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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS História Geografia caderno de questões Daniel Hortêncio de Medeiros Laércio de Mello

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CIÊNCIAS HUMANASE SUAS TECNOLOGIAS

História Geografia

caderno de questões

Daniel Hortêncio de MedeirosLaércio de Mello

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CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

M438c

Medeiros, Daniel Hortêncio deCurso preparatório para o novo ENEM : caderno de questões: ciências humanas

e suas tecnologias: história e geografia: livro 1 / Daniel Hortêncio de Medeiros, Laércio de Mello. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2009.

90 p.

ISBN 978-85-387-0472-0

1. Exame Nacional de Ensino Médio. 2. Ensino médio - Estudo e ensino. 3. História (Ensino médio) - Problemas, questões, exercícios. 4. Geografia - (Ensino médio) - Problemas, questões, exercícios. I. Mello, Laércio de. II. Título.

09-3643 CDD: 373CDU: 373.5

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HistóriaHistóriaDaniel Hortêncio de Medeiros

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SumárioAula 1 .........................................................................................5

Gabarito ........................................................................................ 10

Aula 2 .......................................................................................13

Gabarito ........................................................................................ 18

Aula 3 .......................................................................................21

Gabarito ........................................................................................ 28

Aula 4 .......................................................................................31

Gabarito ........................................................................................ 37

Aula 5 .......................................................................................39

Gabarito ........................................................................................ 43

Aula 6 .......................................................................................47

Gabarito ........................................................................................ 52

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Aula 1

Vamos apresentar modelos de questões que se enquadram nas competências e habi-lidades solicitadas pelo MEC. Igualmente, não vamos esquecer nem os eixos cognitivos que perpassam todas as competências e nem os ob-jetos de conhecimento estabelecidos para essa matriz. Por fim, ainda atentaremos para os dois eixos de dificuldade: o eixo de complexidade, determinado pelos verbos, e o de densidade, determinado pelas mediações exigidas em cada questão. É essa rede matricial que permite à prova do Enem uma variedade quase infinita de possibilidades.

QUESTÃO 1

Do que se pode depreender que

o engenho foi empreendimento que de-a) mandou não só recursos, mas, igual-mente, capacidade de gerenciamento.

todas as profissões e atividades men-b) cionadas articulavam-se no universo fa-bril do engenho com o único propósito de atender aos interesses de Portugal.

a descrição de Antonil revela, ao contrá-c) rio do que se apregoa, uma harmonia social no mundo do açúcar.

a descrição de Antonil não pode ser con-d) siderada como válida, pois trata-se ape-nas da opinião de alguém que viveu no período.

a descrição permite concluir que a com-e) plexidade do mundo do açúcar foi a mais extensa do período colonial.

QUESTÃO 2

Os anos _____ chegaram ao fim com uma geração de jovens, filhos do chamado baby boom, que vivia no auge da prospe-ridade financeira, em um clima de euforia consumista gerada nos anos do pós-guerra nos Estados Unidos. A nova década que começava já prometia grandes mudanças no comportamento, iniciada com o sucesso do rock’n’roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior símbolo.

A imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingênua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando. As moças bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas

André João Antonil nasceu em Luca, na região da Toscana, na Itália, e faleceu na Bahia, aos 77 anos. Chegou nesta terra com 32 anos, disposto a avaliar detalhadamente os homens que aqui viviam e as riquezas que o Brasil poderia oferecer para Portugal, preocupando-se em compreender senhores e escravos, atores centrais da nossa eco-nomia e vida colonial. Sobre o senhores, escreveu o seguinte: “Servem ao senhor do engenho, em vários ofícios, além dos escra-vos de enxada e foice que têm nas fazendas e na moenda, e fora os mulatos e mulatas, negros e negras de casa, ou ocupados em outras partes, barqueiros, canoeiros, calafa-tes, carapinas, carreiros, oleiros, vaqueiros, pastores e pescadores. Tem mais, cada senhor destes, necessariamente, um mestre de açúcar, um banqueiro e um contraban-queiro, um purgador, um caixeiro no engenho e outro na cidade, feitores nos partidos e roças, um feitor-mor do engenho, e para o espiritual um sacerdote seu capelão, e cada qual destes oficiais tem soldada.”

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de Dior e atacavam de calças cigarette, em um prenúncio de liberdade.

Div

ulga

ção

Alm

anaq

ue U

OL.

Os anos _____, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos. Era a vez dos jovens, que influen-ciados pelas ideias de liberdade on the road [título do livro do beatnik Jack Keurouac] da chamada geração beat, começavam a se opor à sociedade de consumo vigente. O movimento, que nos ___ vivia recluso em ba-res nos Estados Unidos, passou a caminhar pelas ruas nos anos _____ e influenciaria novas mudanças de comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década.

Nesse cenário, a transformação da moda iria ser radical. Era o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.

Conscientes desse novo mercado con-sumidor e de sua voracidade, as empresas criaram produtos específicos para os jovens, que, pela primeira vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos. Aliás, a moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.

(Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br>.)

O texto acima faz referência a qual década?

1940.a)

1950.b)

1960.c)

1970.d)

1980.e)

QUESTÃO 3

Terminada a tarde, um punhado de da-dos, quase nada. Mas são exclusivamente nossos, de quem soube ir a seu encontro, e a caçada foi muito mais importante que o animal capturado. Cabe perguntar se o historiador encontra-se alguma vez mais próximo da realidade concreta, dessa verda-de que anseia por atingir e que lhe escapa permanentemente, do que no momento em que tem diante de si, examinando-os atenta-mente, esses restos de escrita que emanam do fundo das eras, como destroços de um completo naufrágio, objetos cobertos de sig-nos que podemos tocar, cheirar, observar na lupa, e aos quais ele dá o nome de fontes, em seu jargão.

(DUBY, Georges. A História Continua. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar: Editora da UFRJ, 1993.)

A respeito do papel do historiador e do passado, o texto permite concluir que o historiador é um

produtor de passados.a)

desvendador de passados.b)

inventor de passados.c)

montador de passados.d)

destruidor de passados.e)

QUESTÃO 4

Somos aquilo que lembramos [...] a nos-sa riqueza são as lembranças que conser-vamos e não deixamos apagar e das quais somos o único guardião. [...] se o mundo do

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futuro se abre para a imaginação, mas não nos pertence mais, o mundo do passado é aquele no qual, recorrendo a nossas lem-branças, podemos buscar refúgio dentro de nós mesmos, debruçar-nos sobre nós mes-mos e nele reconstruir nossa identidade.

(BOBBIO, Norberto. O Tempo da Memória: de senectude e

outros escritos autobiográficos. Rio de Janeiro: Campus,

1997, p. 30 e 54.)

A partir do tema evocado pelo texto, pode-se afirmar que

a memória tem um valor intrínseco como I. experiência coletiva. É ela que confere sentido às relações sociais e ao terri-tório que historicamente tais relações produzem.

a memória é parte do sentimento de II. identidade, quer individual, quer coletivo,

na proporção em que ela é também parte essencial do sentimento de pertencimen-to e de continuidade de um indivíduo ou de um grupo em sua ligação com seu es-paço e sua história.

na maior parte das vezes, lembrar não III. é reviver, mas refazer, reconstruir, re-pensar, com imagens e ideias de hoje as experiências do passado. A memória não é sonho, é trabalho.

Entre as afirmativas anteriores,

todas estão corretas.a)

estão corretas apenas I e II.b)

estão corretas apenas II e III.c)

estão corretas apenas I e III.d)

nenhuma está correta.e)

QUESTÃO 5

A comparação das imagens abaixo permite concluir que

Div

ulga

ção.

Dom

ínio

púb

lico.

a foto mostra uma atividade física do presente parecida com algo que já existiu no pas-a) sado, sem que se guardem, atualmente, elementos de identidade entre uma e outra.

a foto mostra dois jovens brincando na praia e o enquadramento do fotógrafo faz lembrar b) uma manifestação cultural do passado.

a dança dos jovens da foto é uma expressão contemporânea de uma atividade cultural c) existente desde os tempos nos quais a outra imagem foi pintada.

a imagem retrata uma dança na qual os negros procuravam imitar certos folguedos de d) seus donos.

apesar da coincidência, não há nenhuma relação entre passado e presente nos exemplos e) citados, já que se trata de uma manifestação corporal desenvolvida por negros escravos que não deixaram documentos registrando tais práticas.

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QUESTÃO 6

Texto 1

Infelizmente, nos tempos atuais, o que tem predominado é a cultura da violência e, por esse motivo, a cada dia que passa, torna-se mais banalizada. Os indivíduos per-tencentes a gerações anteriores, que foram criados e educados de acordo com certos valores, virtudes, constatam, perplexos, que tais ensinamentos não mais fazem parte da formação de crianças e jovens e o que mais tem sido valorizado é o materialismo, em de-trimento da liberdade pessoal e do respeito às especificidades pessoais. Presenciam o aumento acintoso da falta de respeito aos pais, professores, idosos e até mesmo com relação a toda e qualquer pessoa que não faça parte de sua turma ou gangue. Todos os atos que praticam, consideram como lícitos, desde que satisfaçam suas vonta-des pessoais, demonstrando também que desconhecem os princípios que fazem parte da tão desejada alteridade. E a pergunta que não quer calar frente a tudo que foi ex-posto é a seguinte: por que se permitiu que esses novos seres humanos se tornassem indivíduos tão egocêntricos e desprovidos de ética, tolerância e moralidade?

(Disponível em: <http://pt.shvoong.com/social-sciences/

psychology/1874118-juventude-atual-aus%C3%

AAncia-disciplina-sentimento/>.)

Texto 2

A juventude atual não é menos ativa do que qualquer juventude de outros anos, mas a falta de um direcionamento com mais especificidade tem colaborado para que os jovens permaneçam perdidos entre tantas informações, sem saber ao que ir contra, diante de tanta coisa errada que ele encontra a sua frente. [...] Deixando a juventude sem rumo, a mesma fica entregue à manipulação da imprensa, largamente

utilizada nos dias atuais para favorecer este ou aquele grupo econômico ou empresa-rial; à proliferação de verdadeiras “seitas” que surgem no movimento de juventude, manobrando jovens menos experientes e com pouca conscientização política através da utopização da “revolução” e partindo para atos mais radicalizados, desviando a atenção das discussões e debates sobre a realidade ao redor e sobre meios concretos de modificá-la. Partindo disso e da desilusão gerada pela frustração da inoperabilidade face à situação à sua frente, a maioria dos jovens acaba se afastando do ativismo po-lítico e do movimento juvenil.

(Disponível em: <www.itarget.com.br/clients/ijc.org.br/novo/

artigos/downloads/juventude_menos_ativa.pdf>.)

A partir da comparação dos dois textos, percebe-se que

o texto 2 complementa o argumento do I. texto 1.

os dois textos buscam situar o problema II. da juventude principalmente no próprio jovem.

o texto 2 concorda com o texto 1 quanto III. ao fato de a juventude atual ser bem di-ferente das juventudes do passado.

no texto 1, o jovem é protagonista; no IV. texto 2, vítima.

Entre as afirmativas acima,

todas estão erradas.a)

apenas I e II estão erradas.b)

apenas I, II e III estão erradas.c)

apenas I, II e IV estão erradas.d)

apenas II, III e IV estão erradas.e)

QUESTÃO 7

Para uns estudiosos, a palavra car-naval vem de carrum navalis, ou seja, os carros navais que faziam a abertura das dionísias gregas nos séculos VII e VI a.C.;

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para outros, a palavra carnaval surgiu com Gregório I, o grande, em 590 d.C. Alguns pesquisadores afirmam que a palavra car-naval teria surgido em Milão, em 1130; outros dizem que a festa só teria o nome carnaval na França, em 1268, ou, ainda, na Alemanha, em 1800. No período do car-naval brasileiro, no Reino Unido acontece o Shroveitide (Shrive, que significa “confessar pecados”), a comemoração do carnaval britânico. Nos Estados Unidos, o carnaval se resume basicamente na celebração do Mardi Grass (Terça-Feira Gorda) e vários estados celebram o carnaval, sendo que a cidade mais tradicional nessa comemora-ção é New Orleans, no estado da Luisiana. Ali, durante o Mardi Grass, desfilam pelas ruas da cidade mais de 50 agremiações. A agremiação mais conhecida é a do Bacchus (que possui gigantescos e originais carros alegóricos). Na Alemanha, a celebração do carnaval acontece tanto nos grandes centros urbanos quanto na Floresta Negra e nos alpes. A festa mais tradicional é a da cidade de Bonn, que organiza desfiles com pessoas fantasiadas: o diabo fica solto, por esse motivo as pessoas usam máscaras a fim de esconderem seus rostos. O carnaval veneziano sempre foi um dos mais fortes e alegres do mundo. Durante o período do carnaval, são desenvolvidos bailes e festas nas praças e ruas da cidade.

A partir do texto, constata-se que

o carnaval não é brasileiro, mas uma I. manifestação cultural de grande capila-ridade.

a festa da qual nos tornamos os maio-II. res foliões tem uma origem que remonta há mais de 25 séculos.

essa festa adquiriu características pró-III. prias em cada lugar. No Brasil, as influ-ências portuguesa e (principalmente) africana foram determinantes para a es-pecificidade do nosso carnaval.

Entre as afirmativas acima,

todas estão corretas.a)

apenas I e II estão corretas.b)

apenas III está correta.c)

apenas I está correta.d)

apenas II e III estão corretas.e)

QUESTÃO 8

A festa do Círio de Nazaré é a maior procissão católica do mundo, contando com o fabuloso número de 2,3 milhões de partici-pantes. O termo círio tem origem na palavra latina cereus, que significa “vela grande”. No seu início, essa procissão era noturna e por isso era necessário o uso de velas. No ano de 1854, ela passou a ser realizada de manhã. Realizada desde 1793, essa festa seria origi-nária de Portugal, onde a santa teria salvado a vida do fidalgo português Fuas Roupinho no momento em que este se viu prestes a cair em um precipício com seu cavalo. O fato foi divulgado em Belém pelos portugueses e, tempos depois, um novo milagre da santa teria ocorrido, desta vez salvando a vida de um caçador da Floresta Amazônica.

O Círio de Nazaré é manifestação de um aspecto cultural típico, embora não exclusi-vo, da sociedade brasileira: a popularização de um evento cuja origem deixa de ter impor-tância para justificar a sua continuidade.

Podemos, partindo dessa reflexão, comparar o Círio de Nazaré com

as cavalhadas.I.

as festas de São João.II.

o bumba meu boi.III.

Entre as alternativas acima,

todas estão corretas.a)

apenas I e II estão corretas.b)

apenas II e III estão corretas.c)

apenas I e III estão corretas.d)

nenhuma está correta.e)

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Gabarito

pessoas se estabeleceram e começaram a ter filhos, muitos filhos. Em 1946, as taxas de natalidade cresceram bastante, iniciando um aumento estável que durou por quase 20 anos. Essa explosão populacional criou o que passou a ser chamado de geração baby boom: a explosão da juventude, os beatniks (termo usado tanto para descrever um grupo de escritores americanos que vieram a se tornar conhecidos no final da década de 1950 e começo de 1960 quanto ao fenômeno cultural que eles descreveram e inspiraram – a contracultura, o pacifismo e as mudanças da moda).

Todos os elementos caracterizaram a cultura dos anos 1960.

QUESTÃO 3

Alternativa D.

Comentário:

Partindo da análise do texto do historiador Georges Duby, descartamos imediatamente a letra E: o empenho do historiador é o de preservar, ver emergir o passado.

Igualmente, a referência às fontes permite descartar a letra C.

O papel do historiador é distinto do papel do ficcionista, já que tem um pé sempre finca-do no real e no demonstrável. No entanto, o início do texto destaca a interferência do historiador no passado na medida em que é do seu esforço na busca e interpretação das fontes que resulta o que conhecemos como História. Esse poder de interferência não é isento das motivações do presente. Por isso, não podemos imaginar que o passado existe como um objeto a ser desvendado e assim ficamos com a ideia de produzir ou

QUESTÃO 1

Alternativa A.

Comentário:

Embora vinculado às exigências da Metrópo-le, o mundo do açúcar se desenvolveu com uma margem de autonomia significativa, construindo um mercado interno e relações sociais que, pouco a pouco, definiram a sociedade brasileira. Esta construção foi, fundamentalmente, marcada pela tensão determinada pela escravidão, isto é, pela violência e pela exclusão por um lado, e pela miscigenação e compadrio de outro. Apesar de o mundo do açúcar não ser monocórdio e esquemático, não se pode afirmar que se trata da formação social mais complexa do período colonial. O mundo das minas forjou relações ainda mais complexas e extensas.

Quanto ao texto de Antonil, ele é considera-do uma fonte histórica, evidência de como se organizava a produção e como se consti-tuíam as relações sociais no período.

QUESTÃO 2

Alternativa C.

Comentário:

O texto apresenta vários elementos a serem percebidos e analisados.

A referência ao baby boom: em 1945, os Estados Unidos e o restante das forças alia-das declararam vitória na Segunda Guerra Mundial. Os soldados voltaram para casa, a economia americana encontrou uma força renovada ao fornecer mercadorias ao mundo livre para reconstruir suas economias e as

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montar o passado. O texto trata da importân-cia da fonte – evidência da existência de um passado – e do trabalho de interpretação do historiador (“objetos cobertos de signos”).

QUESTÃO 4

Alternativa A.

Comentário:

A importância de sermos guardiões das memórias de nossa existência é que a existência nunca é um ato isolado, mas uma experiência social, coletiva. Ninguém lembra só de si, mas de si com os outros. A memória contribui para legitimar nossa existência e a importância dessa existência, além de permitir testemunhar mudanças e permanências e as razões das rupturas e das opções de continuidade. No entanto, a memória não é arquivo intocado, à espera de ser desvendado: o fio da meada é sempre puxado pelo presente e traz a marca dessa provocação atual.

Daí concluirmos que todas as alternativas estão corretas.

QUESTÃO 5

Alternativa C.

Comentário:

A duas imagens são de capoeira e a ques-tão busca destacar a permanência cultural trazida pelos negros e até hoje expressão de sua identidade.

A letra E explora, de maneira crítica, uma versão tradicional – denominada historicis-ta – do estudo das fontes que afirma que os documentos escritos são fontes e os demais não.

A letra D remete a práticas que de fato aconteciam, ou seja, certos mimetismos sociais que até hoje são comuns, mas que, no caso, não é verdade. Pelo contrário, a

repressão a essa manifestação cultural dos negros foi comum até bem depois do fim da escravidão.

QUESTÃO 6

Alternativa C.

Comentário:

O texto 1 apresenta um discurso conserva-dor acerca da juventude, destacando seus “defeitos” como resultado da falta de um maior controle sobre os jovens. A educação seria então o caminho para a correção do caráter de uma juventude desprovida de ética, tolerância e oralidade.

O texto 2, em contrapartida, não distingue a juventude atual daquela de gerações an-teriores, exceto pelo fato de esta juventude não ter um direcionamento que a permita posicionar-se frente aos problemas cotidia-nos, particularmente de natureza política. Os jovens, de acordo com o texto 2, estão à espera e, sem experiência e conscien-tização, ficam sujeitos às manipulações, particularmente da mídia.

A resposta que se coaduna com os pontos de vista expressos nos dois textos é a letra C.

QUESTÃO 7

Alternativa A.

Comentário:

Não há dúvida de que uma importante característica da prova do Enem, como se depreende das competências solicitadas, é incluir, para o conhecimento e a reflexão dos jovens, informações que induzam à prática de atitudes inclusivas. A diversidade cultural é uma delas. O texto desta questão – par-tindo dessa função pensada pela avaliação – cumpre o papel de informar sobre a origem do carnaval, sua diversidade e, ao mesmo tempo, as especificidades que nos fizeram responsáveis por tornar o nosso carnaval a maior festa popular do planeta.

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QUESTÃO 8

Alternativa A.

Comentário:

As cavalhadas tiveram origem nos torneios medievais, dos quais guarda, entre outras reminiscências, a premiação feita com fitas que então o ganhador oferece a uma dama ou outra pessoa que deseja homenagear. Em Portugal, teve feição cívico-religiosa, en-volvendo temas do período da Reconquista. Sua difusão no Brasil, registrada desde o século XVII, partiu do Nordeste e espalhou- -se pelo resto do país.

O bumba meu boi é tido como uma das mais ricas representações do folclore brasileiro. Segundo os historiadores, essa manifesta-ção popular surgiu da união de elementos das culturas europeia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma delas nas diversas variações regionais da festa. Existem festas similares em Portugal (boi de canastra) e no Daomé (burrinha).

E acredita-se que as festas de São João tenham origem na França do século XII, com a celebração do solstício de verão (dia mais longo do ano, 22 ou 23 de junho), vésperas do início das colheitas. No hemisfério Sul, na mesma época, acontece o solstício de inverno (noite mais longa do ano). Como aconteceu com outras festas de origem pagã, a festa do solstício foram adquirindo um sentido religioso introduzido pelo cristia-nismo, trazido pela Igreja Católica ao Novo Mundo. A comemoração das festas juninas é certamente herança portuguesa no Brasil, acrescida ainda dos costumes franceses que a elas se mesclaram na Europa.

Ou seja, todas as afirmações estão corretas.