caderno de textos 60 conad

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1 CADERNO DE TEXTOS 60º CONAD do ANDES-Sindicato Nacional TEMA CENTRAL: Atualização da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, da liberdade de organização sindical dos docentes para enfrentar a mercantilização da educação Vitória/ES, 13 a 16 de agosto de 2015

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compilado de textosANDES SNREferente ao 60 CONAD2015Vitória - Espiríto Santo

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1 CADERNO DE TEXTOS 60 CONADdoANDES-Sindicato Nacional

TEMA CENTRAL: Atualizao da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, da liberdade de organizao sindical dos docentes para enfrentar a mercantilizao da educao Vitria/ES, 13 a 16 de agosto de 2015 2 SINDICATO ANDES NACIONAL Sindicato Nacional dos Docentesdas Instituies de Ensino Superior SCS Setor Comercial Sul, Q. 2, Bloco C, Ed. Cedro II, 5 andarBraslia - DF Fone: (61) 3962-8400 Fax: (61) 3224-9716 Gesto 2014/2016 Presidente: Paulo Marcos Borges Rizzo Secretria-Geral: Cludia March Frota de Souza 1 Tesoureiro: Amauri Fragoso de Medeiros Diretora responsvel por Imprensa e Divulgao: Marinalva Silva Oliveira home page: http://www.andes.org.br E-mail: [email protected] 3 SUMRIO Proposta de Cronograma e Pauta do 60 CONAD 7 Proposta de Regimento do 60 CONAD 8 TEMA I: MOVIMENTO DOCENTE E CONJUNTURA: AVALIAO DA ATUAO DO ANDES-SN FRENTE S AES ESTABELECIDAS NO 34 CONGRESSO Texto 1 Movimento Docente e Conjuntura -Diretoria do ANDES-SN 18 Texto2-Diantedacrise,governoDilmaRousseff(PT)egovernadoresatacamdireitose conquistasdostrabalhadores.respondercomorganizao,mobilizaoelutapelos mtodosdaaodireta-Contribuiodosprofessores:SandraMariaMarinho Siqueira(basedaAPUB/BA),SoraiaCarvalho(ADUFCG/PB),AlessandroTeixeira Nbrega(ADUERN/RN),DouglasFerreiradePaula(ADUA/AM),MariadasGraas de Arajo (ADUNIR/RO) 26 Texto 3 - Nem PT, nem PSDB: por uma alternativa dos trabalhadores contra o ajuste fiscal de DilmaeLevy-ContribuiodosprofessoresRiglerArago(SINDUNIFESSPA), Janana Bilate (ADUNIRIO), Bruno Jos Oliveira (ADUNIRIO), Annie Schmaltz Hsiou (ADUSP),MarcelaRufato(ADUNIFAL),MaraMendes(ADUSC),NairanMoraes Caldas(ADUSC),LuanaRosrio(ADUSC),WalterLowande(ADUNIFAL),Linnesh Ramos(ADUFS-BA),GilbertoCunhaFranca(ADUFSCAR),EliasdaSilvaRibeiro (ADUNIFAL),LusAntnioGroppo(ADUNIFAL),DanielMazzaro(ADUNIFAL), DanielPrecioso(ADUEG),VicenteRibeiro(SINDUFFS),FredericoHenriques (ADURN), Daniela Eufrsio (ADUNIFAL), Paula da Costa Souza (ADUNIFAL) 28 Texto4ConjunturaNacional-ContribuiodosprofessoresCludiaDurans(APRUMA), DouglasBezerra(ADUFPI),LanaBleicher(UFBA),RaquelDias(SINDUECE), Raphael Furtado (ADUFES) e Wagner Damasceno (UFSC) 31 Texto5-Ofensivaneoconservadoradocapital-ContribuiodosprofessoresAlcidesPontes Remijo (ADUFG) e Lucinia Scremin Martins (ADUFG) 33 TEMA II AVALIAO E ATUALIZAO DOS PLANOS DE LUTAS: EDUCAO, DIREITOS E ORGANIZAO DOS TRABALHADORES Texto 6 Avaliao e atualizao do plano de lutas de poltica sindical - Diretoria do ANDES-SN 38 Texto7-Avaliaoeatualizaodoplanodelutasdepolticaeducacional-Diretoriado ANDES-SN 43 Texto 8 - Avaliao e atualizao do plano de lutas de poltica de cincia e tecnologia,agrria, urbana e ambiental - Diretoria do ANDES-SN 47 Texto 9 - Avaliao e atualizao do plano de lutas de poltica de seguridade social e assuntos e aposentadoria - Diretoria do ANDES-SN 52 Texto 10 - Avaliao e atualizao do plano de lutas de poltica de comunicao - Diretoria do ANDES-SN59 Texto11-Necessidadesderecursoseducacionaisnosdiferentesestados-Contribuiodos professoresOtavianoHelene,LighiaHorodynski-MatsushigueeJooZanetic- sindicalizados da ADUSP Seo Sindical. 61 Texto12-Contraaofensivaconservadoranaeducao:ousarlutar!-Contribuiodos 66 4 professoresEdianeLopesdeSantana,CarolinedeArajoLima,VambertoFerreira Miranda Filho e Milton Pinheiro- sindicalizados da ADUNEB Seo Sindical. Texto 13 - Contrarreforma do estado e precarizao do trabalho: os desafios para o movimento sindicaldocente-ContribuiodosprofessoresRiglerArago(SINDUNIFESSPA), Janana Bilate (ADUNIRIO), Bruno Jos Oliveira (ADUNIRIO), Annie Schmaltz Hsiou (ADUSP),MarcelaRufato(ADUNIFAL),MaraMendes(ADUSC),NairanMoraes Caldas(ADUSC),LuanaRosrio(ADUSC),WalterLowande(ADUNIFAL),Linnesh Ramos(ADUFS-BA),GilbertoCunhaFranca(ADUFSCAR),EliasdaSilvaRibeiro (ADUNIFAL),LusAntnioGroppo(ADUNIFAL),DanielMazzaro(ADUNIFAL), DanielPrecioso(ADUEG),VicenteRibeiro(SINDUFFS),FredericoHenriques (ADURN), Daniela Eufrsio (ADUNIFAL), Paula da Costa Souza (AUNIFAL) 69 TEMA III - AVALIAO E ATUALIZAO DO PLANO DE LUTAS: SETORES Texto 14- Avaliao e atualizao do Plano de Lutas do Setor das IEES/IMES- Diretoria do ANDES-SN 74 Texto 15 - Avaliao e atualizao do Plano de Lutas do Setor das IFES - Diretoria do ANDES-SN 81 TEMA IV: QUESTES ORGANIZATIVAS E FINANCEIRAS Texto 16 - Sede do 61 CONAD do ANDES-SN- Diretoria do ANDES-SN 87 Texto 17 Homologao de novas sees sindicais Diretoria do ANDES-SN 87 Texto 18 - Homologao de alteraes regimentais - Diretoria do ANDES-SN 88 Texto 19 - Prestao de contas do exerccio 2014 - Diretoria do ANDES-SN 88 Texto 20 - Previso oramentria para 2016 - Diretoria do ANDES-SN 110 Texto 21 - Prestao de contas do 34 Congresso do ANDES-SN Diretoria do ANDES-SN112 Texto22Emdefesadademocraciasindical:contraabarreirasposiespolticas minoritrias - Contribuio dos professores: Sandra Maria Marinho Siqueira (base da APUB/BA),SoraiaCarvalho(ADUFCG/PB),AlessandroTeixeiraNbrega (ADUERN/RN), Douglas Ferreira de Paula (ADUA/AM), Maria das Graas de Arajo (ADUNIR/RO) 114 Texto23-Defenderosmtodosdademocraciasindicalcontraochamadoconsenso progressivo - Contribuio dos professores: Sandra Maria Marinho Siqueira (base da APUB/BA),SoraiaCarvalho(ADUFCG/PB),AlessandroTeixeiraNbrega (ADUERN/RN), Douglas Ferreira de Paula (ADUA/AM), Maria das Graas de Arajo (ADUNIR/RO) 116 Texto 24 - Repasses das sees sindicais - Diretoria do ANDES-SN 118 SIGLAS170 5 Os Textos Resoluo (TR) receberam a mesma numerao que osTextosApoio(TA)correspondentes.NocasodeTexto ApoiosemResoluo,seunmerofoipreservadoparaque, porventura,sejautilizadocomopropostadeResoluo apresentada durante o evento. SUMRIO DOS TR TEMA I: MOVIMENTO DOCENTE E CONJUNTURA: AVALIAO DA ATUAO DO ANDES-SN FRENTE S AES ESTABELECIDAS NO 34 CONGRESSO TR2-Diantedacrise,governoDilmaRousseff(PT)egovernadoresatacamdireitose conquistasdostrabalhadores.respondercomorganizao,mobilizaoelutapelos mtodos da ao direta 27 TR3-NemPT,nemPSDB:porumaalternativadostrabalhadorescontraoajustefiscalde Dilma e Levy31 TEMA II AVALIAO E ATUALIZAO DOS PLANOS DE LUTAS: EDUCAO, DIREITOS E ORGANIZAO DOS TRABALHADORES TR 6 Avaliao e atualizao do plano de lutas de poltica sindical 42 TR 7 - Avaliao e atualizao do plano de lutas de poltica educacional 47 TR8-Avaliaoeatualizaodoplanodelutasdepolticadecinciaetecnologia,agrria, urbana e ambiental51 TR9-Avaliaoeatualizaodo plano de lutas de poltica deseguridade social eassuntos e aposentadoria -SN 58 TR 10 - Avaliao e atualizao do plano de lutas de poltica de comunicao61 TR 11 - Necessidades de recursos educacionais nos diferentes estados65 TR 12 - Contra a ofensiva conservadora na educao: ousar lutar!68 TR13-Contrarreformadoestadoeprecarizaodotrabalho:osdesafiosparaomovimento sindical docente72 TEMA III - AVALIAO E ATUALIZAO DO PLANO DE LUTAS: SETORES TR 14 - Avaliao e atualizao do Plano de Lutas do Setor das IEES/IMES 79 TEMA IV: QUESTES ORGANIZATIVAS E FINANCEIRAS TR 16 - Sede do 61 CONAD do ANDES-SN 87 TR 17 Homologao de novas sees sindicais 87 TR 18 - Homologao de alteraes regimentais 88 TR 19 - Prestao de contas do exerccio 2014 88 TR 20 - Previso oramentria para 2016 110 TR 21 - Prestao de contas do 34 Congresso do ANDES-SN 112 TR 22 Em defesa da democracia sindical: contra a barreira s posies polticas minoritrias115 TR 23 - Defender os mtodos da democracia sindical contra o chamado consenso progressivo117 6 Apresentao O60CONADserrealizadonacidadedeVitria,de13a16deagostode 2015,organizadopeladiretoriadoANDES-SNepelaADUFES-SeoSindical,que sediaroevento,comotemaAtualizaodalutaemdefesadosdireitosdos trabalhadores e da liberdade da organizao sindical dos docentes para enfrentar a mercantilizao da educao. No momento em que divulgamos o Caderno de Textos, docentes das Instituies FederaisdeEnsino,docentesdediversasUniversidadesEstaduais,trabalhadoresdo servio pblico federal e outras categorias de trabalhadores constroem suas greves como forma de enfrentamento aos ataques aos direitos dos trabalhadores que se aprofundaram com as medidas de ajuste adotadas pelos governos federal, estaduais e municipais.NoBrasil,assimcomoemoutrospases,arespostaapresentadapelos governantescrisequesealastratemsidoadecompletasubmissoaosditamesdo capital a partir de polticas que atacam os trabalhadores, com destaque para os processos de privatizao das polticas sociais, em particular educao, sade e previdncia, como tambm para a flexibilizao dos direitos do trabalho. AcontraposiosubservinciadosEstadosnacionaisaosorganizamos internacionais que ditam as polticas de ajuste s ser possvel a partir da mobilizao e da organizao autnoma e combativa dos trabalhadores. AsassembleiaseasmobilizaesdosdocentesdasInstituiesFederaisde Ensino e das Universidades Estaduais tm demonstrado o vigor do debate de ideias e da prxisquedevemarcaravidauniversitria.Universidadequedevesepautarpela construo de uma nova sociabilidade que atenda as necessidades dos que vivem de seu prprio trabalho. O 60o CONAD tem como atribuio examinar e aprovar os relatrios financeiros e a prestao de contas do ano de 2014, como tambm a previso oramentria de 2016. Caberaindaao60CONADaatualizaodoPlanodeLutasaprovadono34 CongressodoSindicatoemumaconjunturanaqualdevemosreafirmarquesluta muda a vida! At breve, at Vitria! Diretoria do ANDES-SN 7 PROPOSTA DE PAUTA E DE CRONOGRAMA DO 60 CONAD DO ANDES-SINDICATO NACIONAL Vitria/ES 13 a 16 de agosto de 2015 Tema Central: 5 feira (13/8)6 feira (14/8)Sbado (15/8)Domingo (16/8) 9h s 12h Credenciamento 10h s 12h Plenria de Abertura 9h s 12h Grupo Misto do Tema II 9h s 12h Grupo Misto do Tema IV 9h s 12h Plenria do Tema IV 14h s 16h Plenria de Instalao 14h s 17h Credenciamento 14h s 17h Grupo Misto do Tema III 14h s 17h Plenria do Tema II 15h s 17h Plenria de Encerramento 18h s 20h Plenria Tema I 18h30 s 21h30 Plenria do Tema III TEMRIO:TemaI:MovimentoDocenteeConjuntura:avaliaodaatuaodoANDES-SNfrentes aes estabelecidas no 34 CONGRESSO. TemaII:Avaliaoeatualizaodoplanodelutas:educao,direitoseorganizaodos trabalhadores Tema III: Avaliao e atualizao do plano de lutas: Setores.Tema IV: Questes organizativas e financeiras 8 PROPOSTA DE REGIMENTO DO 60 CONAD DO ANDES-SINDICATO NACIONAL Captulo I Do 60 CONAD Art.1O60CONSELHOdoANDES-SINDICATONACIONAL(CONAD),previstono inciso II, do art. 13, do Estatuto do Sindicato, convocado pela diretoria, conforme o inciso XII, do art. 30, reunir-se- no perodo de 13 a 16 de agosto de 2015, em Vitria/ES, organizado pela ADUFES Seo Sindical do ANDES-SN.Pargrafo nico. O perodo derealizao do60 CONADpoderser estendido, pelaplenria de encerramento, para o dia 17 de agosto de 2015.Art. 2 O 60 CONAD instncia deliberativa intermediria do ANDES-SN, conforme o art. 22 e 24 do Estatuto do ANDES-SN. Art.3O60CONADtemcomofinalidadedeliberarsobreapautaeocronogramade atividadesnoseuincio,deacordocomodispostonoart.27epargrafosdoEstatutodo ANDES-SN. Captulo II Das Atribuies Art. 4 So atribuies do 60 CONAD:I - deliberar sobre quaisquer matrias que, por determinao do 34 CONGRESSO do ANDES-SN, lhe foram atribudas, nos limites dessa atribuio;II - implementar o cumprimento das deliberaes do 34 CONGRESSO do ANDES-SN;III - regulamentar, quando necessrio, as deliberaes do 34 CONGRESSO do ANDES-SN;IV - exercer as funes de conselho fiscal do ANDES-SN, nos termos do seu Estatuto;V-examinareaprovar,emltimainstncia,osrelatriosfinanceiros,prestaesdecontase previses oramentrias apresentados pela diretoria;VI - decidir sobre os recursos interpostos s decises da diretoria;VII - convocar, extraordinariamente, o CONGRESSO do ANDES-SN;VIII-aplicarpenalidadesdeadvertnciaesuspensoasindicalizados(as)doANDES-SN, conforme o disposto no art. 11 do Estatuto do ANDES-SN;IX-criarcomissesougruposdetrabalho,permanentesoutemporrios,sobrequaisquer questes, indicando seus componentes, bem como, havendo motivao para tanto, extingui-las;X-alteraracontribuiofinanceiradossindicalizados,adreferendumdoCONGRESSOdo ANDES-SN subsequente;XI-homologaraconstituiodeseessindicais(S.SIND.),bemcomoatransformaode associaesdedocentes(AD)emseessindicaiseasalteraesnosseusregimentos,ad referendum do CONGRESSO subsequente.Art.5Estabelecer,sehouvermotivosimperiososejustificados,diretrizesparaaconsecuo dos objetivos previstos no art. 5 do Estatuto do ANDES-SN.Pargrafonico.Asdiretrizessquaisserefereocaputdesteartigonopodemcontrariar decisestomadasemCONGRESSOSanterioresdoANDES-SN,ficandosujeitasratificao no CONGRESSO imediatamente subsequente. 9 Captulo III Dos Participantes Art. 6 So participantes do 60 CONAD:I-um(a)delegado(a)decadaseosindical(S.Sind)ouAD-seosindical(AD-S.Sind.), escolhido(a)naformadeliberadaporsuaassembleiageral(art.25,incisoI,doEstatutodo ANDES-SN), devidamente credenciado(a), com direito a voz e a voto;II-um(a)delegado(a)representativo(a)dos(as)sindicalizados(as),viasecretariaregional, escolhido(a) na forma deliberada pela respectiva assembleia geral (art. 25, inciso II, do Estatuto do ANDES-SN), devidamente credenciado(a), com direito a voz e a voto; III - uma representao dos(as) sindicalizados(as), nos termosdo art. 41, inciso VIII e alneas, do Estatuto do ANDES-SN;IV - o(a) presidente do ANDES-SN, com direito a voz e a voto;V - observadores(as) de S.SIND ou AD-S.SIND e de sindicalizados(as) via secretaria regional, com direito a voz;VI-osdemaismembrosefetivosdadiretoriaem exerccio (art. 32, I,II,III eIV), excetuados aqueles cujo mbito de competncia e atuao limita-se rea de sua regional (art. 32, V), com direito a voz;VII - os membros das comisses organizadora e diretora, com direito a voz;VIII-os(as)convidados(as)pelacomissoorganizadoraoudiretora,devidamente credenciados(as) como tal, com direito a voz.1Os(as)sindicalizados(as)doANDES-SNnopoderoparticiparcomoconvidados(as), salvonacondiodepesquisadores(as),participantesdeseminriosouparaprestarassessoria e/ou esclarecimentos; 2 Cada delegado(a) devidamente credenciado(a) somente poder ser substitudo(a) uma nica vez, durante a realizao do 60 CONAD, obedecidas as seguintes condies:a)comprovar anecessidadede se ausentar definitivamenteeregistrar a respectivasubstituio junto comisso diretora;b) os(as) suplentes de delegados(as), indicados(as) para tal pelas assembleias gerais das S.Sind ou AD-S.Sind. e pelas assembleias gerais dos sindicalizados via secretaria regional, devem estar credenciados(as) como observadores(as);c)quandoo(a)delegado(a)deS.Sind.ouAD-S.Sind.oudesindicalizados(as)viasecretaria regionalcomprovadamenteseausentarsemprovidenciarasubstituio,acomissodiretorao far, respeitando o presente Regimento.Art. 7 O presidente do ANDES-SN preside o 60 CONAD, com direito a voz e a voto em suas sesses.Captulo IV Do Credenciamento Art.8Ocredenciamentodedelegados(as),observadores(as)econvidado(s)do60CONAD ser das 9 (nove)horas s 12 (doze) horas e das 14 (quatorze) horas s 17h (dezessete) horas do dia13deagostode2015,excetuando-seoscasosjustificadoseaprovadospelaplenriade instalao. 1Paraocredenciamentodedelegado(a)serexigidaata,ouextratodeata,daassembleia geral que deliberou sobre a escolha, com a respectiva lista de presena. 2Paraocredenciamentodeobservador(a),escolhido(a)emassembleiageral,serexigida ata,ouextratodeata,quedeliberousobreaescolha,comarespectivalistadepresena, e,no casodenoterhavidoassembleiageral,serexigidodocumentodaS.Sind.ouAD-S.Sind. justificando a situao.10 3Paracredenciamentodeobservadores(as)desindicalizados(as),viasecretariaregional, deve ser apresentada a ata da assembleia geral que os(as) escolheu.4Cadadelegado(a)ouobservador(a),noatodocredenciamento,receberumcartode identificao e ou votao, em cores diferentes.5Nocasodeperdaoudanodocarto,estenosersubstitudo,salvoporautorizao expressa da plenria. 6 Fica assegurado a qualquer delegado(a) credenciado(a) ter vista e cpias da totalidade dos documentos que credenciam os(as) demais delegados(as) e observadores(as) de qualquer S.Sind, AD-S.Sind. ou secretaria regional, mediante requerimento comisso diretora.7Quaisquerrecursosacercadocredenciamentopoderoserapresentadosnaplenriade instalao, que dever deliberar sobre os mesmos at o seu final. Captulo V Do Funcionamento Seo I Dos rgos Art. 9 So rgos do 60 CONAD:I - Comisso organizadora;II - Comisso diretora;III - Grupos mistos;IV - Plenrias. 1 A comisso organizadora ser criada a partir da convocao. 2 Os demais rgos tm existncia restrita ao perodo de sua realizao. 3 O quorum mnimo para o funcionamento de cada rgo do 60 CONAD de mais de 50% (cinquenta por cento) dos seus membros com direito a voto.4Passados15(quinze)minutosdohorriodefinidoparaoinciodostrabalhosdosgrupos mistos, o quorum de funcionamento se reduz para 30% (trinta por cento) dos seus membros com direito a voto.5Asdeliberaesspoderoocorrerdepoisdeverificadooquorumprevistono3deste artigo.Seo II Da Comisso Organizadora Art. 10. A comisso organizadora do 60 CONAD constituda por 4 (quatro) representantes da ADUFES e por 4 (quatro) diretores(as) do ANDES-SN.Art. 11. de competncia da comisso organizadora:I - preparar a infraestrutura necessria realizao do 60 CONAD;II - organizar a sesso de abertura;III providenciar a reproduo, para o conjunto dos(as) participantes, dos textos cuja incluso na pauta de discusses do evento tenha sido aprovada pelaplenria de instalao;IV-responsabilizar-sepelasreceitasedespesas,organizandoorateioentreasS.SindeAD- S.Sind.;V - realizar, junto com a comisso diretora, o credenciamento dos(as) participantes.Seo III Da Comisso Diretora Art. 12. A comisso diretora do 60 CONAD composta pela diretoria do ANDES-SN.11 Art. 13. de competncia da comisso diretora:I - responsabilizar-se pelo credenciamento dos(as) participantes;II - efetivar a substituio de delegados(as), de acordo com o disposto no 2, do art. 6, deste Regimento;III - elaborar a prestao de contas para apreciao no prximo Congresso;IV-organizarecomporasmesasdiretorasdasplenrias,quedeveroserconstitudaspor diretores(as) do ANDES-SN;V - organizar a composio dos grupos mistos, em consonncia com o disposto no art. 14 deste Regimento.Pargrafo nico. Das decises da comisso diretora, cabe recurso plenria subsequente.Seo IV Dos Grupos Mistos Art. 14. Os grupos mistos so compostos por:I-delegados(as)deS.Sind.(AD-S.Sind.),desindicalizados(as)viasecretariaregionale representaodos(as)sindicalizados(as),nostermosdoart.41,incisoVIIIealneas,do EstatutodoANDES-SN,devidamentecredenciados(as),epelo(a)presidentedoANDES-SN, todos(as) com direito a voz e a voto;II-observadores(as)deS.Sind.(AD-S.Sind.),desindicalizados(as)viasecretariaregionale representaodos(as)sindicalizados(as),nostermosdoart.41,incisoVIIIealneas,do Estatuto do ANDES-SN, devidamente credenciados(as), com direito a voz;III - diretores(as) do ANDES-SN, com direito a voz;IV - convidados(as), devidamente credenciados(as), com direito a voz.1.Cada grupo misto sercomposto de,no mximo, 25 (vintee cinco) delegados(as), sendo este tambm o nmero mximo de observadores(as).2Spoderhaver,nomesmogrupo,maisdeumobservador(a)deumamesmaS.Sind.ou AD-S.Sind,oumaisdeumobservador(a)representativo(a)dos(as)sindicalizados(as)deuma mesmaSecretariaRegional,casoorespectivonmerodeobservador(as)sejasuperiorao nmero de grupos mistos. Art.15.Osgruposmistossodirigidosporumamesacoordenadora,compostaporum(a) coordenador(a), um(a) relator(a) e um(a) secretrio(a).1Osmembrosdamesacoordenadoradecadagrupomistoseroeleitospelos(as) delegados(as) componentes do grupo.2O(A)coordenador(a)damesacoordenadoradecadagruposereleito(a)entreos(as) delegados(as). 3 O(a) relator(a) e o(a) secretrio(a) podero ser observadores(as) credenciados(as).4Aqualquermomento,os(as)delegados(as)integrantesdogrupopoderodeliberarsobre proposta de alterao da mesa coordenadora.Art.16.Competeao()coordenador(a)dirigirostrabalhosdogrupo,orientandoosdebatese promovendo as votaes de acordo com este Regimento.Art. 17. Compete ao() Relator(a):I-elaborarorelatriodostrabalhosdogrupodeacordocomesteRegimentoedemais instrues da comisso diretora, fazendo constar do relatrio o resultado da votao (nmero de votos favorveis, contrrios e de abstenes) de cada proposta submetida apreciao;II - participar dos trabalhos previstos no art. 21 deste Regimento.12 Art.18.Competeao()secretrio(a)auxiliaro(a)coordenador(a)eo(a)relator(a)emsuas atividades.Art.19.Asreuniesdosgruposmistosteroincionoshorriosestabelecidosnocronograma desteCONAD,observadooquorummnimodemaisdametadedos(as)delegados(as) participantes do grupo.1Passados15(quinze)minutosdohorrioprevistoparaoinciodasreuniesdogrupo,o quorum mnimo ser de 30% (trinta por cento) dos(as) delegados(as) participantes do grupo.2Passados30(trinta)minutosdohorrioprevisto,ostrabalhosteroinciocomqualquer nmerodedelegados(as)presentes,sendorecolhidaa1(primeira)listaeabertauma2 (segunda) lista de presena.3Asdeliberaessserotomadascomapresenademaisde50%(cinquentaporcento) dos(as) delegados(as) participantes do grupo.Art. 20. Os(as) relatores(as) dos grupos mistos dispem de um prazo mximo de 3 (trs) horas, apsoencerramentodareunio,paraentregarcomissodiretoraorelatriodigitadodeseu grupo; sendo garantidas, pela comisso organizadora, as condies necessrias para tal.Pargrafonico.Paraosrelatriosdegruposmistoscujasreuniesterminemapsas19 (dezenove) horas, o prazo limite at as 10 (dez) horas do dia seguinte.Art. 21. A consolidao dos relatrios de grupos mistos ser feita pelos membros da comisso diretora, para tal designados, e, sempre que necessrio, em conjunto com os(as) relatores(as) dos grupos mistos.Art. 22. Dos relatrios consolidados que sero apresentados s plenrias do CONAD constaro, necessariamente:I - as propostas aprovadas por maioria simples;II-aspropostas minoritrias quetenham obtido, no mnimo, 30% (trintapor cento) dosvotos dos(as) delegados(as) presentes em pelo menos um dos grupos mistos;III - as propostas de redao compatibilizadas pela comisso diretora e, sempre que necessrio, por essa comisso em conjunto com os(as) relatores(as).IV os TRs remetidos para a plenria pelos grupos mistos, desde que tenham sido aprovados ou obtidos 30% dos votos em pelo menos um grupo.Art. 23. Os grupos mistos tero a durao de 3 (trs) horas.1Aduraoprevistanocaputdesteartigopoder,pordeliberaodoGrupoMisto,ser prorrogada por, no mximo 1 (uma) hora, desde que no venha a interferir no funcionamento de outras atividades do CONAD.2Osgruposmistospoderoteroinciodotrabalhoantecipadopordeliberaodasesso anterior, desde que no venha a interferir no funcionamento do CONAD. Seo V Das Plenrias Art. 24. As plenrias so compostas por:I-delegados(as)deS.Sind(deAD-S.Sind.),desindicalizados(as)viasecretariaregionale representaodos(as)sindicalizados(as),nostermosdoart.41,incisoVIIIealneas,do EstatutodoANDES-SN,devidamentecredenciados(as),epelo(a)presidentedoANDES-SN, todos(as) com direito a voz e a voto;II-observadores(as)deS.Sind.(AD-S.Sind.),desindicalizados(as)viasecretariaregionale representaodos(as)sindicalizados(as),nostermosdoart.41,incisoVIIIealneas,do Estatuto do ANDES-SN, devidamente credenciados(as), com direito a voz;III - membros das comisses diretora e organizadora do CONAD, com direito a voz;13 IV - convidados(as), devidamente credenciados(as), a critrio da comisso diretora, com direito a voz.Art.25.OstrabalhosdasplenriasdoCONADserodirigidosporumamesacoordenadora composta por um(a) presidente, um(a) vice-presidente, um(a) 1(1) secretrio(a) e um(a) 2(2) secretrio(a).1Acomissodiretoraindica,entreosmembrosdadiretoriadoANDES-SN,os(as) componentes da mesa coordenadora de cada plenria. 2 A plenria poder, a partir de encaminhamento por ela aprovado, deliberar sobre proposta de modificao da composio da mesa coordenadora dos trabalhos.Art. 26. Compete ao() presidente da mesa coordenadora:I - preparar, junto com o(a) 1 (1) secretrio(a), a ordem dos trabalhos da plenria;II-dirigiraplenria,orientandoosdebatesepromovendoavotao,deacordocomeste Regimento.Art. 27. Compete ao() vice-presidente da mesa coordenadora:I - auxiliar o(a) presidente em suas atividades;II - substituir o(a) presidente em suas ausncias ou impedimentos.Art. 28. Compete ao 1 ( 1) secretrio(a):I - preparar, junto com o(a) presidente, a ordem dos trabalhos da plenria;II - elaborar o relatrio final das deliberaes da plenria;III-entregarcomissoorganizadora,at48(quarentaeoito)horasapsoefetivo encerramento do CONAD, o relatrio respectivo, digitado e na forma definitiva.Pargrafonico.Nocasodasplenriasdeinstalao,inicialeencerramento,caberao1 secretrio a elaborao e acompanhamento do protocolo/registro de cada sesso.Art. 29. Compete ao 2 ( 2) secretrio(a):I - auxiliar o(a) 1 (1) secretrio(a) em suas atividades;II - elaborar a ata da plenria;III-entregarcomissoorganizadora,at48(quarentaeoito)horasapsoefetivo encerramento do CONAD, a ata respectiva, digitada e na forma definitiva.Art. 30. A durao de cada plenria, contada a partir do horrio previsto para o seu incio, ser a seguinte:I - Plenria de abertura: 2 (duas) horas;II-Plenriade instalao: 2 (duas) horas, com possibilidadede prorrogaopor mais1 (uma) hora;III-PlenriadotemaI:2(duas)horas,compossibilidadedeprorrogaopormais1(uma) hora;IV-PlenriadotemaII:3(trs)horas,compossibilidadedeprorrogaopormais1(uma) hora;V-PlenriadotemaIII:3(trs)horas,compossibilidadedeprorrogaopormais1(uma) hora;VI-PlenriadotemaIV:3(trs)horas,compossibilidadedeprorrogaopormais1(uma) hora;VII - Plenria de encerramento: 2 (duas) horas.1Asquestesquenoforemdeliberadasnoprazoestipuladonocaputdesteartigo- consideradas as respectivas prorrogaes - tero seu encaminhamento decidido pela plenria.14 2 Compete plenria de instalao:I - aprovar o Regimento e o Cronograma do CONAD;II - deliberar sobre recursos acerca de credenciamento ao CONAD;III-deliberarsobreaincluso,nasdiscussesedeliberaesdoCONAD,detextos encaminhadosapsotrminodoprazoparainclusonoanexoaoCadernodeTextosdeste evento. 3CompeteplenriadotemaIdiscutirostextosdeconjunturaapresentadosaoCONAD, nos termos deste Regimento. 4 As plenrias podero ter seu incio antecipado por deliberao da plenria anterior. 5 A plenria de encerramento poder ser prorrogada a critrio do plenrio.Art.31.Averificaodo quorum,noinciodasplenriasdoCONAD,serfeitapormeiode lista de presena, na qual constar o nome do(a) delegado(a), o nome daS.Sind. ou AD-SSind. ou secretaria regional, assinatura do(a) delegado(a) e o horrio da assinatura.Pargrafo nico. A verificao dequorum, em qualquer momento do andamento daplenria, ser feita pela contagem de delegados(as), por meio do carto de voto. Captulo VI Das Discusses e Votaes Art.32.Quandoumaproposioestiveremdebatenassessesdosgruposmistosedas plenrias,apalavrasomenteserconcedida,paradiscuti-la,aquemseinscreverjunto mesa coordenadora, respeitada a ordem cronolgica de inscries.Art.33.Paraadiscussodecadamatria,serestabelecido,acritriodogrupomistoouda plenria,umperododetempocompatveltantocomoatendimentodadiscussodostpicos correspondentesquantocomaduraoestipulada,nesteRegimento,paraofuncionamentodo grupo misto ou plenria. 1 O nmero de inscries observar o prazo definido no caput deste artigo. 2 O plenrio poder deliberar, a qualquer momento, sobre a prorrogao ou encerramento das discusses, atendidas as inscries feitas antes da deciso.Art. 34. As discusses e votaes tero o seguinte procedimento:I - fase de discusso, com tempo de 3 (trs) minutos, improrrogveis, para cada inscrio;II - fase de encaminhamento de propostas, com tempo de 3 (trs) minutos, improrrogveis, para cada inscrio;III-fasedevotao,medianteolevantamentodocartodevotopelos(as)delegados(as),de acordo com o encaminhamento dado pela mesa coordenadora, com aprovao do plenrio.1NafaseprevistanoincisoII,nohavendoencaminhamentocontrrio,nohaver encaminhamento a favor. Havendo posicionamento contrrio e a favor, a palavra ser concedida paraadefesa de cada posio, alternadamente e em igual nmero de intervenes, com prvio conhecimento do plenrio e dos(as) inscritos(as). 2 S sero apreciadas e deliberadas nas plenrias as seguintes propostas:a) as aprovadas nos grupos mistos;b)asminoritriasquetenhamobtido,nomnimo,30%(trintaporcento)dosvotosdos(as) delegados(as), em pelo menos, um grupo misto;c) as propostas de redao compatibilizadas pela comisso diretora ou por esta em conjunto com os relatores, nos termos do art. 22 deste Regimento;d) as oriundas dos grupos mistos e que resultem em sistematizao pelo plenrio.15 3 Os TRs remetidos para a plenria pelos grupos mistos, desde que tenham sido aprovados ou obtidos 30% dos votos em pelo menos um grupo. Art.35Asquestesdeordem,encaminhamentoeesclarecimentotmprecednciasobreas inscriesparadiscusso,sendoapreciadaspelamesacoordenadora,cabendorecurso plenria.1Nafasedeencaminhamentodasvotaes,sseroaceitasquestesdeordeme esclarecimento. 2 Na fase de votao, no so aceitas questes de ordem, encaminhamento e esclarecimento.Art.36.Asdeliberaessoadotadaspormaioriasimples dos(as) delegados(as) presentes em cada sesso, observado o disposto no art. 28 do Estatuto. Captulo VII Das Disposies Gerais e Finais Art. 37. As propostas de moes devem ser entregues, por escrito, na secretaria do CONAD, at s18(dezoito)horasdodia15deagostode2015,endereadascomissodiretora,sendo especificados(as)os(as)proponenteseos(as)destinatrios(as),estes(as)ltimos(as)com endereo completo. 1 As propostas de moes s podero ser apresentadas por participantes do CONAD; sendo, nestecaso,participantesaqueles(as)estabelecidos(as)nostermosdoart.6eincisosdeste Regimento.2AcomissodiretoradevedivulgaraosparticipantesdoCONADoteordasmoes propostas, at s 12 (doze) horas do dia 16 de agosto de 2015.3Excepcionalmente,acritriodoplenrio,podemserapresentadaseapreciadasoutras moes cuja natureza ou contedo justifiquem no terem sido apresentadas no prazo previsto. 4 As propostas de moes das quais no constem os destinatrios e os respectivos endereos completos e devidamente anotados no sero recebidas para apreciao do CONAD. Art.38.Ascontagensdevotosnasplenriasseroefetuadaspelosintegrantesdacomisso diretora.Art.39.Nosgruposmistosenasplenrias,somenteseroaceitasdeclaraesdevotode delegados(as) que se abstiveremno momento da votao.1Dentreasdeclaraesdevotofeitasnasplenrias,somenteconstarodorelatriofinal aquelas apresentadas, por escrito, mesa coordenadora.2Nocabedeclaraodevotoemvotaoreferenteapropostasdeencaminhamentooua questes de ordem que a mesa coordenadora submeta votao.Art. 40. A diretoria tem um prazo mximo de 15 (quinze) dias teis, contados a partir do efetivo encerramento do 60 CONAD, para divulgar o respectivo relatrio final.Art. 41. Os casos omissos neste Regimento sero solucionados pela comisso diretora, cabendo recurso plenria.Art. 42. Este Regimento entra em vigor a partir de sua aprovao pela plenria de instalao do 60 CONAD.Vitria/ES, 13 de agosto de 2015 16 Atendendo ao disposto no Art. 37 deste Regimento, a Comisso Diretora sugere que as moes apresentadas ao 60 CONAD obedeam ao seguinte formulrio: FORMULRIO PARA APRESENTAO DE MOO Proponente(s)_________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Seo Sindical: _______________________________________________________________ Destinatrio(s) _____________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Endereo(s) do(s) destinatrio(s): _______________________________Cidade ______________Cep.:_____________________ E-mail __________________________________ Fato motivador da Moo:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ TEXTO DA MOO Os delegados ao 60 CONAD do ANDES-SN realizado em Vitria/ES, no perodo de 13 a 16 de agosto de 2015, manifestam _____________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 17 Tema I: Movimento Docente e Conjuntura: avaliao da atuao do ANDES-SN frente s aes estabelecidas no 34 Congresso 18 TEXTO 1 Diretoria do ANDES-SN MOVIMENTO DOCENTE E CONJUNTURA 1.A crise mundial e o Brasil A anlise de conjuntura feita pelo ANDES-SN por ocasio do 34 Congresso (Braslia, 23 a 28 de fevereiro de 2015) apontou corretamente para a tendncia de que as solues paraacrisequesedesdobranoplanomundialadotadaspelograndecapitaleporsuas personificaesascorporaesempresariais,agrandeburguesiatransnacionale domsticaeorganismosinternacionaiscomoFundoMonetrioInternacional(FMI), Banco Mundial (Bird) e Organizao Mundial do Comrcio (OMC) aprofundariam os ataquesspolticaspblicas,aosdireitoshumanos,sociaisetrabalhistasemescala planetria. EmrelaoaoBrasil,vislumbrava-seumdeslocamentodoblocodegovernopara posiesaindamaisconservadoras,comaemergnciademovimentosretrgradosque ganhavamforaepareciamterconseguidocapitanearpartedasenergiascontestatrias desabrochadasnasjornadasdejunho(2013),oqueresultarianaintensificaoda contrarreforma do Estado e no estrangulamento de direitos.Oexemplomaiscabaldopreoqueasclassesdominanteseocapitalfinanceiro transnacionalcobramdasclassesquevivemdoprpriotrabalhoesthojenatentativa deasfixiarasiniciativasdecarizpopularadotadasporAlexisTsypras,dopartido Syriza,eleitonaGrciaemjaneiroltimo,queprometiamincidirpositivamentesobre ossalrios,reestruturarosistematributriocomdesoneraodeprodutosbsicose medicamentos, e, fundamentalmente, auditar e renegociar a dvida pblica. Por meio do endividamento,oFMI,oBancoMundialeoBancoCentralEuropeuchantageiamo governoparaquerealizeajustescortandogastosprincipalmentenaspolticassociais como o sistema previdencirio e privatize empresas estatais e aumente impostos. O Brasil iniciou o ano de 2015 sob o signo do aprofundamento de uma crise econmica denaturezaestrutural,queseexpressouem2008nosetorimobilirioefinanceirode pasescentraisedasperiferiasdesenvolvidas,desencadeandoumaondarecessivaem todoomundo.Nocasobrasileiro,acriserevelaoesgotamentodeummodelode desenvolvimentoeconmicoqueprivilegiaaexportaodeprodutosprimriosou commodities,queinsereoBrasilnadivisomundialdotrabalhoeoconduz internamenteexpansodesenfreadadoagronegcio,aceleraodadegradao ambiental, ao aumento do uso de agrotxicos e transgnicos, utilizao cada vez mais intensiva da gua e sua privatizao, ampliao da base extrativista com minerao e exploraodecombustveisfsseis,almdaconstruodegrandesbarragenspara atender s demandas das empreiteiras e do setor energtico.Emfacedacrisemundialedasescolhaseconmicasepolticasdobloconopoder,a margemdemanobraquepermitiualgumasmedidasanticclicasestreitou drasticamente, implicando no aprofundamento de ajustes regressivos principalmente no queconcerneaofinanciamentodaspolticaspblicas.Sobagidedasdiretrizes macroeconmicasneoliberais,apolticaeconmicaquecobreosegundogovernode LuladaSilvaeoprimeirodeDilmaRousseffprocurouresponderaoamlgamade 19 interesses contraditriosque urdiu e deu sustentculo aogoverno, de modo a alinhar o alviodapobrezacomafacilitaodoprocessodeacumulaodecapitalnaesfera domstica e sua insero no mercado mundial.Nesseaf,adotaraminiciativasdasquaissalientamos:I)osinvestimentosestataisno financiamento do capital privado via Programas de Acelerao do Crescimento (PACs), ProgramaMinhaCasaMinhaVida(PMCMV)eaberturadacarteiradecrditodo BancoNacionaldeDesenvolvimentoEconmicoeSocial(BNDES)paraasempresas pblicas e privadas (Petrobras, Construtoras etc.); II) as inverses dos fundos estatais no fomentoproduoeexportaoprincipalmentedeprodutosprimriosou commodities;III)agenerosacestadeisenesfiscaissobreprodutosindustrializados, principalmente os do setor automotivo e os da linha branca (eletrodomsticos, etc.); IV) oestmuloaoconsumodasmassaspormeiodafacilitaodocrditoeoconsequente endividamentodapopulao;V)aspolticascompensatriasaexemplodoPrograma BolsaFamlia(PBF).Combinadosaoutrasiniciativasvoltadasparaoincrementodos investimentosprivados,esseselementosresponderampelocrescimentorastejantedo PIB e pela gerao de empregos na base da pirmide salarial (at 1,5 salrios mnimos), o que era saudado com muito entusiasmo pelo governo e por formuladores de polticas econmicas no Pas e no mundo. Esta margem de manobra, til at ento ao processo de acumulaodecapitaleinserosubordinadadoBrasilnomercadomundial, desencadeou contradies limitadoras, indicando a tendncia de queda ao nvel zero e a ndices negativos do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2015 e prximos anos.Ascontradiesdesencadeadasporestemodelo,chamadode neodesenvolvimentistaporformuladoreseentusiastas,conduziramaoseu esgotamento.Nesse cenrio, impunha-se a necessidade de ajustar o projeto social-liberal em curso no Pasdesdeosanosde1990,atualizandoasdiretrizesdaortodoxianeoliberalnoplano econmicoeacontrarreformadoEstado(privatizao,terceirizaoepublicizao) rumoaumaadministraopblicagerencial,aprofundandoosataquescontraas condies de vida da classe trabalhadora. Noporoutromotivo,osresponsveispormaterializarinternamenteosajustes macroeconmicos e polticos poriam em marcha um conjunto de medidas que impactam diretamenteasamplasmassasdaclassetrabalhadoraapartirdasexignciasdos credoresdadvidapblica.Oanode2015iniciou-sesobosgrilhesdasmedidas provisrias664e665,queassumiramanaturezadeLeicomossugestivosnmeros 13.135e13.134respectivamente,editadaspelapresidentaDilmaRousseff,que restringemdireitosjconsagradosnaConstituioFederaleemlegislaes infraconstitucionais como o Seguro Desemprego, o Seguro Defeso, o Abono do PIS, as PensespormorteeAuxlioDoena,atingindoemcheiomaisde30milhesde trabalhadores, segundo estudo preliminar do Dieese. Umoutropontoestratgicodasreformasexigidasestnareduodosdireitos previdencirios. Nesse sentido, o governo veta o Projeto de Converso 4/2015 e edita a medida provisria n 676/2015 que aumenta a quantidade de anos para aposentadoria na frmula100/90,almdeestenderaaposentadoriacompulsriadetodososservidores pblicospara75anos,pormeiodoProjetodeLeidoSenado274/2015,aprovadoem primeirodejulho,seguindoosmesmosparmetrosdeterminadosnaEmenda Constitucional88quesereferiaapenasaosministrosdoSupremoTribunalFederal (STF), dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da Unio (TCU). 20 PormeiodoMinistriodaFazenda,sobabatutadeJoaquimLevy,ogoverno implementoumedidasdeajustefiscalquejresultaramemcortesoramentrioscom inestimveisprejuzosparaaspolticaspblicas.Nombitodaeducao,ocortetraz srias consequncias manuteno da educao bsica e superior, nos limites impostos aossalrios,nainfraestrutura,nodesenvolvimentodaspesquisas,namanutenodos estudantes com o corte de bolsas e auxilio permanncia. ApressoqueocapitaltransnacionaleseusagentesimpemsobreaGrcia,como formadesalvaguardaroslucrosestratosfricosdasgrandescorporaescomdestaque paraosetorfinanceiro,rebatefortementesobreoBrasil.OgovernodoPartidodos Trabalhadoresealiadosassumiramafunoderealizarosajustesrequeridospelos organismos internacionais (FMI, BIRD, OMC), resguardando os interesses dos credores da dvida pblica brasileira e atualizando as diretivas da ortodoxia neoliberal. Os cortes nasminguadasverbasdestinadasspolticaspblicaseaosdireitostrabalhistastm comofimprecpuogerarsupervitprimrioemtamanhosuficienteparagarantiro pagamento das obrigaes assumidas pelo governo em suas diversas instncias perante oscredoresnacionaiseestrangeiros.Taismedidassojustificadas,tambm,soba insgnia do resguardo moral do pas em face dos investidores nacionais e estrangeiros e deseusporta-vozesemescalamundial(osorganismoschamadosdemultilaterais);ou seja,trata-sedematerializarinternamenteasmedidasquegarantamosescandalosos lucrosdocapital,principalmenteofinanceiro,cujosgruposdeinteressesconstituemo ncleo central do governo de Dilma Rousseff.No,pois,deestranharque,noanode2014,asclassesdominanteseogovernoque fala em seu nome tenham destinado, sem nenhuma cerimnia, nada menos que 45,11% dooramentofederalparaopagamentodejuros,amortizaeserolagemdadvida pblica,oquerepresentou978bilhesdeReaisentreguesapoucosbanqueirose financistasnacionaiseestrangeirosdetentoresdettulosdareferidadvida.Essetotal correspondeadozevezesoquefoidestinadoeducao,onzevezesaosgastoscom sade,oumaisqueodobrodosgastoscomaPrevidnciaSocial,afirmaaAuditoria Cidad da Dvida. Acriseemseusaspectoseconmicosacompanhadadeumagravecrisepolticado blocogovernante.Comefeito,nomomentoemqueexplodemascontradiesdo modeloeconmicoqueprocurouequacionarinteressesestruturalmentecontraditrios, assoldaspolticasqueourdiramesustentaramatentocomeamtambmaquebrar, apontandoparaumesgotamentodomodeloemsuatotalidade.Porumlado,a capacidade que o PT tinha de cooptao e apassivamento da classe trabalhadora foi aos poucosperdendooseupoderemfacedaexacerbaodascontradiesqueatingem diretamente os trabalhadores. significativo, nesse sentido, que em campanha eleitoral acandidataDilmaRoussefftenhaafirmadoqueosdireitosdostrabalhadoreseram imexveispara,doismesesapsaeleioeantesmesmoqueassumisseonovo mandato, editar as medidas provisrias 664 e 665. Em face de tais contradies, parte da basesocialarticuladaporcentraissindicaisemovimentossociaisgovernistastendea adotar,maisfortemente,umaposturacrticaemrelaoaogovernoesdirees burocratizadasegovernistas.Paraleloaisso,asforasmaisconservadorasutilizam-se dessascontradiesetentamdisputaraconscinciaindignadadaclassetrabalhadora com pautas moralistas, capitaneadas amplamente pelos meios de comunicao e igrejas com prticas conservadoras e at reacionrias.Asjornadasdejunho(2013)jtraziamelementosedemandasaqueogovernono conseguiuresponder.Ignorouasvozesdasruaseimplementouprojetoscomooda Reforma Poltica, que reforou a institucionalidade burguesa e excluiu os partidos com 21 menor expresso eleitoral, alm de tentar desviara ateno da classe trabalhadora para as medidas de ajuste e de criminalizao das lutas e dos movimentos sociais. O Projeto de Lei do Senado antiterrorismo (PLS 499/2013) uma expresso dessa criminalizao esignificaumretrocessopolticoesocial.AsmanobrasdopresidentedaCmara, EduardoCunha,quelevaramaprovao,emprimeiroturno,daPECdamaioridade penal(PEC171/93)namadrugadadedoisdejulholtimo,horasdepoistersido rejeitadapeloplenriodamesmaCasaLegislativa,mostracomclarezaatqueponto so capazes de chegar as foras conservadoras para fazer valer os seus propsitos, neste caso,odeencarceramentoecriminalizaodapobrezaedajuventudenegra.Ofato merecedestaqueporqueevidenciaocarterextremamenteconservadordaCmara Federaleporqueumindicativoinequvocodomodusoperandidequesevaleroas foras conservadoras e reacionrias para fazer aprovar as peas legais que criminalizam movimentossociais,aprofundamacontrarreformadoEstadoeatacamdireitose polticas pblicas. O Congresso Nacional, o mais conservador desde o fim da ditadura empresarial-militar, resgatouepsparaaprovaoinstrumentoslegaisqueatingemdiretamenteopovo trabalhador,comoocasodoProjetodeLei(PL)4330,agoraPLC30,quecriaas baseslegaisparaterceirizartodasasatividadesdetrabalhomeiosefins.Emescala social, a generalizao das terceirizaes significa o aprofundamento da precarizao do trabalhonosaspectosremuneratrios,dosdireitostrabalhistas,dasrelaesedas condieslaboraisemgeral.Oinstrumentolegalprocura,pois,imporumdrstico aprofundamentodopadropredatriodeusodaforadetrabalhonopas,marcado historicamentepelainformalidadeepelasuperexplorao,oqueresultaremgrave retrocesso social. 2.Aprofundamento da contrarreforma do Estado Emfacedoesgotamentodomodeloeconmicoditoneodesenvolvimentistaedo pacto poltico que o urdiu, o capital e o governo procuram agora abrir novos territrios para a acumulao privada, cortar gastos com polticas sociais e azeitar as engrenagens polticaseinstitucionaisquegarantammaioracessodocapitalaofundopblico,bem como o manejo deste em prol do lucro. Nessaperspectiva,ganhamespecialrelevooaprofundamentodacontrarreformado EstadopelaprivatizaodopetrleoeasinvestidascontraaPetrobras,assoladapelas dennciasdecorrupodeseusdirigentesemconluiocomocapitalprivadoeas instnciasdoprpriogoverno.OannciodogovernadordoCear,CamiloSantana (PT),dequetransferirparaainiciativaprivadaequipamentoscomooCentrode Eventos, os aeroportos regionais e as obras do Metrofor e do porto do Pecm indica que o ajuste em curso aprofundar a privatizao em reas infraestruturais ainda financiadas e geridas pelo Estado. Os escndalos de corrupo e trfico de influncia, envolvendo as grandes construtoras e os rombos contbeis no financiamento do Programa Minha Casa Minha Vida, fornecem os motivos para investidas privatizantes sobre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES) e a Caixa Federal, cujo significado ser o alargamento do controle privado sobre o sistema financeiro nacional. A contrarreforma do Estado avana, tambm, por meio da universalizao das Parcerias Pblico-Privado(PPP),prticaadotadadesdeosanos1990eimplementadadeforma maisousadapelosgovernosdeLuladaSilvaedeDilmaRousseff.Merecedestaque, nessesentido,oscompromissosfirmadosentreogovernofederaleogovernodeSo Paulocomainiciativaprivadaparaaexecuodeobrasdesaneamentobsicocom 22 investimentosdaCaixaFederal,dosbancosedeoutrasempresasprivadas.Ainda,no EstadodeSoPaulo,ogovernocelebrouparceria,emjunhopassado,comempresas privadasparaaprestaodeserviospblicosdetransporteurbano,envolvendo vultosassomasderecursospblicosqueseroapropriadosegeridospelocapital privado.Um dos pontos mais graves no que respeita s PPP, que afeta diretamente as instituies pblicas de ensino superior, est na aprovao da Emenda Constitucional 85 (fevereiro de2015)quealteraaConstituioFederalcomoobjetivodealbergarasmudanas conceituaiseoperacionaispreconizadasnoPL2177/2011que,dentreoutrascoisas, autorizaofinanciamentoestataldeOrganizaesSociais(OS)queatuamnaproduo cientfica,tecnolgicaedeinovaocomoocasodaEmbrapiieacessode equipamentos, instalaes e mo de obra das universidades e institutos pblicos para o uso de empresas privadas. AsOrganizaesSociaiseOrganizaesdaSociedadeCivildeInteressePblico (OSCIP)constituemumarranjoinstitucionalejurdicofundamentalnobojoda contrarreformadoEstado,aomaterializaremaideiapreconizadapelaortodoxia neoliberal de que o Estado deve transferir parte dos servios pblicos para organizaes dasociedadecivil,cujaestruturaoegestosedonosmoldesdaempresaprivadae sem o controle estatal. A deciso do Supremo Tribunal Federal (STF), em abril ltimo, sobreaconstitucionalidadedasleisdasOSeOSCIP,almdesugeriralegalizao dessaprtica,confirmaapossibilidadedeessasorganizaesprestaremservios pblicosnasreasdaeducao,cultura,meioambiente,sade,pesquisae desenvolvimento tecnolgico. Essa ao do STF coaduna-se com a universalizao das terceirizaes (PLC 30) e com a proposta do governo de contratao de professores do ensino superior por meio de OS expressa pelo ex-presidente da Capes. Aanlisefeitaataquievidenciaqueestemcursoumaofensivaqueperpassaos planoseconmico,social,polticoeculturalcujosobjetivossosalvaguardaros interessesdocapitaleatualizarsuasformasdecontroleedominaosobreos trabalhadores.Demonstra,tambm,queexistefinaconexoentreasinvestidasdas organizaesempresariaiseasesferasdepoderdoEstado(executivo,legislativoe judicirio) na promoo dos ajustes exigidos pela crise do capital e pelo esgotamento do modeloditoneodesenvolvimentista.Nocernedessaofensiva,destacam-seas investidasquebuscamsubverteroconceitodepblicocomoformadeprivatizaro fundopblico,aexemplodalinhaorientadoradoPlanoNacionaldeEducao(PNE). Taisprocessosjpromovemresultadosregressivossobreosdireitoseaspolticas pblicasemgeraleafetamestruturalmenteedeformadevastadoraasinstituies pblicas de ensino superior. Como se trata de uma ofensiva abrangente, as contradies quedesencadeiaatingemtodosossetoresdavidasociale,portanto,tmdeser enfrentadasporsujeitoscoletivosamplosemlutasunitriasque,atuandoemfacedas demandas conjunturais, confrontem o capital e suas formas de dominao.Nesse cenrio, a luta desenvolvida historicamente pelo Andes-SN na construo de uma universidadepblica,gratuitaedequalidadereferenciadasocialmentetemdese coadunarcomasdemaislutasdesencadeadasnoseiodaclassetrabalhadora,num esforo de construo de unidade cada vez mais ampla e abrangente. 23 3.As respostas articuladas pelos trabalhadores Nestequadrogeral,queseinseremnossaslutasderesistnciaimplantaodo regimedeexpansoeacumulaodocapitalcombasena"financeirizao"e precarizaodasrelaesdetrabalho.Historicamente,ostrabalhadoreslutamparase constituiremumaforasocialepolticaautnoma,capazdesecontraporaocapitale assimconquistarseusobjetivoshistricos,masparaissoprecisamsuperara fragmentao e a subordinao ideolgica, que dificultam o processo de unidade e luta. Estatarefa,aconstituiodostrabalhadoresemsujeitosdapoltica,adquireespecial importncia neste momento de avano vertiginoso do capital em escala mundial. Nestesentido,oprojetoimplementadopelosgovernostemtidoresistncianabaseda classetrabalhadoraeprovocadotensesnasdireesgovernistasdesindicatosede centrais, aumentando cada vez mais a existncia de grupos de oposies sindicais e, em alguns casos, chegando ao rompimento por completo, a exemplo do que foi a criao da centralCSP-Conlutas,quetemcomoprincpioaorganizaoclassistaeautnomados trabalhadoresedascamadaspopulares,aosgovernoseaospatres.Umdosgrandes desafios para realizar o enfrentamento e a disputa de projetos est na construo unitria da luta por parte da classe trabalhadora.OIICongressodaCSP-Conlutas,realizadoemSumar(4a7dejunhode2015),se inserenestadinmica.Foiumcongressoimportantemarcadopelademandada construodaunidadedostrabalhadoreseparaoavanoemprocessosunitriospara almdaprpriacentral.Ocongressoapontounadireodaconstruodeumagreve geralcomascentraissindicaisemovimentospopularesquetambmsecolocamem oposio s medidas de ajuste fiscal, precarizao do emprego e ao capitalismo. Este um objetivo estratgico neste momento da conjuntura. OEspaoUnidadedeAo,querenetrabalhadoresdosetorprivadoedoservio pblico,tambmseconstituiemumapossibilidadedeconstruodeunidadeondese estruturampautaseaescomunsnadefesaenaampliaodosdireitosdos trabalhadores. Esse espao tem sido uma ferramenta importante na realizao de vrias mobilizaes e paralisaes nacionais ocorridas no ltimo perodo. Nombitodoserviopblicofederal,oFrumdasEntidadesNacionaisdoServio Pblicoexerceimportantepapelcomoespaopolticodeorganizaoeunidadeem torno de pautas comuns dos diversos segmentos, na defesa do servio pblico, contra a privatizaoeasterceirizaeseporumapolticasalarialunificadadosservidores pblicos.Dentreasaesconjuntas,pode-sedestacarajornadadelutaocorridanos estados em 25 de junho, quando os servidores federais foram recebidos no Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG).A jornada de luta foi positiva, a resposta do MPOG, no, por oferecer 21% numacordo para os prximos quatro anos, proposta estarejeitadaporunanimidadepeloFrumquedecidiucriarumcomandode mobilizaoegreve,comotambmconvocarparanovasmobilizaeseparalisaes, apontando a unidade para a construo da Greve Geral do Servio Pblico Federal para julho de 2015. OEncontroNacionaldaEducao(ENE)tambmumaexpressodoprocessode construo da unidade dos trabalhadores contra a poltica de privatizao, precarizao emercantilizaodaeducao.Almdoesforodeconstruodaunidade,oENE expressa a construo da uma ferramenta para fazer a disputa dos projetos de educao. Nestalinha,o34CongressodoANDES-SNafirmouanecessidadederealizar encontros estaduais durante o ano de 2015 que devem culminar com o II ENE em 2016, o que foi reafirmado no II Congresso da CSP-Conlutas.24 OANDES-SNtemtidoumpapelfundamentalnaconstruodaunidadedalutacom demaissetores,mesmoosnovoltadosparaaeducao,primeiroporcontadadefesa de uma pauta que carter pblico da educao, pauta esta que agrega os demais setores edeinteressecomumaostrabalhadores,assimcomoaquestodascondiesde trabalho e salarial; segundo porque est no mbito da construo da unidade do prprio setordaeducaopormeiodeaesjuntosuniversidadesestaduaiseparticulares, representadaspeloANDES-SN.Noanode2015,asgrevesdocentesrealizadaseas greves em curso por parte das estaduais exigiram aes diretas de unidade em torno da lutapelagarantiaeampliaodosdireitos.Umdospontoscentraisdessalutaa garantiadeverbasparaaestruturadasuniversidades:condiesdetrabalho,reajuste salarial,eoataqueprevidnciapublicadosservidorespblicosestaduais,apartirda implementao da previdncia completar.Estecaminhodeconstruounitrianosimplesenoconsistesimplesmenteem agregar foras sociais e polticas. necessrio unificar de forma ampla as foras que se contrapem ao capital e s suas consequncias na reorganizao do trabalho explorado. Nestacoalizodeforas,hdisputas,umavezquetambmestpresenteumpretenso campodeesquerdaque,paraalmdasintenesdefazerfrenteaalgunsataquesdo governoedoempresariado,podeviraserummecanismodeblindagemdoprprio governo. A crise poltica que o governo e sua base aliada enfrentam, inclusive no prprio Partido dos Trabalhadores, fez com que estes redefinissem suas tticas para manter a hegemonia buscandoreestabelecersuasrelaescomossindicatoseosmovimentossociais.O projeto de Reforma Poltica assim como aIniciativa com o Grupo Brasil e a proposta deumnovo(?)'pactosocial'soexpressesdessatentativa,naqualosgrupos defensoresdetaisprojetossereivindicamestaremnocampodaesquerda.Devemos estaratentos,poisessasestratgiasprocurammanteroapassivamentoeasujeiodos trabalhadoresaoprojetodebaseneoliberalaomesmotempoemquepreparamterreno para a manuteno do governo por meio das eleies de 2018. Mesmo assim, a contradies so enormes e a classe trabalhadora tem avanado em sua organizao contra a ofensiva do capital e dos governos. Seguem greves e mobilizaes emtodoopas:trabalhadoresdoCOMPERJemItaboratemsemobilizadoparaalm daestruturasindicaltradicionalparaenfrentarasdemissesocasionadaspela paralisao das obras ligadas Petrobras; grevedos garis da Comlurb; os metrovirios deSoPauloostrabalhadoresdaVolkswagenemSoBernardodoCampotambm entraram em greve; a crise hdrica em So Paulo levou milhares de pessoas a realizarem atoseMarchapelaguaemSoPaulo;trabalhadoresemfavordamoradiatambm ocupamruaseavenidassobalideranadoMTSTnosestadosdeSoPaulo,Riode Janeiro,MinasGerais,Cear,Paraba,ParaneBahia,almdasocupaesemGois, Distrito Federal e So Paulo.As lutas especficas ganharam corpo com atos e paralisaes organizadas por sindicatos, centrais e movimentos sociais contra as ofensivas do governo federal, a exemplo da luta contraaEBSERH(06/03);doDiaNacionalcontraoPL4330dasterceirizaeseas MP n 664 e 665 (15/04), assim como o Dia Nacional em Defesa da Educao Pblica (26/03)edelutacontraaPECdereduodamaioridadepenal(06/07).Oqueessas manifestaes ocorridas em todo o territrio nacional demonstram a ascenso da luta daclassetrabalhadora,numaclarademonstraodotamanhododesafioaser enfrentadonaconstruodeumprojetoanticapitalistacomoelementoestratgicopara toda a classe. 25 Nocampodaeducao,somentenoltimosemestreocorreramgrevesmuito importantesnaeducaobsicaesuperior.EstadoscomoParan,SoPaulo,Santa Catarina,Par,GoiseSergipeconstruramgrevesnaeducaobsicaenas universidades.Emtodaselas,ostrabalhadoresenfrentaramosgovernosestaduaiseas direes de estruturas sindicais que no se colocaram com o compromisso exigido pelas basesnoquedizrespeitoaoenfrentamentoedesmascaramentodoprojetodocapital. Merecedestaque,naperspectivadaanlisedaconjuntura,agrevedosprofessoresde Paran, tanto pelo motivo da luta (contrarreforma da previdncia estadual) quanto pela represso que o governo estadual descarregou sobre os trabalhadores. No caso da greve dosprofessoresdaeducaodeSoPaulo,cujaduraofoiquase90dias,houvea articulaodoexecutivoedojudicirioparafinaliz-la(esteltimoimpondosanes econmicas muito pesadas para o sindicato).No mbito das federais, o ANDES-SN deflagrou greve no dia 28 de maio. A greve tem sefortalecidonadefesadocarterpblicoedaautonomiauniversitria.Todasmuito importantesparaoconjuntodaclassetrabalhadora.Agrevedaeducaofederaltem aumentadosuaforaaolongodassemanasnumcenriodesperasdisputasnas assembleiasdocorpodocente.Agrevenecessriadiantedagravidadedasmedidas que esto sendo tomadas pelo governo no sentido do favorecimento do setor privado e do desmonte da universidade pblica, da precarizao do trabalho docente e da proposta descabidadeconfiscosalarialevidenciadapelainiciativadoMPOG.Ouseja,tem havido uma virada muito forte da poltica governamental com relao s universidades pblicas,jnosoapenasmedidasparciaisdecontrarreforma,masumainiciativa global de reformular a poltica de educao, expressa no PNE e nas posteriores medidas doMECedoMPOG,oqueobrigaosindicatoarealizarumenfrentamentoqueno pode ser adiado.Asuniversidadesvivemoseupiormomento.Trata-sedeumacriseprofunda determinadapeloprojetoeconmicohegemnico.Porisso,necessrioo enfrentamento ao projeto de educao defendido pelo governo e pelos empresrios. Esse enfrentamentoextrapolaasforasdoAndes-SNedossindicatosdaeducao,e,por isso,temdeserrealizadoporumgrandemovimentosocialunitrio,democrtico, classista,populareanticapitalista.Portanto,omomentoagora!Juntosseremoscada vez mais fortes. Rumo Greve Geral. 26 TEXTO 2 Contribuiodosprofessores:SandraMariaMarinhoSiqueira(basedaAPUB/BA),Soraia Carvalho(ADUFCG/PB),AlessandroTeixeiraNbrega(ADUERN/RN),DouglasFerreirade Paula (ADUA/AM), Maria das Graas de Arajo (ADUNIR/RO) DIANTEDACRISE,GOVERNODILMAROUSSEFF(PT)E GOVERNADORESATACAMDIREITOSECONQUISTASDOS TRABALHADORES.RESPONDERCOMORGANIZAO, MOBILIZAO E LUTA PELOS MTODOS DA AO DIRETA TEXTO DE APOIOOcontextoatualmarcadopeloavanodacrisecapitalistamundial,com consequncias nefastas sobre a vida e as condies de trabalho do proletariado e demais explorados.Paramanterocapitalismodecadente,osgovernosecapitalistastmde destruir em larga escala foras produtivas, de modo a reconduzir o sistema econmico a abrirumperododeretomadadaacumulaodecapitaledecrescimentoeconmico. Milhes de postos de trabalho so fechados e salrios rebaixados ainda mais. O Estado e governosprocuramprotegeroscapitalistaspormeiodaimplementaodemedidas antipopulareseantioperrias,destruindodireitoseconquistassociais.Entretanto,no lugar de minimizar os efeitos da crise mundial, esta se aprofunda com o endividamento crescente dos pases. Ostrabalhadoresprocuraramresponderaosataquesdosgovernoscommanifestaes, atosegreves,masseencontrambloqueadospelaaodasdireessindicais burocrticas e reformistas, que tentam de todas as formas direcionar as lutas diretas para a conciliao com os governos, levando a derrotas. As burocracias sindicais constituem emtodososlugaresumforteobstculoaoavanodalutadoproletariadoedemais explorados por suas reivindicaes elementares no campo da educao, sade, moradia, empregoesalrios.Torna-seclaraanecessidadedasuperaodacrisededireo polticaeaconstituiodefraesrevolucionriasparalutarcontraasburocraciase reconduzir os sindicatos para o campo da luta de classes. NoBrasil,desdeofinaldoanode2014einciode2015,ogovernoDilmaRousseff (PT)egovernadoresaprofundaramasmedidasdecortesoramentriosederestries aoacessoadiretoseconquistassociais.Osgovernospetistasderamcontinuidade poltica econmica de FHC e realizaram reformas antioperrias e antipopulares como a Reforma da Previdnciae Sindical. No final de 2014, Dilma (PT) encaminhou as MPs 664e665,limitandooacessoaosegurodesemprego,aoabonodoPISepensopor morte.Asmedidasestosendoaprovadas,emsuaessncia,peloCongressoNacional, dirigidopeloprincipalpartidodabasedeapoiodogoverno,oPMDB.ACmarados DeputadostambmaprovouaLeideTerceirizao(PL4330/04,atualPLC30/15). Agora a Cmara aprovou a reduo da maioridade penal de 18 para 16 anos. Tratam-se de medidas de destruio de direitos, que precisam de uma resposta unitria do conjunto dosexploradospormeiodeumafrentenicaqueadoteaviadaaodiretacom manifestaes, bloqueios, greves e ocupaes. Fica evidente que no podemos amarrar onossomovimentoaoparlamentoeaojudicirio.ValelembrarqueoprprioSTF reconheceuaconstitucionalidadedasOrganizaesSociais,legitimando-asaatuarno poder pblico, avanando a terceirizao. 27 Nosegundomandato,ogovernoDilma(PT)definiuqueolemaseriaaptria educadora.Naprtica,ogovernocomeouosegundomandatocomcortese contingenciamentodeverbasqueafetaram,emproporesdiferenciadas,as universidades pblicas. S para a educao, o governo cortou R$ 9,4 bilhes. O corte na sadefoide11,7bi.Tudoisso,pararealizarosupervitprimrioparapagamentode juroseamortizaesdadvidapblicacomcredoresefinancistas.Ogovernomantm seus compromissos com o empresariado da educao, privatizando e desnacionalizando aeducaoeasade.Sodrenadosmilhesparaasgrandescorporaesdeensino.OutrodestaqueatentativadeinterfernciadasOrganizaesSociaisnocontratode professores nas universidades, proposta esta vista com bons olhos pelo MEC. Odocumentoquefundamentaaptriaeducadoratemumcartermercantilistae meritocrticoquantoeducao,reforaastendnciasdosreformadoresempresariais daeducao,estabelecendometas,implementandoastcnicasempresariaisdegesto das escolas pblicas, segregandoas que no conseguem obterxito emseu processo deescolarizao,nosentidoempresarial.Htambmapropostadebonificaode gestores que alcanarem as metasestabelecidas e punio para os que no conseguem, dentre outros absurdos como o exame nacional para licenciados e impactos no processo de organizao sindical da categoria docente.NasInstituiesFederaisdeEnsino(IFE),temavanadoadesestruturaodacarreira docente,resultantedasmedidaseataquesreiteradosdosgovernos,dosacordos assinados revelia das bases docentes em greve, como, por exemplo, o acordo assinado em2012entreogovernoDilmaeaFederaobinicaPROIFES,queresultouem profundas perdas salariais para a categoria e a continuidade da polticade precarizao daeducaoporpartedogoverno.Outrosproblemasaprofundamacrisedoensino superiorcomo:cortesdeverbas,precarizaodascondiesdetrabalhoeestudo, ataquessistemticoscombalidaautonomiauniversitria,processocontraestudantes, criminalizaodaslutas,perseguioaoslutadores,entreoutros.Portanto,estamos diante de um profundo ataque educao pblica, que precisa ser respondido com a luta unificadaemtornodeumclaroeconsistenteconjuntodereivindicaesepelos mtodos da luta direta. S assim, conseguiremos arrancar as nossas pautas e avanar na defesa intransigente da educao pblica. TR - 2 O 60 CONAD delibera: Promover a campanha por uma frente nica sindical para: a) responder crise com a poltica do proletariado;b) levantar uma plataforma de reivindicaes prprias;c) preparar as condies para a greve geral;d) derrotar o ajuste fiscal;e) que os capitalistas paguem pela crise. QueoANDESproponha,nasfrentesemqueatuaaseguinteplataformade reivindicaes: 1. Reduo da jornada de trabalho, sem reduo dos salrios;2. Estabilidade no emprego contra as demisses;28 3. Emprego a todos, aplicando a escala mvel das horas de trabalho (diviso de todas as horas de trabalho entre todos aptos a trabalhar);4.Reposiodasperdassalariais,salriomnimovitalcomescalamveldereajuste (reajuste automtico do salrio de acordo com a elevao do custo de vida);5. Fim de todas as medidas de flexibilizao e precarizao do trabalho; 6. Pela extino de toda a legislao que restringe ou elimina a liberdade de expresso, manifestao e greve; Pelo fim de todos os processos polticos e prises dos lutadores! 7. Abaixo as leis antigreve e as multas judiciais impostas aos sindicatos e grevistas; 8. Combater a mercantilizao, privatizao e desnacionalizao da educao, mediante a expropriao sem indenizao do sistema privado e constituio de um nico sistema pblico, gratuito, cientfico e sob controle dos que estudam e trabalham; 9. Defender a sade pblica contra o avano da mercantilizao e privatizao, por meio daexpropriaodosistemaprivado,semindenizao,econstituiodeumsistema nico de sade, pblico, gratuito e sob controle operrio;10.AbaixoaLeidaTerceirizao(PL4330/04,atualPLC30/15).Pelaefetivao imediata dos terceirizados; 11. Rechaar a reduo da maioridade penal! Trabalho e escola para toda a juventude: 4 horas no trabalho e 4 horas na escola! TEXTO 3 ContribuiodosprofessoresRiglerArago(SINDUNIFESSPA),JananaBilate (ADUNIRIO),BrunoJosOliveira(ADUNIRIO),AnnieSchmaltzHsiou(ADUSP), MarcelaRufato(ADUNIFAL),MaraMendes(ADUSC),NairanMoraesCaldas (ADUSC),LuanaRosrio(ADUSC),WalterLowande(ADUNIFAL),LinneshRamos (ADUFS-BA),GilbertoCunhaFranca(ADUFSCAR),EliasdaSilvaRibeiro (ADUNIFAL),LusAntnioGroppo(ADUNIFAL),DanielMazzaro(ADUNIFAL), DanielPrecioso(ADUEG),VicenteRibeiro(SINDUFFS),FredericoHenriques (ADURN), Daniela Eufrsio (ADUNIFAL), Paula da Costa Souza (ADUNIFAL) NEMPT,NEMPSDB:PORUMAALTERNATIVADOS TRABALHADORESCONTRAOAJUSTEFISCALDEDILMAE LEVY. Este texto representa um pontap num debate sobre a atual conjuntura, e segue aberto a contribuies.Foiconstrudoporumgrupodeprofessoresqueingressaram recentementenacarreiradocente,equejtinhamreferncianahistricaatuaodo ANDES-SN.Muitosdensatuamosanteriormenteemoutrosmovimentos,comoo movimentoestudantil,omovimentodecursinhospopularesounombitodo movimentosindicalnaescolabsica,assimcomofomosentusiastasdacampanha presidencial de Luciana Genro em 2014. Tambm acreditamos que a ao sindical pode serfortalecidasecontarcomaliados,tantonoplanodemovimentosquantonoplano poltico, desde que com um claro programa apresentado. Traamos aqui algumas linhas gerais, focando menos no detalhamento de dados e mais nos desdobramentos polticos do principal fato da atualidade: a crise econmica, que s comparvel em magnitude de 1929, que se agudizou a partir de 2008, atingindo em 29 cheio a economia dos Estados Unidos e dos pases da periferia da Unio Europeia e que rapidamenteespalhouseusefeitospelomundo.Acreditamosquecaracterizarbema realidade vivida nos pases mais afetados pode nos ajudar a antecipar alguns sinais que j se desenham na situao brasileira. Chamamosatenoespecialparadoisexemplosquecativaramativistasemtodoo mundo:GrciaeEspanha.AGrciatempassadoporgrandeslevantesdesde2008, quandoalutacontraasmedidasdeausteridadelevouamassivasmobilizaesderua, que seguiram aumentando em intensidade. A Espanha tem sido um dos pases em que a taxadedesemprego,especialmentenajuventude,temsubidoagalope.Emambosos casos,sucessivosgovernos,orasobastintasdoconservadorismo,oranaroupagemda socialdemocracia,haviamsidounnimesnaaplicaodemedidasdeausteridade, respondendocrisecommaisortodoxiaeconmica:cortesprevidencirios,reduo nominaldesalrios,drenagemdosgastospblicosparapagamentodadvida,entre outrasquecompunhampacotesqueampliavamapauperizao.Tantoossetoresmais tradicionalmenteidentificadoscomoneoliberaisortodoxosquantoospartidosda socialdemocracia, foram unnimes na aplicao destas medidas, o que fez muitas vezes comqueaausnciadeumaalternativapolticacrvellevasseaaltssimosnveisde absteno eleitoral e colocando a crise econmica num patamar de crise de instituies. Paralelamente,alutacontraasmedidasnoparoudetomarasruas,efoiaumentando em intensidade. Marchas multitudinrias no casogrego, a ocupao de praas ocorrida em2011apartirdaPraaPuertadelSolemMadripelosjovensindignados, influenciadospelolevantenospasesrabesdonortedafrica-aPrimaverarabe- recolocaram no horizonte a ao nas ruascomo forma privilegiada de fazer poltica. O mundo iniciou um novo perodo histrico em que as respostas crise que se colocaram comovacilantesvideofracassodoPSOE(Espanha)ePASOK(Grcia),partidos semelhantes ao PT, queforam atropelados pela histria. No Brasil desde2013, com as JornadasdeJunho,noestamosdistantesdestequadro.Oprojetodeconciliaodo Lulismo entrou num caminho conservador e de derrota sem volta. Emoposioaumasocialdemocraciavendidaaocapitalfinanceiroeasetores conservadoreseadireitatradicional,surgiramnaGrcia(Syriza)enaEspanha (PODEMOS)alternativaspolticadeausteridadeecorruponaqualestespases estavammergulhados.Noteromedodesediferenciardeambosossetores, especialmente da socialdemocracia que se dizia o mal menor, assim como acompanhar o termmetro das ruas, levaram o Syriza de um partido com pouca expresso poltica cadeiradeprimeiro-ministrodaGrcia,assimcomoemmenosdedoisanosde formao o PODEMOS se transforma na segunda fora do pas Ibrico. No ltimo 5 de julhoaGrciaconseguiuaindaumfeitohistrico:apsaconvocaopeloprimeiro-ministroAlexisTsiprasdeumreferendosobreopacotedeausteridadeimpostopela Troika,opovogregodeuumsonoroNo(OXI),conquistando61%dosvotos,e abrindooespaoparaumadeslegitimaoaindamaiordapolticadeausteridadeem diversos pases. SyrizaePodemosrepresentam,portanto,novidadesnaconjunturainternacionalque mostramapossibilidadedenovoscaminhosparaaesquerda.Aindaquediversas contradiesseapresentem,acompanharcomatenoestesprocessosedelestiraras liespossveisnossodever.Condenardeantemoestasexperinciasauma inevitvelrendioabrirmodeincidirdiretamentenadisputadenovosrumos possveisparaaesquerdamundial.Assimcomocresceaatratividadedestasnovas experincias de esquerda, uma outra sada apresentada paraa crise propugnada pelos setores de direita mais reacionria, xenfoba e de cunho fundamentalista, demonstrando 30 que a situao tende a se polarizar cada vez mais. Abster-se de construir uma alternativa de poder, seja pelo endosso silencioso socialdemocracia, seja pelo ceticismo poltico admitir o risco de que a sada crise rume ultradireita. O Brasil no est de fora desse cenrio. Passada a euforia social-liberal que embalou a ltimadcadadegovernopetista,arecessomundialatingiuemcheioaeconomia.A manutenodapolticaeconmicaneoliberaleaapostanagovernabilidade,inclusive apelandoparaalianascompartidosclssicosdadireita,comoPMDB,PP,PSC(s paracitaralgunsdocondomniodepoderdacoalizaogovernista)permitiuflego extra para os setores conservadores. Ou seja, assim como nos outros pases, a aplicao doprogramaconservadorpeloLulismofezcomquesefinalizassesuapossibilidade como projeto alternativo e caindo na vala comum dos outros partidos. Omarcodesseesgotamento,semoqualnopossvelcompreenderaconjunturadas lutas no Brasil, so as Jornadas de Junho de 2013. Se o estopim para a tomada das ruas nas principais capitais do pas foi o aumento das tarifas de transporte, a insatisfao com ascondiesdevidaexpressanadefesadedireitoscomoeducao,sade,moradia, representouopontoaltodeinsatisfaocomoregimepoltico.Naquelemomentofoi possvelpormeiodaexperinciadasruaspressionarapontodeseobtervitrias concretas: a revogao do aumento da tarifa em diversas cidades. A farsa revelada em 2013 se mostrou novamente como tragdia na reeleio do PT um anoemeiodepois.OsannciosministeriaisdosegundomandatodogovernoDilma puseram abaixo todas as expectativas de qualquer mudana criadas em alguns setores da esquerdacomsuareeleio.AindicaodeKatiaAbreu,lderdoslatifundiriose desmatadores para a pasta da Agricultura passando por Gilberto Kassab, ex-prefeito de So Paulo, conhecido como o incendirio das favelas no Ministrio das Cidades. At a PtriaEducadora,sloganparaonovomomento,comeoucomcortede30%do oramentodoMEC,mostrandoqueocompromissodoatualgovernoestdolado oposto aos interesses do povo e dos movimentos sociais. E o clima da austeridade fiscal entrou novamente na ordem do dia: novos cortes em todos os ministrios, especialmente os da rea social; aumento do supervit primrio; aumento dos juros; cortes nos direitos trabalhistas; e a mudana na poltica de crdito dos bancos pblicos. NoapenasnasubservinciaaosbanqueirosqueoPTeadireitatradicionalse encontraram.Aformacomoogovernovemtratandoosmovimentossociaisaferroe fogo,videosprofessoresdaBahia(PT)nosediferenciamuitodoParan(PSDB), assim como os tanques que cercaram a Petrobras para a quebra do monoplio em 1995, so os mesmos utilizados pelo governo Dilma para vender as jazidas de petrleo do pr-sal.Nodesviodedinheiropblicoasituaoaindapior,acadadiaquepassaos noticirios apresentam mais um escndalo de corrupo que o governo se envolveu com as grandes empreiteiras do pas. Tendoemvistaestecenrionacional,aprendercomaexperinciainternacional fundamental.OANDES-SN,comtodaarefernciaeacmuloobtidosnestesanosde luta,temquesetransformarnumploderefernciaaestafalsapolarizao.A construodeumaalternativapolticanopasperpassapelauniodosmovimentos sociais,comooMovimentodosTrabalhadoresSemTeto(MTST),aJuventudee expressesautnticasdosindicalismobrasileirojuntocomospartidosquenose venderam. Na construo desse novo projeto de Brasil, em que a educao deixe de ser sslogan,oANDES-SNdeveserprotagonistadesseterceirocampoquecoloqueem xeque as polticas neoliberais implementadas durante os ltimos 25 anos no nosso pas. 31 TR - 3 1.TodoapoioaopovogregoeaoSiryzanalutacontraaTroikaeosseusplanosde austeridade. 2. Pela construo de um terceiro campo poltico e social alternativo ao PT e ao PSDB. TEXTO 4ContribuiodosprofessoresCludiaDurans(APRUMA),DouglasBezerra(ADUFPI),Lana Bleicher(UFBA),RaquelDias(SINDUECE),RaphaelFurtado(ADUFES)eWagner Damasceno (UFSC) CONJUNTURA NACIONAL Construir a Greve Geral - Chega de Dilma, Cunha, PT, PSDB, PMDB Ns,signatriosdestetexto,reivindicamosplenamentearesoluodeconjuntura nacionalaprovadano2CongressodaCSP-Conlutas.Entendemosqueo aprofundamentodacriseeconmicaepolticaexigeumarespostaclassistados trabalhadores. Opasviveumanovasituaopoltica,queseagudizoucomasjornadasdejunhode 2013.Desdeentohumacrescentepolarizaosocialemnossopas,comaslutas sindicais e populares crescendo, em resposta aos crescentes ataques dos governos e dos patres.Aeconomiabrasileiraafundanacriseeconmicamundial,semdemonstrara capacidadedereaoquetevenosprimeirosmomentosdemanifestaodacrise.A receitaqueosgovernosbuscamimplementar,comosempre,fazercomqueos trabalhadores paguem a conta crise. Este o pano de fundo dos planos de austeridade da Europa e dos ajustes fiscais no Brasil. No mbito das lutas dos trabalhadores, preciso destacar a greve dos SPFs em curso, qualnosintegramos.Estagrevecomeoucommuitadificuldadeemnossacategoria, devidounidadedosgovernistascomadireitatradicional.Expressandoapolarizao crescentenasociedadebrasileira,asassembleiasquediscutemagreveso extremamentemassivas.Noentanto,atomomentoemqueencerramosestetexto,a durezadosataquesdogovernofederaleducaotemlevadoaumaadesocrescente dosdocentesdaeducaofederalaomovimentoparedista.MesmoospelegosdoPro-Ifesforamobrigadosachamarconstruodagreve,paranoserem(mais) desmoralizados. Queremosaquiresgatarumtrechodaresoluosobreconjunturanacionaldosegundo CongressodenossaCentral,sobreacaracterizaodogovernoDilma:Dilmafoi reeleitanaeleiopresidencialmaispolarizadadesde1989,porpequenamargeme sendoobrigadaagiraresquerdaemseudiscursoparanoperder,parapreservaro apoiodostrabalhadoresaogoverno.Aseleiesexpressaramdemaneiradistorcidao desejo de mudana da maioria da populao. A oposio de direita conseguiu capitalizar essesentimento,conquistandotantoovotodeoposiomaisconservador,tradicional, 32 masobtendovotaoexpressivaemamplossetorespopularesesetoresdaclasse trabalhadora. O resultado foi um governo mais frgil, mais dependente das alianas com setoresburguesesdepeso(KtiaAbreu,JoaquimLevy,ArmandoMonteiroetc.)eda basefisiolgicadoCongressoNacional.Mascomdisposiodeatacarosdireitosda classeefazerosajustesnecessriosparagarantiroslucrosdagrandeburguesia financeira, industrial e do agronegcio que elegeram e sustentam esse governo. No ltimo Congresso do Andes, houve uma polmica importante sobre quais seriam as tarefas colocadas para o movimento dos trabalhadores. Um setor, minoritrio, defendia queestvamosfrentepossibilidadedeumgolpededireita,articuladopelo imperialismoequeeranecessriaadefesadogovernoDilmafrenteaestesataques, como um mal menor. Os atos massivos convocados pela oposio de direita em 15 de maro e 12 de Abril, que ocorreram aps o nosso Congresso,reforaram esse discurso impressionista. Ao contrrio destes setores, entendemos que a poltica do imperialismo edaburguesiabrasileira,emsuagrandemaioria,noaderrubadadogovernoou mesmooimpeachment,massimchantagearogovernoparaqueeleapliquetodoo ajustefiscale,aomesmotempo,continuardesgastandooPT,preparandoavoltado PSDBaogovernocentralem2018.Oqueexisteumaunidadedaburguesiaedo governo,comoapoiodoImperialismo,paraseaplicarnopasumprofundoajuste fiscal, um plano de austeridade, um rebaixamento das condies de vida e um aumento dos patamares de explorao da classe trabalhadora. O esvaziamento das manifestaes chamadaspelaoposiodedireitaapso12deabrileorecuodeAcioNevesem protocolarumpedidodeimpeachmentdemonstraramdeformaevidenteestaunidade. MaissimblicosaindaforamavisitadeDilmaaObama,oselogiosdopresidente americanoaoprotagonismodoBrasilnapolticaexternaeadeclaraodeDilmaem prol de um Tratado de Livre Comrcio com os EUA.Umelementofundamentalparanossaanliseque,apesardaclassetrabalhadorano terparticipadodemaneiraorganizadadosatoschamadospelaoposiodedireita, houveamplasimpatianoproletariado.EmboraaclassenoreconheaoPSDB,MBL, RevoltadosOnLine,Bolsonaro,etc.comosuasdirees,viacomsimpatiaestesatos por serem contra um governo que ela no v mais como seu. Alm disso, embora as direes desses atos tenham um acordo programtico com ogoverno no essencial, no foram atos defendendo o ajuste fiscal, cortes nos direitos trabalhistas, terceirizao, etc. Ou seja, a simpatia que estes atos produziram no foi porque a classe est indo para a direita,ouexisteumaondaconservadora,etc.Noexisteacordopolticoentrea classeeestasdirees.Ofatode,nabasedaclassetrabalhadoraoForaDilmater muitaentrada,nosignifica,pornada,queaclassevejaoPSDBeoconjuntoda oposio de direita como alternativa. Por isto, nos opusemos no Congresso do Andes a que nossa entidade participasse como observadoradachamadaFrenteporReformasPopulares.Perdemosavotao,mas esta frente, na prtica no se concretizou e o que surgiu de forma mais explcita foi uma supostaFrentedeEsquerda,denominadaGrupoBrasil,capitaneadapeloprprio Lula, onde o mesmo tenta se diferenciar do governo Dilma, preparando o caminho para umFeliz2018.OutrossetoresquenoestoexplicitamentenocampodaFrente Popular,buscamtambmsediferenciardogoverno,pormaindadentrodalgicado mal menor. Isso se expressa em consgnias como contra a direita, por direitos, onde adireitaexcluiogovernoDilma.Ouseja,emborasecombataoajustefiscal,se colocaaoladodogovernocontraogolpe.Einsiste-senafalidatesedepuxaro governoparaaesquerda,combaterLevyeKtiaAbreu,masdefenderDilma,etc. 33 Entendemosqueassimnopossvelcombaterconsequentementeosataquesdo governo federal. AlmdafalsacontradioentrePTePSDB,entregovernoeoposiodedireita,uma outra falsa contraposio vem dando o tom dos ltimos debates: a contraposio entre o governo e o presidente da Cmara, Eduardo Cunha. Sem dvida Cunha uma expresso do que existe de mais atrasado, corrupto, racista, homofbico e machista na sociedade. No entanto, bom lembrar que ele do mesmo partido do vice-presidente da Repblica. Quefoieleitocomamploapoiodabasealiadadogoverno.Queaspropostas reacionriasqueeletempostoempauta(PL4330,financiamentoempresarialde campanha,clusuladebarreira,fimdarotulaodostransgnicos,reduoda maioridadepenal,etc.)foramaprovadoscomvotosmassivosdabasealiada.Queos golpesregimentaisqueeledeuforamendossadosporestabase.Queelepordiversas vezes garantiu que no levaria pedidos de Impeachment adiante, sendo um dos fiadores da estabilidade do governo. Assim, se possvel e necessrio construir unidade de ao com a bancada do PT e PCdoB no Congresso, pra barrar algumas dessasmedidas, no podemosajudaraconstruiraideiadeCunhaomalmaiorequedevemosapoiar Dilma para derrotar Cunha. Ocaminhoparaderrotarosdoissetoresburguesesemdisputapelagestodomesmo projetodeEstadoMnimoodaunificaodaslutas,rumoaumaGreveGeral. necessrio parar a produo do pas, impor uma derrota ao Capital e seus representantes. Paraisso,necessriaamaisamplaunidadedeaoentreosquesedispemalutar contra o ajustefiscal, a reduo de direitos trabalhistas e previdencirios,a reduo da maioridadepenaleoaumentodogenocdiodajuventudepobreenegradasperiferias. Masestaunidade,paraserefetiva,nopodeserumaunidadequedefendaogoverno Dilma, nem de forma explcita, nem de forma envergonhada. A classe trabalhadora est emprocessoderupturacomestegovernoecomsuasdireestradicionais,aindaque seja um processo incompleto. necessrio aprofundar esta ruptura e construir, nas ruas, nas lutas, nas greves e ocupaes, uma alternativa disputa de fachada entre os grupos burgueses que se alternam no poder no pas. ChegadeDilma,Cunha,PT,PSDB,PMDB!ConstruiraGreveGeralparaderrotaro ajuste fiscal! TEXTO 5ContribuiodosprofessoresAlcidesPontesRemijo(ADUFG)eLuciniaScreminMartins (ADUFG), OFENSIVA NEOCONSERVADORA DO CAPITAL OEstadotemumaaparenteautonomiadiantedaSociedadeCivil.Emperodosde mudanassociaissignificativasestaaparnciadeautonomiasedesfazcommaior nitidez explicitando a ntima relaoentrea Sociedade Civil e o Estado1. A conjuntura atualtemdemonstradocomoosingredientesprpriosdacriseestruturaldocapital intensificamastensessociaiserefletemnasestruturasjurdicopolticas,as 1NoprefciodaCrticaEconomiaPolticade1859,Marxjalertavaparaestarelaonosseguintes termos:Atotalidadedestasrelaesdeproduoformaaestruturaeconmicadasociedade,abasereal sobre a qual se ergue uma superestrutura jurdica e poltica, e qual correspondem determinadas formas da conscincia social. 34 consequnciasdaquedatendencialdataxadelucroeoprocessodeconcentraoe centralizaodecapital.Nestesentido,acrisedocapitalimpeacontraditria afirmao e negao da propriedade. De um lado, como dizia Florestan Fernandes, os de cimafazemadefesadasuapropriedade(propriedadecapitalistadosmeiosde produo),buscampordiferentesmeiosgarantirsuastaxasdelucro,mesmoqueisso representeumverdadeiroassaltoapropriedadealheia.Deoutrolado,osdebaixoso continuamenteameaadospelamquinaestataldareproduodocapital,coma intensificaodascontrareformas,retirandodireitos,quelongederepresentar privilgios(comosonormalmenteacusadospelamdiacorporativadocapital)soas condies elementares de vida da amplssima maioria da populao brasileira. A ofensiva do capital se concretiza na sociedade civil, e tem ntima relao com a forma comooEstadoseadaptapararesponderpositivamenteaclassedominante.Neste sentido, ao anunciar aos quatro cantos do pas os impactos da crise, a lgica do capital adepreservarseuslucros,intensificandoacentralizaoeconcentraodecapital comonicamedidacapazdegarantiracontinuidadedasuareproduo.Assim,os monopliossealinhamemumanicatrincheira,nadefesadeumadesaceleraoda economiacomogarantiadamanutenodeseuslucros,impondoaostrabalhadores reduodesalrios,terceirizaeseasuspensodoscontratosdetrabalho(layoff).O sistemafinanceiro(fusoentreindustriaisebanqueiros)preocupadoemgarantirseus rendimentosimpeaoestadoaintensificaodospagamentosrealizadospelotesouro dosjuroserolagemdadvidapblica(internaeexterna),pormeiodoaumento sucessivo das taxas de juros sobre os ttulos pblicos (so mais de R$ 4 bilhes ao dia destinados paraa dvida), quecomprometemcerca de 50% daarrecadao federal.No campo o latifndio intensifica o processo de primarizao da economia, desenvolvendo umaagriculturavoltadaparaascommodities(paraexportaoemgrandequantidadee de baixo valor agregado). Aquilo que se autodenomina agronegcio nada mais do que olatifndio,ondeaconcentraodeterrasseconstituicomogarantiafundamentalde lucros,nopelovaloragregadonaproduo,maspeloprocessodeconcentraode propriedadesquepossibilitamvolumesagrcolascomerciveisnomercadomundial. Isto significa uma repetio do ciclo da cana-de-acar dois sculos depois, com um lequedecultivosemtornodeapenasquatrocommodities(soja,milho,cafeacar). Portanto,nocampoareproduodocapitalclaramenteantagnicaaodireitode propriedadedostrabalhadorescamponeses,queconstantementesoexpulsosdesuas terraspornoteremascondieselementaresparaasuareproduodigna.A desigualdadederecursosentreoquedestinadoaoslatifndioseapequena propriedadeamarcadestapolticapr-latifndio.Nesteanofoianunciadonoplano safraaordemdeR$190bilhesparaapenascercade1%dosproprietrios latifundirios, enquanto que o financiamento para os assentamentos de reforma agrria e oscamponeses(48%dosproprietrios)estemtornodeR$29bilhes. Aquestoda demarcao das terras indgenas outra demonstrao de como a ofensiva do capital se dcontraapropriedadedospovosoriginrios,quilombolas,ribeirinhoseculturas tradicionais. Contudo,aofensivadocapitalnoocorreapenasnoplanoeconmico,elatambm necessitadeumaconstituioideolgica,quecorrespondaintensificaodastenses sociais decorrentes dos desdobramentos econmicos, constituindo socialmente frentes ideopolticasconservadoraseintensificadorasdaviolncia,dadiscriminaoeda polarizaosocial,expressosemtemassociaisimportantescomodireitoshumanos, gneroediversidadesexual,armamento,maioridadepenal,seguranaetc.Trata-sede uma estratgia de longa durao em que as caractersticas ideolgicas fascistas ganham peso no cotidiano da populao. 35 Nestequadroafunoexercidapelosgovernosnoirrelevante.Deumladose afirmamcomoimplementadoresdaspolticasneoconservadoras,buscandoa estabilidadesubservienteaocapital.Namedidaemqueasdebilidadespolticasdos governosvemapblicocomoosprocessosdecorrupoeimpopularidadea fragilidadedestesutilizadacomochantagemparaograndecapital.Oatualgoverno federaleamaioriadosgovernosestaduaispassamporumaprofundacrisepoltica,e diantedesuafragilidadesomaisgeisemserviraocapital.AviagemaosEstados UnidosdaPresidenteDilmaumamanifestaoclaradesubservinciaaosinteresses imperialistas,emparticular,comoannciodequeseroprivatizadosvriosservios pblicosnoBrasil,comoaeroportos,rodoviasetc.Intensificandoasubordinao imperialapresidentebuscatambm,econtraditoriamente,oseufortalecimentoem troca de palavras de Obama em apoio ao governo. OprocessoideolgicoreacionrioefascistaqueestemascensonoBrasil tendencialmente potencializado pelas polticas antitrabalhadores, impostas pelo capital e levadasacabopelosgovernos(federal,estadualemunicipal).Estaspolticas intensificam a retirada de direitose os processos de precarizaodo trabalho mediante asterceirizaes,limitaoaosegurodesemprego(emummomentoemqueas demissesseampliam),adilapidaodaseguridadesocial,reduodosbenefcios comooabonosalarialeapensopormorte(atingindomilhesdetrabalhadores), criminalizam os movimentos sociais, sindicatos e os lutadores e privatizam os servios pblicos etc. Trata-se de uma ao em que as classes trabalhadoras sentem a crueldade daofensivadocapital,mastendemaassoci-lacomaspolticasgovernamentaise, acreditandonaautonomiadoEstadoemrelaoaocapital,acabamreconhecendonos governososseusalgozesenonosistemadocapital.Nestesentido,podem ideologicamentereproduziraideologiafascistizantedocapital,seafastandodos interesses comuns a todas as classes trabalhadoras. Necessidade histrica da formao do sujeito povo. A abordagem acima no pretende detalhar o conjunto das medidas neoconservadoras do capital,temcomofinalidadeapenasindicarqueoImperialismo,osMonoplioseo Latifndioconstituemospilaresdaordemautocrticaburguesaeque,diantedacrise, buscam maneiras alternativas de reduzir o impacto da queda tendencial da taxa de lucro noprocessodedesaceleraoglobaldaeconomia,emparticularderecessoda economiabrasileira.Estasntesetambmindicaocarterdeclassedoestado,que diante do quadro de crise estrutural do capital tem como finalidade construir o processo deadequaojurdicopolticanecessriossuareproduo,fazendousodosseus podereslegislativo,executivoejudicirio.Ahegemoniadeclasseexercidapela burguesianoBrasilfrgiledependedofortalecimentodoregimeautocrtico.Neste sentido,osltimos13anosdosgovernospetistasforamfundamentaispararealizar mudanaspreservandotodaavelhaestruturaautocrtica.Trata-sedoleopardismo petistadetudomudarparatudocontinuarcomoest.Aconjunturaatualde esgotamento deste processo e de abertura constituio de um ciclo de embates em que esto em cheque os mecanismos futuros da dominao autocrtica burguesa. Para as classes trabalhadoras da cidade e do campo fundamental identificar os limites institucionais do estado, o sujeito coletivo da burguesia, os capitalistas representantes do imperialismo,dosmonopliosedoslatifndios,queexercemumahegemoniana sociedade brasileira aparentemente inabalvel. Inabalvelapenasnaaparncia,poisalgicadoregimeautocrticoapermanente 36 excluso do povo dos espaos de deciso sobre os rumos da nao. o estabelecimento deumasociedadeprofundamenteinjusta,comumdesenvolvimentotendencialde intensificao da barbrie social. Ou seja, a base de sustentao da ordem burguesa a decomposio das condies de vida das classes trabalhadoras. Em nome dos interesses dos de cima da sociedade daqueles 1% de ricos , toda a estrutura social forjada para a intensificao do processo de explorao, atingindo as classes trabalhadoras do campo e da cidade, dos trabalhadores formais e informais, da iniciativa privada e dos servios pblicos. Osmovimentossociais,partidosesindicatosquereivindicamadefesadosinteresses dasclassestrabalhadorasnecessitamreconhecerquenopossumosaindaos instrumentos polticos e organizativos necessrios para fazer o enfrentamento do regime autocrticoburgus.Nassociedadesperifricasedependentes,comoasociedade brasileira,asclassestrabalhadorasnecessitamseencarregardastarefasde democratizaoeampliaodosdireitossociaisprpriosdaordemburguesae,ao mesmo tempo, acumular foras necessrias para a luta contra a ordem social do capital. Trata-se da combinao da luta por reformas e a construo da revoluo. Este processo exigeaconstituiodeumsujeitopovo(blocohistricocontra-hegemnico)capazde constituir-senumamplomovimentodemassasorientadopelosocialismoecapazde submeter o capital ao controle social, abrindo espao para a construo efetiva do poder das classes trabalhadoras. Estas breves indicaes dos desafios que esto colocados diante do regime de classes no Brasiltemcomofinalidadeapresentarumdiagnsticodocarterinsuficientedas organizaesdasclassestrabalhadoraspararesistiremaofensivaneoconservadorae avanar na luta por direitos sociais e por uma sociedade mais justa. Ofatodeestarmosdiantedeumprocessoemqueosc