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CADERNO DE ESTUDO DIRIGIDO CONHECIMENTOS EM DIREITO

TOMO I

CONCURSO ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO

2017

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4 DIREITO PENAL

Questão Recorrente na VUNESP

DIREITO PENAL

1. DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS

Falsificação de papéis públicos FALSIFICAR, fabricando-os ou alterando-os:

Selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo;

Papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; Vale postal; Cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro

estabelecimento mantido por entidade de direito público; Talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de

rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; Bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por

Estado ou por Município:

Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, E multa.

Incorre na mesma pena (reclusão, de 2 a 8 anos, e multa) quem: Usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este

artigo; Importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à

circulação selo falsificado destinado a controle tributário; Importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca,

cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; e sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. Equipara-se a atividade comercial, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências.

Falsificação de documento particular FALSIFICAR, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular

verdadeiro: Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, E multa.

Falsidade ideológica

IMPORTANTE: Recorrente na VUNESP

Falsificação de cartão

Para fins do disposto na falsificação de documento particular,

EQUIPARA-SE a documento particular o CARTÃO DE CRÉDITO E

DÉBITO.

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5 DIREITO PENAL

Falsidade Ideológica: documento não possui vício em sua forma, ou seja, é formalmente perfeito porém seu conteúdo é falso, de modo que a falsidade das declarações é provada pela apuração dos fatos.

Falsidade Material: O documento possui vício em sua forma (rasuras, introdução de novos dizeres, supressão de palavras), e a falsidade é demonstrada por meio de perícia e análise concreta do documento.

OMITIR, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele INSERIR OU FAZER INSERIR declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena: Documento Público: reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, Documento Particular: reclusão de 1 a 3anos, e multa.

Aumento de Pena: se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

Diferença entre falsidade ideológica e falsidade material

5. DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

IMPORTANTE: assunto mais cobrado nos concursos públicos, por tratar-se de crimes praticados

contra a administração pública. O candidato deve analisar sempre o verbo núcleo da tipificação do crime, pois a questão, necessariamente, deverá demonstrá-la.

Exemplo: (VUNESP – 2015 – SAEG – Advogado) - Jeremias foi aprovado no concurso para Delegado de

Polícia Estadual. Um mês ANTES DE TOMAR POSSE do cargo, EXIGIU quantia em dinheiro de alguns traficantes da região, com o pretexto de fazer “vista grossa" quanto a eventuais inquéritos policiais por tráfico de drogas. Pode- -se afirmar que Jeremias praticou o crime de:

CONCUSSÃO: (Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida)

Peculato culposo

Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano. Reparação do dano:

Se antes da sentença irrecorrível: extingue a punibilidade; Se lhe é posterior: reduz de metade a pena imposta.

Importante: Culpa é ausência de vontade de cometer o ato, contudo, com a negligência, imperícia ou imprudência, o ato é cometido.

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6. DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Resistência OPOR-SE à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para

executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de dois meses a dois anos. Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena - reclusão, de um a três anos. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

Desobediência DESOBEDECER a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de quinze dias a seis

meses, E multa. NÃO COMETE O CRIME DE DESOBEDIÊNCIA o agente que deixa de cumprir a ordem legal

por estar acobertado por alguma causa justificadora. Como, por exemplo, o profissional que deixa de prestar informações ao juiz resguardando o sigilo profissional de seu cliente, como por exemplo, o advogado.

A reparação do dano como causa para extinção da punibilidade só ocorre no PECULATO CULPOSO, nas demais formas de peculato não há essa possibilidade. Questão já cobrada pela VUNESP.

Diferença entre Resistência e Desobediência:

Os delitos são semelhantes, já que em ambos o sujeito ativo pretende subtrair-se à execução de ato legal. Entretanto, no delito de resistência o sujeito ativo utiliza o emprego de violência ou

ameaça contra o funcionário público, o que não ocorre na desobediência.

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7 DIREITO PROCESSUAL PENAL

Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo,

para tal fim, requisitar a força pública.

DIREITO PROCESSUAL PENAL

1. DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA.

1. DO JUIZ

Suspeição:

Essas situações são de natureza subjetiva e determinam uma presunção relativa da parcialidade do juiz.

O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato

análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; Se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive,

sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;

Se tiver aconselhado qualquer das partes; Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.

3. DO ACUSADO E SEU DEFENSOR

Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. A

defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo (advogado que atua como defensor público), será sempre exercida através de manifestação fundamentada.

Ao acusado menor dar-se-á curador. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo

tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz.

4. DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA

IMPORTANTE: As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e

funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável.

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8 DIREITO PROCESSUAL PENAL

Questão Recorrente na VUNESP

2. DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

1. DAS CITAÇÕES

A citação inicial far-se-á por MANDADO, quando o réu ESTIVER NO TERRITÓRIO sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.

O mandado de citação indicará:

O nome do juiz; O nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; O nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; A residência do réu, se for conhecida; O fim para que é feita a citação; O juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; A subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.

3. DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE: PROCESSO COMUM

1. DA INSTRUÇÃO CRIMINAL

Procedimentos

Comum

Ordinário

Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade

Sumário

Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;

Sumaríssimo

Sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei

Especial

Tribunal do Júri

O processo terá COMPLETADA A SUA FORMAÇÃO quando REALIZADA A CITAÇÃO DO ACUSADO.

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9 DIREITO PROCESSUAL PENAL

4. DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE: TRIBUNAL DO JURI Importante destacar, inicialmente, que, apesar do assunto constar no edital, a VUNESP não tem

cobrado o tema nos concursos para escrevente técnico judiciário. Conforme dispõe o art. 5º, XXXVIII, da Constituição Federal: é reconhecida a instituição do júri, com a

organização que lhe der a lei, assegurados: A plenitude de defesa; O sigilo das votações; A soberania dos veredictos; A competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

2. DA PRONUNCIA, DA IMPRONUNCIA E DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA

Da Absolvição Sumária

O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: Provada a inexistência do fato; Provado não ser ele autor ou partícipe do fato; O fato não constituir infração penal; Demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.

Não se aplica este último ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.

8. DA FUNÇÃO DO JURADO

O serviço do júri é obrigatório. O alistamento compreenderá os cidadãos maiores de 18 (dezoito)

anos de notória idoneidade. Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do júri ou deixar de ser alistado em razão

de cor ou etnia, raça, credo, sexo, profissão, classe social ou econômica, origem ou grau de instrução.

A recusa injustificada ao serviço do júri acarretará multa no valor de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de acordo com a condição econômica do jurado.

Estão ISENTOS do serviço do júri:

O Presidente da República e os Ministros de Estado; Aos Governadores e seus respectivos Secretários; Os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras Distrital e

Municipais; Os Prefeitos Municipais; Os Magistrados e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública; Os servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública; As autoridades e os servidores da polícia e da segurança pública; Os militares em serviço ativo;

Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá o RECURSO DE APELAÇÃO.

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10 DIREITO PROCESSUAL PENAL

Os cidadãos maiores de 70 (setenta) anos que requeiram sua dispensa; Aqueles que o requererem, demonstrando justo impedimento.

A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto.

Entende-se por serviço alternativo o exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, no Poder Judiciário, na Defensoria Pública, no Ministério Público ou em entidade conveniada para esses fins.

O juiz fixará o serviço alternativo atendendo aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.

9. DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI E DA FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA

São IMPEDIDOS de servir no mesmo Conselho:

Marido e mulher; Ascendente e descendente; Sogro e genro ou nora; Irmãos e cunhados, durante o cunhadio; Tio e sobrinho; Padrasto, madrasta ou enteado.

O mesmo impedimento ocorrerá em relação às pessoas que mantenham união estável

reconhecida como entidade familiar. Aplicar-se-á aos jurados o disposto sobre os impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades dos juízes togados.

5. DO PROCESSO EM ESPÉCIE: PROCESSO SUMÁRIO Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias,

proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado no caso da testemunha que residir fora da comarca será ouvida por precatória, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate.

Tribunal do Júri é composto:

1 Juiz Togado - Presidente do Júri

25 Jurados, dos quais serão sorteados 7 para constituir o Conselho

de Senteça

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11 DIREITO PROCESSUAL PENAL

Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusação e 5 (cinco) pela defesa.

6. DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO DE AUTOS EXTRAVIADOS OU DESTRUÍDOS Os autos originais de processo penal extraviados ou destruídos, em primeira ou segunda instância,

serão restaurados. Se existir e for exibida cópia autêntica ou certidão do processo, será uma ou outra considerada

como original. Na falta de cópia autêntica ou certidão do processo, o juiz mandará, de ofício, ou a

requerimento de qualquer das partes, que: O escrivão certifique o estado do processo, segundo a sua lembrança, e reproduza o

que houver a respeito em seus protocolos e registros; Sejam requisitadas cópias do que constar a respeito no Instituto Médico-Legal, no

Instituto de Identificação e Estatística ou em estabelecimentos congêneres, repartições públicas, penitenciárias ou cadeias;

As partes sejam citadas pessoalmente, ou, se não forem encontradas, por edital, com o prazo de dez dias, para o processo de restauração dos autos.

Proceder-se-á à restauração na primeira instância, ainda que os autos se tenham extraviado na segunda.

7. DOS RECURSOS EM GERAL

RECURSOS DE ÓFICIO PELO JUIZ Os recursos serão voluntários, excetuando-se (excetos) os seguintes casos, em que deverão ser

interpostos, de ofício, pelo juiz: Da sentença que conceder habeas corpus; Da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que exclua o

crime ou isente o réu de pena.

2. DA APELAÇÃO

Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:

Das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; Das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não

previstos no Capítulo anterior; Das decisões do Tribunal do Júri, quando:

Ocorrer nulidade posterior à pronúncia; For a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; Houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;

Interposta a apelação neste fundamento, o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.

For a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. Se a apelação se fundar neste fundamento, e o tribunal ad quem se convencer

de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação.

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4. DOS EMBARGOS

Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser opostos

embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão.

Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que constem os pontos em que o

ACÓRDÃO É AMBÍGUO, OBSCURO, CONTRADITÓRIO OU OMISSO. O requerimento será apresentado pelo relator e julgado, independentemente de revisão, na

primeira sessão. Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator indeferirá desde logo o

requerimento.

6. DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

O recurso extraordinário NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO, e uma vez arrazoados pelo recorrido os

autos do traslado, os originais baixarão à primeira instância, para a execução da sentença. O recurso extraordinário será processado e julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) na

forma estabelecida pelo respectivo regimento interno.

7. CARTA TESTEMUNHAL

Dar-se-á carta testemunhável: Da decisão que denegar o recurso; Da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem.

8. LEI N. 9.099/95: DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS

O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para

a conciliação, o julgamento e a execução DAS INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, respeitadas as regras de conexão e continência.

Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis.

Infrações Penais de Menor Potencial ofensivo

Pena Máxima Não Superior a 2 Anos

Critérios: Oralidade - Informalidade - Economia

Processual - Celeridade

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13 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Observação: Para todos os concursos públicos anteriores para escrevente do Tribunal de Justiça de São Paulo foi utilizado o código de processo civil de 1973, ocorre que em 2016 entrou em vigor o novo código de processo civil (Lei n. 13.105, de 2015). Diante disso, com base nos editais anteriores, este material foi atualizado com o código vigente, tendo em vista que ele será o norte para o próximo concurso.

Com a vigência do código em 2016: a norma processual não retroagirá e será aplicável

imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

1. DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

2. DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA

DO ESCRIVÃO, DO CHEFE DA SECRETARIA E DO OFICIAL DE JUSTIÇA

No código antigo este tema era apenas do serventuário da justiça e do oficial, o novo código, por sua vez, alterou a nomenclatura.

As normas de organização judiciárias são as responsáveis pelas atribuições de cada ofício de justiça.

Em cada comarca, seção ou subseção judiciária haverá, no mínio, tantos oficiais de justiça quantos sejam os juízos.

3. DOS ATOS PROCESSUAIS

1. DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS

Da Prática Eletrônica de Atos Processuais

Auxiliares da Justiça

Escrivão

Chefe de Secretaria

Oficial de Justiça

Perito

Depositário

Administrador

Intérprete

Tradutor

Mediador

Conciliador Judicial

Partidor

Distribuidor

Contabilista

Regulador de Avarias

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14 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Dos Atos das Partes

Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e rubricará todas as folhas dos autos. À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da

justiça é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem. Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas

pelo escrivão ou pelo chefe de secretaria.

Das Intimações

É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio,

juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença. A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas

autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.

4. DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO

Atos Processuais Total ou

Parcialmente Digitais

De forma a permitir que

sejam:

Produzidos, comunicados,

armazenados e validados por

meio eletrônico, na forma da lei.

Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.

Ao Recebeer a Petição Inicial

Escrivão ou Chefe de Secretaria a Autuará

mencionando:

Juízo

Natureza do processo

Número de seu registro

Nomes das partes

Data de seu início

Procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação

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15 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

5. DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO/PROCEDIMENTO COMUM

Do Indeferimento da Petição Inicial

A petição inicial será indeferida quando:

For Inepta. Considera-se inepta a petição inicial quando:

Lhe faltar pedido ou causa de pedir

O pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; Da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;

Contiver pedidos incompatíveis entre si.

A parte for manifestamente ilegítima;

O autor carecer de interesse processual;

Não atendidas às prescrições dos arts. 106 (os dados do advogado quando postular em causa própria) e 321 (ausência dos requisitos da petição inicial)

2. DA RESPOSTA DO RÉU

Da Contestação O réu poderá oferecer contestação, por petição, NO PRAZO DE 15 DIAS, cujo termo inicial será a data:

Da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;

Do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu,

Prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no

inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.

Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.

5. DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO

Da Extinção do Processo Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá

sentença (todos os casos quando não resolver o mérito e quando resolver o mérito nos seguintes casos: decadência ou prescrição; e homologação) (vide da Sentença e Coisa Julgada).

A decisão a que se refere o parágrafo anterior pode dizer respeito A APENAS PARCELA DO PROCESSO, caso em que será impugnável por AGRAVO DE INSTRUMENTO.

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16 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Sequencia da Audiência de Instrução e Julgamento

O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:

Manter a ordem e o decoro na audiência; Ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente; Requisitar, quando necessário, força policial; Tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da

Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo; Registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.

Da Produção Antecipada da Prova

Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.

Da Prova Pericial

Aberta a Audiência - As partes/advogados são

apregoadas

Juiz tentará conciliar as partes,

independentemente das tratativas anteriores

Provas Orais

Ordem da prova oral:

1. Perito e Assistentes Técnicos;

2. Autor e Réu (depoimento pessoais);

3. Testemunhas do autor e do réu (inquiridas)

A parte não é obrigada a depor sobre fatos:

Criminosos ou torpes que lhe forem

imputados

Acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu

companheiro ou de parente em grau sucessível

Que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no item acima.

A cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo

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17 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

A prova pericial consiste:

O juiz indeferirá a perícia quando:

A prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico; For desnecessária em vista de outras provas produzidas; A verificação for impraticável.

De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a

produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade. A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto

controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico. Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área objeto de seu

depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa.

3. DOS EMBARGOS INFRINGENTES

Foi excluído no novo código de processo civil.

4. DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do

erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.

Exame Vistoria Avaliação

Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se

pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento. Considera-se

omissa a decisão que:

Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em

incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o. (vide

elementos da sentença - não fundamentada as decisões)

Corrigir erro material.

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18 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229 (Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento).

O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.

7. LEI 9.099/95 – (ARTS. 3º AO 19)

Da Competência

O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:

As causas cujo valor não exceda a 40 VEZES O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO. As enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; A ação de despejo para uso próprio; As ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I

deste artigo. Compete ao Juizado Especial promover a execução:

Dos seus julgados; Dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo,

observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei (item das partes).

8. LEI 12.153/09

Dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

O sistema dos Juizados Especiais dos Estados e do Distrito Federal é formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Juizados Especiais Criminais e Juizados Especiais da Fazenda Pública.

É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis

de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ATÉ O VALOR DE 60 (SESSENTA) SALÁRIOS MÍNIMOS.

Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor de 60 (sessenta) salários mínimos.

Incompetência do Juizado Especial da Fazenda Pública:

Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.

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19 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

NÃO SE INCLUEM na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública:

As ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos;

As causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas;

As causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares.

No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, A SUA COMPETÊNCIA É

ABSOLUTA, isso porque trata-se de matéria relacionada com as entidades da administração pública, tornando a qualidade das partes fundamentais para o julgado por este Juizado.

O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências

cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação, exceto nesses casos, somente será admitido recurso contra a sentença.