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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AÍDES NUNES DA SILVA EFM CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO Congonhinhas 2012 Á

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AÍDES NUNES DA SILVA – EFM

CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA ACOMPANHAMENTO

PEDAGÓGICO

Congonhinhas

2012

Á

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APRESENTAÇÃO 3

Toda Avaliação Educacional tem por

objetivo trazer elementos para novas

ações, intervenções, mudanças de rumo,

busca de alternativas, tomadas de

decisões ou para reafirmar caminhos

tomados, quem sabe acrescentando algo

(GATTI, 2008).

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

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4 SUMÁRIO

1. POR QUE/PARA QUE UM CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA ACOMPANHAMENTO

PEDAGÓGICO? 5 2. CONTEXTUALIZAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA 6 2.1

APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO OU DESEMPENHO ESCOLAR 6 2.2 VIOLÊNCIA/DROGADIÇÃO 6

2.3 ABANDONO 7 2.4 EVASÃO ESCOLAR 7 3 SERVIÇOS DE APOIO COMPLEMENTAR

ESPECIALIZADO 8 3.1 A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I 8 3.2 SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO II E/OU O CENTRO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA VISUAL – CAEDV 9 3.3 CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO (DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA, 9

DEFICIÊNCIA VISUAL E SURDEZ) 9 3.4 PROFESSOR ITINERANTE 9 3.5 SAREH 9 3.6 PROFESSOR

DE APOIO À COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 10 3.7 PROFISSIONAL INTÉRPRETE E INSTRUTOR

SURDO (ÁREA DA SURDEZ) 10 3.8 SALAS DE APOIO PEDAGÓGICO 11 4. AVALIAÇÃO 11 4.1

AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA NO BRASIL 12 4.1.1 Do SAEB 12 4.1.2 AVALIAÇÃO NACIONAL

DA EDUCAÇÃO BÁSICA – ANEB 13 4.1.3 AVALIAÇÃO NACIONAL DO RENDIMENTO ESCOLAR –

ANRESC 13 5. DIRETRIZES DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 2011 – 2020 15 5.1 METAS

MEC/2012 (RESULTADOS BRASIL) 15 6. BOLETIM INFORMATIVO DOS RESULTADOS DA

ESCOLA 19 7. ESCALA DE PROFICIÊNCIA 19

8. QUESTÕES APONTADAS PARA REFLEXÃO COM BASE NOS TEMAS E QUE PODERÃO SER TRABALHADAS NA OFICINA DE PEDAGOGOS 20 8.1 APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO/ABANDONO/EVASÃO ESCOLAR 20 8.2 VIOLÊNCIA/DROGADIÇÃO 22 8.3 ATENDIMENTO ESPECIALIZADO E APOIO PEDAGÓGICO 23

8.4 AVALIAÇÃO 24 ANEXO 1 26 LÍNGUA PORTUGUESA 26 MATEMÁTICA 30 ANEXO 2 38

LÍNGUA PORTUGUESA 38 MATEMÁTICA 42

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

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1. POR QUE/PARA QUE UM CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA

ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO?

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná, em 2011, iniciou na Semana

Pedagógica as discussões sobre processos avaliativos e análise de resultados

de avaliações externas. As discussões foram retomadas nas oficinas realizadas

pelo Departamento de Educação Básica-DEB e Diretoria de Políticas e Programas

Educacionais-DPPE para os representantes dos NREs, professores de

Matemática e de Língua Portuguesa que tiveram a oportunidade de refletir sobre

a importância da análise dos resultados de uma avaliação, sobre os dados

disponibilizados pelo SAEB, o Índice de Proficiência e a leitura e análise dos

Descritores da Prova Brasil.

Os encontros realizados regionalmente buscaram discutir com os

profissionais da educação a relevância da compreensão dos instrumentos de

uma avaliação, a necessidade e a importância da análise dos resultados quando

chegam à escola, indicando o envolvimento da comunidade escolar nesse

processo.

Para o ano de 2012, a SEED pretende continuar esse trabalho propondo

encaminhamentos para as oficinas de pedagogos. Para tanto, surge a construção

do Caderno de Subsídios, contendo reflexões pedagógicas e informações e

dados de cada uma das 2.530 escolas da Rede Pública Estadual, com a reflexão

sobre como podemos utilizar os dados/ as informações produzidas nas escolas e

pela sociedade, em sua multidimensionalidade de relações.

Estas informações e dados contemplam os resultados da Prova Brasil

2005/2007/2009, IDEB 2005/2007/2009, taxas de rendimento de 2007 a 2010, taxas

de distorção idade série 2007 a 2010, além de material de apoio pedagógico,

indicando temas e reflexões pertinentes ao processo educativo que podem

interferir nos processos de ensino e aprendizagem. Este Caderno servirá de

subsídio para o trabalho de leitura e análise de dados de cada escola da Rede

Pública Estadual, cujas reflexões poderão contribuir como recurso para

diminuição das dificuldades existentes no interior da escola e como propostas

de ações e melhorias no processo educativo.

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O trabalho de análise proposto neste Caderno terá início com uma conversa

na escola, a partir de informações referentes à sua realidade, tornando possível

fazer uma análise sobre a sua realidade e suas necessidades primeiras.

Posteriormente, os indicativos observados e situações reais elencadas

apontarão caminhos a serem trilhados para a melhoria dos processos de ensino

e aprendizagem, definindo propostas e ações que levem à melhoria da educação

pública.

O Caderno de Subsídios, aqui proposto, tem o intuito de ajudar a conhecer e a

atualizar as informações que dizem respeito à escola, favorecendo o entendimento

e a reflexão sobre o contexto no qual a escola está inserida, evidenciando e

alimentando o olhar pedagógico, propondo contudo uma análise da escola sobre

ela mesma e, por consequência, uma conversa entre os resultados oficiais, com o

seu Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar, com vistas à constituição de

políticas voltadas à educação, pensadas pelos profissionais da escola.

Tem o objetivo de fornecer aos pedagogos subsídios para seu trabalho com os professores, direção, agentes educacionais e Conselho Escolar, tendo com isso maior participação da comunidade escolar: discutindo, analisando, propondo e construindo juntos, servindo de referência para os profissionais da educação, na leitura, reflexão e discussão dos resultados por toda a comunidade escolar, respeitando as especificidades de cada escola pública, percebendo as necessidades práticas para a melhoria da educação.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA

2.1 APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO OU DESEMPENHO ESCOLAR

Quando tratamos de aprovação ou reprovação automaticamente falamos

em avaliação, pois os temas estão intrinsecamente relacionados. O processo

educativo trabalha com um sistema anual de avaliação que resulta em aprovação

ou reprovação do aluno. Os resultados obtidos por esse sistema podem advir de

vários fatores que interferem, direta ou indiretamente, no resultado final de todo

o processo.

2.2 VIOLÊNCIA/DROGADIÇÃO

Compreender o fenômeno da violência é entender os diversos aspectos que

pautam a complexidade desse fenômeno, como o resultado de diversas relações

historicamente produzidas e que envolvem diferentes realidades de uma

sociedade. Trata-se de um fenômeno essencialmente humano, onde se deve lidar

com a alteridade e com diferenças culturais, sociais, econômicas e geográficas

existentes, dentro das três dimensões da violência:

• Violência na escola – a escola é invadida por uma violência que

anteriormente acontecia apenas fora dos seus portões.

• Violência à escola – à instituição e a quem a representa.

• Violência da escola – a produzida no seu interior.

Violência/ Drogadição Introdução Devido à necessidade de compreender a questão da violência e Drogadição no contexto escolar buscar-se-à subsídios metodológicos para contribuir com a prevenção de qualidade e de forma organizada, focando o trabalho pedagógico.

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A mídia mostra com certa normalidade o uso e abuso de drogas e a violência. A escola deve “nadar contra a corrente” no sentido de mostrar valores (reais, morais e salutares) e discuti-los. Passa a ser fundamental no trabalho da escola formular estratégias eficientes para atender os jovens vulneráveis à drogas e violência, de forma a inseri-los na sociedade como cidadãos produtivos, conscientes e felizes. Problemas como brigas, bullying, trafico e uso de drogas, evasão escolar, porte de armas, são em maior ou menor grau os principais problemas de violência na escola e na sociedade. Observa-se que muitas das crianças e adolescentes envolvidos nestes problemas não recebem orientação e limites em casa, carecendo a escola intervir nesse processo. A detecção do problema é seguida de orientação aos jovens e à família. De forma geral o Conselho Tutelar toma as medidas cabíveis, que se resume ao retorno do aluno à escola, mas não faz com que os problemas que levaram à evasão (desinteresse, sentimento de inadequação, bullying, falta de incentivo da família e outros) sejam resolvidos, assim ele permanece na escola mais não progride. Os alunos que são alvos dessa reflexão, infelizmente, geralmente pouco participam do processo educativo, diferentemente do alunado de modo geral, que norteiam e interferem no processo. É delicado abordar o aluno em caso de suspeita de uso, compra ou venda de drogas em ambiente escolar, não somos e nem pretendemos ter poder de polícia, então a abordagem ocorre por meio de conselhos e palestras que são dirigidas a todos os alunos e não somente ao indivíduo que se suspeita. Acionamos a polícia para da forma que lhes convém proceder a verificação do caso. A indisciplina no ambiente escolar não surpreende e a escola munida de seu regimento lida com ela conforme a gravidade, ora aconselhando, ora avisando aos pais, ora advertindo documentalmente. Já o ato infracional cometido na escola (violência física, tráfico e uso de drogas e outros) é encaminhado ao Conselho Tutelar que conforme orienta o ECA toma as providencias, nem sempre satisfatória. O comportamento ou a mudança de comportamento do aluno denotam ou podem denotar que ela sofre algum tipo de violência, e esses fatos podem orientar nossa observação e buscar soluções. Quanto à diversidade de gênero não temos embasamento para lidar com a homossexualidade, pois tememos esbarrar no preconceito. A escola, nas reuniões e matricula ou em casos específicos de indisciplina, expõe o regimento escolar aos pais e aos alunos. Conforme estabelecem as leis da educação são os procedimentos com relação aos atestados e licenças dos alunos. A prevenção ao uso e abuso de drogas e à violência é um desafio para a rede estadual de ensino, e essa situação crítica e politizada no que diz respeito a formação dos professores os quais precisam tratar das questões mencionadas a partir do que está sendo vivido através de uma relação dialógica entre professores e alunos e destes com o mundo.

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2.3 ABANDONO

O abandono se caracteriza quando o aluno se afasta do sistema de

ensino, desiste das atividades escolares que frequentava sem solicitar

transferência. A desistência supõe o afastamento do estabelecimento de

ensino, não atendimento às exigências de aproveitamento e de assiduidade e

a não solicitação de transferência para outro estabelecimento.

Quantos alunos matriculados a escola

tinha no início do ano? Qual a diferença

numérica entre os alunos matriculados e os que

a frequentam em cada mês? Quais as

providências em relação aos que a

abandonaram?

2.4 EVASÃO ESCOLAR

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais -

INEP, compõe o índice de evasão o número de educandos que, em condições

adversas e hostis do meio, não completaram um determinado período de

formação.

Quantos alunos estavam matriculados no ano passado e neste ano não realizaram a rematrícula? Qual o motivo? Qual(is) o(s) motivo(s) de evasão que mais aparece(m) na sua escola? Que atividades já foram realizadas em relação às causas da evasão? (Busca ativa/FICA) Quais os procedimentos que a escola fez em relação a esses alunos/ famílias?

Evasão Escolar

Apesar dos esforços da equipe diretiva o índice de evasão aumentou em nossa

escola. A evasão escolar ocorre quando o aluno deixa de frequentar a aula,

caracterizando o abandono da escola durante o ano letivo.

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Causas da evasão escolar: são várias e as mais diversas que causam a

infrequência do aluno. No entanto, levando-se em consideração os fatores

determinantes da ocorrência do fenômeno, pode-se classificá-las, agrupando-as, da

seguinte maneira:

Escola: não atrativa, autoritária, professores despreparados, insuficiente,

ausência de motivação, etc.

Aluno: desinteressado, indisciplinado, com problema de saúde, gravidez,

etc.

Pais/responsáveis: não cumprimento do pátrio poder, desinteresse em

relação ao destino dos filhos, etc.

Social: trabalho com incompatibilidade de horário para os estudos,

agressão entre os alunos, violência.

Estas causas, como já afirmado, são concorrentes e não exclusivas, ou seja, a

evasão escolar se verifica em razão da somatória de vários fatores e não

necessariamente de um especificamente. Detectar o problema e enfrenta-lo é a melhor

maneira para proporcionar o retorno efetivo do alunos à escola.

Este trabalho torna-se complexo, posto que para detectar tais causas, há diversos

interesses que camuflam a real situação a ser enfrentada. Com efeito, ao colher

informações juntos aos professores e/ou diretores, muitos apontarão como causa da

evasão as questões envolvendo os alunos.

Como afirmado, dependendo de cada uma das situações detectadas, ocorrerá a

intervenção. Quando a evasão dos alunos ocorre em razão da escola ( incluindo a

parte pedagógica, pessoal e material), devem atuar diretamente para solucionar o

problema, a própria Escola, a Diretoria de Ensino (Estado), visando a melhoria do

ensino, para torna-lo mais atraente ao aluno evadido.

Quando os problemas da evasão estiverem centrado no comportamento do

próprio aluno, a intervenção direta deve ocorrer na família, escola, conselho tutelar,

ministério público e poder judiciário. A atuação da família e da escola é a mais ampla

possível, sendo que os demais atuam com base no que diz a legislação.

No caso do aluno deixar de frequentar a escola, em razão do comportamento

dos pais ou responsáveis, a intervenção ocorrerá diretamente pela escola, conselho

tutelar, ministério público e poder judiciário.

Por fim, quando se constata que a evasão escolar se verifica por questão social,

como trabalho, falta de transporte, medo de violência, devem atuar diretamente para

solucionar o problema a família, escola, conselho tutelar, M P e P J.

O professor é quem inicia o processo, quem aciona a rede de combate à

evasão, mas os atos seguintes, tendo todos ciência das medidas tomadas ou que irão

ser tomadas, para o sucesso da intervenção. Diante desse quadro fica evidente a

necessidade do comprometimento a distancia entre o que diz a lei e a realidade, sendo

uma das frentes de ação, o combate à evasão escolar, a fim de garantir a formação do

cidadão e sua inserção na sociedade, de modo a contribuir para a sua transformação.

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Nossa escola tem desenvolvido diversas medidas para evitar a evasão, através

de reuniões com os pais, aplicação de recursos pedagógicos e tecnológicos,

programas específicos em horários alternados, para manter o aluno na escola.

Incentivo aos professores em cursos de formação continuada, valorização do professor

e aluno.

Escola, família, comunidade, sociedade em geral e poder público não corresponsáveis pela formação educacional da criança e do adolescente, sendo certo que a evasão escolar constitui uma negação desta formação. O princípio da prioridade absoluta, constitucionalmente garantido quanto à educação, somente será cumprido, quando o problema da evasão for enfrentado de forma articulada, com vista a sua gradual redução.

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3 SERVIÇOS DE APOIO COMPLEMENTAR ESPECIALIZADO

No Estado do Paraná, a política educacional está pautada na concepção

inclusiva, enquanto processo de diálogo e de aprendizagem entre todos, e de

construção de novas formas de trabalhar cooperativamente a partir do

reconhecimento das singularidades inerentes a cada indivíduo. Inverte-se o foco:

não é o aluno que se adapta à escola, mas a escola é que deve se adaptar ao

aluno e às suas necessidades de aprendizagem.

De acordo com o Art. 41 do Regimento Interno da SEED, compete ao

Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional – DEEIN: “Gerir as

políticas públicas em Educação Especial para alunos com deficiência intelectual, deficiência física neuromotora,

deficiência visual, surdez, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação” e demais serviços de apoio complementar

especializado.

3.1 A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I

Como Serviço de Apoio Complementar Especializado, destacam-se a Sala

de Recursos Multifuncional Tipo I atendendo aos alunos portadores de

deficiência intelectual, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos

funcionais específicos, deficiências físicas neuromotoras, altas

habilidades/superdotação. Definição: Serviço de apoio especializado de 1ª a 8ª

séries e Ensino Médio ofertado no período contrário daquele em que o aluno

frequenta na classe comum, com professor da Educação Especial, em espaço

físico adequado, de natureza pedagógica, que complementa o atendimento

educacional realizado em classes comuns da Educação Básica e é destinado a

alunos com deficiência intelectual, física neuromotora, transtornos globais do

desenvolvimento – TGD (autismo, síndromes do espectro do autismo, síndrome

de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicose infantil), síndrome de

Asperger, entre outros transtornos invasivos) ou transtornos funcionais

específicos, que envolvem distúrbios de aprendizagem (dislexia, discalculia,

disgrafia, disortografia) e transtornos do déficit de atenção e hiperatividade,

alunos que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas

e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito,

estereotipado e repetitivo.

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Também são atendidos nestas salas os alunos com altas

habilidades/superdotação, os quais demonstram potencial elevado em qualquer

uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica,

liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade,

envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse

(BRASIL, MEC/SEESP, 2008).

A inclusão educacional é um processo gradativo, dinâmico e em transformação

que exige do poder da escola o absoluto respeito às diferenças individuais do aluno e a

responsabilidade quanto à oferta e manutenção dos serviços e apoio especializados

mais apropriados ao atendimento de cada educando, tanto no âmbito da escola

regular.

Com o objetivo de corresponder aos anseios de todos os alunos,

oportunizar a reflexão sobre a necessidade de ressignificar a ação pedagógica de

modo a contemplar os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem presente em sala de

aula.

Também contribuíram para mudança, a discussão de projetos curriculares

flexíveis para atender a diversidade e necessidade dos alunos.

A garantia da escola pública para todos significa dar acesso aqueles que

a ela se reportam. Apenas a matrícula não garante a permanência do aluno na escola.

A cultura escolar deve permitir que os educandos tenham um transcurso

contínuo e progressivo com apresentação de resultados de aprendizagem.

O colégio oferece Sala de Recursos para atenuar as diferenças e

melhorar a integração do aluno no processo de ensino aprendizagem.

As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas

de desenvolvimento da aprendizagem apresentado pelos alunos, em caráter

temporário ou permanente, bem como os recursos que a escola deverá proporcionar

objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem e compreendem:

- Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de

desenvolvimento;

- Dificuldade de comunicação e sinalização;

- Condutas típicas;

- Superdotados/altas habilidades.

A avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais é

realizada no contexto escolar contando com a participação do professor e da equipe

técnica pedagógica da escola de modo processual e contínuo com objetivo de avaliar

os conhecimentos prévios, as potencialidades, as possibilidades assim como as

necessidades que comprometem o processo de aquisição de aprendizagem.

Esse processo avaliativo ajuda o professor a investigar e acompanhar o

desenvolvimento, tanto no processo de ensino quanto a aprendizagem refletindo sobre

prática pedagógica e reformulando quando necessário.

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A oferta da Sala de Recursos, na escola visa ao atendimento de alunos com

necessidades especiais nas áreas da deficiência intelectual e condutas típicas

neurológicas.

A Sala de Recursos é ofertada no contra turno com professor da educação

especial, em espaço físico adequado onde o atendimento pedagógico se dá

individualmente ou em pequenos grupos com objetivo de melhorar o processo global

dos alunos que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem com utilização

de programações específicas, métodos, estratégias, atitudes diversificadas e

extracurriculares. 3.2 SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO II E/OU O CENTRO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA VISUAL – CAEDV

Definição: é um atendimento educacional especializado para alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos visuais (ambliopia funcional, distúrbios de alta refração e doen-ças progressivas), que funciona em estabelecimentos do ensino regular da Educação Básica, das redes: estadual, municipal e particular de ensino, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, também, em instituições co-munitárias ou filantrópicas, sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente (Instrução nº 020/2010).

3.3 PROFESSOR DE APOIO À COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

Assegurado pela Instrução Normativa nº009/2009, é um profissional

especializado, que atua no contexto da sala de aula, nos estabelecimentos do

Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, onde o apoio

fundamenta-se na mediação da comunicação entre o aluno, grupo social e o

processo de ensino e aprendizagem, cujas formas de linguagem oral e escrita se

diferenciam do convencionado.

3.4 PROFISSIONAL INTÉRPRETE E INSTRUTOR SURDO (ÁREA DA SURDEZ)

Profissional bilíngue Intérprete (Libras/Língua Portuguesa) que atua no

contexto do ensino regular onde há alunos surdos, usuários da Língua de Sinais,

regularmente matriculados nos diferentes níveis e modalidades da Educação

Básica. Profissional Instrutor surdo que atua em serviços especializados,

desenvolvendo atividades relacionadas ao ensino e à difusão da Língua Brasileira

de Sinais – Libras e de aspectos socioculturais da surdez na comunidade escolar. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

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3.5 SALAS DE APOIO PEDAGÓGICO

Salas de Apoio são salas que têm como objetivo atender aos alunos dos

anos finais do Ensino Fundamental em suas dificuldades de aprendizagem, no

que se refere aos conteúdos básicos das disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática, com o atendimento no contra turno. Atendimento Especializado e Apoio Pedagógico

A Legislação vigente que regulamenta o funcionamento da Sala de Apoio à

Aprendizagem é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, o parecer

CNB nº 04/98 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino Fundamental,

a Deliberação nº 007/99 CEE-PR, que define normas gerais para a Avaliação do

Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de alunos, do Sistema

Estadual de Ensino e a Resolução Secretarial nº 2772/2011, que regulamenta a

ampliação das Salas de Apoio.

As principais dificuldades encontradas pelos professores, equipe pedagógica e direção

para o bom funcionamento da Sala de Apoio à Aprendizagem se concentra na falta de

incentivo dos pais, transporte escolar, espaço físico adequado pra o atendimento dos

alunos e ainda identificação correta dos alunos que realmente apresentam dificuldades de

aprendizagem e não os que precisam de reforço escolar ou indisciplina.

Os fatores que contribuem pra a desistência dos alunos é a falta de interesse por parte

dos próprios educandos, pouco apoio dos familiares.

O perfil do professor que atua no programa deve ser de alfabetizador, de preferência com

experiência nas séries inicias do ensino fundamental - 1º segmento, devido a grande

defasagem apresentada pelos alunos nos conteúdos básicos.

Com relação aos fatores que impedem um trabalho articulado com todo o coletivo da

escola é o conhecimento do funcionamento da Sala de Apoio e a função de cada parte

envolvida no programa.

A efetivação da Sala de Apoio só se concretizará a partir do envolvimento de professores,

equipe pedagógica, direção e dos pais.

O livro registro de classe, como em qualquer modalidade de ensino é indispensável para

o sucesso do programa, pois é através dele que há o controle de presenças e o registro

dos conteúdos trabalhados.

A ficha de encaminhamento do aluno é de extrema importância, porque através dela o

professor regente relata as dificuldades apresentadas pelos alunos e o professor da sala

de apoio elabora seu plano de trabalho e registra os avanços obtidos pelos educandos.

A dinâmica de movimentação deve ser de acordo com a superação das dificuldades dos

alunos, em consonância com o professor regente, o professor de apoio, direção e equipe

pedagógica.

Cada profissional da escola tem uma função específica em se tratando do funcionamento

da sala de apoio.

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A direção e a equipe pedagógica deve apresentar o programa ao coletivo da escola,

decidir juntamente com o professor regente sobre o encaminhamento dos alunos com

defasagens, orientar os professores nos relatórios, garantir a presença dos professores

no conselho de classe, orientar sobre a elaboração e aplicação do Plano Trabalho

Docente. Cabe ainda, incentivar e orientar a família sobre a necessidade e a importância

da frequência, disponibilizar espaço físico adequado, alimentação e materiais didáticos,

acompanhar os avanços, oportunizar o atendimento a novos alunos.

Pode-se acrescentar ainda, o papel do professor regente que é muito importante, pois é

ele que fará o diagnóstico das dificuldades referentes aos conteúdos básicos de Língua

Portuguesa e Matemática para a encaminhamento do aluno no programa. Cabe a ele

também, participar das ações pedagógicas propostas pela escola para promover o

processo ensino aprendizagem.

O professor regente deve estar sempre em contato com a equipe pedagógica e com o

professor da sala de apoio para decidir a permanência ou a desligamento dos alunos do

programa.

O professor da Sala de Apoio à Aprendizagem deve elaborar seu Plano Trabalho Docente

de acordo com o Projeto Politico Pedagógico da escola para Língua Portuguesa e

Matemática, juntamente com a equipe pedagógica e professores regentes.

Existem várias atribuições a esse professor:

desenvolver o plano de trabalho docente;

disponibilizar as atividades dos alunos para acompanhamento de seus avanços;

manter o livro registro de classe atualizado;

comunicar as faltas dos alunos à equipe pedagógica;

elaborar materiais didático-pedagógicos;

participar do conselho de classe;

participar da Formação Continuada;

preencher e entregar os documentos referentes ao programa no prazo.

Os conteúdos a serem desenvolvidos são:

Língua Portuguesa:

Oralidade, leitura e escrita, tanto para o 6º ano quanto para o 9º ano.

Matemática:

6 º ano - Formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares.

9º ano – Reconhecer as características e prioridades dos triângulos e quadriláteros;

porcentagem; leitura, construção e interpretação de tabelas e gráficos; identificar e

reconhecer números nas diversas representações; operações com números; cálculos de

perímetro e área de polígonos; cálculos de conversão de medidas; noções de função afim

e quadrática.

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4. AVALIAÇÃO

Avaliar é uma constante do dia-a-dia, a todo instante as pessoas estão

valorando as coisas com base em impressões e sentimentos. Nas ações

cotidianas, nas interações, durante o lazer, a avaliação sempre se faz presente

incluindo um julgamento de valor sobre cada indivíduo, sobre cada ato ou ação,

sobre o resultado de trabalhos, enfim, sobre tudo e todos. Na dinâmica da

escola, a avaliação incide sobre ações ou sobre objetos específicos, isto é, na

aprendizagem do aluno, no seu aproveitamento e, também, no plano de ação. A

avaliação vem sendo um dos temas educacionais mais discutidos dentro das

escolas e no contexto educacional. Fato justificado pelos resultados

incompatíveis que as escolas vêm expressando frente às expecta-tivas de alunos

e pais, marco este preponderante, muito mais até que a repercussão na evasão.

Para estudar e refletir esse tema, nos dias atuais faz-se necessário uma viagem

pelo processo histórico educacional, apontando elementos do ponto inicial da

avaliação na busca da clareza e compreensão dos motivos que fazem o processo

avaliativo aterrorizar os indivíduos quando avaliados.

A avaliação é uma atividade inerente ao trabalho docente na escola atual e é

apontada como um dos pontos principais para o alcance de uma prática

pedagógica mais efetiva no cumprimento de seus propósitos. Os educadores

necessitam buscar alternativas para superar o sistema avaliativo atual que

classifica e exclui os alunos, além de considerarem os sistemas de avaliação em

larga escala para repensarem suas práticas pedagógicas focando na educação

de qualidade.

A avaliação da aprendizagem tem como função dimensionar a qualidade da apren-

dizagem dos educados em sala de aulas e — no caso da avaliação de

acompanhamen-to do educando no seu percurso de aprender — se necessário,

proceder a uma inter-venção de correção na aprendizagem (ensinar de novo, se

necessário); já a avaliação dos sistemas de ensino tem a função de verificar a

qualidade do sistema em termos de sua eficácia em produzir os resultados

desejados. (Luckesi, 2010)

Quais as formas de avaliação existentes na

escola? Como é realizado o Conselho de Classe? Há

avaliação dos docentes, dos alunos, da comunidade? A avaliação escolar vem se constituindo em um problema há longa data. É ela quem decide quem continuará estudando, o papel que desempenhará na sociedade, bem como quem entra no mercado de trabalho e quem fica no meio do caminho (Perrenoud, 1999). Acredita-se, pelo contexto vivenciado, que não se tem visto uma compreensão do importante papel que a avaliação desempenha no processo ensino-aprendizagem.

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O aluno passa por um processo de avaliação constante durante o período escolar. Na contemporaneidade ainda existem educadores que consideram o instante da avaliação unicamente ao aplicar as tão antigas “provas”. O educador que está sempre em busca do crescimento profissional, sabe que na realidade é tudo bem diferente. Tem se realizado formação continuada sobre o tema, existe diversas bibliografia, onde o professor deve estar atento e aprimorando seu conhecimento. Em uma concepção pedagógica mais moderna, a educação é entendida como experiência de vivências múltiplas, associando o desenvolvimento total do educando. A avaliação do processo de ensino e aprendizagem é contínua, cumulativa e sistemática na escola, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à programação curricular. A avaliação não deve priorizar apenas o resultado ou o processo, mas a prática de investigação, devendo, questionar a relação ensino-aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. Os erros são tidos como indicadores que demonstram como o aluno está relacionando os conhecimentos que já possui com os novos conhecimentos que estão sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão destes. Ao avaliar um aluno, é possível verificar o que os alunos conhecem sobre um determinado conteúdo, orientando o professor de forma que possa planejar as atividades de acordo com as dificuldades dos alunos. Tal procedimento favorece o avanço de cada um deles durante o ano letivo. Bem como revela ao profissional em que ele precisa estar atento em suas atividades. A avaliação é recíproca, professor avalia aluno e o resultado avalia o desempenho do professor. A avaliação Prova não deve ser o único instrumento para decidir sobre aprovação e reprovação do aluno. A decisão de aprovação e retenção do aluno exige do coletivo do Colégio uma análise das possibilidades que esse Colégio pode ofertar para garantir um bom ensino. O seu mau emprego pode causar evasão do aluno, danos em seu autoconceito, impedir que ele tenha acesso a um conhecimento sistematizado e, portanto, restringir a partir daí suas oportunidades de participação social. A complexidade do fenômeno da avaliação é realçada por Perrenoud (1990), segundo o qual não existe avaliação sem relação social e sem comunicação interpessoal, tratando-se de um mecanismo do sistema de ensino que converte as diferenças culturais em desigualdades escolares. Por outro lado, a análise do processo avaliatório mostra que:

não existem medidas automáticas, avaliações sem avaliador nem avaliado; nem se pode reduzir um ao estado de instrumento e o outro ao de objeto. Trata-se de atores que desenvolvem determinadas estratégias, para as quais a avaliação encerra uma aposta, sua carreira escolar, sua formação.(...) Professor e aluno se envolvem num jogo complexo cujas regras não estão definidas em sua totalidade, que se estende ao longo de um curso escolar e no qual a avaliação restringe-se a um momento. (1990, p.18).

No cotidiano está-se constantemente avaliando e sendo avaliado por aqueles que estabelecem processos de interação, mesmo que muitas vezes não se perceba conscientemente. Existe, entretanto, um espaço onde essa avaliação delimita muitas vezes o rumo dos sujeitos: a escola.

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A avaliação escolar fica clara através das notas que os alunos conseguem atingir, toda via a forma pela qual essa avaliação é retratada por alguns profissionais, frequentemente vem originando prejuízos àqueles que a ela são submetidos. A indiferença por boa parte dos professores dos conhecimentos que os alunos trazem de sua experiência de vida faz com que muitas vezes estes fiquem desanimados para a aprendizagem que deles vai ser solicitada pelo currículo escolar. Se o aluno não conseguiu apreender os conhecimentos que a instituição pretendia que ele o fizesse, é classificado como fracassado. Os saberes construídos fora do âmbito escolar perdem sua legitimidade na escola, uma vez que só são reconhecidos os padrões estabelecidos pela instituição, e o aluno da camada social menos favorecida, fracassa diante da expectativa a seu respeito. A escola determina o que o aluno deve aprender. Verifica-se que a avaliação tem relação com a maneira que o professor interpreta as respostas dadas pelos alunos. Em geral a avaliação é vista pelo aluno como um ato unilateral para promoção, e não como parte do processo de ensino – aprendizagem e, para muitos professores, é mais um ritual exigido pela escola, tendo em vista a premiação dos melhores. Percebe-se que a prática avaliativa, que ainda ocorre em grande parte das instituições e do sistema educacional, dá maior ênfase aos aspectos quantitativos. Avaliar qualitativamente, não é apenas pautar-se em dados quantificáveis, mas utilizar estes dados dentro de um quadro mais amplo, onde o envolvimento e comprometimento do professor são fundamentais. Através dessa prática, educando e educador, são colocados frente às suas expectativas. Nesse tipo de avaliação o educador deixa de ser um coletor de dados quantificáveis para se tornar um investigador da aprendizagem do aluno, da forma pela qual estão aprendendo e do que fazer para melhora-la, interpretando os fatos dentro de um quadro de valores que fundamentam sua postura. 4.1 AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA NO BRASIL

A década de 90 foi marcada pela avaliação educacional em larga escala, em

resposta aos altos índices de abandono, de reprovação e de analfabetismo, pela

precarização das escolas públicas, como uma forma de resgatar a qualidade do

ensino, que por meio de indicadores de qualidade (avaliação em larga escala), dão

indicadores sobre o desempenho das escolas brasileiras, como é o caso do

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB.

4.1.1 DO SAEB

O SAEB é uma ação do Governo Federal desenvolvida pelo Instituto Nacional

de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP.

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Avalia o desempenho dos alunos brasileiros nas disciplinas de Língua

Portuguesa (foco: Leitura) e Matemática (foco: resolução de problemas), aplica

questionários no intento de coletar dados sobre alunos, professores e diretores de

escolas públicas e privadas em todo o Brasil. Por meio dessas informações o MEC

e as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação conseguem delinear e definir

ações voltadas para a correção de distorções e debilidades, além de direcionar

recursos técnicos e financeiros para áreas prioritárias. O objetivo deste destino

financeiro e técnico é o desenvolvimento do Sistema Educacional Brasileiro e a

redução das desigualdades existentes. Portanto, o SAEB tem por objetivo oferecer

subsídios para a formulação, reformulação e monitoramento de políticas públicas,

contribuindo para a ampliação da qualidade do ensino brasileiro. A partir de 2005 o

SAEB se organiza em duas avaliações: 1- Avaliação Nacional da Educação Básica

(ANEB) e 2 - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC):

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5. DIRETRIZES DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 2011 – 2020:

I. erradicação do analfabetismo;

II. universalização do atendimento escolar;

III. superação das desigualdades educacionais;

IV. melhoria da qualidade do ensino;

V. formação para o trabalho;

VI. promoção da sustentabilidade socioambiental;

VII. promoção humanística, científica e tecnológica do país;

VIII. estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em

educação como proporção do produto interno bruto;

IX. valorização dos profissionais da educação;

X. difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão

democrática da educação.

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5.1 METAS MEC/2012 (RESULTADOS BRASIL)

In.: Apresentação do Prof. Dr. Antonio César Russi Calegari – Secretário da Secretaria de

Educação Básica/SEB/MEC – Encontro de Gestores da Rede Estadual do Paraná - 05/03/2012.

IA DE

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Média IDEB Nacional e Estadual – 2009

Nacional Estadual

Anos Iniciais EF 4,4 5,2

Anos Finais EF 3,7 4,1

Ensino Médio 3,4 3,9

Meta proposta para IDEB Estadual – 2013

Metas para 2013/SEED

EF (anos finais) 4,6

Ensino Médio 4,4

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

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6. BOLETIM INFORMATIVO DOS RESULTADOS DA ESCOLA

O boletim informativo estará disponível no portal da Secretaria de Educação do

Paraná no endereço: www.educacao.pr.gov.br

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7. ESCALA DE PROFICIÊNCIA

Para cada unidade escolar é calculada uma média da proficiência dos

participantes da avaliação, sendo que essa média é expressa em uma escala de 0

a 500, definindo assim as es-calas de Língua Portuguesa e de Matemática, como

ferramenta utilizada para sistematizar as informações, conforme abaixo:

A descrição dos níveis da escala de desempenho de Língua Portuguesa e

Matemática – Ensino Fundamental encontra-se no Anexo 1 – página 35.

Os níveis da escala de proficiência em Língua Portuguesa e matemática – 3.º ano do

TARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

20

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8. QUESTÕES APONTADAS PARA REFLEXÃO COM BASE NOS TEMAS E QUE

PODERÃO SER TRABALHADAS NA OFICINA DE PEDAGOGOS

8.1 APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO/ABANDONO/EVASÃO ESCOLAR

- Qual o índice de evasão escolar por modalidade/nível de ensino em sua

escola?

- Quais os fatores internos que influenciam a evasão escolar?

- Como a equipe diretiva orienta o trabalho pedagógico buscando sanar as

dificuldades em cada aspecto para evitar a evasão escolar?

- Quais os fatores externos que geram a evasão escolar?

- Quais as dificuldades da equipe diretiva em implementar ações preventivas

da evasão escolar?

- Como o trabalho docente contribui ou não para a evasão?

- Qual conhecimento falta aos profissionais da educação para planejar o

trabalho escolar com vistas a prevenir a evasão? - O Plano de Ação na gestão da escola prevê o trabalho para evitar a evasão. Como está elaborado o de sua escola? - O que dificulta para que o momento de Conselho de Classe seja de reflexão e tomada de decisão com o intuito de prevenir a evasão? - Quais as dificuldades da equipe pedagógica para orientar os profissionais no trabalho pedagógico da sala de aula? - Quais as dificuldades da equipe pedagógica na realização do Pré-Conselho de Classe, momento em que se realiza o levantamento de dados para o Conselho de Classe? - Quais os procedimentos da Equipe Pedagógica para manter em dia o fluxo de informações e o encaminhamento da comunicação do aluno ausente para o Conselho Tutelar? - Com que frequência a escola realiza reuniões com as famílias?

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- Quais os assuntos que requerem mais a convocação de pais e ou responsáveis no dia a dia escolar? - Como é analisado o tema evasão/abandono/reprovação? - Como a escola coloca a família a par das Políticas Educacionais para que adquiram maior compromisso com a permanência do filho na escola? - Qual a importância do Conselho Escolar para a instituição de ensino? - Qual a frequência em que o colegiado reúne-se para discutir os assuntos necessários ao contexto escolar? - Sua escola tem constituído o Grêmio Estudantil? Qual a atuação do mesmo? Como você vê a atuação do Grêmio perante a comunidade escolar? - O aluno com reprovações sucessivas tem ficado retido nas mesmas disciplinas e turno? - Há rotatividade de professores nas disciplinas com grande índice de evasão e reprovação durante o mesmo ano letivo? - Existe alguma ação na escola referente à adequação idade/série? - O que são atividades complementares em contraturno permanentes? E periódicas? - Quais atividades complementares são ofertadas pela escola e como acontece a decisão de qual ou quais atividades ofertar com vistas a prevenir a evasão? - O Plano de Ação na gestão da escola prevê o trabalho para evitar a evasão. Como está elaborado o de sua escola? - O que dificulta para que o momento de Conselho de Classe seja de reflexão e tomada de decisão com o intuito de prevenir a evasão? - Quais as dificuldades da equipe pedagógica para orientar os profissionais no trabalho pedagógico da sala de aula? - Quais as dificuldades da equipe pedagógica na realização do Pré-Conselho de Classe, momento em que se realiza o levantamento de dados para o Conselho de Classe? - Quais os procedimentos da Equipe Pedagógica para manter em dia o fluxo de informações e o encaminhamento da comunicação do aluno ausente para o Conselho Tutelar?

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- Com que frequência a escola realiza reuniões com as famílias? - Quais os assuntos que requerem mais a convocação de pais e ou responsáveis no dia a dia escolar? - Como é analisado o tema evasão/abandono/reprovação? - Como a escola coloca a família a par das Políticas Educacionais para que adquiram maior compromisso com a permanência do filho na escola? - Qual a importância do Conselho Escolar para a instituição de ensino? - Qual a frequência em que o colegiado reúne-se para discutir os assuntos necessários ao contexto escolar? - Sua escola tem constituído o Grêmio Estudantil? Qual a atuação do mesmo? Como você vê a atuação do Grêmio perante a comunidade escolar? - O aluno com reprovações sucessivas tem ficado retido nas mesmas disciplinas e turno? - Há rotatividade de professores nas disciplinas com grande índice de evasão e reprovação durante o mesmo ano letivo? - Existe alguma ação na escola referente à adequação idade/série? - O que são atividades complementares em contraturno permanentes? E periódicas? - Quais atividades complementares são ofertadas pela escola e como acontece a decisão de qual ou quais atividades ofertar.

Evasão Escolar

Problemas levantados:

Aumento índice de evasão;

Escola não atrativa (desmotivadora);

Indisciplina/ gravidez precoce/problemas de saúde;

Negligencia familiar;

Trabalho;

Transporte (difícil acesso).

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Ações de intervenção pedagógica:

Diagnósticos dos motivos que levam a evasão;

Formação continuada dos professores;

Reuniões com os familiares;

Conscientização dos alunos acerca da importância de seus estudos no exercício

de uma futura profissão e da própria cidadania;

Melhoria da qualidade de ensino. ( pedagógica/ gestão/ recursos humanos e

material);

Intervenção direta ( contato com a família/ Conselho Tutelar e Ministério Público;

Utilizar a legislação vigente;

Sala de apoio;

Valorização dos professores e alunos;

Enfrentamento do problema da evasão de forma articulada ( escola/ conselho

tutelar e ministério público).

T ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

8.2 VIOLÊNCIA/DROGADIÇÃO

- Quais os principais problemas de violência na escola?

- Quais ações pedagógicas são realizadas para resgatar os alunos que se

evadem antes de encaminhar a comunicação do aluno ausente para o Conselho

Tutelar?

- O que fazer quando o Conselho tutelar não procede a resposta à

solicitação da escola e o aluno não retorna à sala de aula?

- Como acontece a participação dos alunos no processo educativo?

- Como proceder em caso de “suspeita” de uso de drogas? Como abordar o

assunto?

- Como proceder em caso de suspeita de tráfico de drogas no interior da escola?

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- Qual a diferença entre indisciplina e ato infracional?

- Como identificar os principais indícios de violência sexual, psicológica,

etc.?

- Em sua escola há problemas de disciplina? Ao que se atribui a indisciplina

escolar na sala de aula?

- Quem deve ser responsabilizado pela disciplina da sala de aula?

- Como orientar os alunos para o uso do banheiro nas questões de

diversidade de gênero?

- Que conhecimento falta aos profissionais a respeito da diversidade de gênero?

- Como proceder com o professor que não aceita o aluno indisciplinado em

sala de aula?

- Em que momentos a instituição compartilha o Regimento Escolar com

pais, alunos e professores?

- Com base no Regimento Escolar, quais penalidades/ações são

encaminhadas aos alunos para que os pais tomem conhecimento e o aluno reflita

sobre o proceder?

- Qual a relação da escola com o Conselho Tutelar? E com a Patrulha Escolar? - Qual o tempo de atestado médico do aluno que permite que seja solicitado o professor do Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar- SAREH? Como evidenciar que o aluno necessitará de continuidade e orientar os pais para que dialoguem com o médico responsável para que o acompanhamento não seja interrompido? VIOLÊNCIA/DROGADIÇÃO

Problemas Levantados

Mídia evidência a questão com naturalidade;

Bullying;

Tráfico de drogas dentro e fora do contexto escolar;

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Evasão escolar;

Violência no contexto escolar;

Falta de orientação familiar;

Dificuldades de aprendizagem;

Inadequação ao contexto escolar;

Indisciplina;

Violência familiar;

Alcoolismo na família;

Gênero e Diversidade;

8.3 ATENDIMENTO ESPECIALIZADO E APOIO PEDAGÓGICO

- Qual a legislação vigente que regulamenta o funcionamento da Sala de

Apoio à Aprendizagem?

- Quais são as principais dificuldades dos professores/equipe pedagógica e

direção para o atendimento da Sala de Apoio à Aprendizagem bisseriada e/ou

multisseriada?

- Quais são os fatores que contribuem para a desistência dos alunos da Sala

de Apoio à Aprendizagem?

- Qual o perfil adequado para os professores que atuam na Sala de Apoio à Aprendizagem?

- O que impede um trabalho articulado com todo o coletivo da escola para o

atendimento dos alunos que estão na Sala de Apoio à Aprendizagem?

- De que maneira direção/equipe pedagógica e professores podem organizar

o trabalho na Sala de Apoio à Aprendizagem, visando dinamizar o programa?

- O livro Registro de Classe é importante na Sala de Apoio à Aprendizagem?

Justifique sua resposta.

- A ficha de encaminhamento do aluno para a Sala de Apoio à Aprendizagem

é importante? Como e quando esta ficha deve ser preenchida?

- Como deve ser a dinâmica de movimentação dos alunos na Sala de Apoio

à Aprendizagem?

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- Qual é o papel do diretor e da equipe pedagógica no que se refere a Sala

de Apoio à Aprendizagem?

- Quais conteúdos devem ser trabalhados na Sala de Apoio à Aprendizagem,

sabendo que a proposta do programa não é reforço?

- O aluno encaminhado para a Sala de Apoio à Aprendizagem precisa de um

atendimento especial. De que forma todas as disciplinas podem se envolver nesse

processo?

- Os alunos permanecem no estabelecimento no horário do almoço? Quais as

dificuldades para propiciar esse atendimento?

- Sua escola tem recursos materiais suficientes para atender aos professores

e aos alunos da Sala de Recursos?

- Como é o contato entre professores das Salas de Recurso Multifuncional e

os demais professores para fins didáticos pedagógicos?

- Os pais demonstram compromisso com o cronograma de atendimento ao

filho na escola?

- Qual a maior dificuldade com relação à formação continuada dos

professores da Sala de Recursos? Quais as disciplinas que requerem mais

conhecimento/formação?

- A escola dispõe de ambiente adequado para os estudos?

- A escola caminha para o atendimento dos alunos em tempo integral?

- Que critérios são utilizados para identificar as dificuldades cognitivas dos

alunos e quanto aos encaminhamentos para neurologistas, psiquiatras,

psicólogos?

- Em qual campo há maior deficiência na formação/orientação dos

profissionais?

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ATENDIMENTO ESPECIALIZADO E APOIO PEDAGÓGICO

Problemas Levantados

Falta de conhecimento da legislação vigente;

Falta de transporte escolar;

Falta de incentivo familiar para freqüentar o atendimento ou apoio pedagógico;

Falta de interesse por parte dos alunos;

Formação inadequada dos professores;

Ausência de instalações físicas adequadas ao funcionamento dos atendimentos;

Não compreensão da organização pedagógica interdisciplinar;

Diagnóstico tardio da dificuldade apresentada pelo aluno;

Intervenções Pedagógicas

Diagnóstico das dificuldades apresentadas pelos alunos;

Observação do Livro Registro de Classe;

Conselho de Classe;

Ficha de encaminhamento dos alunos;

Plano de trabalho docente;

Plano gestor evidenciando a questão do apoio pedagógico;

Conscientização da família;

Reuniões pedagógicas;

Reuniões com pais;

Formação continuada dos docentes em relação ao processo de alfabetização;

Estudo da legislação vigente;

8.4 AVALIAÇÃO

- Como os profissionais da educação reconhecem a avaliação como meio de

prevenção ou contribuição para a evasão escolar?

- Quais as dificuldades dos profissionais quanto à efetivação da avaliação

conforme a determinação legal?

- Como a equipe pedagógica orienta profissionais iniciantes sobre a

concepção de avaliação da escola?

- Quais as maiores dificuldades encontradas por estes profissionais

observadas pela Equipe Pedagógica?

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- De que forma a escola se apropria dos resultados da avaliação externa

para encaminhar mudanças no interior da escola?

- Como é realizada a avaliação interna da instituição? Com que frequência?

Quais os encaminhamentos dados?

- Qual a participação dos alunos para a avaliação interna da instituição?

Como a escola trabalha com os alunos a concepção de avaliação?

- Quais os direcionamentos dados pelos professores para que os alunos

percebam a avaliação como parte dos processos de ensino e aprendizagem?

- Como a instituição encaminha a constituição e formação do Grêmio

Estudantil para que os alunos sejam mais participativos no processo de ensino?

- Como a avaliação pode subsidiar a prática docente?

Avaliação

Problemas levantados:

Percepção por parte dos educadores que a única forma de se avaliar é através do instrumento provas, ou veem nela a única forma de verificação do nível de aprendizagem;

Falta compreensão por parte dos professores no tange a instrumentos de avaliação/ critérios de avaliação/ organização;

Veem a avaliação como um processo unilateral, e não relacional de ensino e aprendizagem.

Ações de Intervenção Pedagógicas

Reuniões pedagógicas abordando a problemática; Resultado das avaliações em gráficos e tabelas, para análise junto aos professores; Trabalhar com os professores que o processo avaliativo é inerente ao processo

ensino e aprendizagem; Preparar o Grêmio Estudantil para ser mais ativo no processo de ensino.

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ANEXO Índices de Aprovação 2011 por período

Matutino 2011

APROVADO % 62,83

REPROVADO % 17,10

APROVADO CONSELHO DE CLASSE % 17,10

EVASÃO % 2,97

Vespertino 2011

APROVADO % 64,57

REPROVADO % 17,71

APROVADO CONSELHO DE CLASSE % 15,43

EVASÃO % 2,29

Noturno 2011

APROVADO % 16,52

REPROVADO % 42,61

APROVADO CONSELHO DE CLASSE % 9,57

EVASÃO % 31,30

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REFERÊNCIAS

Schwartzman, Simon. O teto de vidro da educação brasileira. In.: A nova agenda:

Desafios e oportunidades para o Brasil. Brasília: Instituto Teotônio Vilela, 2012, p. 56-64

(in mimeo).

BEATO, Cláudio. Segurança Pública. In.: A nova agen-da: Desafios e oportunidades

para o Brasil. Brasília: Instituto Teotônio Vilela, 2012, p. 46-55 (in mimeo).

ALMEIDA, Fernando José de, FRANCO, Monica Gardelli. A avaliação e o professor. In.:

Avaliação para a aprendizagem: O processo avaliativo para melhorar o desempenho dos

alu-nos. São Paulo: Ática Educadores, 2011, 32-33 (in mimeo).