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CADERNO Editores: Dayvid Gagno Géssica Gineli [email protected] Tel.: 3019-6089 OK Vitória, ES, quarta-feira, 26 de outubro de 2011 twitter.com/cadernook Katy Perry fez show divertido e convocou um fã para ser seu “namorado por uma noite”. Metallica: a grande atração do Rock in Rio 2011 A atração não decepcionou e desfilou durante mais de duas horas diversos hits de diferentes fases de puro heavy metal. Saiba um pouco dos shows de Coldplay, Guns N’ Roses, Shakira e Stevie Wonder. Página 2 Página 4 Página 3

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Trabalho de Gráfica II - UFES - Professora Heliana Pacheco - Dayvid Gagno e Géssica Gineli

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Page 1: Caderno OK

CADERNO Editores:Dayvid GagnoGéssica Gineli

[email protected].: 3019-6089OK Vitória, ES, quarta-feira, 26 de outubro de 2011

twitter.com/cadernook

Katy Perry fez show divertido e convocou um fã para ser seu “namorado por uma noite”.

Metallica: a grande atração do Rock in Rio 2011A atração não decepcionou e desfilou durante mais de duas horas diversos hits de diferentes fases de puro heavy metal.

Saiba um pouco dos shows de Coldplay, Guns N’ Roses, Shakira e Stevie Wonder.

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Page 2: Caderno OK

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No primeiro dia do festival, KATY PERRY surpreende fã

Vitória, ES, quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Cantora ainda disso que o “Rio é sexy” e agitou a multidão com vários sucessos seguidos como Firework e E.T.

Com meia hora de atraso, Katy Perry subiu ao Palco Mundo, na noite dessa sexta-feira (23).

Seguindo a rotina de sua atual turnê, a cantora trouxe toda sua doçura com cupcakes, pirulitos e mundo de fantasia de Teenage Dream ao palco. Claro que seu lado sexy não foi deixado de lado.

Logo de cara, Perry procurou não improvisar e atacou de cara com o hit que dá nome à turnê, finalizado com uma piscadela provocante ao público, que respondeu com um coro.

As contagiantes Waking Up in Vegas e Peacock deram o tom mais dançante da apresentação. Aparentando não usar o tradicional recurso do pop atual, o playback, ela ficou contida nas coreografias, mas respondeu com vocais honestos. A tarefa mais difícil ficou por conta de suas backing vocals, que carregam boa parte do show nas costas.

Na quarta música, um de seus maiores hits, I Kissed a Girl ganhou

uma introdução com jazz e a primei-ra interação dela com o público, convidando o primeiro garoto a ti-rar a camisa na plateia para “ser seu namorado”.

Com voz sensual, Katy Perry convidou Julio Salvo, de Sorocaba, interior de São Paulo, para acompanhá-la. “Eu acho que o Rio é a cidade mais sexy que já estive”, disse, antes de dizer que nunca havia “experimentado um brasileiro”.

Após “entrevistar” o rapaz e fazer brincadeiras, pediu para que ele olhasse para frente e tascou um beijo em seu rosto.

Se Circle the Draind e ET reser-varam também momentos dançantes e com o tradicional figurino de Katy Perry - leia-se farto decote - Think-ing of You ficou marcada por um mo-mento introspectivo.

Vestindo uma bandeira brasilei-ra, a norte-americana empunhou seu violão e conduziu uma balada até a próxima sequência de hits infalível para os ouvintes de rádio FM: Hot N’Cold, Last Friday Night, Firework e

California Gurls. Enquanto boa parte das cantoras

pop prefere apostar no conforto do playback, Katy Perry surpreende ao se segurar bem no vocal ao vivo am-parada por uma banda afiada, com destaque para as guitarras - até es-quecidas no álbum - e destacadas no palco.

Nessa mesma noite Elton John levou os fãs de volta ao passado com grandes sucessos, e mostrou muita energia, apesar dos seus 64 anos. Com a voz um pouco mais grave do que de costume, Elton entrou no palco antes da madrugada de sábado cantando “Saturday Night’s Alright (For Fighting)”. Além dos tradicionais óculos de lente vermelha, o visual do astro permanece excêntrico: camisa vermelha e no fraque preto, uma espaçonave nas costas e estrelas cadentes descendo dos braços até o pulso. Em seguida, veio “I’m Still Standing” e nos telões, imagens espalhafatosas e retrô da carreira do cantor.

Elton John continua como um dos

maiores representantes da música pop levada pelo piano. No Rock in Rio, ele não só enfileirou sequências matadoras de sucessos – “Tiny Dancer”, “Philapelphia Freedom”, “Goodbye Yellow Brick Road”, “Rocket Man” –, mas injetou neles improvisos, em versões estendidas e bastante animadas.

A cantora caribenha Rihanna encerrou a escalação do Palco Mundo no primeiro dia do Rock in Rio com um show enérgico, sob medida para o público jovem que dominou o espaço. Originalmente, o cantor Elton John faria o encerramento, mas, de acordo com o que se comenta nos bastidores do festival, pediu para trocar de horário para

FOTO: DIVULGAÇÃO

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Anthony Kiedis, um vocalista agora mais centrado, porém cheio de energia

Katy Perry chamou fã para subir ao palco durante a apresentação

encerrar mais cedo o show. Com um longo atraso, a cantora entrou no Palco Mundo às 2h30, quando já devia estar deixando-o e dando boa noite para o público. E quando apareceu, não compensou o atraso. Com pouca interação com a plateia, restou à cantora usar e abusar das coreografias sensuais. Poucas músicas levantaram os presentes. O destaque foi a que fechou a noite do festival, seu primeiro grande hit mundial, “Umbrella”. Antes, “Shut up & drive” conseguiu tirar a massa do chão, em um dos melhores momentos do seu show. Mesmo assim, com o público já cansado, o esforço não foi suficiente para animar.

Osmar Portilho

RHCP faz show de altos e baixos e homenageia filho de Cissa Guimarães

Na noite em que o Rock in Rio reencontrou o rock coube ao Red Hot Chili Peppers o papel de mestre cerimônia. Durante uma hora e 40 minutos a banda californiana foi tão instável quanto explosiva em uma apresentação de muitos altos e al-guns baixos. Nada que tirasse de suas mãos o público de cerca de 100 mil pessoas que compareceu ao segundo dia de shows.

A apresentação contou ainda com uma homenagem a Rafael Mas-carenhas, filho da atriz Cissa Gui-marães, morto no ano passado. Fã do RHCP, o jovem foi homenageado pela banda que vestiu, no bis, uma camiseta com seu rosto estilizado. “feliz aniversário, Rafa”, disse o vo-calista Anthony Kiedis lembrando a data de nascimento do jovem, 24 de setembro.

Abrindo sua apresesentação à 1h20, o grupo de Kiedis, Flea, Chad Smith e o novato Josh Klinghoffer es-colheu a canção Monarchy of Roses, que também abre o novo disco I’m With You, talvez como forma de cra-

var sua nova fase sem se prender ao passado recente.

Por outro lado, é inegável a falta que John Frusciante faz, sem tirar o mérito de Klinghoffer, competente na maior parte do tempo. O fato é que a personalidade que Frusciante deu ao som do quarteto fica notável em faixas como Cant’ Stop, Californication e Otherside, hits que deram nova vida ao Red Hot Chili Peppers em sua “nova fase” de sucesso no final dos anos 90.

De qualquer forma, sucessos consolidados com Under the Bridge, cantada em uníssono, Dani California e a desenterrada Me and My Friends, do disco The Uplift Mofo Party Plan, de 1987, foram suficientes para conquistar a massa e guardar o público no bolso.

Já as inserções de novas canções como Factory of Faith e The Adventures of Rain Dance Maggie, ambas do novo álbum, servem para guiar o público pelo novo trajeto do quarteto.

Sem os riffs marcantes e as linhas melódicas do instrumentista, a referência do Red Hot Chili Peppers

se volta para o virtuosismo cheio de groove de Flea e as marretadas de Chad Smith. A banda parece se distanciar cada vez mais da banda dos anos 80 e 90. Os seus shows, antes repletos de improvisos, muitas vezes com covers pouco ensaiados de Jimi Hendrix e outros virtuoses, desta vez contou apenas coma badalada “Higher Ground”, de Stevie Wonder, gravada em estúdio no disco “Mother’s Milk”. Anthony Kiedis também aparenta estar mais centrado, menos endiabrado. Apesar de não dever nada em energia, o cantor pouco se comunica com o público, função que coube boa parte das vezes ao baixista Flea, um monstro, bem como o baterista Chad Smith, que chegou a fazer jam em ritmo de samba com o percussionista brasileiro Mauro Refosco, outro que mostrou habilidade ímpar.

O repertório cheio de altos e baixos comprova que a química en-tre o quarteto existe, mas ainda é carente de uma coesão, principal-mente na mescla das canções novas com hits impregnados pela alma de Frusciante.

Osmar Portilho

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METALLICA FECHA NOITE DO METAL NO ROCK IN RIO COM CLÁSSICOS DOS SEUS 30 ANOS

Vitória, ES, quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Metallica fechou a noite de domingo no Rock in Rio com alguns de seus principais

clássicos. Músicas que tornaram-se lendárias ao longo dos 30 anos de trajetória do quarteto liderado pelo guitarrista e vocalista James Hetfield e seus companheiros Lars Ulrich (bateria), Kirk Hammett (guitarra) e Robert Trujillo. Legítimos “senhores do metal” que, durante quase duas horas, mantiveram o público na pal-ma da mão. Com um setlist bastante parecido com o de sua última pas-sagem pelo Brasil no início de 2010, o Metallica abriu a noite com Creeping Death e For Whom The Bells Tolls, do álbum Ride The Lighting, o segundo da banda, lançado em 1984.

Em seguida foi a vez de Fuel acender (literalmente) a banda. A faixa do álbum Reload, de 1997 - uma fase bastante contestada na carreira da banda, que se distanciara das raízes metaleiras -, contou diversos efeitos pirotécnicos no palco. De volta à velharia, a faixa título de Ride The Lightning serviu, segundo Hetfield, para apresentar músicas antigas aos novos fãs. A pseudobalada Fade To Black, também do segundo álbum, veio em seguida e ganhou coro dos 100 mil fãs da plateia. Outrora “maldita”, a faixa foi responsável, na época de seu lançamento, pelas acusações de que a banda teria se vendido ao esquemão das gravadoras.

Macaco velho, Hetfield, 48 anos, sabe até brincar com a própria desgraça para manter o público

Faixas inéditas do novo álbum prestes a ser lançado, também eram aguardadas, mas não fizeram parte do show. Mesmo assim o Metallica trouxe um show completo, tocando todas as tradicionais esperadas pelo público, como Seek and Destroy uma das mais aguardadas.

entretido. Na volta do solo de Fade To Black o vocalista errou o chaveamento de sua guitarra, e a base que deveria sair distorcida e pesada veio fraca, quase acústica. Ao final da música tocou a mesma sequência e brincou: “normalmente é mais pesado. Mas vocês captaram a ideia”. A presença de Lemmy Kilmister e o Motörhead na mesma noite não passou em branco. Fã confesso do roqueiro britânico, Hetfield saldou o ídolo publicamente chamando-o de “Poderoso Chefão do Metal”. Em 1995 o Metallica fez um show surpresa em Los Angeles na festa de aniversário de 50 anos de Kilmister. Na ocasião tocaram sob a alcunha de The Lemmys.

Prestes a lançar Lulu, o décimo álbum de estúdio, gravado em uma questionável parceria com Lou Reed, o Metallica acabou com toda e qualquer expectativa em torno da presença de alguma faixa inédita no repretório. As mais novas acabaram sendo Cyanide e All Nightmare Long, ambas de Death Magnetic, último registro do grupo lançado em 2008.

E daí pra frente só clássicos foram aceitos no repertório. Primeiro veio Sad But True do Black Album lançado em 1991, álbum que catapultou a banda ao estrelato e marcou o início da parceria de mais de 10 anos com o produtor Bob Rock. Em seguida Welcome Home (Sanitarium) do terceiro disco, Masters Of Puppets, de 1986.

Em seguida mais uma do mesmo álbum, a instrumental Orion. A faixa serve como um tributo do Metallica a Cliff Burton: o ex-baixista da banda

é um dos autores da música. Burton morreu em um acidente com o ônibus da banda durante uma turnê pela Suécia em 1987. “Em nossos corações, senhor Cliff Burton”, declarou Hetfield ao final.

Para reconquistar a atenção da plateia que se distraiu durante a música e aproveitou para visitar o bar ou o banheiro, o Metallica apos-tou no certo. A gravação com sons de gritos, helicópteros, explosões e disparos de metralhadoras só podia significar uma coisa: One.

A música é hino absoluto de ...And Justice For All de 1988. Foi com esse disco na bagagem que o Metallica desembarcou no Brasil pela primeira vez em 1989. Nos telões

do palco a transmissão passou a ser em preto e branco durante toda a música. A mudança dá à transmissão um efeito similar ao clipe da canção, a primeira da banda a ganhar um vídeo de estúdio.

Mais clássicos pediram passagem e a banda abriu caminho para dis-tribuir na sequência a faixa-título de Master of Puppets e Blackned, primeira música do quarto disco, Jus-tice - esta com direitos a mais piro-tecnias e explosões no palco.

Antes do último respiro do primeiro bloco do show, que veio com Nothing Else Matters, baladinha melosa deBlack Album, a banda ainda encontrou alguns minutos para Kirk Hammett fazer um breve solo com

FOTO: DIVULGAÇÃO

James H, agita público em banda na Cidade do Rock. O vocalista ainda está com a energia de um iniciante.

Motorhead Slipknot Gloria

direito até a acordes incidentais de Samba de Uma Nota Só de Tom Jobim.

E foi só, porque logo em seguida a banda se despediu do palco com Enter Sandman, talvez a música mais popular do Metallica, lançada em 1991 no mesmo disco. O marcante riff foi nasceu das mãos de Hammett em um quarto de hotel numa madrugada de insônia.

O intervalo de suspense foi curto e a banda voltou para um bis com mais três canções. Nesta turnê, o bis guarda sempre duas surpresas: qual será o cover da noite, que pode ir de Queen a Motörhead; e qual música do primeiro álbum Kill’em All será executada.

OUTRAS ATRAÇÕES DO DOMINGO

Osmar Portilho

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GIRO

Vitória, ES, quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Chris Martin, do Coldplay, fez uma homenagem ao Rio durante o show de sábado, dia 01/10

FALANDO PORTUGUÊS

MÚSICA NACIONAL

DESLOCADA MUITO ESPERADO PROBLEMAS TÉCNICOS NOVIDADES

CHUVA FORTE

Simpática, Shakira interagiu com a plateia, levou fãs ao palco, com quem dividiu o microfone, caminhou entre a plateia e cumprimentou o público diversas vezes em português. Em uma delas anunciando: “Eu sou toda de vocês e estou aqui para satisfazê-los”. Entre os sucessos apresentados, estão Estoy Aqui, Loca e o Waka Waka (tema da Copa do Mundo de 2010). A colombiana também apresentou uma versão da canção Nothing Else Matters, da banda Metallica.

Stevie Wonder chamou a seu lado sua filha e backing vocal Aisha Morris para cantar “Garota de Ipanema” - ou melhor, “Girl from Ipanema”, já que a música foi interpretada em inglês. Tocar Tom Jobim em shows no Brasil é uma homenagem batida, mas a felicidade de Wonder era tão evidente que foi impossível não se emocionar, principalmente depois do público cantar a letra em português. O tributo ao Brasil ainda continuou com “Você Abusou”, de Antonio Carlos e Jocafi, com Wonder cantando o refrão em bom português.

O show da cantora Ke$ha não agradou muito. Ficou deslocada entre atrações como Jamiroquai e Stevie Wonder.

A banda britânica Snow Patrol enfrentou problemas com o som durante a música de maior sucesso, Open Your Eyes.

A banda Evanescence apresentou músicas novas durante o show. Essa nova turnê foi aprovada pelo público da Cidade do Rock.

A banda Maroon 5 era muito esperada e não fez feio na noite do sábado 01/10 na Cidade do Rock, ao tocar para mais de 100 mil pessoas antes da atração principal, Coldplay. Com baladas de sucesso, o grupo conseguiu contagiar a plateia e registrou bons momentos a serem lembrados após o festival.

No último dia do evento, a chuva caiu forte no último dia de Rock in Rio, e cerca de metade do público – é preciso contar boa parcela de fãs do System of a Down –, foi embora antes do meio do show. Mas era o Guns N’ Roses – ou pelo menos 50% da parte mais relevante do grupo. Apesar dos erros, quedas e nítida falta de voz em alguns momentos, quem ficou certamente não se arrependeu. Axl vestia uma capa amarela, chapéu preto e óculos e não tirou os trajes até os fotógrafos serem removidos de perto do palco.

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