caderno de estudos_logÍstica internacional
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Tcnico em Logstica Logstica Internacional
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Tcnico em Logstica
Logstica Internacional
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Governador: Eduardo Henrique Accioly Campos
Vice-Governador: Joo Soares Lyra Neto
Secretrio de Educao: Jos Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira
Secretrio Executivo de Educao Profissional: Paulo Dutra
Gerente Geral da Educao Profissional: Luciane Pula
Gestor de Educao a Distncia: George Bento Catunda
Coordenador do Curso: Maria Helena Cavalcanti da Silva
Professora Pesquisadora: Ana Rosa Cavalcanti da Silva
Equipe Central de Educao a Distncia:
Andria Guerra | Carlos Cunha | Eber Gomes | Gustavo Tavares | Maria de Lourdes Cordeiro Marques | Marcos Clemente | Mauro de Pinho Vieira|
Reginaldo Filho
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INDICAO DE CONES Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual.
Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.
Saiba mais: oferece novas informaes que enriquecem o assunto ou curiosidades e notcias recentes relacionadas ao tema estudado.
Glossrio: indica a definio de um termo, palavra ou expresso utilizada no texto.
Mdias Integradas: sempre que se desejar que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mdias: vdeos, filmes, jornais, ambiente AVA e outras.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes nveis de aprendizagem para que o estudante possa realiz-las e conferir o seu domnio do tema estudado.
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COMPETNCIAS
1. Conhecer os aspectos gerais da logstica internacional
2. Conhecer a infraestrutura logstica internacional
3. Conhecer as formas de contrato e de seguros internacionais
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SUMRIO
APRESENTAO DA DISCIPLINA COMPETNCIA 1 CONHECER OS ASPECTOS GERAIS DA LOGSTICA INTERNACIONAL Introduo 1.1 Definio de logstica internacional 1.2 A demanda logstica no comrcio internacional 1.3 Parmetros logsticos: custo, tempo e qualidade 1.4 Elementos da logstica internacional 1.5 Logstica internacional: elemento de vantagem competitiva COMPETNCIA 2 CONHECER A INFRAESTRUTURA LOGSTICA INTERNACIONAL Introduo 2.1 Definies 2.2 Infraestrutura de Transportes, de Comunicao e de Servios Pblicos COMPETNCIA 3 CONHECER AS FORMAS DE CONTRATO E DE SEGUROS INTERNACIONAIS Introduo 3.1Caractersticas gerais dos contratos 3.2 Pontos para atentar nos contratos 3.3 Seguro Internacional 3.3.1 Dicas de contratao de seguro internacional REFERNCIAS
CURRCULO RESUMIDO DA PROFESSORA PESQUISADORA
06 07 07 07 13 15 16 17 19 19 19 22 30 30 30 33 39 40 42 44
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APRESENTAO DA DISCIPLINA
Caro aluno, tudo bem com voc? Para comear nossa caminhada em Logstica Internacional, veremos os
aspectos gerais da logstica internacional. Nesse ponto, a ordem ser nos
atermos definio de logstica internacional, demanda logstica no comrcio
internacional, aos parmetros logsticos (custo, tempo e qualidade), aos elementos
da logstica internacional e a enxergarmos a logstica internacional como elemento
de vantagem competitiva nos negcios.
Depois o foco estar em conhecer a infraestrutura logstica internacional,
fazendo definies, seguidas de anlises interessantes sobre as partes de
transportes, comunicao e servios pblicos.
Por fim, encerrando nossa fase juntos, o caderno ser fechado com o
aprendizado que nos levar a conhecer as formas de contrato e de seguro
internacionais, nas quais trabalharemos as caractersticas gerais dos contratos, os
pontos para atentar, os tipos de aplices, as informaes necessrias e as dicas de
contratao.
Em suma: com Logstica Internacional que voc vai entrar numa nova fase
de sua carreira acadmica. Fique esperto porque essa disciplina vai lhe acompanhar
para sempre, pois ser recheada de boas dicas, pontos a atentar e certamente, ao
longo das trs Competncias que teremos, no faltaro bons motivos para voc se
empenhar.
Agora, com voc! Podemos comear? Vamos nessa!
Imagem 1: Profissional de logstica internacional
Fonte: Disponvel em: . Acesso em 1 de jan. 2013
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COMPETNCIA 1 - CONHECER OS ASPECTOS GERAIS DA LOGSTICA INTERNACIONAL
Introduo
Os profissionais j ativos em logstica e aqueles em formao ou
aperfeioamento, como voc, caro aluno, sabem que, na esfera global, preciso
lidar, todos os dias, com uma mistura de clientes, fornecedores e parceiros em geral;
moedas e sistemas cambiais; regimes e polticas dos governos com impactos diretos
no seu negcio, em termos de normas econmicas e tributrias. Tambm fazem
parte desse cenrio, barreiras ou facilidades por conta da ausncia ou existncia de
redes de infraestrutura de transportes e de telecomunicaes, por exemplo, bem
como hbitos e costumes diversos, dentre outros componentes.
Por isso tudo, na Competncia 1, que inaugura esta disciplina, abordaremos o
conceito de logstica internacional em si, em que graus andam as demandas por ela
no comrcio exterior, como se relacionam e se influenciam as questes ligadas ao
custo, ao tempo e qualidade, bem como a forma ou formas pelas quais podemos
tirar mais vantagem e oferecer ainda mais valor ao servio que prestamos aos
nossos clientes.
Ento, aceite ao nosso convite de embarcar, a partir de agora, na jornada
pelos caminhos admirveis e vastos da logstica internacional. E j que os temas
que sero debatidos por aqui envolvem avies, caminhes e navios, aperte os
cintos ou vista seu colete prova dgua e aproveite a viagem!
1.1 Definio de logstica internacional
Caro aluno, fazer parte do mundo da logstica uma experincia de vida
profissional e pessoal fabulosa! A cada dia, sua rotina se altera, com novos desafios
a serem vencidos lhe instigando superao. Se todo esse cotidiano j
empolgante em termos de logstica local, imagine s quando comeamos a pensar
em logstica internacional.
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Imagem 2: Rotina da logstica internacional Fonte: Disponvel em: . Acesso em 1 de jan. 2013
Pois bem, j que este o tema central desta nossa disciplina, nada melhor do
que analisar e debater esse assunto desde a poca em que a logstica comeou a
ser desenvolvida no mundo. Pensa que isso algo recente? No, no ! Logstica
faz parte do nosso dia a dia desde muito antes de nossos antepassados se darem
conta. Como que ?, voc deve estar falando alto agora, sem acreditar no que
estamos lhe afirmando! Pois lhe dizemos novamente: a logstica, em especial a de
alcance mundial, algo praticado desde os tempos das grandes navegaes!
Ih! Agora complicou geral! O que histria tem a ver com logstica?, voc
novamente pergunta-nos, se contorcendo de curiosidade e incredulidade, ao ler o
que lhe escrevemos acima! U! Tudo a ver! Foram os grandes navegadores, como
Pedro lvares Cabral e Amrico Vespcio, bancados por reinos como o de Portugal
e da Espanha, que se lanaram ao mar em grandes embarcaes (ao menos
naqueles tempos as caravelas eram consideradas grandes!), em busca de riquezas
e novos mercados consumidores.
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Imagem 3: As grandes navegaes e a logstica Fonte: Disponvel em:
. Acesso em 1 de jan. 2013.
Imagine que nem Cabral, nem Vespcio (ou qualquer outro homem daquela
poca) tivesse conscincia de que, muitos sculos depois, na era em que vivemos
hoje, todo esse processo de separar e embarcar mercadorias e mantimentos,
agendar partidas e chegadas de navios, planejar as relaes comerciais, traar
rotas, se preocupar com segurana, etc. viesse a ser conhecido como logstica.
Fantstico, no mesmo?!
Se traarmos um paralelo entre esses procedimentos e os executados pelos
profissionais de logstica hoje em dia, veremos que h um grande encaixe. Claro que
houve muita evoluo e mudanas: trocamos caravelas por navios Panamax, por
exemplo, mas preocupaes a respeito de como fazer para que as mercadorias
fabricadas num lado do mundo cheguem ao outro da melhor forma possvel, em
vrios aspectos, permanecem as mesmas!
Os navios Panamax so aqueles cujas dimenses mximas permitem que eles possam passar pelas eclusas do Canal do Panam, ilustrado na Imagem 4, o que s possvel para estruturas com 294 m de comprimento, 32,2 m de boca (ou maior largura) e 12 m de calado.
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Imagem 4: Vista area do Canal do Panam
Fonte: Disponvel em: . Acesso em 31.08.2011.
Voc j deve ter ouvido falar que o termo logstica, do ponto de vista de sua
definio mais moderna, tem a ver com questes militares. isso mesmo! Na
Frana antiga, esse termo tinha relao direta com as atividades intrnsecas
aquisio de munies e suprimentos para as tropas em guerra.
Saindo desse tnel do tempo em que entramos l em cima e chegando aos
nossos dias, percebemos que a logstica no mais se prende apenas aos aspectos
de transporte, indo bem mais alm, relacionando-se com clientes, fornecedores,
suprimento, marketing, dentre tantos outros. Vejamos o que nos dizem David e
Stewart (2010, p. 18):
Nos ltimos 30 anos, o foco da logstica evoluiu de forma substancial: no incio, e provavelmente at meados dos anos 1980, a principal preocupao dos gestores de logstica, especificamente de logstica internacional, era assegurar que as mercadorias chegassem ao destino em boas condies, com o menor custo. O encurtamento do tempo de trnsito (lead time), no geral, s era considerado no caso de mercadorias perecveis ou de necessidade urgente o bastante que justificasse custos adicionais; na maioria das situaes, entretanto, um longo tempo de trnsito era considerado normal. Com os anos, a rapidez no transporte ganhou importncia.
O que ter acontecido no mundo para essa evoluo toda a grande
pergunta a ser feita e estamos aqui, juntos, para encontrar a grande resposta
correspondente. Bem, j vimos que a globalizao aproximou pases, encurtando
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fronteiras e que as telecomunicaes e os transportes tiveram um estrondoso peso
no desenvolvimento do comrcio internacional, na disciplina de Fundamentos de
Comrcio Exterior. Um elemento em particular tem parcela de contribuio positiva
nessa rpida e irremedivel transformao global: o continer, como ilustrado com a
Imagem 5.
Imagem 5: Continer reefer (refrigerado) Fonte: Disponvel em:
>. Acesso em 31.08.2011.
A inveno do continer
Adaptado de: MAGALHES, 2010, p.20-22. No seria melhor se o reboque de minha carreta pudesse simplesmente ser iado e colocado a bordo do navio sem que seu contedo fosse tocado?. Esta frase, cuja autoria atribuda a Malcom McLean, traduz a motivao que o fez inventar o equipamento, por volta dos anos 1930. A criao do continer resolveu problemas provocados por cargas soltas gerais, como o manuseio pea a pea, as avarias, etc. Com os contineres, caixas puderam ser carregadas, lacradas e enviadas por caminho, da porta do fornecedor, at o porto de origem, onde s precisavam ser levantadas e colocadas a bordo do navio. Chegando ao porto de destino, o processo se invertia. Assim, passou-se a diminuir o tempo de entrega e obter a intermodalidade de transporte. A conteinerizao modificou no somente a forma de transportar mercadorias pelo mundo como tambm provocou boa parte do sucesso econmico de cidades porturias e suas reas vizinhas, como na sia, pois facilitou o comrcio internacional ao abrir novos mercados para exportar e importar.
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Antes da existncia dos contineres, era muitssimo complicado e trabalhoso
exportar, especialmente para mercados internacionais. De forma bem sinttica, tudo
comeava com a embalagem das mercadorias, que geralmente seguiam de
caminho ou trem at o porto. L chegando, outra trabalheira daquelas: as
mercadorias eram descarregadas no porto e carregadas no navio por meio de gruas
e cintas manuseadas por estivadores que acondicionavam essas mercadorias de
forma adequada ao transporte martimo (DAVID; STEWART, 2010, p, 18). As
embalagens no podiam ser grandes, j que eram os estivadores que as tinham de
carregar. Imagine s o esforo e tempo desprendido, por exemplo, para preencher o
poro de um navio com sacas de acar!
Com os contineres disposio, quanta diferena! Mercadorias no mais
precisavam ser carregadas e descarregadas vrias vezes: bastava carregar os
contineres nas instalaes do fretador e descarreg-los j no ptio dos clientes,
aps eles terem sido transportados em navios. Menos tempo e menos custos.
O transporte areo tambm ganhou seu status de relevncia. H cerca de 40
anos, o mundo tem se acostumado, cada vez mais, a usar as aeronaves, tambm,
como meio de transporte de cargas. Cruzando os cus, a massificao do transporte
areo internacional de mercadorias fez com que os custos dessa movimentao e
distribuio toda cassem.
Mas as mudanas que o mundo experimentou nos ltimos tempos
relacionadas ao comrcio exterior no se prendem apenas aos fatos sobre os quais
conversamos h pouco. A logstica (local e internacional) tambm foi influenciada
pelo novo olhar que se precisou lanar satisfao pretendida pelo cliente. Em
Por fim, passe em nosso Frum da Competncia 1 e deixe sua opinio sobre os procedimentos.
Quer acompanhar os movimentos de embarque e desembarque de um continer? Ento v direto para http://www.youtube.com/watch?v=a6URSZXUBd8&feature=related. Depois, clique em http://www.youtube.com/watch?v=tA7Cs8qEzmU&feature=related
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outras palavras: com o tempo, percebeu-se que no bastava ter uma logstica
rpida; ela tambm precisava atender inteiramente ao que era importante para o
cliente.
Veja s a forma como David e Stewart (2010, p.21) abordam essa questo do
foco no cliente:
Alm da obrigao de garantir que a remessa seja exata, completa e chegue a tempo, os profissionais de logstica internacional tm de arcar com muitas outras responsabilidades. Devem garantir que a documentao da remessa esteja em ordem, para que a mercadoria seja liberada na alfndega sem demora. Devem garantir que a embalagem seja suficientemente resistente para proteger a mercadoria durante a longa viagem internacional (geralmente cheia de incidentes). Devem assegurar o cumprimento de numerosas exigncias de segurana e compreender a complexidade de uma transao que envolve diferentes sistemas monetrios e legais. Devem escolher o meio de transporte correto e assegurar a adequada cobertura de seguro das mercadorias. Em resumo, precisam lidar com muitos desafios a cada remessa.
Pelo que seu sexto sentido lhe indica at agora, logstica internacional
bem mais desafiadora do que a logstica domstica. Afinal, se as mercadorias esto
em trnsito internacional, realizar a gesto das atividades em torno de sua entrega e
de todos os elos envolvidos nesta cadeia aproxima-se da necessidade de superar
um grande obstculo. E atente para o fato de que a superao de obstculos exige
de ns uma grande capacidade de organizao interna.
David e Stewart (2010) exprimem que a logstica internacional cuida do
planejar, implantar e controlar o fluxo e a armazenagem de mercadorias, servios e
informaes a elas relacionados, lembrando que os procedimentos seguem uma
linha cujas pontas so os pontos de origem e de chegada, ou seja, o local da
exportao e o local de destino daquilo que foi importado.
1.2 A demanda logstica no comrcio internacional
Como bem sabemos que voc um aluno esperto e ligado no que acontece
ao seu redor, podemos antever que j deve estar claro em seu pensamento que o
conceito de logstica integrada tem um alcance mais dinmico e global. Em si
tratando de logstica internacional ento podemos dizer que estamos diante de uma
rea central, que precisa ser sempre atualizada, para agregar o sucesso de uma
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organizao no comrcio mundial. por esse motivo que Rodrigues (2007)
assevera que as atividades logsticas so vitais para as empresas atuantes em
comrcio exterior, trazendo para si conceitos oriundos de reas consolidadas
(produo, marketing, economia, geografia e transporte) e de disciplinas de apoio
(matemtica aplicada, estatstica, pesquisa operacional, economia e comportamento
organizacional).
Outro raciocnio interessante proposto pelo autor indicar que o
gerenciamento logstico internacional exige que todas as atividades que interligam o
mercado fornecedor ao mercado consumidor sejam vistas sob uma tica integrada,
pois o impacto de qualquer deciso tomada em algum ponto afetar todo o sistema
(RODRIGUES, 2007, p.161). Essa integrao toda necessria, pois implica
racionalizao de custos.
Segundo Rodrigues (2007, p.162-163), uma cadeia logstica internacional
pautada nos seguintes movimentos, desde a etapa da transformao, passando pelo
transporte at culminar na distribuio:
Aquisio e recebimento de matria-prima.
Processamento industrial de transformao.
Controle de qualidade, marcao, separao e embalagem.
Consolidao do lote para exportao.
Documentao para o transporte e aplice de seguro.
Transporte interior at o local de embarque.
Movimentaes, empilhamentos e armazenagens no terminal de origem.
Transferncia da rea de armazenagem at o local de embarque.
Embarque internacional.
Transporte internacional (martimo ou areo).
Descarga internacional.
Movimentao at a rea de armazenagem no terminal de destino.
Conferncia, marcao, separao e empilhamento.
Identificao, desempilhamento e entrega.
Transporte interior at o centro de distribuio.
Desconsolidao do lote importado.
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Distribuio fsica e entrega local.
1.3 Parmetros logsticos: custo, tempo e qualidade
A logstica tem como elementos caractersticos o custo, o tempo e a
qualidade, sendo os dois primeiros questes quantitativas e o ltimo um parmetro
de qualidade (RODRIGUES, 2007). Esse autor sugere que, no dia a dia, o
profissional de logstica deve procurar identificar quais necessidades do cliente so
elementos-chave para a definio do nvel de servios adequado ao fechamento do
negcio. Como exemplos de prticas bem sucedidas, Rodrigues (2007) indica que
na maioria das vezes se podem associar bons servios a:
Rapidez entre o recebimento do pedido e a respectiva entrega.
Oferecimento de lotes mnimos para venda.
Adequao dos fornecimentos s exigncias do pedido.
No incidncia em perdas ou avarias.
Oferecimento de servios de atendimento ao cliente.
Se mantivermos nossa ateno voltada aos custos principais, em termos de
logstica internacional, nos depararemos com (RODRIGUES, 2007):
Custo de aquisio de bens e respectivos impostos, a exemplo de matria-
prima, insumo, produtos semi ou totalmente industrializados ou bens de
capital.
Custos de embalagem (capital investido, materiais, componentes, controle de
qualidade, manuteno, etc).
Custo de armazenagem nos pontos de origem e de destino.
Custo de transporte, envolvendo frota prpria (inclusive depreciao,
manuteno, combustveis e lubrificantes) ou fretes pagos a terceiros, em
qualquer modal, seguros, estoque em trnsito, o conjunto das tarifas
porturias na origem e destino, transbordos realizados, manuseios e mo de
obra decorrentes, at seu destino final, alm dos custos da distribuio fsica
local. (RODRIGUES, 2007, p. 172-173)
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Custo administrativo (mo de obra e encargos, materiais de escritrio e
sistemas de comunicao e informao).
Custo de obteno de qualidade (preveno, inspees, emisso de
relatrios) para evitar que ocorram faltas e/ou avarias, refugos ou retrabalhos,
atendimentos a reclamaes de clientes e devolues.
1.4 Elementos da logstica internacional
Segundo a linha de raciocnio sugerida por David e Stewart (2010, p. 27),
podemos claramente notar as semelhanas, bem como as diferenas, existentes
entre a logstica domstica e a internacional. H atitudes e procedimentos, inclusive,
que s conseguimos visualizar quando estamos realizando uma operao de
alcance global.
Como pensamos grande e sabemos que o profissional que o mercado espera
o que tem capacidades para desenvolver um timo servio aqui ou em qualquer
lugar do mundo, indicamos como relevantes as observaes feitas pelos autores
acima citados sobre os elementos mais corriqueiros da logstica internacional:
1. preciso estar atento ao gerenciamento intercultural, j que estamos lidando
com dois pases diferentes: o nosso e o do importador ou exportador com o
qual estamos fazendo comrcio/servio;
2. Infraestrutura ofertada (ou no) tambm so pontos que merecem ateno
especial, como veremos na Competncia 2;
3. O transporte internacional consegue ser ainda mais emaranhado que o
domstico. Perceba que estamos falando de vrios tipos de transportes,
transportadores e documentos, assim como de tempo envolvido a cada
deslocamento, seja pelo mar, terra ou ar;
4. Os atores envolvidos na exportao e importao so ainda mais numerosos:
governos, bancos, seguradoras, etc. Isso mesmo: tudo em dobro, no plural, j
que existem os seus interesses e os do parceiro comercial em jogo;
5. Os riscos e os danos so consideravelmente maiores, posto que estamos
falando de aes internacionais, com mares, estradas, ferrovias e/ou espaos
areos distantes sendo aproximados;
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6. Contratos dos mais variados tipos (entre compradores e vendedores, firmas e
seus agentes e representantes, com seguradoras, etc.) tambm crescem, em
termos de dificuldades, quando o assunto mercado global. Leis so
diferentes, interpretaes sobre direitos e deveres existem aos mil, alm dos
prprios transtornos causados por estarmos falando e escrevendo em
idiomas diferentes, que no o da nossa ptria;
7. Meios de pagamento tambm se alteram, j que os riscos de inadimplncia e
as altas e baixas das cotaes do cmbio, como j tratado em Economia
Internacional, aterrorizam compradores e vendedores; etc.
1.5 Logstica internacional: elemento de vantagem competitiva
Agora precisaremos conversar sobre atitudes que voc poder adotar em
suas prticas de negcio, na tentativa de se diferenciar da concorrncia. Na
realidade, o mesmo provvel futuro cliente que lhe pede uma cotao pela
realizao dos bons servios prestados pela sua empresa faz a mesma solicitao a
pelo menos outras duas rivais suas. Ora! mais do que sua obrigao fisgar este
cliente, oferecendo-lhe facilidades que vo alm dos tradicionais descontos de
preos, suporte de ps-venda, entrega rpida e garantida, etc. Afinal, tecnicamente,
todos se esforam para superar isso. Mas ento qual seria o pulo do gato para
ganhar de vez o cliente? Qual sua opinio?
A resposta para esse enigma quem nos do so David e Stewart (2010, p.
405):
Na sequncia, pesquise seu prprio exemplo de empresa da rea e indique o site visitado ou o vdeo escolhido em nosso Frum da Competncia 1.
Visite o link http://www.youtube.com/watch?v=-YjA75RwmwQ e assista ao vdeo institucional da AIB Logstica Internacional, para conhecer um exemplo real de empresa especializada no assunto.
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Do ponto de vista do importador, a alternativa mais fcil comprar de um fornecedor que se comunica com clareza, adota uma abordagem flexvel, oferece condies de venda convenientes, cuidadoso no manuseio da documentao, no transporte e na embalagem das mercadorias. Sob as mesmas condies, o exportador que tem prtica fechar a venda porque estar mais bem preparado para lidar com esses detalhes logsticos. A boa gesto da logstica internacional uma vantagem competitiva.
Quer ficar por dentro de dicas quentes sobre como fazer a diferena para o seu cliente? No perca nossa videoaula da Competncia 1. A gente se v no AVA! At l!
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COMPETNCIA 2 CONHECER A INFRAESTRUTURA LOGSTICA INTERNACIONAL Introduo Agora que j somos mais do que capazes de entender a fora e o impacto da
logstica internacional, precisamos nos preparar para, enquanto gestores da rea,
termos condies de lidar com as vantagens e as desvantagens das diferentes
realidades de infraestrutura com as quais seremos desafiados a lidar em pases
diferentes dos nossos.
Esse tema altamente vital e de grande necessidade prtica, pois, muitas
vezes, o profissional de logstica no conhece os aeroportos, portos e estradas dos
mais variados recantos do mundo por onde a carga de seu cliente transitar. Mesmo
assim, distncia, ser o grande responsvel por fazer com que tudo acontea na
mais perfeita ordem! E ento? J est convencido que esse assunto vasto e
fundamental? Ento vamos em frente!
2.1 Definies De acordo com o dicionrio online Aulete Digital, a palavra infraestrutura, que
d a tnica a esta Competncia intermediria sobre Logstica Internacional, quer
dizer:
1. O suporte de uma estrutura.
2. A base de uma organizao, de uma sociedade, de um sistema etc.
3. O conjunto de servios pblicos de uma cidade, como rede de esgotos,
energia eltrica, gs canalizado etc.
4. Todo um conjunto de benefcios que valorizam uma obra, uma construo,
um servio etc.
Se percebermos mais a fundo as entrelinhas desses significados e os
relacionarmos ao nosso objeto central de estudos, vamos perceber que essa tal
infraestrutura ser a base em cima da qual construiremos nossos negcios em
logstica internacional. Assim, se entendemos que a infraestrutura envolve servios
pblicos e formada pelos benefcios que do importncia e relevo a uma obra,
somente pela definio do termo fornecida pelo Aulete Digital, j conseguimos
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avanar (e muito!) nos temas secundrios sobre os quais conversaremos a partir de
agora.
Se continuarmos nossa busca para completar o sentido do vocbulo
infraestrutura e pedirmos emprestado o conceito elaborado por David e Stewart
(2010, p. 31), teremos algo mais focado com nossos interesses em logstica
internacional: termo coletivo que se refere a todos os elementos disponveis (de
propriedade pblica ou privada) para facilitar o transporte, as comunicaes e as
trocas comerciais.
Agora sim! Tudo ficou redondo! Ao juntarmos os entendimentos das duas
fontes que pesquisamos com a nossa viso de profissionais e alunos empenhados e
atentos chegaremos concluso de que a infraestrutura a qual estamos nos
referindo e que tanto interessa logstica internacional no se prende apenas aos
transportes e comunicao. Ela vai alm, alcanando a existncia e a qualidade
dos servios pblicos, servios bancrios e canais de distribuio de varejo (DAVID;
STEWART, 2010, p. 32).
Tambm seremos capazes de afirmar, sem sombra de dvidas, que o estudo
da infraestrutura condio fundamental para o sucesso de nossas empreitadas
logsticas, uma vez que todo o movimento que formos fazer, seja de mercadorias,
seja de documentos e divisas, depender, sobremaneira, da infraestrutura com a
qual nos depararmos.
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Na Imagem 6 a seguir, voc poder ampliar sua noo acerca do impacto na
boa oferta, ou no, de infraestrutura, atravs de um ranking feito pelo Frum
Econmico Mundial, que classificou a qualidade da infraestrutura porturia brasileira
na 104 posio em uma lista com 142 naes.
Infraestrutura gargalo crnico no Brasil, diz FT Os desafios que o Brasil enfrenta vo muito alm de seus planos para sediar a Olimpada de 2016 e a Copa do Mundo de 2014. O governo da presidente Dilma Rousseff tem pela frente o dever de desatar o n provocado por gargalos crnicos na infraestrutura do pas. A avaliao consta de matria publicada pelo jornal britnico Financial Times nesta tera-feira (28.08.2012). Segundo a reportagem, os eventos esportivos so apenas uma oportunidade de o pas mostrar que pode realizar grandes projetos, mas necessrio fazer muito mais para garantir progresso econmico no longo prazo. O jornal cita o aumento das exportaes de commodities nos ltimos anos, como minrio de ferro e soja, que tm congestionado rodovias e portos. O efeito dos gargalos em infraestrutura, diz o FT, o sufocamento do crescimento do pas algo possvel de verificar na desacelerao do PIB que, em 2010 fechou em 7,5% e em 2012 foi para menos de 2%. Adaptado de: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/infraestrutura-e-gargalo-cronico-no-brasil-diz-ft. Acesso em 7 de jan. 2013.
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Imagem 6: Indicadores de infraestrutura Fonte: Disponvel em: . Acesso em 6 de jan. 2013.
Nosso pas perdeu para todos os pases do BRICS (sigla formada pelas letras
iniciais de Brasil, Rssia, ndia, China e frica do Sul, considerados pases de
destaque em relao ao desenvolvimento) e de dois dos principais parceiros
comerciais vizinhos, a Argentina e Chile. O relatrio intitulado The Global
Competitiveness Report 2011-2012 avaliou a infraestrutura e outros 11 pilares para
aferir a competitividade das naes. Na pesquisa, a infraestrutura foi subdividida em
qualidade dos portos, dos aeroportos, das rodovias, das ferrovias, oferta de
assentos em avies, fornecimento de eletricidade e telefonias fixa e mvel.
Na sequncia, comente suas impresses sobre os resultados do Brasil e dos outros pases em nosso Frum da Competncia 2.
Visite o link http://www.logisticadescomplicada.com/ranking-de-infraestrutura-portos-sao-grande-gargalo/ para ler a matria sobre a pesquisa do Frum Econmico Mundial.
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2.2 Infraestrutura de transportes, de comunicao e de servios pblicos Ao levarmos em considerao o peso que tem o transporte das encomendas
no mundo da logstica, facilmente verificaremos que das infraestruturas com maior
chance de afetar, positiva ou negativamente, o processo de carga e descarga,
seguro de cargas, enfim as operaes de exportao e de importao, a de
transportes. Pense s nos entraves que uma infraestrutura de transportes deficitria
pode gerar para o seu negcio: atraso na entrega, avarias, roubos, etc.
Com a grande nfase no transporte atravs do modal aquavirio, voltaremos
nossa anlise para a infraestrutura porturia.
Neste caso, voc, enquanto gestor de logstica internacional ter de ter
ateno especial para checar e encontrar as melhores possibilidades e as respostas
para contornar os grandes desafios em termos de (DAVID; STEWART, 2010):
Tipo e tamanho de navio no qual as mercadorias do seu cliente podero
viajar, levando-se em considerao do calado do porto por onde os mesmos
passaro.
Vieira (2002, p. 13) calcula que, no Brasil, enquanto que a logstica equivale a cerca de 60% do custo total de um produto, a distribuio fsica (transporte) responsvel por 51%, sendo os 9% restantes os custos com gesto de estoques e administrao do fluxo de informaes.
Em logstica, segundo Rodrigues (2007, p. 25), entende-se que um sistema de transportes constitudo pelo modo ou modal (via de transporte), forma (relacionamento entre os vrios modos de transporte), meio (elemento transportador) e instalaes complementares (terminais de carga). De acordo com os seus modais, os transportes podem ser divididos basicamente em: transporte aquavirio, rodovirio, ferrovirio, areo e dutovirio. O aquavirio abrange os modais martimo, fluvial (pelos rios) e lacustre (pelos lagos).
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A possibilidade de passagem sobre pontes. Em portos mais antigos, onde h
pontes prximas, ou as cargas precisaro ser desmontadas, de forma parcial,
ou reposicionadas para o navio poder passar por debaixo. Outra sada poder
ser fazer a entrega na mar baixa, para que a embarcao possa passar sob
o vo da ponte. Olha a mais um ponto para voc observar na hora de
pesquisar os portos mundo a fora!
Imagem 7: Navio de continer passando sob a Ponte Verrazano-Narrows no seu caminho para o
porto de Newark (EUA) Fonte: Disponvel em: < http://media.nj.com/ledgerupdates_impact/photo/port-of-newarkjpg-
20f9941f7a954721_large.jpg>. Acesso em 6 de jan. 2013.
Capacidade das gruas (espcie de guindaste para levantar grandes pesos)
tambm precisa ser verificada, uma vez que esperada, no mnimo, a
mesma performance obtida no porto de origem na hora em que a mercadoria
precisar ser desembarcada no porto de chegada. A falta de ateno a esse
detalhe poder exigir o desmantelamento da carga ou sobrecarregar a grua, o
que coloca em risco as mercadorias (DAVID; STEWART, 2010, p. 34).
Calado a profundidade mnima de gua necessria para que o navio flutue (DAVID; STEWART, 2012, p. 32)
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As operaes porturias pedem observao e alerta por causa dos horrios
de funcionamento dos portos.
O espao destinado armazenagem das cargas de que dispe o porto
escolhido outro item a se pensar. Lembre-se que provavelmente as cargas
de seus clientes sofrero se tiverem de ficar sob sol e chuva, caso no haja
armazns livres.
Conexo da infraestrutura do porto para outros tipos de transporte. Afinal, a
carga precisar entrar e sair e, possivelmente, isso se dar com o intermdio
de caminhes e trens. Mas ser que o terminal porturio eleito por voc conta
com essa rede complementar, ou seu negcio ficar preso por conta de
congestionamentos, por exemplo? Fique esperto!
Com relao infraestrutura area, preciso que o seu olhar crtico de
profissional de logstica observe nos aeroportos internacionais, segundo David e
Stewart (2010):
Extenso e qualidade da ou das pistas. Uma s pista ou de extenso diminuta
pode emperrar sua ideia de querer usar um dado aeroporto como base de
apoio. J pensou em pistas fechadas ou atrasos, para que o aeroporto possa
intercalar voos domsticos com aqueles onde est a sua to preciosa carga?
Um empecilho desse tipo sinnimo de prejuzo e de atraso na certa! Confira
na matria abaixo curiosidades sobre aeroportos internacionais e suas pistas!
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Aeroportos mais extravagantes do planeta
Aeroporto Internacional de Osaka, Japo: No Japo, espao um recurso escasso e solues inovadoras precisam ser encontradas. Para poder construir um aeroporto em Osaka, engenheiros projetaram uma estrutura colossal. Uma ilha artificial de 4 km por 2,5 km conectada com o litoral de Osaka por uma ponte de 3 km funciona como o Aeroporto Internacional de Kansai, com duas pistas de decolagem e o maior terminal de passageiros do planeta. Aeroporto de Gibraltar: Encravado entre a Espanha e o Marrocos, o pequeno territrio colonial britnico de Gibraltar tem um aeroporto que foi construdo durante a Segunda Guerra Mundial e que ainda funciona tanto para voos comerciais quanto para voos militares. A grande particularidade do aeroporto de Gibraltar sua pista que cruza com a avenida Winston Churchill, uma das mais movimentadas da ilha. Os carros so parados por cancelas enquanto os avies decolam ou aterrissam. Aeroporto Internacional da Madeira, Portugal: Situado a quase 1000 km de Lisboa, o arquiplago portugus da Madeira formado por oito ilhas. A maior dela, a ilha da Madeira, tambm onde est Funchal, capital do arquiplago conectada ao continente por um aeroporto que desafia at os pilotos mais experientes. Situadas sobre pilares, de maneira paralela entre o mar e as colinas, as pistas do aeroporto so ameaadas pelas turbulncias causadas pelos ventos vindos do mar. Aeroporto de Congonhas, So Paulo: Raros so os aeroportos que esto to encravados dentro de uma cidade quanto o aeroporto de Congonhas est em So Paulo. Situado no bairro do Campo Belo, o aeroporto foi inaugurado em 1936 e viu a cidade crescer em sua volta. Avenidas e prdios em volta ameaam a segurana dos voos, e Congonhas conheceu uma tragdia em 2007, quando um avio bateu num prdio. Aeroporto Qamdo Bangda, Tibete: Aeroporto mais alto do mundo, mais de 4.300 metros acima do nvel do mar, o Aeroporto Qamdo Bangda, no leste do Tibete, detm tambm o recorde de pista de aterrissagem mais longa, com mais de 5 500 metros de comprimento. O tamanho da pista se deve dificuldade maior para parar o avio em razo da altitude. Aeroporto Internacional Rei Fahd, Dammam, Arbia Saudita: O Aeroporto Internacional Rei Fahd da cidade de Dammam, na Arbia Saudita, o maior aeroporto do mundo em extenso, com cerca de 500 km. O aeroporto to imenso, que 18 km maior que o Bahrein, vizinho da Arbia Saudita.
Adaptado de: http://vidaeestilo.terra.com.br/turismo/internacional/site-lista-18-aeroportos-estranhos-confira,674a392625237310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html
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O horrio de operao pode ser limitado porque geralmente os aeroportos,
especialmente os mais antigos, esto encravados entre bairros populosos,
da h restrio por causa de poluio sonora. A dica, neste caso, pesquisar
aeroportos especializados em cargas que ficam fora das grandes cidades e
operam sem parar, 24 horas por dia, na semana inteira, como o de
Chateauroux, na Frana.
Assim como no caso dos portos, a disponibilidade de armazns nos
aeroportos outro item para nossa lista de pontos a atentar. indicado que
verifiquemos a oferta desses espaos para as cargas no ficarem
desprotegidas, evitando que elas at mesmo estraguem, quando se tratarem
de cargas perecveis, como medicamentos, frutas e carnes. Veja s o
exemplo do Aeroporto Internacional Senador Nilo Coelho, em Petrolina (PE).
O Aeroporto de Petrolina Senador Nilo Coelho se firma como um dos principais do Nordeste, impulsionado pela produo do Vale do So Francisco, maior exportador de frutas do Brasil e responsvel pela maior taxa de crescimento econmico da regio. Os investimentos que a Infraero realizou em Petrolina, transformaram o aeroporto no segundo maior de Pernambuco e a pista de pouso e decolagem na segunda maior do Nordeste. Agora com 3.250 metros de extenso, a pista recebe grandes avies cargueiros, com capacidade para at 110 toneladas. As obras realizadas em 2004 permitiram melhor qualidade do reforo asfltico da pista e do ptio de aeronaves, ampliado para 16.406 m, com cinco posies de estacionamento para avies de grande porte. O terminal de cargas do Aeroporto de Petrolina, com 2 mil m, est preparado para atender a demanda de exportao de frutas da regio. A estrutura toda preparada para dar suporte produo perecvel, com seis cmeras frigorficas, capacidade de armazenamento de 17 mil caixas cada uma, e dois tneis de resfriamento. O Aeroporto de Petrolina atende a mais de 53 municpios nos Estados de Pernambuco, Bahia e Piau. Adaptado de: http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/pernambuco/aeroporto-de-petrolina.html
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No tocante infraestrutura rodoviria, o grande n est na qualidade das
estradas e na segurana oferecida, ou no, a quem por ela trefega. Assim, faz-se
necessria uma anlise preliminar do estado de manuteno das rodovias,
verificao a respeito de eventuais pontos de engarrafamento, especialmente nos
entornos das grandes cidades, em vias que do acesso aos portos e aeroportos
aonde se quer chegar, contabilizao de cobrana de pedgio, presena de vias
expressas, esquema eficiente de sinalizao, etc.
Imagem 8: Engarrafamento e atrasos Fonte: Disponvel em: .
Acesso em 6 de jan. 2013.
Assim como nos outros casos que vimos, o gestor de logstica internacional
precavido procura determinar as condies em que as mercadorias sero mantidas
e, em seguida, define se esto embaladas corretamente ou se precisam ser
remetidas por um intermedirio diferente (DAVIS; STEWART, 2010, p.48-49).
A infraestrutura de comunicaes a que permitir a ligao distncia
entre clientes e fornecedores, seja por meio dos correios, telefonemas, internet, etc.
Tratam-se de insumos importantes para facilitar uma transao internacional,
contudo, como bem asseveram David e Stewart (2010), infelizmente nem sempre o
desempenho dos meios de comunicao atende s expectativas, de um pas para
outro.
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Imagem 9: Telecomunicaes Fonte: Disponvel em: . Acesso em 6 de jan. 2013.
Por fim, o gestor de logstica internacional tambm precisar se lembrar da
infraestrutura de servios pblicos, como gua, energia eltrica, esgoto. Neste
caso, o alerta vale no caso de a empresa na qual esse profissional trabalha pensar
em abrir uma filial, armazm ou outra estrutura qualquer.
Na sequncia, comente suas impresses sobre os resultados do Brasil e dos outros pases em nosso Frum da Competncia 2.
Visite o link http://www.youtube.com/watch?v=dY2SXr9tUfE para assistir a um vdeo sobre a infraestrutura ofertada por Cingapura.
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COMPETNCIA 3 - CONHECER AS FORMAS DE CONTRATO E DE SEGUROS INTERNACIONAIS Introduo Caro aluno, chegada a hora do fechamento de nossa disciplina de Logstica
Internacional. Nesta ltima Competncia, veremos dois assuntos cruciais para o
sucesso das operaes que voc for desenvolver em seus ambientes empresariais:
os contratos e os seguros internacionais. Ainda que voc no venha a participar ou
ser responsvel por fechar contratos e providenciar seguros, essas duas aes
figuram como essenciais e, de to bem feitas que precisam ser, tornam-se
imprescindveis para os conhecimentos que voc necessita acumular em termos de
procedimentos logsticos.
Talvez agora, ao ler pela primeira vez esta Competncia, voc esteja se
perguntando: Ser mesmo que eu preciso saber de que forma so redigidos e
negociados os pontos de um contrato, afinal, no sou advogado?! O que eu tenho a
ver com contratao de seguro de mercadorias, se no pretendo atuar com essa
parte da logstica?. Ora! Tudo vale a pena, at porque, em certa hora dos
procedimentos voc ser envolvido! Duvida? Imagine a cena:
A indstria na qual voc trabalha, no setor de logstica e comrcio exterior,
compra tecidos na China, para produzir roupas no Polo de Confeces do Agreste
de Pernambuco, e depois, vender parte de sua produo para o Panam, pas da
Amrica Central.
Tudo fcil at ento? Nem tanto! Essa indstria, atravs de seu
representante, que poder ser voc ou um colega prximo, vai ter que negociar um
contrato internacional de compra e venda de tecidos, em ingls, possivelmente, pois,
afinal, fazer essa negociao em chins ser ainda mais complexo.
Fechados os termos comerciais, ou seja, do que ser comprado, por quanto
sair a mercadoria, valores e datas, etc., ser preciso envolver o departamento
jurdico na redao de uma minuta de contrato internacional em algum idioma
estrangeiro. Por que ser preciso um contrato internacional? Para que tanta
burocracia?, voc poder estar pensando neste instante. Vejamos o motivo lendo
um pouco mais sobre nosso exemplo. Imagine que os tecidos viro da China para o
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Porto de Suape num navio de bandeira russa. A mercadoria ter seguro de uma
companhia americana. No se esquea de que ser necessrio acertar o
pagamento do preo em moeda conversvel no exterior. E, para deixar tudo ainda
mais real, j que as coisas acontecem assim no mundo dos negcios logsticos,
simulemos que o meio de pagamento combinado entre sua empresa e o fornecedor
chins foi carta de crdito emitida por um banco australiano.
Achou que o exemplo foi exagerado, por envolver tantas pessoas jurdicas de
diferentes nacionalidades? Pois saiba que no! Algo nessas dimenses
perfeitamente possvel e bem real! Ento, prepara-se e fique bem atento ao que vem
por a!
Imagem 10: Os negcios internacionais e a logstica
Fonte: http://www.logismarket.ind.br/ip/dms-logistica-seguro-internacional-seguro-de-frete-internacional-807137-FGR.jpg. Acesso em 1 de jan.2013.
3.1 Caractersticas gerais dos contratos
No contexto da globalizao, voc, como aluno antenado e estudioso,
recorda-se j ter aprendido que, em termos de comrcio exterior, predomina uma
variedade de costumes, prticas e normas. Para buscar harmonizar todos os
interesses, preciso, por exemplo, que os contratos celebrados entre compradores
e vendedores, ou seja, entre importadores e exportadores, prezem pelo equilbrio
dos interesses e cumprimento dos termos ali estabelecidos.
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Assim, como regra inicial, preciso que as partes do negcio combinem
certos pontos em cima dos quais o contrato ser redigido. Brasil (2004, p.105)
aponta, por exemplo, que cabvel trabalhar com:
(...) condies gerais de venda e contratos-tipo, frmulas contratuais padronizadas, normalmente impressas como se fossem um formulrio padro, em geral, utilizado por grandes empresas multinacionais com um elevado e constante volume de vendas, ou associaes profissionais de comerciantes ou produtores, que contm normas materiais que vo reger o contrato de forma mais justa para a empresa ou os membros daquele setor. Os contratos-tipo organizados pelas associaes profissionais de comerciantes so muito utilizados nas operaes internacionais de compra e venda. Em geral, contm grande nmero de clusulas precisas, que definem as obrigaes do comprador e do vendedor e so redigidos de forma a assegurar sempre a maior proteo possvel para a parte pertencente mesma associao. O objetivo , na prtica, reduzir o grau de incerteza e insegurana que decorre do fato de esses contratos internacionais estarem tecnicamente conectados com diferentes ordenamentos jurdicos.
O mesmo autor nos esclarece que tambm vivel fazer de uma simples
fatura pro forma, tipo de formulrio j estudado em Sistemtica de Comrcio
Exterior, a base de seu contrato de operaes internacionais de compra e venda de
mercadorias. Como voc deve se recordar, nesta fatura comercial precisaro
constar algumas informaes bsicas como, por exemplo, a descrio e a
quantidade da mercadoria, o tipo de transporte e o porto de embarque ou destino, o
preo unitrio e o valor total da fatura, a modalidade de entrega (Incoterms) e as
condies de pagamento.
Sem bem lhe conhecemos, voc deve estar pensando neste exato instante:
Mas desenvolver um contrato internacional deve ser algo que provoque certa
insegurana, j que so duas empresas de pases diferentes, acostumadas com
suas prprias leis. Que coisa complexa!. E voc tem toda a razo! De fato, aluno, a
insegurana jurdica tremenda e, por isso mesmo, toda cautela pouca!
Assim, Brasil (2004, p.105) sugere que a melhor forma de garantir uma maior segurana transao comercial internacional e, por conseguinte, uma maior previsibilidade relao contratual negociar e assinar um contrato escrito e detalhado pelas prprias partes, definindo de forma objetiva e inequvoca todos os elementos fundamentais intrnsecos quela relao especfica (levando-se em considerao as particularidades do produto ou os usos e costumes internacionais do setor).
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Outra questo que deve estar na ponta da sua lngua : Ento esse contrato
dever ter vrios aspectos para tentar trazer a segurana desejada por empresas de
pases diferentes, sujeitas a ordenamentos jurdicos distintos. E novamente voc
acertou na mosca! No s esse contrato ter diversos aspectos como tambm ser
influenciado pelo tipo e pelo valor do produto em jogo, grau de confiana j existente
entre fornecedor e comprador e porte dos mesmos, etc.
3.2 Pontos para atentar nos contratos
Como possivelmente nenhum de ns do ramo da advocacia, a misso de
entender sobre contratos ainda mais desafiadora. Mas no porque no somos
bacharis em Direito que no podemos, ao menos, ter uma noo mnima dos
termos que compem, tradicionalmente, um contrato internacional. Nossa ideia aqui
fornecer-lhe uma viso geral das partes do documento. Vamos ao nosso passo a
passo?
Para comear, alguns aspectos jurdicos devero ser necessariamente
observados para garantir aquela maior segurana aos empresrios sobre a qual
conversamos h pouco. Ento, a primeira e mais bsica clusula do contrato
internacional a Identificao das partes contratantes. Nessa parte introdutria,
ambas as partes sero devidamente identificadas, dando informaes precisas
sobre as pessoas jurdicas ali envolvidas (nome completo das empresas vendedora
e compradora), endereo completo e local de constituio da empresa e nmero de
identificao fiscal da sociedade, se houver, como o conhecido CNPJ existente no
Brasil ou o Nmero de Identificao Fiscal (NIF), usual em certos pases latino
americanos.
Como quem assinar pelas empresas sero seus representantes legais, indicado saber, de fato, a qualificao desses representantes antes de assinar o instrumento contratual. Para checar isso, a dica comprovar os poderes dessa pessoa no contrato social ou estatuto da pessoa jurdica (articles of associationou by-laws), ou ainda por meio de uma procurao (power of attorney) com poderes especficos para assinar o contrato, outorgada pelo efetivo representante legal da empresa (BRASIL, 2004, p 107).
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Vale a pena ressaltar, ainda, que na hora de qualificar a parte contratante
deve-se verificar se a pessoa jurdica que vai efetivamente assinar o contrato , na
verdade, a empresa com a qual a negociao da compra e venda de mercadorias foi
realmente desenvolvida. Isso ocorre porque, muitas vezes, a negociao de um
contrato internacional feita, por exemplo, pela sede (matriz) da empresa no
exterior, mas na hora de assinar o contrato a sociedade que consta da minuta uma
filial ou subsidiria daquela empresa interessada na operao, situada, em geral, em
parasos fiscais, como chama a nossa ateno Brasil (2004).
Em seguida, so feitas as Definies que, embora possam parecer algo
bvio e genrico, so fundamentais. Os termos definidos na clusula de definies
geralmente so destacados em letra maiscula no texto, pois implicam um conceito
prprio.
Depois, a vez de tratar do Objeto, clusula onde se pretende esclarecer, de
forma precisa e completa, o que est sendo vendido ou comprado. Por ser to
fundamental assim, bom que as partes que estejam negociando sejam o mais
detalhista e atenta possvel para indicar sobre o que esto falando, at para evitar
aborrecimentos futuros, por imaginar que receberiam um tipo de produto e, de fato,
acabarem se deparando com outro. Uma boa dica dada por Brasil (2004) para tentar
minimizar esse risco optar pela adoo do respectivo cdigo tarifrio do bem
considerado paraso fiscal qualquer pas que no tribute a renda, ou que tenha tributos sobre a renda inferiores a 20% (segundo as regras brasileiras). Porm, ao contrrio do que pode parecer, os parasos fiscais podem ser utilizados de forma lcita. O contribuinte tem o direito de procurar formas legais de diminuir a carga tributria, assim como esses pases chamados de parasos fiscais tem o direito de estruturar sua economia de tal modo a atrair o capital estrangeiro. Cabe ento diferenciar os conceitos de eliso fiscal e de evaso fiscal. Eliso fiscal uma forma de diminuir o pagamento de tributos atravs de vrios sistemas legais, realizando um planejamento tributrio, enquanto evaso fiscal a omisso ou a esquiva de efetuar o pagamento dos tributos devidos, de forma ilcita. Qualquer operao financeira realizada no exterior deve ser declarada. importante conhecer a legislao dos pases envolvidos, pois o que legal em um pas pode ser ilegal em outro. (Adaptado de http://www.infoescola.com/economia/paraiso-fiscal/. Acesso em 28 dez.2012).
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objeto da contratao. Ao descrever o produto, faz-se necessrio indicar tipo,
qualidade e quantidade do produto (peso lquido e bruto ou volume, conforme o
caso), a forma de embalagem, eventuais acessrios, etc.
Imagem 11: Separao de mercadorias Fonte: http://www.blogdorogerio.com.br/wp-content/uploads/2011/11/Total-Express-Portal-Exame.jpg.
Acesso em 1 de jan. 2013.
Em termos de Preo e Condies de Venda, a escrita deve conter a fixao
do preo unitrio e total do produto a ser comercializado; a moeda especfica do
preo indicado, por conta das diferenas de cotao no mercado cambial, como
voc j tratou na disciplina de Economia Internacional; a modalidade de entrega do
produto, mediante a indicao de um dos termos previstos nos Incoterms, j
aprendido em Sistemtica de Comrcio Exterior; o tipo de transporte utilizado, a
contratao de frete e de seguros e de eventuais servios aduaneiros, alm do
momento de transferncia da propriedade do vendedor para o comprador.
Veja s este exemplo proposto por Brasil (2004, p. 110):
O preo unitrio da venda das turbinas, definidas na clusula do objeto
acima, de US$ 500.000,00 (quinhentos mil dlares norte americanos), totalizando
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o valor de US$ 2.000.000,00 (dois milhes de dlares norte-americanos), na
condio CIF Rio de Janeiro em conformidade com os Incoterms 2000.
Que tal desvendar o que foi estabelecido a partir do uso do Cost, Insurance
and Freight (CIF), do exemplo retirado de Brasil (2004)? Bem, de acordo com as
regras padronizadas dos Incoterms, o porto de destino da mercadoria ser o do Rio
de Janeiro. Com o CIF, o vendedor, ou seja, o exportador, ter de pagar o custo e o
frete at o porto designado de destino, contratar o seguro martimo internacional,
contra o risco do comprador, por eventuais danos causados mercadoria durante a
sua trajetria at o seu destino. E o ltimo detalhe: trata-se de um Incoterm usado
em caso de transporte martimo ou de cabotagem. Viu como simples entender o
que quer dizer uma clusula como esta?
J na Modalidade de Pagamento prevista a forma de pagamento a ser
adotada em um contrato internacional de compra e venda: transferncia bancria
vista ou aps um determinado nmero de dias da data do embarque da mercadoria
(frequente nos contratos entre as partes que mantm uma relao comercial estvel
h algum tempo) ou por meio do crdito documentrio em suas diversas formas de
cartas de crdito, meio de pagamento pelo qual o banco que emite a carta de crdito
se obriga a efetuar o pagamento, mediante a apresentao de um determinado
conjunto de documentos, a exemplo do conhecimento de embarque da mercadoria
(Bill of Lading).
Dando continuidade ao exemplo de Brasil (2004, p.111), nossa clusula
relativa Modalidade de Pagamento ficaria assim:
O preo total do presente contrato, estipulado na clusula acima dever ser
pago por meio de uma carta de crdito irrevogvel emitida pelo Banco Bradesco
S.A. em favor do exportador, pagvel vista, contra a apresentao dos
documentos do embarque da mercadoria.
Em termos de Obrigaes das Partes, as prprias partes redigiro essas
obrigaes com base em suas respectivas experincias comerciais e no grau de
conhecimento mtuo entre elas. Dentre as obrigaes, podemos citar: entregar ou
embarcar o produto na data determinada no contrato, por parte do exportador, e
efetuar o pagamento na data estipulada e na modalidade indicada no contrato, do
lado do importador.
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Tambm bom pensar e prever Garantia. Esta clusula estabelece que:
(...) no caso de diferena entre o produto entregue e o solicitado no contrato, a empresa exportadora se compromete a, durante um determinado perodo (tempo suficiente para que o importador possa conferir a mercadoria, aps os trmites aduaneiros), substituir as peas defeituosas ou desconformes, ou ainda a fornecer, por exemplo, uma quantidade adicional do produto vendido para completar o volume total de peas que acabou no sendo respeitado no embarque da mercadoria (BRASIL, 2004, p. 112).
Importantssimo tambm fixar, dentro dos limites da aplicao do princpio
da autonomia da vontade das partes, qual ser a lei aplicvel para regular e
interpretar as disposies contratuais. Outro ponto fundamental definir o foro
competente (jurisdio), que representa o tribunal especfico que ser acionado
pelas partes em caso de necessidade de solucionar uma disputa judicial relativa ao
contedo do contrato. Essas duas partes formam a clusula da Lei Aplicvel e
Jurisdio.
Tambm no podemos nos esquecer de que, embora nenhuma das partes
queira isto, em princpio, um contrato pode ser rescindido. Assim, em termos de
Resciso, de bom tom explicar as hipteses por meio das quais um contrato ser
desconstitudo e como os procedimentos sero adotados.
A resciso do contrato pode ser automtica (quando ocorre ao trmino do prazo de vigncia contratual, sem que as partes manifestem a vontade em prorrog-lo) ou voluntria (quando uma das partes se sente prejudicada pelo fato de a outra parte descumprir um ou mais de seus compromissos assumidos no contrato), ou, ainda, involuntria (quando uma das partes se torna totalmente incapaz de continuar cumprindo as suas obrigaes contratuais, seja por causa de dissoluo da sociedade, seja por falncia ou alienao do controle societrio da empresa). (BRASIL, 2004, p. 114)
O Idioma outro tpico relevante nos contratos internacionais de compra e
venda de mercadorias porque os termos so redigidos em dois ou mais idiomas
simultaneamente. Como nem sempre as tradues so as mais precisas,
especialmente em termos tcnicos bem especficos, prudente acrescentar uma
clusula de idioma estabelecendo quais so as verses existentes do contrato em
questo, alm de indicar na redao da clusula qual ser a verso que prevalecer
sobre as demais, em caso de dvida quanto interpretao de um dispositivo
contratual.
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Outro ponto de prudncia a Fora Maior. Esta clusula,
internacionalmente conhecida por sua expresso francesa Force Majeure, funciona
como uma espcie de clusula de exonerao de responsabilidade das partes
contratantes, em certas ocasies especficas (BRASIL, 2004, p. 115), em virtude
das quais se tornou impossvel cumprir o acordo firmado. Quer exemplos? Um
terremoto, furaco, guerra civil ou mesmo restries cambiais impostas por um
governo, embargos comerciais, resolues da Organizao Mundial do Comrcio
(OMC) podem impedir a comercializao de um determinado tipo de mercadoria.
Mas para apelar para a Fora Maior ser preciso comprovar que:
O evento ocorreu fora do controle das partes contratantes, ou seja, as partes
no contriburam de forma alguma para a realizao do evento;
O evento era imprevisvel; e
Ainda que as partes tentassem impedir a sua ocorrncia, no conseguiriam.
A Durao do contrato pretende, como o prprio termo diz, fixar um prazo de
durao de tudo aquilo que est sendo tratado, em termos de efeitos jurdicos. Em
outras palavras, estamos falando de vigncia da relao contratual.
Por fim, a Soluo de Controvrsias preconiza a possibilidade de utilizao
de um mecanismo alternativo de soluo de controvrsias, como a arbitragem
comercial internacional. Caso haja essa clusula no contrato, as partes, em caso de
desentendimento, contrataro um profissional especializado no assunto em pauta
para estabelecer a quem cabe a razo. Trata-se de um procedimento rpido e, ao
contrrio das disputas judiciais, e sigiloso, o que protege a imagem das empresas
em disputa. Confira a sugesto de Brasil (2004, p. 119) para a redao dessa
clusula:
Qualquer controvrsia referente ao presente contrato ser resolvida
definitivamente por meio de arbitragem comercial internacional. A arbitragem ser
realizada na Corte Permanente de Arbitragem da CCI, em Paris, por 3 (trs) rbitros,
segundo o regulamento da mesma Corte.
Confira um modelo de contrato internacional acessando http://www.igf.com.br/blog/modelos-de-documentos/Contratos/Internacionais/Importacao
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3.3 Seguro internacional
Seguro internacional tambm um tipo de contrato atravs do qual uma
companhia seguradora se obriga, para com os segurados, a indeniz-los de
prejuzos futuros, decorrentes de causas imprevistas. Assim como um seguro de
automveis, por exemplo, o motivo para se acionar o seguro pode ser acidente,
incndio e roubo, dentre outros. Como estamos falando de negcios internacionais,
podemos acrescentar problemas como naufrgios e desastres, etc.
Imagem 12: Acidente com navio carregado Fonte: http://www.unius.com.br/img-emkt/Seguro-Internacional.jpg. Acesso em 1 de jan. 2013.
Assim, o seguro internacional deve cobrir acidentes que podem ocorrer desde
o momento de embarque at a chegada ao estabelecimento do importador. Embora
no seja algo obrigatrio, de grande importncia no mundo do comrcio exterior.
Sabe o porqu dessa afirmao? fcil! Se, durante um embarque no segurado
houver um sinistro, o negociador responsvel pela mercadoria, que pode ser ou o
vendedor ou o comprador, a depender do Incoterm usado, ter de bancar o prejuzo.
Voc bem recorda que na modalidade FOB de Incoterm a responsabilidade da
contratao do seguro do importador. J nas modalidades CIF e CIP cabe ao
exportador cuidar isso.
O seguro se refere ao perodo de tempo em que a mercadoria fica sob a
posse do transportador internacional.
Sinistro um dano em um bem segurado.
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Tipos de aplice:
Aplice por viagem: usada em exportaes ocasionais;
Aplice flutuante: composta por uma srie de aplices por viagem, com
validade de 12 meses. O valor da cobertura tem um teto mximo e uma
franquia fixa. mais adequado quando h um fluxo constante de
exportaes;
Aplice aberta: cobre embarques que ocorrem com regularidade e com
caractersticas conhecidas. semelhante flutuante.
3.3.1Dicas de contratao de seguro internacional
Para contratar um seguro internacional preciso indicar as seguintes
informaes (BRASIL, 2004, p. 155):
Descrio completa da mercadoria (denominao comercial e tcnica),
natureza, peso bruto e lquido, tipo de embalagem (pallets, contineres, etc),
nmero de volumes (unidades de carga);
Valor da mercadoria;
Locais de embarque e de desembarque;
Riscos a serem cobertos;
Veiculo de transporte, arranjo da carga e formas de manuseio;
Valor do seguro;
Outros dados, se solicitados pela seguradora.
Vista essa lista, podemos sugerir a voc que, caso se envolva nesses
procedimentos em suas rotinas logsticas, opte por contratar seguradoras e
Como um meio de transporte mais seguro, o embarque areo costuma ter tarifa de seguro equivalente metade dos modais martimo e terrestre. Mas em embarques martimos por meio de contineres costuma-se cobrar menos pelo prmio de seguro.
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empacotadoras conhecidas no mercado e acompanhar o embarque e manuseio da
mercadoria, desde o local de produo, passando pelo armazm, at o ponto de
embarque. Tambm no deixe de manter comunicao constante com a
transportadora e de registrar os contatos por fax, e-mails e documentos legais.
Saiba mais sobre seguro e transportes acessando http://www.tudosobreseguros.org.br/sws/portal/pagina.php?l=324
Depois de ler o material disponibilizado no site acima, passe no nosso Frum da Competncia 3 para debatermos o assunto.
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REFERNCIAS BRASIL. Ministrio das Relaes Exteriores. Diviso de Programas de Promoo Comercial. Exportao Passo a Passo. Braslia: MRE, 2004. DAVID Pierre, STEWART, Richard. Logstica Internacional - traduo da 2 edio norte-americana. So Paulo, Pioneira, 2008. MAGALHES, Petrnio S Benevides. Transporte martimo: cargas, navios, portos e terminais. So Paulo: Aduaneiras, 2004. RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrsio. Introduo aos sistemas de transporte no Brasil e Logstica Internacional. 4. Ed. So Paulo: Aduaneiras, 2007. VIEIRA, Guilherme Bergmann Borges. Transporte internacional de cargas. 2 ed. So Paulo: Aduaneiras, 2002. Imagem 1: Profissional de logstica internacional Fonte: Disponvel em: . Acesso em 1 de jan. 2013 Imagem 2: Rotina da logstica internacional Fonte: Disponvel em: . Acesso em 1 de jan. 2013 Imagem 3: As grandes navegaes e a logstica Fonte: Disponvel em: . Acesso em 1 de jan. 2013. Imagem 4: Vista area do Canal do Panam Fonte: Disponvel em: . Acesso em 31.08.2011. Imagem 5: Continer reefer (refrigerado) Fonte: Disponvel em: >. Acesso em 31.08.2011. Imagem 6: Indicadores de infraestrutura Fonte: Disponvel em: . Acesso em 6 de jan. 2013.
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Imagem 7: Navio de continer passando sob a Ponte Verrazano-Narrows no seu caminho para o porto de Newark (EUA) Fonte: Disponvel em: < http://media.nj.com/ledgerupdates_impact/photo/port-of-newarkjpg-20f9941f7a954721_large.jpg>. Acesso em 6 de jan. 2013. Imagem 8: Engarrafamento e atrasos Fonte: Disponvel em: . Acesso em 6 de jan. 2013. Imagem 9: Telecomunicaes Fonte: Disponvel em: . Acesso em 6 de jan. 2013. Imagem 10: Os negcios internacionais e a logstica Fonte: http://www.logismarket.ind.br/ip/dms-logistica-seguro-internacional-seguro-de-frete-internacional-807137-FGR.jpg. Acesso em 1 de jan.2013. Imagem 11: Separao de mercadorias Fonte: http://www.blogdorogerio.com.br/wp-content/uploads/2011/11/Total-Express-Portal-Exame.jpg. Acesso em 1 de jan. 2013. Imagem 12: Acidente com navio carregado Fonte: http://www.unius.com.br/img-emkt/Seguro-Internacional.jpg. Acesso em 1 de jan. 2013.
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CURRCULO RESUMIDO DA PROFESSORA PESQUISADORA Possui graduao em Comunicao Social (bacharelado em Jornalismo) pela Universidade Federal de Pernambuco (2001), ps-graduaes em Comrcio Exterior e em Gesto Pblica, ambas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2007 e 2012, respectivamente), e mestra em Gesto do Desenvolvimento Local Sustentvel pela Faculdade de Cincias de Administrao de Pernambuco, da Universidade de Pernambuco (2011). Em 2008, ingressou na docncia superior, lecionando disciplinas nas reas de recursos humanos, marketing, comrcio exterior e administrao, em faculdades no Recife e em Olinda. Em 2011 ingressou como bolsista do Ministrio da Educao no Programa ETec Brasil, por meio do qual leciona no curso tcnico EAD de Logstica da Secretaria de Educao do Estado de Pernambuco.