caderno tfg de francisco júnior cies abrigos e orfanatos

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CIES Centro Integrado de Existência Social TFG - UNIGRANRIO - 2016 / 2 ARQUITETURA E URBANISMO Abrigo de permanência continuada Construtivismo Sociointeracionista Parque Martinho -Belford Roxo -RJ Aluno: Francisco dos Santos Júnior Orientadora: Dra. Glaucineide Coelho

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Page 1: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIESCentro Integrado de Existência Social

TFG - UNIGRANRIO - 2016 / 2ARQUITETURA E URBANISMO

Abrigo de permanência continuadaConstrutivismo SociointeracionistaParque Martinho -Belford Roxo -RJ

Aluno: Francisco dos Santos JúniorOrientadora: Dra. Glaucineide Coelho

Page 2: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

UNIGRANRIO

UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

NOITE

CENTRO INTEGRADO DE EXISTÊNCIA SOCIAL (CIES)

Trabalho Final de Graduação, apresentado por Francisco dos Santos Júnior à banca examinadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unigranrio, como requisito para obtenção do título Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Professora Dra. Glaucineide Coelho. Duque de Caxias - RJ 2016

DEZEMBRO 2016

Page 3: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

“Conheça todas as teorias, domine todas técnicas, mas ao tocar uma

alma humana seja apena outra alma humana.” (C. G. Jung)

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Page 4: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Agradeço primeiramente a Deus por ter me conduzido com retidão nessa longa e linda jornada de aprendizado, ao apoio dos meus pais, ao meu filho João Pedro, que dedicou os seus momentos livres para me ajudar com os acabamentos gráficos do projeto, à minha filha Maria Clara que sempre me orientava nas questões artísticas e subjetivas do projeto, a minha esposa Francisca Alves, por me mostrar que tudo o que passamos durante esses cinco anos foi por um objetivo maior, e a todos que sempre me impulsionaram e me apoiaram em todos momentos. Agradeço ainda aos meus grandes amigos, o parceiro nessa jornada estudantil, Elienai Carvalho, ao meu grande amigo o engenheiro Carlos Henrique Villela, que me concedeu as melhores oportunidades, que levarei para toda a minha vida. Agradeço a todos os professores que contribuíram e me apoiaram em todos os processos de aprendizado, em especial aos professores, Fábio Bruno, por sempre manter o bom humor, ao professor Maurício, por sempre dizer a verdade, e a professora Glauci Coelho, por me mostrar que a Arquitetura e o Urbanismo não é simplesmente algo físico, mas que tudo está além das coisas subjetivas. Agradeço também aos meus colegas, que sucessivamente acrescentaram um novo aprendizado nas conversas durante todo o curso. Dedico acima de tudo à minha família que sempre acreditou.

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Page 5: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Sumário

5 376 388 39

14 4015 4116 4317 4417 4518 4619 5021 5122 5422 5623 6027 6127 6229 6331 6432 6533 6634 6735 6836

O Projeto - O Anfiteatro

O Projeto - Plantas do CIES

Considerações finaisReferênciais Bibliográficas

O Projeto - Plantas do CIES

O Projeto - Plantas do CIES

O Projeto - A Escola PúblicaO Projeto - O RestauranteO Projeto - Os Espaços para as CriançasO Projeto - Áreas de Lazer - EsportesO Projeto - GinásioO Projeto - A realocação Residêncial

Vistas do Projeto - SulO Abrigo - ProjetoSetorização do Abrigo - TérreoSetorização do Abrigo - Primeiro PavimentoSetorização do Abrigo - Segundo PavimentoO Projeto - O dormitório

A implantação O Projeto - Parque Público

O Projeto - O CIESO Projeto - Parque de EsportesO Conjunto ArquitetônicoVistas do Projeto - Norte

Partido e ConceitoImplantação e diretrizesO localAnálise MorfológicaA Implantação - Plano ConceitualPlano de Massas Esquemático

Objetivos específicosBases para o projeto arquitetônicoReferenciais projetuaisReferências Legais, Psicossociais e ProjetuaisReferenciais Psicossociais

O projetoArquetípos dos laços afetivos dos abrigos

IntroduçãoPrincipais aspectos que o trabalho abordaO argumento do construtivismoO ambiente ConstrutivistaJustificativa para o trabalho acadêmicoRelevância do trabalho acadêmicoTema do trabalho acadêmicoObjetivos gerais do trabalho acadêmico

Page 6: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CENTRO INTEGRADO DE EXISTÊNCIA SOCIAL (CIES)

Introdução:

Esse trabalho acadêmico tem como base as

minhas reflexões sobre os paradigmas e conflitos que

podem ocorrer dentro do ambiente de abrigos de

permanência continuada para crianças e adolescentes,

que hoje só podem ser chamados de acordo com as

novas regulamentações do Estatuto da Criança e

Adolescentes ECA, de abrigamentos, talvez essa nova

regulamentação nominal seja para perder a conotação

pejorativa que o nome orfanato pode reter e trazer para

vida de cada criança e adolescente que passa por alguma

medida de abrigamento provisório, mesmo assim, o termo

abrigo ou abrigamento ainda terá a condição de outro

lugar diferente da sua casa original, longe do núcleo

familiar.

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Page 7: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Principais aspectos que o trabalho aborda:

O trabalho aborda os temas ligados as escolas e

centros de ensino instrucionais construtivista

interacionista, baseados nos conceitos teóricos do

construtivismo de Piaget, e nos conceitos de escola de

escola pública integral de Anísio Teixeira, que é visto

como o fundamental idealizador das grandes

transformações que marcaram a educação brasileira no

século passado, Anísio Teixeira foi pioneiro na

implantação das escolas públicas em todos os níveis, que

refletiam seu fim de oferecer educação gratuita para

todos. Tratará sobre a temática dos parques sociais e

empreendimentos que na sua primordial essência sejam

aglutinadores e transformadores sociais e que o ambiente

como um todo seja voltado espacialmente para a escala

das crianças. E o foco temático principal será a criação de

um abrigo de permanência continuada e as questões

arquetípicas e psicossociais intrínsecas, ainda que não

haja autores que tratem ou mesmo retratem com

referenciais acadêmicos sobre o tema dos abrigamentos

(orfanatos) como sujeito espacial e que seja de caráter

direta relacionado as questões arquitetônicas, o que

orienta fortemente esse trabalho acadêmico está balizado

nesses três itens temáticos principais: as questões

ligadas aos abrigos de permanência continuada, escolas

integrais e instrucionais e parques público sociais.

O projeto arquitetônico esta baseado nos conceitos

sóciointeracionismo construtivista, onde o ambiente é um

ponto primordial para o aprendizado e como esse

aprendizado e formulado e assimilado pelas crianças e

como tudo isso é transmitido para as crianças.

O sóciointeracionismo pondera que os elementos e

sociais biológicos não podem ser desconectados e

desempenham uma rede de influência recíproca. Na

interação sucessiva e constante com os outros seres

humanos, as crianças desenvolvem toda uma gama de

um vasto repertório de aptidões cognitivas. Passa assim,

a participar do mundo peculiar dos adultos, passa a se

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Page 8: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

comunicar das mais variadas formas de linguagem,

aprende, assimila e compartilha as histórias e sobre tudo

os hábitos de seu grupo interacional social.

Os aspectos do desenvolvimento das relações humanas

dão-se numa rede de relações interacionais em que os

diferentes papéis, atores e seus complementos são

assumidos e imputados pelos e para os vários

participantes desse meio comum. O que passa a definir

um ser completo são as relações que cada momento

estão ligados às interações que ele passa a estabelecer

com outros do seu meio, nos papéis que cada um assume

em relação aos outros e os outros assumem em relação a

ele próprio. São esses os papéis que são determinados e

determinantes segundo ideais e valores de pré

estabelecidos nos grupos em paralelo com outros grupos.

O construtivismo faz referência aos aspectos lógicos

envolvidos na aprendizagem de cada ser, com constantes

interações e questões que movimentam o ato de pensar.

O ato de lógico de pensar está diretamente ligado à

produção do conhecimento e o ato que determina

conhecimento é a ação de resolver os mais variados

problemas, sejam eles do cotidiano ou técnico com todos

os seus elementos e suas especificidades. Assim, temos

a noção básica que aprendemos sempre a todo tempo

numa constante evolução o aprendizado é constante e

intrínseco.

O nosso aprendizado está ligado às resoluções das

nossas problemáticas cotidianas sejam elas objetivas ou

subjetivas. O nosso aprendizado nos torna capazes de

elaborar um perfil meramente pessoal sobre os objetos da

realidade, sendo que este está em interação constante

com outros tantos objetos. Pela visão do construtivismo,

nada está finalizado e o conhecimento nunca estará

terminado. Ele está constituído pela interação do sujeito

com o meio social e o meio físico, com o mundo dos

objetos e das relações interacionais e sociais.

De maneira objetiva, o método de instrução com a

orientação ligadas no construtivismo tem como base que

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Page 9: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

o aprendizado, bem como ato de ensinar, tem o

significado de construir o novo conhecimento, desvendar

uma nova maneira para e o todo tenha um significado,

fundamentado nas experiências e nos conhecimentos

existentes no meio. O que diferencia o construtivismo e a

escola tradicional está ligado aos estímulos as formas de

pensar em que o aluno, ao invés de assimilar meramente

mais um conteúdo de forma passiva, interage e restaura o

conhecimento existente, criando um novo significado para

um novo conhecimento.

O que é perene no argumento do construtivismo:

A exigência de uma dinâmica raciocínio, dedução,

demonstração conectadas com momentos discursivos;

O entrosamento ligado ao novo aprendizado está

fundamentado no transpor e dá ao futuro uma nova

construção física do conhecimento;

O conhecimento em todos os seus aspectos encontram-

se em constante e indelével reconstrução. Essa maneira

de instrução pedagógica começa a ser usada nos

espaços educacionais brasileiros, quando os

fundamentos teóricos acadêmicos construtivistas,

começam a tomar corpo nesses ambientes. Desse

momento em diante, surgiu um movimento que com uma

visão de mundos diferentes das escolas tradicionais que

tratam os alunos como meros objetos que devem ser

educados nos modelos comportamentalistas.

Nos espaços construtivistas, a criança passa a ser o ator

principal da sua jornada de aprendizagem, ele participa

de forma plena de todo o processo. Diversos autores

compuseram suas obras tomando como base as teorias

do desenvolvimento e aprendizagem dos dois psicólogos

Piaget e Vygotsky. No entanto, não há aqui por não ser

razoável, nesse espaço, o tratamento da vida e obra mais

incisiva desses autores, todo o arcabouço fica vinculado

sobre qual foi a influência que eles tiveram com a

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Page 10: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

construção dos métodos psicopedagógicos

construtivistas.

Piaget é tido como o pioneiro da linha construtivista, em

face do que é sem dúvida o traço que o distingue de

forma inequívoca e epistemológica. Onde a explicação da

formação do pensamento fundamental e racional, que

culmina num resultado dentro de um processo de

construção na lógica de todas as ações do ator principal,

sujeito, sobre o ambiente e sobre os artefatos e tradições.

Podemos ter um vislumbre de que a teoria genética, e

particularmente, os princípios do funcionamento do

psiquismo do homem e que são competências e

capacidades das mais variadas aprendizagens e

atividades mentais e construtivas, o equilíbrio cognitivo

das estruturas intelectuais, que são pontos iniciais para

elaborar uma compreensão construtivista dentro do

ambiente construído.

Temos ainda, as contribuições de outros teóricos como

Vygotsky, e do mesmo modo, há outros teóricos do

desenvolvimento dos modelos de aprendizagem, que

figuram com contribuições importantes para o avanço das

linhas teóricas construtivistas e todas as afinidades com a

linguagem, e sobretudo, as condicionantes interativas que

cada ser humano pode estabelecer e contribuir para o seu

aprendizado.

Tendo em vista que a epistemologia genética do teórico

Piaget vem para explicar a linhagem e o modo do

desenvolvimento intelectual, que parte do ciência dos

fatos, em rota com os organismos sistemáticos feitos pelo

ser senciente.

Além disso, temos as epistemologias que vêm

fundamentar as posturas pedagógicas comprovadas no

ambiente educador e são pautadas, no transcorrer da

história humana, de diferentes formatos, que dão origem

às diferentes e distintas correntes epistemológicas onde

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Page 11: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

podemos evidenciar de maneira básica três correntes

teóricas fundamentais para as posturas pedagógicas no

ambiente de vivência social.

Apriorismo - Doutrina que confere importância aos

conhecimentos, conceitos ou pensamentos a priori, os

que independem da experiência ou da prática. Entende

que o ser humano possui o conhecimento nato, ou seja,

ele necessita, somente ser motivado para propagar o

conhecimento.

Empirismo – Não há nada no nosso intelecto que não

tenha entrado lá por intermédio dos nossos sentidos.

(Popper, 1991). O sujeito é considerado uma tabula rasa.

Interacionismo – Acredita que o sujeito é capaz de

construir o seu conhecimento por meio da interação com

o objeto do conhecimento.

A arquitetura do CIES está voltada para o Interacionismo,

no qual o conhecimento é o resultado da interação entre o

ambiente construído, o mediador e a criança. Com esse

juízo, o conhecimento passa de mera transmissão de

informações para construção do saber, possibilitando, à

criança, aprender a praticar, aprender a refletir, ser um

ator do seu processo intrínseco de aprendizagem.

Piaget promove que cada um tem os próprios planos de

absorção, organismos interiores para o aprendizado

sensorial. Todo sujeito tem o seu modo de perceber o

mundo, e transfere o seu mundo assimilado para a sua

vida cotidiana. A assimilação da informação, do

conhecimento, se dão nas interações de cada ator próprio

com ele mesmo, com os outros atores do seu meio

cotidiano e com o ambiente que ele absorve as

informações e o conhecimento.

Esta é a base elementar do construtivismo ser

fundamentalmente interacionista. É um estado de

interação livre e dinâmica, tendo em vista que, ao ponto

que o sujeito age e interage com o objeto e para o objeto

e para o ambiente construído, ele o modifica para que ele

se transforme em interações do seu cotidiano.

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Page 12: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Diante das relações estabelecidas, o sujeito passa a ser

produtor, isto é, ele cria novos conceitos, novas

interpretações, reorganizando as que possui. É a

construção e a reconstrução do conhecimento, princípio

básico do construtivismo.

O ambiente proposto para o CIES, orienta e dá sentido às

praticas do construtivismo na psicopedagogia, engloba

uma grande soma de contribuições educacionais e

sóciointeracionais atuais orientadas na espacialidade que

possibilita, a cada sujeito, ator da sua própria caminhada,

a intuir, a atuar, a agir, a arquitetar a partir da sua mera

realidade fática da coletividade em que essa criança, em

um espaço de recitação e recriação.

Ambiente de aprendizagem construtivista

1 - Construtivismo - uma apresentação teórica

Atualmente, em muitos ambientes, as teorias da

pedagogia estavam divididas em duas linhagens: uma

apriorista e outra empirista.

Na visão dos aprioristas, toda a origem do conhecimento

está pronto em cada ser humano, ou seja, o seu intelecto

cultural e social está no gene de cada um armazenada

dentro dele, e torna a função do orientador mediador,

como estimulador para que este conhecimento surja.

E para os teóricos empiristas, onde o princípio remonta as

doutrinas de Aristóteles, base do conhecimento na sua

observação dos objetos. Segundo os empiristas, a criança

é um tipo de tabula rasa e a transferência do

conhecimento é algo natural, que é repassado em duas

vias ou pelo relação entre os entes, das mais variadas

formas e métodos de interação escrita, gestual, oral. E é

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Page 13: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

com base nessas teorias que estão baseadas grande

parte das linhagens pedagógicas atuais.

Com esses dois conceitos teóricos paradigmáticos

fundidos em um único conceito, temos um vislumbre das

as teorias de Piaget, que foi um dos primeiro a estudar e

pesquisar como o conhecimento era formado na mente de

um pesquisador. Piaget analisou de que forma um bebê

saía de um estado do não reconhecimento de qualquer

individualidade perante o seu mundo, chegando até a

idade adolescente, onde já podemos perceber as

intervenções de raciocínio e lógica muito mais intricadas.

Com todas essas observações, sistematizadas e com

uma metodologia analisada, que ele denominou o seu

Método Clínico, Piaget situou a sua base teórica,

chamada de Epistemologia Genética. Que está

fundamentada em um de seus livros, O Nascimento da

Inteligência na Criança (1982), onde Piaget propõe que

[...]as relações entre o sujeito e o seu meio consistem

numa interação radical, de modo tal que a consciência

não começa pelo conhecimento dos objetos nem pelo da

atividade do sujeito, mas por um estado diferenciado; e é

desse estado que derivam dois movimentos

complementares, um de incorporação das coisas ao

sujeito, o outro de acomodação às próprias coisas[...].

Com esse trecho, Piaget determina os três conceitos

principais para balizar a sua teoria:

Acomodação, assimilação e interação.

Os conceitos da Epistemologia Genética, como foi

mencionado antes, é uma composição das teorias

viventes, tendo em vista que Piaget, não acredita o

conhecimento seja, intrínseco do próprio sujeito que são

os fundamentos teóricos do apriorismo, e nem mesmo

que o conhecimento derive completamente das

observações do meio ambiente que o cerca, que são as

teorias do empirismo.

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Page 14: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Conforme as suas teorias, Piaget, diz que o

conhecimento, em qualquer nível, é provocado sob uma

interação do sujeito com seu meio ambiente, a partir de

estruturas antecipadamente existentes de cada ator ou

sujeito. Isto posto, a obtenção de conhecimentos está

amarrado tanto de certos arcabouços cognitivos inerentes

ao próprio sujeito, evidenciando as sua relações com o

objeto e, não despreza de nenhuma delas.

Essas relações entre o sujeito e o objeto estão subdividas

em um processo de duas partes, assimilação e

acomodação. A assimilação são as ações que o indivíduo

irá tomar para poder absorver o objeto, e irá interpretá-lo

de forma a poder condicionar essa interpretação dentro

das suas estruturas de cognição. Já acomodação é o

momento em que o sujeito desvia suas arcabouços

cognitivos para envolver o objeto. E essas relações entre

assimilação e acomodação o sujeito adapta o meio

externo sobre um infindável procedimento

desenvolvimentista cognitivo. E como esse é um processo

constante e permanente, e está sempre em

desenvolvimento, assim essa teoria foi chamada de

Construtivismo, Parte-se da idéia de que níveis de

conhecimento estão indefinidamente sendo estabelecidos

através da influência mútua entre o sujeito e o meio.

Sob essa ótica é que está depositada o maior feito das

teorias de Piaget, que demonstrou de forma científica com

o olhar de um biólogo e não de um filósofo ou psicólogo,

de que forma o ser humano passa de uma ordem que

sequer sabe definir a sua espacialidade para outro ser

senciente que obtém equações intricadas que o

permitiriam viagens intergalácticas.

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Page 15: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O ambiente Construtivista

Para que um ambiente ou o objeto para o sujeito seja

construtivista é essencial que o Mediador idealize o

conhecimento sob as bases teórica de Piaget, e que todo

e qualquer desenvolvimento de cognição somente será

eficaz se for aprimorado em uma influência mútua entre o

sujeito e o objeto. É imperativo saber que, sem um modo

pelo qual o objeto influencie as interações do sujeito, este

não tentará se encaixar à situação, e criará uma ruptura

no modo de absorção do objeto, que dão origem às

consecutivas adequações do sujeito ao meio, com o

constante desenvolvimento cognitivo.

Nesse mesmo seguimento, Piaget teorizou, que existem

diversas hipótese básicas em sua base teórica que não

podem ser abolido, se aspirarmos criar um ambiente

construtivista. Segundo Piaget, o ambiente deve permitir e

de certa maneira seja imperativo que haja alguma

interação da criança com o objeto. Esta interação, não

esta ligada ao simples apertar de botões ou escolher

opções, mas deve ir além dos simples modos de

interação e passar para um nível de integração da criança

com o ambiente ou objeto para a sua realidade cotidiana

do sujeito, dentro de suas qualidades, para que ele

estimulado e desafiado, mas que permita que novas

interações sejam permitidas e adaptadas às estruturas

cognitivas viventes, que virá para propiciar o seu

desenvolvimento intelectual próprio.

Dentro de um ambiente de convivência e aprendizagem

que ambicione ter uma comportamento de acordo com as

descobertas teóricas de Piaget, e é ainda preciso lidar

perfeitamente com o fator erro e os fatores de avaliação.

Dentro de uma abordagem construtivista, o erro torna-se

uma enorme fonte de aprendizagem, a criança ou o

aprendiz, deve sempre e a todo tempo ser estimulado a

questionar-se e questionar a figura do Mediador sobre

quais são as consequências de suas atividades e de suas

atitudes e com isso e a partir disso, seus erros e acertos,

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Page 16: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

passam a construir os conceitos fundamentais para o seu

aprendizado.

Podemos sinalizar que o requisito mais importante para a

construção de um ambiente construtivista é que o

mediador verdadeiramente tenha a consciência da

seriedade do educador e dos espaços educativos

pedagógicos, e que ainda assim, todos esses processos e

projetos de aprendizagem passam sempre e

necessariamente por um circuito de interações fortes e

vívidas entre o sujeito e o objeto, que agora está

simbolizado como objeto constante de toda a cadeia de

processos envolvidos, seja o mediador, professor, a

máquina, a casa ou os amigos. E tão somente, quando

partimos destes princípios de interação é que poderemos

ter um vislumbre mínimo de que estamos construindo

novos seres para novos exercícios de conhecimento,

tanto para a criança como para o mediador.

Justificativa para o trabalho acadêmico:

De forma geral, a finalidade da proposta do projeto

é que sejam criados espaços arquitetônicos que

incentivem as diversidades e as mais variadas formas de

integração com a comunidade e que esteja inserida no

espaço urbanístico, que acolha de forma plena os

parâmetros e necessidades dentro de um modelo livre de

imposições, diverso, sustentável e sociável.

Objetivos:

O objeto principal que orienta o meu trabalho é a

criação de um centro integrado instrucional que vem

definir critérios e diretrizes projetuais na concepção de

abrigos de permanência continuada, que garantam às

crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

social, a apropriação espacial com aspectos psicossociais

e qualidade de vida, juntamente com um projeto de escola

parque de estudos instrucionais, será um integrador que

trará benefícios para a localidade como um todo.

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Page 17: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Não há entretanto, nenhum movimento Projetual

arquitetônico acadêmico para que esse quadro que trata o

tema abrigamentos de permanência continuada para

crianças e adolescentes tenham a sua relevância devida

na sociedade. Evidenciar o tema principal proposto de

maneira objetiva e com princípios ideais psicossociais e

com conceitos fundamentais urbanísticos com o enfoque

com espaços sociáveis para as crianças, para a escala

visual das crianças, trará a luz para as questões

pautadas.

E como esses espaços de caráter integradores infantis e

comunitários, ladeados com diversas atividades que

estimulem a convivência e o compartilhamento das mais

diversas e heterogêneas experiências e noções variadas

de forma coletiva, é uma maneira de trazer o lado

humano-social para as relações de afetividade.

Relevância do trabalho acadêmico:

A criação desses novos locais integradores sociais

são infinitamente necessários, principalmente, nas

regiões mais segregadas tal como a baixada fluminense e

de forma específica para a implantação do projeto o

município de Belford Roxo, no Estado do Rio de Janeiro. Os locais que existem desempenham a função de

integração, mas não atendem de forma plena

minimamente algumas necessidades imperativas

contemporâneas, como: espaços para musicalidades com

as linguagens atuais, atividades físicas programadas,

eventuais e coletivas, novas interações tecnológicas de

áudio, vídeo e danças. "[...]é preciso modificar as relações

culturais do País e fortalecer os que

estão fora dos grandes centros. Falta

equipamento, falta teatro, falta centro

cultural[...] "(Juca Ferreira. ex ministro

da cultura. Mais Cultura para a Baixada

Fluminense. 2015)

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Page 18: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

A escolha do município de Belford Roxo, para mim, está

vinculada a questões afetivas de ligação e do meu

pertencimento ao local e por reconhecer principalmente

que o município de Belford Roxo é claramente um

município segregado como a maioria das cidades da

região metropolitana do Rio de Janeiro e carece seguir a

melhora da arquitetura e do urbanismo para que traga aos

imóveis e os espaços privados ou públicos à cumprir a

função primordial social das cidades.

Visivelmente a requalificação ou a readequação dos

lugares como o local proposto para a implantação do

projeto, não permitirá por si só que a cidade passe a ter

novas perspectivas ou referenciais arquitetônicos e

urbanísticos, mas por outro lado trará um vislumbre da

temática que será discutida.

Tema do trabalho acadêmico:

A Criação de um Centro integrado instrucional que

visa definir critérios e diretrizes projetuais na concepção

de abrigos de permanência continuada, que garantam às

crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

social, a apropriação espacial com aspectos psicossociais

e qualidade de vida, juntamente com um projeto de escola

parque de estudos instrucionais, será um integrador que

trará benefícios para a localidade como um todo.

Objetivos gerais do trabalho acadêmico:

Trazer à tona o tema orfanatos e abrigamentos,

que é tratado como uma espécie de tabu e definir critérios

e diretrizes projetuais na concepção de abrigos de

permanência continuada, que garantam e permitam às

crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

social e que estão passando por alguma medida de

abrigamento, a apropriação e a visão espacial e

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Page 19: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

harmônica sob os mais variados aspectos legais de um

lar provisório com ares psicossociais e com a qualidade

de vida desejada.

Objetivos específicos.

Para que sejam alcançados os objetivos gerais teremos

que integrar os seguintes objetivos específicos:

A criação de um centro de estudos integrais e

instrucionais.

O projeto de escola e centro de estudos integrais

será um ator integrador que trará benefícios para a

localidade, e juntamente com a proposta de escola

aberta, servirá para não manter no isolamento o abrigo

que possui uma função social básica e primordial e que

notadamente é tida como algo que vive a margem de

nossas consciências.

A filosofia da escola visa a oferecer à criança um retrato da vida em sociedade, com as suas atividades diversificadas e o seu ritmo de preparação e execução, dando-lhes as experiências de estudo e de ações responsáveis. [...](TEIXEIRA, 1962, p. 25)

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Page 20: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

A criação de um Parque Público integrado:

O projeto do parque público será um aglutinador

social e precedente de novas perspectivas tanto para as

crianças e adolescentes do abrigo, como para a

comunidade como um todo. [...]a relação entre as partes pública e privada, rua e casa, submetida às normas culturais e construída no processo histórico que consolida o lugar[...] o entendimento do significado e o elo de afetividade com o lugar estabelecido pelas crianças nas interações da brincadeira com o espaço[...] proporcionem um arcabouço de referências capazes de orientar intervenções projetuais que primem pela valorização dos espaços livres, [...], orientando a identificação e inserção do indivíduo no todo da cidade[...](Coelho,2004, p.15, p161)

A junção desses três temas, tendo as questões

ligadas aos Abrigamentos de permanência continuada

como o foco principal, a Escola instrucional e um Parque

Público, integrarão de forma plena o ambiente construído

e a comunidade como um todo. Que formará espaços de

heterogeneidades sociais que permitiram aos cidadãos

desenvolverem de forma livre a identidade da sua

coletividade.

Bases elementares para o projeto arquitetônico:

Referenciais históricos e contemporâneos sobre os

orfanatos que balizam e orientam as premissas da

concepção do projeto e o trabalho acadêmico.

O Abrigo: A vertente histórica que trata sobre o

aparecimento dos orfanatos.

O Estatuto da Criança e Adolescentes ECA, traz

um apontamento de que o arquétipo de acolhimento em

regime de orfanato surge na Europa, perto do pós-

segunda guerra mundial, com um número enorme de

crianças que ficaram órfãs de pais e mães e das mulheres

que perderam seus filhos ou mulheres que perderam os

seus maridos durante a guerra. Outra vertente histórica

diz que o Papa Inocêncio III decidiu criar “A Roda”, por

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Page 21: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

volta do ano de 1198, porque teria ficado horrorizado com

a quantidade de cadáveres de crianças recém nascidas

boiando no rio Tibre em Roma. A roda, assim como era

conhecida foi utilizada nos conventos e depois instalada

nos orfanatos mundo a fora.

Números referenciais atuais:

Dados do CNJ.

Dados de 2011 mostrou que no Brasil havia 33.361

crianças e adolescentes vivendo em unidades de

acolhimento. É o que revela o Cadastro Nacional de

Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA) Esses dados

são acessíveis somente a membros de entidades

governamentais.

Entretanto, esses dados não são consolidados sobre os

abrigos e as condições dos abrigados em Belford Roxo

onde será consolidada a proposta de implementação do

projeto arquitetônico.

Dados do IPEA.

Segundo as pesquisas do IPEA a pedido

Secretaria Especial dos Direitos Humanos, cerca de 80%

desse contingente, têm algum tipo de vínculo familiar, e

pelo menos um deles em cada quatro menores está lá

porque os parentes, pelas mínimas falta de condições

sociais ou financeiras, não conseguem manter esses

vínculos familiares ativos.

E todo esse cenário é tão somente a fase inicial de um

grande e vicioso ciclo que se reflete nas mais

elementares bases familiares e sociais dessas crianças

ou desses adolescentes que será refletido nas vidas

adulta desses indivíduos.

E com o cenário de políticas públicas de apoio a

essas famílias quando existem são no mínimo ineficazes

ou comumente inexistentes, os parentes, adolescentes e

as crianças podem ficar por mais de dez anos nas

unidades, mesmo que o ECA determine que essa

passagem seja excepcional e temporária, mesmo que

20

Page 22: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

essa determinação esteja aquém das capacidades e da

realidade dos abrigos.

Os números básicos dentro de um horizonte nada

excitante:

Todas elas recebem verbas Federais

• 49,1% delas na região Sudeste

• 34,1% no Estado de São Paulo

• 14,9% das unidades não funcionam mais como os

antigos orfanatos onde as camas e escovas de

dentes e outros objetos pessoais são usados de

forma coletiva.

• 6% das instituições funcionam com o ínfimo ato de

tentar ressocializar a criança ou adolescente com

os seus vínculos.

• 6% de todos os municípios do Brasil é onde estão

20% dos abrigados, e fora desse circuito

catalogado não há o mínimo controle dessas

unidades que funcionam como abrigos.

• 65% São entidades não governamentais

• 67% tem um forte vinculo religioso

• 59% têm menos de quinze anos de existência

• 58% São mantidos com fundos

predominantemente privados.

• 24% A pobreza é o maior fator dos abrigamentos.

E ainda dentro de todo esse cenário estão as distorções

do sistema e os desvios de conduta por parte dos

responsáveis pelos abrigos e seus gestores externos.

Referenciais projetuais:

No Brasil, não há referências ou normas

constituídas específicas para concepção e construção de

abrigos de permanência continuada ou permanência

provisória, as normas referenciais são as mesmas

normatizações submetidas aos critérios de higiene e

saúde nos espaços construídos. Por não haver dados

referenciais sobre o estado geral dos orfanatos ou de

entidades sociais que constituem as organizações de

amparo às crianças e aos adolescentes, a proposta geral

do projeto tem como base preliminar e objetiva promover

21

Page 23: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

o bem estar, a integração e o bom convívio social sem

mistificar ou estigmatizar o contexto criado

cinematograficamente, e abandonando esses

preconceitos, o objetivo oportuno é que sejam criados

espaços para as mais diversas atividades fundamentadas

no conceito de integração entre esporte e lazer simples,

estudos criativos e tecnológicos e formação de vivência

social, existencial e comunitária, um espaço de todos pra

todos.

Referências Legais, Psicossociais e Projetuais

Referenciais Legais:

Baseados nesses dois artigos da LEI Nº 8.069, DE 13 DE

JULHO DE 1990.

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os

direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem

prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,

assegurando, por lei ou por outros meios, todas as

oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o

desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social,

em condições de liberdade e de dignidade.

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade

em geral e do poder público assegurar, com absoluta

prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à

saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à

profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à

liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Referenciais Psicossociais:

A proteção e a visão humana:

O orfanato quando visto de forma simples e crua,

tem por objetivo principal refugiar ou abrigar por períodos

que podem variar em um único dia de forma provisória ou

pode ser por um tempo que pode chegar até o limiar da

sua vida adulta.

Uma criança ou um adolescente em condição de

vulnerabilidade ou de risco social ou risco de perder a sua

22

Page 24: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

própria vida ou vivendo em condições sub-humanas em

abandono, desamparada, sofrendo maus tratos com os

seus direitos civis mais básicos violados e negligenciados,

tanto no seio de sua família ou o que restar dela ou

mesmo dos agentes governamentais de direito e proteção

da infância e adolescência e das pessoas vulneráveis.

Como poderemos questionar a existência ou não

de um orfanato, se sabemos das condições mais

adversas e extremas que poderiam justificar de forma

clara e inequívoca a separação de uma criança ou

adolescente do seio de sua ou daquilo que deveria ser

conhecido como família sejam eles pais ou parentes

biológicos ou não. O distanciamento e as separações

podem ser vistas como fatos normais e até mesmo

naturais da vida cotidiana e por outro lado um lado mais

social não utópico o ato de abrigar e acolher tem que ser

visto da mesma forma.

Será que poderíamos negar de alguma forma,

tamanha violência que essas crianças, adolescentes ou

pós adolescentes já entrando em sua vida adulta, não

importando nesse momento o gênero ou mesmo a cor da

sua pele, mas sim a sua condição de vulnerabilidade

latente que as transformam em meros números em

planilhas ou gráficos exponenciais. E quando essas vidas

são expostas ao ambiente de abrigamento, que mesmo

que tenha a melhor das propostas pedagógicas e

cognitivas e que tenha uma arquitetura composta com os

mais variados símbolos de plenitude e de bem estar,

ainda assim será um ambiente que trará consequências

nos seus desenvolvimentos psicossociais.

Visão arquetípica do paradigma dos laços afetivos dos

orfanatos:

Se olharmos de forma simples ou mesmo

pragmática os laços afetivos criados dentro do ambiente

do orfanato esse cenário poderá ser visto como uma

atmosfera social determinada por uma arcabouço de

23

Page 25: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

relações afetivas formadas de maneira direta, e posta

entre os internos e os seus tutores meramente escalados

para as suas determinadas funções.

Assim, esses valores passados em vias sentimentais,

envolvem questões e expectativas, que estão ligadas a

esperança pessoal de cada interno para retornar ao seu

lar ou mesmo um novo lar.

Todo o peso dessa atmosfera social está ligada

diretamente aos regimentos e normatizações internas

reguladoras dos orfanatos, impedimentos e apoios, que

se novamente formos observar todo esse quadro, poderá

ser visto como o mesmo horizonte das perspectivas

familiares constituídas, ou seja poderá ser visto como

família, tanto para os funcionários, como para os internos,

e que mesmo assim não poderão criar laços de

afetividades de forma que seja qualificado de maneira

verdadeira como laços próprios num ambiente coletivo

com tarefas e horários hierarquizados, visto como um não

lugar.

Mesmo que de forma pura, os orfanatos tenham

como princípios básicos inerentes a causa, criar

condições adequadas de um frutuoso desenvolvimento

através dessa paradigmática família constituída dentro de

uma instituição de abrigo e formação, onde haverá

espaço dentro desse ambiente hierarquizado e impessoal,

para um ser humano em formação e caracterizado como

vulnerável, para realizar a sua jornada pessoal de

desenvolvimento sem padecer com todo a sua carga

histórica e familiar dentro de um ambiente aterrador de

uma instituição de abrigamento.

Simplesmente, os orfanatos existem, pois existem

crianças abandonadas.

As questões e significados dos arquétipos dos órfãos e

desabrigados e das temeridades do abandono e as

vulnerabilidades das crianças nessas condições:

O autor C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente

coletivo, no seu livro trata de forma plena o significado

24

Page 26: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

dos arquétipos, Jung (1986) “Arquétipo significa a forma

imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se

moldar.” Jung usa o termo referindo se aos vários

padrões congênitos na observância das matrizes do

desenvolvimento dos moldes intrínsecos de cada

individuo.

O arquétipo da figura da mãe:

Jung (2000) diz que, o arquétipo da mãe está

diretamente conectado com as interações de

criatividades, o ato de fertilizar e dar provimento de vida e

amor está ligado as obscuridades desses sentimentos. O

arquétipo da mãe não está disposto excepcionalmente

quando a mulher traz à vida ou adota um ser humano,

mas também nas relações diárias de convivência e

valores gerados e adotados para a vida de cada ser.

O arquétipo da figura do pai:

Heinrich (1997) Diz que a função primordial do pai

é a de ensinar e passar aos seus descendentes e aos

seus filhos as leis e nuances da vida. E com estas

doutrinas que os seus filhos poderão obter o

desenvolvimento das suas capacidades para receber o

mundo da maneira que ele é, para de alguma maneira

poder assim se aparelhar ou mesmo ter alguma forma de

organização do seu exterior e que possa moldar o seu

exterior.

O julgo do complexo paternal se constrói em

concordância com o que a criança traz como

experimentação e da convivência paterna natural ou com

figura que possa vir para cumprir este papel. E é dentro

dessa coexistência que a forma paterna será

humanizada. As coexistências com o exemplar paternal

são organizados internamente em volta das imagens do

pai que as crianças criam para si, assentindo a esta

imagem, atributos e problemas essenciais a cada ser

humano.

Um pai ou a figura paterna transmitirá para os seus filhos

as suas leis de vida, e os estimulará para que esses

ensinamentos sejam devidamente vivenciados por eles e

que experimentem esses sentimentos por conta própria.

25

Page 27: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Os arquétipos dos irmãos e amigos:

Existe também a figura arquetípica dos irmãos, e o

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tem uma

exigência imperativa de que os irmãos devem

permanecer juntos e não devem ser separados de

maneira nenhuma. entretanto, essas determinações

permanecem inalteradas tão somente na forma de lei

escrita e não nas formas da lei cumprida, o quadro que

podemos observar com uma maior facilidade é o de

irmãos em condições de abrigamento juntos mas vivendo

com outros irmãos filhos únicos nas mesmas condições.

O prevalecimento da convivência com os seus irmãos é

imperativo e de importância extrema para o incremento

das questões ligadas ao ambiente psicológico intrínseco

de cada criança, tendo em vista, que essa experiência

poderá suprir as demandas exigidas pelas coexistências

não vividas nos relacionamentos com os seus pais.

Downing (1991) Diz que as crianças em condições

de abrigamento e desde que seja mantida a proximidade

com os seus irmãos, essas crianças poderão manter em

algum grau a lembrança do significado de família. O que

nesse momento, será a única coisa remanescente e que

resistirá na prevalência do seu mundo. Permanecendo

juntos, os irmãos terão muito mais chances de se

compatibilizar com os novos ambientes, tendo em vista

que quando a dor é compartilhada ela tende a ser sentida

de maneira mais singela. Ao mantermos essas relações

entre os irmãos minimamente intactas podermos manter

vivas as memórias e alguns conceitos de família.

É razoável observar todas essas questões

arquetípicas ligadas aos abrigamentos podem ser vistas

como um caminho que deverá ser percorrido e que o

meio no sentido espacial possa influenciar de forma

positiva e integradora a vida de cada indivíduo, para que

essa passagem deixe de ser vista tão somente como

algum tipo de paradoxo mal necessário, mas sim, uma

nova fase ou mais uma fase na vida de cada indivíduo.

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Page 28: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O projeto:

Partido e Conceito:

De forma geral a proposta Projetual busca atender

as mais variadas questões formais, de funcionalidades e

com algum significado lúdico. As formas não terão ou não

buscarão obter qualquer significado especifico, o lúdico o

formal e o abstrato são as bases elementares do projeto,

uma arquitetura geométrica e simples, a justaposição que

possam criar noções de harmonia.

Terá a função primordial de atender aos planos de

necessidades dos grupos individualizados ou não que em

sua maioria vem com uma carga viva e expressiva de

vulnerabilidade e que seja diversificado.

Terá um significado ambiental que imprimirá nos

usuários referenciais integradores e familiares.

A forma terá parâmetros de Geometria lógica com

o Lúdico Criativo ambientado na Arquitetura Fractal.

Haverá pontos de bom senso e equilíbrio e pontos de

conflito entretanto, e a espacialidade será interpretada de

forma intrínseca.

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Page 29: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Referenciais psicossociais e projetuais.

Referencia Psicossocial:

C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente coletivo:

A compreensão das estruturas e procedimentos de

atendimento às crianças e adolescentes em situação de

vulnerabilidade social influenciam nas decisões projetuais

A identificação do regime de institucionalização e

como isso afeta o desenvolvimento humano e

principalmente, o comportamento espacial das crianças e

dos adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Como os conceitos da Psicologia Ambiental e quais

aspectos do ambiente físico podem interferir na

apropriação espacial nos abrigos de permanência

continuada por essas crianças e adolescentes.

Referencia Projetual:

Aldo van Eyck

• Estruturalismo

• Parques infantis

O arquiteto Aldo van Eyck projeta o Amsterdam Orphanage

em 1960. Eyck procura o balanço de forças que crie um lar

e uma pequena cidade no subúrbio de Amsterdã.

CCA Mellon Lectures

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Page 30: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Implantação e diretrizes.

O Abrigo: Prédio principal

• O abrigo atenderá todas as faixas etárias definidas

no ECA para abrigamentos.

• O prédio principal do abrigo terá 3 pavimentos mais

um andar térreo.

• No térreo ficarão as crianças de 0 a 07 anos de

idade.

• No primeiro pavimento ficarão as crianças de 08 a

13 anos.

• No segundo pavimento ficarão as crianças e

adolescentes de 14 anos até a idade de saída da

instituição.

• Lembro entretanto, que o grupo familiar nunca

deverá ser separado dentro da instituição.

O Abrigo: Prédio anexo (Tutores)

• O abrigo contará com unidades de moradia para os

tutores conectado ao abrigo.

• Também terá 3 pavimentos.

• No térreo ficarão os tutores e cuidadores para as

crianças de 0 a 07 anos de idade.

• No primeiro pavimento ficarão os tutores para as

crianças de 08 a 13 anos.

• No segundo pavimento ficarão os tutores para as

crianças e adolescentes de 14 a até a idade de

saída delas.

• Em todos os andares terá uma área interna para

encontros sociais, entre as crianças e os seus

tutores, os seus pais e os seus possíveis adotandos

.

29

Page 31: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

A Escola: – Centro de Ensino Integral

• Atenderá os residentes e as demandas especificas

do público local.

• Será consolidada com a mesma arquitetura do

Prédio principal e do Prédio anexo (tutores) do

abrigo e trará uma identidade visual arquitetônica

própria.

• Apresentará a ambiência de escola técnica.

• Servirá como ponte integradora com o local, terá

cursos para a comunidade e a envolverá em todo o

processo.

O Parque: – Parque Público

• Será item Projetual arquitetônico e paisagístico com

a maior relevância.

• O parque será o elo de ligação primária entre a

instituição de ensino o abrigo e a comunidade.

• Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate,

circuitos de corridas e caminhadas.

• E áreas com potenciais privilegiados para o convívio

social em comunidade.

30

Page 32: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - O local

O Terreno proposto para a implementação do Projeto:Não foi possível obter dados referentes a zoneamentos e as normas de construção que são permitidas para o terreno.

A obtenção de dados referenciais no município de Belford Roxo, é nesse momento impossível, tendo em vista que, o município de Belford Roxo é considerado como o município com o índice de transparência zero medido pelo portal da transparência.

GLEBA= 190.000m²

Av. Joaquim da Costa Lima Av. Gov. Leonel Brizola31

Page 33: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - Análise Morfológica

32

Page 34: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

A implantação – Plano Conceitual

O Estudo Conceitual

A realização do estudo conceitual tem como base a reflexão direta sobre às práticas de projetar, e dentro do processo do planejamento da malha urbana o pensar sobre as problemáticas de um projeto desse porte com intervenções drásticas, com isso surge o vislumbre sobre as formas eficientes de distribuição dos investimentos públicos e os investimentos de infraestrutura e de conexões urbanas, aferi o subsídio da influência dessas intervenções na escala local e vem com isso avaliar e balizar a qualidade de uma arquitetura e do planejamento urbano no conceito de bairro, dando ao projeto um ideal de um mínimo equivalente de justiça social e ambiental.

33

Page 35: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Plano de Massas EsquemáticoN

34

Page 36: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

A implantação Projeto do Abrigo

Na porção Sul da Gleba proposta.

Um bloco residencial para a realocação dos moradores residentes na margem sul do terreno para o lado leste do terreno.

Um bloco de lojas e outros serviços junto ao bloco residencial de modo a prover novos usos para o local e um modo de subsistência para os moradores residentes.

Um Anfiteatro no lado oeste do parque do lado sul

E os jardins com conceitos de bosque que permeiam o parque sul como um todo.

Na porção Norte do terreno.

Um Parque para a prática de esportes individuais e coletivos – campos de futebol - quadras de basquete e vôlei - áreas para churrasqueiras e vestiários.

E na porção central do parque.

Um ginásio poliesportivo coberto num recorte junto a elevação

Um restaurante que servirá ao público do abrigo e escola e servirá para integrar o conjunto arquitetônico a comunidade por meio de incentivos do programa escola aberta.

Uma escola no lado leste, com conceitos instrucionais que atenderá tanto os usuários do abrigo bem como a comunidade

E o Abrigo no lado oeste

0 50 100

N

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Page 37: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

0 50 100

Parque Público O parque será o elo de ligação primária entre a instituição de ensino o abrigo e a comunidade.Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate, circuitos de corridas e caminhadas.E áreas com potenciais privilegiados para o convívio social em comunidade.

N

O Projeto - O Parque Público

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Page 38: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - O CIESNa porção central do terreno, teremos O CIES que contempla o conjunto arquitetônico do Abrigo público e a Escola pública, Jardins e espaços multiusos.

N

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Page 39: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - O Parque de Esportes

Parque de EsportesNa porção posterior do terreno, teremos um parque público para práticas esportivas ao ar livre.

N

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Page 40: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - O Conjunto ArquitetônicoN

E a junção dessas três partes do projeto, formam o conjunto arquitetônico do Parque Martinho, em uma área de 198,000m².Permeada de muitas áreas verdes e uma pluralidade de elementos constituídos que por si só, trará novas perspectivas de futuro, nunca antes experimentadas em Belford Roxo.

0 50 100

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Page 41: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - Vista Norte

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Page 42: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - Vista Sul

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Page 43: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIES

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Page 44: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto

Projeto do AbrigoE como o foco do nosso projeto são abrigos de permanência continuada, apresento o projeto da edificação, que contempla o abrigo e os seus jardins, que são partes componentes do projeto do parque como um todo, que visa, para além dos conceitos de abrigo, tem como objeto obter melhorias para a comunidade do Parque Martinho.

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Page 45: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Setorização - Pavimento Térreo

PÁTIO ABERTO INTERNO

CORREDORES - CONEXÕES EXTERNAS

CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS

BANHEIROS

LAVANDERIA

CRECHE, BERÇÁRIO - ESPAÇOS PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA

PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL

COZINHA - REFEITÓRIO INTERNO

N

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Page 46: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Setorização - Primeiro Pavimento

PÁTIO ABERTO CONVIVÊNCIA INTERNA

DORMITÓRIOS - ALOJAMENTOS DOS ABRIGADOS

CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS

BANHEIROS

CLINICAS PSICOLOGIA / ENFERMARIAATENDIMENTO CIES

ADMINISTRAÇÃO - ATENDIMENTO CIES

PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL

VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS - CIES

N

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Page 47: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Setorização - Segundo Pavimento

PÁTIO ABERTO CONVIVÊNCIA INTERNAGRAMADO

DORMITÓRIOS - ALOJAMENTOS DOS ABRIGADOS

CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS

BANHEIROS

CLINICAS PSICOLOGIA / ENFERMARIAATENDIMENTO CIES

ADMINISTRAÇÃO - ATENDIMENTO CIES

PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL

ALOJAMENTO DE FUNCIONÁRIOS - CIES

N

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Page 48: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIES

O Conjunto arquitetônico compositivo do prédio do abrigo é composto por dois volumes abertos para um pátio envolvente voltado para o nascente.

A composição volumétrica pautada nos recortes dos sólidos até chegar a uma forma compositiva lúdica, agradável, lógica e incomum.

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Page 49: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

A fachada principal: O primeiro contato com o novo

A simetria rebatida compositiva da fachada principal, e o modo de como o pórtico do acesso principal direciona o nosso olhar para uma experimentação de uma perspectiva visual totalmente e incomum.

CIES

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Page 50: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIES

A Fachada sul está voltada para o jardins fractais.

A composição é formada por painéis de madeira móveis, posicionados para que não sejam totalmente devassados os dormitórios e os corredores.E ainda criam a cada novo olhar um novo angulo de visão e uma nova perspectiva da paisagem.

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Page 51: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O projeto - O DormitórioA flexibilidade compositiva do layout dos dormitórios, permite uma infinidade de organizações que podem atender a todas as demandas possíveis dos abrigados e seus parentes

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Page 52: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIES

O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - CIES - Escola Pública

A ESCOLA

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Page 53: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - CIES - Escola Pública

Escola – Centro de Ensino Integral -Atenderá os residentes e as demandas especificas do público local.-Será consolidada com a mesma temática arquitetônica do abrigo e trará uma identidade visual arquitetônica própria.-Apresentará a ambiência de escola estruturalista.-Servirá como ponte integradora com o local, terá cursos para a comunidade e a envolverá em todo o processo.

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Page 54: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O projeto - A escola - Sala de AulaAs salas de aulas acompanham os conceitos e ambiência de escolas estruturalista, totalmente fora dos padrões parametrizados pelo FNDE.

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Page 55: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIES

O restaurante

O restaurante, localizado na porção central do terreno, entre a escola e o abrigo, atenderá além do público normal da escola integral e do abrigo, servirá ainda para a integração da comunidade com os espaços do CIES.

Funcionará como um dos atores integradores quando nos finais de semana houver implementação de projetos baseados em escola aberta para a comunidade.

O projeto - Restaurante

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Page 56: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto

CIES 55

Page 57: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIES

Creche, berçário e espaços multiusos.

O abrigo ainda conta com diversos espaços multiusos no térreo.

Conta ainda com espaços para creche, berçários e espaços infantis.

Todos esses espaços servirão para além dos usos diários e comuns do abrigo, servirão para integrar a comunidade, quase uma extensão de suas casas

O Projeto - Espaços para as crianças

O BERÇÁRIO

ESPAÇO MULTIUSO

ESPAÇO INFANTIL

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Page 58: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIES

O Projeto - Espaços integradores

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Page 59: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIES

O Projeto - Espaços integradores

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Page 60: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

CIES

O Projeto - Espaços integradores

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Page 61: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - Área de LazerPo

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Parque Público O parque será o elo de ligação primária entre a instituição de ensino o abrigo e a comunidade.Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate, circuitos de corridas e caminhadas.E áreas com potenciais privilegiados para o convívio social em comunidade.

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Page 62: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O projeto - O Ginásio

O Ginásio coberto

Um ginásio poliesportivo coberto num recorte junto a elevação.

O ginásio além de servir para as práticas esportivas diárias da escola, será um local para reuniões e palestras para a comunidade.

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Page 63: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

As residências existentes serão realocadas para o lado leste frontal do terreno

SITUAÇÃO ATUAL DAS RESIDÊNCIAS EXISTENTES NA PARTE FRONTAL CENTRAL DO TERRENO

O Projeto - A Realocação Residêncial

A realocação respeitou o número de casas existentes, são residências de dois pavimentos e dois quartos.

No plano do térreo estão dispostas de lojas comerciais para a subsistência dos moradores e a alocação de

novos comércios de bairro.

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Page 64: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O projeto - O Anfiteatro

O Anfiteatro será um novo marco referencial na paisagem de Belford Roxo

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Page 65: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - Cortes

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Page 66: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - Elevações

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Page 67: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

O Projeto - Implantação - Recorte

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Page 68: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

Considerações finais.

O painel futuro almejado:

Todos esses conceitos referencias e

fundamentações tem por objeto transformar o espaço uma

vez historicamente segregado, em um aglutinador social,

não só para os residentes do abrigo mais também para os

funcionários e amigos do Centro de Integração e Existência

Social (CIES), e principalmente para toda a comunidade e

que se torne um marco referencial para a sociedade como

um todo.

Com esse projeto arquitetônico, teremos o vislumbre

para o incentivo devido do tratamento das problemáticas

envolvidas no tema proposto.

E que em uma região historicamente tão segregada

como a Baixada Fluminense e em especial o município de

Belford Roxo, tenhamos os atributos para o debate em

torno desses temas tão sensíveis, como a melhora do

ambiente urbano para essas comunidades, os ambientes

educacionais de qualidade, e o problema principal que é o

abandono de crianças e adolescentes vulneráveis

socialmente.

67

Page 69: Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

• C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente coletivo.

• Christine - Downing ESPELHOS DO SELF.

• E.C.A - Estatuto da criança e do adolescente - leis específicas, abrigamentos.

• Zimmer Heinrich, Filosofias da Índia

• COELHO, Glaucineide do Nascimento. Espaço vivido favela: brincadeiras infantis nos espaços livres da Rocinha. Rio

de Janeiro: UFRJ, 2004.

• EYCK, Aldo van. The child, the city and the artist. [1962]. SUN.

• da Silva, Enid Rocha Andrade. O direito à convivência familiar e comunitária : os abrigos para crianças e adolescentes

no Brasil .2004

• Site www.ipea.gov.br – Dados de Crianças em abrigos

• Site www.cnj.jus.br - Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA)

• Site www.tranparencia.gov.br – Portal da transparência Brasil

Piaget Construtivismo

Vygotsky Construtivismo

68

Anísio TeixeiraEducação

Instrucional e Escola Parque

Aldo Van EyckEstruturalismo

Parques infantisOrfanatos

Carl Gustav JungPsicologia