caderno de orientação consea

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  • 7/26/2019 Caderno de Orientao CONSEA

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    ndice

    1. Introduo

    2. Organizao da 5a Conferncia Nacional de Segurana Alimentar e

    Nutricional

    2.1. Lema

    2.2. Data e local

    2.3. Objetivo Geral

    2.4. Objetivos Especficos

    2.5. Eixos Temticos

    3. Conferncias Estaduais e do Distrito Federal

    3.1. Subsdios ao debate

    3.2. Sugesto de abordagem

    3.3. Produtos finais3.4. Participantes das Conferncias Estaduais e do Distrito Federal e

    eleio das delegaes Participantes da etapa estadual e do Distrito

    Federal

    3.4.1. Participantes da etapa estadual e do Distrito Federal

    3.4.2. Eleio das delegaes estaduais e do Distrito Federal

    4. Outras atividades temticas de apoio ao debate

    5. Conferncias Municipais

    6. Encontros Temticos Nacionais

    7. Realizao da Conferncia Nacional

    7.1. Concepo Metodolgica

    7.1.1. Regulamento

    7.2. Participantes da 5a Conferncia Nacional de Segurana Alimentar e

    Nutricional

    7.3. Produtos finais

    7.4. Calendrio

    8. Anexos

    8.1. Anexo IConceitos fundamentais8.2. Anexo IIEstimativa de povos e comunidades tradicionais em cada

    estado

    8.3. Anexo IIIRegimento

    8.4. Anexo IVMarco legal do Sistema Nacional de Segurana

    Alimentar e Nutricional

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    Siglas

    AscomAssessoria de Comunicao

    CaisanCmara Interministerial de Segurana Alimentar e Nutricional

    CNSANConferncia Nacional de Segurana Alimentar e NutricionalConseaConselho de Segurana Alimentar e Nutricional

    EbiaEscala Brasileira de Insegurana Alimentar

    IpeaInstituto de Pesquisas Econmicas Aplicadas

    FAOOrganizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao

    FBSSANFrum Brasileiro de Soberania e Segurana Alimentar e Nutricional

    FNDEFundo Nacional do Desenvolvimento da Educao

    IBGEInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    LosanLei Orgnica de Segurana Alimentar e NutricionalMDSMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

    MESAMinistrio Extraordinrio de Segurana Alimentar e Combate Fome

    PECProposta de Emenda Constitucional

    Pidesc - Pacto Internacional de Direitos Econmicos, Sociais e Culturais

    PnadPesquisa Nacional por Amostra de Domiclio

    PNDS - Pesquisa Nacional de Demografia e Sade

    PNSANPoltica Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

    SecomSecretaria de Comunicao da Presidncia da Repblica

    SesanSecretaria Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional do Ministrio de Desenvolvimento

    Social e Combate Fome

    SisanSistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

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    1. Introduo

    A realizao da 5 Conferncia Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (CNSAN) e de todas

    suas etapas ocorre num contexto de avanos significativos, mas tambm de grandes desafios para a

    implementao da Poltica e do Plano Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (PNSAN) e paraa consolidao do Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (Sisan) nos estados e

    municpios.

    A sada do Brasil do Mapa Mundial da Fome, da Organizao das Naes Unidas para a Alimentao e

    a Agricultura (FAO/ONU), uma conquista histrica, consequncia direta dos esforos do governo e da

    sociedade civil para a realizao progressiva do Direito Humano Alimentao Adequada (DHAA).

    Tais esforos foram materializados por meio de um conjunto de polticas pblicas geridas de maneira

    participativa, a maior parte delas contemplada no 1 Plano Nacional de Segurana Alimentar eNutricional, elaborado a partir das proposies da 4 CNSAN. Este modelo participativo tornou o pas

    uma referncia internacional no enfrentamento da fome e de outras manifestaes de insegurana

    alimentar e nutricional.

    Apesar destes avanos, a insegurana alimentar e nutricional, nas suas formas grave, moderada e

    leve, persiste no Brasil, especialmente entre grupos populacionais especficos, tais como a populao

    negra, os povos indgenas e os povos e comunidades tradicionais, especialmente as comunidades

    quilombolas, bem como as populaes mais vulnerabilizadas que moram nas cidades.

    Alm disso, diversos indicadores nutricionais apontam para os impactos negativos do sistema alimentar

    hegemnico na sade da populao. o caso do aumento dos ndices de obesidade e sobrepeso, um

    fato preocupante que requer profunda reflexo sobre o tipo de alimentao que est disponvel s

    famlias brasileiras e sobre as estratgias necessrias para garantir o acesso a uma alimentao

    adequada e saudvel.

    Indicadores como esses demandam aes voltadas transformao do sistema alimentar

    predominante, fortemente marcado por fatores, entre outros, como ameaas ao nosso patrimnioalimentar pela uniformizao e restrio dos hbitos alimentares, pelo consumo de produtos ultra

    processados que tm m qualidade nutricional, pelo uso intensivo de agrotxicos e transgnicos, pela

    perda da biodiversidade, e pela violao do direito terra dos agricultores familiares e camponeses e

    dos direitos territoriais, dos povos indgenas e povos e comunidades tradicionais.

    O lema e os objetivos da 5 CNSAN foram construdos em dilogo com esses temas e mostram a

    dimenso dos desafios a serem enfrentados pelo Sistema Nacional de Segurana Alimentar e

    Nutricional (Sisan) e pelas polticas desenvolvidas em seu no mbito.

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    Como parte do processo preparatrio da 5 CNSAN, para ampliar a participao e aprofundar o dilogo

    sobre estas questes, sero realizadas as Conferncias Municipaise/ou Regionais ou Territoriais

    bem como as Conferncias Estaduais e a do Distrito Federal.

    Alm dessas etapas, sero realizados Encontros Temticos Nacionais com o objetivo de aprofundar aanlise de alguns temas centrais da segurana alimentar e nutricional no Brasil.

    A Conferncia , portanto, mais que um evento ou uma srie de encontros. Trata-se de um processo

    poltico, caracterizado pela participao dos mais diversos setores da sociedade civil e de todos os

    entes federados, com a perspectiva de apontar novos passos para a realizao do DHAA para toda a

    populao brasileira. Constitui-se, ainda, um processo de formao e capacitao dos atores sociais e

    do governo, envolvidos nesta agenda, dada a sua capacidade mobilizadora e propositiva.

    Este Caderno de Orientaes visa colaborar com a preparao das Conferncias Estaduais e a do

    Distrito Federal, e garantir o cumprimento das definies do Regimento da 5 Conferncia Nacional de

    Segurana Alimentar e Nutricional (CNSAN). So orientaes e sugestes metodolgicas que devem

    ser adaptadas s realidades locais. Traz tambm informaes sobre os Encontros Temticos e

    Conferncias Municipais.

    Alm deste Caderno, os Estados e o Distrito Federal recebero a partir de maro de 2015 um

    Documento de Referncia, elaborado pelo Consea Nacional,e o documento intituladoDesafios

    organizao de Conferncias Nacionais: novas possibilidades e os princpios da democracia

    participativa, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea). O Documento de

    Referncia apresentar uma leitura poltica do cenrio nacional e internacional relacionados com os

    contedos a serem debatidos e aprofundados em todo processo da 5 CNSAN. O documento intitulado

    Desafios organizao de Conferncias Nacionais: novas possibilidades e os princpios da

    democracia participativa sintetizar as metodologias adotadas em algumas Conferncias e um

    conjunto de sugestes de mtodos e atividades que facilitam o dilogo e participao mais ampla das

    pessoas nesses processos. Esse documento poder inspirar os Estados e Municpios a decidirem a

    estratgia a ser adotada em seus encontros. Outros documentos de apoio sero disponibilizados nosite da 5 do Consea Nacional (www.presidencia.gov.br/Consea).

    2. Organizao da 5aConferncia Nacional de Segurana Alimentar eNutricional

    A 5aCNSAN organizada pelo Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (Consea),

    rgo de assessoramento direto da Presidncia da Repblica, e pela Cmara Interministerial deSegurana Alimentar e Nutricional (Caisan), com o apoio do Ministrio do Desenvolvimento Social e

    Combate Fome (MDS), e vai contar com aproximadamente 2.000 (dois mil) participantes, entre

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    delegados(as), convidados(as) e observadores(as).

    2.1. Lema

    O lema da 5a Conferncia Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania

    alimentar

    Esse lema foi escolhido considerando os seguintes aspectos:

    - Necessidade de reforar o conceito de alimentao adequada e saudvel que se traduz, na

    prtica, numa oposio aos produtos alimentcios, essencialmente industrializados e

    ultraprocessados, da medicalizao do alimento. Valorizar a comida de verdade remete ideiade uma alimentao diversificada, produzida em bases ambientais e sociais justas e de acordo

    com as tradies e a cultura alimentar das populaes, regionalmente contextualizada e livre

    de contaminantes.

    - Necessidade de se enfrentar o desafio de fortalecer sistemas alimentares pautados na

    soberania alimentar, na garantia do DHAA, desde a produo at o consumo.

    - Necessidade de tornar o debate mais visvel e democrtico, para setores mais amplos de

    nossa sociedade, politizando e problematizando a questo da alimentao e das relaes

    sociais que dela derivam, com destaque para as desigualdades relacionadas s classes

    sociais, relaes de gnero, raa e etnia e a integrao entre campo e cidade.

    - Necessidade de universalizar o direito alimentao e contribuir para a construo de uma

    conscincia popular do direito, com ampliao da participao social na defesa dessa agenda

    e das aes pblicas dela decorrentes.

    - Necessidade de se afirmar a perspectiva de direitos e de reforar que a realizao do direito

    alimentao requer, do Estado e da sociedade, aes e iniciativas que no se restrinjam ao

    aspecto quantitativo do acesso alimentao, mas tambm disponibilidade fsica e financeira

    de alimentos saudveis e adequados.

    - Necessidade de defesa dos direitos e das tradies de agricultores familiares, povos indgenas,quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais quanto ao uso livre da biodiversidade e

    do resgate da dimenso simblica da alimentao tradicional diante do avano das

    monoculturas, da degradao ambiental e da massificao de hbitos alimentares no

    saudveis promovida pela indstria de alimentos, do uso abusivo de agrotxicos e da liberao

    de transgnicos.

    - Necessidade de aproximao das linguagens e conceitos tcnicos e populares no processo da

    construo e consolidao de direitos e da soberania alimentar.

    2.2. Data e Local

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    De 3 a 6 de novembro de 2015, em Braslia-DF.

    2.3. Objetivo Geral

    Ampliar e fortalecer os compromissos polticos para a promoo da soberania alimentar, garantindo atodas e todos o DHAA, assegurando a participao social e a gesto intersetorial no Sistema, na

    Poltica e no Plano Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional.

    2.4. Objetivos Especficos

    1) Identificar os avanos e obstculos para a efetivao do DHAA e apresentar proposies

    para garantir, a todos e todas, comida de verdade no campo e na cidade.

    2) Avaliar, segundo a perspectiva do desenvolvimento socioambiental sustentvel, os

    desafios atuais da Poltica e do Plano Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional para

    avanar na realizao do DHAA e na promoo da soberania alimentar em mbito nacional

    e internacional.

    3) Avanar no comprometimento dos trs poderes da Repblica e nas esferas municipal,

    estadual e nacional, e ampliar a participao e o compromisso da sociedade brasileira no

    processo de construo do SISAN, reafirmando o pacto social em torno do Direito Humano

    Alimentao Adequada e Saudvel e da soberania alimentar.

    2.5. Eixos Temticos

    Para atender a esses objetivos, foram definidos trs eixos temticos:

    - Eixo 1 Comida de verdade: avanos e obstculos para a conquista da alimentao

    adequada e saudvel e da soberania alimentar.

    - Eixo 2 - Dinmicas em curso, escolhas estratgicas e alcances da poltica pblica.- Eixo 3Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional.

    3. Conferncias Estaduais e do Distrito Federal

    O objetivo principal das Conferncias Estaduais e do Distrito Federal mobilizar o governo local e a

    sociedade civil quanto realizao do DHAA, soberania e segurana alimentar e nutricional. Por isso,

    importante destacar que sua finalidade vai muito alm de contribuir com a etapa nacional. As

    conferncias estaduais so uma oportunidade para ampliar a reflexo e balano dos programas eaes desenvolvidos, dos desafios e oportunidades para garantia da SAN e realizao do DHAA no

    nvel local e sensibilizar novos parceiros para esta agenda.

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    Os Conseas Estaduais e do Distrito Federal devem solicitar aos respectivos governos que convoquem

    a Conferncia Estadual e Distrital de Segurana Alimentar e Nutricional, por meio de ato especfico, at

    15 de maio de 2015.

    fundamental tambm reforar a interlocuo com os governos estaduais e do Distrito Federal,

    garantindo o seu envolvimento e tambm a previso de recursos oramentrios para a realizao das

    Conferncias. Caso haja dificuldades em relao convocao no prazo estabelecido, importante

    entrar rapidamente em contato com o Grupo Executivo da Comisso Organizadora da 5aCNSAN.

    Aps o encerramento do prazo de convocao, caso o Poder Executivo Estadual ou do Distrito Federal

    no convoque as respectivas Conferncias, estas podero ser convocadas por organizaes e

    instituies, com atuao em segurana alimentar e nutricional no mbito do respectivo ente federativo,mediante validao e reconhecimento da Comisso Organizadora da 5aCNSAN.

    importante informar previamente ao Consea Nacional, por meio do e-mail

    [email protected], o calendrio de realizao das respectivas Conferncias Estaduais,

    do Distrito Federal, Municipais e/ou Regionais ou Territoriais.

    O prazo final para a realizao das Conferncias Estaduais e do Distrito Federal at 15 de agosto de

    2015.

    3.1. Subsdios ao debate

    Os debates nas Conferncias Estaduais e do Distrito Federal sero facilitados por um Documento de

    Referncia, elaborado pelo Consea Nacional, que ser enviado aos Estados e ao Distrito Federal a

    partir de maro de 2015.

    O Documento de Referncia abordar os trs eixos da 5 aCNSAN. Servir de subsdio aos debates e

    proposies das Conferncias Estaduais e do Distrito Federal e para a elaborao do Relatrio Final daConferncia Estadual.

    Sendo, portanto, um documento orientador e estimulador dos debates, o Documento de Referncia no

    sofrer emendas ou destaques nas Conferncias Estaduais e do Distrito Federal.

    3.2. Sugesto de abordagem

    Sugere-se que nos debates em torno dos Eixos Temticos as atividades sejam planejadas de maneiraa:

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    - Gerar oportunidades para ampliao da participao dos mais diversos setores sociais

    envolvidos com a SAN, inclusive e principalmente os grupos populacionais mais

    vulnerabilizados.

    - Valorizar e promover a participao de jovens, mulheres, da populao negra, povos

    indgenas e povos e comunidades tradicionais e representantes de movimentos sociaisurbanos e do campo nas mesas de debate e nas apresentaes de experincias e no

    processo em geral.

    - Adotar metodologias de anlises e debates que favoream a reflexo dos temas e

    proposies a partir da perspectiva de gnero, da realidade, valores e saberes da populao

    negra, povos indgenas e povos e comunidades tradicionais e movimentos sociais urbanos e

    do campo.

    - Facilitar e promover a anlise da realidade local, o dilogo, a troca de experincias e a

    elaborao de propostas.

    Lembramos que as Conferncias Estaduais e do Distrito Federal tambm so espaos de formao, de

    aprofundamento de conceitos, de avaliao da implementao da Poltica de SAN e da construo do

    Sistema Nacional de SAN, bem como de elaborao de propostas para o mbito local e de preparao

    para a Conferncia Nacional. Por isso, importante prever tempo para:

    Abordar os temas que compem os eixos da 5aCNSAN tanto na perspectiva nacional mas

    tambm local.

    Construir consensos para a elaborao do Relatrio Final e Carta Poltica que devero ser

    enviados ao Consea Nacional.

    Eleger a delegao estadual ou distrital.

    A programao das conferncias pode incluir atividades de formao e aprofundamento dos eixos

    temticos da 5aCNSAN, sempre resguardando o tempo necessrio destinado troca de experincias e

    a participao ativa das pessoas. Para isso, recomendam-se mtodos de trabalho mais participativos e

    menos exaustivos que utilizem perguntas problematizadoras, linguagem simples e que priorizem

    momentos de reflexo e dilogo.

    3.3. Produtos Finais

    Os produtos finais das Conferncias Estaduais e do Distrito Federal sero:

    - Relatrio Final da Conferncia Estadual ou Distrital;

    - Carta Poltica aprovada em plenria durante a Conferncia Estadual ou Distrital endereada

    ao Governo Estadual ou do Distrito Federal;

    O Relatrio Finaldever seguir o modelo proposto pela Comisso Organizadora, o qual ser enviado

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    aos estados e o DF. Deve registrar os principais pontos dos debates a partir das perguntas

    orientadoras de cada Eixo Temtico descritas no Documento de Referncia.

    A Carta Poltica um documento sucinto de carter poltico que apresenta a problematizao dos

    Eixos Temticos na perspectiva local do Estado ou do DF e que contm as concluses e propostas darespectiva Conferncia Estadual ou do Distrito Federal. Seu objetivo promover compromissos do

    Governo Estadual e do Distrito Federal com a agenda de questes locais relativas segurana

    alimentar e nutricional.

    Para efeito de reconhecimento e validao das Conferncias de Segurana Alimentar e Nutricional

    Estaduais e do Distrito Federal pela Comisso Organizadora da 5aCNSAN, devero ser encaminhados

    ao Consea Nacional no ato de inscrio da delegao respectiva:

    ICpia de Ato de Convocao.

    IICpia do Regulamento e/ou Regimento Interno.

    IIIRelatrio Final da Conferncia Estadual e do Distrito Federal.

    IVCarta Poltica.

    VAta de Eleio da Delegao.

    Os documentos citados acima e a inscrio dos(as) delegados(as) devero ser encaminhados ao

    Consea Nacional at 10 dias aps a realizao das Conferncias Estaduais e do Distrito Federal.

    Os produtos finais das Conferncias Municipais e/ou Regionais ou Territoriais e o prazo de seu envio

    para as Conferncias Estaduais sero definidos pelos respectivos Estados, no sendo necessrio

    envi-los ao Consea Nacional.

    3.4. Participantes das Conferncias Estaduais e do Distrito Federal e eleio das

    delegaes

    3.4.1. Participantes da etapa estadual e do Distrito Federal

    fator fundamental para a expressividade e representatividade das Conferncias Estaduais e do

    Distrito Federal a ampla mobilizao da sociedade civil organizada. Para isso, as mais diferentes

    dinmicas de organizao da sociedade local precisam ser envolvidas no processo de organizao e

    realizao das conferncias: Fruns Estaduais de Soberania e Segurana Alimentar e Nutricional;

    organizaes ou coletivos de povos indgenas, povos tradicionais de matriz africana, comunidades

    tradicionais, movimento negro, assim como organizaes de carter religioso; organizaes de jovens,

    mulheres, organizaes de proteo e promoo de direitos de crianas, adolescentes e jovens;organizaes de defesa do consumidor; movimentos sociais, centrais sindicais, pastoral da criana,

    organizaes de portadores de necessidades alimentares especiais, Conselhos Regionais de

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    Nutricionistas e de outras profisses relacionadas com a SAN, a exemplo do Conselho de Economia

    Domstica, universidades, organizaes no governamentais (ONGs), articulaes e redes como a

    ANA (Articulao Nacional de Agroecologia), articulaes e redes nos vrios biomas como a ASA

    (Articulao no Semirido), o GTA (Grupo de Trabalho da Amaznia), a Rede Cerrado, a Rede

    Ecovida, articulaes e fruns da economia solidria e da reforma urbana, colegiados e conselhos, taiscomo os Conselhos de Desenvolvimento Rural, de Sade e outros. Cada Consea deve fazer um

    levantamento prvio das organizaes atuantes no estado ou Distrito Federal e convid-las a participar.

    A articulao da participao de representantes governamentais tambm fundamental para o alcance

    dos objetivos das conferncias. Cabe ao Poder Executivo a interlocuo com todas as Secretarias

    Estaduais ou do Distrito Federal que fazem parte da composio do Consea e/ou da Cmara

    Intersetorial de Segurana Alimentar e Nutricional, caso j tenha sido criada no respectivo estado ou

    DF. Recomenda-se tambm que outros poderes do estado Legislativo e Judicirio sejamincentivados a participar.

    3.4.2. Eleio das delegaes estaduais e do Distrito Federal

    A organizao de cada Conferncia Estadual e do Distrito Federal dever definir qual a forma mais

    adequada para a eleio de delegados(as), com base no nmero de delegados(as) por estado e as

    regras definidas pelo Consea Nacional, apresentadas mais frente, para cotas por raa, etnia e povos

    e comunidades tradicionais. Na hora de definir como ser o procedimento de eleio, importante

    levar em conta o aprendizado da conferncia anterior. Em alguns estados, essa eleio deu-se de

    forma atribulada, tomando tempo demasiado e gerando desgaste. Assim, necessrio um esforo

    prvio para construir formas democrticas, transparentes e geis para proceder eleio de

    delegados(as).

    Para o estabelecimento de cotas para os povos indgenas, populao negra, comunidades

    quilombolas, povos tradicionais de matriz africana e os demais povos e comunidades tradicionais, ser

    necessrio investir esforos especficos na preparao das Conferncias Estaduais e do DistritoFederal. recomendvel estabelecer uma interlocuo prvia com os setores organizados desses

    segmentos. Este contato prvio fundamental para que esses grupos se envolvam na construo das

    etapas municipais, territoriais, estaduais e do Distrito Federal. essa participao ativa que qualificar

    as Conferncias e facilitar a incorporao das pautas desses segmentos no cotidiano dos Conseas.

    Cada Unidade da Federao deve definir a melhor forma de garantir essa participao.

    necessrio considerar com especial ateno as especificidades culturais e formas de organizao e

    representao dos povos indgenas e povos e comunidades tradicionais, bem como os problemasrelacionados a aspectos prticos como distncias geogrficas. A organizao das Conferncias

    Estaduais e do Distrito Federal deve oferecer plenas condies para a participao destes

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    representantes nas Conferncias.

    Em relao s cotas j definidas pelo Consea Nacional no item Participantes da 5a CNSAN,

    possvel que, em alguns estados, as organizaes que representam esses segmentos queiram fazer

    um processo de dilogo prvio, apontando futuros delegados(as) a serem apresentados(as) naConferncia Estadual ou Distrital. Em outros, talvez, estes segmentos se renam durante a

    Conferncia Estadual ou Distrital, em separado, e indiquem plenria seus delegados(as). O

    importante garantir que as etapas e mecanismos de escolha sejam claros e apresentados no

    momento de definio das regras de escolha de delegados(as). Tambm importante explicitar que

    estes segmentos, alm das cotas definidas, tambm podem concorrer s vagas comuns da sociedade

    civil. Isto porque o estabelecimento de cotas por raa, etnia e povos e comunidades tradicionais nas

    delegaes estaduais e do Distrito Federal prev um nmero mnimo a ser preenchido , portanto, a

    representao destes segmentos pode ultrapassar a cota mnima, caso representantes sejam eleitoscomo delegados(as) da sociedade civil geral.

    Os critrios para a eleio devem ser definidos no Regimento (ou Regulamento) de cada Estado e do

    Distrito Federal antes de proceder eleio da delegao propriamente dita. Traar primeiro o perfil

    pretendido dos(as) delegados(as) pode contribuir para uma eleio transparente e uma delegao que

    reflita os principais temas e prioridades do estado. Para facilitar esse processo, alm da distribuio de

    delegados(as) segundo cotas apresentada no item Participantes da 5 a CNSAN deste Caderno,

    sugerem-se os seguintes critrios para a eleio de delegados(as):

    Ser conselheiro(a) atuante nos Conseas Estaduais, do Distrito Federal e/ou Municipais.

    Participar de organizaes e movimentos sociais relacionados segurana alimentar e

    nutricional.

    Representar a diversidade de territrios e regies no mbito do Estado.

    Representar os portadores de necessidades alimentares especiais.

    Representar organizaes ou movimentos de mulheres.

    Representar organizaes ou movimentos de jovens.

    Representar diversos setores de governo.

    4. Outras atividades temticas de apoio ao debate

    Podero ocorrer, na medida da viabilidade e do interesse dos Estados e do DF, atividades auto-

    gestionadas que facilitem o processo de organizao de diferentes grupos da sociedade local e a

    anlise dos mais diferentes temas relacionados agenda da 5 aCNSAN. Estes encontros no fazem

    parte do processo oficial da Conferncia, mas podem contribuir com os seus resultados.

    Estas atividades no elegero delegados/as e, para que suas concluses e resultados sejam

    considerados no processo oficial, devero ser apresentados e aprovados pelas Conferncias Estaduais

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    e do Distrito Federal.

    Estas atividades sero custeadas por seus proponentes, no cabendo ao Consea Nacional nenhum

    tipo de responsabilidade por sua organizao.

    5. Conferncias Municipais

    Cada Estado definir a melhor forma de realizar o processo preparatrio da sua Conferncia, ficando a

    seu critrio o processo de organizao de Conferncias Municipais e/ou Regionais ou Territoriais,

    observando que as conferncias municipais devem preferencialmente anteceder as conferncias

    regionais ou territoriais.

    importante que todos os municpios realizem as conferncias municipais, em especial aqueles que

    tm Consea municipal e os que aderiram ao Sisan. Para isso, os municpios devem informar e dialogar

    com os respectivos Conseas Estaduais a fim de que o processo das conferncias esteja em

    consonncia com as orientaes elaboradas pelos Conseas Estaduais.

    O prazo para a realizao das Conferncias Municipais e/ou Regionais ou Territoriais at 30 de

    junho de 2015.

    O calendrio, aspectos metodolgicos, o processo e critrios de escolha de delegados(as) municipais e

    os produtos finais das Conferncias Municipais tambm sero definidos pelos respectivos Conseas

    Estaduais.

    Importante destacar as seguintes questes a respeito das conferncias municipais:

    1. Pela lei, a atribuio do Poder Executivo, ou seja, da Prefeitura Municipal. O ato de convocao

    pode ser um decreto municipal. O mesmo vale nos mbitos estadual e federal, ou seja, cabe ao

    Poder Executivo (Governador, Presidente) convocar, por meio de decreto especfico.

    2. Caso a prefeitura no convoque a Conferncia, a sociedade civil organizada, no mbito domunicpio, pode faz-lo. Neste caso, recomenda-se buscar a experincia de entidades que

    participaram de conferncias de outras reas (sade, educao), bem como parcerias para

    viabilizar a realizao.

    3. Os nus financeiro e logstico da conferncia cabem a quem a convocou. Neste caso, a sociedade

    civil organizada assumiria a responsabilidade pela organizao e realizao do evento. Isto vlido

    nos mbitos municipal, estadual e federal.

    6. Encontros Temticos Nacionais

    Os Encontros Temticos Nacionais so atividades que comporo a etapa nacional da 5aCNSAN. Tm

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    como objetivos ampliar a participao e aprofundar o processo de discusso de temas nacionais

    estratgicos para a soberania e segurana alimentar e nutricional. Os Encontros Temticos Nacionais

    no elegero delegados(as) para a 5aCNSAN.

    Sero organizados pelo Consea Nacional em parceria com os Ministrios que compem a CmaraInterministerial de Segurana Alimentar e Nutricional (Caisan) e outros parceiros. Para cada Encontro,

    ser constituda uma Comisso Organizadora composta por conselheiros/as nacionais representantes

    das respectivas Comisses Permanentes que propuseram sua realizao.

    Foram aprovados pela plenria do Consea os seguintes encontros temticos:

    1.Soberania e Segurana Alimentar e Nutricional na Amaznia.

    2.Atuao das Mulheres na Construo da Soberania e da Segurana Alimentar e Nutricional.3.gua e Soberania e Segurana Alimentar e Nutricional.

    4. Soberania e Segurana Alimentar e Nutricional da Populao Negra e dos Povos e Comunidades

    Tradicionais.

    O prazo para a realizao dos Encontros Temticos Nacionais at o incio de outubro de 2015.

    Cabe s respectivas Comisses Organizadoras dos Encontros elaborar e enviar os relatrios finais ao

    Consea Nacional at 15 outubro de 2015.

    O relatrio final de cada encontro dever ser um documento de at cinco pginas, que abordar os

    principais consensos, concluses e recomendaes no contexto da 5aCNSAN, que sejam resultantes

    dos debates realizados, sem a necessidade de detalhamento aprofundado dos debates ocorridos

    durante cada Encontro. Dever tambm descrever o nmero total de participantes, bem como o perfil,

    como por exemplo, o nmero de mulheres e homens, de negros/as, de indgenas, de povos e

    comunidades tradicionais por segmento e de jovens. Os relatrios finais dos encontros temticos iro

    integrar o conjunto de documentos finais da 5 CNSAN.

    7. Realizao da Conferncia Nacional

    7.1. Concepo metodolgica

    Todo o processo de organizao, elaborao da agenda e realizao da 5aCNSAN est orientado por

    uma concepo metodolgica participativa. O grande objetivo ampliar o contato e participao nesta

    agenda dos diferentes grupos de nossa sociedade e promover maior interao e dilogo entre os(as)

    participantes. Pretende-se proporcionar espaos e oportunidades para a troca de experincias e

    construo de propostas em todo o processo de da Conferncia desde o nvel local at o nacional.

    A escolha metodolgica visa a ampliar a visibilidade e a compreenso dos temas da segurana

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    alimentar e nutricional por um nmero maior de cidados e cidads, no ficando restrita aos(as)

    participantes da 5 CNSAN. Para isso, a Comisso Organizadora espera mobilizar a juventude para

    atuar em todo o processo a fim de divulgar e disseminar o lema da 5 Conferncia junto populao,

    utilizando diversas ferramentas de comunicao, inclusive as novas mdias sociais.

    Os resultados esperados s sero alcanados com a participao ativa e engajada dos estados,

    Distrito Federal e municpios.

    7.1.1. Regulamento

    Com o objetivo de otimizar o tempo disponvel para a anlise dos temas, dilogo e proposies na

    Conferncia Nacional, o Regulamento da 5 CNSAN ser submetido a um processo prvio de consulta

    eletrnica aos(s) delegados(as) estaduais e do Distrito Federal.

    O Consea Nacional submeter a minuta de Regulamento aos Conseas Estaduais e do Distrito Federal

    com o apoio da Comisso de Presidentes de Conseas Estaduais por meio eletrnico. Aps a

    finalizao do processo de consulta, o Consea Nacional sistematizar as contribuies. Os trechos do

    Regulamento que no apresentarem questionamentos e alteraes estaro automaticamente

    aprovados, restando apenas as propostas contraditrias a serem submetidas apreciao e aprovao

    em Plenria dos/as delegados/as nacionais durante a realizao da 5 CNSAN.

    7.2. Participantes da 5aCNSAN

    A 5a CNSAN ter cerca de 2.000 participantes, entre delegados(as), convidados(as) e

    observadores(as). Sero 1.632 delegados(as), com direito a voz e voto, adotando-se os seguintes

    critrios para sua composio:

    I120 (cento e vinte) delegados(as) natos(as), assim distribudos(as):

    a. 80 (oitenta) conselheiros(as) da sociedade civil titulares e suplentes do Consea

    Nacional;

    b. 40 (quarenta) representantes governamentais - titulares e suplentes do Consea Nacional.

    II112 (cento e doze) representantes governamentais indicados(as) pelo Governo Federal.

    III)1400 (um mil e quatrocentos/as) delegados(as) escolhidos(as) nas Conferncias Estaduais e do

    Distrito Federal, sendo 2/3 (duas teras partes) de representantes da sociedade civil e 1/3 (uma teraparte) de representantes do governo, conforme distribuio apresentada nos quadros abaixo.

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    A definio do nmero de delegados(as) de cada Unidade da Federao (UF) resultou das seguintes

    ponderaes:

    Nmero mnimo de delegados(as) por Unidade da Federao (UF).

    Uma vaga para o/a Presidente/a do Consea Estadual/Distrital.

    Populao total dos estados e Distrito Federal. Ponderao por populao em situao de insegurana alimentar e nutricional.

    Cotas por raa, etnia e povos e comunidades tradicionais.

    a) Nmero mnimo de delegados(as) por Unidade da Federao (UF)

    Cada UF (estados e Distrito Federal) tem garantido um nmero mnimo de 15 (quinze) delegados(as),

    representando um total de 29% (vinte e nove por cento) do total de delegados(as) estaduais e do

    Distrito Federal.

    b) Populao total dos estados e Distrito Federal

    29% (vinte e nove por cento) do total de delegados(as) estaduais e do Distrito Federal so

    distribudos(as) de forma proporcional populao total de cada UF, segundo censo do IBGE 12010.

    c) Ponderao por populao em situao de insegurana alimentar e nutricional

    29% (vinte e nove por cento) dos(as) delegados(as) estaduais e do Distrito Federal so distribudos(as)

    segundo a incidncia, nos estados e no Distrito Federal, da populao em situao de insegurana

    alimentar leve, moderada ou grave, de acordo com os dados da Pnad 22014.

    d) Cotas por raa, etnia e povos e comunidades tradicionais

    Reafirmando a prioridade do Consea Nacional para os segmentos da sociedade historicamente

    excludos e mais vulnerabilizados insegurana alimentar e nutricional, as delegaes estaduais e do

    Distrito Federal devero contemplar representantes da populao negra, dos povos indgenas,comunidades quilombolas, povos tradicionais de matriz africana, e dos demais povos e comunidades

    tradicionais. Para isso, pelo menos 33% (trinta e trs por cento) do total de delegados(as) estaduais e

    do Distrito Federal sero representantes desses segmentos da populao brasileira, sendo esse total

    de cotas distribudo da seguinte forma: 18,2% (dezoito, dois por cento) devero ser representantes dos

    povos indgenas; 18,2% (dezoito, dois por cento) devero ser representantes das comunidades

    1Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Censo Demogrfico 2010. Disponvel em:

    http://censo2010.ibge.gov.br/.

    2Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio (Pnad), 2013.

    Disponvel em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2013/default.shtm.

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    quilombolas; 18,2% (dezoito, dois por cento) devero ser representantes de povos tradicionais de

    matriz africana; 36,4% (trinta e seis, quatro por cento) devero ser representantes de negros(as) e 9%

    (nove por cento) devero ser representantes de outros povos e comunidades tradicionais. O nmero de

    cotas desses segmentos em cada Unidade da Federao foi calculado a partir de dados estatsticos,

    informaes de rgos federais e das Comisses Permanentes de Segurana Alimentar e Nutricionaldos Povos Indgenas e da Populao Negra e dos Povos e Comunidades Tradicionais do Consea

    Nacional.

    Importante ressaltar que essas cotas, necessariamente, devem ser preenchidas por representaes da

    sociedade civil.

    Os Estados e o Distrito Federal devem se articular para garantir a presena significativa de

    representantes dos povos indgenas e povos e comunidades tradicionais nas respectivas Conferncias.Caso no seja possvel completar o nmero estabelecido de cotas, as vagas no podem ser

    preenchidas por representantes de outros segmentos e/ou instituies.

    Box

    De acordo com Decreto n 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, que institui a Poltica Nacional de

    Desenvolvimento Sustentvel dos Povos e Comunidades Tradicionais, segue abaixo a definio de

    povos e comunidades tradicionais:

    Grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem

    formas prprias de organizao social, que ocupam e usam territrios e recursos naturais como

    condio para sua reproduo cultural, social, religiosa, ancestral e econmica, utilizando

    conhecimentos, inovaes e prticas gerados e transmitidos pela tradio (inciso I, artigo 3).

    A autodeterminao o princpio fundamental para definio de um povo ou comunidade tradicional,

    ou seja, povo ou comunidade tradicional o grupo que se autoidentifica como tal. No caso do indivduo,

    ele dever se identificar como tradicional e ser reconhecido pelo grupo que ele se diz pertencer.

    Alm desses parmetros, fundamental destacar que as conferncias estaduais e distrital devem

    conferir prioridade, no momento da eleio da delegao, s pessoas com deficincia - com destaque

    aqueles com necessidades alimentares especiaisa jovens3e a mulheres.

    e) Quadro detalhados de Vagas por Estados

    3 De acordo com o Estatuto da Juventude, so consideradas jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e

    29 (vinte e nove) anos de idade (Lei N 12.852, de 5 de agosto de 2013, art. 1, 1)

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    Quadro 1: Distribuio dos delegados estaduais e do Distrito Federal para a 5aConferncia

    Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional, segundo Unidades da Federao e cotas.Total de Delegados = 1400

    Mnimopor UF

    ProporoPop.Total

    ProporoPop. InSAN

    COTAS Total porUF

    Indg. Quilomb. PMA Negros PCTsAcre 15 2 15 2 0 2 2 2 40

    Alagoas 15 7 13 2 2 1 3 1 44

    Amap 15 1 11 1 2 1 2 1 34

    Amazonas 15 7 17 7 1 1 4 1 53

    Bahia 15 30 15 2 7 5 9 1 84

    Cear 15 18 13 2 2 2 5 1 58

    DistritoFederal

    15 5 5 1 0 2 3 2 33

    Esprito Santo 15 8 4 1 2 2 3 1 36

    Gois 15 13 7 1 2 1 4 1 44

    Maranho 15 14 22 3 7 4 6 2 73

    Mato G. doSul

    15 5 6 5 1 1 3 1 37

    Mato Grosso 15 6 7 3 2 2 3 1 39

    Minas Gerais 15 42 6 2 2 3 9 1 80

    Par 15 16 15 3 3 3 5 1 61

    Paraba 15 8 13 2 2 1 3 1 45

    Paran 15 23 5 2 2 2 4 1 54

    Pernambuco 15 19 9 3 2 4 5 1 58

    Piau 15 6 19 1 2 2 3 1 49

    Rio deJaneiro

    15 34 6 1 1 3 6 1 67

    Rio G. doNorte

    15 7 13 1 1 1 3 1 42

    Rio G. do Sul 15 23 5 2 3 4 3 1 56

    Rondnia 15 3 8 1 1 1 3 1 33

    Rorraima 15 1 13 3 0 1 2 2 37

    Santa

    Catarina 15 13 4 1 1 1 3 1 39So Paulo 15 88 4 1 2 4 10 1 125

    Sergipe 15 5 12 1 1 1 3 1 39

    Tocantins 15 3 13 2 2 1 3 1 40

    Brasil 405 407 280 56 53 56 112 31 1400

    Quadro 2: Distribuio dos delegados estaduais e do Distrito Federal para a 5aConferncia

    Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional, segundo origem (sociedade civil e governo)

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    Delegados Estaduais

    Totalpor UF

    Sociedade civil

    Totalsociedade

    civil

    GovernoPresidente

    Consea

    subtotal

    Cotas

    SociecidadeCivil

    Comum

    Acre 40 1 8 18 27 13

    Alagoas 44 1 9 19 29 15

    Amap 34 1 7 15 23 11

    Amazonas 53 1 14 20 35 18

    Bahia 84 1 24 31 56 28

    Cear 58 1 12 26 39 19

    Distrito Federal 33 1 8 13 22 11

    Esprito Santo 36 1 9 14 24 12

    Gois 44 1 9 19 29 15

    Maranho 73 1 22 26 49 24

    Mato G. do Sul 37 1 11 13 25 12

    Mato Grosso 39 1 11 14 26 13

    Minas Gerais 80 1 17 35 53 27

    Par 61 1 15 25 41 20

    Paraba 45 1 9 20 30 15

    Paran 54 1 11 24 36 18

    Pernambuco 58 1 15 23 39 19

    Piau 49 1 9 23 33 16

    Rio de Janeiro 67 1 12 32 45 22

    Rio G. do Norte 42 1 7 20 28 14

    Rio G. do Sul 56 1 13 23 37 19

    Rondnia 33 1 7 14 22 11

    Roraima 37 1 8 16 25 12

    Santa Catarina 39 1 7 18 26 13

    So Paulo 125 1 18 64 83 42

    Sergipe 39 1 7 18 26 13

    Tocantins 40 1 9 17 27 13

    Brasil 1400 27 308 600 935 465

    7.3.Produtos Finais

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    Os Produtos Finais da 5aCNSAN sero os seguintes:

    Relatrio Final;

    Declarao Poltica; Moes.

    8. Calendrio da conferncia

    Atividade Prazo/Data

    Convocao das Conferncias Estaduais e do

    Distrito Federal

    At 15 de maio de 2015

    Encontro Temtico NacionalSoberania esegurana alimentar e nutricional na Amaznia

    10 e 11 de junho de 2015

    Conferncias Municipais e/ou Regionais ou

    Territoriais

    At 30 de junho de 2015

    Encontro Temtico NacionalAtuao das

    mulheres na construo da soberania e segurana

    alimentar e nutricional

    8 e 9 de julho de 2015

    Conferncias Estaduais e do Distrito Federal At 15 de agosto de 2015

    Envio do Relatrio Final das ConfernciasEstaduais e do DF ao Consea Nacional At 25 de agosto de 2015

    Encontro Temtico Nacionalgua e soberania e

    segurana alimentar e nutricional

    18 e 19 de agosto de 2015

    Encontro Temtico de Segurana Alimentar e

    Nutricional da Populao Negra e dos Povos e

    Comunidades Tradicionais

    23 e 24 de setembro de 2015

    Encontro Preparatrio de Delegados(as)

    Indgenas

    1 e 2 de novembro de 2015

    Oficina com convidados(as) internacionais 2 de novembro de 2015

    Conferncia Nacional 03 a 06 de novembro de 2015

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    Anexo I

    Conceitos Fundamentais

    Alimentao Adequada e Saudvel

    De acordo com o Relatrio Final da 3 CNSAN 4, alimentao adequada e saudvel a a realizao

    de um direito humano bsico, com a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente

    justa, a uma prtica alimentar adequada aos aspectos biolgicos e sociais dos indivduos, de acordo

    com o ciclo de vida e as necessidades alimentares especiais, considerando e adequando quando

    necessrio o referencial tradicional local. Deve atender aos princpios da variedade, qualidade,

    equilbrio, moderao e prazer (sabor), s dimenses de gnero, raa e etnia, e s formas de produo

    ambientalmente sustentveis, livre de contaminantes fsicos, qumicos e biolgicos e de organismosgeneticamente modificados.

    Cmara Governamental Intersetorial de Segurana Alimentar e Nutricional

    De acordo com o inciso VI do artigo 7 do Decreto n 7.272, de 25 de agosto de 2010, consiste em

    uma instncia de carter estadual, distrital ou municipal, congnere Cmara Interministerial de

    Segurana Alimentar e Nutricional.

    Cmara Interministerial de Segurana Alimentar e Nutricional

    De acordo com o inciso III do artigo 11 da Lei 11.346 (Losan), de 15 de setembro de 2006, uma

    instncia de carter nacional integrante do Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

    (Sisan) que elabora e coordena a execuo da Poltica e do Plano Nacional de Segurana Alimentar e

    Nutricional, bem como dos planos de suas congneres estaduais e do Distrito Federal. Integra

    Ministros de Estado e Secretrios Especiais responsveis pelas pastas afetas consecuo da

    segurana alimentar e nutricional. Suas competncias esto descritas no Decreto n. 6.273, de 23 de

    novembro de 2007.

    Conferncia Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

    De acordo com o inciso I do artigo 11 da Lei n 11.346 (Losan), de 15 de setembro de 2006, a

    instncia responsvel pela indicao ao Consea Nacional das diretrizes e prioridades da Poltica e do

    Plano Nacional de Segurana Alimentar, bem como pela avaliao do Sisan.

    4Pg. 31, proposta 17, Relatrio Final da 3 CNSAN, 2007.

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    Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

    De acordo com o inciso II do artigo 11 da Lei 11.346, de 15 de setembro de 2006, um rgo de

    assessoramento imediato ao Presidente da Repblica, composto por 60 (sessenta) membros dos quais

    dois teros de so representantes da sociedade civil e um tero de representantes governamentais.

    DHAA

    De acordo com o Comentrio Geral n 12 sobre o artigo 11 do Pacto Internacional de Direitos

    Econmicos, Sociais e Culturais (Pidesc), um direito humano inerente a todas as pessoas de ter

    acesso regular, permanente e irrestrito, quer diretamente ou por meio de aquisies financeiras, a

    alimentos seguros e saudveis, em quantidade e qualidade adequadas e suficientes, correspondentes

    s tradies culturais do seu povo e que garanta uma vida livre do medo, digna e plena nas dimensesfsica e mental, individual e coletiva.

    Insegurana Alimentar

    De acordo com a Escala Brasileira de Insegurana Alimentar (EBIA)5, consiste na preocupao da

    famlia de que o alimento venha a acabar antes que haja dinheiro para comprar mais alimento,

    passando, em seguida, pela insegurana relativa ao comprometimento da qualidade da dieta, porm

    ainda sem restrio quantitativa, at chegar ao ponto mais grave, que a insegurana quantitativa,

    situao em que a famlia passa por perodos concretos de restrio na disponibilidade de alimentos

    para seus membros. Um conceito mais amplo, que inclua a dimenso nutricional, est em construo.

    Intersetorialidade

    De acordo com o texto de referncia da 2 CNSAN6, significa aes articuladas e coordenadas,

    utilizando os recursos existentes em cada setor (materiais, humanos, institucionais) de modo mais

    eficiente, direcionando-os para aes que obedeam a uma escala de prioridades estabelecidas em

    conjunto. No campo da gesto pblica e das polticas pblicas, a intersetorialidade aparece comopossibilidade de superao das prticas isoladas ou sobrepostas de cada rea na relao aos

    cidados. O exerccio da intersetorialidade se configura por aes e decises compartilhadas, tanto no

    que diz respeito identificao de necessidades, como no planejamento e na avaliao das polticas

    pblicas.

    5IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD)Complemento de Segurana

    Alimentar (2004), p. 24.6Princpios e Diretrizes de uma Poltica de Segurana Alimentar e Nutricional, p. 4, 2

    CNSAN, 2004.

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    Pacto de Gesto pelo DHAA

    De acordo com o artigo 9 do Decreto n 7.272, de 25 de agosto de 2010, um dos instrumentos de

    pactuao federativa da Poltica Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (PNSAN). Os Pactos

    sero elaborados conjuntamente pela Cmara Interministerial de Segurana Alimentar e Nutricional,por representantes das cmaras intersetoriais dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    Pacto Federativo

    De acordo com o artigo 18 da Constituio Federal do Brasil, um princpio constitucional que rege a

    organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil, compreendendo a Unio, os

    Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos, nos termos da Constituio.

    Plano Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

    De acordo com o artigo 8 do Decreto n 7.272, de 25 de agosto de 2010, o Plano o principal

    instrumento de planejamento, gesto e execuo da Poltica Nacional de Segurana Alimentar e

    Nutricional (PNSAN). O I Plano Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional est vigente para o

    perodo de 2012-2015.

    Poltica Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

    De acordo com o artigo 2 do Decreto n 7.272, de 25 de agosto de 2010, um instrumento que visa a

    promover a segurana alimentar e nutricional e assegurar o DHAA em todo territrio nacional.

    Segurana Alimentar e Nutricional

    De acordo com o artigo 3 da Lei n 11.346, de 15 de setembro de 2006 (Losan), a segurana

    alimentar e nutricional consiste na realizao do direito de todos ao acesso regular e permanente a

    alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidadesessenciais, tendo como base prticas alimentares promotoras da sade que respeitem a diversidade

    cultural e que sejam ambiental, cultural, econmica e socialmente sustentveis.

    Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (Sisan)

    Com base no artigo 7 da Lei n 11.346, de 15 de setembro de 2006, um sistema pblico de

    abrangncia nacional, que possibilita a gesto intersetorial e participativa e a articulao entre os entes

    federados para a implementao das polticas pblicas promotoras da segurana alimentar enutricional, numa perspectiva de complementaridade de cada setor. integrado por uma srie de

    rgos e entidades da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. Todos os Estados e o

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    Distrito Federal j aderiram ao Sisan e os municpios vem aderindo de forma paulatina.

    De acordo com o artigo 11 da referida Lei, integram o Sisan:

    Ia Conferncia Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional, instncia responsvel pela indicaoao Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional das diretrizes e prioridades da Poltica e do

    Plano Nacional de Segurana Alimentar, bem como pela avaliao do Sisan;

    IIo Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional, rgo de assessoramento imediato ao

    Presidente da Repblica;

    IIIa Cmara Interministerial de Segurana Alimentar e Nutricional, integrada por Ministros de Estado

    e Secretrios Especiais responsveis pelas pastas afetas consecuo da segurana alimentar enutricional;

    IV os rgos e entidades de segurana alimentar e nutricional da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios; e

    V as instituies privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na adeso e que

    respeitem os critrios, princpios e diretrizes do Sisan.

    Soberania Alimentar

    De acordo com a Declarao de Nylny, A soberania alimentar um direito dos povos a alimentos

    nutritivos e culturalmente adequados, acessveis, produzidos de forma sustentvel e ecolgica, e seu

    direito de decidir seu prprio sistema alimentar e produtivo. Isto coloca aqueles que produzem,

    distribuem e consomem alimentos no corao dos sistemas e polticas alimentares, acima das

    exigncias dos mercados e das empresas. (...) A soberania alimentar promove o comrcio

    transparente, que garanta uma renda digna para todos os povos, e os direitos dos consumidores de

    controlarem sua prpria alimentao e nutrio. Garante que os direitos de acesso e a gesto da terra,territrios, guas, sementes, animais e a biodiversidade, estejam nas mos daqueles que produzem os

    alimentos. A soberania alimentar supe novas relaes sociais livres de opresso e desigualdades

    entre homens e mulheres, grupos raciais, classes sociais e geraes7.

    Termo de Adeso ao Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

    O artigo 11 do Decreto n 7.272, de 25 de agosto de 2010, dispe sobre o processo de adeso

    7Traduo Livre da Declarao de NylnyForo Mundial pela Soberania Alimentar, Nylni, Selingue, Mal,

    28 de fevereiro de 2007.

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    municipal ao Sisan. Os requisitos mnimos so: instituio do conselho municipal de SAN, nos mesmos

    moldes do Conselho Nacional; instituio da cmara ou instncia governamental de gesto intersetorial

    de SAN; e o compromisso de elaborao do plano municipal de SAN. O processo de validao da

    adeso municipal passa pelas Caisans e Conseas estaduais, e posteriormente a Caisan Nacional

    publica uma resoluo formalizando a adeso do municpio.

    Sistema de Monitoramento da Segurana Alimentar e Nutricional

    Segundo o Decreto n 7.272/2010, o monitoramento e avaliao da PNSAN ser feito por sistema

    constitudo de instrumentos, metodologias e recursos capazes de aferir a realizao progressiva do

    DHAA, o grau de implementao daquela Poltica e o atendimento dos objetivos e metas estabelecidas

    e pactuadas no Plano Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional. De acordo com o Decreto, ainda,

    o sistema de monitoramento e avaliao dever organizar, de forma integrada, os indicadoresexistentes nos diversos setores e contemplar as seguintes dimenses de anlise: I - produo de

    alimentos; II - disponibilidade de alimentos; III gasto de despesas com alimentao; IV - acesso

    alimentao adequada e saudvel; V - sade, nutrio e acesso a servios relacionados; VI -

    educao; e VII - programas e aes relacionadas a segurana alimentar e nutricional. O sistema de

    monitoramento e avaliao dever identificar os grupos populacionais mais vulnerveis violao do

    DHAA, consolidando dados sobre desigualdades sociais, tnico-raciais e de gnero. Os sistema de

    monitoramento da SAN est em constante processo de aperfeioamento e consolidao. Em janeiro de

    2015, duas so as principais ferramentas que apoiam o monitoramento da SAN: o Datasan, ferramenta

    informacional aberta ao pblico e que organiza indicadores a partir das dimenses acima citada e o

    Sisplansan, ferramenta informacional de gesto da execuo do Plano Nacional de SAN.

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    Anexo II

    Estimativa de povos e comunidades tradicionais em cada estado8

    (Observao: excluindo povos indgenas, quilombolas e povos tradicionais de matriz africana)

    AC Extrativistas, Seringueiros(as), Ribeirinhos(as),

    AL Extrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Vazanteiros(as), Ciganos(as)

    AM Extrativistas, Seringueiros(as), Ribeirinhos(as)

    AP Extrativistas, Ribeirinhos(as), Pescadores(as) Artesanais

    BA Extrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Fundos de Pasto, Ciganos(as)

    CE Extrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Ciganos(as)

    DF Ciganos(as)

    ES Pescadores(as) Artesanais, Pomeranos(as), Ciganos(as)GO Sertanejos(as), Extrativistas, Ciganos(as)

    MAExtrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Ribeirinhos(as), Quebradeiras de coco babau,

    Ciganos(as)

    MG Extrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Geraizeiros(as), Ciganos(as)

    MS Pantaneiros(as), Pescadores(as) Artesanais, Sertanejos(as), Extrativistas, Ciganos(as)

    MT Pantaneiros(as), Pescadores(as) Artesanais, Sertanejos(as), Extrativistas, Ciganos(as)

    PA Extrativistas, Ribeirinhos(as), Quebradeiras, Pescadores(as) Artesanais, Ciganos(as)

    PB Extrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Ciganos(as)PE Extrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Ciganos(as)

    PI Extrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Quebradeiras de coco babau, Ciganos(as)

    PR Faxinalenses, Ciganos(as), Caiaras, Ciganos(as)

    RJ Caiaras, Ciganos(as)

    RN Extrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Ciganos(as)

    RO Extrativistas, Seringueiros(as), Ribeirinhos(as)

    RR Extrativistas, Ribeirinhos(as)

    RS Pescadores(as) Artesanais, Ciganos(as)

    SC Pescadores(as) Artesanais, Ciganos(as)

    SE Extrativistas, Pescadores(as) Artesanais, Vazanteiros(as), Ciganos(as)

    SP Ciganos(as), Caiaras, Ciganos(as)

    TO Extrativistas, Ribeirinhos(as), Quebradeiras de coco babau, Ciganos(as)

    8 Fonte: Comisso Nacional Desenvolvimento Sustentvel de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT) e Guia

    de polticas pblicas para ciganos(as) (Seppir, 2013) - http://www.seppir.gov.br/.arquivos/guia-de-politicas-

    publicas-para-povos-ciganos

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    Anexo III

    REGIMENTO DA 5 CONFERNCIA NACIONAL DE SEGURANA ALIMENTAR E

    NUTRICIONAL - CNSAN, APROVADO EM 26 DE NOVEMBRO DE 2014 PELO CONSELHO

    NACIONAL DE SEGURANA ALIMENTAR E NUTRICIONALCONSEA

    CAPTULO I

    SEO I

    DO TTULO

    Art. 1A 5 Conferncia Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional - CNSAN, convocada

    por meio do Decreto Presidencial de XX de dezembro de 2014, ser intitulada Comida de verdade no

    campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar.

    SEO II

    DOS OBJETIVOS E DOS EIXOS

    Art. 2 Observado o disposto no artigo 11, inciso I, da Lei 11.346, de 15 de setembro de 2006,

    e no artigo 7, inciso I, do Decreto 7.272, de 25 de agosto de 2010, a 5 CNSAN ter por objetivo geral

    ampliar e fortalecer os compromissos polticos para a promoo da soberania alimentar, garantindo a

    todas e todos o DHAA, assegurando a participao social e a gesto intersetorial no Sistema, naPoltica e no Plano Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional, assim como os seguintes objetivos

    especficos:

    I Identificar os avanos e obstculos para a efetivao do DHAA e apresentar proposies

    para garantir a todos e todas comida de verdade no campo e na cidade;

    II - Avaliar, segundo a perspectiva do desenvolvimento socioambiental sustentvel, os desafios

    atuais da Poltica e do Plano Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional para avanar na realizao

    do DHAA e na promoo da soberania alimentar em mbito nacional e internacional;

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    III - Avanar no comprometimento dos trs poderes da Repblica, em todas as esferas de

    governo, e ampliar a participao e o compromisso da sociedade brasileira no processo de construo

    do SISAN, reafirmando o pacto social em torno do DHAA e da soberania alimentar.

    Art. 3 A 5 CNSAN ser orientada pelos seguintes eixos temticos:

    Eixo 1Comida de verdade: avanos e obstculos para a conquista da alimentao adequada

    e saudvel e da soberania alimentar.

    Eixo 2Dinmicas em curso, escolhas estratgicas e alcances da poltica pblica.

    Eixo 3Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional.

    CAPTULO II

    DA ORGANIZAO

    SEO I

    ESTRUTURA DA COMISSO ORGANIZADORA

    Pargrafo nico. Ser criada, no mbito da Secretaria Executiva do CONSEA Nacional, uma

    Equipe Operacional para viabilizar a logstica e infraestrutura da 5 CNSAN.

    Art. 4 A Presidncia da 5 CNSAN ser de competncia da Presidenta do CONSEA Nacional

    e, na sua ausncia ou impedimento eventual, do(a) Secretrio(a) Geral do CONSEA Nacional.

    Art. 5 Para a organizao e desenvolvimento de suas atividades, a 5 CNSAN contar comuma Comisso Organizadora.

    Art. 6 A Comisso Organizadora da 5 CNSAN composta por representantes doCONSEA Nacional e da Cmara Interministerial de Segurana Alimentar e Nutricional (CAISAN),

    distribudos em:

    IGrupo Executivo;

    IISubcomisso de Contedo e Metodologia;

    IIISubcomisso de Infraestrutura, Mobilizao e Comunicao.

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    SEO II

    ATRIBUIES DA COMISSO ORGANIZADORA

    Art. 7 O Grupo Executivo da 5 CNSAN tem as seguintes atribuies:

    I. Coordenar, supervisionar, dirigir e promover a realizao da 5 ConfernciaNacional, atendendo aos aspectos tcnicos, polticos, administrativos e financeiros;

    II. Apreciar e deliberar sobre as propostas das Subcomisses;III. Submeter ao CONSEA as seguintes decises sobre a 5 Conferncia Nacional:

    metodologia; nmero de delegados(as) e critrios para sua escolha; regimentointerno, texto-base, programao e regulamento;

    IV. Articular a interlocuo com as demais Conferncias Nacionais de outras reas,para que pautem o tema da Segurana Alimentar e Nutricional e as interfaces que otema requer;

    V. Definir e acompanhar a disponibilidade e organizao da infraestrutura, inclusiveoramento para a etapa nacional;

    VI. Encaminhar o Relatrio Final da 5 Conferncia Nacional para a publicao;VII. Discutir e deliberar sobre todas as questes julgadas pertinentes sobre a 5

    Conferncia Nacional e no previstas nos itens anteriores;VIII. Analisar e validar os processos preparatrios 5 Conferncia Nacional e

    Conferncias Estaduais e do Distrito Federal, assim como as inscries dasdelegaes estaduais.

    Art.8A Subcomisso de Contedo e Metodologiatem as seguintes atribuies:

    I. Orientar, coordenar e supervisionar a elaborao do documento-base a serdiscutido na 5 Conferncia Nacional;

    II. Propor a programao da etapa nacional;III. Elaborar orientaes para dinmica da Conferncia Nacional;IV. Elaborar proposta de nmero e distribuio por estado/DF dos(as) delegados(as)

    Conferncia, bem como dos mecanismos e procedimentos para sua escolha eorientaes para preenchimento das cotas de delegados(as);

    V. Elaborar orientaes para as discusses a serem realizadas nas ConfernciasMunicipais e/ou territoriais e Estaduais/Distrital preparatrias etapa nacional;

    VI. Propor critrios para a composio da equipe de relatoria, bem como definir suasestratgias de trabalho;

    VII. Elaborar proposta de metodologia para consolidao dos relatrios;VIII. Responsabilizar-se pela elaborao do relatrio consolidado e de outros

    documentos afins.

    Art. 9 A Subcomisso de Infraestrutura, Mobilizao e Comunicao tem as seguintes

    atribuies:

    I. Propor condies de infraestrutura necessrias realizao da Conferncia Nacional,referentes ao local, equipamentos e instalaes, audiovisuais, reprografia,

    comunicaes, hospedagem, transporte, alimentao e outras;

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    II. Elaborar e encaminhar propostas e projetos para viabilizao da infraestrutura daConferncia Nacional, procedendo s negociaes com os potenciais financiadorese patrocinadores do evento;

    III. Orientar e supervisionar a atuao do Grupo Operacional, definindo critrios para aalocao e gesto dos recursos destinados Conferncia Nacional;

    IV. Avaliar, juntamente com a Comisso Organizadora, a prestao de contas de todos osrecursos destinados realizao da Conferncia;

    V. Manter a interlocuo permanente com a Subcomisso Local;VI. Estimular a organizao e realizao de Conferncias de Segurana Alimentar e

    Nutricional no mbito Municipal, Estadual/Distrital e Territorial, como etapasimportantes da Conferncia Nacional e encontros temticos

    VII. Estimular o encaminhamento, em tempo hbil, dos relatrios das ConfernciasEstaduais de Segurana Alimentar e Nutricional Comisso Organizadora da 4Conferncia Nacional;

    VIII. Elaborar plano de comunicao para a 5 CNSAN.

    CAPTULO III

    DA REALIZAO E DOS PRAZOS

    Art. 10 A 5 CNSAN ser realizada na cidade de Braslia - DF, nos dias 03, 04, 05 e 06 de

    novembro de 2015, e ter abrangncia nacional, assim como suas anlises, formulaes e

    proposies.

    Art. 11 A 5 CNSAN ser precedida de Conferncias Estaduais e do Distrito Federal e de

    Encontros Temticos Nacionais.

    Pargrafo nico. As Conferncias Estaduais devero ser precedidas de Conferncias

    Municipais e/ou Territoriais ou Regionais.

    Art. 12 As etapas da 5 CNSAN sero realizadas nos seguintes perodos:

    IConferncias Municipais e/ou Regionais ou Territoriaisat 30 de junho de 2015;

    IIConferncias Estaduais e do Distrito Federalat 15 de agosto de 2015;

    IIIConferncia Nacional03 a 06 de novembro de 2015.

    1. O no cumprimento dos prazos das etapas previstas nos incisos I e II no constituir

    impedimento realizao da 5 CNSAN no prazo previsto.

    2. A Comisso Organizadora disponibilizar Manual Orientador at maro de 2015 para asConferncias Estaduais e do Distrito Federal, Municipais e/ou Regionais ou Territoriais.

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    CAPTULO IV

    DAS ETAPAS

    SEO I

    DAS CONFERNCIAS MUNICIPAIS E/OU REGIONAIS OU TERRITORIAIS

    Art. 13 Observado o disposto no artigo 11, devero ser realizadas Conferncias Municipais

    e/ou Regionais ou Territoriais, conforme definido no mbito de cada Estado.

    Art. 14 As contribuies das Conferncias Municipais e/ou Regionais ou Territoriais sero

    encaminhadas s Conferncias Estaduais respectivas, conforme procedimentos e orientaes

    definidos no mbito dos Estados.

    SEO II

    DAS CONFERNCIAS ESTADUAIS E DO DISTRITO FEDERAL

    Art 15 A Comisso Organizadora elaborar um Documento de Referncia, o qual servir como

    orientao dos debates das Conferncias Estaduais e do Distrito Federal.

    Pargrafo nico.O Documento de Referncia ser disponibilizado a partir de maro de 2015.

    Art 16 O Poder Executivo Estadual e do Distrito Federal ter a prerrogativa de convocar aConferncia de Segurana Alimentar e Nutricional Estadual e do Distrito Federal, mediante ato

    especfico at o dia 15 de maio de 2015.

    Pargrafo nico. Nos casos em que o Executivo Estadual e do Distrito Federal no

    convocarem as respectivas Conferncias, estas podero ser convocadas por organizaes e

    instituies com atuao em segurana alimentar e nutricional no mbito do respectivo ente federativo,

    mediante validao e reconhecimento da Comisso Organizadora da 5 CNSAN.

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    Art. 17 Os principais produtos da Conferncia Estadual e do Distrito Federal sero um Relatrio

    Final e uma Carta Poltica, aprovados em plenria, cujo formato dever seguir as orientaes da

    Comisso Organizadora da 5 CNSAN.

    Art. 18 Para efeito de reconhecimento e validao das Conferncias de Segurana Alimentar eNutricional Estaduais e do Distrito Federal pela Comisso Organizadora da 5 CNSAN, devero ser

    encaminhados no ato de inscrio da delegao respectiva:

    ICpia de Ato de Convocao;

    IICpia do Regulamento e/ou Regimento Interno;

    IIIRelatrio Final da Conferncia Estadual e do Distrito Federal;

    IVCarta Poltica;

    V - Ata de Eleio da Delegao.

    Pargrafo nico. Os documentos citados acima e a inscrio dos(as) delegados(as) devero

    ser encaminhados ao CONSEA Nacional at 10 dias aps a realizao das Conferncias, na forma a

    ser definida pela Comisso Organizadora da 5 CNSAN.

    SEO III

    DOS ENCONTROS TEMTICOS NACIONAIS

    Art. 19 Os Encontros Temticos Nacionais sero atividades de carter nacional, com o objetivo

    de ampliar a participao e aprofundar o processo de discusso de temas estratgicos para a

    soberania e segurana alimentar e nutricional.

    Pargrafo nico. Os Encontros Temticos Nacionais sero definidos pelo CONSEA Nacional.

    Art. 20 Os Encontros Temticos Nacionais devero prever a participao de representantes

    dos Conselhos de Segurana Alimentar e Nutricional dos Estados e do Distrito Federal, respeitando-se

    tambm a participao por gnero, raa, etnia, territrio e povos e comunidades tradicionais.

    Pargrafo nico. Os Encontros Temticos Nacionais no elegero delegados(as) para a 5

    CNSAN.

    Art. 21 Para efeito de reconhecimento e validao, os Encontros Temticos Nacionais devero

    seguir os critrios estabelecidos pela Comisso Organizadora da 5 CNSAN e encaminhar relatrio

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    final ao CONSEA Nacional at o dia 15 de outubro de 2015, na forma a ser definida pela Comisso

    Organizadora da 5 CNSAN.

    Art. 22 Nos termos do art. 9 do Decreto n 7.272, de 25 de agosto de 2010, o CONSEA

    Nacional e a Cmara Interministerial de Segurana Alimentar e Nutricional - CAISAN e suascongneres estaduais e do Distrito Federal organizaro atividades prvias e durante a 5 CNSAN com

    gestores governamentais visando a avanar nos compromissos relativos construo do SISAN e

    implementao da Poltica Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional.

    SEO IV

    DA 5 CONFERNCIA NACIONAL DE SEGURANA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

    Art. 23 A Comisso Organizadora elaborar um caderno de debates, que servir como subsdio

    para os(as) delegados(as) da 5 CNSAN.

    Art. 25 Caber Comisso Organizadora definir os mtodos, critrios e procedimentos para os

    trabalhos da 5 CNSAN.

    Art. 26 Os principais produtos da 5 CNSAN sero os seguintes:

    IRelatrio Final;

    IIDeclarao Poltica;

    IIIMoes.

    CAPTULO V

    DOS(AS) DELEGADOS(AS)

    Art. 27 Os(as) delegados(as) da 5 CNSAN, com direito voz e voto, sero compostos da

    seguinte forma:

    I120 (cento e vinte) delegados(as) natos(as), assim distribudos(as):

    c. 80 (oitenta) conselheiros(as) da sociedade civil titulares e suplentes do CONSEANacional;

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    d. 40 (quarenta) representantes governamentais - titulares e suplentes do CONSEANacional;

    II112 (cento e doze) representantes governamentais indicados(as) pelo Governo Federal.

    III1400 (um mil e quatrocentos/as) delegados(as) escolhidos(as) nas Conferncias Estaduaise do Distrito Federal da 5 CNSAN, sendo 2/3 (duas teras partes) de representantes da sociedade civil

    e 1/3 (uma tera parte) de representantes do governo, conforme distribuio apresentada nos quadros

    do Anexo I, obtida a partir dos seguintes parmetros:

    a. Cada Estado e o Distrito Federal tero um mnimo de 15 (quinze) delegados(as);

    b. 29% (vinte e nove por cento) do total de delegados(as) estaduais e do Distrito Federalsero distribudos de forma proporcional populao total de cada Estado e DistritoFederal, segundo os dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    - IBGE;c. 29% (vinte e nove por cento) do total de delegados(as) estaduais e do Distrito Federal

    sero distribudos segundo a incidncia da populao em situao de inseguranaalimentar leve, moderada ou grave, segundo os dados da Pesquisa Nacional de Amostrapor DomiclioPNAD de 2014 do IBGE;

    d. 33% (trinta e trs por cento) do total de delegados(as) da sociedade civil seroindicados(as) pelo critrio de cotas, sendo que esse total de cotas ser distribudo daseguinte forma:

    1 - 18,2 % (dezoito, dois por cento) de representantes dos povos indgenas, com base nosdados do Censo de 2010 do IBGE;

    2 - 18,2% (dezoito, dois por cento) de representantes de comunidades quilombolas, combase na lista das comunidades certificadas pela Fundao Cultural Palmares;

    3 - 18,2 % (dezoito, dois por cento) de povos tradicionais de matriz africana, de acordo comestimativas dos movimentos sociais;

    4 - 36,4 % (trinta e seis, quatro por cento) de representantes da populao negra em geral,com base nos dados do Censo de 2010 do IBGE;

    5 - 9% (nove por cento) de representantes dos demais povos e comunidades tradicionais.

    1 So considerados povos e comunidades tradicionais os grupos culturalmente

    diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas prprias de organizao social,

    que ocupam e usam territrios e recursos naturais como condio para sua reproduo cultural, social,

    religiosa, ancestral e econmica, utilizando conhecimentos, inovaes e prticas gerados e

    transmitidos pela tradio, conforme definio contida no inciso I do artigo 3 do Decreto n 6.040, de

    7 de fevereiro de 2007, que institui a Poltica Nacional de Desenvolvimento Sustentvel dos Povos e

    Comunidades Tradicionais.

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    2 O critrio de cotas ser aplicado s representaes da sociedade civil nas delegaes

    estaduais e do Distrito Federal. Vagas de cotas eventualmente no preenchidas no podero ser

    destinadas a outros segmentos;

    3 Na escolha dos(as) delegados(as) estaduais e do Distrito Federal devero sercontemplados(as) representantes de pessoas com necessidades especiais, com prioridade para

    necessidades alimentares especiais.

    4 Dever ser garantida a participao de jovens e de mulheres nas delegaes, bem como

    nas mesas de debate e demais atividades nos vrios nveis do processo preparatrio e na 5 CNSAN.

    5 A distribuio do nmero de delegados(as) por Unidade da Federao consta no Anexo I

    deste Regimento.

    Art. 28 Podero atuar, na qualidade de convidados(as) ou de observadores(as) para a 5CNSAN, com direito voz, representantes de rgos, entidades, instituies nacionais e internacionais,

    personalidades nacionais e internacionais, com atuao de relevncia na rea de segurana alimentar

    e nutricional e setores afins, devidamente inscritos(as) mediante critrios a serem estipulados e

    comunicados pela Comisso Organizadora, at o limite mximo de 374 (trezentos e setenta e quatro)

    pessoas.

    CAPTULO VI

    DOS RECURSOS

    IAporte governamental;

    IIAporte de projetos de cooperao internacional;

    IIIAporte de patrocinadores da iniciativa privada.

    CAPTULO VII

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 29 Os recursos necessrios para o financiamento da 5 CNSAN sero oriundos, no mnimo,

    de trs fontes oramentrias:

    Art. 30 Os casos no previstos neste Regimento sero resolvidos pelo Grupo Executivo da 5

    CNSAN.

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    Anexos do Regimento

    Quadro 1: Distribuio dos delegados estaduais e do Distrito Federal para a 5aConferncia

    Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional, segundo Unidades da Federao e cotas.

    Total de Delegados = 1400

    Mnimopor UF

    ProporoPop.Total

    ProporoPop. InSAN

    COTAS Total porUFIndg. Quilomb. PMA Negros PCTs

    Acre 15 2 15 2 0 2 2 2 40

    Alagoas 15 7 13 2 2 1 3 1 44

    Amap 15 1 11 1 2 1 2 1 34

    Amazonas 15 7 17 7 1 1 4 1 53

    Bahia 15 30 15 2 7 5 9 1 84

    Cear 15 18 13 2 2 2 5 1 58

    DistritoFederal

    15 5 5 1 0 2 3 2 33

    Esprito Santo 15 8 4 1 2 2 3 1 36

    Gois 15 13 7 1 2 1 4 1 44

    Maranho 15 14 22 3 7 4 6 2 73

    Mato G. doSul

    15 5 6 5 1 1 3 1 37

    Mato Grosso 15 6 7 3 2 2 3 1 39

    Minas Gerais 15 42 6 2 2 3 9 1 80Par 15 16 15 3 3 3 5 1 61

    Paraba 15 8 13 2 2 1 3 1 45

    Paran 15 23 5 2 2 2 4 1 54

    Pernambuco 15 19 9 3 2 4 5 1 58

    Piau 15 6 19 1 2 2 3 1 49

    Rio deJaneiro

    15 34 6 1 1 3 6 1 67

    Rio G. doNorte

    15 7 13 1 1 1 3 1 42

    Rio G. do Sul 15 23 5 2 3 4 3 1 56

    Rondnia 15 3 8 1 1 1 3 1 33

    Rorraima 15 1 13 3 0 1 2 2 37

    SantaCatarina

    15 13 4 1 1 1 3 1 39

    So Paulo 15 88 4 1 2 4 10 1 125

    Sergipe 15 5 12 1 1 1 3 1 39

    Tocantins 15 3 13 2 2 1 3 1 40

    Brasil 405 407 280 56 53 56 112 31 1400

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    Quadro 2: Distribuio dos delegados estaduais e do Distrito Federal para a 5aConferncia

    Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional, segundo origem (sociedade civil e governo)

    Delegados Estaduais

    Total

    por UF

    Sociedade civilTotal

    sociedade

    civil

    GovernoPresidente

    Consea

    subtotal

    Cotas

    Sociecidade

    Civil

    Comum

    Acre 40 1 8 18 27 13

    Alagoas 44 1 9 19 29 15

    Amap 34 1 7 15 23 11

    Amazonas 53 1 14 20 35 18Bahia 84 1 24 31 56 28

    Cear 58 1 12 26 39 19

    Distrito Federal 33 1 8 13 22 11

    Esprito Santo 36 1 9 14 24 12

    Gois 44 1 9 19 29 15

    Maranho 73 1 22 26 49 24

    Mato G. do Sul 37 1 11 13 25 12

    Mato Grosso 39 1 11 14 26 13

    Minas Gerais 80 1 17 35 53 27

    Par 61 1 15 25 41 20

    Paraba 45 1 9 20 30 15

    Paran 54 1 11 24 36 18

    Pernambuco 58 1 15 23 39 19

    Piau 49 1 9 23 33 16

    Rio de Janeiro 67 1 12 32 45 22

    Rio G. do Norte 42 1 7 20 28 14

    Rio G. do Sul 56 1 13 23 37 19

    Rondnia 33 1 7 14 22 11

    Roraima 37 1 8 16 25 12

    Santa Catarina 39 1 7 18 26 13

    So Paulo 125 1 18 64 83 42

    Sergipe 39 1 7 18 26 13

    Tocantins 40 1 9 17 27 13Brasil 1400 27 308 600 935 465

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    Anexo IV

    Marco Legal do Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

    O marco legal descrito abaixo est disponvel no site do Consea no seguinte endereo eletrnicohttp://www4.planalto.gov.br/Consea/acesso-a-informacao/legislacao#b_start=0

    Lei n 11.346, de 15 de setembro de 2006Lei Orgnica de Segurana Alimentar e Nutricional

    Cria o Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (Sisan) com vistas em assegurar o DHAA e d

    outras providncias.

    Decreto 6.272, de 23 de novembro de 2007

    Dispe sobre as competncias, a composio e o funcionamento do Conselho Nacional de SeguranaAlimentar e Nutricional (Consea).

    Decreto 6.273, de 23 de novembro de 2007

    Cria, no mbito do Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (Sisan), a Cmara Interministerial

    de Segurana Alimentar e Nutricional (Caisan).

    Emenda Constitucional n 64, de 4 de fevereiro de 2010

    Altera o art. 6 da Constituio Federal, para introduzir a alimentao como direito social.

    Decreto n 7.272, de 25 de agosto de 2010

    Regulamenta a Lei n 11.346, de 15 de setembro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Segurana

    Alimentar e Nutricional (Sisan) com vistas a assegurar o DHAA, institui a Poltica Nacional de Segurana

    Alimentar e Nutricional (PNSAN), estabelece os parmetros para a elaborao do Plano Nacional de

    Segurana Alimentar e Nutricional, e d outras providncias.

    Resoluo Caisan N 1, de 30 de abril de 2012

    Institui o I Plano Nacional de Segurana Alimentar e NutricionalPLANSAN 2012/2015.

    Resoluo Consea n 1, de 26 de novembro de 2014

    Aprova o Regimento da 5aConferncia Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (CNSAN).

    Decreto no 8.226, de 16 de abril de 2014

    Inclui o Ministrio da Justia na composio do Consea.

    Decreto n 8.416, de 5 de maro de 2015Convoca a 5aConferncia Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional (CNSAN).

    http://www4.planalto.gov.br/consea/acesso-a-informacao/legislacao#b_start=0http://www4.planalto.gov.br/consea/acesso-a-informacao/legislacao#b_start=0http://www4.planalto.gov.br/consea/legislacao/lei-no-11-346-de-15-de-setembro-de-2006/viewhttp://www4.planalto.gov.br/consea/legislacao/decreto-6-272-de-23-de-novembro-de-2007/viewhttp://www4.planalto.gov.br/consea/legislacao/decreto-6-273-de-23-de-novembro-de-2007/viewhttp://www4.planalto.gov.br/consea/legislacao/decreto-nb0-7-272-de-25-de-agosto-de-2010/viewhttp://www4.planalto.gov.br/consea/legislacao/decreto-nb0-7-272-de-25-de-agosto-de-2010/viewhttp://www4.planalto.gov.br/consea/legislacao/decreto-6-273-de-23-de-novembro-de-2007/viewhttp://www4.planalto.gov.br/consea/legislacao/decreto-6-272-de-23-de-novembro-de-2007/viewhttp://www4.planalto.gov.br/consea/legislacao/lei-no-11-346-de-15-de-setembro-de-2006/viewhttp://www4.planalto.gov.br/consea/acesso-a-informacao/legislacao#b_start=0
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    Mais informaes:

    Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional

    Palcio do Planalto, Anexo I, sala C-2A

    BrasliaDF CEP 70.150-900

    Fone: (61) 3411.2747 Fax: (61) 3411.2301

    Email:

    [email protected]

    [email protected]@presidencia.gov.br

    http://www.presidencia.gov.br/Consea

    SECOM/PR

    mailto:[email protected]:[email protected]://www.presidencia.gov.br/conseahttp://www.presidencia.gov.br/conseamailto:[email protected]:[email protected]