67 961 973 68 937 881 Valores representativos de dívida 4 067 264 4 711 956

76 942 140 78 181 236

Acertos por valorização - Perdas por imparidade e acertos ao justo valor por risco de crédito (*) (2 572 817) (1 676 026)

Outros acertos por valorização (*) 5 646 (8 126)

Total 74 374 969 76 497 084

(*) Para facilitar a possibilidade de comparação dos números da Entidade e, portanto, para efeitos exclusivamente de apresentação, discriminaram-se os montantes correspondentes a acertos ao justo valor por risco de crédito e outros acertos por valorização dos activos financeiros que se incluem na presente rubrica.

A taxa de juro média efectiva anual dos activos incluídos nesta rubrica, a 31 de Dezembro de 2010, é de 2,80% (4,10% a 31 de Dezembro de 2009).

Na Nota 39.1 apresenta-se a descrição dos activos da Entidade, discriminando o método utilizado para fazer a estimativa das suas perdas por imparidade, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009.

8.2 Investimentos a crédito. Depósitos em entidades de crédito

Em seguida, é indicada a composição do saldo desta rubrica dos balanços em anexo, atendendo à modalidade das operações:

Milhares de Euros 2010 2009

Contas a prazo 1 815 296 1 524 260 Aquisições temporárias de activos 267 655 867 969 Outros activos financeiros 2 829 952 2 139 170 Activos duvidosos - -

4 912 903 4 531 399

Perdas por imparidade - - Outros acertos por valorização 35 598 28 839

Total 4 948 501 4 560 238

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8.3 Investimentos a crédito. Crédito a clientes

Em seguida, é indicada a composição do saldo desta rubrica no fecho dos exercícios de 2010 e 2009, atendendo à modalidade e à situação das operações e por tipo de contraparte:

Milhares de Euros 2010 2009

Por modalidade e situação do crédito- Crédito comercial 1 511 948 1 524 786 Empréstimos 2 117 002 5 087 382 Devedores com garantia real 47 896 540 48 168 768 Aquisições temporárias de activos 232 284 548 603 Outros devedores a prazo 11 046 833 8 956 888 Devedores à ordem e vários 1 196 198 1 272 955 Outros activos financeiros 241 995 156 317 Activos duvidosos 3 689 221 3 185 217

67 932 021 68 900 916 Perdas por imparidade e acertos ao justo valor por risco de crédito (*)

(2 572 817) (1 676 026)

Total 65 359 204 67 224 890

Por tipo de contraparte- Administrações Públicas residentes 748 680 428 193 Administrações Públicas não residentes 29 392 29 672 Outros sectores residentes 64 759 087 66 149 539 Outros sectores não residentes 2 152 869 2 137 195 Outros activos financeiros 241 993 156 317 Perdas por imparidade e acertos ao justo valor por risco de crédito (*)

(2 572 817) (1 676 026)

Total 65 359 204 67 224 890

(*) Para facilitar a possibilidade de comparação dos números da Entidade e, portanto, para efeitos exclusivamente de apresentação, discriminaram-se os montantes correspondentes a acertos ao justo valor por risco de crédito. Os restantes acertos por valorização dos activos financeiros que se incluem na presente rubrica, incluem-se dentro de cada categoria de instrumentos da tabela.

O valor contabilístico registado na tabela anterior representa o nível de exposição máximo ao risco de crédito da Entidade em relação aos instrumentos financeiros nele incluídos.

Esta rubrica inclui 16 008 988 e 18 067 308 milhares de euros, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, respectivamente, correspondentes aos montantes pendentes de amortização de créditos titularizados a partir de 1 de Janeiro de 2004, e que não foram alienados dos balanços, por não se terem transferido substancialmente todos os lucros e riscos associados a estes activos. Em sentido contrário, as titularizações anteriores a 1 de Janeiro de 2004, por um montante pendente de amortização de 1 350 793 e 1 553 635 milhares de euros, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, respectivamente, foram alienados dos balanços, de acordo com o estabelecido na Circular 4/2004 (ver Nota 22.4).

A Entidade classificou, a 31 de Dezembro de 2010, activos na carteira de investimentos a crédito como sub-padrão, pelo montante de 5 931 milhões de euros (5 403 milhões de euros a 31 de Dezembro de 2009), correspondendo, basicamente, os referidos activos a refinanciamentos e empréstimos ao sector promotor.

8.4 Investimentos a crédito. Créditos a clientes. A ctivos vencidos e em imparidade

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A seguir, é mostrada uma descriminação dos activos classificados como «Investimentos a crédito - Crédito a clientes» sobre os quais foram realizados acertos para a estimativa do seu justo valor, diminuindo o seu valor contratual, como consequência da existência de variáveis relacionadas com o seu risco de crédito e que tinham montantes vencidos:

Activos em imparidade a 31 de Dezembro de 2010

Milhares de Euros

Até 6 meses

Entre 6 e 12 meses

Entre 12 e 18 meses

Entre 18 e 24 meses

Mais de 24 meses

Total

Por tipos de contrapartes-

Administrações Públicas residentes - - - 151 - 151 Outros sectores residentes 1 549 448 656 833 436 235 306 873 672 416 3 621 805 Outros sectores não residentes 11 472 6 063 10 065 11 858 27 807 67 265

Total 1 560 920 662 896 446 300 318 882 700 223 3 689 221

Por garantias-

Garantia hipotecária 231 624 206 225 156 448 163 087 351 309 1 108 693 Restantes garantias 1 329 296 456 671 289 852 155 795 348 914 2 580 528

Total 1 560 920 662 896 446 300 318 882 700 223 3 689 221

Activos em imparidade a 31 de Dezembro de 2009

Milhares de Euros

Até 6 meses

Entre 6 e 12 meses

Entre 12 e 18 meses

Entre 18 e 24 meses

Mais de 24 meses

Total

Por tipos de contrapartes-

Outros sectores residentes 706 169 726 726 1 038 700 396 382 239 971 3 107 948 Outros sectores não residentes 15 475 18 722 20 224 12 133 10 715 77 269

Total 721 644 745 448 1 058 924 408 515 250 686 3 185 217

Por garantias-

Garantia hipotecária 253 485 308 034 310 682 196 277 99 313 1 167 791 Restantes garantias 468 159 437 414 748 242 212 238 151 373 2 017 426

Total 721 644 745 448 1 058 924 408 515 250 686 3 185 217

Activos com saldos vencidos não considerados em imp aridade

A seguir, é mostrada uma descriminação dos activos classificados como «Investimentos a crédito - Crédito a clientes» sobre os quais foram realizados acertos para a estimativa do seu justo valor, diminuindo o seu valor contratual, como consequência da existência de variáveis relacionadas com o seu risco de crédito e que tinham algum montante vencido a 31 de Dezembro de 2010 e 2009:

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Milhares de Euros 2010 2009

Por tipos de contrapartes-

Administrações Públicas 19 824 38 217 Outros sectores residentes 441 735 528 752 Outros sectores não residentes 2 504 10 171

Total 464 063 577 140

Por tipos de instrumentos -

Crédito comercial 6 874 10 478 Empréstimos e contas de crédito 380 873 469 875 Arrendamento financeiro 2 053 2 296 Cartões 1 250 1 554 Outros activos financeiros 73 013 92 937

Total 464 063 577 140

Os activos vencidos que não se encontram em imparidade a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009 concentram-se, principalmente, em Espanha e o prazo decorrido desde o seu vencimento é inferior a 3 meses.

8.5 Investimentos a crédito. Valores representativos de dívida

Em seguida, é indicada a composição do saldo desta rubrica dos balanços em anexo, atendendo às classes de contraparte:

Milhares de Euros 2010 2009

Por classes de contraparte-

Outros sectores residentes 3 839 449 4 458 230 Outros sectores não residentes 227 815 253 726

Total 4 067 264 4 711 956

Os valores representativos de dívida incluídos nesta rubrica dos balanços em anexo correspondem, basicamente, a: i) títulos de dívida por fundos de titularização correspondentes às cessões de crédito anteriores a 1 de Janeiro de 2004 pelo montante de 42 718 e 47 824 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009; ii) títulos de melhoria de crédito de titularizações realizadas pela própria Entidade pelo montante de 559 494 e 580 992 milhares de euros no fecho do exercício de 2010 e de 2009, respectivamente; iii) aquisições, por parte da Entidade, de títulos hipotecários associados às emissões realizadas pela própria Entidade, por um montante de 3 465 052 e 3 829 413 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, respectivamente (ver Nota 16.3). Em qualquer dos casos, os instrumentos de dívida contabilizam-se ao seu custo amortizado já que não são cotados em mercados muito activos.

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8.6 Investimento a crédito. Valores representativos de dívida. Activos vencidos e em imparidade

Não existem valores representativos de dívida que, de acordo com a norma aplicável, devam estar em imparidade e não estão ou com saldos vencidos que não se encontram em imparidade dentro da carteira de «Investimento a Crédito» nem a 31 de Dezembro de 2010 nem a 31 de Dezembro de 2009.

9. Carteira de investimento a deter até à maturidad e

A seguir, apresenta-se a distribuição dos activos financeiros incluídos nesta rubrica dos balanços em anexo, classificados por classes de contrapartes e por tipo de instrumentos:

Milhares de Euros 2010 2009

Por tipos de contrapartes- Administrações Públicas Residentes - 2 342 895 (Perdas por imparidade) - - - 2 342 895 Por tipos de instrumentos - Dívida Pública espanhola Obrigações e títulos de dívida do Estado - 2 342 895 (Perdas por imparidade) - - - 2 342 895

Durante 2010, a Entidade reclassificou a totalidade dos valores representativos de dívida que a 31 de Dezembro de 2009 se encontravam classificados na carteira de «Investimento a deter até à maturidade» para a carteira de «Activos financeiros disponíveis para venda» com o objectivo de realizar vendas pontuais sobre os títulos incluídos nesta carteira (ver Nota 7.1). Consequentemente, em aplicação da norma vigente, a Entidade não poderá classificar nem ter classificado nenhum activo financeiro como «Investimento a deter até à maturidade» neste exercício, nem nos dois próximos exercícios.

10. Derivados de cobertura (devedores e credores)

A 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a Entidade tinha contratadas, com diversas contrapartes de reconhecida solvência, operações de permutas de taxas de juro que tinham sido designadas como instrumentos de cobertura de risco de juro existente sobre títulos de dívida, obrigações e outros valores emitidos pela Entidade, à taxa de juros fixa, e que, nas referidas datas, se encontravam classificados pela Entidade na rubrica «Passivos financeiros a custo amortizado» (Ver Nota 16).

A Entidade realiza coberturas operação a operação, identificando individualmente o elemento coberto e o elemento de cobertura, estabelecendo um acompanhamento contínuo da eficácia de cada cobertura que assegure a simetria na evolução dos valores de ambos os elementos.

Adicionalmente, a Entidade tem uma operação de macrocobertura, cuja finalidade é dotar de estabilidade a margem de juros ajustada à Entidade, a margem de juros mais os resultados da titularização, perante variações nas taxas de juro do mercado, considerando, ao mesmo tempo, as restrições impostas com o objectivo de preservar o valor patrimonial da Entidade.

A Entidade estabeleceu limites máximos para assumir risco de taxa de juro, medidos em relação à margem de juros ajustada para os dois exercícios seguintes a 31 de Dezembro de 2010. Para isso, contratam-se operações de cobertura que, por outro lado, deverão respeitar sempre o limite estabelecido em termos do valor patrimonial.

As operações incluídas na macrocobertura, as quais se registam como coberturas de fluxos de caixa, são descriminadas a seguir:

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• Massa a cobrir:

o Massa de activos e passivos sensíveis ao risco de taxa de juro (incluem-se coberturas específicas).

o Operações de Interest Rate Swaps (IRS) associadas às titularizações de activos realizadas pela Entidade.

• Operações de cobertura:

o Operações de Interest Rate Swaps (IRS) contratadas para esse efeito.

o Na sua operação habitual poder-se-á contratar qualquer produto que permita mitigar o risco de taxa de juro.

A medição da eficácia destas coberturas efectua-se através da comparação das variações nos fluxos de caixa dos instrumentos de cobertura de cada um dos períodos para os quais se designam, e as variações nos fluxos da massa coberta.

A seguir, apresenta-se, para cada tipo de cobertura, uma discriminação, por classes de derivados, do justo valor dos derivados designados como instrumentos de cobertura a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009:

Milhares de Euros Saldos devedores Saldos credores 2010 2009 2010 2009

Operações de cobertura de justo valor 432 714 343 332 68 925 118 009 Operações de coberturas de fluxos de caixa 77 082 61 711 201 307 286 098 Operações de macrocobertura de fluxos de caixa 848 543 21 169 17 502

Total 510 644 405 586 291 401 421 609

Operações de cobertura de justo valor

Milhares de Euros Justo valor Saldos devedores Saldos credores 2010 2009 2010 2009

Derivados sobre taxas de juro-

Investimentos a crédito - - 12 534 11 778 Activos financeiros disponíveis para venda e vencimento

7 851 118 41 715 17 353

Passivos financeiros ao custo amortizado 424 863 343 214 14 676 88 878

Total 432 714 343 332 68 925 118 009

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Operações de coberturas de fluxos de caixa

Milhares de Euros Justo valor Saldos devedores Saldos credores 2010 2009 2010 2009

Derivados sobre taxas de juro-

Investimentos a crédito 3 931 6 529 25 755 19 460 Activos financeiros disponíveis para venda e vencimento 2 838 20 342 - 54 Passivos financeiros ao custo amortizado 70 313 34 840 175 552 266 584

Total 77 082 61 711 201 307 286 098

Operações de cobertura de macrocobertura

Milhares de Euros Justo valor Saldos devedores Saldos credores 2010 2009 2010 2009

Derivados sobre taxas de juro-

Investimentos a crédito 848 543 21 169 17 502

Total 848 543 21 169 17 502

A seguir, mostra-se a descriminação do valor nocional dos derivados classificados como de cobertura, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, atendendo ao seu prazo de maturidade:

Milhares de Euros 2010 2009

De 0 a 3 anos

De 3 a 10 anos

Mais de 10 anos

Total

De 0 a 3 anos

De 3 a 10 anos

Mais de 10 anos

Total

Derivados sobre valores 52 000 425 973 - 477 973 844 499 - 112 646 957 145Derivados sobre taxas de juro 10 851 153 5 684 752 4 150 034 20 685 939 10 982 458 4 201 656 2 743 425 17 927 539

Total 10 903 153 6 110 725 4 150 034 21 163 912 11 826 957 4 201 656 2 856 071 18 884 684

A seguir, é apresentada uma estimativa, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, do montante das cobranças e dos pagamentos futuros cobertos em operações de cobertura de fluxos de caixa, classificados de acordo com o prazo previsto, contando a partir da data referida, na qual se estima que estes se tornem efectivos através da sua cobrança ou pagamento:

Milhares de Euros 2010 2009

Menos de 1 ano

Entre 1 e 3 anos

Entre 3 e 5 anos

Mais de 5 anos

Menos de 1 ano

Entre 1 e 3 anos

Entre 3 e 5 anos

Mais de 5 anos

Cobranças 71 445 111 722 98 699 76 070 101 756 147 602 128 873 68 799 Pagamentos (63 498) (100 656) (85 666) (69 692) (95 616) (151 391) (138 (85 399) Total 7 947 11 066 13 033 6 378 6 140 (3 789) (9 244) (16 600)

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A seguir, é apresentada uma estimativa, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, do montante dos lucros e perdas futuros em operações de cobertura de fluxos de caixa, classificados de acordo com o prazo previsto, contando a partir das datas referidas, nas quais se estimam que se tornem efectivos:

Milhares de Euros 2010 2009

Menos de 1 ano

Entre 1 e 3 anos

Entre 3 e 5 anos

Mais de 5 anos

Menos de 1 ano

Entre 1 e 3 anos

Entre 3 e 5 anos

Mais de 5 anos

Perdas - - - - (55 105) (137 128) - (11 156) Lucros - - - - 11 257 2 528 - 200 097 Total - - - - (43 848) (134 600) - 188 941

11. Activos não correntes detidos para venda

11.1 Composição do saldo

A composição do saldo desta rubrica do activo dos balanços em anexo, é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Activo corpóreo de uso próprio 6 859 5 103 Activo corpóreo adjudicado em pagamento de dívidas 113 238 107 188 Acertos ao justo valor - Activo corpóreo de uso próprio (1 389) (1 142) Acertos ao justo valor - Activo corpóreo adjudicado (15 312) (2 409)

Total 103 396 108 740

11.2 Activos não correntes detidos para venda. Act ivo corpóreo adjudicado.

A descriminação, por tipo de activos, do valor contabilístico e o seu prazo médio de permanência no balanço da Entidade, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, é o seguinte:

Valor Contabilístico (Milhares de Euros)

Prazo Médio (Anos)

2010 2009 2010 2009 Bens imóveis- Residenciais 62 345 77 041 2 3,25 Agrícolas 3 970 5 235 1,4 - Industriais 21 373 6 292 2,33 2,33 Outros 10 238 16 211 2,30 2,83

Total 97 926 104 779

Por sua vez, a seguir apresenta-se a descriminação dos activos adjudicados em função do sua procedência, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009:

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Milhares de Euros Valor Contabilístico Cobertura 2010 2009 2010 2009

Activos imobiliários procedentes de financiamentos destinados a empresas de construção e promoção imobiliária-

496 1 636 1 487 -

Edifícios acabados- - - - - Habitação - - - - Restantes edifícios acabados - - - -

Edifícios em construção- - 891 1 179 - Habitação - 891 1 179 - Restantes edifícios acabados - - - -

Terreno- 496 745 308 - Terrenos urbanizados 496 745 308 - Restantes terrenos - - - -

Activos imobiliários procedentes de financiamentos hipotecários para aquisição de habitação

49 037 63 765 1 194 2 409

Restantes activos imobiliários 48 393 39 378 12 631 -

Total 97 926 104 779 15 312 2 409

A tabela seguinte apresenta a denominação social das Sociedades e Agências de Avaliação, em cujas avaliações se baseou a estimativa da necessidade de contabilizar as perdas por imparidade sobre os activos procedentes de adjudicações registados pela Entidade, indicando-se, para cada Sociedade e Agência o valor contabilístico líquido de perdas por imparidade contabilizado dos activos taxados pelas referidas sociedades, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009:

Milhares de Euros 2010 2009

Activos procedentes de adjudicações- Tinsa 2 525 3 951 Intasa 6 022 876 Sociedad de Tasación 4 065 3 489 Outras agências de avaliação 184 195 Avaliação interna 1 946 3 428 Pendentes de formalização jurídica 63 646 87 248 Sem avaliação 19 538 5 592 Total 97 926 104 779

O valor dos activos corpóreos localizados em Espanha, incluídos na tabela anterior, foi estimado pela aplicação do disposto na OM ECO/805/2003, de 27 de Março. Por sua vez, o valor dos activos incluídos na rubrica de «Avaliação interna» foi estimado através da aplicação dos métodos de avaliação nos quais a cotação do activo se baseou na comparação com outros activos semelhantes no mercado.

Durante os exercícios de 2010 e de 2009, a Entidade realizou várias adjudicações de activos imobiliários por dívida dos tomadores de crédito (dações em pagamento). Os referidos activos (e os adjudicados pela Entidade em processos judiciais) são transferidos na sua totalidade para a sociedade vinculada que sustém este tipo de activos (CISA, Cartera de Inmuebles, S.L.), motivo pelo qual não consta qualquer saldo nos balanços em anexo. Os activos pendentes de formalização jurídica da tabela anterior são adjudicações pendentes de transferência para a CISA, Cartera de Inmuebles, S.L. Em concreto, trata-se de activos adjudicados cujo valor de adjudicação se situa abaixo de 70% do valor de avaliação do activo e o juiz outorga aos devedores da Entidade o direito de preempção sobre os referidos activos a esse preço, situação em que a Entidade

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recuperaria a totalidade do saldo registado nesta rubrica por este conceito. Os Administradores da Entidade realizaram as imparidades suficientes sobre estes activos, de acordo com a norma em vigor.

A seguir, apresenta-se um resumo do movimento que originou as perdas por imparidade dos activos classificados como não correntes detidos para venda ao longo dos exercícios de 2010 e de 2009:

Milhares de Euros 2010 2009

Saldos a 1 de Janeiro 3 551 3 203 Dotações com débito nos resultados (Nota 38) 13 561 666 Outros movimentos - - Utilização de saldos (411) (318) Saldos a 31 de Dezembro 16 701 3 551

Durante os exercícios de 2010 e de 2009, assim com em exercícios anteriores, a Entidade não realizou operações de venda de activos não correntes detidos para venda, nas quais tenham sido financiados montantes significativos ao comprador.

12. Participações

12.1 Participações - Entidades associadas

A seguir, apresenta-se a descrição das participações mantidas pela Entidade em entidades associadas, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009:

Percentagem de participação

Valor contabilístico (Milhares de Euros)

País de residência

2010 2009 2010 2009 Auxiliar de Cobros e Información, S.A. Espanha 23,18 23,18 20 20 Inversiones Loida SICAV, S.A. Espanha 20,16 20,16 498 498 L'Agora Universitària, S.L. Espanha 34,00 34,00 41 41 Mercavalor, Sociedad de Valores y Bolsa, S.A. Espanha 19,99 19,99 811 811 Inversiones Valix-6, SICAV, S.A. Espanha 49,96 49,96 1 202 1 202 2 572 2 572

Durante os exercícios de 2010 e 2009 não se realizaram movimentos nesta rubrica do balanço.

12.2 Participações - Negócios conjuntos

A seguir, apresenta-se a descrição das participações mantidas pela Entidade em entidades multigrupo, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009:

Percentagem de Participação

Valor contabilístico (Milhares de Euros)

Entidade País de

residência 2010 2009 2010 2009

Aseguradora Valenciana, S.A. Espanha 50,00 50,00 45 988 45 988 Banco Financiero y de Ahorros, S.A. Espanha 37,70 - 6 801 - 52 789 45 988

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A participação no Banco Financiero y de Ahorros, S.A., surgiu em consequência do Contrato de Integração descrito na Nota 1.2. Em consequência do registo do valor económico dos «Direitos de Mutualização» atribuídos à Sociedade Central, que se reúnem no referido Contrato de Integração, a Entidade registou um montante de 4 300 milhões adicionais na rubrica «Participações - Entidade multigrupo», ainda que, ao ser um montante pendente de desembolso a 31 de Dezembro de 2010, se tenha incluído na mesma com sinal negativo na referida rubrica, pelo que o valor líquido é igual a zero.

12.3 Participações - Entidades do grupo

A seguir, apresenta-se a descriminação das participações mantidas pela Entidade em entidades do Grupo a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009:

Percentagem de participação Valor contabilístico (Milhares de Euros)

País de residência 2010 2009 2010 2009

Directa Indirecta Directa Indirecta Banco de Valencia, S.A. (Nota 1.8) Espanha - 27,11 - 26,90 4 4 Bancaja Inversiones, S.A. Espanha 69,98 - 69,98 - 3 528 641 3 528 641 Bancaja Habitat, S.L. Espanha 99,80 0,20 99,80 0,20 414 046 264 046 Cavaltour, Agencia de Viajes, S.A. Espanha 50,00 - 50,00 50,00 210 210 Grupo Bancaja Centro de Estudios, S.A. Espanha 99,83 0,17 99,83 0,17 160 160 Operador Bancaseguros vinculado ao Grupo

Bancaja, S.A. Espanha 100,00 - 99,92 0,08 652 651

Aseval Consultora de Pensiones y Seguros, S.L. Espanha 99,00 1,00 99,00 0,50 3 3 Bancaja Gestión de Activos, S.L. Espanha 99,91 0,09 99,91 0,09 45 106 45 106 Bancaja Participaciones, S.L. Espanha 99,99 0,01 99,99 0,01 129 973 79 978 Bancaja Capital, S.A.U. Espanha 100,00 - 100,00 - 61 61 Bancaja Emisiones, S.A.U. Espanha 100,00 - 100,00 - 61 61 Bancaja US Debt, S.A.U. Espanha 100,00 - 100,00 - 61 61 Bancaja Eurocapital Finance, S.A.U. Espanha 100,00 - 100,00 - 60 60 CISA, Cartera de Inmuebles, S.L. Espanha 100,00 - 86,72 13,28 1 150 000 173 441

5 269 038 4 092 483 Acertos ao justo valor (1 917 410) (122 439)

3 351 628 3 970 044

Os movimentos brutos que tiveram lugar no exercício de 2010 nesta rubrica do balanço são apresentados a seguir:

Milhares de

Saldos a 1 de Janeiro 4 092 483 Aquisições 1 176 555 Alienações - Saldos a 31 de Dezembro 5 269 038

As principais variações que tiveram lugar em 2010 foram:

• Em Fevereiro, a Bancaja Participaciones, S.L. realizou um aumento de capital no valor de 50 000 milhares de euros, a que a Entidade atendeu desembolsando em numerário o referido montante.

• Em Novembro, a Entidade comprou 13,28% do capital social da CISA, Cartera de Inmuebles, S.L. (entidade que gere os activos adjudicados da Entidade) à entidade Bancaja Habitat, S.L. pelo valor de 26 559 milhares de euros, pelo que a 31 de Dezembro de 2010, a Entidade detém uma participação directa

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de cem por cento no capital da referida entidade. Adicionalmente, em Dezembro, a Entidade realizou um aumento de capital na CISA Cartera de Inmuebles, S.L. no valor de 950 000 milhares de euros.

• Em Dezembro, a entidade Bancaja Habitat, S.L. realizou um aumento de capital (com posterior redução para compensar perdas) no valor de 150 000 milhares de euros, a que a Entidade atendeu desembolsando em numerário o referido montante.

12.4 Notificações sobre aquisições

As notificações sobre aquisição e venda de participações no capital de entidades do grupo, associadas e multigrupo, em cumprimento do disposto no artigo 86 da Lei das Sociedades de Capital e no artigo 53 da Lei 24/1988, do Mercado de Valores, do exercício de 2010, são indicadas a seguir:

Percentagem de Participação Líquida

Actividade Adquirido no Exercício

No fecho do Exercício

Data de Notificação à Sociedade Participada

CISA, Cartera de Inmuebles, S.L. Imobiliária 13,28% 100,00% Novembro de 2010

Banco Financiero y de Ahorros, S.A. Entidade Financeira 37,70% 37,70% Dezembro de 2010

12.5 Perdas por imparidade

A seguir, apresenta-se um resumo dos movimentos que afectaram as perdas por imparidade destas rubricas ao longo dos exercícios de 2010 e de 2009:

Milhares de Euros

Entidades

Dependentes Empresas Associadas

Negócios Conjuntos Total

Saldo a 1 de Janeiro de 2009 - - - - Dotações com débito nos resultados 122 439 - - 122 439 Saldo a 31 de Dezembro de 2009 122 439 - - 122 439 Dotações com débito nos resultados (Nota 36) 237 286 - - 237 286 Acerto por colocação ao justo valor (Nota 1.2) 1 557 685 - - 1 557 685 Saldo a 31 de Dezembro de 2010 1 917 410 - - 1 917 410

O saldo a 31 de Dezembro de 2010 das perdas por imparidade descriminadas na tabela anterior, correspondem aos acertos ao justo valor estimados pela Entidade nas participações da CISA, Cartera de Inmuebles, S.L., Bancaja Habitat, S.L. e Bancaja Inversiones, S.A, no valor de 902 439, 391 961 e 623 010 milhares de euros, respectivamente.

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13. Activo corpóreo

O movimento ocorrido nesta rubrica do balanço nos exercícios de 2010 e de 2009 foi o seguinte:

Milhares de Euros De Utilização Investimentos Obra Própria Imobiliários Social Total Custo- Saldos a 1 de Janeiro de 2009 836 861 4 152 74 423 915 436 Inclusões / alienações (líquidas) 23 187 - 1 081 24 268 Transferências e outros (1 750) - - (1 750) Saldos a 31 de Dezembro de 2009 858 298 4 152 75 504 937 954 Inclusões / alienações (líquidas) 16 764 - 230 16 994 Transferências e outros (5 185) - - (5 185) Saldos a 31 de Dezembro de 2010 869 877 4 152 75 734 949 763 Amortização acumulada- Saldos a 1 de Janeiro de 2009 (323 458) (1 125) (23 847) (348 430) Inclusões / alienações (líquidas) 10 850 - - 10 850 Amortização anual (36 849) (81) - (36 930) Transferências e outros 176 - (4 037) (3 861) Saldos a 31 de Dezembro de 2009 (349 281) (1 206) (27 884) (378 371) Inclusões / alienações (líquidas) 6 324 - 1 237 7 561 Amortização anual (32 200) (82) (3 908) (36 190) Transferências e outros 418 - - 418 Saldos a 31 de Dezembro de 2010 (374 739) (1 288) (30 555) (406 582) Perdas por imparidade- Saldos no início do exercício de 2009 (303) - - (303) Dotação / (libertação) líquida com débito / (crédito) na conta de resultados

(2) - - (2)

Saldos a 31 de Dezembro de 2010 (305) - - (305) Activo corpóreo líquido- Saldos a 31 de Dezembro de 2009 508 714 2 946 47 620 559 280 Saldos a 31 de Dezembro de 2010 494 833 2 864 45 179 542 876

A obtenção do montante recuperável dos imóveis que compõem o activo corpóreo da Entidade, tanto por investimentos imobiliários como de utilização própria, baseia-se, fundamentalmente, em avaliações realizadas por agências de avaliação inscritas no Registo Oficial do Banco de Espanha, sem que as mesmas tenham uma antiguidade superior a 3-5 anos. O justo valor para os exercícios de 2010 e 2009 é o seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

De imóveis de utilização própria

349 988 358 775

Investimentos imobiliários 2 864 2 946

Total 352 852 361 721

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13.1 Activo corpóreo de uso próprio

A distribuição, de acordo com a sua natureza, das rubricas que integram o saldo desta rubrica do balanço, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, é a seguinte:

Milhares de Euros Amortização Perdas por Saldo Custo Acumulada Imparidade Líquido

Saldos a 1 de Janeiro de 2009 836 861 (323 458) (303) 513 100 Edifícios e construções 421 389 (62 308) (303) 358 778 Mobiliário e veículos 43 109 (23 553) - 19 556 Instalações 298 398 (176 913) - 121 485 Equipamento de escritório e informatização 95 402 (86 507) - 8 895 Saldos a 31 de Dezembro de 2009 858 298 (349 281) (303) 508 714 Edifícios e construções 416 396 (66 103) (305) 349 988 Mobiliário e veículos 44 622 (25 276) - 19 346 Instalações 303 260 (192 420) - 110 840 Equipamento de escritório e informatização 105 599 (90 940) - 14 659 Saldos a 31 de Dezembro de 2010 869 877 (374 739) (305) 494 833

A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, não existem rubricas correspondentes ao imobilizado corpóreo que a Entidade mantenha em regime de arrendamento financeiro.

A Entidade não registou qualquer montante correspondente a imobilizado corpóreo de utilização própria em processos de recuperação de quantias em dívida por terceiros.

A 31 de Dezembro de 2010, os activos corpóreos de uso próprio, num montante bruto de 235 421 milhares de euros (189 325 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009), aproximadamente, encontravam-se totalmente amortizados.

O montante dos compromissos de aquisição de activos corpóreos, a 31 de Dezembro de 2010, ascende aos 270 milhares de euros (mesmo montante a 31 de Dezembro de 2009).

A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, não existiam activos corpóreos de uso próprio de montantes significativos que:

- Se encontrassem temporariamente fora de uso.

- Tendo sido retirados do seu uso activo, não se tenham classificado como activos não correntes detidos para venda.

13.2 Investimentos imobiliários

Nesta rubrica reúnem-se os terrenos, edifícios e outras construções mantidos, quer para exploração em regime de aluguer, quer para a obtenção de futuras mais-valias de venda.

No exercício de 2010, os rendimentos derivados de rendas provenientes dos investimentos imobiliários propriedade da Entidade ascenderam aos 758 milhares de euros (336 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009) (ver Nota 30), e os gastos de exploração por todas as vertentes relacionadas com as mesmas ascenderam aos 30 e aos 20 milhares de euros, respectivamente.

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A Entidade tem registados 5 milhares de euros correspondentes a investimentos imobiliários procedentes de processos de recuperação de quantias em dívida por terceiros.

13.3 Perdas por imparidade

A seguir é apresentado um resumo de movimentos afectos a esta rubrica dos balanços a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, em anexo:

Milhares de Euros

2010 2009 Saldo a 31 de Dezembro de 2009 303 303 Dotações / (libertações) com débito nos resultados (Nota 36)

2 -

Saldo a 31 de Dezembro de 2010 305 303

14. Activo incorpóreo

14.1 Outro activos incorpóreos - Movimentos

A discriminação dos activos incluídos nesta rubrica dos balanços, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Aplicações informáticas- Desenvolvidas internamente 7 448 5 923 Restantes 25 865 27 035 Total bruto 33 313 32 958 Menos- Amortização acumulada (33 313) (12 998) Total líquido - 19 960

O movimento (montantes brutos) ocorrido nesta rubrica dos balanços, ao longo dos exercícios de 2010 e de 2009, foi o seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Saldo a 1 de Janeiro 32 958 29 948 Inclusões 5 502 3 038 Alienações ou outros meios (5 147) (28) Saldo a 31 de Dezembro 33 313 32 958

Para além das rubricas referidas anteriormente, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, não existiam activos incorpóreos que fossem controlados pela Entidade mas que não tenham sido registados pelo não cumprimento de todos os requisitos exigidos para tal na Circular 4/2004.

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14.2 Amortização dos activos incorpóreos de vida de finida

A seguir, apresentamos um resumo dos movimentos que afectaram a amortização acumulada dos activos incorpóreos de vida útil definida nos exercícios de 2010 e de 2009:

Milhares de Euros 2010 2009

Saldo a 1 de Janeiro 12 998 7 415 Dotações com débito nos resultados do exercício (Nota 34)

25 468 5 668

Outros movimentos (5 153) (85) Saldo a 31 de Dezembro 33 313 12 998

A 31 de Dezembro de 2010, a totalidade dos activos incorpóreos em utilização encontrava-se totalmente amortizada (1 664 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009).

15. Restantes activos

A composição dos saldos desta rubrica dos balanços em anexo, é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Periodificações 11 290 14 743 Gastos liquidados não acumulados 3 369 2 390 Outros conceitos 28 177 24 013

Total 42 836 41 146

Todos os montantes correspondem ao habitual modo operacional da Entidade com os mercados financeiros e os seus clientes.

16. Passivos financeiros ao custo amortizado

Na Nota 2.1.3, apresentam-se determinadas informações sobre o justo valor dos passivos financeiros incluídos nesta categoria. Na nota 39 apresentam-se determinadas informações sobre o risco de liquidez e de mercado dos passivos financeiros incluídos nesta categoria.

16.1 Recursos de bancos centrais

A composição dos saldos desta rubrica dos balanços em anexo, é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Banco de Espanha 7 364 999 4 600 000 Acertos por valorização 3 589 16 547

Total 7 368 588 4 616 547

O montante incluído no Banco de Espanha, da tabela anterior, encontra-se assegurado por títulos de taxa fixa incluídos na rubrica «Activos financeiros disponíveis para venda - Valores representativos de dívida»,

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«Investimento a crédito - Valores representativos de dívida», e títulos de dívida em carteira, de titularizações próprias, num montante equivalente (ver Notas 7, 8 e 16.3).

A taxa de juro média efectiva dos instrumentos de dívida classificados nesta rubrica, a 31 de Dezembro de 2010, era de 1,02% (1,78% a 31 de Dezembro de 2009).

16.2 Recursos de entidades de crédito

A composição do saldo desta rubrica dos balanços em anexo, atendendo à natureza das operações, é indicada a seguir:

Milhares de Euros 2010 2009

À ordem- Outros passivos financeiros 1 536 902 968 228

1 536 902 968 228

A prazo ou com pré-aviso- Contas a prazo 4 930 675 2 778 325

4 930 675 2 778 325

Outros- Participações emitidas 345 000 - Cessão temporária de activos 999 688 4 095 301

1 344 688 4 095 301 Acertos por valorização 19 900 24 652

Total 7 832 165 7 866 506

A taxa de juro média efectiva dos instrumentos de dívida classificados nesta rubrica, a 31 de Dezembro de 2010, era de 1,05% (1,67% a 31 de Dezembro de 2009).

16.3 Recursos de clientes

A composição do saldo desta rubrica dos balanços em anexo, atendendo à situação geográfica, a sua natureza e as contrapartes das operações, é indicada a seguir:

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Milhares de Euros 2010 2009

Por situação geográfica- Espanha 48 460 158 49 410 398 Restantes países da UE 317 159 301 590 América Latina 165 665 151 618 Outros 291 113 320 076 Acertos por valorização 226 350 187 447 49 460 445 50 371 129 Por natureza- Contas correntes 4 010 576 4 427 881 Contas poupança 10 377 434 9 841 318 Depósitos a prazo 23 699 717 32 959 234 Cessão temporária de activos 11 092 493 2 566 247 Outros fundos à ordem 53 875 389 002 Acertos por valorização 226 350 187 447 49 460 445 50 371 129 Por contrapartes- Administrações Públicas 2 151 761 2 941 657 Outros sectores residentes 46 308 397 46 538 161 Outros sectores não residentes 773 937 703 864 Acertos por valorização 226 350 187 447 49 460 445 50 371 129

A rubrica «Recursos de clientes - Depósitos a prazo» da tabela anterior inclui, a 31 de Dezembro de 2010, um montante de 6 e 1 104 milhões de euros a título de depósitos efectuados pelas sociedades da Bancaja US Debt, S.A.U. e Bancaja Emisiones, S.A.U., respectivamente (6 e 1 390 milhões de euros a 31 de Dezembro de 2009, respectivamente), como contrapartida da quase totalidade do montante das emissões de dívida realizadas pelas mencionadas sociedades, pendentes de amortizar à referida data.

Da mesma forma, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica «Recursos de clientes - Depósitos a prazo» inclui 7 637 e 8 892 milhões de euros, respectivamente, que correspondem basicamente à contrapartida das titularizações posteriores a 1 de Janeiro de 2004, das quais o risco não foi transferido de forma significativa e que, portanto, não foram alienados do activo do balanço (ver Nota 22.4). Este montante apresenta-se líquido dos títulos de dívida emitidos pelos fundos de titularização, que foram adquiridos pela Entidade por um montante de 8 126 e 8 955 milhões de euros, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, respectivamente. Destes, um total de 284 milhões de euros foram novamente comprados a preço de mercado no exercício de 2010 (358 milhões de euros no exercício de 2009) e geraram um lucro de 73 026 e de 133 342 milhares de euros em 2010 e 2009 respectivamente, que foi registado na rubrica «Resultados de operações financeiras (líquido)» das contas de perdas e ganhos em anexo (ver Nota 28).

A taxa de juro média efectiva dos instrumentos de dívida classificados nesta rubrica, a 31 de Dezembro de 2010, era de 2,15% (3,08% a 31 de Dezembro de 2009).

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Obrigações hipotecárias

A descriminação das obrigações hipotecárias, que se encontram classificadas dentro dos depósitos a prazo da Entidade, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, é a seguinte:

2010 2009 Montante Montante

Vivo Taxa de Vivo Taxa de Emissão Juro Emissão Juro Periodicidade

Emissão (Milhares de

€) (%) (*)

(Milhares de €)

(%) (*) Juros

Maturidade

Obrigações TDA 9 FTA - - 500 000 0,57% Mensal 2010 AyT Obrigações Cajas Global XVII FTA - - 400 000 0,77% Trimestral 2010 Obrigações TDA 10 FTA 500 000 0,94% 500 000 0,60% Mensal 2011 Obrigações TDA 12 FTA 500 000 1,14% 500 000 0,83% Trimestral 2011 Obrigações TDA 13 FTA 500 000 1,48% 500 000 1,17% Trimestral 2011 AyT Obrigações Cajas Global XXI FTA 300 000 4,00% 300 000 4,00% Mensal 2011 Obrigações Caja Carlet 12 020 5,26% 12 020 5,26% Anual 2011 AyT Obrigações Caja XI FTA 350 000 1,14% 350 000 0,83% Trimestral 2012 AyT Obrigações Cajas Global XIX FTA 400 000 1,94% 400 000 1,65% Trimestral 2013 AyT Obrigações Cajas Global XXIV FTA

150 000 4,26% 150 000 4,26% Anual

2014

AyT Obrigações Cajas Global XX FTA 300 000 2,25% 300 000 1,93% Trimestral 2015 AyT Obrigações Cajas Global XXIII FTA

150 000 4,76% 150 000 4,76% Anual

2016

Obrigações TDA 18 FTA 300 000 3,50% - - Anual 2017 Obrigações Hipotecárias Nominativas 12NR

20 000 5,22% 20 000 5,22% Anual

2048

Total 3 482 020 4 082 020

(*) A taxa de juro apresentada é a vigente a 31 de Dezembro dos exercícios correspondentes.

Parte dos títulos emitidos pelos fundos aos quais foram atribuídas as emissões realizadas no exercício de 2010, no montante de 3 222 milhões de euros (3 153 milhões de euros no exercício de 2009), encontram-se registados como acções próprias na rubrica «Investimentos a crédito - Valores representativos de dívida» dos balanços em anexo (ver Nota 8.1).

16.4 Débitos representados por valores negociáveis

A composição do saldo desta rubrica dos balanços em anexo, é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009 Títulos de dívida e obrigações 14 577 431 14 713 504 Promissórias e outros valores 245 096 410 045 Títulos hipotecários 2 379 904 2 587 860 17 202 431 17 711 409

A taxa de juro média efectiva dos instrumentos de dívida classificados nesta rubrica, a 31 de Dezembro de 2010, era de 2,28% (2,84% a 31 de Dezembro de 2009).

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16.4.1 Títulos de dívida e obrigações emitidos

A descrição das emissões de títulos de dívida e obrigações, todas emitidas em euros, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, em função da taxa de juro, é a seguinte:

Milhares de Euros 31 de Dezembro de 2010 31 de Dezembro de 2009 Nominal Taxa de Nominal Taxa de 2010 2009 da Emissão Juro da Emissão Juro

(Milhares de

Euros) Anual (%)

(Milhares de Euros)

Anual (%)

Taxa fixa- 8 231 383 7 183 891 8 246 000 7 246 000 Títulos de dívida 10 120 811 120 811 120 000 3,95% 120 000 3,95% Títulos de dívida 11 120 408 120 408 120 000 3,95% 120 000 3,95% Títulos de dívida 20 210 322 210 322 210 000 3,94% 210 000 3,94% Obrigações Simples 8 58 096 57 484 50 000 1,50% 50 000 1,50% Obrigações Simples 9 512 130 511 130 500 000 4,25% 500 000 4,25% Obrigações Simples 12 515 829 515 277 500 000 4,38% 500 000 4,38% Obrigações Simples 15 1 516 192 1 500 690 1 500 000 3,00% 1 500 000 3,00% Obrigações Simples 17 204 024 202 016 200 000 2,81% 200 000 2,81% Obrigações Simples 19 252 615 250 228 250 000 3,38% 250 000 3,38% Obrigações Simples 20 1 507 282 1 491 502 1 500 000 3,00% 1 500 000 3,00% Obrigações Simples 22 787 418 779 462 796 000 2,38% 796 000 2,38% Obrigações Simples 23 1 441 544 1 424 561 1 500 000 3,00% 1 500 000 3,00% Obrigações Simples 24 984 712 - 1 000 000 3,13% - - Taxa variável- 6 168 026 7 452 539 6 347 000 7 687 572 Títulos de dívida 16 - 164 955 - - 162 572 6,50% Obrigações Simples 2 - 1 412 616 - - 1 500 000 0,86% Obrigações Simples 3 1 172 605 1 173 184 1 200 000 1,18% 1 200 000 0,87% Obrigações Simples 4 487 619 485 235 500 000 1,23% 500 000 0,93% Obrigações Simples 7 687 043 709 233 750 000 1,18% 750 000 0,84% Obrigações Simples 10 649 395 646 782 650 000 1,22% 650 000 0,91% Obrigações Simples 11 1 481 391 1 469 261 1 500 000 1,18% 1 500 000 0,88% Obrigações Simples 13 268 073 272 734 300 000 1,17% 300 000 0,86% Obrigações Simples 14 840 184 846 439 850 000 1,20% 850 000 0,91% Obrigações Simples 16 98 843 97 843 100 000 2,02% 100 000 1,72% Obrigações Simples 18 74 854 74 129 75 000 1,78% 75 000 1,47% Obrigações Simples 21 - 100 128 - - 100 000 1,22% Obrigações Simples 25 408 019 - 422 000 1,91% - -

14 399 409 14 636 430 Acertos de valorização de cobertura e outros 178 022 77 074

Saldo final 14 577 431 14 713 504

O movimento da conta «Títulos de dívida e obrigações emitidos», nos exercícios de 2010 e de 2009, sem incluir os acertos por valorização, foi o seguinte:

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Milhares de Euros

2010 2009 Saldo inicial 14 636 430 10 131 913 Emissões 1 392 731 5 920 559 Amortizações (1 677 699) (1 189 491) Outros 47 947 (226 551) Saldo final 14 399 409 14 636 430

A seguir faz-se a discriminação, por prazos de maturidade, do saldo destes instrumentos financeiros a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009:

Ano de Milhares de Euros Maturidade 2010 2009

2010 - 1 577 571 2011 1 207 140 1 326 725 2012 7 084 419 7 034 904 2013 1 161 525 1 157 912 2014 2 689 747 2 271 000 2015 1 195 034 210 322 2016 487 619 485 235 2017 515 829 515 277 2018 58 096 57 484

14 399 409 14 636 430

16.4.2 Promissórias e outros valores

A totalidade do montante desta rubrica corresponde a promissórias emitidas pelo desconto de caixa.

O movimento que ocorreu na conta «Promissórias e outros valores» nos exercícios de 2010 e de 2009 foi o seguinte:

Milhares de Euros

2010 2009 Saldo inicial 410 045 818 532 Emissões 3 044 707 4 385 919 Amortizações (3 209 656) (4 794 406) Saldo final 245 096 410 045

A totalidade do saldo de «Promissórias e outros valores» tem uma maturidade inferior a 1 ano e encontra-se referenciada em euros.

16.4.3 Títulos hipotecários

A descrição dos títulos hipotecários, emitidos todos em euros, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, é a seguinte:

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Milhares de Euros 31 de Dezembro de 2010 31 de Dezembro de 2009 Nominal Taxa de Nominal Taxa de 2010 2009 da emissão Juro da emissão Juro

(Milhares de

Euros) Anual (%)

(Milhares de Euros)

Anual (%)

Taxa fixa- Obrigações Hipotecárias 3 259 852 259 784 250 000 4,38% 250 000 4,38% Obrigações Hipotecárias 4 224 580 216 814 210 000 4,50% 210 000 4,50% Obrigações Hipotecárias 5 - 1 026 898 - - 1 000 000 5,00% Obrigações Hipotecárias 8 (*) (*) 220 000 5,50% 220 000 5,50% Obrigações Hipotecárias 9 604 239 604 483 603 800 4,00% 603 800 3,81% Obrigações Hipotecárias 10 477 683 478 094 463 100 3,50% 463 100 3,50% Obrigações Hipotecárias 11 (*) (*) 100 000 3,25% 100 000 3,25% Obrigações Hipotecárias 12 - (*) - - 150 000 2,25% Obrigações Hipotecárias 13 525 427 - 750 000 3,00% - - Obrigações Hipotecárias 14 (*) - 500 000 2,00% - - Obrigações Hipotecárias 15 (*) - 500 000 2,625% - - Obrigações Hipotecárias 16 (*) - 250 000 3,00% - - Obrigações Hipotecárias 17 286 762 - 350 000 3,00% - -

2 378 543 2 586 073 4 196 900 2 996 900 Acertos de valorização de cobertura e outros 1 361 1 787

Saldo final 2 379 904 2 587 860 (*) Cédulas hipotecárias mantidas em acções próprias.

O movimento que ocorreu na conta «Títulos Hipotecários» nos exercícios de 2010 e de 2009, sem considerar os acertos por valorização, foi o seguinte:

Milhares de Euros

2010 2009 Saldo inicial 2 586 073 2 404 222 Emissões 812 189 478 094 Amortizações (1 026 898) (297 081) Outros 7 179 838 Saldo final 2 378 543 2 586 073

A seguir faz-se a discriminação, por prazos de vencimento, do saldo destes instrumentos financeiros a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, sem ter em consideração os acertos por valorização:

Milhares de Euros Ano de Vencimento 2010 2009

2010 - 1 026 898 2011 604 239 604 483 2012 477 683 478 094 2013 1 036 769 216 814 2015 259 852 259 784

2 378 543 2 586 073

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As obrigações hipotecárias foram emitidas ao abrigo da Lei 2/1981, de 25 de Março, da Regulação do mercado hipotecário, e disposições que a desenvolvem.

16.5 Passivos subordinados

A descriminação do saldo desta rubrica do balanço, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, é a seguinte:

Milhares de Euros 31 de Dezembro de 2010 31 de Dezembro de 2009 Montante Taxa de Montante Taxa vivo Juro vivo Juro Emissão Anual Emissão Anual 2010 2009 (Milhares € (%) (2) Maturidade (Milhares € (%) (2) Maturidade

Taxa fixa- 565 856 912 995 556 601 1 082 400 Bancaja Emisiones 299 359 412 597 500 000 4,63% (1) 500 000 4,63% (1) Bancaja Capital 68 336 200 255 290 000 4,50% (1) 290 000 4,50% (1) Décima 198 161 300 143 191 800 4,38% PERPÉTUA 292 400 4,38% PERPÉTUA Taxa variável- 2 214 939 2 215 150 2 208 836 2 208 836 Terceira 18 058 18 060 18 030 3,38% PERPÉTUA 18 030 3,60% PERPÉTUA Sexta 1 803 1 803 1 803 5,00% PERPÉTUA 1 803 5,00% PERPÉTUA Sétima 1 503 1 503 1 503 5,00% PERPÉTUA 1 503 5,00% PERPÉTUA Oitava 300 250 300 350 300 000 1,11% 2022 300 000 1,55% 2022 Nona 287 678 287 544 287 500 1,38% 2018 287 500 1,07% 2018 Décima 1 005 012 1 004 975 1 000 000 7,25% 2019 1 000 000 7,25% 2019 Participações

preferenciais 1 300 285 300 467 300 000 1,43% PERPÉTUA 300 000 2,36% PERPÉTUA Participações

preferenciais 2 300 350 300 448 300 000 1,45% PERPÉTUA 300 000 1,85% PERPÉTUA

Saldo a 31 de Dezembro 2 780 795 3 128 145

(1) Estas emissões têm carácter perpétuo, mas existe uma opção de compra a 17/11/2014 (Bancaja Emisiones) e a 23/03/2015 (Bancaja Capital).

(2) A taxa de juro anual relativa e emissões à taxa de juro variável corresponde ao fecho do exercício.

Estas emissões têm carácter de subordinadas e, para efeitos da concessão de créditos, situam-se atrás de todos os credores comuns da Entidade.

Todas estas emissões receberam a qualificação necessária por parte do Banco de Espanha, para que possam ser calculadas como recursos próprios com os limites previstos pela norma vigente.

As emissões terceira, sexta, sétima, oitava e nona encontram-se asseguradas pela Entidade ou existem depósitos não disponíveis constituídos na Entidade em garantia das referidas emissões. Estas emissões têm carácter perpétuo, com opção de amortização aos 20 anos, mediante autorização do Banco de Espanha. A emissão oitava de dívida subordinada foi emitida em 2002, tendo carácter perpétuo, com opção de amortização aos 20 anos, mediante autorização do Banco de Espanha. A nona emissão (de 2005) possui opção de amortização aos 8 anos, como a décima (de 2006), de carácter perpétuo, com opção de amortização aos 10 anos.

Os juros acumulados pelos passivos subordinados, durante o exercício de 2010, ascenderam aos 111 641 milhares de euros (120 981 milhares de euros durante o exercício de 2009), que se encontram registados na rubrica «Juros e encargos similares» das contas de perdas e ganhos dos referidos exercícios. Adicionalmente, na referido rubrica encontra-se registada a imputação correspondente aos exercícios de 2010 e 2009 dos gastos de formalização dos passivos subordinados.

A taxa de juro média efectiva dos instrumentos de dívida classificados nesta rubrica, a 31 de Dezembro de 2010, era de 2,28% (1,72% a 31 de Dezembro de 2009).

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16.6 Outras informações

No passado dia 21 de Janeiro de 2011, foi inscrito nos Registos Oficiais da Comissão Nacional do Mercado de Valores, um Documento de Registo de Valores não Participativos no valor de 15 000 000 milhares de euros, que contempla os instrumentos de obrigações hipotecárias, obrigações territoriais, obrigações e títulos de dívida simples, obrigações e títulos de dívida subordinados, obrigações subordinadas especiais de carácter perpétuo e valores com componente derivado no pagamento de juros.

De igual forma, no passado dia 23 de Dezembro de 2010, foi inscrito nos Registos Oficiais da Comissão Nacional do Mercado de Valores, um Documento de Registo de Emissão de Promissórias da Entidade no valor de 6 000 000 milhares de euros.

16.7 Outros passivos financeiros

A composição do saldo desta rubrica do balanço a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, atendendo à sua natureza, é indicada a seguir:

Milhares de Euros 2010 2009

Obrigações a pagar 19 891 23 813 Fianças recebidas 6 097 7 519 Câmaras de compensação 14 864 Conta de cobrança 43 828 37 183 Contas especiais 83 672 104 809 Garantias financeiras 25 554 28 026 Outros conceitos 93 032 105 789 272 088 308 003

17. Provisões

A seguir, apresentam-se os movimentos, nos exercícios de 2010 e de 2009, e a finalidade das provisões registadas nestas rubricas dos balanços em anexo:

Milhares de Euros

Fundo para pensões e obrigações similares

Provisões para impostos e outras

contingências legais

Provisões para riscos e

compromissos contingentes (Nota 22.1)

Outras provisões Total

Saldos a 1 de Janeiro de 2009 220 350 672 50 175 - 271 197 Dotação líquida com débito nos resultados (Nota 35) 3 066 1 (24 497) - (21 430) Custo por juros dos fundos de pensões (Nota 24) 3 162 - - - 3 162 Utilizações e outros movimentos (32 656) - (3 563) - (36 219) Saldos a 31 de Dezembro de 2009 193 922 673 22 115 - 216 710 Dotação líquida com débito nos resultados (Nota 35) 410 765 2 276 52 576 57 785 523 402 Custo por juros dos fundos de pensões (Nota 24) 3 426 - - - 3 426 Utilizações e outros movimentos (30 460) 215 19 901 - (10 344) Saldos a 31 de Dezembro de 2010 577 653 3 164 94 592 57 785 733 194

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O saldo de «Provisões - Outras provisões» do quadro anterior reúne, basicamente, os fundos constituídos pela Entidade para a cobertura de determinados compromissos incluídos no Acordo Laboral no âmbito da constituição do Grupo Banco Financiero y de Ahorros (ver Nota 2.13).

17.1 Fundo para pensões e obrigações similares (com promissos com o pessoal) e contratos de seguros vinculados a pensõe s

Conforme é descrito na Nota 2.13, a Entidade tem assumidos com o pessoal determinados compromissos pós-emprego de benefício definido. A seguir, são detalhados os referidos compromissos por pensões e as retribuições a longo prazo, que estão registados como provisões nos balanços a 31 de Dezembro de 2010 e 2009:

Milhares de Euros 2010 2009

Compromissos pós-emprego- 730 467 344 472 Compromissos por pensões 272 139 271 921 Pré-reformas 451 832 66 306 Outros compromissos 6 496 6 245 Activos afectos (153 806) (151 495) Total de compromissos líquidos de activos afectos

576 661 192 977

Dos quais: Saldo devedor – Activo (1) 101 132 102 613 Saldo credor – Passivo (2) 577 653 193 922 (1) Incluído na rubrica «Contratos de seguros vinculados a pensões» do balanço. (2) Registado na rubrica «Provisões - Fundo para pensões e obrigações similares»

do balanço

17.2 Retribuições pós-emprego e de reforma

A seguir são descritos os vários compromissos pós-emprego, tanto de benefício definido como de contribuição definida, assumidos pela Entidade:

Planos de contribuição definida

A Entidade assumiu com os seus funcionários, em função do Pacto da Empresa, de 15 de Julho de 1998, subscrito com os representantes sindicais dos seus funcionários, o compromisso de realização de uma contribuição de 105% sobre o salário passível de pensão dos seus funcionários (calculado em função da categoria profissional e da idade do funcionário) para o fundo de pensões externo «Futurcaval, F.P.», gerido pela entidade Aseguradora Valenciana, S.A., de Seguros e Reaseguros, E.G.F.P..

As contribuições realizadas pela Entidade, durante o exercício de 2010, para o fundo de pensões externo ascenderam aos 10 369 milhares de euros (10 482 milhares de euros no exercício de 2009) que se encontram contabilizados na rubrica «Gastos de administração - Gastos com pessoal» da conta de perdas e ganhos em anexo.

Planos de benefício definido

A seguir é apresentada a conciliação entre o valor actual dos compromissos por pensões de benefício definido e apólices assumidas pela Entidade com os seus funcionários a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, o justo

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valor dos activos afectos ao plano e o dos direitos de reembolso não considerados como activos do plano, com os montantes contabilizados nos balanços nas referidas datas:

Milhares de Euros 2010 2009 Valores actuais dos compromissos- 272 139 271 921 Compromissos cobertos por activos «afectos» aos compromissos- 171 007 169 308

Com o pessoal no activo 33 536 28 506 Causados pelo pessoal passivo 137 471 140 802

Compromissos cobertos por activos «não afectos» aos compromissos 101 132 102 613 Outros compromissos - - Menos - Justo Valor dos activos afectos aos compromissos- 153 806 151 495 Saldo registado na rubrica «Provisões - Provisões para pensões e obrigações similares» 119 325 121 371

Justo valor dos activos destinados à cobertura de compromissos por pensões «não afectos» 101 132 102 613

Saldo registado na rubrica «Contratos de seguros vinculados a pensões» 101 132 102 613

O critério seguido pela Entidade é o do registo das perdas actuariais que evidenciem os compromissos por pensões pós-emprego.

A conta «Justo valor dos activos destinados à cobertura de compromissos por pensões “não afectos”» da tabela anterior inclui o justo valor da apólice de seguros contratada pela Entidade com a Aseval Consultora de Pensiones y Seguros, S.L., para a cobertura dos compromissos assumidos com os 516 funcionários aos quais é assegurada uma prestação complementar no momento da sua reforma, como anteriormente explicado. Esta apólice de seguros encontra-se contabilizada pelo seu justo valor na rubrica «Contratos de seguros vinculados a pensões» do activo do balanço. O justo valor desta apólice é igual ao das provisões matemáticas calculadas pela Aseval Consultora de Pensiones y Seguros, S.L.. A rentabilidade esperada desta apólice foi calculada tendo em conta a taxa de juro contratual estabelecida na mesma.

Por outro lado, o justo valor dos activos afectos ao plano, incluído na tabela anterior, é apresentado no balanço como diminuindo o justo valor dos compromissos assumidos com os funcionários aos quais se encontram atribuídos.

O valor actual dos compromissos foi determinado por avaliadores qualificados, que aplicaram para a avaliação os seguintes critérios:

• Métodos de cálculo:

− Compromissos instrumentados no Plano de Pensões: método «de atribuição do custo» em função do coeficiente salarial constante, desde a idade de entrada do participante até à data de avaliação.

− Restantes compromissos: Projected unit credit

• Pressupostos actuariais utilizados: imparciais e compatíveis entre si. Concretamente, os pressupostos actuariais mais significativos considerados nos cálculos foram:

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Mortalidade GRMF GRMF95 Invalidez OM77 OM 77 (Absoluta) Rotação Não

Taxa de juro técnica 4% / Tipos de

apólice Taxa de crescimento do salário nacional 3% Taxa de crescimento excesso do salário nacional 2% Taxa de crescimento de bases de incidência contributiva 2% Taxa de reavaliação das pensões passíveis de revisão 2% Idade estimada de reforma 65

• A idade estimada de reforma de cada funcionário é a primeira na qual tem direito a reformar-se.

A seguir é apresentada a conciliação entre o montante no início e no final dos exercícios de 2010 e de 2009 do valor actual das obrigações do plano por benefício definido:

Milhares de Euros 2010 2009 Saldo a 1 de Janeiro 163 151 163 674 Contribuições do promotor 8 135 8 262 Benefícios e provisões a cargo de seguradoras 8 198 11 965 Benefícios pagos (10 416) (10 765) Gastos próprios do plano (serviços profissionais, prémios de seguradoras, etc.) (2 930) (6 195)

Resultados (perdas e ganhos actuariais) (2 509) (3 790)

Saldo a 31 de Dezembro 163 629 163 151

A seguir é apresentada a conciliação entre o montante no início e no final dos exercícios de 2010 e de 2009 do justo valor dos activos do plano dos compromissos de benefício definido:

Milhares de Euros 2010 2009 Saldo a 1 de Janeiro 145 338 140 074 Contribuições do promotor 8 135 8 262 Benefícios e provisões a cargo de seguradoras 8 198 11 965 Benefícios pagos (10 416) (10 765) Gastos próprios do plano (serviços profissionais, prémios de seguradoras, etc.) (2 930) (6 229)

Resultados (perdas e ganhos actuariais) (1 897) 2 031

Saldo a 31 de Dezembro 146 428 145 338

A seguir é apresentada a descriminação do justo valor dos principais tipos de activos que formavam os activos do plano incluídos na tabela anterior, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009:

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Milhares de Euros 2010 2009 Acções 4 589 3 468 Instrumentos de dívida 10 663 8 403 Imóveis 27 26 Apólices de seguros 125 349 128 933 Tesouraria 5 413 3 816 Outros activos 387 692 Total 146 428 145 338

Em seguida apresenta-se o valor de determinadas razões relacionadas com os compromissos pós-emprego de benefício definido a 31 de Dezembro de 2010, juntamente com os dados destas mesmas razões dos últimos três exercícios, para efeitos comparativos:

Milhares de Euros 2010 2009 2008 2007 Valor actual das obrigações de benefício definido 272 139 271 921 271 995 248 560 Justo valor dos activos do plano 153 806 151 495 145 093 145 560 Excedente / (Défice) do plano 992 945 40 - Provisões para pensões e obrigações similares registadas 119 325 121 371 126 902 103 000

17.3 Compromissos por pré-reformas

A seguir, apresenta-se a descriminação do valor actual dos compromissos por pré-reformas assumidos pela Entidade a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, assim como o justo valor dos activos afectos e não afectos a este tipo de compromissos nas datas referidas, juntamente com a indicação dos capítulos e rubricas dos balanços nas referidas datas nas quais se encontravam contabilizados:

Milhares de Euros 2010 2009 Valores actuais dos compromissos-

Pessoal em pré-reforma antes do exercício 2004 1 804 4 440 Pessoal em pré-reforma - plano de pré-reforma do ano

2004 e 2005 40 619 61 756 Pessoal em pré-reforma - plano de pré-reforma do ano

2007 80 350 Outros compromissos - 6 005

Saldo registado na rubrica «Provisões - Provisões para pensões e obrigações similares» 42 503 72 551

Não foi assumido qualquer compromisso pela Entidade, durante o exercício de 2010, com o pessoal em pré-reforma.

O valor actual dos compromissos foi determinado por avaliadores qualificados, que aplicaram para a avaliação os seguintes critérios:

• Pressupostos actuariais utilizados: imparciais e compatíveis entre si. Concretamente, os pressupostos actuariais mais significativos considerados nos cálculos foram:

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Tabelas de sobrevivência GRMF95 Taxa de juro técnica 2,60% IPC 2% Taxa de crescimento das contribuições acordo especial 2%

Idade estimada de reforma 65 Rotação -

• A idade estimada de reforma de cada funcionário é a primeira na qual tem direito a reformar-se.

A seguir é apresentada a conciliação entre o montante no início e no final dos exercícios de 2010 e de 2009 do valor actual das obrigações por benefício definido:

Milhares de Euros 2010 2009 Saldo a 1 de Janeiro 66 546 79 630 Dotações para provisões (2 403) 3 460 Transferências e outros - 7 815 Custo por juros 2 902 2 430 Benefícios pagos (24 542) (26 789)

Saldo a 31 de Dezembro (Nota 2.13) 42 503 66 546

17.4 Compromissos derivados do Acordo Laboral

O valor actual dos compromissos derivados do Acordo Laboral ascende a:

• 409 329 milhares de euros pelo compromisso das pré-reformas (ver Nota 2.13.2).

• 57 785 milhares de euros pelos restantes compromissos (ver Nota 2.13.2).

A Entidade registou provisões equivalentes ao valor actual dos compromissos referidos nas rubricas «Provisões - Fundo para pensões e obrigações similares» e «Provisões - Outras provisões», respectivamente.

O valor actual anteriormente descrito foi determinado por avaliadores qualificados, que aplicaram para a avaliação os seguintes critérios:

• Pressupostos actuariais utilizados: imparciais e compatíveis entre si. Concretamente, os pressupostos actuariais mais significativos considerados nos cálculos foram:

Mortalidade GRMF GRMF95 Taxa de juro técnica 2% Taxa de crescimento do salário nacional 2% Número estimado de funcionários que aceitarão cada um dos compromissos 1 152

• Em relação ao número estimado de funcionários que aceitarão cada um dos compromissos anteriores relativos ao Acordo Laboral, há que indicar que:

• Estimou-se que aceitarão a modalidade de pré-reforma 1 132 funcionários da Entidade.

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• Por sua vez, a estimativa do número de funcionários afectados por medidas de mobilidade geográfica que dão lugar a compromissos de indemnização por parte da Entidade é de 100 funcionários, aproximadamente, com uma variação média em quilómetros, em relação ao seu posto de trabalho actual, de 200 quilómetros.

• O número de funcionários que aceitarão as medidas de cessação de contrato com retribuição e de suspensão de contrato e que serão aceites pela Entidade foi estimado em 50 funcionários, para cada modalidade.

18. Restantes passivos

A composição do saldo desta rubrica do balanço, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Periodificações de gastos com pessoal 51 802 80 226 Periodificações de gastos gerais 46 593 65 933 Outras periodificações de comissões e gastos 35 195 26 182 Operações a decorrer e outros conceitos 10 499 19 377 144 089 191 718

19. Acertos por valorização

A 31 de Dezembro de 2010, e em consequência do registo contabilístico aplicado pela Entidade no processo de constituição do novo Grupo descrito na Nota 1.2, não existe saldo nesta rubrica do balanço.

19.1 Activos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica do balanço agrega o montante líquido das variações do justo valor dos activos classificados como disponíveis para venda que, conforme o disposto na Nota 2, devem ser classificados como parte integrante do património líquido; variações que são registadas na conta de perdas e ganhos aquando da venda dos activos nos quais têm origem ou quando ocorre a imparidade destes activos.

A seguir, apresenta-se a distribuição da rubrica «Acertos por valorização - Activos financeiros disponíveis para venda», a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, classificada por tipos de instrumentos:

Milhares de Euros

Valores Representativos

de Dívida

Outros Instrumentos de Capital Total

31 de Dezembro de 2009- Valor de mercado (Nota 2.1.3) 2 087 545 127 502 2 215 047 Acertos por valorização (34 814) 14 147 (20 667) 31 de Dezembro de 2010- Valor de mercado (Nota 2.1.3) 5 608 323 79 070 5 687 393 Acertos por valorização (Nota 1.2) - - -

Na demonstração de rendimentos e gastos reconhecidos nos exercícios de 2010 e de 2009, apresentam-se os movimentos ocorridos nesta rubrica do balanço durante os referidos exercícios.

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19.2 Coberturas de fluxos de caixa

Esta rubrica dos balanços, em anexo, agrega, por sua vez, o montante líquido das variações de valor dos derivados financeiros designados como instrumentos de cobertura em coberturas de fluxo de caixa, na parte das referidas variações consideradas como «cobertura eficaz» (ver Nota 10). A 31 de Dezembro de 2010 o saldo desta rubrica é nulo, de acordo com o que é descrito na Nota 1.2.

Na demonstração de rendimentos e gastos reconhecidos nos exercícios de 2010 e de 2009, que faz parte integrante da demonstração de variações no património líquido, apresentam-se os movimentos ocorridos nesta rubrica do balanço durante os referidos exercícios.

19.3 Diferenças de câmbio

Esta rubrica dos balanços, em anexo, agrega o montante líquido das diferenças de câmbio com origem nas rubricas não monetárias cujo justo valor é ajustado com contrapartida no património líquido e das quais ocorrem, ao converter em euros, os saldos nas moedas funcionais da Entidade, cuja moeda funcional é diferente do euro.

Na demonstração de rendimentos e gastos reconhecidos nos exercícios de 2010 e de 2009, que faz parte integrante da demonstração de variações no património líquido, apresentam-se os movimentos ocorridos nesta rubrica do balanço durante os referidos exercícios.

20. Reservas

Na demonstração total de variações no património líquido, que faz parte integrante da Demonstração de Variações no Património Líquido da Entidade dos exercícios de 2010 e de 2009, apresenta-se a descrição das variações ocorridas nesta rubrica do património líquido durante os referidos exercícios.

A Entidade registou, a 31 de Dezembro de 2010, um débito nas reservas no montante de 2 546 milhões de euros, em consequência do tratamento contabilístico realizado pelos Administradores para a integração da Entidade num SIP (ver Nota 1.2.4).

21. Situação fiscal

21.1 Grupo Fiscal Consolidado

De acordo com a norma vigente, o Grupo Fiscal Consolidado inclui a Entidade, como sociedade dominante, e, como dominadas, as sociedades espanholas dependentes, que cumprem os requisitos exigidos para o efeito, pela norma reguladora de tributação sobre o lucro consolidado dos Grupos de Sociedades.

A composição do Grupo Fiscal Consolidado, no exercício de 2010, é a seguinte: a Entidade; Operador Banca-Seguros vinculado ao Grupo Bancaja, S.A., (antes, Segurval, S.A.); Bancaja Hábitat, S.L., (antes, Cartera de Inmuebles S.L.); Grupo Bancaja Centro Estudios, S.A.; Bancaja Fondos, S.G.I.I.C., S.A.; Valenciana de Inversiones Mobiliarias, S.A.; Bancaja Consultora de Riesgos, S.L.; Bancaja Participaciones, S.L., (antes, SBB Participaciones, S.L.); Invercalia Gestión Privada, S.A, (antes, Bageva Inversiones, S.A.); Bancaja Capital, S.A.U.; Bancaja Emisiones, S.A.U.; Hotel Alameda Valencia, S.L.; Ocio Los Monteros, S.L.U.; Encina Los Monteros, S.L.U.; Mas de Peirón, S.L.; Valldigna del Mar, S.L.U.; Bancaja Gestión de Activos, S.L.; Bancaja US Debt, S.A.U.; CISA, Cartera de Inmuebles, S.L.U.; Habitat Vida & Resorts, S.L.U. (antes, Brosquil Hábitat S.L.U.); Fuentes de Chiva S.L.U.; Santa Pola Life Resorts S.L.U.; Bancaja Eurocapital Finance, S.A.U.; Arcalia Patrimonios, S.V., S.A.; Arcalia Inversiones, S.G.I.I.C., S.A.; Arcalia Servicios, S.A.; Benidorm Complejo de Vida & Golf, S.L.U.; Costa Eboris, S.L.U.; Trebol Habitat, S.L.U.; Icono Mediterráneo S.L.U. ; Hábitat Resorts S.L.U.; Gestión y Dirección Sociosanitaria Residencial S.L.U.; Sector Residencial La Maimona S.L.U.; Urbanizadora Madrigal, S.L.; Ansogasa, S.L.; Dicumar Balear, S.L.U.; Urbanización Norte Peñíscola, S.L. e Civitas Inmuebles, S.L.U.

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21.2 Exercícios sujeitos a auditoria fiscal

A 31 de Dezembro de 2010, a Caja tinha pendente de auditoria os exercícios de 2007, 2008 e de 2009 para o Imposto sobre Sociedades e restantes obrigações e deveres tributários.

Devido à possibilidade de diferentes interpretações que podem derivar das normas fiscais, os resultados das auditorias para os anos sujeitos ou abertos a verificação podem dar lugar a passivos fiscais contingentes, cujo montante não é, actualmente, passível de quantificação de maneira objectiva. Apesar disso, na opinião dos Administradores e da Direcção da Caja, a possibilidade de se materializarem passivos significativos adicionais aos registados é remota.

21.3 Conciliação dos resultados contabilísticos e f iscais

A seguir, apresenta-se a distribuição do saldo da rubrica «Impostos sobre Lucros» da conta de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e de 2009:

Milhares de Euros 2010 2009

Gasto por Imposto sobre Lucros do exercício (24 606) 6 432 Acerto no gasto pelo imposto sobre lucros de exercícios anteriores

(3 455) (1 799)

Gasto por imposto de administrações estrangeiras 410 871 Imposto sobre Sociedades Escritórios no Estrangeiro 251 365 Total do gasto imposto sobre sociedades (27 400) 5 869

A seguir, apresenta-se uma conciliação entre o gasto por Imposto sobre lucros do exercício contabilizado na conta de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e de 2009 e o resultado, antes de impostos, dos referidos exercícios multiplicado pela taxa tributária vigente:

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Milhares de Euros 2010 2009

Resultado antes de impostos 74 988 160 970 Imposto sobre lucros à taxa tributária de 30% 22 496 48 291 Efeito das diferenças permanentes: (6 002) (14 276) Deduções e bonificações do imposto com origem em: Dupla tributação sobre dividendos (39 957) (24 724) Dupla tributação internacional (356) (348) Investimentos - (1 570) Outras (787) (941) Gasto do exercício pelo imposto sobre Lucros registado com contrapartida na conta de resultados

(24 606) 6 432

Variação de impostos diferidos devedores com débito na conta de perdas e ganhos

125 005 31 882

Variação de impostos diferidos credores com débito na conta de perdas e ganhos 1 251 (500)

Variação de impostos diferidos devedores por colocação ao justo valor (Nota 1.2)

999 301 -

Variação de impostos diferidos devedores/débitos e créditos nas reservas com efeitos fiscais (Nota 21.7 ex. 2009)

- (2 937)

Variação de impostos diferidos devedores (créditos de imposto) (27 048) (34 877) Pagamentos por conta do Imposto sobre Sociedades (53 892) (15 264) Total 1 020 011 (15 264) Dos quais: Colecta do Imposto sobre Lucros 20 710 (15 264) Integração reservas 999 301 -

No exercício de 2010, a previsão contabilística do imposto sobre sociedades consiste numa colecta prévia de 101 650 milhares de euros e deduções e bonificações geradas no exercício por 41 100 milhares de euros, compensando-se as deduções geradas em exercícios anteriores pelo grupo fiscal e pendentes de aplicação por 27 048 milhares de euros, projectando, por isso, a previsão da liquidação de uma quota individual a pagar de 20 710 milhares de euros, tendo em conta as retenções e pagamentos por conta efectuados durante o exercício de 2010 num montante de 53 892 milhares de euros.

Pela técnica de liquidação do imposto, serão aplicadas, em primeiro lugar, as deduções por dupla tributação procedentes do exercício e de exercícios anteriores e, depois, as restantes deduções. Em consequência deste cálculo, na previsão contabilística do imposto sobre sociedades do exercício de 2010 foram aplicados os montantes tanto de deduções de exercícios anteriores como do actual, não restando qualquer montante pendente de aplicação por estes conceitos, indicando-se, a seguir, a demonstração das mesmas:

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Milhares de Euros Deduções geradas em cada exercício e pendentes de

aplicação a 31 de Dezembro de 2010

Geradas em 2009

Geradas em 2010

Total taxa de dedução

Aplicadas em 2010

Pendentes de aplicação

Dupla tributação interna: - 39 957 39 957 39 957 - Dupla tributação internacional: - 356 356 356 - Reinvestimento de lucros: 25 842 - 25 842 25 842 - Incentivos às actividades I + D: 405 - 405 405 - Incentivos a outras actividades: 801 - 801 801 - 27 048 40 313 67 361 67 361 -

A descriminação do saldo de deduções pendentes geradas em 2009 e exercícios anteriores no imposto individual da Entidade é o que se explica a seguir, com base na autoliquidação do imposto sobre sociedades consolidado, correspondente ao exercício de 2009, apresentada no mês de Julho de 2010, ou seja, uma vez aplicadas as deduções individuais pelo Grupo fiscal:

Milhares de Euros Deduções geradas em cada exercício e pendentes de

aplicação a 31 de Dezembro de 2009

Geradas em 2008

Geradas em 2009

Total taxa de dedução

Aplicadas em 2009

Pendentes de aplicação

Ano de caducidade das deduções pendentes de aplicação a 31 de

Dezembro de 2009

Dupla tributação interna: 10 860 - 10 860 (10 860) - - - - - Dupla tributação internacional: 524 - 524 (524) - - - - - Reinvestimento de lucros: 28 053 1 584 29 637 (3 795) 25 842 24 258 2018 1 584 2019 Incentivos às actividades I + D: 405 - 405 - 405 405 2023 - - Incentivos a outras actividades: 906 801 1 707 (906) 801 - - 801 2019 40 748 2 385 43 133 (16 085) 27 048 24 663 2 385

21.4 Impostos repercutidos no património líquido

A norma aplicável estabelece que determinadas categorias de activos e passivos sejam registadas ao seu justo valor com contrapartida no património líquido. Estas contrapartidas, denominadas «Acertos por valorização», incluem-se no património líquido da Entidade, líquidas do seu efeito fiscal, que se registaram, conforme o caso, como activos ou passivos fiscais diferidos.

Independentemente dos impostos sobre lucros repercutidos na conta de perdas e ganhos, nos exercícios de 2010 e de 2009, o Grupo repercutiu no seu património líquido os seguintes montantes, no conceito de imposto sobre sociedades, pelos seguintes conceitos:

Milhares de Euros 2010 2009

Reavaliação dos activos corpóreos - (38 123) Reavaliação de carteira disponível para venda - (6 063) Coberturas de fluxos de caixa - (4 497) Valores representativos de dívida - 14 920 - (33 763)

Devido à entrada em vigor da Circular 4/2004 do Banco de Espanha realizaram-se, no exercício de 2005, as reavaliações contabilísticas voluntárias descritas na Nota 4 do Relatório da Entidade do referido exercício. Estas reavaliações tiveram como objecto numerosos imóveis do imobilizado corpóreo, que foram valorizados

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ao seu valor de mercado, assim como determinadas aplicações informáticas amortizadas com débito nos resultados em exercícios anteriores e activadas com o carácter de incorpóreas, tudo em conformidade com a primeira Disposição Transitória da referida Circular do Banco de Espanha.

A autoliquidação pelo Imposto sobre Sociedades correspondente ao exercício de 2005, finalmente, não incluiu na base tributável estas reavaliações contabilísticas voluntárias, nos montantes de 128 672 milhares de euros correspondente ao imobilizado corpóreo (cujo efeito tributário registado, tendo em conta a correcção monetária, foi de 37 413 milhares, ainda que o seu efeito no património líquido tenha sido de apenas 121 530 milhares, tendo em conta as menos-valias, também registadas, de 7 142 milhares de euros), e de 1 016 milhares de euros correspondentes aos activos incorpóreos activados (com um efeito no património líquido de 607 milhares de euros, tendo em conta uma amortização também reavaliada por 82 milhares, o que motivou um efeito tributário de 327 milhares de euros), tudo isso em conformidade com as consultas obrigatórias V2204-05 e V0520-06, emitidas pela Direcção Geral de Impostos a 27 de Outubro de 2005 e a 27 de Março de 2006; assim sendo, as amortizações correspondentes a esta reavaliação também não foram integradas na referida base tributável, determinando acertos positivos na referida declaração por 774 e 200 milhares de euros, para os elementos do imobilizado e activos incorpóreos, respectivamente.

No exercício 2006, foram consideradas as cinco vendas de imobilizado corpóreo, determinando acertos positivos na declaração do Imposto sobre Sociedades por vendas e amortizações dos elementos indicados, reavaliados por 4 777 e 200 milhares de euros, para os elementos do imobilizado e activos incorpóreos, respectivamente.

No exercício 2007, foram consideradas as cinco vendas de imobilizado corpóreo, determinando acertos positivos na declaração do Imposto sobre Sociedades por vendas e amortizações dos elementos indicados, reavaliados por 1 401 e 176 milhares de euros, para os elementos do imobilizado e activos incorpóreos, respectivamente.

No exercício 2008, foram consideradas as cinco vendas de imobilizado corpóreo, determinando acertos positivos na declaração do Imposto sobre Sociedades por vendas e amortizações dos elementos indicados, reavaliados por 1 564 e 137 milhares de euros, para os elementos do imobilizado e activos incorpóreos, respectivamente.

A autoliquidação pelo Imposto sobre Sociedades correspondente ao exercício de 2009, que foi apresentada no mês de Julho de 2010, contempla duas vendas de imobilizado corpóreo, mantendo-se a restante reavaliação contabilística realizada, pelo que determinou, igualmente, acertos positivos na referida declaração por vendas e amortizações dos elementos indicados, reavaliados pelos montantes de 1 438 e de 86 milhares de euros, para os elementos do imobilizado e activos incorpóreos, respectivamente.

No exercício de 2010, nos elementos reavaliados ocorreram três transmissões de imobilizado corpóreo, mantendo-se a restante reavaliação contabilística realizada, pelo que na previsão do gasto por imposto, contabilizada ao fecho do exercício, foram calculadas como acertos positivos com base tributável pelas vendas e pela amortização não dedutível, na parte correspondente à reavaliação, montantes que, ao fecho de 2010, ascendem aos 1 553 e 29 milhares de euros, para os elementos de imobilizado e activos incorpóreos, respectivamente.

Com tudo isso, o montante da reavaliação realizada em 2005 é compensado com os referidos fundos acumulados e de amortização.

No âmbito da integração no SIP, os montantes contabilizados como «Acertos por valorização» no património líquido mostrado no balanço, a 31 de Dezembro de 2010, da Entidade integrante destas contas anuais do exercício de 2010, já sujeitos às deduções fiscais, foram eliminados do balanço com débito ou crédito, conforme o caso, nas reservas da Entidade. Estes débitos nas reservas correspondem com créditos nos «Acertos por valorização» pelo que, de um ponto de vista fiscal, esta mera transferência entre diferentes categorias das contas de património líquido não correspondem a reavaliações contabilísticas voluntárias realizadas no exercício de 2010, mas à aplicação das mesmas normas contabilísticas nos exercícios anteriores em conformidade com a Circular 4/2004 e discriminadas no relatório de cada exercício, ainda que modificando a contrapartida do património líquido utilizada.

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Em conformidade com o anterior, e independentemente dos impostos sobre lucros repercutidos na conta de perdas e ganhos, nos exercícios de 2010 e de 2009, o Grupo repercutiu nas suas contas de reservas os seguintes montantes, a título de imposto sobre sociedades, pelos seguintes conceitos:

Milhares de Euros 2010 2009

Reavaliação dos activos corpóreos (37 688) - Reavaliação de carteira disponível para venda a taxa variável

(3 567) -

Coberturas de fluxos de caixa 2 569 - Valores representativos de dívida 93 003 - 54 317 -

21.5 Impostos diferidos

Ao abrigo da norma fiscal vigente em Espanha e nos diferentes países em que a Entidade opera, nos exercícios de 2010 e de 2009, surgiram determinadas diferenças temporárias que devem ser tidas em conta a tempo de quantificar o correspondente gasto do imposto sobre lucros. As origens dos impostos diferidos, registados nos balanços a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, são as seguintes:

Impostos diferidos devedores com origem em:

Milhares de euros 2010 2009

Investimentos a crédito 217 995 271 942 Activos corpóreos e incorpóreos 3 719 3 720 Dotações para fundos de pensões 164 668 27 829 Outras provisões 143 202 72 670 Outros conceitos (créditos) 3 216 4 247 Outros 4 913 27 723 Créditos sociedades grupo fiscal 6 742 14 522 Outros activos fiscais devedores (créditos de imposto) (Nota 21.3) - 11 212 Acerto fiscais derivados da colocação ao justo valor (Nota 1.2) 999 301 - 1 543 756 433 865

Impostos diferidos credores com origem em:

Milhares de euros 2010 2009

Activos corpóreos e incorpóreos 26 091 26 992 Activos financeiros disponíveis para venda (93 003) (14 920) Macrocobertura (2 556) 4 497 Contribuição para a Bancaja Inversiones 127 005 127 005 Outros conceitos 6 308 11 857 Outros conceitos (diferido consolidação fiscal) 452 19 825 64 297 175 256

Os montantes existentes nos impostos diferidos (tanto de saldo devedor como credor) já estão registados à taxa geral de tributação de 30 porcento no Imposto sobre Sociedades, tendo-se reduzido todos os saldos

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contabilísticos em exercícios anteriores a partir da publicação da Lei 35/2006, de 28 de Novembro, que introduziu como modificação legislativa uma nova disposição adicional oitava ao texto modificado da Lei do imposto indicado.

A seguir, apresenta-se o movimento realizado nos impostos diferidos devedores e credores, contabilizados pela Entidade, nos exercícios de 2010 e de 2009:

Milhares de Euros Movimento de impostos diferidos devedores 2010 2009 Saldo a 1 de Janeiro 433 865 421 685 Impostos diferidos com origem no exercício 444 858 309 444 Reversão de impostos diferidos registados em exercícios anteriores (319 853) (264 076) Acertos com origem em exercícios anteriores (6 635) (3 147) Créditos sociedades grupo fiscal (7 780) 14 522 Outros activos fiscais devedores (créditos de imposto) - (44 563) Acerto derivados da colocação ao justo valor (Nota 1.2) 999 301 - Saldo a 31 de Dezembro 1 543 756 433 865

Movimento de impostos diferidos credores:

Milhares de Euros Movimentos de impostos diferidos credores 2010 2009 Saldo a 1 de Janeiro 175 256 123 862 Impostos diferidos com origem no exercício (1 242) - Reversão de impostos diferidos registados em exercícios anteriores (109 717) 31 424 Acertos com origem em exercícios anteriores - 19 970 Saldo a 31 de Dezembro 64 297 175 256

21.6 Dedução por imparidade em participações no cap ital

A informação correspondente ao exercício de 2009 sobre perdas por imparidade dos valores representativos da participação no capital de entidades do grupo, multigrupo e associadas nos termos da legislação comercial, com base na autoliquidação pelo referido exercício apresentada no mês de Julho de 2010, seria a seguinte:

Milhares de Euros Dedução fiscal Imparidade contabilística

acumulada a acumulada a

01-Jan Exercício de 2009 31-Dez 01-Jan

Exercício de 2009 31-Dez

Diferença F.P. em 2009

Contribuições/ devoluções

Integração fiscal

Pendente integrar

Avalis 7 - 7 7 - 7 - - - 7 CISA - 122 439 122 439 - - - 67 739 173 441 - - B.US Debt - - - 22 (6) 16 (6) - 6 16 Consultora de pensiones - - - - 0,18 0,18 0,18 - (0,18) 0,18 Eurobits 168 - 168 - 107 107 107 - (107) 275

A 31 de Dezembro de 2010, as perdas por imparidade dos valores representativos da participação no capital de entidades do grupo, multigrupo e associadas nos termos da legislação comercial, são as seguintes:

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Milhares de Euros Dedução fiscal Imparidade contabilística

acumulada a acumulada a

01-Jan Exercício de 2010 31-Dez 01-Jan

Exercício de 2010 31-Dez

Diferença F.P. em 2010

Contribuições/ devoluções

Integração fiscal

Pendente integrar

Avalis 7 - 7 7 - 7 - - - 7 CISA 122 439 237 286 359 725 - - - (169 995) 950 000 - - B.US Debt - - - 16 - 16 - - - 16 Consultora de pensiones - - - 0,18 - 0,18 - - - 0,18 Eurobits 168 - 168 107 - 107 - - 275

Em conformidade com o artigo 12.3 do texto modificado da Lei do Imposto sobre Sociedades, aprovado pelo Decreto Real Legislativo 4/2004, de 5 de Março, na sua redacção dada pela Lei 4/2008, de 23 de Dezembro, informa-se na tabela anterior das perdas por imparidade dos valores que cumprem as condições indicadas, sobre as quantias deduzidas no período tributário, a diferença no exercício entre o valor dos fundos próprios no início e no fecho do exercício, tendo-se em conta as contribuições ou devoluções de contribuições realizadas no mesmo, assim como as quantias integradas na base tributável do período e as pendentes de integração. Para determinar a citada diferença, tomaram-se os valores ao fecho do exercício, segundo balanços formulados ou aprovados pelo órgão competente.

As quantias indicadas correspondem à previsão do Imposto sobre Sociedades do exercício de 2010, registada na contabilidade ao fecho do exercício e, por isso, é possível que não corresponda às quantias definitivas do imposto que se auto-liquide no mês de Julho de 2011. As possíveis diferenças ocorrerão, fundamentalmente, nas secções de dedução fiscal da imparidade, assim como no cálculo da diferença dos fundos próprios, por não se contar, à data da formulação destas contas anuais, com os balanços formulados ou aprovados pelo órgão competente da sociedade participada.

As tabelas anteriores correspondem à informação solicitada em conformidade com o parágrafo 6º do artigo 12.3 do texto revisto, ou seja, apenas relativamente às sociedades do grupo, multigrupo ou associadas.

Durante os exercícios de 2010 e 2009, os valores representativos da participação em Martinsa-Fadesa SA não foram cotados num mercado regulado em nenhum dia dos exercícios indicados, pelo que resulta de aplicação aos mesmos o primeiro parágrafo do artigo 12.3 do referido Texto Modificado, ou seja, a dedução a título de perdas por imparidade com o limite da diferença positiva entre o valor dos fundos próprios no início e no fecho do exercício, tendo em consideração a imputação contabilística efectuada na conta de perdas e ganhos. Dado que os fundos próprios da participada no início dos exercícios de 2010 e 2009 são negativos, não se procedeu a dedução fiscal da imparidade.

21.7 Débitos e créditos em reservas com efeitos fis cais

Na previsão contabilística do imposto correspondente ao exercício de 2010, e em consequência da aplicação dos critérios indicados no ponto 1.2.4 deste Relatório, realizaram-se movimentos contabilísticos que tiverem reflexo na rubrica de «Reservas» dos fundos próprios do balanço a 31 de Dezembro de 2010, supondo um débito líquido no montante de 2 546 milhões de euros, correspondendo a um débito de 3 545 milhões de euros e o crédito do seu correspondente efeito fiscal, cujo montante ascende a 999 milhões de euros. Desta forma, pela transferência no fecho deste exercício dos saldos de reavaliação ao justo valor de imobilizado, creditou-se na conta contabilística de reservas um montante de 123 284 milhares de euros, bem como um efeito fiscal no montante de 37 688 milhares de euros.

À data da formulação destas contas anuais, não se formulou a declaração oficial do Imposto correspondente a este exercício de 2010, que incluirá os montantes definitivos do efeito fiscal gerado no período, em função do tratamento fiscal que corresponda a cada movimento contabilístico.

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21.8 Dedução por reinvestimento de lucros extraordi nários

A 31 de Dezembro de 2010, a Entidade não tem prevista a geração de futuras deduções do Imposto sobre Sociedades, por reinvestimento de lucros extraordinários, pelo que, na referida data, foram efectuadas todas as deduções que estavam pendentes de reinvestimento.

A Entidade admitiu, em 1996, 1997, 1998, 1999 e 2000, a possibilidade de tributar de forma diferida os lucros na venda de imobilizado e participações em sociedades superiores a 5%, com o requisito de reinvestir o montante total da venda por um montante de 5 199, 3 612, 14 250, 2 025 e 329 075 milhares de euros, respectivamente. O rendimento diferido nas referidas vendas ascendeu aos 2 494, 703, 1 803, 415 e 317 205 milhares de euros, respectivamente. A Entidade reinvestiu em edifícios um total de 3 756, 1 388, 1 989, 2 272 e 10 511 milhares de euros, nos anos de 1996, 1997, 1998, 1999 e 2000, imputando o rendimento pendente de integração na base tributável de forma proporcional à amortização das mesmas. O restante foi reinvestido noutros elementos do imobilizado, imputando o rendimento pendente nos 7 exercícios posteriores ao terceiro desde a venda, ficando pendente de reinvestimento, a 31 de Dezembro de 2000, um montante de 240 915 milhares de euros. Em 1996, 1997, 1998, 1999 e 2000, incorporaram-se na base tributável 24, 84, 60, 102 e 235 milhares de euros, respectivamente. O rendimento pendente de integração, no ano 2000, era de 322 115 milhares de euros.

No exercício de 2001, o rendimento pendente de integração aumentou 77 milhares de euros, como consequência das transmissões realizadas no referido exercício; apesar disso, adaptando-se ao disposto na Terceira Disposição Transitória da Lei 24/2001, de 27 de Dezembro de 2001, de Medidas Fiscais, Administrativas e da Ordem Social, e seguindo os critérios da Direcção Geral de Impostos, a Entidade agregou a nova dedução por reinvestimento de lucros extraordinários. A alteração da norma supõe a criação de uma nova dedução, à qual se tem direito fiscal no exercício em que ocorre o reinvestimento. Como consequência desta alteração das normas, a Entidade acedeu, na liquidação do Imposto sobre Sociedades do exercício de 2001, à incorporação na base tributável do rendimento diferido pendente por lucros extraordinários no montante de 193 382 milhares de euros, assim como a dedução de 32 802 milhares de euros na proporção abonada como reinvestida até 31 de Dezembro de 2001.

No exercício de 2002, foram transmitidos imóveis no montante de 11 129 milhares de euros que, de acordo com a norma em vigor, davam direito a dedução no exercício em que foram reinvestidos. O rendimento gerado pelas referidas transmissões é integrado na base tributável pelo montante de 2 001 milhares de euros.

Nos exercícios de 2001 e de 2002, realizaram-se investimentos em diferentes elementos do imobilizado corpóreo, incorpóreo e financeiro, no montante de 80 333 e 116 603 milhares de euros, respectivamente, que cumpriam os requisitos estabelecidos no artigo 36 Ter.3 da Lei do Imposto sobre Sociedades, e que eram susceptíveis de ser aplicados na materialização do reinvestimento; no entanto, a Entidade não aplicou as materializações mencionadas em nenhum reinvestimento das pendentes, optando pela sua aplicação juntamente com os investimentos do seguinte exercício tributário de 2003.

No exercício de 2003, aplicando a referida Terceira Disposição Transitória da Lei 24/2001, a Entidade optou por integrar, na base tributável, os restantes rendimentos diferidos pendentes de integração à data de entrada em vigor desta disposição, no montante de 128 810 milhares de euros. Da mesma forma, no exercício de 2003 foram integrados rendimentos gerados no ano, com direito a dedução por reinvestimento pelo montante de 3 835 milhares de euros. Os investimentos realizados até 25 de Julho de 2003, no montante de 158 842 milhares de euros, parcialmente procedentes de outras sociedades do grupo de tributação consolidada, aplicaram-se para completar o reinvestimento pendente de materialização por transmissão de elementos patrimoniais anteriores a 2002. Os investimentos realizados entre 26 de Julho e 31 de Dezembro de 2003 totalizaram 61 975 milhares de euros, que foram aplicados no reinvestimento pendente dos elementos transmitidos em 2002 e 2003, com direito a dedução por reinvestimento, por um montante de 18 436 milhares de euros, com um excedente de investimento num montante de 43 539 milhares de euros, susceptível de creditação como cumprimento do requisito de reinvestimento para transmissões realizadas no prazo de um ano desde cada investimento.

No exercício de 2004, incluíram-se, na base tributável, rendimentos agregados à dedução de 20% por reinvestimento de lucros extraordinários regulado no artigo 42 do Texto Modificado da Lei do Imposto, aprovado pelo DR Legislativo 4/2004, num montante de 10 863 milhares de euros, o que determinou um lucro fiscal de 2 173 milhares de euros; o reinvestimento necessário, que ascende aos 51 425 milhares de euros, foi

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afectado parcialmente no exercício de 2003, no período entre 26 de Julho e 31 de Dezembro, no montante de 42 257 milhares de euros e pela parte restante no exercício de 2004 no montante de 10 092 milhares de euros, gerando o direito de dedução pelo montante de lucro fiscal antes citado; esta informação consta com maior detalhe por parte do sujeito passivo, através de uma nota de margem na declaração de impostos, quantificando ainda o reinvestimento efectivamente materializado em 2004 num montante de 89 381 milhares de euros, pelo que se produz portanto um excedente de reinvestimento no montante de 79 289 milhares de euros, susceptível de ser creditado como cumprimento do requisito de reinvestimento para transmissões realizadas no prazo de um ano a partir de cada investimento.

No exercício de 2005, incluíram-se, na base tributável, rendimentos agregados à dedução de 20%, por reinvestimento de lucros extraordinários, regulado no artigo 42 do Texto Modificado da Lei do Imposto, num montante de 7 291 milhares de euros, o que determinou um lucro fiscal de 1 458 milhares de euros; esta dedução pode ser praticada na colecta correspondente ao período tributável de 2005, uma vez que o montante do reinvestimento necessário, que ascendia aos 13 993 milhares de euros, foi reinvestido na sua totalidade em 2004, durante o período compreendido dentro do ano anterior à data de cada transmissão. Para além disso, o reinvestimento efectivamente materializado em 2005 constitui, na sua totalidade, um excedente de reinvestimento susceptível de ser creditado como cumprimento do requisito de reinvestimento para transmissões realizadas no exercício de 2006, com um limite temporal de um ano a partir de cada investimento. Este excedente de reinvestimento ascendeu, por fim, aos 81 821 milhares de euros, cujo inventário detalhado é composto por 251 aquisições de imobilizado corpóreo e incorpóreo no montante global de 44 297 milhares de euros e 20 aquisições em participações de imobilizado financeiro que representam, cada uma delas, uma participação no capital superior a 5%, num montante global de 37 524 milhares de euros.

No exercício de 2006, incluíram-se, na base tributável, rendimentos agregados à dedução de 20%, por reinvestimento de lucros extraordinários, regulado no artigo 42 do Texto Modificado da Lei do Imposto, entre as quais se incluem rendimentos por transmissões de imobilizado corpóreo num montante de 775 milhares de euros, determinando um benefício fiscal de 155 milhares de euros; esta dedução pôde ser praticada na colecta correspondente ao período tributável de 2006, uma vez que o montante do reinvestimento necessário para esta dedução, que ascendia aos 2 074 milhares de euros, foi reinvestido na sua totalidade com o excedente de reinvestimento de 2005, durante o período compreendido dentro do ano anterior à data de cada transmissão. Neste cálculo da acreditação do excedente de reinvestimento e com o mesmo prazo temporal do ano anterior à transmissão, foi tido previamente em conta um reinvestimento realizado também em 2005 e que serviu para cumprir o requisito de reinvestimento de uma transmissão de imobilizado financeiro num montante de 162 milhares de euros, que originou um incumprimento do prazo de manutenção do investimento.

No referido exercício, e no que se refere às transmissões de imobilizado financeiro, incluíram-se:

• Uma transmissão com um rendimento com um montante de 82 milhares de euros, o que determinou um benefício fiscal de 16 milhares de euros; esta dedução pôde ser praticada na colecta correspondente ao período tributário de 2006, uma vez que o montante do reinvestimento necessário para esta dedução, que ascendia aos 544 milhares de euros, foi reinvestido na sua totalidade em 2005, durante o período compreendido dentro do ano anterior à data da transmissão.

• Para além disso, no exercício de 2006, verificou-se um rendimento de 28 098 milhares de euros, que consistem na percepção de uma parte do preço contingente correspondente à transmissão de uma participação do grupo fiscal no ano 2000, que foi determinado no mês de Março de 2006, já que não pôde ser determinado no momento da realização da transmissão; este último montante também foi reinvestido na sua totalidade com o excedente de reinvestimento de 2005, durante o período compreendido dentro do ano anterior à data de determinação do preço contingente, em conformidade com a consulta vinculativa V1992-06 da Direcção Geral de Impostos à data de 10 de Outubro de 2006, o que deu lugar a um montante de dedução de 5 620 milhares de euros.

• Por fim, as restantes transmissões de participações no imobilizado financeiro, cujo rendimento constituiu a base desta dedução, corresponderam a uma participação transmitida por um montante de 702 274 milhares de euros, gerando um rendimento de 495 070 milhares de euros, acreditando-se através do mecanismo de autoliquidação do imposto sobre sociedades do exercício de 2006, um total de reinvestimentos realizados no referido exercício por um montante de 224 466 milhares de euros para a referida participação transmitida, o que deu lugar à prática de um crédito de imposto de 31 648 milhares de euros, ficando pendente de gerar uma futura dedução no montante de 67 366 milhares de euros em

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função do reinvestimento, podendo este crédito fiscal pendente de utilização ser utilizado nas declarações correspondentes aos exercícios de 2007, de 2008 e de 2009, em função dos reinvestimentos que sejam realizados nos referidos anos com ajuste ao regime estabelecido no referido artigo 42, ainda que, segundo a redacção vigente a 31 de Dezembro de 2006, qualquer que seja o período no qual seja praticada a dedução.

Os reinvestimentos referidos, e que foram efectivamente materializados em 2006, ascenderam aos 224 466 milhares de euros e foram abonados na sua totalidade como cumprimento dos requisitos de reinvestimento na transmissão de uma participada por um montante de 702 274 milhares de euros, pelo que, no referido exercício, não foram produzidos excedentes de reinvestimento susceptíveis de serem acreditados como cumprimento do requisito de reinvestimento para transmissões realizadas em exercícios posteriores; o inventário detalhado destes investimentos de 2006 contém 2 682 aquisições de imobilizado corpóreo e incorpóreo no montante global de 148 977 milhares de euros e 21 aquisições em participações de imobilizado financeiro que representam, cada uma delas, uma participação no capital superior a 5%, por um montante global de 75 489 milhares de euros.

No exercício de 2007 incluíram-se na base tributável rendimentos agregados à dedução de 14,5% por reinvestimento de lucros extraordinários regulado pelo artigo 42 do Texto Modificado da Lei do Imposto, por transmissões de imobilizado corpóreo num montante de 393 milhares de euros, com um eventual benefício fiscal de 57 milhares de euros que, por fim, não ocorreu, uma vez que o montante do reinvestimento necessário para esta dedução, que ascendia aos 1 490 milhares de euros, não foi reinvestido no exercício tributário de 2007, ficando pendente para exercícios posteriores à futura acreditação desta dedução, em função do cumprimento do reinvestimento, dentro do prazo.

Da totalidade dos montantes reinvestidos no exercício de 2007, no imobilizado corpóreo, incorpóreo e financeiro, que ascenderam aos 271 245 milhares de euros, aplicaram-se:

• Uma parte no cumprimento do requisito de reinvestimento de uma transmissão do imobilizado financeiro, num montante de 1 251 milhares de euros, originado por incumprimento do prazo de manutenção do investimento.

• Da mesma forma, os investimentos no imobilizado corpóreo, incorpóreo e financeiro, efectivamente materializados em 2007, destinados ao cumprimento dos requisitos de reinvestimento na transmissão no exercício de 2006 de uma participada pelo montante de 702 274 milhares de euros, que gerou um rendimento de 495 070 milhares de euros, acreditando-se através do mecanismo de autoliquidação do imposto sobre sociedades do exercício de 2007, um total de reinvestimentos realizados no referido exercício por um montante de 268 351 milhares de euros para a referida participação transmitida, o que deu lugar à prática de um crédito de imposto de 37 835 milhares de euros, ficando pendente de gerar uma futura dedução no montante de 29 532 milhares de euros em função do reinvestimento, podendo este crédito fiscal pendente de utilização ser utilizado nas declarações correspondentes aos exercícios de 2008 e de 2009, em função dos reinvestimentos que se materializem nos referidos anos com ajuste ao regime estabelecido no referido artigo 42, ainda que segundo a redacção vigente a 31 de Dezembro de 2006, qualquer que seja o período no qual seja praticada a dedução.

• Finalmente, determinados reinvestimentos satisfeitos no exercício de 2007, no montante de 1 643 milhares de euros, não foram considerados como tal por corresponderem a execuções de obra em curso, não entregues pelo empreiteiro ao fecho do referido exercício, pelo que serão abonadas como cumprimento do requisito de reinvestimento em exercícios posteriores em função da colocação à disposição do elemento reinvestido.

O inventário total detalhado destes investimentos do exercício de 2007 contém 3 424 aquisições de imobilizado corpóreo e incorpóreo no montante global de 47 840 milhares de euros e 45 aquisições em participações de imobilizado financeiro, que representam, cada uma delas, uma participação no capital superior a 5% num montante global de 223 405 milhares de euros.

No exercício de 2008 foram incluídos na base tributável os rendimentos agregados à dedução de 12% por reinvestimento de lucros extraordinários, regulado pelo artigo 42 do Texto Modificado da Lei do Imposto, por transmissões de imobilizado corpóreo num montante de 366 milhares de euros, e participações de imobilizado financeiro que representam, cada uma delas, uma participação no capital superior a 5%, num montante de 16

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479 milhares de euros, com um eventual benefício fiscal de 2 021 milhares de euros que afinal não ocorreu, uma vez que o montante do reinvestimento necessário para esta dedução, que ascendia aos 18 670 milhares de euros, não foi reinvestido no exercício tributário de 2008, ficando pendente para exercícios posteriores a futura acreditação desta dedução, em função do cumprimento do reinvestimento, dentro do prazo.

Da totalidade dos montantes reinvestidos no exercício de 2008, no imobilizado corpóreo, incorpóreo e financeiro, que ascenderam aos 265 106 milhares de euros, aplicaram-se:

• Uma parte no cumprimento do requisito de reinvestimento de três transmissões do imobilizado financeiro, num montante de 15 402 milhares de euros, originado por incumprimento do prazo de manutenção do referido investimento.

• Determinados investimentos em participações de imobilizado financeiro, efectivamente materializados em 2008, por um montante de 40 423 milhares de euros, destinados ao cumprimento dos requisitos de reinvestimento para a transmissão, neste exercício, de participações em imobilizado financeiro, representando, cada uma delas, uma participação no capital superior a 5%

• Da mesma forma, os investimentos no imobilizado corpóreo, incorpóreo e financeiro, efectivamente materializados em 2008, destinados ao cumprimento dos requisitos de reinvestimento na transmissão, no exercício de 2006, de uma participada pelo montante de 702 274 milhares de euros, que gerou um rendimento de 495 070 milhares de euros, acreditando-se, através do mecanismo de autoliquidação do imposto sobre sociedades do exercício de 2008, um total de reinvestimentos realizados no referido exercício por um montante de 198 968 milhares de euros para a referida participada transmitida, o que deu lugar à prática de um crédito de imposto de 28 053 milhares de euros, ficando pendente de gerar uma futura dedução no montante de 1 479 milhares de euros em função do reinvestimento, podendo este crédito fiscal pendente de utilização ser utilizado nas declarações correspondentes ao exercício de 2009, em função dos reinvestimentos que se materializem no referido ano com ajuste ao regime estabelecido no referido artigo 42, ainda que segundo a redacção vigente a 31 de Dezembro de 2006, qualquer que seja o período no qual seja praticada a dedução.

• Finalmente, determinados reinvestimentos satisfeitos no exercício de 2008, no montante de 10 313 milhares de euros, não foram considerados como tal por corresponderem a execuções de obra em curso, não entregues pelo empreiteiro no fecho do referido exercício, pelo que serão abonadas como cumprimento do requisito de reinvestimento em exercícios posteriores, em função da colocação à disposição do elemento reinvestido.

O inventário total detalhado destes investimentos do exercício de 2008 contém 2 662 aquisições de imobilizado corpóreo e incorpóreo no montante global de 27 594 milhares de euros e 36 aquisições em participações de imobilizado financeiro, que representam, cada uma delas, uma participação no capital superior a 5% num montante global de 237 512 milhares de euros.

No exercício de 2009, a Entidade recorreu à dedução por reinvestimento de lucros extraordinários pelas mais-valias geradas neste mesmo período e em períodos tributários anteriores, por se ter cumprido os requisitos de reinvestimento exigidos pela norma, quer seja a nível individual ou a nível consolidado, ao permitir o regime de consolidação fiscal permite que o reinvestimento possa ser efectuado pela própria sociedade que obteve o lucro extraordinário ou por qualquer outra pertencente ao grupo fiscal.

O montante da dedução gerada ascendeu a 8 270 milhares de euros, no de grupo fiscal.

O reinvestimento efectuado pelo grupo fiscal no exercício de 2009 foi o seguinte:

Milhares de Euros

Imobilizado corpóreo 48 167 Imobilizado financeiro 308 062 356 229

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Na tabela seguinte mostram-se as mais-valias da Entidade bem como das restantes entidades do grupo fiscal atribuídas à dedução por reinvestimento de lucros extraordinários no exercício de 2009 (em milhares de euros):

Entidade que obtém o lucro extraordinário

Imobilizado transmitido Exercício

Requisito de reinvestime

Base de dedução

Dedução abonada

Dedução aplicada

Dedução pendente

Bancaja Financeiro 2006 10 490 12 325 1 479 - 1 479 Bancaja Corpóreo 2007 1 490 393 57 - 57 Bancaja Corpóreo 2007 - 34 4 - 4 Bancaja Corpóreo 2008 1 525 365 44 - 44 Bancaja Financeiro 2008 121 3 - - - Outras entidades Corpóreo 2007 - 130 16 16 - Outras entidades Financeiro 2008 17 024 16 476 1 977 1 977 - Outras entidades Financeiro 2009 55 871 39 100 4 692 4 692 - Total 86 521 68 826 8 270 6 685 1 584

A autoliquidação pelo Imposto sobre Sociedades correspondente ao exercício de 2009 foi apresentada no ano de 2010, incluindo na sua base tributável rendimentos agregados à dedução de 12% por reinvestimento de lucros extraordinários, regulada pelo artigo 42 do Texto Modificado da Lei do Imposto, por transmissões de participações de imobilizado financeiro que representam, cada uma delas, uma participação no capital superior a 5%, num montante de 39 546 milhares de euros, com um benefício fiscal de 4 692 milhares de euros.

Da totalidade dos montantes reinvestidos no exercício de 2009, no imobilizado corpóreo, incorpóreo e financeiro, que ascenderam aos 256 229 milhares de euros, aplicaram-se:

• Uma parte no cumprimento do requisito de reinvestimento pendente pelas transmissões do imobilizado corpóreo do exercício de 2007, num montante de 1 490 milhares de euros, cuja dedução estava pendente de abonar, em função do cumprimento do investimento, dentro do prazo. Com este reinvestimento abonou-se uma dedução em consequência das transmissões do exercício de 2007, no montante de 57 milhares de euros.

• Outra parte no cumprimento do requisito de reinvestimento pendente pelas transmissões do imobilizado corpóreo do exercício de 2008, num montante de 1 525 milhares de euros, cuja dedução estava pendente de abonar, em função do cumprimento do reinvestimento, dentro do prazo. Com este reinvestimento abonou-se uma dedução em consequência das transmissões do imobilizado corpóreo do exercício de 2008, no montante de 44 milhares de euros.

• De igual forma, um montante de 122 milhares de euros, no cumprimento do requisito de reinvestimento pendente pelas transmissões do imobilizado financeiro do exercício de 2008, cuja dedução estava pendente de abonar, em função do cumprimento do investimento, dentro do prazo. Com este reinvestimento abonou-se uma dedução em consequência das transmissões do imobilizado financeiro do exercício de 2008, no montante de 1 milhar de euros.

• Da mesma forma, um montante de 17 024 milhares de euros, no cumprimento do requisito de reinvestimento pendente pelas transmissões do imobilizado financeiro do exercício de 2008, cuja dedução estava pendente de abonar, em função do cumprimento do investimento, dentro do prazo. Com este reinvestimento abonou-se uma dedução em consequência das transmissões do imobilizado financeiro do exercício de 2008, no montante de 1 977 milhares de euros.

• Finalmente, os investimentos no imobilizado financeiro, efectivamente materializados em 2009, foram destinados ao cumprimento dos requisitos de reinvestimento na transmissão, no exercício de 2006, de uma participada pelo montante de 702 274 milhares de euros, que gerou um rendimento de 495 070 milhares de euros, abonando-se, através do mecanismo de autoliquidação do imposto sobre sociedades do exercício de 2009, um total de reinvestimentos realizados no referido exercício por um montante de 10 490 milhares de euros para a referida participada transmitida, o que deu lugar à prática de um crédito de

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imposto de 1 479 milhares de euros, tudo isso de acordo com o regime estabelecido no artigo 42, ainda que segundo a redacção vigente a 31 de Dezembro de 2006, qualquer que seja o período no qual seja praticada a dedução.

Os restantes investimentos realizados em imobilizado corpóreo, incorpóreo e financeiro no exercício de 2009, uma vez aplicados pelas restantes sociedades do grupo fiscal para o abono da dedução por reinvestimento, determinam um excedente de investimento no montante de 253 510 milhares de euros susceptível de ser abonado em cumprimento do requisito de reinvestimento no prazo pelos rendimentos positivos obtidos na transmissão onerosa de valores no exercício de 2008 a outra sociedade do grupo fiscal, e portanto, tendo sido eliminados esses rendimentos da base tributável do grupo; portanto, esta dedução por reinvestimento poderá abonar-se por ocasião da incorporação do rendimento fiscal eliminado no referido exercício, por se ter cumprido o reinvestimento durante o período estabelecido pela norma em vigor à data da transmissão, e tudo isso independentemente do lapso de tempo que passe até ao exercício em que se incorpore a referida eliminação na base tributária do grupo fiscal.

O inventário total descriminado destes investimentos do exercício de 2009 contém 3 166 aquisições de imobilizado corpóreo e incorpóreo no montante global de 48 167 milhares de euros e 41 aquisições em participações de imobilizado financeiro, que representam, cada uma delas, uma participação no capital superior a 5% num montante global de 308 062 milhares de euros.

Na previsão contabilística do gasto por imposto correspondente ao exercício de 2010, não foram estimados, na base tributária individual submetida à taxa geral de tributação, rendimentos que poderiam estar abrangidos pela dedução de 12% por reinvestimento de lucros extraordinários.

Por outro lado, estimaram-se os reinvestimentos realizados em 2010, num montante de 35 127 milhares de euros, susceptíveis de serem abonados em cumprimento do requisito de reinvestimento, e uma parte dos mesmos para cumprir o requisito de reinvestimento de uma transmissão do imobilizado financeiro, num montante de 2 000 milhares de euros, originado por incumprimento do prazo de manutenção do investimento.

À data da formulação destas contas anuais, não se formulou a declaração oficial do Imposto correspondente a este exercício de 2010, que incluirá o montante definitivo da dedução gerada no período em função das aquisições abonadas como reinvestimento para os efeitos do cumprimento dos requisitos para a utilização deste benefício fiscal. A este respeito, o artigo 75 do referido Texto Modificado estabelece que as sociedades do grupo fiscal poderão aplicar a dedução por reinvestimento de lucros extraordinários, podendo ser a própria sociedade que obteve o lucro extraordinário, ou outra pertencente ao grupo fiscal, a efectuar o reinvestimento. À data de formulação destas contas anuais, a Entidade não tem conhecimento do montante definitivo de reinvestimentos realizados por outras sociedades do Grupo fiscal que, se for o caso, darão lugar, na quantia correspondente, à prática da dedução na declaração do imposto do exercício de 2010, a apresentar no mês de Julho de 2011.

Por tudo isso, tanto a dedução por reinvestimento de lucros extraordinários de 12 % dos rendimentos positivos que sejam definitivamente integrados na base tributável do exercício 2010, assim como a materialização do reinvestimento efectivamente realizado neste exercício 2010, determinar-se-á no ano 2011 com a apresentação do modelo oficial de declaração/autoliquidação pelo Imposto sobre Sociedades do exercício 2010.

Com estas menções, a Entidade cumpre o requisito formal de deixar claro, no relatório das contas anuais, o montante do rendimento agregado à dedução e a data do reinvestimento, que foi expressa na unidade de tempo de ano natural, considerando, para tal, que os investimentos descritos obedecem a numerosas aquisições de elementos do imobilizado corpóreo, incorpóreo e financeiro; a Entidade dispõe de inventário individualizado dos mencionados investimentos nos elementos patrimoniais, com as suas correspondentes datas expressas com referência ao dia concreto da sua colocação à disposição e que, devido ao seu elevado volume, se omite no presente relatório.

21.9 Operações submetidas a regime fiscal especial

Em virtude do disposto no artigo 93.2 do Texto Modificado da Lei do Imposto sobre Sociedades, aprovado pelo Decreto Real Legislativo 4/2004, de 5 de Março, (doravante, Texto Modificado), faz-se menção à seguinte informação, em relação às operações realizadas ao abrigo do regime fiscal especial, actualmente contido nos artigos 83 e seguintes do Capítulo VIII do Título VII e na segunda Disposição Adicional do referido Texto

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modificado, sobre a aplicação do Regime especial das fusões, cisões, contribuição de activos, permuta de valores e mudança de domicílio social de uma Sociedade Europeia ou uma Sociedade Cooperativa Europeia de um Estado-Membro para outro da União Europeia:

Durante os exercícios de 1989, 1991, 1993, 1999, 2001, 2002 e 2007, a Entidade realizou determinadas operações de fusão, cisão e contribuições não monetárias e do ramo de actividades agregadas ao referido regime especial (antes contido no capítulo VIII do Titulo VIII da Lei 43/1995 e na Lei 29/1991), com as entidades Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Segorbe, Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Castellón, Caja de Ahorros y Socorros de Sagunto, Sindicato de Banqueros de Barcelona S.A., Cartera de Inmuebles S.L., Caixa Carlet, Cartera de Participaciones Empresariales CV S.L., Bancaja Gestión de Activos, S.L. e Bancaja Inversiones, S.A.

A informação de natureza fiscal correspondente às referidas operações está contida nos correspondentes relatórios das contas anuais dos referidos anos.

Todas as operações realizadas para a constituição e ampliação do SIP, descrito no Relatório, de acordo com o previsto no artigo 7 do Título V do Decreto-Lei Real 11/2010, de 9 de Julho, aplicarão o regime fiscal especial estabelecido no capítulo VIII do título VII do texto modificado da Lei do Imposto sobre Sociedades, embora não correspondam às operações mencionadas nos artigos 83 e 94 da referida Lei, sempre que se produzam resultados económicos equivalentes, cumprindo-se as obrigações de informação no relatório por parte da sociedade adquirente (Banco Financiero y de Ahorros, S.A.).

22. Outras informações significativas

22.1 Riscos contingentes

Corresponde aos montantes que a Entidade deverá pagar por conta de terceiros, no caso de os originalmente vinculados ao pagamento não o fazerem, em resposta aos compromissos assumidos por esta no curso da sua actividade habitual.

A seguir, mostra-se a sua composição, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a qual corresponde ao risco máximo assumido pela Entidade em relação aos referidos compromissos:

Milhares de Euros 2010 2009

Avales financeiros 52 771 196 252 Outros avales e cauções 5 662 112 6 211 222 Créditos documentários irrevogáveis emitidos 169 868 131 213 Créditos documentários irrevogáveis confirmados 1 945 1 333 Outros riscos contingentes 5 407 3 471

Total 5 892 103 6 543 491

Os riscos contingentes encontram-se registados pelo montante máximo assegurado pela Entidade. De uma forma geral, estima-se que a maioria destes saldos atingirá a sua maturidade sem que nenhuma obrigação de pagamento para a Entidade se materialize, pelo que o saldo conjunto destes compromissos não pode ser considerado uma necessidade futura real de financiamento ou liquidez a conceder a terceiros pela Entidade.

A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os saldos duvidosos de riscos contingentes são de 105 084 e 57 592 milhares de euros, respectivamente.

Os rendimentos obtidos dos instrumentos de garantia são registados nas rubricas «Comissões recebidas» e «Juros e rendimentos similares» (pelo montante correspondente à actualização do valor das comissões) das contas de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e de 2009 e calculam-se aplicando a taxa estabelecida no contrato, e do qual derivam, sobre o montante nominal da garantia.

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As provisões registadas para a cobertura destas garantias prestadas, que foram calculadas aplicando critérios semelhantes aos aplicados para o cálculo da imparidade de activos financeiros valorizados ao seu custo amortizado e, no caso dos adquiridos na combinação de negócios indicada na Nota 1.2 anterior, ao seu justo valor no momento da referida aquisição, registaram-se na rubrica «Provisões - Provisões para riscos e compromissos contingentes» do balanço (ver Nota 17).

22.2 Compromissos contingentes

O detalhe dos compromissos contingentes fora do balanço, a 31 de Dezembro de 2010 e 2010, é o seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Disponível por terceiros-

Com disponibilidade imediata 3 531 516 3 284 519 Com disponibilidade condicionada 3 065 947 3 546 238

Outros compromissos 280 165 1 030 452

Total 6 877 628 7 861 209

22.3 Recursos de terceiros geridos pela Entidade

A descriminação dos recursos fora do balanço comercializados e geridos pela Entidade (ver Nota 2.12), a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, é indicada a seguir:

Milhares de Euros 2010 2009

Comercializados Geridos Comercializados Geridos Sociedade e fundos de investimento 1 098 699 1 006 236 1 123 582 1 086 627 Fundos de pensões 1 146 616 1 146 616 1 144 348 1 144 348 Seguros de poupança 2 178 607 2 178 607 2 255 089 2 255 089 Carteiras de clientes geridas opcionalmente 693 584 693 584 706 888 706 888

Total 5 117 506 5 025 043 5 229 907 5 192 952

22.4 Titularização de activos

A Entidade transformou parte da sua carteira de empréstimos e créditos homogéneos em títulos de rendimento fixo através da transferência dos activos para diferentes Fundos de Titularização criados com essa finalidade. De acordo com a Circular 4/2004 do Banco de Espanha, as titularizações em que não tenha ocorrido uma transferência substancial do risco, não podem ser alienadas do balanço. Apesar do anterior, a Circular referida indica que não será necessário modificar o registo das titularizações que, com data anterior a 1 de Janeiro de 2004 e, em aplicação da norma anterior, tinham sido alienadas do activo do balanço.

No que diz respeito às titularizações efectuadas após 1 de Janeiro de 2004, das quais o risco não tenha sido transferido de forma significativa e, portanto, não tenham sido alienadas do activo, a Circular 4/2004 do Banco de Espanha indica que se deve registar um passivo do mesmo montante, que consta na rubrica «Passivos financeiros ao custo amortizado - Recursos de clientes» dos balanços apensos (ver Nota 16.3).

A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o montante das operações titularizadas ascendia a 17 359 781 e 19 620 943, respectivamente, de acordo com a seguinte discriminação (ver Nota 8.3):

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Milhares de Euros 2010 2009

Dados retirados do balanço- Bancaja 3 FTA, Fundo de Titularização 232 573 281 619 Bancaja 4 FTH, Fundo de Titularização 227 849 260 469 Bancaja 5 FTA, Fundo de Titularização 257 201 290 562 Ftpyme Bancaja 2 FTA, Fundo de Titularização 57 935 72 023 Bancaja 6 FTA, Fundo de Titularização 575 235 648 962 1 350 793 1 553 635

Registados no balanço- MBS Bancaja 1 FTA, Fundo de Titularização 160 773 191 833 Bancaja 7 FTA, Fundo de Titularização 688 158 762 550 Ftpyme Bancaja 3 FTA, Fundo de Titularização 101 773 133 434 Bancaja 8 FTA, Fundo de Titularização 724 426 786 813 MBS Bancaja 2 FTA, Fundo de Titularização 307 933 344 221 CM Bancaja 1 FTA, Fundo de Titularização 118 391 154 196 Ftpyme Bancaja 4 FTA, Fundo de Titularização 173 698 203 772 Bancaja 9 FTA, Fundo de Titularização 1 084 471 1 175 327 MBS Bancaja 3 FTA, Fundo de Titularização 408 473 450 906 Consumo Bancaja 1 FTA, Fundo de Titularização 167 438 256 057 Ftpyme Bancaja 5 FTA, Fundo de Titularização 215 065 261 401 Bancaja 10 FTA, Fundo de Titularização 1 837 943 1 955 522 MBS Bancaja 4 FTA, Fundo de Titularização 1 173 952 1 293 301 Bancaja 11 FTA, Fundo de Titularização 1 530 831 1 636 576 Bancaja Ftpyme 6, Fundo de Titularização 308 621 416 043 MBS Bancaja 5 FTA, Fundo de Titularização - 1 530 655 Bancaja Ftpyme 7, Fundo de Titularização 529 489 704 295 Bancaja 13 FTA, Fundo de Titularização 2 507 574 2 683 342 Bancaja Financiación Bancaja 1 214 719 346 669 MBS Bancaja 6 FTA, Fundo de Titularização 872 456 928 903 Bancaja BVA-VPO, Fundo de Titularização 298 803 319 933 Ftgenval Bancaja 1, Fundo de Titularização 278 488 291 124 Bancaja Ftpyme 8, Fundo de Titularização 341 186 465 065 Leasing Bancaja 1, Fundo de Titularização 654 992 775 370 MBS Bancaja 7 FTA, Fundo de Titularização 859 874 - MBS Bancaja 8 FTA, Fundo de Titularização 449 461 -

16 008 988 18 067 308

22.5 Compromissos de compra e venda

A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a Entidade tem activos financeiros vendidos com o compromisso da sua posterior compra e activos financeiros comprados com compromisso da sua venda posterior, de acordo com a seguinte discriminação:

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Milhares de Euros 2010 2009

Compromisso de

recompra Compromisso de

revenda Compromisso de

recompra Compromisso de

revenda Dívida Pública 2 561 983 499 939 4 213 382 1 417 701 Outros valores (dívida) 6 550 043 - 2 799 663 -

Total 9 112 026 499 939 7 013 045 1 417 701

22.6 Activos financeiros alienados do balanço por c ausa da sua imparidade

Em seguida mostra-se o resumo dos movimentos, que tiveram lugar nos exercícios de 2010 e 2009, dos contratos alienados do balanço por se considerar remota a sua recuperação:

Milhares de Euros

2010 2009 Saldos no início do exercício 1 366 914 711 807 Inclusões por- Activos de recuperação remota 1 135 695 715 471 Produtos vencidos e não cobrados 156 154 103 832 1 291 849 819 303 Alienações por- Cobrança em numerário 100 155 51 731 Adjudicação de activos - - Outras causas 231 457 112 465

331 612 164 196

Variação líquida por diferenças de câmbio - -

Saldo no fecho do exercício 2 327 151 1 366 914

22.7 Juros e comissões em suspenso

A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os activos financeiros mencionados na Nota anterior tinham acumulado rendimentos financeiros num montante de 152 048 e 92 187 milhares de euros, respectivamente, que não se encontram registados no balanço por existir dúvidas quanto à possibilidade da sua cobrança.

22.8 Activos financeiros concedidos e recebidos em empréstimo

A 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a Entidade não mantinha activos financeiros concedidos nem recebidos em empréstimo.

22.9 Cessões temporárias de activos

Durante o exercício de 2010 e de 2009, a Entidade realizou várias operações de cessão temporária de activos com acordo de reaquisição não opcional, em virtude das quais recebe uma quantia em dinheiro durante um período de tempo determinado pela pessoa que paga uma taxa de juros determinada no contrato, entregando, como garantia de operação e temporariamente, instrumentos de dívida da sua propriedade, ou seja, valores representativos de dívida que são devolvidos à Entidade, na finalização dos referidos contratos. De acordo com o disposto na norma aplicável, os activos cedidos temporariamente nestas operações não são alienados do balanço, mas continuam registados no activo sem quaisquer modificações por terem sido transferidos temporariamente, uma vez que a Entidade conserva todas as vantagens e riscos associados aos mesmos.

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A seguir é apresentado o valor contabilístico destes activos cedidos temporariamente a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009:

Milhares de Euros 2010 2009

Cessão temporária de valores representativos de dívida- Carteira de negociação 69 142 199 965 Activos financeiros disponíveis para venda 3 203 580 223 278 Carteira a deter até à maturidade - 1 909 287

As cessões temporárias de activos são registadas na carteira de «Passivos financeiros a custo amortizado» do passivo do balanço.

23. Juros e rendimentos similares

A distribuição do saldo desta rubrica da conta de perdas e ganhos é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Disponibilidades em bancos centrais 6 775 8 043 Disponibilidades em entidades de crédito 74 536 58 604 Crédito a clientes 1 864 274 2 711 545 Valores representativos de dívida 243 867 276 959 Activos incertos 73 196 94 121 Rectificação de rendimentos por operações de cobertura (21 413) (29 829) Outros juros 342 1 016

Total 2 241 577 3 120 459

A seguir, são descritos os montantes registados na rubrica «Juros e rendimentos similares» das contas de perdas e ganhos dos exercícios 2010 e 2009, classificados tendo em conta a carteira de instrumentos financeiros que os originaram:

Milhares de Euros 2010 2009 Activos financeiros ao justo valor com variações em perdas e ganhos 3 508 3 427 Activos financeiros disponíveis para venda 139 405 68 255 Carteira a deter até à maturidade 100 951 205 277 Investimento a crédito 2 018 784 2 872 313 Rectificação de rendimentos com origem em coberturas contabilísticas (21 413) (29 829) Outros juros 342 1 016 2 241 577 3 120 459

O montante das comissões de abertura e das comissões de estudo imputadas no exercício de 2010 à conta de perdas e ganhos do referido exercício em anexo como juros e rendimentos similares, ascende no exercício de 2010 a 24 775 e 102 071 milhares de euros, respectivamente (26 385 e 42 684 milhares de euros, respectivamente, no exercício de 2009).

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24. Juros e encargos similares

A distribuição do saldo desta rubrica das contas de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e 2009 é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Operações do mercado monetário 1 762 - Recursos de bancos centrais 69 860 113 358 Recursos de entidades de crédito 91 185 108 741 Recursos de clientes 1 037 619 1 559 823 Débitos representados por valores negociáveis 508 809 471 476 Passivos subordinados 126 468 126 234 Rectificação de gastos por operações de cobertura (213 290) (51 817) Outros juros 3 464 3 255

Total 1 625 877 2 331 070

De igual forma, a seguir apresenta-se a distribuição dos montantes registados na rubrica «Juros e encargos similares» das contas de perdas e ganhos dos exercícios 2010 e 2009, classificados tendo em conta a carteira de instrumentos financeiros que os originaram:

Milhares de Euros 2010 2009

Passivos financeiros ao custo amortizado 1 835 703 2 379 632 Rectificação de gastos por operações de cobertura (213 290) (51 817) Custo por juros dos fundos de pensões (Nota 17) 3 426 3 162 Outros juros 38 93

Total 1 625 877 2 331 070

O montante das comissões financeiras imputadas à conta de perdas e ganhos apensa como juros e encargos similares aplicando o disposto na Nota 2.5.2 ascende, nos exercícios de 2010 e 2009 a 424 e 464 milhares de euros, respectivamente.

25. Rendimento de instrumentos de capital

A discriminação do saldo desta rubrica das contas de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e 2009, por carteiras e por natureza dos instrumentos financeiros, é a seguinte:

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Milhares de Euros 2010 2009 Instrumentos de capital classificados como- Carteira de negociação 170 269 Activos financeiros disponíveis para venda 8 922 7 361 Participações 122 397 77 499 131 489 85 129 Instrumentos de capital com natureza de- Acções 131 489 85 129 131 489 85 129 Por entidades- Entidades do grupo 98 129 60 006 Entidades multigrupo 24 000 17 000 Entidades associadas 268 493 Outras entidades 9 092 7 630 131 489 85 129

26. Comissões recebidas

A distribuição do saldo desta rubrica da conta de perdas e ganhos, segundo a sua origem, é a seguinte:

Milhares de Euros

2010 2009 Por compromissos contingentes 6 761 6 281 Por riscos contingentes 29 494 31 620 Comercialização 35 508 69 729 Serviços de valores 17 248 15 946 Por serviço de cobranças e pagamentos 113 125 131 283 Por câmbio de divisas e dinheiro estrangeiros 95 60 Outras comissões 55 712 55 544

Total 257 943 310 463

A 8 de Janeiro de 2009, a Entidade subscreveu um contrato de exclusividade com a Seguros Groupama, Seguros y Reaseguros, S.A. para a comercialização de produtos de seguros de não vida através da rede de agências, pelo qual se cobrou uma comissão inicial, não sujeita a qualquer tipo de contingência, no montante de 47 milhões de euros, que foi registada na rubrica «Comercialização» do exercício de 2009 da tabela anterior.

27. Comissões pagas

A seguir apresenta-se o montante do gasto por comissões acumuladas nos exercícios de 2010 e de 2009, classificadas atendendo aos principais conceitos pelos quais foram originadas:

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Milhares de Euros

2010 2009 Comissões cedidas a terceiros 18 964 20 856 Comissões pagas por operações com valores 2 716 3 103 Outras comissões 7 653 12 107

Total 29 333 36 066

28. Resultado de operações financeiras (líquido)

A distribuição do saldo desta rubrica das contas de perdas e ganhos correspondentes aos exercícios de 2010 e de 2009, em função das carteiras dos instrumentos financeiros que os originam, é a seguinte:

Milhares de Euros 2010 2009

Carteira de negociação (Nota 6) 393 616 22 032 Instrumentos financeiros não valorizados ao justo valor com variações em perdas e ganhos 282 465 395 813

Coberturas contabilísticas não incluídas em juros- Derivados de cobertura 135 640 (108 524) Rubricas cobertas (119 346) 119 244

Total 692 375 428 565

O resultado de operações financeiras relativo a «Instrumentos financeiros não valorizados ao justo valor com variações em perdas e ganhos» do exercício de 2010 corresponde, basicamente, a:

• Lucros procedentes de recompras a preço de mercado de títulos de dívida emitidos pelos fundos de titularização próprios no montante de 73 026 milhares de euros (ver Nota 16.3)

• Compras a preço de mercado de outros títulos próprios que geraram um lucro de 44 295 milhares de euros.

• Compras a preço de mercado de valores emitidos por sociedades emissoras vinculadas à Entidade, gerando um resultado positivo de 103 178 milhares de euros.

• Lucros procedentes da venda de activos classificados como «Activos financeiros disponíveis para venda» no montante de 61 921 milhares de euros (ver Nota 7.1).

29. Diferenças de câmbio (líquidas)

A distribuição do saldo desta rubrica das contas de perdas e ganhos correspondentes aos exercícios de 2010 e 2009 é a seguinte:

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109

Milhares de Euros

2010 2009 Perdas por variação do justo valor de derivados em moeda estrangeira de cobertura ao justo valor 115 874 119 867 Contra-avaliação da taxa de câmbio do fecho da posição da moeda estrangeira (compra e venda de divisas/contas patrimoniais) (110 390) (120 071) Por operações em moeda estrangeira - 2 688

Total 5 484 2 484

30. Outros rendimentos de exploração

A distribuição do saldo desta rubrica das contas de perdas e ganhos correspondentes aos exercícios de 2010 e 2009 é a seguinte:

Milhares de Euros

2010 2009 Rendimentos dos investimentos imobiliários (Nota 13.2) 758 336 Gastos recuperados pela sua incorporação no custo de activos de uso próprio: Activos incorpóreos- Gastos com pessoal 1 525 618 Outros - - Comissões 11 432 17 263 Outros produtos recorrentes 66 500 13 247 Outros produtos não recorrentes 2 456 2 652

Total 82 671 34 116

31. Outros encargos de exploração

A discriminação do saldo desta rubrica das contas de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e 2009 é a seguinte:

Milhares de Euros

2010 2009 Contribuição para Fundos de Garantia de Depósitos (Nota 1.11) 29 114 9 651 Gastos com outros materiais cedidos em arrendamento operacional - 7 Outros conceitos 22 554 6 883

Total 51 668 16 541

32. Gastos com pessoal

A distribuição desta rubrica das contas de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e 2009 é a seguinte:

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110

Milhares de Euros

2010 2009 Remunerações e salários 294 508 301 593 Segurança social 64 447 63 364 Contribuições para planos de pensões de benefício definido (Nota 2.13) 4 712 4 564 Contribuições para planos de pensões de contribuição definida (Nota 2.13) 11 807 11 872 Indemnizações por despedimentos 1 614 1 390 Gastos com formação 4 105 3 750 Outros gastos com pessoal 6 935 6 889

Total 388 128 393 422

O número de funcionários da Entidade nos exercícios de 2010 e 2009, tanto a meio como no fecho de ambos os exercícios, é indicado a seguir:

2010 2009

Níveis de Retribuição

Pessoal no fim do

exercício

Pessoal a meio do exercício

Pessoal no fim do

exercício

Pessoal a meio do exercício

Nível I 6 6 6 6 Nível II 128 127 121 119 Nível III 810 810 764 760 Nível IV 767 769 769 771 Nível V 647 646 611 604 Nível VI 720 718 730 730 Nível VII 372 365 347 353 Nível VIII 362 347 346 337 Nível IX 392 396 373 358 Nível X 365 356 392 402 Nível XI 790 678 581 464 Nível XII 605 738 873 991 Nível XIII 14 31 94 79 Grupo 2 e outros 57 59 60 59

Total 6 035 6 046 6 067 6 033

O total de funcionários da Entidade, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, distribuído por sexo, é o seguinte:

Mulheres Homens Total

2010 2009 2010 2009 2010 2009 Administração 2 2 27 27 29 29 Gerentes de sucursal e outros responsáveis 317 297 916 936 1 233 1 233 Pessoal comercial e de administração 2 296 2 320 2 475 2 482 4 771 4 802 Outro pessoal 2 2 - 1 2 3

Total 2 617 2 621 3 418 3 446 6 035 6 067

Conselho de Administração 7 6 13 14 20 20

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32.1 Retribuições em espécie

A Entidade, de acordo com o Regulamento de Benefícios Sociais de Funcionários, facilita operações activas aos seus funcionários em condições preferenciais de taxa de juro em relação ao preço de mercado, considerando-os remunerações não monetárias e contabilizando-as como gastos de pessoal, tendo calculado esses gastos, em 2010, num total de 1 958 milhares de euros (4 333 milhares de euros em 2009).

33. Outros gastos gerais de administração

A discriminação desta rubrica da conta de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e 2009 é a seguinte:

Milhares de Euros

2010 2009 De imóveis, instalações e material 48 588 49 095 Informática e comunicações 41 208 40 350 Publicidade e propaganda 20 702 23 337 Relatórios técnicos 13 048 7 322 Serviços de vigilância e transferência de fundos 7 646 958 Contribuições e impostos 6 344 6 143 Outros gastos 42 637 49 212

Total 180 173 183 417

No saldo «Outros gastos» da tabela anterior, reúnem-se os honorários por serviços contratados durante o exercício de 2010 pela Entidade com a Deloitte, S.L. e as suas pessoas ou entidades vinculadas. A seguir, apresenta-se uma descrição dos referidos honorários, classificados por tipo de serviço:

Tipos de serviços Milhares de Euros

Serviços de auditoria de contas e outros serviços relacionados com a auditoria 303

Outros trabalhos de revisão 529

Total por serviços de auditoria e revisão realizados 832 Outros serviços (*) 572

(*) Inclui 62 milhares de euros correspondentes a serviços fiscais.

Não foram acumulados pelo auditor, nem por entidades vinculadas ao auditor, honorários relativos a outros trabalhos de revisão e verificação contabilística diferentes dos contemplados no artigo 2 do Regulamento de Auditoria de Contas.

34. Amortização

A seguir apresenta-se a descrição por natureza do saldo registado nesta rubrica das contas de perdas e ganhos dos exercícios 2010 e 2009:

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Milhares de Euros 2010 2009

Amortização do imobilizado corpóreo (Nota 13) 32 282 36 930 Amortização do imobilizado incorpóreo (Nota 14) 25 468 5 668 57 750 42 598

35. Dotações para provisões (líquido)

A seguir apresenta-se a descrição por natureza do saldo registado nesta rubrica das contas de perdas e ganhos dos exercícios 2010 e 2009:

Milhares de Euros 2010 2009

Dotação para as provisões para riscos e compromissos contingentes 52 576 (24 497) Dotações para os compromissos por pensões e obrigações semelhantes 410 765 3 066 Dotação para provisões para contingências fiscais e outras contingências legais

2 276 1

Dotação para outras provisões 57 785 - Total (Nota 17) 523 402 (21 430)

36. Perdas por imparidade dos restantes activos (líq uidas)

O montante divulgado nesta rubrica da conta de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e 2009, corresponde na íntegra às imparidades registadas em participações e no activo corpóreo de uso próprio (ver Notas 12.5 e 13.3).

37. Ganhos (perdas) na alienação de activos não cla ssificados como não correntes detidos para venda

A seguir apresenta-se a descrição por natureza do saldo registado nesta rubrica das contas de perdas e ganhos dos exercícios 2010 e 2009:

Milhares de Euros 2010 2009

Por venda de activo corpóreo 2 514 Por venda de participações - 5 2 519

38. Ganhos (perdas) de activos não correntes detido s para venda não classificados como operações descontinuadas

A seguir apresenta-se a descrição por natureza do saldo registado nesta rubrica das contas de perdas e ganhos dos exercícios 2010 e 2009:

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Milhares de Euros 2010 2009

Perdas por imparidade (Nota 11) (13 562) (666) Imobilizado corpóreo 268 (248) Outros resultados - 9 294 (13 294) 8 380

39. Gestão de riscos

A gestão do risco é uma linha de actuação estratégica para a Entidade, cujo objectivo é preservar a solidez financeira e patrimonial da mesma, através da correcta identificação, valorização, controlo e acompanhamento dos riscos próprios da actividade bancária, optimizando a geração do valor em função das exposições que se assumem.

Os riscos que afectam a Entidade, derivados da actividade financeira que desenvolve, são os seguintes:

• Risco de crédito (incluindo risco de concentração), derivado basicamente da actividade desenvolvida pelas áreas de negócio de Particulares, Empresas e Finanças Corporativas, Tesouraria e Mercados de Capitais.

• Risco de liquidez dos instrumentos financeiros, derivado da falta de disponibilidade a preços justos dos fundos necessários para fazer face pontualmente aos compromissos adquiridos pela Entidade e para o crescimento da sua actividade de crédito.

• Risco de taxa de juro estrutural de balanço, ligado à probabilidade de se gerarem perdas perante uma evolução adversa das taxas de juro de mercado.

• Risco de mercado e risco cambial, que correspondem às potenciais perdas pela evolução adversa dos preços de mercado dos instrumentos financeiros com que a Entidade opera, basicamente através da área de Tesouraria e Mercados de Capitais.

• Risco operacional, motivado por perdas resultantes de faltas de adequação ou de falhas dos processos, do pessoal ou dos sistemas internos bem como de acontecimentos externos.

A estrutura orgânica da Entidade encarregada de estabelecer e supervisionar os dispositivos de controlo de riscos, assim como as suas principais funções associadas, em conformidade com o disposto na Circular 4/2004 e na Circular 3/2008, é a seguinte:

• O Conselho de Administração , principal responsável pela estratégia de riscos da Entidade, tem delegado na Direcção Geral a função de definir, desenvolver e instrumentalizar a política geral de riscos, fixar os limites destes para as diferentes áreas e actividades, delimitar os poderes concedidos aos órgãos inferiores de decisão e decidir sobre as operações cujo risco excede as atribuições delegadas.

• A política de crédito é fixada e definida pela Comissão Executiva da Direcção em conformidade com as directrizes principais previamente aprovadas pelo Conselho de Administração, responsável em última instância pela estratégia de riscos da Entidade.

Com a finalidade de assegurar o cumprimento da política de crédito, no que diz respeito ao risco de crédito, a Direcção de Riscos, com base em directrizes principais previamente aprovadas pelo Conselho de Administração, propõe à Comissão Executiva da Direcção, o perfil da carteira de crédito da Entidade, avaliando, em função das linhas orçamentais que se definam, o perfil de risco e a estrutura da mesma em relação à qualificação, rentabilidade ajustada ao risco e distribuição por redes de negócio.

O Comité de Riscos de Direcção Geral , exerce, por delegação, as competências de riscos do Director Geral, e informa sobre as operações de riscos que são da competência dos Órgãos de Administração da Entidade.

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O Comité de Risco Global , realiza as funções básicas de coordenação e apoio do desenvolvimento dos procedimentos para facilitar o controlo dos riscos de crédito, operacional e de reputação, aprovação das metodologias de identificação e medição do risco, dirigindo a implantação das ferramentas e modelos internos associados a estes riscos, assim como supervisão do processo de validação interna dos referidos modelos e delimitação dos objectivos e níveis de solvência da Entidade.

Respondendo ao Comité de Risco Global, estão os Comités de Risco de Crédito e de Risco Operacional , criados com o objectivo de coordenar os interesses das distintas áreas afectadas pelos modelos e a moldura de actuação e de controlo destes riscos.

O Comité de Risco de Crédito tem também como objectivo a análise e tomada de decisão conjunta em relação à realização ou não de novos desenvolvimentos ou modificações dos modelos internos de risco de crédito.

O Comité de Activos e Passivos está encarregado de definir e propor as políticas de riscos de juros, liquidez e mercado, fixar os limites de riscos para as diferentes áreas e actividades de Tesouraria e Mercado de Capitais, e estabelecer os mecanismos necessários para um adequado controlo das operações.

Periodicamente, o Comité de Risco Global e o Comité de Activos e Passivos («COAP») informam a Comissão Executiva das resoluções adoptadas no âmbito das funções de gestão de riscos que ambos os comités têm atribuídas.

O departamento de Auditoria Interna assume entre as suas funções a de velar pelo adequado cumprimento das políticas, métodos e procedimentos de controlo de risco, avaliando de forma contínua, objectiva e independente o modelo de gestão de riscos da Entidade.

A gestão dos principais riscos a que a Entidade esteve exposta ao longo de 2010 centrou-se nos seguintes eixos de acção:

• Antecipação e proactividade perante o aumento do risco de crédito.

• Controlo exaustivo das posições nos Mercados.

• Melhoria na posição de liquidez estrutural e temporária.

• Manutenção da sensibilidade do balanço ao risco de juros em níveis moderados.

• Estabelecer o controlo e o seguimento dos riscos operacionais e de reputação.

• Aumentar os níveis de solvência.

Devido à constituição do novo Grupo a que se faz referência na Nota 1, a Entidade e as restantes Cajas que fazem parte do mesmo acordaram submeter o desenvolvimento das suas actividades às estratégias e políticas que a Sociedade Central estabeleça para o Grupo e, em particular, aos objectivos, políticas e processos de gestão de riscos que se definam para estes efeitos.

39.1 Risco de crédito

39.1.1. Objectivos, políticas e processos de gestão do risco de crédito

O risco de crédito representa as perdas que a Entidade viria a sofrer se algum cliente ou contraparte não cumprisse as obrigações contratuais de pagamento. Este risco é inerente aos produtos bancários tradicionais das entidades financeiras (empréstimos, créditos, garantias financeiras prestadas, etc.), assim como noutro tipo de activos financeiros (carteira de rendimento fixo, derivados...).

Na gestão de risco de crédito, a Entidade distingue entre dois tipos de risco de crédito:

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• Risco de crédito devido ao cliente: aquele que tem a sua origem nas próprias características da contraparte das operações.

• Risco de crédito devido ao risco-país: o risco que coincide nos clientes residentes num determinado país por circunstâncias diferentes do risco comercial habitual, tal como a deterioração das condições gerais do país, nacionalização ou expropriação de activos, deterioração da situação política ou social do país, etc.

As políticas, métodos e procedimentos relacionados com o controlo do risco de crédito são aprovados pelo Conselho de Administração da Entidade. O Departamento de Auditoria Interna tem, entre as suas funções, de zelar pelo adequado cumprimento das políticas, métodos e procedimentos de controlo de risco da Entidade, assegurando que estes são adequados, se implementam de maneira eficaz e são revistos de forma regular.

A estrutura orgânica operacional implementada para o modelo de gestão e de controlo do risco de crédito garante a independência das funções de controlo e concessão dos riscos. De forma esquemática, tem a seguinte forma:

• Direcção de Riscos: responsável pelas políticas de riscos, assim como pela admissão, o acompanhamento e a recuperação das operações de risco.

• Gestão Global de Risco: responsável pelo controlo de riscos, assume também as funções relativas ao desenvolvimento, implementação, manutenção e validação das metodologias de medição de risco e dos modelos internos de qualificação.

Objectivos

O principal objectivo é garantir a saúde patrimonial da Entidade, minimizando os impactos derivados do risco de insolvência, assim como ajustar ao máximo a rentabilidade e o risco e optimizar o consumo de recursos próprios.

O referido objectivo é materializado através da fixação de políticas de actuação, tanto a nível geral como sectorial e de segmentos de negócio, e com o estabelecimento dos procedimentos de análise, sanção, concessão, acompanhamento e recuperação, aplicáveis em função de cada segmento de negócio.

Estratégia

A gestão do risco de crédito sempre foi um facto primordial na estratégia da Entidade, sobretudo num ano em que a situação de deterioração da economia em geral, e do sector imobiliário em particular, provocou um significativo aumento da morosidade, aquela assume especial relevância e torna imprescindível a adaptação e redefinição das estratégias relacionadas com este risco. Na Entidade as estratégias que se estão a seguir, actualmente, podem resumir-se da seguinte forma:

• crescimento equilibrado, assegurando a rentabilidade e um nível de capitalização de acordo com os limites do risco fixados, garantindo a qualidade e a segurança dos seus activos,

• diminuição dos níveis de concentração em determinados segmentos e carteiras,

• fortalecimento das políticas de controlo e acompanhamento dos investimentos,

• optimização dos procedimentos de recuperação e nova cobrança,

• melhoria dos sistemas de alertas, medição e gestão do risco de crédito.

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Políticas

Todos os riscos analisados pela Entidade devem seguir os procedimentos de análise e devem cumprir os requisitos e critérios de aprovação estabelecidos.

A Entidade dispõe de políticas e procedimentos que delimitam cada uma das fases do processo de risco e limitam a concentração do risco de crédito por sectores e por contrapartes individualmente consideradas, assim como de grupos de empresas.

Processos de admissão, acompanhamento e recuperação

A Entidade mantém um esquema de concessão de operações descentralizado, baseado numa definição clara das políticas e procedimentos em cada uma das fases do processo de risco (admissão, acompanhamento e recuperação), assim como um sistema de delegação de poderes apropriado. Este sistema permite atender de forma eficiente, em termos de tempo e qualidade de resposta, às necessidades dos nossos clientes em que se destaca o grau de autonomia que os escritórios e as Unidade de Negócio e Territoriais detêm.

No processo de admissão e qualificação de clientes/operações, a Entidade dispõe de um completo mapa de ferramentas internas de qualificação (Rating/Scoring) que incorporam de forma homogénea as diferentes variáveis de risco relevantes para a avaliação das operações, segundo o segmento de clientes.

No gráfico seguinte são apresentados os diferentes tipos de modelos de admissão, em função do segmento de destino; destaca-se o facto de 99,50% das operações concedidas a Particulares e 76,62% das operações realizadas para empresas estarem qualificados por modelos. Esta percentagem é medida relativamente ao saldo vivo total de cada segmento da carteira de «Crédito a Clientes» a 31 de Dezembro de 2010.

Estes instrumentos estão plenamente integrados na fase de análise e tomada de decisões e, desta forma, na aprovação de operações, com a utilização do modelo adequado em função do segmento do negócio de que se trate.

Micro, pequenas e médias empresas Rating + Scoring

Pequenas

Médias e Grandes

Não Promoção

Grossistas

Promotores imobiliários

Rating Ambiental

COMPORTAMENTOS CONCESSÃO Consumo Sucursais e

Canais

Hipotecários Cartões

Não

C a r t õ e s

Hipotecários

Contas de Crédito

Scorings de Recobranças – (<60 dias de falha de pagamento e > = 60 dias de f alha de pagamento)

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Estão também instaurados expedientes electrónicos para a análise e sanção de todas as operações activas, tanto de particulares como de empresas, promotores e sector público. O resultado dos Scorings de particulares, instrumentados dentro dos expedientes electrónicos, é vinculativo. Os expedientes electrónicos asseguram a homogeneização e o controlo de todo o processo de análise e de sanção de operações activas.

O processo de acompanhamento supervisiona as operações concedidas e o risco vivo existente; é um processo dinâmico baseado no conhecimento e análise do comportamento do cliente e na criação de parâmetros de sinais de alerta, pré-determinados através de um sistema automatizado que vincula as políticas de admissão de risco em função da gravidade dos alertas detectados. Podemos distinguir dois tipos de acompanhamento:

• Especializado, baseado na vigilância e na evolução do cliente, da sua qualificação interna e em função da taxa de risco concedida, o seu montante, garantias e prazo de vigência.

• Estatístico, baseado no Sistema de Prevenção de Mora («SPM»), permite estabelecer alertas sobre contrapartidas em função do segmento, prioridade e nível de risco determinado, a partir da análise de variáveis representativas do risco, a volatilidade da Probabilidade de Incumprimento («PD») e o volume de perda estimado.

O sistema de Alertas, totalmente automatizado, permite decidir e realizar, de forma antecipada, as acções necessárias antes que o risco se concretize.

Em relação ao processo de recuperação , é utilizado um conjunto de potentes ferramentas informáticas que assegura a realização de determinadas gestões de recuperação através da utilização de sistemas sofisticados, entre os quais um Scoring de Recobranças, que propiciam uma clara melhoria da gestão e um maior grau de eficiência de custos e eficácia na recuperação, conjugando a exigência no cumprimento dos procedimentos com o estabelecimento de acordos de refinanciamento ou de pagamentos viáveis com os devedores, que minimizem o risco assumido e permitam manter e melhorar a tradicional solvência patrimonial da Entidade.

Sistemas de medição e ferramentas de gestão de risco de crédito

a) Modelos de avaliação da qualidade do crédito

A Entidade tem as suas exposições do crédito segmentadas e qualificadas através de ferramentas de scoring, no caso de pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas, e de rating para os segmentos das empresas, da promoção imobiliária e corporativo.

A Entidade dispõe de um mapa completo de modelos de rating e scoring que incorporam de forma homogénea as diferentes variáveis de risco relevantes para as operações ou o segmento de clientes de que se trate. Neste sentido, é de destacar a incorporação de variáveis relativas ao cumprimento de normas ambientais e de qualidade nas ferramentas de rating.

b) Parâmetros de risco

A utilização dos modelos de qualificação de risco de crédito, a partir da pontuação concedida, permite obter a Probabilidade de Incumprimento («PD») associada a cada cliente avaliado. A PD define-se como a probabilidade de um cliente entrar em mora no espaço de um ano.

A análise da Exposição («EAD») permite estimar o nível de utilização, em caso de incumprimento, das operações de risco de crédito sujeitas a um limite concedido.

Partindo do histórico de incumprimentos e recuperações, conhecida a exposição no momento do incumprimento, os custos incorridos e o montante final recuperado, é estimada a taxa de recuperação e como seu oposto a Gravidade («LGD»), contemplando nesta análise aspectos como o tipo de produto e as garantias da operação.

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c) Estimativa de Perda Esperada e Capital Económico

O cálculo dos parâmetros de risco (PD, EAD e LGD) permite quantificar a Perda Esperada («PE») da carteira de crédito, entendida como o montante médio que se prevê perder por risco de crédito dessa carteira no espaço de um ano.

Com a finalidade de dispor de uma medida que proporcione informação sobre a volatilidade das perdas, permitindo assim uma gestão avançada do capital, a Entidade conta com um modelo interno de Carteiras que, partindo da distribuição de perdas em função de determinados factores macroeconómicos, permite imputar o capital económico requerido por risco de crédito, por segmento-carteira e a nível de operação. Este modelo permite aproveitar os efeitos da diversificação geográfica e da maior ou menor concentração existente entre as exposições do crédito. Os resultados do modelo são utilizados como apoio nos processos de planeamento e na análise de diversos cenários de stress.

O modelo contempla como principais elementos diferenciais:

• A importância dos segmentos internos de gestão (sector, zona geográfica, etc.), assim como dos modelos de qualificação (Scorings/Ratings) e parâmetros de risco (PD/LGD/EAD).

• A inter-relação entre a variação das diferentes variáveis macroeconómicas e a dos parâmetros de risco da Entidade.

• O nível crítico de diversificação vs a concentração nos resultados de capital económico, o risco marginal e a relação Risco/Rentabilidade.

d) Validação Interna de Modelos

A Validação Interna é responsável pelo Enquadramento de Validação e Acompanhamento de Modelos definido pela Entidade, enquadramento que, em linha com os requisitos da Circular 3/2008, contempla os diferentes âmbitos do processo de validação interna: integração na gestão, revisão de critérios de bases de dados, análise da adequação e efectividade dos modelos de medição de risco implementados, definição de controlos e planos de actuação.

Durante o ano, com o fim de garantir a fiabilidade dos modelos de qualificação, incorporaram-se nos procedimentos de controlo e reporting, os resultados do Sistema de Validação Interna, emitidos pelas Unidades de Validação, assim como as recomendações e os planos de actuação resultantes dos mesmos. As provas realizadas basearam-se, principalmente, na verificação da capacidade de discriminação dos modelos, a capacidade preditiva da curva de PD e a estabilidade dos parâmetros de risco. Tudo isto é registado em Relatórios de validação trimestrais que são apresentados aos Órgãos de Administração.

39.1.2 Nível máximo de exposição ao risco de crédit o

A exposição máxima ao risco de crédito para os activos financeiros reconhecidos no balanço é o seu valor contabilístico. Para as garantias financeiras concedidas, a máxima exposição ao risco de crédito é o montante máximo que a Entidade teria de pagar se a garantia fosse executada.

Exposição ao risco de crédito por segmento e activid ade

A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a exposição original ao risco de crédito, sem deduzir as garantias reais nem outras melhorias de crédito recebidas, conforme a definição estabelecida pela Circular 3/2008, do Banco de Espanha, e agrupada segundo os principais segmentos e actividades de exposição fixados pela Entidade, é a seguinte:

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A 31 de Dezembro de 2010

Milhares de Euros

Segmento e actividade

Carteira de negociação e

Activos financeiros ao justo valor com variações em perdas

e ganhos

Activos financeiros disponíveis para venda

Investimentos a Crédito

Carteira de investimento a deter até à maturidade

Contas de ordem e outros

Administração Central 22 933 2 530 078 39 191 - - Instituições 85 418 2 920 077 4 948 501 - - Empresas 52 716 158 168 28 406 068 - - Retalhistas - - 2 762 989 - - Hipotecários - - 33 379 388 - - Taxa variável 4 729 79 070 - - - Restantes 418 255 - 4 838 832 - 5 892 103 Total 584 051 5 687 393 74 374 969 - 5 892 103

A 31 de Dezembro de 2009

Milhares de Euros

Segmento e actividade

Carteira de negociação e

Activos financeiros ao justo valor com variações em perdas

e ganhos

Activos financeiros disponíveis para venda

Investimentos a Crédito

Carteira de investimento a deter até à maturidade

Contas de ordem e outros

Administração Central 201 198 227 384 37 672 2 342 895 - Instituições 83 140 1 739 491 4 560 238 - - Empresas - 120 670 31 361 368 - - Retalhistas - - 2 984 024 - - Hipotecários - - 32 409 943 - - Taxa variável 7 674 127 502 - - - Restantes 462 920 - 5 143 839 - 6 543 491 Total 754 932 2 215 047 76 497 084 2 342 895 6 543 491

Distribuição da exposição original por produto

A exposição distribuída por produto é divulgada na tabela em anexo. Os empréstimos e créditos são os produtos mais procurados pelos clientes, representando 75,72% a 31 de Dezembro de 2010 (76,24% a 31 de Dezembro de 2009). O segundo grupo de produtos por importância é a Taxa Fixa, que atinge 11,37% a 31 de Dezembro de 2010 (10,67% a 31 de Dezembro de 2009).

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A 31 de Dezembro de 2010

Milhares de Euros

Segmento e actividade

Carteira de negociação e

Activos financeiros ao justo valor com variações em perdas

e ganhos

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

Investimentos a Crédito

Carteira de Investimento a deter até à maturidade

Contas de ordem e outros

Empréstimos e créditos - - 65 359 204 - 171 813 Taxa fixa 161 067 5 608 323 4 067 264 - - Depósitos interbancários - - 4 948 501 - - Avales e créditos - - - - 5 720 290 Derivados 418 255 - - - - Taxa variável 4 729 79 070 - - - Total 584 051 5 687 393 74 374 969 - 5 892 103

A 31 de Dezembro de 2009

Milhares de Euros

Segmento e actividade

Carteira de negociação e

Activos financeiros ao justo valor com variações em perdas

e ganhos

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

Investimentos a Crédito

Carteira de Investimento a deter até à maturidade

Contas de ordem e outros

Empréstimos e créditos - - 67 224 890 - 132 546 Taxa fixa 284 338 2 087 545 4 711 956 2 342 895 - Depósitos interbancários - - 4 560 238 - - Avales e créditos - - - - 6 410 945 Derivados 462 920 - - - - Taxa variável 7 674 127 502 - - - Total 754 932 2 215 047 76 497 084 2 342 895 6 543 491

Distribuição da exposição original por áreas geográ ficas

A distribuição da exposição do risco de crédito por áreas geográficas é divulgada na tabela em anexo. A maior parte da carteira corresponde a clientes espanhóis, 96,68% a 31 de Dezembro de 2010 (96,80% a 31 de Dezembro de 2009) e, em segundo lugar, 2,30% do risco disposto a 31 de Dezembro de 2010 corresponde a clientes do resto da Europa (2,29% a 31 de Dezembro de 2009).

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Percentagem (%) Área geográfica 2010 2009

União Europeia 98,98% 99,09% Espanha 96,68% 96,80% Resto da Europa 2,30% 2,29% Estados Unidos 0,04% 0,07% América Latina 0,49% 0,33% Restantes países 0,49% 0,51%

Total 100,00% 100,00%

39.1.3 Qualidade de crédito dos activos financeiros não vencidos nem em imparidade

A seguir, mostra-se a comparação com o exercício anterior da discriminação da qualidade do crédito dos activos financeiros que não se encontram em mora:

Milhares de Euros

2010 2009 Variação Exposição

% Var.

Sem risco visível 6 504 083 15 004 737 (8 500 654) (56,7%) Baixo risco 20 233 032 20 110 164 122 868 0,6% Risco médio-baixo 32 741 572 29 514 411 3 227 161 10,9% Risco médio 15 332 933 12 856 722 2 476 211 19,3% Risco médio-alto 132 225 399 727 (267 502) (66,9%) Alto risco 434 686 483 461 (48 775) (10,1%) Total 75 378 531 78 369 222 (2 990 691) (3,8%) Nota: Inclui todos os instrumentos de dívida correspondentes a «Disponibilidades em entidades de

Crédito», «Crédito a clientes» e «Valores representativos de dívida», à excepção dos valorizados pelo seu justo valor, com registo das alterações do valor na conta de perdas e ganhos, registados pelo montante contabilizado no balanço, excluindo os saldos correspondentes a «Acertos por valorização».

O montante dos rendimentos financeiros acumulados e não cobrados de activos financeiros que, de acordo com os critérios explicados na Nota 2.9, foram considerados em imparidade no ano, registados nas demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2010, ascende aos 25 884 milhares de euros (30 401 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009).

A alteração da conjuntura económica registada nos exercícios de 2010 e de 2009 pressupôs para a Entidade, como para o resto do sector, um impacto significativo na qualidade do crédito da sua carteira, que é reflectido na evolução das cifras de activos morosos, rácio de morosidade e coeficiente de cobertura que se descriminam a seguir:

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Milhares de Euros 2010 2009

Total de riscos (*) 73 612 085 75 325 063 Riscos duvidosos 3 794 305 3 242 809 Acertos por imparidade de créditos a clientes 2 667 409 1 698 142 % Morosidade 5,15% 4,31% % Cobertura 70,30% 52,37%

(*) Incluem-se os saldos correspondentes a crédito a clientes e riscos contingentes, sem ter em conta o saldo de «Outros activos financeiros» nem os «Acertos por valorização» correspondentes.

As variações, que ocorreram durante o exercício de 2010, nas perdas por imparidade por risco de crédito contabilizadas pela Entidade e nas provisões para riscos e compromissos contingentes por risco de crédito, ajustam-se ao disposto na Circular 4/2004 do Banco de Espanha, tanto no tipo de perdas e provisões constituídas, como na metodologia aplicada para o seu cálculo.

Informação sobre taxas históricas de falhas de paga mento

A seguir é apresentado, para cada tipo de activos financeiros, a sua informação sobre taxas históricas de falhas de pagamento, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, de todos os tipos de instrumentos financeiros nos quais a Entidade assume o risco de crédito e que, nas referidas datas, não se encontravam vencidos nem em imparidade:

2010 2009 Instrumentos de dívida- Crédito a clientes 0,78% 0,65%

Total dos instrumentos de dívida 0,78% 0,65% Riscos contingentes- Avales financeiros 48,81% 9,21%

Total de riscos contingentes 48,81% 9,21%

A informação anterior foi elaborada com base na média dos últimos 5 exercícios.

39.1.4 Concentração de riscos

O risco de concentração é definido como aquele que pode afectar a conta de perdas e ganhos da Entidade e o seu património, como consequência da posse de instrumentos financeiros que tenham características similares e que possam ser afectados de forma similar por alterações económicas ou de outro tipo.

A Entidade fixou políticas que têm como objectivo fundamental limitar o grau de exposição da Entidade perante a concentração de determinados riscos, que se fixam em coordenação com outras políticas de gestão de riscos e no enquadramento do plano estratégico da Entidade. A medida das concentrações de risco e os limites aos mesmos são estabelecidos tendo em conta os diversos riscos aos quais está sujeito, atendendo à natureza e à classificação dos diferentes instrumentos financeiros da Entidade e atendendo aos diferentes níveis (entidade, Grupo, sector, país, etc.).

Como medida de concentração de riscos é utilizado o valor contabilístico dos diferentes instrumentos financeiros.

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A seguir, é apresentada uma descrição da proporção do risco de crédito disposto por sectores de actividade a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009: Apenas se descreveu a distribuição do crédito ao sector residente, devido às restantes discriminações não serem relevantes.

Percentagem (%) Sector 2010 2009

Créditos aplicados ao financiamento de actividades produtivas- 58,89% 57,10%

Agricultura, pecuária, caça e silvicultura 0,37% 0,33% Pesca 0,13% 0,07% Indústrias de extracção 0,10% 0,10% Indústrias transformadoras 3,92% 3,81% Produção e distribuição de energia eléctrica, gás e água 0,98% 0,86% Construção 3,43% 3,65% Comércio e reparações 2,63% 2,28% Hotelaria 2,80% 2,61% Transporte, armazenamento e comunicações 0,93% 0,94% Intermediação financeira (excepto entidades de crédito) 1,54% 2,05% Actividades imobiliárias e serviços empresariais 39,52% 38,44% Outros serviços 2,54% 1,96%

Créditos aplicados ao financiamento de gastos para a habitação- 40,37% 39,83%

Aquisição de habitação própria 30,36% 29,21% Reabilitação de habitações (obras e melhorias do lar) 2,41% 2,38% Aquisição de bens de consumo duradouro 0,52% 0,63% Aquisição de terrenos, propriedades rústicas, etc. 0,65% 1,08% Outros financiamentos para o lar 6,43% 6,53%

Créditos aplicados ao financiamento de gastos das instituições sem fins lucrativos ao serviço dos lares 0,28% 0,29%

Outros não classificados 0,46% 2,78%

Total 100,00% 100,00%

A Entidade realiza regularmente um controlo periódico dos grandes riscos com clientes, que são reportados periodicamente ao Banco de Espanha.

O número de clientes com risco por actividade empresarial ascendia, a 31 de Dezembro de 2010, a 141 833 (144 717 clientes, a 31 de Dezembro de 2009). Por outro lado, 55,50% da exposição ao risco corresponde à actividade retalhista e de particulares (52,77% a 31 de Dezembro de 2009), sendo o segmento hipotecário o de maior peso, com um montante médio por operação de 126 milhares de euros (128 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009).

39.1.5 Acordos de compensação e garantias em deriva dos

O efeito dos acordos de compensação e garantias sobre o risco de crédito na actividade de derivados, a 31 de Dezembro de 2010, é o seguinte:

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Milhares de Euros

Valor Nocional Exposição (consumo de linhas) com acordos de compensação (netting)

Exposição (consumo de linhas) com acordos de

compensação (netting) e de garantias (colateral)

22 636 754 437 544 108 343

39.1.6 Garantias reais recebidas e outras melhorias de crédito

Um factor-chave na gestão do risco de crédito encontra-se na procura, nas operações concedidas, de garantias adicionais à própria garantia pessoal do titular do crédito. A Entidade distingue dois tipos de garantias:

• Garantias financeiras outorgadas à contraparte, em forma de avales, cartas de garantia, derivados de crédito, seguros de crédito, etc.

• Garantias reais, as quais possam permitir, neste caso, a recuperação dos investimentos realizados em caso de ocorrer a insolvência da contraparte.

A Entidade classifica, de forma interna, os activos financeiros sujeitos a risco de crédito em função das características das operações, considerando, entre outros factores, as contrapartes com as quais foram contratadas as operações e as garantias que a operação apresente.

A Entidade utiliza, como instrumento fundamental na gestão do risco de crédito, a obtenção de garantias reais e outra série de melhorias de crédito adicionais à própria garantia pessoal do devedor para os activos financeiros adquiridos.

A valorização das garantias reais é realizada em função da natureza da garantia real recebida. Com carácter geral, as garantias reais em forma de imóveis avaliam-se ao seu valor de taxação, realizada por entidades independentes de acordo com as normas estabelecidas pelo Banco de Espanha para tal no momento da contratação. Apenas se existirem provas de perdas de valor destas garantias ou nos casos em que ocorra alguma deterioração da solvência do devedor que possa levar a pensar que se poderá ter de utilizar essas garantias, é actualizada a valorização de acordo com estes mesmos critérios. As garantias reais em forma de valores cotados em mercados activos valorizam-se pelo seu valor de cotação, ajustado numa percentagem para cobrir as possíveis variações no referido valor de mercado que pudesse prejudicar a cobertura do risco; os avales e garantias reais similares medem-se pelo montante garantido nas referidas operações; os derivados de crédito e operações similares utilizados como cobertura do risco de crédito avaliam-se, para determinar a cobertura alcançada, pelo seu valor nominal que equivale ao risco coberto; por seu lado, as garantias em forma de depósitos penhorados valorizam-se pelo valor dos referidos depósitos, e se estiverem denominados em moeda estrangeira, convertidos à taxa de câmbio em cada data de valorização.

A cobertura do fundo genérico de instrumentos de dívida e riscos contingentes situa-se em 35,62% sobre requisitos do parâmetro «alfa» estabelecido pelo Banco de Espanha (33,19% a 31 de Dezembro de 2009), acima do mínimo estabelecido de 10%. O fundo genérico de insolvências para créditos, de instrumentos de dívida e de riscos contingentes, ascende, a 31 de Dezembro de 2010, a 282 milhões de euros (264 milhões de euros em 2009).

A 31 de Dezembro de 2010, a distribuição por segmento das exposições do crédito a clientes que contam com garantias reais, outras melhorias de crédito, bem como garantias pessoais, por segmento é a seguinte:

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Milhares de Euros

Garantia

hipotecária

Restantes garantias reais

Garantia pessoal

Total

Administração Central - - 39 191 39 191 Empresas 14 734 643 684 220 12 987 204 28 406 067 Retalhistas 1 095 047 406 996 1 260 946 2 762 989 Hipotecários 33 379 389 - - 33 379 389 Restantes - - 771 568 771 568

Total 49 209 079 1 091 216 15 058 909 65 359 204

A 31 de Dezembro de 2009, a distribuição por segmento das exposições que contam com garantias reais e outras melhorias de crédito por segmento é a seguinte:

Milhares de Euros

Garantia

hipotecária

Restantes garantias reais

Garantia pessoal

Total

Administração Central - - 37 672 37 672 Empresas 15 098 602 900 667 15 362 099 31 361 368 Retalhistas 1 045 172 695 389 1 243 463 2 984 024 Hipotecários 32 409 943 - - 32 409 943 Restantes - - 431 883 431 883

Total 48 553 717 1 596 056 17 075 117 67 224 890

Para os riscos contingentes, o montante máximo de risco de crédito que se encontra coberto por garantias reais de depósitos e valores bem como por garantias de entidades financeiras, a 31 de Dezembro de 2010, ascende a 52,91% da exposição (51,97% a 31 de Dezembro de 2009).

39.1.7 Activos financeiros renegociados

Os activos financeiros renegociados que não estão em imparidade, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 respectivamente, ascendem a 1 382 e 2 417 milhões de euros, apesar de se estimar que o montante dos que poderiam estar em imparidade nas referidas datas, em caso de não terem sido renegociados, não é significativo no conjunto das contas anuais da Entidade.

39.1.8. Activos financeiros em imparidade por risco de crédito

A seguir apresenta-se a descrição dos activos da Entidade em imparidade, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, de acordo com o método utilizado para fazer a estimativa das suas perdas por imparidade:

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Milhares de Euros 2010 2009

Activos financeiros estimados

individualmente como em imparidade

Activos financeiros estimados

colectivamente como em imparidade

Totais de activos em imparidade

Activos financeiros estimados

individualmente como em imparidade

Activos financeiros estimados

colectivamente como em imparidade

Totais de activos em imparidade

Riscos contingentes 103 947 1 137 105 084 48 114 9 478 57 592 Crédito a clientes 3 240 917 448 304 3 689 221 2 210 818 974 399 3 185 217 Total 3 344 864 449 441 3 794 305 2 258 932 983 877 3 242 809

Activos financeiros determinados individualmente co mo em imparidade

A seguir apresenta-se a descriminação, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, classificada por tipos de activos financeiros, dos activos que foram considerados individualmente como em imparidade com base na análise individual de cada um desses activos:

A 31 de Dezembro de 2010

Milhares de Euros Justo valor das garantias recebidas

Valor contabilístico (sem incluir perdas por imparidade)

Perdas por imparidade Garantias

hipotecárias

Outras garantias reais

Total

Riscos contingentes 103 947 40 379 - - - Crédito a clientes 3 240 917 1 080 192 967 369 610 985 1 578 354 Total 3 344 864 1 120 571 967 369 610 985 1 578 354

A 31 de Dezembro de 2009

Milhares de Euros Justo valor das garantias recebidas

Valor contabilístico (sem incluir perdas por imparidade)

Perdas por imparidade Garantias

hipotecárias

Outras garantias reais

Total

Riscos contingentes 48 114 9 308 - - - Crédito a clientes 2 210 818 815 866 731 673 330 022 1 061 695 Total 2 258 932 825 174 731 673 330 022 1 061 695

Da mesma forma, a coluna «Valor contabilístico» das tabelas anteriores, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, inclui um montante de 889 450 e 721 971 milhares de euros de activos em imparidade, a maior parte dos quais tem uma garantia pessoal. A imparidade associada aos referidos activos, a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, ascende a 463 532 e 388 714 milhares de euros, respectivamente.

Movimento das perdas por imparidade

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A seguir apresenta-se o movimento realizado, nas perdas por imparidade contabilizadas pela Entidade, durante os exercícios de 2010 e de 2009, classificado por tipos de activos financeiros:

Milhares de Euros Activos Financeiros Disponíveis

para Venda - Valores Representativos de Dívida Investimentos a Crédito

2010 2009 2010 2009

Saldo a 1 de Janeiro 3 914 5 730 1 676 026 1 676 783 Dotação líquida com débito /(crédito) nos resultados (*)

(3 328) (1 815) 281 140 711 551

Dotação líquida com débito nas reservas (Nota 1.2)

- - 1 773 315 -

Saldos aplicados durante o exercício (**) - - (1 135 311) (715 392) Transferências 4 423 - (22 992) - Outros movimentos - (1) 639 3 084 Saldo a 31 de Dezembro 5 009 3 914 2 572 817 1 676 026

(*) Os montantes correspondentes a investimentos a crédito encontram-se registados na rubrica «Perdas por imparidade de activos financeiros (líquido) - Investimentos a crédito» e os montantes correspondentes a valores representativos de dívida encontram-se registados na rubrica «Perdas por imparidade de activos financeiros (líquido) - Outros instrumentos financeiros não valorizados ao justo valor com variações em perdas e ganhos» da conta de perdas e ganhos do exercício.

(**) Ver o seguinte ponto «Activos financeiros em imparidade que foram alienados do activo».

A Entidade contabilizou, na rubrica «Perdas por imparidade de activos financeiros (líquido) - Outros instrumentos financeiros não valorizados ao justo valor com variações em perdas e ganhos» da conta de perdas e ganhos do exercício de 2010 em anexo, um montante de 51 599 milhares de euros por imparidade de instrumentos, dos quais 40 645 milhares de euros correspondem à imparidade na participação na Martinsa-Fadesa, S.A. para situar o seu valor contabilístico até à estimativa do seu justo valor, que se considerou ser nulo.

Activos financeiros em imparidade alienados do acti vo

A seguir é apresentado o movimento, produzido nos exercícios de 2010 e de 2009, dos activos financeiros em imparidade da Entidade que não se encontram registados no balanço por a sua recuperação ser considerada remota, ainda que a Entidade não tenha interrompido as acções para alcançar a recuperação dos montantes em dívida:

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Milhares de Euros 2010 2009

Saldo a 1 de Janeiro 1 366 914 711 807

Inclusões: Com débito nas correcções de valor por imparidade de activos 1 135 311 715 392 Com débito directo na conta de perdas e ganhos 384 79 Produtos vencidos e não cobrados 156 154 103 832

Total de inclusões 1 291 849 819 303 Alienações

Por recuperação, em numerário, do capital (92 931) (49 604) Por recuperação, em numerário, de produtos vencidos e não (7 224) (2 127) Por remissão (193 586) (93 817) Por prescrição (19 227) (12 212) Por outros conceitos (18 644) (6 436)

Total de alienações (331 612) (164 196) Saldo a 31 de Dezembro 2 327 151 1 366 914

Activos financeiros vencidos e que não estão em imp aridade

A seguir apresenta-se a descriminação dos activos financeiros vencidos e não considerados em imparidade pela Entidade, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, classificados por tipos de instrumentos financeiros:

Milhares de Euros 2010 2009

Por tipos de contrapartes-

Administrações Públicas 19 824 38 217 Outros sectores residentes 441 735 528 752 Outros sectores não residentes 2 504 10 171

Total 464 063 577 140 Por tipos de instrumentos -

Crédito comercial 6 874 10 478 Empréstimos e contas de crédito 380 873 469 875 Arrendamento financeiro 2 053 2 296 Cartões 1 250 1 554 Outros activos financeiros 73 013 92 937

Total 464 063 577 140

Os activos vencidos que não estão em imparidade a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009 concentram-se, principalmente, em Espanha e o prazo decorrido desde o seu vencimento é inferior aos 3 meses.

39.1.9 Activos tomados como garantia e garantias ex ecutadas

A seguir é apresentado o valor contabilístico, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, dos activos registados nestas demonstrações financeiras que, durante os referidos exercícios, foram tomados ou executados para assegurar a cobrança dos activos financeiros da Entidade:

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Milhares de Euros 2010 2009

Garantias tomadas e registadas nas demonstrações Avales 189 817 6 991 Depósitos em numerário - - Fianças 193 716 115 061 Garantias executadas e registadas nas demonstrações Activos imobiliários (Nota 11.1) 113 238 107 188 Acções Disponíveis para venda 6 774 7 250

39.2 Risco de liquidez dos instrumentos financeiros

A liquidez define-se como a capacidade que uma entidade financeira tem de obter, captar ou ceder fundos para fazer face às obrigações anteriormente contraídas, em qualquer período do tempo. Por seu lado, o risco de liquidez corresponde à possibilidade de a Entidade não poder cumprir as obrigações contratuais de pagamento ou reembolso até ao vencimento, afectando negativamente a sua imagem e a sua estabilidade financeira.

A Entidade gere o risco de liquidez a partir de duas ópticas complementares: por um lado gere a liquidez operativa a curto prazo pela área de Tesouraria; por outro, a liquidez estrutural, consequência das posições geradas a longo prazo ou de posições mais curtas mas de carácter continuado, é gerida e controlada através da unidade de Gestão de Activos e Passivos pela Alta Direcção da Entidade.

A unidade de Gestão de Activos e Passivos é responsável por analisar o risco de liquidez estrutural (inerente à actividade) para assegurar que a Entidade disponha, em qualquer altura, da liquidez suficiente para cumprir os seus compromissos de pagamentos associados ao cancelamento dos seus passivos, nas respectivas datas de vencimento, sem comprometer a capacidade da Entidade para responder com rapidez perante oportunidades estratégicas de mercado. Para realizar esta gestão utilizam-se ferramentas informáticas integradas, com as quais se realizam as análises, com base nos fluxos de tesouraria dos seus activos e passivos, assim como as garantias ou instrumentos adicionais dos quais a Entidade dispõe para garantir fontes adicionais de liquidez que pudessem ser requeridas. A posição em relação ao risco de liquidez da Entidade é estabelecida com base em variadas análises de cenários e de sensibilidade.

O Comité de Activos e Passivos («COAP») é o órgão encarregado pelo controlo e a gestão do risco de liquidez, de acordo com as determinações e critérios aprovados pelo Conselho de Administração, com o objectivo de garantir sempre a disponibilidade a preços razoáveis de fundos que permitam cumprir pontualmente os compromissos adquiridos e financiar o crescimento da sua actividade de investimento.

O exercício desta função apoia-se no seguimento sistemático de diferentes medidas de liquidez:

• Gap de liquidez: classificação do capital pendente dos activos e passivos financeiros por prazos de vencimento, tomando como referência os períodos que restem na data a que se refere e as suas datas contratuais de vencimento. A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o gap de liquidez é o seguinte:

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A 31 de Dezembro de 2010

Milhares de Euros

Rubricas

À ordem

Até 1 mês De 1 a 3 meses

De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos

Mais de 5 anos

Total

Activo- Caixa e disponibilidades em bancos centrais 913 974 - - - - - 913 974 Disponibilidades em entidades de crédito - 462 301 75 033 2 125 112 1 643 685 450 000 4 756 131 Crédito a clientes - 2 876 314 4 188 975 8 920 257 24 851 699 24 521 960 65 359 205 Carteira de investimentos a crédito - 55 500 061 1 220 261 1 050 152 1 279 277 4 049 806 Carteira de valores de negociação - 22 933 12 291 25 127 85 460 15 257 161 068 Activos financeiros disponíveis para venda - 2 512 206 85 689 306 120 1 834 188 786 976 5 525 179 Carteira de investimento a deter até à maturidade - - - - - - -

913 974 5 873 809 4 862 049 12 596 877 29 465 184 27 053 470 80 765 363

Passivo- Recursos de bancos centrais e entidades de crédito - 7 383 820 3 738 416 1 784 084 3 209 140 1 663 528 17 778 988 Recursos de clientes, valores negociáveis e

passivos subordinados 14 335 893 2 251 216 3 755 261 14 140 562 22 442 215 9 930 526 66 855 673

14 335 893 9 635 036 7 493 677 15 924 646 25 651 355 11 594 054 84 634 661

GAP TOTAL (13 421 919) (3 761 227) (2 631 628) (3 327 769) 3 813 829 15 459 416 (3 869 298)

GAP ACUMULADO (*) - (3 761 227) (6 392 855) (9 720 624) (5 906 795) 9 552 621

(*) No «GAP acumulado» consideram-se, em separado, os saldos «à ordem» dos restantes vencimentos, para efeitos da análise de liquidez, dado que os saldos correspondentes a recursos de clientes, apesar de serem juridicamente exigíveis à ordem, mantiveram historicamente um carácter estável no tempo. Para o cálculo dos gap de liquidez considerou-se a dívida pública, cotada num mercado profundo e fonte imediata de liquidez, no prazo de um mês, equivalente ao vencimento da maior parte das cessões temporárias que a têm como subjacente.

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A 31 de Dezembro de 2009

Milhares de Euros

À ordem

Até 1 mês De 1 a 3 meses

De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos

Mais de 5 anos

Total

Activo- Caixa e disponibilidades em bancos centrais 2 086 020 - - - - - 2 086 020 Disponibilidades em entidades de crédito - 834 506 134 277 1 958 595 1 298 950 - 4 226 328 Crédito a clientes - 3 111 086 4 137 105 10 049 604 25 101 598 24 825 497 67 224 890 Carteira de investimentos a crédito - 7 400 014 500 338 2 472 054 1 330 568 4 702 981 Carteira de valores de negociação - 201 198 449 - 78 924 3 766 284 337 Activos financeiros disponíveis para venda - 221 025 79 270 424 419 717 860 623 316 2 065 890 Carteira de investimento a deter até à maturidade - 2 278 264 - - - - 2 278 264

2 086 020 6 646 086 4 751 115 12 932 956 29 669 386 26 783 147 82 868 710

Passivo- Recursos de bancos centrais e entidades de crédito - 5 843 655 1 383 119 4 727 820 1 723 468 1 110 994 14 789 056 Recursos de clientes, valores negociáveis e

passivos subordinados 14 257 769 3 855 919 5 885 709 12 596 841 20 991 202 11 290 799 68 878 239

14 257 769 9 699 574 7 268 828 17 324 661 22 714 670 12 401 793 83 667 295

GAP TOTAL (12 171 749) (3 053 488) (2 517 713) (4 391 705) 6 954 716 14 381 354 (798 585)

GAP ACUMULADO (*) - (3 053 488) (5 571 201) (9 962 906) (3 008 190) 11 373 164

(*) No «GAP acumulado» consideram-se, em separado, os saldos «à ordem» dos restantes vencimentos, para efeitos da análise de liquidez, dado que os saldos correspondentes a recursos de clientes, apesar de serem juridicamente exigíveis à ordem, mantiveram historicamente um carácter estável no tempo. Para o cálculo dos gap de liquidez considerou-se a dívida pública, cotada num mercado profundo e fonte imediata de liquidez, no prazo de um mês, equivalente ao vencimento da maior parte das cessões temporárias que a têm como subjacente.

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Este gap é o resultado de agrupar os activos e passivos financeiros por prazos de vencimento contratuais, a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, sem ter em consideração as possíveis renovações. Portanto, corresponde a uma análise extremamente prudente do risco de liquidez, dada a evolução histórica dos passivos financeiros da Entidade, especialmente no que se refere, em concreto, a recursos de clientes (passivos retalhistas), estes depósitos aumentaram de forma significativa nos últimos exercícios.

Na gestão do gap de liquidez, e para fazer face aos vencimentos de financiamento futuros, a Entidade conta com determinados activos líquidos disponíveis que permitem garantir os compromissos adquiridos no financiamento da sua actividade de investimento. Dentro destes activos, destacam-se as garantias incluídas na apólice do Banco Central Europeu (Eurossistema), que permitirão a obtenção de liquidez imediata e cujo montante total disponível a 31 de Dezembro de 2010 era de 1 634 621 milhares de euros (1 437 873 milhares de euros a 31 de Dezembro de 2009).

• Posição estrutural: medida de equilíbrio entre o conjunto de activos recorrentes, principalmente investimento a crédito, e o financiamento estável, que inclui os recursos próprios líquidos, as emissões a longo prazo e os depósitos tradicionais com clientes.

• Posição de depósitos interbancários: a 31 de Dezembro de 2010, a posição de empréstimo era de 1 386 258 milhares de euros (a 31 de Dezembro de 2009 a posição de empréstimo era 957 695 milhares de euros), o que permite garantir a existência de um significativo saldo disponível de financiamento para resolver eventuais tensões de liquidez.

• Liquidez agressiva: medida de stress-testing de liquidez na qual se analisa a disponibilidade de activos conversíveis em liquidez a muito curto prazo para resolver os vencimentos comprometidos no prazo de um mês.

O COAP aprova as normas de actuação na captação de financiamento por instrumentos e prazos. Dentro deste âmbito de actuação, combinaram-se os diferentes programas de financiamento vigentes para dispor de fontes de financiamento estáveis, com uma prudente diversificação de prazos de vencimento.

A Entidade gere a sua liquidez estrutural antecipando-se a possíveis necessidades de fundos, através da criação de diferentes programas de financiamento.

Milhares de Euros

Maturidade

Programa EMTN cotação Londres 10 000 000 Renovável anualmente Programa de emissão de nota promissória 6 000 000 Renovável anualmente Programa de emissão de taxa fixa 15 000 000 Renovável anualmente

31 000 000

A política de emissão da Entidade materializou-se, durante o ano, em diversas emissões de dívida sénior, de obrigações hipotecárias (ver Notas 16.4 e 16.5), e na titularização de activos (ver Nota 22.4).

Perante as circunstâncias excepcionais que ocorreram nos mercados financeiros internacionais em 2008, e com o objectivo de preservar a estabilidade do sistema financeiro internacional, assegurando condições de liquidez apropriadas para o funcionamento das instituições financeiras, durante o último trimestre de 2008 e durante o primeiro semestre de 2009, em Espanha, foram aprovadas uma série de medidas:

• Decreto-Lei Real 6/2008, de 10 de Outubro, pelo qual é criado o Fundo para a Aquisição dos Activos Financeiros (doravante, FAAF), e a Portaria EHA/3118/2008, de 31 de Outubro, que desenvolveu o referido Decreto Real. A finalidade do FAAF, que se encontra sob a alçada do Ministério da Economia e Finanças e que contava inicialmente com uma dotação de trinta milhões de euros ampliáveis até cinquenta mil milhões de euros, é adquirir com débito ao Tesouro Público e com critérios de mercado através do procedimento de leilão, instrumentos financeiros emitidos pelas entidades de crédito e fundos de

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titularização de activos espanhóis, assegurados por créditos concedidos a particulares, empresas e entidades não financeiras.

• Decreto-Lei Real 7/2008, de 13 de Outubro, de Medidas Urgentes em Matéria Económica, em relação ao Plano de Acção Concertada dos Países da Zona Euro e a Portaria EHA/3364/2008, de 21 de Novembro, que desenvolve o artigo 1 do referido Decreto Real, que incluía as seguintes medidas:

o Por um lado, a concessão de avales do Estado para as emissões realizadas pelas entidades de crédito residentes em Espanha, a partir de 14 de Outubro de 2008, de promissórias, títulos de dívida e obrigações que cumpram determinados requisitos: serem operações individuais ou em programas de emissão; não serem dívida subordinada nem garantida com outro tipo de garantias; estarem admitidos para negociação em mercados secundários oficiais espanhóis; terem um prazo de vencimento entre 3 meses e 3 anos, apesar de este prazo poder ser ampliado para 5 anos mediante relatório prévio do Banco de Espanha; taxa de juro fixa ou variável, com requisitos especiais para as emissões realizadas a taxa variável; a amortização deve-se realizar num só pagamento e as emissões não podem incorporar opções nem outros instrumentos financeiros e ter um valor nominal não inferior a 10 milhões de euros. O prazo de concessão de avales finalizou a 31 de Dezembro de 2009 e o montante total máximo de avales, a conceder em 2008, foi de 100 000 milhões de euros.

o Posteriormente, na resolução de 24 de Julho de 2009, a Direcção Geral do Tesouro e Política Financeira, decidiu conceder novos avales até 64 mil milhões de euros; neste caso, com a possibilidade de emitir até um prazo de cinco anos.

o Por outro lado, a autorização, com carácter excepcional e até 31 de Dezembro de 2009, ao Ministério da Economia e Finanças para adquirir títulos emitidos pelas entidades de crédito residentes em Espanha, que necessitem de reforçar os seus recursos próprios e se assim o solicitem, incluindo participações preferenciais e quotas participativas.

• Decreto-Lei Real 9/2009, de 26 de Junho, sobre a reestruturação bancária e o reforço dos recursos próprios das entidades de crédito, conhecido como o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB) e que tem dois objectivos principais: gerir os processos de reestruturação de entidades de crédito e contribuir para o reforço dos seus recursos próprios nos processos de integração.

Os Administradores da Entidade utilizaram alguma das medidas mencionadas nos últimos anos. Durante o exercício de 2010 realizaram-se emissões com aval do Estado no valor nominal total de 1 422 milhões de euros, das quais foram transferidas para o Banco de Valência 312 milhões. A utilização destas medidas é efectuada no enquadramento habitual de acções para o desenvolvimento normal das operações ao longo do exercício de 2010.

39.3 Exposição ao risco de taxas de juro

É o risco de incorrer em variações negativas do valor económico do balanço ou da margem de juro, como consequência do efeito dos movimentos das curvas das taxas de juro do mercado.

O trabalho de controlo de risco da taxa de juro é realizado pela Unidade de Gestão de Activos e Passivos. Esta unidade é responsável por pôr em prática os procedimentos que assegurem que a Entidade cumpre, em todos os momentos, as políticas de controlo e gestão de risco da taxa de juro que são fixadas pelo Comité de Activos e Passivos.

A Gestão de Risco de Juros está orientada para a consecução dos seguintes objectivos de carácter geral:

• Dotar de estabilidade, a curto e médio prazo, a margem de juro ajustada (margem de juro mais os Interest Rate Swaps de titularização) da Entidade, face às variações das taxas de juro.

• Controlar a volatilidade do valor patrimonial da Entidade, consequência dos movimentos das curvas das taxas de juro de mercado.

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Na análise, medição e controlo de risco da taxa de juro assumida pela Entidade, utilizam-se técnicas de medição de sensibilidade e análise de cenários, estabelecendo-se os limites adequados para evitar a exposição a níveis de risco que pudessem afectar a Entidade de forma importante. Estes procedimentos e técnicas de análise são revistos com a frequência necessária para assegurar o seu correcto funcionamento.

A Entidade utiliza operações de cobertura para a gestão individual do risco da taxa de juro de todos os instrumentos financeiros que possam expor significativamente a Entidade ao risco de taxa de juro, reduzindo desta maneira este tipo de risco. De igual forma, a Entidade tem constituída uma macrocobertura dos fluxos de caixa, cujo objectivo é dotar a margem de juro ajustada de estabilidade, ao mesmo tempo que preserva o valor patrimonial da Entidade.

O gap de sensibilidade mostra a matriz de vencimentos ou revisões, agrupando por tipo de mercado o valor contabilístico dos activos e passivos em função das datas de revisão das taxas de juro ou de vencimento, conforme a que estiver mais próxima no tempo. Para o cálculo deste gap de sensibilidade considerou-se o capital pendente de todos os activos e passivos financeiros, e os depósitos à ordem transaccionais com clientes foram considerados sensíveis a 2,5 anos, pela estabilidade que a evolução dos seus saldos demonstrou historicamente.

Micro, pequenas e médias empresas

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A seguir, é apresentado o gap de sensibilidade a 31 de Dezembro de 2010:

Milhares de Euros

Até 1 mês De 1 a 3 meses

De 3 meses a 1 ano

De 1 a 2 anos

De 2 a 3 anos

De 3 a 4 anos

De 4 a 5 anos

Mais de 5 anos

Total

Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais 700 445 - - - - - - 213 529 913 974 Disponibilidades em entidades de crédito 782 036 625 033 2 454 062 895 000 - - - - 4 756 131 Crédito a clientes 11 022 527 18 081 066 27 037 707 3 478 598 1 423 835 470 882 282 684 3 561 906 65 359 205 Carteira de investimentos a crédito 1 549 654 1 828 923 220 342 38 38 38 38 450 735 4 049 806 Carteira de valores de negociação - 14 782 25 127 16 979 66 463 1 543 481 35 693 161 068 Activos financeiros disponíveis para venda 118 488 438 299 578 673 599 249 323 057 736 104 930 542 1 800 767 5 525 179 Carteira de investimento a deter até à maturidade

- - - - - - - - -

14 173 150 20 988 103 30 315 911 4 989 864 1 813 393 1 208 567 1 213 745 6 062 630 80 765 363

Passivo Recursos de bancos centrais e entidades de crédito

8 121 173 4 190 575 2 931 149 377 039 237 677 229 526 1 570 578 121 271 17 778 988

Recursos de clientes, valores negociáveis e passivos subordinados

17 693 136 14 130 401 21 394 862 997 541 9 650 727 227 265 86 352 2 675 389 66 855 673

25 814 309 18 320 976 24 326 011 1 374 580 9 888 404 456 791 1 656 930 2 796 660 84 634 661

GAP TOTAL (11 641 159) 2 667 127 5 989 900 3 615 284 (8 075 011) 751 776 (443 185) 3 265 970 (3 869 298)

GAP ACUMULADO (*) (11 641 159) (8 974 032) (2 984 132) 631 152 (7 443 859) (6 692 083) (7 135 268) (3 869 298)

% SOBRE O BALANÇO (13%) (10%) (3%) 1% (8%) (8%) (8%) (4%)

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A seguir, é apresentado o gap de sensibilidade a 31 de Dezembro de 2009:

Milhares de Euros

Até 1 mês De 1 a 3 meses

De 3 meses a 1 ano

De 1 a 2 anos

De 2 a 3 anos

De 3 a 4 anos

De 4 a 5 anos

Mais de 5 anos

Total

Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais 1 855 927 - - - - - - 230 093 2 086 020 Disponibilidades em entidades de crédito 834 506 159 277 2 287 545 50 000 895 000 - - - 4 226 328 Crédito a clientes 12 131 078 19 482 880 27 565 404 1 784 337 2 261 999 267 337 198 704 3 533 151 67 224 890 Carteira de investimentos a crédito 2 098 625 2 232 657 433 222 234 - - - 149 032 4 702 981 Carteira de valores de negociação 52 027 2 461 149 150 15 844 3 609 9 855 49 616 1 775 284 337 Activos financeiros disponíveis para venda 88 343 583 634 423 943 120 720 46 898 57 269 406 822 338 261 2 065 890 Carteira de investimento a deter até à maturidade

290 884 1 475 407 522 408 464 4 951 342 722 102 091 720 155 2 278 264

17 351 390 22 462 384 30 833 997 2 601 599 3 212 457 677 183 757 233 4 972 467 82 868 710

Passivo Recursos de bancos centrais e entidades de crédito

6 428 453 2 020 082 5 571 123 405 017 163 861 23 204 92 853 84 463 14 789 056

Recursos de clientes, valores negociáveis e passivos subordinados

17 777 998 18 767 174 21 018 511 2 645 824 6 089 908 48 489 190 998 2 339 337 68 878 239

24 206 451 20 787 256 26 589 634 3 050 841 6 253 769 71 693 283 851 2 423 800 83 667 295

GAP TOTAL (6 855 061) 1 675 128 4 244 363 (449 242) (3 041 312) 605 490 473 382 2 548 667 (798 585)

GAP ACUMULADO (*) (6 855 061) (5 179 933) (935 570) (1 384 812) (4 426 124) (3 820 634) (3 347 252) (798 585)

% SOBRE O BALANÇO (8%) (6%) (1%) (2%) (5%) (4%) (4%) (1%)

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Em relação ao nível de exposição ao risco da taxa de juro da Entidade foi estimado que, a 31 de Dezembro de 2010, uma variação na curva das taxas de mercado de +100 pontos base teria um efeito do mesmo sinal no património da Entidade de aproximadamente 1,00% (medido a partir dos Recursos Próprios calculáveis para a Entidade a 31 de Dezembro de 2010) e uma variação de (5,76%) na margem de intermediação.

Os resultados mostrados no parágrafo anterior foram estimados considerando uma subida de 100 pontos base em todos os prazos da curva de taxas de mercado de Dezembro de 2010 e pressupondo a manutenção do volume do balanço e características do mesmo.

A responsabilidade do controlo e gestão do risco da taxa de juro global do balanço da Entidade está formalmente atribuída ao Comité de Activos e Passivos (COAP), órgão de máximo nível executivo da Entidade, de acordo com as determinações e critérios aprovados pelo Conselho de Administração. Durante o exercício de 2010 as políticas e procedimentos de gestão do risco de taxa de juro resumiram-se na utilização de instrumentos de cobertura (carteira de valores estruturais e derivados), contratados nos mercados financeiros, com o objectivo de manter níveis de risco moderados e de acordo com a tendência e previsões sobre taxas de juro de mercado.

39.4 Exposição ao risco de mercado

O risco de mercado da carteira de negociação, investimento a crédito e disponível para venda é o risco de incorrer em variações negativas no valor das posições tomadas pela Entidade, ocasionadas pelas flutuações dos factores que determinam o valor dos referidos activos (factores de risco), como consequência das variações nas condições de mercado. Este risco está determinado pela incerteza associada às variações futuras do valor das posições.

O departamento de Riscos de Tesouraria, associado à Gestão Global de Risco, está encarregado de medir e controlar o risco de mercado assumido pelas diferentes rubricas de Tesouraria. Diariamente, são realizadas medições do nível de risco de cada carteira e controladas para que não ultrapassem os limites estabelecidos para cada uma delas. Da mesma forma, para as carteiras de negociação, leva-se a cabo de forma aleatória duas medições durante a sessão que permitem detectar o risco das carteiras derivado da operação de trading intradiário.

A metodologia utilizada para realizar estas medições de risco é o Value at Risk («VaR») por Simulação Histórica, com um nível de confiança de 99% e um horizonte temporal de 1 dia. Este método consiste em simular o impacto na carteira actual dos movimentos de mercado históricos dos factores de risco num período determinado. Para tal, é necessário construir cenários com os movimentos relativos reais que ocorreram numa série histórica e aplicar esses movimentos à carteira. Esta metodologia tem a vantagem de não ser necessário assumir pressupostos estatísticos sobre o comportamento dos factores de risco e, portanto, o seu cálculo pode conter distribuições com curvas largas, assimetrias e comportamentos não lineares.

O nível de risco assumido na carteira de negociação foi baixo. O VaR médio durante 2010 situou-se em 498 milhares de euros, enquanto o de 2009 que se situou em 420 milhares de euros. As sub-carteiras que apresentaram os maiores níveis de VaR foram as de Taxa Variável.

Os resultados obtidos na análise de sensibilidade, em termos de VaR, em 2010 e 2009, para as carteiras de investimento foram os seguintes:

Milhares de Euros Dos quais:

Milhares de Euros

VaR 31/12/2010

Carteira Disponível para Venda

Investimento a Crédito

Restante Investimento

Carteira RV Total

Total 13 380 9 326 4 053 595 Média 12 736 8 761 3 975 1 085

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Milhares de Euros Dos quais:

Milhares de Euros

VaR 31/12/2009

Carteira Disponível para Venda

Investimento a Crédito

Restante Investimento

Carteira RV Total

Total 12 646 8 407 2 987 798 Média 15 774 6 385 28 664 431

Para controlar se o modelo VaR utilizado pela Entidade é coerente com a realidade do mercado, realizam-se diariamente testes de backtesting limpo que consistem em comparar os dados de VaR estimados, com as perdas ou ganhos que a posição no mercado tivesse realmente produzido.

Desta maneira, observa-se o número de casos nos quais a perda no valor de mercado superou o Valor em Risco calculado e determina-se assim a capacidade de previsão do modelo. Para além disso, realizam-se testes de backtesting sujo, que consistem na comparação dos dados de VaR estimados, com as perdas ou ganhos realmente sofridos pela carteira, incluindo as operações de trading realizadas durante a sessão. Com isto, é dimensionada a importância da operação intradiária, tanto na geração de resultados como nos níveis de risco assumidos.

A Entidade realiza diariamente simulações de stress testing das diferentes carteiras e posições com a finalidade de informar a organização sobre os ganhos ou perdas que seriam obtidos se ocorressem determinadas possibilidades nos mercados. Para tal, e seguindo as recomendações do Derivatives Policy Group, realizam-se deslocações da curva da taxa de juro, variações importantes nos valores dos índices da bolsa, principais divisas e câmbios nas volatilidades dos subjacentes e, pontualmente, analisam-se cenários de stress históricos das principais posições.

Para além disso, o Sistema de Limites em Operações de Tesouraria estabelece uma série de limites de diversificação baseados em prazos, ratings e profundidade de mercado de valores. Para as Carteiras de Negociação existem limites de stop loss mensais, que são controlados diariamente pelos Riscos de Tesouraria.

Diariamente, informa-se a Alta Direcção de todos os excessos ocorridos em relação aos limites.

Nas operações contabilizadas como coberturas, para rever a eficácia das mesmas, levam-se a cabo, periodicamente, testes retrospectivos e prospectivos. Nos primeiros, o resultado da cobertura deve oscilar entre os 80% e os 125% em relação aos resultados da rubrica coberta e prospectivamente os referidos resultados devem ser compensados quase completamente.

Durante 2009, motivado pelo complexo cenário financeiro e com a ideia de fortalecer a função de controlo de riscos financeiros, criou-se a Comissão Delegada de Riscos de Operações em Mercados Financeiros com os seguintes objectivos:

1. Efectuar a análise, o controlo e o acompanhamento de todas as operações financeiras pela sua quantia, origem, nível de risco ou complexidade, quer sejam catalogadas como extraordinárias e/ou permaneçam dentro do perímetro de actuação deste Comité e que suponham, para a Entidade, o risco de mercado e/ou contraparte com entidades financeiras.

2. Efectuar o acompanhamento global em termos de risco das carteiras de Tesouraria.

3. Dotar a Entidade de um instrumento de controlo eficaz e global, que auxilie todas as operações realizadas nos mercados financeiros.

4. Dotar de agilidade o processo decisório respeitante ao tratamento de excessos sobre limites e operações não standard.

Na aplicação dos métodos e hipóteses indicados nos parágrafos anteriores, em seguida é apresentado o impacto estimado de um aumento e de uma diminuição de 100 pontos base no preço de mercado dos instrumentos de capital, propriedade da Entidade, com base nos dados existentes a 31 de Dezembro de 2010

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(a informação correspondente a 2009 é apresentada meramente para efeitos de comparação e não corresponde à realidade da evolução dos preços durante o referido exercício de 2009):

Análise de sensibilidade a 31 de Dezembro de 2010

Milhares de Euros

Impacto na conta de perdas e ganhos -Resultado das

operações financeiras (líquido)

Impacto nos acertos por valorização registados no

património líquido

Aumento de 100 pontos base no preço de mercado 47 495 Diminuição de 100 pontos base no preço de mercado (47) (495) Análise de sensibilidade a 31 de Dezembro de 2009

Milhares de Euros

Impacto na conta de perdas e ganhos -Resultado das

operações financeiras (líquido)

Impacto nos acertos por valorização registados no

património líquido

Aumento de 100 pontos base no preço de mercado 77 828 Diminuição de 100 pontos base no preço de mercado (77) (828)

39.5 Risco de contraparte

Entende-se por risco de contraparte, a possibilidade de ocorrerem falhas de pagamento por parte das contrapartes em operações financeiras, sejam partes contratantes das operações ou emissores de activos financeiros em carteira.

A Entidade fixa limites máximos de financiamento utilizando para a sua atribuição as qualificações de crédito concedidas pelas Agências de Rating e, por defeito, a dos modelos internos de qualificação da entidade.

O controlo deste risco efectua-se através da aplicação KGR da Reuters, definindo para cada instrumento e prazo uma fórmula de cálculo específica baseada no valor de mercado das operações mais o factor add-on correspondente.

Para diminuir o risco de contraparte, a Entidade tem assinados contratos de netting (ISDA, CMOF) com todas as entidades com que trabalha e, adicionalmente, contratos de intercâmbio de colaterais (CSA, GMRA, EMA...) com as contrapartes que concentram maior risco (ver Nota 39.5.1).

39.6 Risco País

A política da Entidade em relação ao risco país é assumir o mínimo risco imprescindível derivado das suas operações de investimento e das contratadas que forneçam serviços a clientes da Entidade.

A Entidade limita as exposições por risco país estabelecendo limites em função da sua pertença a um dos Grupos definidos pela Circular 4/2004 (Anexo IX). A classificação do país em um ou outro grupo baseia-se nas qualificações de crédito atribuídas a cada um dos países pelas Agências de Rating e é revista com periodicidade mensal.

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O plano de expansão internacional que está a ser levado a cabo pela Entidade, abrindo sucursais de representação em algumas das principais cidades do mundo está a começar a aumentar este risco que, até à data, era residual. Em qualquer caso, este aumento ainda não pressupõe assumir o risco país a níveis elevados.

39.7 Risco de câmbio

Este risco contempla os possíveis efeitos adversos que podem afectar a Entidade, como consequência de variações na cotação das moedas em que estão denominadas as diferentes rubricas do activo, passivo e compromissos ou outros fora do balanço.

A Entidade não mantém posições em moeda estrangeira de carácter especulativo. Da mesma maneira, a Entidade não mantém posições abertas (sem cobertura) de carácter não especulativo de montantes significativos em moeda estrangeira, com excepção dos investimentos mantidos em empresas do grupo e associadas, assim como na sua agência de Miami.

39.8 Risco operacional

Para a Entidade, o Risco Operacional é «o risco de sofrer perdas como resultado da inadequação ou falha de processos internos, pessoas e sistemas, ou devidas a eventos externos». Esta definição inclui, de forma explícita, as exposições materiais ao risco legal e regulatório que surjam como resultado do desenvolvimento da actividade da Entidade. Da mesma forma, para efeito de identificação e gestão, as metodologias implementadas pela entidade têm em consideração o risco de imagem (ou de reputação).

A Entidade conta com um modelo organizacional, metodológico e de gestão do risco operacional, que apresenta como objectivo geral a contribuição para a consecução dos objectivos institucionais através da gestão e da prevenção dos riscos operacionais. Adicionalmente, tem como objectivo básico cumprir os requisitos normativos que lhe permitem calcular os requisitos de capital através do Método Padrão, e estabelecer as bases para, a médio prazo, aceder ao Método Avançado (AMA).

A metodologia aplicada para o cálculo de requisitos de recursos próprios por risco operacional, ao fecho do exercício, é a correspondente ao Método Padrão descrito na Circular 3/2008 do Banco de Espanha.

A Entidade cumpre os critérios e requisitos exigidos pela norma de solvência e agregados no «Guia para a aplicação do Método Padrão na determinação dos recursos próprios por risco operacional» publicado pelo Banco de Espanha, a 3 de Setembro de 2008. O Conselho de Administração, a 23 de Dezembro de 2008, aprovou a utilização deste enfoque para o cálculo do requisito de capital por risco operacional.

Mantém-se à disposição da Direcção Geral de Supervisão, a documentação justificativa do cumprimento dos critérios e requisitos exigidos na Norma, a informação relativa à segmentação das actividades e componentes dos rendimentos relevantes nas linhas de negócio estabelecidas e o relatório emitido em Setembro de 2010 por Auditoria interna, com opinião satisfatória.

Estrutura organizativa

O modelo organizativo sobre o qual se sustenta a gestão do risco operacional articula-se nos seguintes níveis:

• Departamentos: através da figura do gestor de risco operacional atribuído em cada departamento/área, apoiam a gestão directa do risco operacional.

• Departamento de Risco Operacional: define as políticas e metodologias, controla e valida a aplicação das mesmas por parte dos diferentes departamentos.

• Gestão Global de Risco: departamento responsável pela integração do risco operacional com os restantes riscos da entidade, verificar e supervisionar as políticas, procedimentos e metodologias utilizadas, assim como reportar periodicamente à Alta Direcção.

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Metodologias de avaliação

O enquadramento metodológico do Risco Operacional prevê a utilização, de forma combinada, das seguintes metodologias:

1. Qualitativa

• Questionários de auto-avaliação. Permitem, a partir da opinião de peritos da Entidade, a avaliação da exposição ao risco operacional e ambiente de controlo experimentados pelos diferentes processos e actividades da Entidade.

Estes questionários são periodicamente actualizados através da realização contínua de ciclos de avaliação.

• Indicadores de Risco Operacional. O objectivo desta parte da metodologia qualitativa é dispor de um sistema de alertas específicos do risco operacional que permita antecipar a possível evolução da exposição da Entidade a este risco.

A Entidade dispõe de um sistema genérico de monitorização de alertas através do qual se efectua um acompanhamento dos diferentes indicadores.

2. Quantitativa

• Bases de Dados de Eventos de Perda, com uma profundidade histórica de 6 anos (desde 2005), onde se centralizam todos os abatimentos por risco operacional da Entidade.

Os eventos de perdas capturados classificam-se em função de diferentes dimensões tanto com efeito regulatório (categoria de risco, linha de negócio) como de gestão (produto, processo e unidade organizativa na qual a perda se materializou), efectuando-se mensalmente um processo de validação e conciliação contabilística dos mesmos.

• Ferramenta para o cálculo do VaR por Risco Operacional, a partir da distribuição de frequências e rigor dos dados de perdas agrupados por tipo de eventos e linhas de negócio.

Esta ferramenta proporciona o suporte quantitativo para o conjunto de actividades de análise e validação que a entidade estabeleceu para, a médio prazo, optar pela aplicação de enfoques avançados por risco operacional.

Redução do risco operacional

As metodologias qualitativas e quantitativas implementadas contemplam:

• A identificação e avaliação da eficácia dos controlos existentes em cada uma das áreas ou departamentos.

• A definição e acompanhamento dos planos de acção previstos para redução dos riscos operacionais detectados.

• A cobertura proporcionada pelos seguros subscritos.

39.9 Coberturas

Coberturas de justo valor

Com o objectivo de diminuir a exposição aos riscos de juro, taxa variável e divisa constituíram-se coberturas contabilísticas para determinadas rubricas do activo e passivo do balanço da Entidade.

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As coberturas são configuradas de maneira individualizada com o objectivo de fechar o factor de risco a que a Entidade se encontra exposta. Para tal, contratam-se derivados de cobertura com termos económicos idênticos aos do elemento coberto, que permitem assegurar a simetria contabilística do conjunto da estrutura.

Sem entrar em detalhes individuais sobre cada cobertura, é possível descrever brevemente a natureza dos riscos cobertos e dos instrumentos utilizados, agrupando-os em função do seu objectivo de gestão:

• Coberturas de recursos de clientes: no enquadramento de uma gestão dinâmica do risco de juro e de taxa variável, existem coberturas de determinados recursos de clientes com diferentes operações de equity swap com a finalidade de diminuir a exposição aos riscos anteriormente mencionados.

• Coberturas de instrumentos classificados na carteira de Activos financeiros disponíveis para venda: no enquadramento de uma gestão dinâmica do risco de juros existem coberturas de determinados instrumentos de rendimento fixo com diferentes operações de swap com a finalidade de transformar a exposição a taxa fixa numa exposição a uma taxa de juro variável.

• Cobertura de Emissões: no enquadramento de uma gestão dinâmica do risco de juro e de divisa, existem coberturas de determinadas emissões com diferentes operações de swap com a finalidade de diminuir a exposição à taxa de juro e divisa.

Coberturas de fluxos de caixa

Com o objectivo de reduzir a exposição à variação dos fluxos de caixa atribuíveis ao risco de juro, constituíram-se coberturas contabilísticas para determinadas rubricas de activo e passivo do balanço ou transacções altamente prováveis. As coberturas são configuradas de maneira individualizada com o objectivo de fechar o factor de risco a que a Entidade se encontra exposta. Para tal, contratam-se derivados de cobertura com termos económicos idênticos aos do elemento coberto, que permitem assegurar a simetria contabilística do conjunto da estrutura.

Sem entrar em detalhes individuais sobre cada cobertura, é possível descrever brevemente a natureza dos riscos cobertos e dos instrumentos utilizados, agrupando-os em função do seu objectivo de gestão:

• Cobertura de emissões: o objectivo desta cobertura é a estabilização das flutuações nos fluxos de caixa associados a variações nas taxas de juro.

Nas operações contabilizadas como coberturas, para rever a eficácia das mesmas, levam-se a cabo, periodicamente, testes retrospectivos e prospectivos. Nos primeiros, o resultado da cobertura deve oscilar entre os 80% e os 125% em relação aos resultados da rubrica coberta e em termos prospectivos os referidos resultados devem ser compensados quase completamente.

40. Partes vinculadas

Para além da informação apresentada na Nota 4 em relação às remunerações recebidas, apresentam-se a seguir os saldos registados no balanço a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 e na conta de perdas e ganhos dos exercícios 2010 e 2009 que têm a sua origem em operações com partes vinculadas:

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2010

Entidades associadas

Sociedades multigrupo

C. Admin. e Alta Direcção

Outras partes vinculadas

ACTIVOS- Entidades de crédito - - - - Crédito a clientes 1 025 119 4 3 533 275 566 Outros Activos 2 592 45 988 45 2 884

Total 1 027 711 45 992 3 578 278 450

PASSIVO- Recursos de clientes 85 436 924 271 5 500 21 620 Empréstimos - - 90 217 Passivos subordinados - - 286 495 Outros Passivos 1 324 - - 902

Total 86 760 924 271 5 876 23 234

OUTROS- Passivos contingentes 121 134 162 - 5 930 Compromisso - - 444 -

Total 121 134 162 444 5 930

PERDAS E GANHOS- Rendimentos financeiros (*) 28 637 - 53 6 735 Gastos financeiros (*) 709 39 578 161 343 Comissões recebidas líquidas 545 6 090 5 486 Outros resultados (3 699) 23 713 1 1 Dotações para provisões - - - (30 279)

(*) Os rendimentos e os gastos financeiros figuram nos seus montantes brutos.

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2009

Entidades associadas

Sociedades multigrupo

C. Admin. e Alta Direcção

Outras partes vinculadas

ACTIVOS- Entidades de crédito - 2 - - Crédito a clientes 932 806 - 1 430 315 337 Outros Activos 2 573 45 988 33 1 247

Total 935 379 45 990 1 463 316 584

PASSIVO- Recursos de clientes 80 662 1 045 488 7 189 19 427 Empréstimos - - 100 394 Passivos subordinados - - 426 462 Outros Passivos 226 - - 1 454

Total 80 888 1 045 488 7 715 21 737

OUTROS- Passivos contingentes 73 254 162 - 7 134 Compromisso 54 938 298 543 5 793

Total 128 192 460 543 12 927

PERDAS E GANHOS- Rendimentos financeiros (*) 29 038 65 62 8 634 Gastos financeiros (*) 185 43 126 258 367 Comissões recebidas líquidas 623 1 242 5 522 Outros resultados 6 004 - 1 7 559 Dotações para provisões - - - -

(*) Os rendimentos e os gastos financeiros figuram nos seus montantes brutos.

A globalidade das operações concedidas pela Entidade às suas partes vinculadas foi realizada em condições normais de mercado.

41. Obra Social

A Obra Social das caixas de poupança é regulada pelas normas contidas no Decreto Real 2290/1977 e na Lei 13/1985 que, entre outros aspectos, estabelecem que as caixas de poupança destinarão ao financiamento das obras sociais, próprias ou em colaboração, a totalidade dos seus lucros que, em conformidade com as normas em vigor, não tenham de integrar as suas reservas ou fundos de pensão não imputáveis a activos específicos.

A Entidade, em cumprimento dos objectivos gizados aquando da sua formação, tem realizado obras sociais com parte do excedente que não utiliza para reservas. A gestão destes fundos está atribuída ao Conselho de Administração, à Fundación Bancaja e à Fundació Caixa Castelló.

No ano de 2010, tal como em anos anteriores, o Plano Estratégico para a Obra Social 2005-2007 foi prolongado, continuando com as mesmas directrizes para o desenvolvimento das acções.

Para o exercício de 2010, a Assembleia Geral aprovou as seguintes linhas de actuação:

1ª. Continuar o desenvolvimento dos programas de maior impacto social: Formação e Empreendedores para os jovens; novos cidadãos e pessoas idosas.

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2ª. Manter o programa de exposições em centros próprios e alheios através de colaborações, dada a alta visibilidade destas actividades.

3ª. Consolidar o actual nível de investimento em Comunicação, de forma a continuar a melhorar a percepção da sociedade sobre as actividades realizadas.

4ª. Ajustar as restantes actividades de acordo com as disponibilidades de dotação, dando prioridade, neste caso, às de maior rentabilidade social.

5ª. Definir, em coordenação com a actividade financeira, a estratégia para os próximos exercícios.

De acordo com a norma de classificação das obras sociais, a distribuição e composição da mesma foi:

1º) Obra Própria, compreende as actividades geridas directamente pela Entidade, representando 73% do orçamento realizado, sendo as acções mais importantes:

• As Bolsas Internacionais Bancaja para estudantes das 54 universidades de todo o país, as bolsas de investigação em diversos centros I+D de reconhecido prestígio, assim como programas de apoio à realização de estágios profissionais por parte dos recém-formados.

• Foram levadas a cabo diversas acções no âmbito do Programa Bancaja Jovens Empreendedores para a implementação de projectos empresariais e para a melhoria da formação dos jovens que pretendem desenvolver a sua actividade profissional no mundo empresarial.

• O Plano de Apoio a uma Sociedade Intercultural, formado por actividades dedicadas à integração dos imigrantes destacando, entre outras, a concessão de microcréditos através do programa Microcréditos Solidários.

• Programa de Cooperação Internacional através das Bolsas Bancaja América Latina e o desenvolvimento do Programa Empreendedores com Universidades da América Central, entre outros.

• As Convocatórias para cobrir necessidades sociais através da concessão de apoios a projectos de entidades sociais, com um aumento de 67% no montante concedido relativamente ao ano anterior, e à cooperação internacional.

• As actividades destinadas à terceira idade, com programas de conteúdo sanitário, cultural e de assistência.

• As exposições artísticas em centros próprios ou alheios, destacando especialmente o fim da digressão da exposição Sorolla. Visión de España, em Madrid, exposição antológica dedicada pelo Museu do Prado a Joaquín Sorolla, e Valência. A exposição superou os dois milhões de visitantes desde que a exposição abriu ao público em Espanha, em Novembro de 2007. Da mesma forma, é de destacar as digressões das colecções da obra gráfica de Picasso, assim como a promoção da arte e da cultura através de diferentes concursos.

2º) Obra em Colaboração, compreende as actividades geridas através de acordos com outras instituições, representando 26,7% do orçamento realizado. Dentro deste parágrafo destaca-se a continuidade do estabelecimento de uma rede de Cátedras Jovens Empreendedores em universidades de todo o país e a realização de acções dedicadas aos seus estudantes, a promoção do voluntariado, a colaboração em programas de investigação, ambiente, assistência social e desenvolvimento económico e o patrocínio de actividades culturais com entidades de prestígio, juntamente com a cedência de locais de propriedade da obra social a entidades do âmbito de actuação da Entidade.

3º) Obra alheia, supõe 0,3% do total realizado, quantidade congelada desde 1979, destinada a conceder pequenas contribuições para actividades sociais e culturais realizadas por outras instituições, especialmente na Comunidade de Valência.

A gestão da Obra Social da Entidade é realizada pelo Conselho de Administração, que gere principalmente o imobilizado afecto à Obra Social, a Fundación Bancaja, que gere a maior parte das actividades da obra social

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em todo o âmbito de actuação da entidade e que conta com três Comissões Delegadas: Permanente, Sagunto e Segorbe. Por fim, a Fundació Caixa Castelló gere o imobilizado e as actividades na província de Castellón.

O Presidente do Conselho de Administração da Entidade, José Luis Olivas Martínez, é por sua vez Presidente do Patronato e da Comissão Permanente da Fundación Bancaja. Os Presidentes das Comissões Delegadas de Segorbe e Sagunto são José Vicente Torres Escrig e Francisco Muñoz Antonino, respectivamente. O Gerente da Fundación Bancaja é Miguel Ángel Utrillas Jaúregui. Por último, o Presidente do Patronato e da Comissão Permanente da Fundació Caixa Castelló é Antonio J. Tirado Jiménez, sendo o seu Gerente Luis Barrachina Alonso. A coordenação de toda a obra social é realizada pelo Secretário-geral, Josep Vicent Palacios Bellver.

As actividades foram agrupadas em três sectores: Juventude, Desenvolvimento Social e Cultura, reunindo-se as restantes actividades não incluídas nos sectores anteriores em Vários.

41.1 Liquidação do orçamento

A Assembleia Geral da Entidade, em sessão celebrada a 30 de Março de 2010, aprovou os orçamentos de 2010 para a Obra Social, fixando-os no valor de 55 814 milhares de euros (sobre uma dotação total de 60 000 milhares de euros prevista para Obra Social e Fundações, procedente da distribuição do lucro líquido da Entidade do exercício de 2009) e a previsão de amortizações em 3 907 milhares de euros.

A seguir, é apresentado o desvio orçamental correspondente aos anos de 2010 e 2009 por tipos de Obra Social:

Milhares de Euros 2010 2009

Orçamento Real Orçamento Real Obra Social própria- Área da Assistência 284 283 285 256 Área Cultural 5 109 3 898 5 762 4 698 Obra Social em colaboração- Área Docente 3 3 3 3 Área da Assistência 321 322 568 810 Outros programas 1 027 1 027 1 028 1 028 Total 6 744 5 533 7 646 6 795

41.2 Liquidação do orçamento de manutenção

A seguir, é apresentado o desvio orçamental correspondente dos gastos de manutenção correspondente aos anos de 2010 e 2009 por tipos de Obra Social:

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Milhares de Euros 2010 2009

Orçamento Real Orçamento Real Obra Social própria- Área da Assistência 284 283 285 255 Área Cultural 3 709 2 431 3 662 3 638 Obra Social em colaboração- Área Docente 3 3 3 3 Área da Assistência 321 322 568 789 Outros programas 1 027 1 027 1 028 1 028 Total 5 344 4 066 5 546 5 713

41.3 Liquidação do orçamento de investimento

A seguir, é apresentado o desvio orçamental dos investimentos em imobilizado correspondente aos anos de 2010 e 2009 por tipos de Obra Social:

Milhares de Euros 2010 2009

Orçamento Real Orçamento Real Obra Social própria- Área Cultural 1 400 1 467 2 100 1 061 Obra Social em colaboração- Área da Assistência - - - 21 Total 1 400 1 467 2 100 1 082

41.4 Balanço

A seguir, é apresentado o balanço da Obra Social a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009:

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Milhares de Euros

2010 2009 Imobilizado corpóreo líquido afecto à Obra Social (Nota 13) Obra Social própria- 41 867 44 111

Edifícios e instalações 58 024 57 311 Mobiliário, maquinaria e veículos 9 820 9 550 Menos: amortização acumulada (25 977) (22 750)

Obra Social em colaboração- 3 312 3 509 Edifícios e instalações 7 730 8 413 Mobiliário, maquinaria e veículos 160 230 Menos: amortização acumulada (4 578) (5 134)

45 179 47 620 Quantias pendentes de aplicação 42 175 32 983 Fundo disponível - -

Total do activo 87 354 80 603 Fundo investido em imobilizado 45 179 47 620 Obras pendentes de desembolso 23 199 23 311 Fundo disponível 18 976 9 672

Total do passivo 87 354 80 603

41.5 Fundo da Obra Social

A descriminação do saldo do Fundo da Obra Social registado a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009 é mostrado a seguir:

Milhares de Euros

Dotações Disponíveis

Dotações Materializadas

em Activos Corpóreos

Outros Conceitos (**)

Total Saldo a 1 de Janeiro de 2009 4 130 50 575 20 680 75 385 Dotação com débito no lucro do exercício de 2008 70 000 - - 70 000 Gastos de manutenção do exercício de 2009 (*) (63 376) (4 037) - (67 413) Materializações líquidas em activos corpóreos (1 082) 1 082 - - Outros conceitos - - 2 631 2 631 Saldo a 31 de Dezembro de 2009 9 672 47 620 23 311 80 603 Dotação com débito no lucro do exercício de 2009 60 000 - - 60 000 Gastos de manutenção do exercício de 2010 (*) (49 229) (3 907) - (53 136) Materializações líquidas em activos corpóreos (1 467) 1 467 - - Outros conceitos - - (113) (113)

Saldo a 31 de Dezembro de 2010 18 976 45 180 23 198 87 354 (*) Estes montantes englobam a amortização anual dos activos corpóreos da Obra Social (ver Nota 13) bem como os gastos

materializados noutras actividades, donativos e outros gastos gerais. (**) Estes montantes correspondem, basicamente, a contribuições e subvenções pendentes de pagamento no final do

exercício.

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