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Caderno de Encargos para Grandes Eventos Internacionais REVISÃO 2 ELABORAÇÃO: YROÁ ROBLEDO FERREIRA REVISÃO: MAXIMILIANO S. MARTINHÃO RAFAEL ANDRÉ BALDO DE LIMA MARIA APARECIDA M.F.SILVA SUPERVISÃO: MARCOS DE SOUZA OLIVEIRA PROPOSIÇÃO: EDILSON RIBEIRO DOS SANTOS

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Caderno de Encargos para Grandes

Eventos Internacionais

REVISÃO 2

ELABORAÇÃO: YROÁ ROBLEDO FERREIRA REVISÃO: MAXIMILIANO S. MARTINHÃO RAFAEL ANDRÉ BALDO DE LIMA MARIA APARECIDA M.F.SILVA SUPERVISÃO: MARCOS DE SOUZA OLIVEIRA PROPOSIÇÃO: EDILSON RIBEIRO DOS SANTOS

ELABORAÇÃO: YROÁ ROBLEDO FERREIRA REVISÃO: MAXIMILIANO S. MARTINHÃO RAFAEL ANDRÉ BALDO DE LIMA MARIA APARECIDA M.F.SILVA SUPERVISÃO: MARCOS DE SOUZA OLIVEIRA PROPOSIÇÃO: EDILSON RIBEIRO DOS SANTOS

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SÚMARIO 1 - Introdução .................................................................................................................................... 6

2 - Do Objetivo Geral ....................................................................................................................... 6

3 - Da Governança ............................................................................................................................ 7

4 - Experiências recentes no país .............................................................................................. 8

5 - Das Experiências Analisadas .............................................................................................. 13

5.1 - Jogos Olímpicos de 2000 - Austrália ............................................................................ 13

5.2 - Copa do Mundo 2006 - Alemanha ................................................................................ 14

5.3 - Eurocopa 2008 – Áustria e Suíça ........................................................................ 15

5.4 - Jogos Olímpicos de 2008 - China ........................................................................ 16

5.5 - Olimpíadas de Inverno de 2009 - Canadá .................................................. 21

5.6 - Jogos Olímpicos de 2012 - Inglaterra ........................................................... 23

5.7 - Consolidação dos Estudos .................................................................................... 24

6 - Dos eventos internacionais sediados pelo Brasil ....................................................... 25

6.1 – Jogos Mundiais Militares ..................................................................................... 25

6.2 – Conferência das Nações Unidas (Rio+20). ...................................................... 27

6.3 – Jornada Mundial da Juventude .......................................................................... 28

6.4 - Copa das Confederações 2013 ............................................................................ 29

6.5 - Copa do Mundo de 2014 ...................................................................................... 29

6.6 – Copa América em 2015 ........................................................................................ 31

6.7 – Jogos Olímpicos de 2016 ................................................................................... 32

7.1 - Introdução ............................................................................................................... 34

7.2 – Participantes ............................................................................................................ 34

7.3 - Organizadores .......................................................................................................... 35

7.4 - Segmentos de Estado ............................................................................................ 35

7.5 - Prestadoras de Serviços de Telecomunicações ............................................. 36

7.6 - Autoridades Regulatórias estrangeiras ........................................................... 36

7.7 - Integração Interna ................................................................................................. 36

8. Dos Projetos propostos .......................................................................................................... 37

8.1 - Projeto Fiscalização ............................................................................................. 37

8.2 - Projeto Logística Operacional ......................................................................... 38

8.3 - Projeto Administração do Espectro e Certificação .................................. 39

8.4 - Projeto Divulgação ............................................................................................... 40

8.5 - Projeto Recursos Humanos e Capacitação .................................................. 41

8.6 - Projeto Infraestrutura TI ................................................................................... 42

8.7 - Projeto Organizadores e demais Órgãos de Estado ................................ 44

8.8 - Projeto Reguladores Internacionais .................................................................. 44

8.9 - Projeto Setor ............................................................................................................ 45

8.10 - Projeto Encerramento......................................................................................... 46

9. Cronograma, Responsabilidades e Resumo do Orçamento ..................................... 47

9.1 – Cronograma ............................................................................................................. 47

9.2 –Responsabilidades .................................................................................................. 47

9.3 - Resumo do Orçamento ......................................................................................... 53

10. Considerações Finais ............................................................................................................ 54

ELABORAÇÃO: YROÁ ROBLEDO FERREIRA REVISÃO: MAXIMILIANO S. MARTINHÃO RAFAEL ANDRÉ BALDO DE LIMA MARIA APARECIDA M.F.SILVA SUPERVISÃO: MARCOS DE SOUZA OLIVEIRA PROPOSIÇÃO: EDILSON RIBEIRO DOS SANTOS

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FIGURAS

Figura 1 - Regiões de Competição e Coordenação dos Jogos Pan-americanos........ 10 Figura 2 – Solicitações atendidas de Uso Temporário do Espectro em 2007........... 11 Figura 3 - Porcentagem de equipamentos de radiocomunicação utilizados nos Jogos Pan-americanos ............................................................................................. 11 Figura 4 - Cidades sede da Copa da Alemanha ......... ...................................... 14 Figura 5 - Curva de tentativas de chamadas de voz - Fan Fest, Áustria.......... 15 Figura 6 - Uso de equipamentos de radiocomunicações ............................. 17 Figura 7 - Solicitações de uso de espectro via Website – China................... 19 Figura 8 - Locais de competição dos Jogos Olímpicos de 2008 ..................... 19 Figura 9- Equipamentos de radiocomunicação e frequências designadas .... 22 Figura 10– Cidades sede da Copa 2014 ......................................................... 30 Figura 11 - Regiões de competição dos Jogos Olímpicos de 2016 ................ 33

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NOTAS INTRODUTÓRIAS A publicação deste “Caderno de Encargos” tem como objetivo principal harmonizar e facilitar a programação das atividades indispensáveis à realização com sucesso dos grandes eventos internacionais que serão sediados pelo Brasil nos próximos anos, relacionadas à disponibilidade de recursos de telecomunicações e fiscalização. O caderno é resultado de um esforço conjunto de todas as áreas da Anatel, coordenado pela Superintendência de Radiofrequência e Fiscalização, para tornar possível a implementação de um plano de modernização e adequação da infraestrutura de telecomunicações. Em função do caráter multidisciplinar das ações envolvidas no Plano, a Anatel instituiu um Grupo de Trabalho para assessorar e subsidiar o Conselho Diretor na gestão da infraestrutura de telecomunicações para os grandes eventos internacionais, por meio de Portaria assinada pelo presidente da Agência, com vigência limitada a 31 de dezembro de 2016.

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SUMÁRIO EXECUTIVO Os compromissos assumidos pelo Brasil para sediar grandes eventos internacionais como Jogos Mundiais Militares, Copa das Confederações, Copa do Mundo, Copa América, Rio + 20, a Jornada Mundial da Juventude, Jogos Olímpicos e Paraolimpicos requerem atuação do Estado em diversas frentes de trabalho, com o melhoramento da infraestrutura, o aparelhamento e o treinamento das forças de segurança pública, a capacitação de pessoal destinado a atender à demanda do turismo internacional, entre outros. Aspectos relacionados ao evento Rio + 20 serão mais bem desenvolvidos assim que informações detalhadas forem apresentadas pelo Ministério das Relações Exteriores-MRE, como instituição responsável pela organização do evento. Assim, considerando as competências institucionais da Anatel para regular e fiscalizar o setor de telecomunicações, e com o objetivo de estimular de forma racional e equilibrada a implementação do Programa de Ações para Grandes Eventos Internacionais, são apresentadas neste Caderno de Encargos as experiências acumuladas, as responsabilidades dos agentes envolvidos, as propostas específicas com projetos para implementação associados, cronogramas e orçamentos vinculados. O caderno de encargos, devidamente aprovado pelo Conselho Diretor, servirá como indutor para que as atividades nele previstas sejam internalizadas e as áreas envolvidas possam agir de forma coordenada e com o apoio institucional da Agência. O Programa inclui ações no âmbito da Agência e do setor de telecomunicações. As ações internas compreendem a regulamentação, capacitação, fiscalização, certificação e modernização da infraestrutura da Agência. Para o setor de telecomunicações as ações serão estimuladas ou determinadas por meio de regulamentação ou outros instrumentos regulatórios específicos, de forma a adequar o ambiente regulado às necessidades identificadas para o sucesso dos eventos internacionais no país. Portanto, este Caderno de Encargos constitui uma referência para a realização das ações planejadas e estabelece as competências dos diversos setores da Agência e os prazos para sua execução.

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1 - Introdução Este documento apresenta um programa com projetos e subprojetos que visam o atendimento às demandas de grandes eventos internacionais para os quais o Brasil assumiu a responsabilidade de sediar, e incorpora ações que podem colaborar no desenvolvimento das telecomunicações no país. As peculiaridades dos próximos eventos internacionais, Jogos Mundiais Militares de 2011, Rio+20 em 2012, Jornada Mundial da Juventude de 2013, Copa das Confederações de 2013, Copa do Mundo de 2014, Copa América 2015 e Olimpíadas de 2016, trazem desafios para a construção de uma infraestrutura de alto desempenho compatível com as necessidades de comunicações que demandam alto tráfego de dados e voz, qualidade comparável a dos países desenvolvidos e acesso a todos os usuários. Essa infraestrutura poderá constituir legado importante para a implementação de tecnologias futuras, e assim estabelecer novos marcos de excelência para o setor de telecomunicações, atraindo novos investimentos e contribuindo para o aumento da disponibilidade de acesso com mais qualidade em diversas regiões do país.

2 - Do Objetivo Geral O objetivo deste programa é desenvolver, por meio de projetos, planos de atividades para os diversos setores da Agência destinados ao cumprimento das obrigações assumidas pelo Brasil para sediar os eventos esportivos internacionais e à promoção da construção de uma infraestrutura moderna capaz de acompanhar as demandas futuras do setor de telecomunicações no país. As iniciativas aqui previstas podem constituir mais um passo importante na busca do atendimento pleno às necessidades da sociedade brasileira, com reflexos e desdobramentos em outras áreas de desenvolvimento igualmente importantes.

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3 - Da Governança A Anatel é responsável pela promoção do desenvolvimento das telecomunicações no país de modo a dotá-lo de moderna e eficiente infraestrutura de telecomunicações, capaz de oferecer à sociedade serviços adequados, diversificados e a preços justos, em todo o território nacional. Esta é a missão institucional da Agência. Adicionalmente, compete à Anatel, além da regulamentação e outorga dos serviços, administrar o espectro de radiofrequências e o uso de órbitas, assim como autorizar o uso de radiofrequências e realizar a atividade de fiscalização visando assegurar o cumprimento da regulamentação nacional em benefício de todos. A busca pelo sucesso da realização dos compromissos assumidos pelo Brasil para sediar os eventos mencionados impõe um grande esforço para que os diversos segmentos de Estado e do setor privado atuem de forma cooperativa e integrada. A integração desses segmentos permitirá estabelecer um conjunto de ações em sintonia com os interesses sociais e do setor privado de telecomunicações. Especialmente para os megaeventos, espera-se, assim como ocorreu em outros países sede e nos jogos Pan-americanos em 2007, que a demanda por serviços de telecomunicações aumente consideravelmente, exigindo que o órgão regulador atue em todas as fases dos processos relacionados à execução dos eventos para garantir a prestação adequada dos serviços de telecomunicações aos usuários. Os projetos e ações que visam atender às demandas para a realização dos eventos considerarão as deficiências da infraestrutura nas áreas sub-atendidas por serviços de telecomunicações, buscando ações para minimizar tais carências. Para a coordenação dessas ações, foi instituído um Grupo de Trabalho para atuar prioritariamente no planejamento e na execução das atividades institucionais correlacionadas aos eventos, considerando, também o legado social que poderá beneficiar a sociedade de modo geral. A estrutura organizacional do grupo foi dividida em função dos projetos propostos para elaboração do programa da Agência. Cada projeto será liderado pelo setor com perfil mais adequado, embora alguns projetos tenham caráter multidisciplinar.

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4 - Experiências recentes no país 4.1 - Introdução. A estrutura proposta para o programa de trabalho da Agência foi idealizada de forma concatenada e utilizou experiências obtidas com a atuação da Anatel nos jogos Pan-americos e de estudos de relatórios e informações disponibilizados por administrações estrangeiras onde ocorreram, nos últimos anos, ou ocorrerão brevemente eventos esportivos de grande porte. 4.2 - Jogos Pan-americanos de 2007 Os Jogos Pan-americanos de 2007 trouxeram diversos países das Américas. Os seguintes números fornecem um dimensionamento do evento.

• 5.633 atletas de 42 países;

• 1.395 jornalistas credenciados;

• 21.054 membros credenciados para os jogos;

• 6.514 membros credenciados para os Jogos Para-panamericanos;

• 47 modalidades de esporte e 332 competições, e 10 modalidades de esporte para os Jogos Parapan-americanos e 287 competições;

• 759 horas de imagens ao vivo;

• 675 horas de imagem produzidas em formato HDTV;

• 84 horas de imagem produzidas em formato SDTV;

• 15 venues para transmissão ao vivo;

• 12 venues para armazenamento de imagens pré-gravadas;

• Mais de 100 camêras e 30 gravadores;

• Mais de 2.000 radiodifusores credenciados; e

• 10 Unidades Móveis (MU) e mais de 20 trailers de radiodifusão. As operações de tecnologia durante os jogos foram coordenadas pelo TOC (Technological Operational Center), responsável pelas decisões sobre tecnologia crítica e situações de crise. Adicionalmente, este centro operacional foi encarregado de fornecer informações sobre o plano de frequência e necessidades de espectro. Os seguintes dados demonstram a infraestrutura do TOC.

• 16.000m de cabos elétricos;

• 5.000m de cabos para voz e dados;

• 500 KVA de geração;

• 166 TR de capacidade para conforto térmico;

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• 475m dutos para sistema de ar-condicionado;

• 600 m² de alvenaria e 1.350 metros quadrados de paredes de gesso;

• 180 linhas telefônicas;

• 250 computadores;

• 180 estações de trabalho; e,

• 500 kVA para o sistema elétrico de emergência; e

• Redundância completa de voz, dados, energia e infraestrutura de ar-condicionado.

O plano de atividades da Anatel para atender aos propósitos dos Jogos Pan-americanos de 2007 foi delineado após contato com o comitê organizador do evento. A apenas quatro meses do evento, a elaboração do programa considerou os recursos disponíveis da Anatel e a experiência obtida com as atividades de campo e administração do espectro. Também foi utilizada como referência para o desenvolvimento do programa, a documentação elaborada pela autoridade regulatória da Austrália acerca dos Jogos Olímpicos de 2000. Os pontos mais relevantes do programa elaborado pela Agência para os Jogos Pan-americanos foram o levantamento do perfil do espectro nas regiões destinadas à realização do evento conforme apresentado no mapa (figura 1), a seguir, a escolha do centro operacional, a elaboração de regulamentação específica para atendimento aos propósitos do evento e o processo de autorização de uso temporário do espectro. As quatro regiões destacadas no mapa da Figura 1, Deodoro, Maracanã, Pão de Acúcar e Barra receberam tratamento especial para garantir um gerenciamento mais eficiente do uso do espectro. Nesse sentido foi expedido o Ato nº 65518, de 15 de junho de 2007, suspendendo as autorizações de uso de radiofrequência e os licenciamentos de estações de radiocomunicação vinculados a serviços de telecomunicações na região de exclusão delimitada pelo quadrilátero que abrangia as quatro regiões assinaladas. Adicionalmente, estabeleceu-se que todas as autorizações de uso de radiofrequência e os licenciamentos de estações de radiocomunicação para operarem dentro desse quadrilátero seriam emitidos em conformidade com o regulamento de uso temporário do espectro, Resolução nº 457, de 25 de janeiro de 2007. A atividade designada para levantamento do perfil do espectro foi fundamental para o planejamento da implantação dos serviços de telecomunicações. A Anatel foi informada pelo TOC sobre as faixas de interesse para monitoramento. O relatório dos resultados obtidos com o monitoramento subsidiou o planejamento das atividades de administração do espectro.

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Durante a realização do evento, as atividades de monitoramento em diversas faixas durante o período de competições continuaram nas quatro regiões destinadas à realização das competições.

Figura 1 - Regiões de Competição e Coordenação dos Jogos Pan-americanos

lustração 1

O centro operacional para coordenação das atividades de monitoramento e fiscalização foi instalado no Escritório Regional do Rio de Janeiro, localizado no centro da cidade. A escolha do local para o centro operacional considerou a infraestrutura disponível naquele momento para realização das reuniões de planejamento, armazenamento de equipamentos, coordenação de atividades de campo e capacitação. Outro ponto relevante foi a concentração de esforços para expedir as autorizações de Uso Temporário do Espectro, com a agilidade necessária para não prejudicar o andamento das atividades dos diversos setores relacionados à execução do evento. Para o bom desempenho dessa tarefa servidores da sede da Anatel em Brasília foram deslocados para o centro operacional.

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As curvas constantes da Figura 2, a seguir, fornecem histórico dos pedidos de uso temporário do espectro destinados aos Jogos Pan-americanos.

1

10

100

1000

10000

100000

januar

y

febr

uary

mar

ch april

may jun

ejul

y

augu

st

sept

embe

r

octo

ber

nove

mbe

r

dece

mbe

r

Months

Nu

mb

er o

f st

atio

ns

Total of Fixed Stations

Total of Mobile Stations

Figura 2 – Solicitações atendidas de Uso Temporário do Espectro em 2007 Durante os jogos foram utilizados diversos equipamentos de radiocomunicação, com destaque para o uso de microfones sem fio, conforme apresenta o gráfico (Figura 3) que mostra um comparativo percentual dos equipamentos mais relevantes utilizados.

Radio Equipment

66%

20%

3%10% 1%

Wireless Microphone

Talk back system

In-ear monitoring system

Hand-held two way radios

Cordless Cameras

Figura 3 - Percentual de equipamentos de radiocomunicação nos Jogos Pan-americanos

Para realização desse trabalho a Anatel utilizou os recursos de infraestrutura disponíveis na ocasião, não restando outro legado senão o da experiência adquirida. O curto período de tempo disponível para o planejamento impactou na elaboração de um planejamento mais abrangente que pudesse atender às demandas com mais eficiência e economicidade.

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Quanto à infraestrutura, devido ao caráter de contingência e de curtíssimo prazo, as atividades relacionadas ao Sistema de Gestão e Monitoragem do Espectro – SGME - foram afetadas pela impossibilidade de realizar procedimentos de manutenção e atualização, expondo o sistema a um trabalho contínuo não programado, o que resultou em pane de equipamentos como gerador e fontes de alimentação. Internamente, a Agência necessitou alterar significativamente seu plano de trabalho para atender ao novo contingenciamento. Durante o planejamento foram detectadas dificuldades de credenciamento, de deslocamento, de infraestrutura, apoio logístico, capacitação, armazenamento de equipamentos, mau funcionamento de Unidades Móveis de Radiomonitoragem, acomodação dos servidores e efetivo. Além disso, do ponto de vista externo, o início das atividades de campo foi prejudicado pelo atraso na entrega das credenciais de acesso aos locais de competição. Adicionalmente a esse fato, a falta de local adequado para posicionamento e pernoite das UMR também gerou prejuízo para o início das atividades. O deslocamento dos servidores foi realizado pela empresa de transporte contratada pelo escritório do Rio e pela cessão de mais 4 (quatro) veículos do escritório de São Paulo. A combinação dos fatores ponto de apoio, acomodação dispersa e pessoal sem conhecimento devido dos locais dos eventos influenciaram nas atividades de deslocamento, sendo imposto desvio significativo das atividades de coordenação dos trabalhos institucionais da Agência. A escolha do local para centro de coordenação e apoio logístico, deslocamento e armazenagem de equipamentos foi feita de forma emergencial, pois o curto período disponível para planejamento e definição do local para base de apoio dificultou a avaliação da infraestrutura necessária para atender às demandas das atividades de campo. Como umas das atividades institucionais, o monitoramento do espectro com utilização das UMR foi afetado pela indisponibilidade de recursos como local seguro para pernoite e acesso à rede de distribuição de energia para operar as unidades que não possuíam geradores de energia. Além das atividades de caráter interno, a Agência trabalhou com entidades externas como o Comitê Olímpico Brasileiro - COB, a Agência Brasileira de Inteligência - ABIN e a Secretaria Nacional de Segurança Pública - Senasp. Além disso, a Anatel atuou como consultora para os organizadores do evento, na orientação sobre questões de infraestrutura crítica e trabalhou continuamente no licenciamento de estações para os setores de segurança, adequando o uso do espectro para as regiões de competição.

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Para os futuros eventos internacionais, a Anatel estará mais madura pelo conhecimento adquirido, pela experiência vivida e pelos resultados obtidos, o que permitirá melhor dimensionamento dos recursos necessários. Tais registros merecem tratamento específico de modo a evitar a repetição das dificuldades assinaladas que, em eventos de maior magnitude, podem ocasionar transtornos e repercussões indejáveis, com resultados de difícil previsão. Assim, espera-se que a Agência, nas próximas oportunidades, possa atuar com mais desenvoltura em prol das telecomunicações destinadas aos os eventos esportivos internacionais.

5 - Das Experiências Analisadas Para elaboração desse programa, foram consideradas as experiências nacionais e internacionais. A realização dos jogos Pan-americanos deixou um legado importante para a Administração Brasileira. Para a Anatel, as experiências adquiridas com o planejamento das atividades de gerenciamento do espectro, fiscalização, aparelhamento e logística são referência para estimar os recursos humanos e a infraestrutura para eventos futuros. Documentos de outros países como os da Austrália (Jogos Olímpicos de 2000), Alemanha (Copa do Mundo de 2006), Canadá (Jogos Olímpicos de Inverno de 2009), China (Jogos Olímpicos de 2008) e Inglaterra (próximos Jogos Olímpicos de 2012) foram estudados para coleta de dados visando à construção de um modelo mais adequado à realização dos próximos eventos esportivos internacionais no Brasil.

5.1 - Jogos Olímpicos de 2000 - Austrália A ACA (Australian Communications Authority) enviou um relatório descrevendo as atividades desenvolvidas desde o planejamento até a conclusão dos trabalhos relacionados aos Jogos Olímpicos de 2000. Para o planejamento do uso do recurso de espectro radioelétrico, foi realizado monitoramento para conhecer a ocupação das faixas e o perfil dos usuários, com a finalidade de viabilizar planejamento de seu uso durante a realização do evento. As designações de frequência foram especificadas conforme o cliente, tipo de licença, atividade, área, período de funcionamento e frequência.

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A ACA teve o cuidado de criar uma infraestrutura para teste dos equipamentos de telecomunicações que seriam utilizados durante o evento. As autoridades australianas entraram em contato com as delegações participantes para instruir sobre a utilização de equipamentos de telecomunicações.

5.2 - Copa do Mundo 2006 - Alemanha A Copa do Mundo da Alemanha, realizada em 2006, contou com o fator geográfico (Figura 4) como um aliado para atrair espectadores de toda a Europa. A estatística seguinte traduz a dimensão desse evento:

• Mais de 3 milhões de espectadores ao vivo;

• Mais de 20 trilhões de bytes de voz e dados;

• 32 times;

• 14 centros credenciados;

• 12 cidades sede; e

• 21.000 jornalistas credenciados.

Figura 4 - Cidades sede da Copa da Alemanha

A autoridade alemã responsável pelo setor de telecomunicações, Federal Network for Electricity, Gas, Telecommunications, Post and Railway, implantou um programa especial para atendimento das demandas do setor de telecomunicações para a Copa do Mundo de 2006 na Alemanha. Para a realização do evento foram disponibilizadas as faixas de frequências que poderiam ser utilizadas e definidas aquelas que seriam proibidas.

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Efetivamente foram disponibilizadas pela internet duas listas, Red List e Green List, sendo que a primeira listava as faixas proibidas e a segunda as faixas destinadas ao atendimento dos serviços de telecomunicações para os jogos. Adicionalmente, a coordenação de uso do espectro delimitou as regiões relacionadas à realização do evento. A implementação dessa estratégia permitiu um gerenciamento melhor do espectro, pois o conhecimento prévio dos locais dos usuários das faixas permitiu maior agilidade na solução de eventuais problemas causados por interferência ou uso indevido do recurso. As características técnicas dos equipamentos de telecomunicações, tais como potência, largura de faixa, tipo de antena, local de instalação, mobilidade etc., devem ser especificados para evitar interferências prejudiciais em sistemas co-localizados. Para evitar esse problema durante a realização dos jogos da Copa, foram realizados testes nos equipamentos que seriam utilizados pelos diversos participantes do evento. Os equipamentos vistoriados e em conformidade com as especificações receberam selo indicativo de que o equipamento havia sido vistoriado, evitando duplicidade de trabalho.

5.3 - Eurocopa 2008 – Áustria e Suíça A Eurocopa de 2008 foi sediada pela Áustria e Suíça e reuniu 16 (dezesseis) seleções e centenas de milhares de turistas que tiveram a alternativa de acompanhar a realização das competições em eventos públicos denominados Fan Fests. Uma situação interessante ocorrida durante a realização de uma das Fan Fests da Copa das Confederações de 2008 é apresentada na figura 5 (cinco) a seguir.

Figura 5 - Curva de tentativas de chamadas de voz - Fan Fest, Áustria

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A curva mostrada na figura 5 (cinco), acima das demais de cor violeta, apresenta os maiores valores e representa o número de tentativas de chamadas durante a realização da Fan Fest na Áustria. Observa-se no gráfico disponibilizado pela companhia Mobilkon que houve um aumento de aproximadamente 600 chamadas durante o período correspondente à realização de um jogo.

5.4 - Jogos Olímpicos de 2008 - China

A República Popular da China apresentou, no âmbito da UIT, o relatório ITU-R 1C/101-E/2010 sobre o planejamento e execução das atividades de monitoragem e gestão do espectro para as Olimpíadas de 2008, em Pequim, China. Segundo este relatório, as razões que demandam atividades de monitoragem e gerenciamento do espectro são:

• grande número de eventos que ocorrem em diferentes locais;

• características e necessidades particulares para cada evento;

• grande densidade de equipamentos eletrônicos empregados na realização do evento;

• gestão e monitoragem do espectro representam um papel crítico para assegurar a perfeita operação dos sistemas de radiocomunicações;

• as estratégias e técnicas de monitoragem e gerenciamento são diferentes das atividades de rotina; e,

• poucos materiais com conteúdo sobre o assunto estão disponíveis no mundo.

As seguintes informações auxiliam na visualização a dimensão do evento:

• mais de 11.000 atletas de 204 países e regiões;

• mais de 26.000 jornalistas credenciados e 5900 não credenciados;

• mais de 70.000 empregados e voluntários;

• mais de 110 representantes de Estado; e,

• 36 venues e 15 áreas sob controle especial.

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Os principais tipos de equipamentos de radiocomunicação utilizados foram:

Item Equipamento Descrição 1 Fixed microwave

links (FL) Utilizado para transmissão de vídeo entre pontos fixos.

2 Mobile micro-wave

links (ML) Utilizado para transmissão de sinais de vídeo coletados por equipamentos instalados em veículos terrestres e helicópteros.

3 Satellite news

gathering

Serviço auxiliar de Radiodifusão operando na banda Ku.

4 Land mobile radio

systems (LMRS) Rádios portáteis utilizados por grande quantidade de usuários

5 Talk back systems

(TBS) Sistema de comunicação utilizado principalmente por apresentadores, entrevistadores, operadores de som, iluminação e vídeo. Foram destinadas as faixas 137-167 MHz e 403-470 MHz.

6 Hand-held two-way

radios (HR) Walkie-talkies em regime de compartilhamento da mesma faixa do TBS.

7 Cordless cameras

(CC) Câmeras que operam em distâncias até 500 m na faixa de 2.0-2.7 GHz largura de faixa de 8 MHz até 20 MHz.

8 Wireless

microphones (WM) Microfones sem fio que operam tipicamente com largura de faixa de 120 kHz a 180 kHz com potência entre 30-50 mW

9 Remote control

equipment Equipamentos utilizados em telemetria e telecomando na faixa de 403-470 MHz.

10 Wireless LAN (WLAN) Disponibilizados 16 canais para as venues. Oito dentro de 5150-5350 GHz para uso temporário.

11 In-ear monitoring

system (IEMS) Usado para monitoragem de comunicação de áudio. Operaram entre 520-860 MHz com largura de faixa de 125 a 200 kHz.

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A figura 6 (seis), a seguir, apresenta a proporção dos equipamentos utilizados durante a realização do evento.

Figura 6 - Uso de equipamentos de radiocomunicações

A gestão e a monitoragem do espectro foram divididas em três fases:

Primeira Fase: preparação de longo prazo; Segunda Fase: preparação de curto prazo (imediatamente anterior aos jogos); e, Terceira Fase: durante a realização dos jogos.

A primeira fase de caráter preparatório teve os seguintes objetivos:

• investigação do potencial de demanda de recursos de radiofrequência;

• estudos sobre análise de compatibilidade eletromagnética (EMC);

• melhoramento e integração do controle do espectro;

• website exclusivo para o evento visando atender às solicitações de radiofrequência;

• início da formulação dos tipos de planos de trabalho e procedimentos. A fase imediatamente anterior ao evento foi a mais crítica e também a mais trabalhosa. Os pontos relevantes dessa fase foram:

• lançamento do website;

• plano de frequência;

• melhoramento dos procedimentos para monitoragem do espectro e teste de equipamentos;

• monitoragem do espectro nas venues;

• treinamento técnico; e,

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• evento teste. Durante a realização das competições destacaram-se as seguintes atividades:

• monitoragem do espectro;

• teste de equipamentos; e,

• interferências contingenciais. Com relação ao estudo preliminar sobre a demanda de frequência para os jogos de Pequim, a autoridade chinesa visitou os países que sediaram os Jogos Olímpicos anteriores, Austrália e Grécia. Foi estimado que a demanda fosse 30% maior que a dos jogos de Atenas. Para levantamento do espectro disponível foram destinadas faixas de frequência para uso temporário, revisão dos registros das estações, interrupção de uso irregular de frequência e reuniões permanentes com as operadoras e emissoras de radiodifusão. O funcionamento do website com antecedência de mais de um ano do evento possibilitou uma maior concentração de carga de trabalho 8 (oito) meses antes da realização dos jogos. Esse aspecto evitou um congestionamento imediatamente antes e no início dos jogos, permitindo concentrar a força de trabalho em outras atividades relacionadas à segurança do uso do espectro. A figura 7 (sete) a seguir ilustra a concentração de pedidos 8 (oito) meses antes da realização do evento.

Figura 7 - Solicitações de uso de espectro via Website - China

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A técnica de reuso de frequência foi aplicada nas zonas mostradas na figura 8 (oito). A área considerada abrange um total de 31 (trinta e uma) venues para competição e 15 (quinze) para outras atividades. Equipamentos de radiação restrita foram largamente utilizados nas áreas destinadas às venues.

Figura 8 - Locais de competição dos Jogos Olímpicos de 2008

As faixas tipicamente utilizadas durante os jogos são apresentadas na tabela a seguir:

Aplicação Faixa de Frequência

Largura de faixa por canal

Handheld

LMRS/TBS/HRS

137-174 MHz/403-470 MHz/800 MHz

12.5 kHz/25 kHz

Serviço Móvel Pessoal

GSM/CDMA/TD-SCDMA

900 MHz/1 800 MHz/800 MHz/2 000

MHz

200 kHz/1.25 MHz/1.6 MHz

WLAN 2.4 GHz/5.1 GHz/5.8 GHz

22 MHz

Microfone sem fio 500-806 MHz 125 kHz

Wireless cameras and mobile microwave

equipment

1 920-2 700 MHz/3 200-3 700 MHz

10 MHz/20 MHz

Time and score 3 MHz band/ 2 400-2 475 MHz

Satellite and fixed microwave equipment

C-band or Ku-band

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A rede de monitoragem contou com um centro de controle e nove estações fixas. Todas as venues foram divididas em 11 (onze) zonas, cada uma equipada com uma ou duas unidades móveis de monitoragem. Também foram utilizados equipamentos portáteis de monitoragem para detectar sinais fracos dentro das venues. Foi frisado que existe uma substancial diferença entre o espectro dentro e fora das venues. A rede de monitoragem montada na China possuía um sistema de alarmes que avisava as equipes sobre emissões não autorizadas. Com relação a testes de equipamentos, o pico de trabalho ocorreu entre a quarta e a segunda semanas antes do evento. Havia quatro locais fixos para teste de equipamentos com analisadores de espectro, câmera GTEM (Gigahertz Transverse Electromagnetic), e impressoras para as etiquetas de verificação.

5.5 - Olimpíadas de Inverno de 2009 - Canadá Após o briefing ocorrido em Sochi – Rússia, a delegação brasileira responsável pela administração do setor de tecnologia para os Jogos Olímpicos de 2016 disponibilizou informações sobre a realização do evento quanto aos aspectos do setor de telecomunicações. A seguir são apresentados dados estatísticos do evento, que permitem uma visualização da dimensão do evento.

• 17 dias de evento

• 2.566 atletas

• 82 países participantes

• 10.000 representantes de mídia

• 3 bilhões de telespectadores globais A autoridade canadense, responsável pelo setor de telecomunicações (Industry Canada), forneceu suporte para o VANOC (Vancouver Organizing Committee) com a previsão do espectro necessário, fornecimento de equipe para fiscalização dos serviços de telecomunicações e estabeleceu as regras para alocação de frequência. Assim como nos Jogos Pan-americanos de 2007, para comunicação entre o VANOC e a Industry Canada foi estabelecido um responsável do VANOC para informar as demandas a um grupo de coordenação formado por 6 (seis) pessoas da Industry Canada.

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Durante a apresentação (briefing) foram identificados os desafios enfrentados, incluindo o ajuste entre a demanda avaliada e a demanda real, a atualização da lista de contatos (fleetmap), estimativa da extensão da área de cobertura, tecnologias possíveis, etc. Para superar esses desafios foi realizado um trabalho conjunto entre a organização do evento, provedores de serviços de telecomunicações e fornecedores de equipamentos. A ação conjunta entre fornecedores de equipamentos, prestadores de serviços e organizadores do evento analisou o perfil do evento, considerando aspectos de relevo e demanda estimada para atender às necessidades informadas pelos organizadores do evento. O resultado desse estudo apontou a adoção de um sistema de telecomunicações predominantemente baseado na tecnologia de rádio troncalizado para atender a demanda das equipes responsáveis pela realização do evento. Foram empregados 6.100 (seis mil e cem) rádios para atender as áreas destinadas à realização do evento e a expansão da rede de comunicação móvel para atingir uma área maior. Foram expedidas mais de 56.300 (cinquenta e seis mil e trezentas) etiquetas de validação para equipamentos de telecomunicações. O gráfico da figura 9 (nove) apresenta a quantidade de designação de frequências para atender aos serviços de telecomunicações durante a realização dos jogos.

Figura 9- Equipamentos de radiocomunicação e frequências designadas

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Outro assunto tratado foi a flexibilidade na capacidade tecnológica da rede, a fim de permitir que celulares com tecnologias distintas de outros países funcionassem. Outras ações estratégicas que garantiram o sucesso do evento foram:

• o acesso antes do início dos jogos para realização de testes;

• espectro dedicado;

• interoperabilidade do sistema trunking com outros sistemas digitais de comunicações;

• área de cobertura; e

• colaboração dos fabricantes de equipamentos. A comissão responsável apresentou como sugestão para aplicação futura:

• atualização do portal de aplicação de frequência para ser usado como um banco de dados centralizado que pudesse ser facilmente atualizado por múltiplos usuários;

• desenvolvimento de um plano para Wi-Fi durante o evento;

• aplicação de sanções aos interessados que fizeram solicitação, em atraso, para uso de radiofrequência;

• aplicação de taxas mais altas para sistemas mais complexos. Durante o evento, o serviço de telefonia móvel teve a maior demanda de serviços de telecomunicações, por isso um plano em grande escala foi preparado para atender à demanda para hardware de mobilidade, infraestrutura e suporte. A cooperação e integração entre o comitê olímpico, fornecedores e parceiros é crítica para a entrega das tecnologias sem fio, principalmente quanto à infraestrutura de rede, considerando equipamentos e provedores de serviços, integração entre o órgão regulador e a equipe do comitê olímpico responsável pelo planejamento do uso do espectro.

5.6 - Jogos Olímpicos de 2012 - Inglaterra Para os Jogos Olímpicos de 2012, a Autoridade Regulatória da Inglaterra (Office of Communications - OFCOM) disponibilizou um relatório descrevendo as ações desenvolvidas e as ações a desenvolver para garantir o máximo de eficiência para o funcionamento dos sistemas de telecomunicações durante a realização do evento.

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Assim como as demais autoridades citadas, a OFCOM elaborou um plano para maximizar o uso do espectro estabelecendo as faixas disponíveis para uso temporário, os serviços associados às faixas de operação e as características técnicas obrigatórias dos equipamentos de telecomunicações. Além disso, há uma restrição em particular para proteger contra interferência das transmissões via satélite em áreas de segurança. Os procedimentos para licenciamento de estações relacionadas à realização do evento foram modificados para atender com mais celeridade às solicitações, e ainda se considerou a necessidade de estabelecer um grau de flexibilidade para demandas futuras. Para os casos de interferência foi programada a criação de um grupo específico de engenheiros, e foi estabelecido um cronograma de testes nos locais relacionados com o evento. Essa equipe contará com o apoio de uma rede de sensores instalados em locais estratégicos com a finalidade de apoiar na solução de interferências. O OFCOM ainda disponibilizou um questionário com respostas às perguntas de diversos segmentos que utilizarão serviços de telecomunicações. O relatório disponibilizado pelo OFCOM enfatizou a importância do estudo e acompanhamento dos trabalhos executados ou em execução por outras nações responsáveis pela realização de eventos esportivos internacionais. A experiência de outros países é fundamental para aperfeiçoar métodos e procedimentos aplicáveis a eventos dessa natureza.

5.7 - Consolidação dos Estudos Dos estudos apresentados nota-se que há uma demanda atípica de caráter temporário que deve ser atendida segundo a responsabilidade assumida pelas nações que sediam grandes eventos. Essa demanda em todos os casos exige investimentos em infraestrutura de diversos tipos de serviços de caráter público. Assim como transporte, segurança, saúde e educação, telecomunicação é um dos serviços mais requisitados para esses tipos de evento. Garantir que a infraestrutura de telecomunicações será suficiente para suportar a demanda de eventos de porte significativo é um grande desafio. Sem exceção, todos os países que sediaram grandes eventos esportivos internacionais fizeram grandes investimentos para viabilizar sua realização segura. Assim, o Estado tem o papel preponderante no sentido de fiscalizar e atuar nos momentos certos para que não seja frustrada a expectativa.

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Os investimentos na modernização da infraestrutura dos órgãos reguladores viabiliza ao Estado implementar as garantias assumidas com economicidade e eficácia. Nos casos avaliados anteriormente, essa infraestrutura constitui importante legado, uma vez que é utilizada em caráter permanente e em benefício da sociedade.

6 - Dos eventos internacionais sediados pelo Brasil

6.1 – Jogos Mundiais Militares

Os 5º Jogos Mundiais Militares foram realizados na cidade do Rio de Janeiro, Resende, Paty do Alferes e Seropédica. O período do evento ocorreu entre 16 e 24 de julho de 2011. O centro operacional do evento localizou-se no bairro Deodoro onde existe uma grande concentração de unidades militares. A Anatel através de recorrentes reuniões conseguiu a destinação de espaço que serviu de apoio para as atividades institucionais. As informações a seguir, extraídas do site desenvolvido pela organização do evento – www.rio2011.mil.br – possibilitaram compreender a dimensão do evento.

• Mais de 5.000 atletas;

• 88 países;

• 20 modalidades disputadas em 19 locais de competição; e

• 3 vilas olímpicas. A tabela de competições, apresentada na figura a seguir foi a referência para o planejamento das atividades institucionais da Agência visando prover apoio para a correta prestação e a exploração dos serviços de telecomunicações. Observa-se que, devido à ocorrência simultânea de competições, houve a necessidade de alocar recursos em mais de um local concomitantemente. Esse fator foi fundamental para o dimensionamento de recursos humanos e de equipamentos. A Agência se posicionou como um parceiro do comitê organizador, atuando de perto nas questões inerentes ao setor de telecomunicações. Uma demonstração desse posicionamento foi a destinação de faixas de frequências especificas para o sistema troncalizado usado pela organização do evento, de acordo com a Resolução n° 566, de 05 de maio de 2011.

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Na primeira versão do presente caderno a organização dos jogos ainda estava em planejamento, e considerávamos como uma oportunidade realizar um evento teste, para avaliação dos itens de infraestrutura e procedimentos. Na versão atual já podemos incluir os resultados alcançados nos 5º Jogos Mundiais Militares, cuja atuação da Anatel contribuiu para o sucesso do evento. O engajamento institucional feito pelas equipes foi preponderante para a execução do planejamento. Nesse quesito, é importante frisar que a escolha de servidores experientes e comprometidos com os objetivos traçados pelo planejamento foi indispensável para a realização das atividades de coordenação com sucesso. No entanto, vale lembrar que a capacitação dos servidores para atuação em eventos internacionais, deve se adequar para abordagem de entidades estrangeiras. A interação entre a Anatel e as Forças Armadas foi o fiel da balança para cumprimento dos objetivos estabelecidos. O planejamento delineou os objetivos e ações em função das respostas obtidas aos questionamentos feitos às Forças Armadas nas reuniões bilaterais e por meio de ofícios enviados ao Ministério da Defesa.

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Assim, deve-se estabelecer um mecanismo de alerta que resulte na comunicação oficial entre a Agência e os organizadores dos eventos. A atuação da Anatel durante os 5º Jogos Mundiais Militares agregou uma grande experiência sobre planejamento e execução que certamente serão uma referência para a Agência e para outros países que sediarão grandes eventos internacionais.

6.2 – Conferência das Nações Unidas (Rio+20).

Rio+20 é o nome da próxima Conferência das Nações Unidas, a ser realizada no Rio de Janeiro, no período de 4 a 6 de junho de 2012, para debater o tema Desenvolvimento Sustentável.

O objetivo é articular o engajamento de líderes políticos e especialistas de vários países nas questões ligadas à preservação do meio ambiente e ao clima no planeta, além de renovar o compromisso dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do planeta e, ainda, avaliar a implementação e o progresso dos acordos assumidos pela comunidade internacional a respeito do assunto. Na conferência serão discutidos dois temas principais: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza; e o enquadramento institucional para o desenvolvimento sustentável. A Conferência Rio+20 recebeu esse nome numa alusão à realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - conhecida como Rio-92. No encontro de 2012 - 20 anos após a Rio-92 - estão previstos debates a respeito da contribuição da chamada economia verde para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza, com foco sobre a estrutura de governança internacional para o desenvolvimento sustentável. A Conferência Rio+20 foi aprovada na Assembleia Geral da ONU, em dezembro de 2009, e dá continuidade aos diversos encontros já realizados para a discussão do tema, como a Conferência Nacional das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e as Conferências em Estocolmo (1972) e em Johanesburgo (2002). Foram criados, por decreto presidencial, sob nº 7.495, de 7 de junho de 2011, a Comissão e o Comitê Nacional de Organização da conferência, além de uma Assessoria Extraordinária, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, dedicada ao tema.

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A Comissão Nacional será presidida, em conjunto, pelo Ministério do Meio Ambiente, e o Ministério das Relações Exteriores, e deverá promover a interlocução entre os órgãos e entidades federais, estaduais, municipais e da sociedade civil para articular a participação do Brasil na conferência da ONU. O comitê, por sua vez, ficará responsável pelo planejamento, organização e execução das medidas logísticas necessárias à realização da Rio+20, inclusive a gestão de recursos e contratos. Já a Assessoria Extraordinária será o órgão de assistência direta ao Ministério do Meio Ambiente, com atribuição, entre outras, de coordenar a elaboração de estudos que subsidiem a formação das posições brasileiras nos principais temas da conferência, especialmente 'economia verde' e 'governança internacional para o desenvolvimento sustentável'. A conferência será uma oportunidade para a comunidade internacional fazer um balanço dos progressos alcançados nos três pilares do desenvolvimento sustentável: crescimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas, define o termo desenvolvimento sustentável como aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. O objetivo é harmonizar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental. Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente. Um dos conceitos que ganham força no debate sobre desenvolvimento sustentável é o da chamada economia verde, um dos instrumentos para alcançar o progresso aliando respeito ambiental e inclusão social. (Texto editado pela Anatel, retirado do Portal de Noticias do Senado e do hotsite do MMA http://hotsite.mma.gov.br/rio20/a-conferencia/).

6.3 – Jornada Mundial da Juventude

A Jornada Mundial da Juventude foi criada pelo Papa João Paulo II em 1985, e consiste numa reunião de dezenas de milhares de pessoas católicas, sobretudo jovens. O evento é celebrado a cada dois ou três anos, numa cidade escolhida para celebrar a grande jornada em que participam pessoas do mundo inteiro.

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Em sua antepenúltima edição, na Alemanha em 2005, reuniu cerca de um milhão de jovens. Em 1997, o papa João Paulo II celebrou o Segundo Encontro Mundial das Famílias no Rio de Janeiro, com dois milhões de pessoas.

A cada três anos é escolhido um país para sediar a Jornada Mundial da Juventude, nos últimos anos: Toronto (Canadá – 2002), Colônia (Alemanha – 2005) e Sidney (Austrália – 2008). Em 2011 ocorreu em Madrid na Espanha, com um milhão e meio de pessoas, e o Rio de Janeiro é a cidade brasileira escolhida para sediar a próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013.

6.4 - Copa das Confederações 2013

A Copa das Confederações será realizada de 15 a 30 de junho de 2013 em pelo menos 6 cidades brasileiras. O evento servirá como teste para a Copa do Mundo de 2014. A Copa das Confederações é um evento menor, se comparado a uma Copa do Mundo, porém, pode ser uma referência importante para avaliar a capacidade do anfitrião no atendimento das responsabilidades assumidas. Os números a seguir fornecem uma visão geral da magnitude da realização da Copa das Confederações:

• 06 cidades sede;

• 08 seleções de países vencedores de campeonatos internacionais; e

• 15 dias de duração. A Fifa não anunciou de forma oficial as cidades que receberão a Copa das Confederações. Mas a tendências é que cinco cidades recebam os jogos: Rio de Janeiro (Maracanã), Belo Horizonte (Mineirão), Porto Alegre (Beira-Rio), Brasília (Estádio Nacional) e Salvador (Fonte Nova).

6.5 - Copa do Mundo de 2014

O Brasil sediará a Copa do Mundo de 2014, maior evento esportivo do planeta, com o compromisso de atender a uma lista de exigências relativas a telecomunicações, definidas na Garantia nº 11 do Bidding Agreement, documento anexo a este caderno. As garantias contidas nesse documento foram firmadas pelo Ministério das Comunicações.

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As cidades que foram designadas como sede para as competições da Copa das Confederações são: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo (Figura 10).

Figura 10 – Cidades sede da Copa 2014

O Brasil garantiu expressamente que vai disponibilizar infraestrutura de telecomunicações necessária para a realização dos eventos da Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014 nos termos da citada Garantia nº 11. A infraestrutura deverá estar em conformidade com os padrões e requerimentos internacionais para aplicação durante as competições e eventos ancilares. A FIFA poderá definir periodicamente requerimentos específicos de infraestrutura de telecomunicações.

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Outras garantias assumidas são:

• Redundância;

• Recurso Satelital;

• Recurso de espectro de radiofrequência para comunicação de voz. Durante a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, foi utilizada a topologia com redundância de caminhos para interligar os estádios e os principais centros de operação como o IBC( International Broadcast Center) e outros. A redundância para todos os acessos permitiu a implementação de uma rede MESH (Rede mesh ou rede de malha é uma rede composta de várias células que se intercomunicam e é uma alternativa de protocolo ao padrão 802.11 para diretrizes de tráfego de dados e voz além das redes a cabo ou infraestrutura wireless), que será a solução utilizada no Brasil para a Copa do Mundo de 2014. A estrutura com redundância será aplicada também com relação a quantidade de saídas internacionais. O caderno de especificações estabelece que haja pelo menos 2 saídas em locais diferentes. A seguir, são apresentadas algumas estimativas para o evento:

• As 12 cidades-sedes serão: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo;

• 31 delegações estrangeiras;

• Mais de 500.000 turistas estrangeiros; e

• Investimento em infraestrutura da ordem de bilhões de reais. De forma complementar, foi publicada a Lei nº 12.350/2010, que institui medidas tributárias referentes à realização, no Brasil, da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014; promove desoneração tributária de subvenções governamentais destinadas ao fomento das atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica nas empresas.

6.6 – Copa América em 2015

Em 2015 o Brasil sediará o tradicional torneio da Copa América. Durante o Seminário Geral das Cidades-Sede da Copa de 2014, realizado em Brasília, a coordenação de operações do comitê organizador confirmou que a competição acontecerá no país um ano depois do Mundial. O assunto foi abordado durante as questões sobre o futuro dos estádios que serão construídos para o torneio da FIFA.

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Serão 16 (dezesseis) equipes representantes de países americanos. Espera-se que a infraestrutura preparada para a copa do mundo seja suficiente para atender às demandas do evento. Estão confirmadas duas capitais: Belém e Goiânia.

O calendário de competições é grande no país. Após a Copa do Mundo, serão realizadas a Copa América e as Olimpíadas no Brasil. O Brasil é o atual bicampeão do torneio.

Para a Anatel, esse evento será uma oportunidade para consolidar as atividades programadas e promover os ajustes necessários. Assim, esse evento entra no programa como um importante ensaio dos projetos propostos.

6.7 – Jogos Olímpicos de 2016

As Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016 vão ocorrer na cidade do Rio de Janeiro no mês de julho. É o segundo maior evento esportivo do planeta, sendo prevista a participação de mais de 10.500 (dez mil e quinhentos) atletas, além de milhares de profissionais de imprensa, de apoio, aficionados pelos esportes e turistas de todo o planeta. O mapa da figura 11, a seguir, apresenta os locais de competição que serão utilizados para a realização das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016.

Figura 11 - Regiões de competição dos Jogos Olímpicos de 2016

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A expectativa da realização dos Jogos Olímpicos de 2016 é de que esse evento traga importantes valores econômicos e sociais, como se observa nos quatro pilares conceituais dos jogos a seguir expostos. Excelência técnica

• Plano Mestre e instalações dos Jogos;

• Vila Olímpica e Paraolímpica;

• Acomodações;

• Transporte;

• Segurança; e

• Garantia financeira.

Uma experiência memorável

• Parcerias com clientes;

• Estádios cheios; e

• Apresentações esportivas.

Transformação

• Recuperação e Modernização da região do porto Inserção social – Jogos integrados à sociedade;

• Desenvolvimento sustentável a longo prazo;

Apoio aos Movimentos Olímpicos e Paraolímpicos

• Integração da juventude e Live Sites;

• Desenvolvimento esportivo na América do Sul e além;

• Impacto das marcas Olímpica e Paraolímpica. A seguir são apresentadas estimativas que refletem a magnitude do evento:

• 17.700 leitos para atletas e comitiva

• 28 modalidades de esportes olímpicos

• 22 modalidades de esportes paraolímpicos

• 34 instalações de competições

• 4.900 MW de demanda de energia Por fim, por intermédio da Lei 12.035, de 1º de outubro de 2009, anexa a este documento, e do Caderno de Encargos disponibilizado no site www.rio2016.org.br, o Brasil assume a responsabilidade de garantir o sucesso do evento. No Caderno de Encargos das Olimpíadas está claro o caráter social do evento para o desenvolvimento de políticas sociais em todos os setores da economia, principalmente para as telecomunicações.

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7 – Programa de Trabalho

7.1 - Introdução

Os casos analisados demonstram que a construção de uma infraestrutura para eventos esportivos de grande porte necessariamente utilizam os serviços de telecomunicações. Ainda, na execução desses eventos há uma grande demanda de serviços de telecomunicações não só para as atividades finalísticas do evento, mas também para os demais serviços que dão suporte à realização do evento, bem como atendimento à forte demanda gerada pelo afluxo de turistas. Atingir um nível de excelência, para as ações no setor de telecomunicações, que atendam às garantias assumidas pelo Brasil é um desafio que afeta diversas áreas internas e externas à Agência. Assim, a estrutura proposta para o Grupo de Trabalho responsável pelo planejamento e a execução desse programa conta com a participação de servidores da Agência e representantes do setor de telecomunicações e radiodifusão. As ações que compõem o programa são baseadas em propostas específicas que serão apresentadas no próximo capítulo. O desenvolvimento de cada proposta em muitos casos depende da implementação de mais de um projeto, assim a integração entre os diversos atores é vital para o sucesso do empreendimento.

7.2 – Participantes

O quadro seguinte propõe a integração dos diversos segmentos do setor de Telecomunicações. A intenção é viabilizar a participação desses segmentos por meio de ação coordenada pela Agência. Cada segmento será envolvido conforme planejamento operacional a ser consolidado nas reuniões de coordenação. Para tanto, os participantes devem permear toda a organização de modo a abranger todas as necessidades previstas de forma permanente e redundante para evitar solução de continuidade.

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7.3 - Organizadores

Nos Jogos Pan – americanos e demais eventos estudados, os organizadores dos eventos participaram incisivamente no planejamento dos trabalhos. Por meio desse contato foi possível direcionar adequadamente a aplicação de recursos e estimar melhor os casos críticos. Como exemplos são citados:

• alocação das Unidades Móveis nas principais venues;

• definição do quadrilátero de exclusão de licença; e,

• licenciamento de estações para a segurança pública – em torno de 23.000 estações.

Atualmente, reuniões recorrentes com o Comitê de Planejamento Operacional, do COB têm permitido ao setor de engenharia do espectro direcionar de forma adequada os recursos da Anatel com o apoio das atividades de monitoragem do espectro e verificação de fontes interferentes provenientes de estações não autorizadas.

7.4 - Segmentos de Estado

As ações da Agência com apoio político do Ministério das Comunicações (MC) aceleram a execução das etapas operacionais que dependem de viabilidade financeira. O Ministério das Comunicações é um ator importantíssimo no processo de planejamento junto com os demais segmentos envolvidos. Devido à abrangência do programa, a Anatel promoverá reuniões com outros setores do Estado para alinhamento do setor de telecomunicações com os demais segmentos da economia. Assim, considera-se que a participação de outros órgãos de Estado contribuirá decisivamente para o planejamento operacional e estratégico da Agência. O caráter internacional dos eventos indica a necessidade de ações conjuntas com o Ministério das Relações Exteriores na preparação de ações que atendam às delegações estrangeiras no que diz respeito aos serviços de telecomunicações. A realização desses eventos promove um grande fluxo de equipamentos eletrônicos, entre eles os de telecomunicações. A entrada natural desses equipamentos é feita por meio da alfândega. Um trabalho de caráter cooperativo entre o Ministério da Fazenda e a Anatel permitirá que se evite a entrada de equipamentos com grande potencial de interferência e coibirá a importação ou desvio de equipamentos que não operam de acordo com as normas brasileiras.

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A Anatel e o Ministério da Defesa mantém um relacionamento estreito para tratar de assuntos afetos à área de segurança nacional. Para apoiar a realização dos 5º Jogos Mundiais Militares, a Agência expediu Resolução de destinação de faixa que viabilizou a implantação dos sistemas de telecomunicações utilizados nas operações de controle, administração e segurança do evento.

7.5 - Prestadoras de Serviços de Telecomunicações

A participação do setor privado nas atividades de planejamento auxilia na formatação de um modelo para o setor de telecomunicações mais adequado à realidade de mercado. Assim, o conhecimento e a experiência desse segmento são fundamentais para ações regulatórias que irão viabilizar a implantação de uma infraestrutura com o desempenho e a confiabilidade desejada.

7.6 - Autoridades Regulatórias Estrangeiras

A experiência de outras autoridades regulatórias estrangeiras que atuaram em grandes eventos internacionais é uma excelente referência e permite melhor direcionamento dos recursos disponíveis e o conhecimento das estratégias mais eficazes para desencadeamento das ações e decisões do Estado para a realização dos eventos. Um exemplo concreto sobre esse contexto foi o planejamento das atividades de fiscalização para atender as demandas dos Jogos Pan-americanos. Para esse plano, foi utilizado como referência o relatório das atividades da autoridade regulatória da Austrália. Premissas como o modelo de fiscalização presencial, procedimento de certificação e abordagem da fiscalização ajudaram a compor o plano de atuação da Agência para atender ao COB.

7.7 - Integração Interna

Por fim, a atuação conjunta dos diversos setores da Anatel permitirá que a parte operacional desse programa seja realizada em tempo para colocar o setor de telecomunicações em um nível de excelência com alto índice de confiabilidade e disponibilidade de acesso.

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8. Dos Projetos Propostos Considerando um horizonte de médio e longo prazo, o programa foi constituído de objetivos específicos para a Agência e para o setor de telecomunicações e radiodifusão As propostas foram associadas aos projetos relacionados, segundo critérios de afinidade entre assuntos.

8.1 - Projeto Fiscalização

O Projeto Fiscalização tem o objetivo de tratar dos aspectos e de procedimentos quanto aos recursos necessários para fiscalização, avaliação e monitoragem das redes e serviços de telecomunicações, em função do desempenho esperado para a prestação dos serviços.

Dentro do contexto desse projeto devem ser contemplados os seguintes pontos:

• Elaboração de cronograma para atendimento das demandas dos eventos;

• Realização de pré-testes de localização de fontes de radiocomunicação e fontes interferentes;

• Estabelecimento de procedimentos de monitoragem do espectro para geração de documentação com informação sobre taxa de ocupação e uso eficiente do espectro;

• Definição dos recursos necessários para testes e avaliações de desempenho e confiabilidade das infraestruturas de redes de telecomunicações implantadas para atender às demandas do evento e aos propósitos sociais dos programas do governo;

• Aquisição de equipamentos para análise de área de cobertura e de redes de telecomunicações;

• Estabelecimento de infraestrutura necessária para a fiscalização;

• Aquisição e instalação de estações transportáveis de radiomonitoragem (fixas, móveis e transportáveis);

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• Prover capacitação para operacionalizar as atividades de fiscalização relacionadas aos eventos; e

• Planejar ações de fiscalização específicas para a realização dos eventos. Os responsáveis pelo projeto de fiscalização deverão acompanhar a evolução das obras de implantação dos locais relacionados aos eventos para assegurar que o planejamento das atividades de fiscalização seja adequado à infraestrutura disponível. Para a aquisição de novos instrumentos, o plano de licitação deve estabelecer estratégias para garantir que os bens entregáveis estejam à disposição da Agência com tempo suficiente para treinamento do pessoal que irá operar equipamentos, quando for o caso, e para implantação dos sistemas ou equipamentos antes da ocorrência do fato que motivou a aquisição. Deverá ser apresentado um plano com prazos para aquisições, desenvolvimento de processos e construção de infraestrutura. Esse plano deve evidenciar os processos mais críticos e quais os mecanismos de controle mais eficientes para garantir sua execução. A execução dos pré-testes deverá observar a conveniência e a oportunidade. Assim, a programação deve detalhar os agentes envolvidos, equipamentos, sistemas a serem testados e autorizações necessárias para acesso às áreas controladas. Além das ferramentas para análise dos dados obtidos em tempo real, o novo sistema de monitoragem deve permitir a emissão de relatórios parciais a qualquer tempo, permitindo a verificação de emergências e consistência dos dados coletados.

8.2 - Projeto Logística Operacional O projeto logística tem o objetivo de apresentar o detalhe entre a infraestrutura existente na Agência e a desejada para atender as demandas do setor de telecomunicações, tanto para os eventos internacionais quanto para a implantação de novas tecnologias em áreas de baixa densidade de atendimento.

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Dentro do contexto deste projeto devem ser contemplados os seguintes pontos:

• atividades de planejamento e coordenação prévias aos eventos que permita a adequada alocação de recursos humanos e materiais;

• credenciamento do pessoal designado para fiscalização;

• deslocamento de pessoal e material da Anatel de suas lotações originais para os locais dos eventos, sempre que tal se mostrar necessário e com a devida antecedência;

• alocação de espaço físico e de telecomunicações para coordenação de atividades e prestação de serviços próximo aos locais dos eventos;

• alocação de recursos de transporte e telecomunicações necessários para execução das atividades de fiscalização e suporte;

• aspectos de coordenação logística para execução das atividades de fiscalização durante os eventos.

O credenciamento do pessoal designado para fiscalização do evento dever ser acompanhado sistematicamente, permitindo o desencadeamento das ações prévias do pessoal de fiscalização. O credenciamento representa um ponto crítico para o sucesso da operação. Assim, os responsáveis pelo projeto deverão assegurar à organização dos eventos o credenciamento antecipado dos servidores designados para atividades de campo. Outro aspecto de logística que afeta significativamente os resultados dos trabalhos é o deslocamento de pessoal para as áreas de competição ou áreas relacionados com o evento. Assim, o item alojamento deve ser combinado com o item deslocamento, a fim de otimizar o atendimento às demandas esperadas.

8.3 - Projeto Administração do Espectro e Certificação O Projeto Administração do Espectro tem o objetivo de definir os procedimentos e a infraestrutura necessária para a administração do espectro, a regulamentação e a certificação de produtos.

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O Projeto Administração do Espectro e Certificação abrange prioritariamente os seguintes tópicos:

• Procedimentos especiais e infraestrutura transportável para verificação de compatibilidade;

• Aspectos regulatórios sobre destinação e uso de radiofrequência e estímulo à construção de infraestrutura de telecomunicações;

• Base de dados de georreferenciamento para os sistemas interativos da Anatel e entidades autorizadas;

• Monitoragem do espectro em fronteiras e de faixas frequência destinadas para serviços via satélite;

• Desenvolovimento de ferramentas para cálculo e análise de propagação e de avaliação de campos eletromagnéticos de radiofrequência;

• Apresentação de propostas para aumentar a abrangência e flexibilidade dos sistemas de monitoração do espectro no país, incluindo regiões de fronteira; e,

• Mapa do território brasileiro do espectro atualizado em função de sua ocupação e eficiência.

As atividades de radiomonitoragem deverão ser programadas com antecedência suficiente para atender as demandas do setor de engenharia do espectro, visando adequar a infraestrutura para as atividades de avaliação de novas tecnologias e para atualização da regulamentação, quando houver necessidade.

8.4 - Projeto Divulgação

A divulgação dos direitos e deveres dos usuários (nacionais e estrangeiros) dos serviços de telecomunicações, bem como do espectro radioelétrico, será de responsabilidade dos organizadores. Neste sentido, caberá à Anatel entregar informações, nos idiomas português, inglês e espanhol, com antecedência à data de abertura dos eventos.

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O Projeto Divulgação abrange prioritariamente os seguintes tópicos:

• Desenvolvimento de interface web que servirá como principal canal de comunicação com o público envolvido (direta e indiretamente) com os eventos, com foco especial para os usuários internacionais, que desconhecem a estrutura regulatória nacional;

• Apresentação de Termo de Referência para contratação de empresa para tradução do conteúdo necessário para divulgação do evento;

• Divulgação para a sociedade das atividades da Anatel com relação aos eventos.

8.5 - Projeto Recursos Humanos e Capacitação

O Projeto Recursos Humanos e Capacitação será composto da fase de seleção e capacitação dos servidores escalados para atuação direta ou de suporte aos eventos. A seleção dos servidores destinados a atender às demandas dos eventos será descrita em procedimento próprio, observando critérios de continuidade dos serviços de fiscalização dos Escritórios Regionais e Unidades Operacionais. O Projeto Recursos Humanos e Capacitação abrange prioritariamente os seguintes tópicos:

• Capacitação necessária do corpo de fiscalização para atendimento às demandas dos eventos;

• Estabelecimento de critérios para seleção dos servidores destinados ao credenciamento;

• Capacitação em língua estrangeira aos envolvidos nos diversos projetos do caderno de encargos;

• Em face do levantamento das necessidades, propor mudanças em procedimentos internos da agência;

• Identificação de recursos humanos para as áreas técnica, administrativa e de certificação compatíveis com a natureza e volume das atividades a serem desempenhadas; e

• A estrutura e conteúdo dos cursos de capacitação para os servidores designados para as atividades relacionadas com os eventos.

Os cursos de capacitação deverão abranger as áreas técnica, administrativa e de informática, sendo a área técnica dividida em fiscalização, monitoragem do espectro, certificação e tecnologia da informação.

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A capacitação dos servidores da área administrativa considerará aspectos de treinamento na área de logística (deslocamento), controle de materiais, controle de equipamentos, relatórios periódicos de fiscalização e relatório final. Os servidores da área de informática receberão treinamento especial para atender às demandas dos demais projetos e para fornecer suporte e manutenção dos sistemas implantados para atender aos eventos. Os cursos de capacitação deverão observar os prazos para realização dos eventos, a fim de que os servidores estejam previamente preparados antes da fase de execução, que compreende um período prévio destinado ao estudo e avaliação do cenário do setor de telecomunicações. A capacitação também deverá considerar a fase posterior aos eventos, que é destinada à consolidação das informações levantadas e destinação do legado. A capacitação de servidores da fiscalização deverá abranger tanto conceitos gerais de medições elétricas e radiomonitoragem, quanto específicos de operação dos equipamentos e instrumentos que serão utilizados durante os eventos e técnicas operacionais, de auditoria e abordagem que serão necessárias às atividades de fiscalização. A promoção de cursos de caráter geral, como línguas estrangeiras, também devem ser considerados. Os servidores responsáveis pela área de certificação deverão ser capacitados para avaliar equipamentos que operem com radiofrequência, observando preferencialmente os seguintes parâmetros técnicos: frequência de operação, potência de transmissão e emissão de espúrios.

8.6 - Projeto Infraestrutura TI

O Projeto Infraestrutura TI visa a responder adequadamente às demandas institucionais decorrentes da organização e realização no Brasil dos eventos internacionais de grande porte. Em virtude do grande afluxo de visitantes e intensa atividade de mídia, a Agência precisará contar com soluções de TI capazes de suportar os novos volumes e tecnologias que se apresentarão nesse processo. Tais ações serão gerenciadas de forma coordenada, de maneira a entregar benefícios incrementais ao longo do tempo, com marcos definidos pelos grandes eventos internacionais sediados no país. Para o cumprimento dos objetivos de negócio, o setor de TI precisará construir uma “trilha” de tecnologia capaz de prover os recursos basilares (tecnologias, conhecimentos e competências) que permitirão o desenvolvimento e entrega dos produtos, serviços e aplicativos que satisfarão tal visão de futuro.

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Por outro lado, a própria TI é também agente propositor de oportunidades de negócio na medida em que é capaz de prospectar tendências tecnológicas e projetar cenários de uso para as inovações associadas ou prevendo potenciais incompatibilidades com as tecnologias atuais. Em síntese, o Projeto consistirá na aquisição de tecnologias, desenvolvimento de sistemas, implementação de melhorias ou aumento de capacidades em sistemas existentes, aquisições de software, hardware, infraestrutura de redes lógicas e físicas, bem como aquisição de competências específicas envolvendo treinamento, capacitação e dimensionamento da força de trabalho. O Projeto TI abrange prioritariamente os seguintes tópicos:

• Substituição do sistema de autuação por meio físico para sistema informatizado sem uso de papel (paperless), visando, principalmente, as atividades externas de fiscalização;

• Implantação de sistemas interativos para acompanhamento remoto das atividades de monitoragem do espectro;

• Fornecimento de infraestrutura de banco de dados para suporte e armazenamento de dados provenientes do novo sistema de monitoragem do espectro;

• Atualização dos sistemas interativos;

• Provimento de recursos de TI para implementação de ferramentas, integração e atualização dos sistemas interativos;

• Revisão do banco de dados da Anatel;

• Fornecimento de recursos de TI necessários ao projeto divulgação;

• Implantação de modelos de propagação baseados em conceitos atualizados;

• Provimento de acesso aos recursos disponíveis na intranet por meio de rede virtual – VPN;

• Acesso externo aos bancos de dados dos sistemas informatizados da Agência;

• Provimento de acesso, com alto desempenho, aos sistemas corporativos, e ao serviço de correio eletrônico, garantindo capacidade adequada de processamento;

• Desenvolvimento de sistema dedicado para plataforma SMP, smartphones e tablets.

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8.7 - Projeto Organizadores e demais Órgãos de Estado

O projeto Organizadores visa atender aos organizadores dos eventos quanto a questões técnicas e regulatórias. Esse projeto contempla estudo dos eventos anteriores, a infraestrutura existente, recursos disponíveis e soluções de tecnologia aplicáveis ao evento.

O Projeto Organizadores abrange prioritariamente os seguintes tópicos:

• relacionamento com os comitês organizadores nacionais, estaduais e municipais; e,

• relacionamento com os comitês organizadores dos jogos e demais eventos internacionais.

Além disso, por intermédio desse projeto serão estabelecidos os mecanismos para operacionalizar um fluxo de informações entre os organizadores de grandes eventos internacionais, o setor de telecomunicações e a Anatel. Deverá ser criado um sistema exclusivo para atendimento às demandas do evento. Esse sistema interativo será uma ferramenta auxiliar para planejamento do uso eficiente do espectro. Esse sistema levará em conta aspectos legais exclusivos para a realização do evento e permitirá o uso das ferramentas de cálculo de propagação, RNI, interferência e georreferenciamento. Da mesma forma, por meio do projeto poderão ser estabelecidos convênios com outros órgãos e organizadores com o objetivo de facilitar o atendimento às necessidades logísticas de interesse da Agência e divulgar os trabalhos de preparação para os eventos.

8.8 - Projeto Reguladores Internacionais

Este projeto visa à promoção de uma interação institucional da Agência junto aos reguladores de telecomunicações de países que já hospedaram eventos similares no intuito de obter e/ou refinar elementos técnicos que sirvam de insumo para o planejamento de ações em nível nacional. Neste sentido, serão definidos temas e/ou assuntos que carecem de maior detalhamento de dados, e que poderão ser alcançados junto a reguladores internacionais.

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O escopo deste projeto incluirá a aproximação institucional junto aos reguladores de telecomunicações que já tiveram experiências práticas nos dois modelos de grandes eventos estudados com ênfase (Copa do Mundo e Olimpíadas), e cujas informações poderão ser usadas como benchmarking. Poderão também ser consultados reguladores com experiências em outros tipos de evento de grande magnitudes (ex: EUA). Para tal, serão utilizados instrumentos como correspondências oficiais, áudio (e/ou videoconferências), reuniões bilaterais, visitas técnicas, consultas por meio eletrônico, entre outros. Estas atividades estarão, sempre que necessário, sob o amparo de memorandos de entendimento, acordos de cooperação e eventuais contatos mantidos institucionalmente entre a Anatel e demais administrações. Caso oportuno, também poderá ocorrer uma aproximação junto ao setor privado internacional que tenha experiências com grandes eventos dos moldes de Copa do Mundo e Olimpíadas.

8.9 - Projeto Setor

O Projeto Setor visa dimensionar os recursos para atender as necessidades de modernização e atualização do setor de telecomunicações, com vistas a atender a demanda prevista para os Grandes Eventos Internacionais a serem realizados no Brasil.

Mais especificamente, os objetivos do Projeto Setor são:

• Realizar o levantamento da planta existente e futura das redes de fibra óptica nos locais dos eventos determinados pela FIFA, tanto da FIFA quanto das outorgadas, avaliando as necessidades de ampliação especialmente dos sistemas críticos.

• Implementar medidas para estimular Promover a ampliação do backbone internacional de acesso ao Brasil.

• Acompanhar, o projeto, implementação e ativação da infraestrutura de telecomunicações da Copa do Mundo FIFA 2014, interligando os estádios, o International Broadcasting Center (IBC) e os gateways internacionais.

• Conhecer e prover as necessidades de numeração das prestadoras e órgãos para os eventos internacionais que acontecerão no país.

• Promover a implementação de redes 4G em todas as cidades sede de eventos esportivos internacionais.

• Garantir a disponibilização de roaming das redes móveis do Brasil (SMP) para turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014, bem como a Copa das Confederações em 2013.

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• Implementar, por meio das Autorizadas de SCM e das Prefeituras, o fornecimento de Acesso Banda Larga sem fio (protocolo IEEE 802.11) gratuito em locais de grande aglomeração de pessoas (arenas, rodoviárias, praças públicos e etc.), nas cidades sede de eventos esportivos internacionais por prazo indeterminado.

• Implementar a massificação da banda larga, por meio das autorizadas de SCM e das Prefeituras Autorizadas de SLP, em especial, nas cidades sede de eventos esportivos internacionais por prazo indeterminado.

• Acompanhar o andamento da implantação e da evolução da Televisão Digital no país para subsidiar a divulgação de informações à população acerca do serviço e sua cobertura.

• Estabelecer procedimentos simplificados específicos que atendam às demandas de capacidade espacial para os Grandes Eventos Internacionais, com vistas a dar celeridade aos processos de conferência de Direito de Exploração de Satélite Estrangeiro e à Autorização de Radiofrequências Adicionais associadas aos Direitos de Exploração já conferidos.

• Desenvolver junto às prestadoras de serviços de telecomunicações, projetos e ações com vista a ampliar o acesso aos serviços de telecomunicações à pessoa com deficiência, reduzindo as barreiras na comunicação.

• Desenvolver mecanismos para otimizar e agilizar o procedimento de licenciamento de estações associadas aos diversos serviços de Telecomunicações destinados a atender demandas de licenciamentos nos Grandes Eventos.

Para a execução deste projeto, a Agência contará com ampla participação de representantes dos diversos segmentos do setor de telecomunicações que atuam no Brasil e no exterior.

8.10 - Projeto Encerramento

O Projeto Encerramento tem o objetivo de apresentar os formatos do Relatório Final dos trabalhos realizados por todos os projetos da Anatel, além do Relatório de Sistemas Legados, estabelecendo quais são os documentos necessários para a fiel elaboração dos relatórios. Os estudos levantados por este projeto devem evidenciar o aspecto de legado tanto para a realização de eventos futuros quanto para o desenvolvimento do setor de telecomunicações para cada país envolvido. O Relatório Final será composto pela consolidação dos relatórios periódicos, disponibilizados, descrevendo os eventos relevantes e as medidas tomadas para solução dos problemas.

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O Relatório dos Sistemas Legados deverá conter lista dos itens acrescentados ao patrimônio da Anatel e a sua destinação. Este relatório deverá subsidiar formalização da destinação dos bens legados. Finalmente, durante os eventos Copa das Confederações e Copa do Mundo, será realizada pesquisa de opinião, com o objetivo de medir a percepção dos visitantes. As informações obtidas podem subsidiar ações governamentais estratégicas e servir para alavancar projetos cuja utilidade pode representar ganho significativo para a imagem do país e para a melhoria da infraestrutura.

9. Cronograma, Responsabilidades e Resumo do Orçamento

9.1 – Cronograma

A elaboração do cronograma deverá levar em consideração aspectos como prazo para licitação, pessoal disponível, datas de realização dos eventos e prioridades para a Anatel. O cronograma deverá abranger os itens das demandas específicas e apresentar de forma auxiliar o cronograma de realização dos eventos citados anteriormente. Considerando que a Agência está na fase de detalhamento dos Subprojetos ligados aos Projetos elencados, o Cronograma deverá se constituir em anexo ao presente Caderno de Encargos.

9.2 –Responsabilidades

A Matriz de Projetos relaciona as propostas específicas apresentadas com seus respectivos projetos. Nota-se que há itens da proposta que serão tratados por mais de um projeto. O Coordenador Geral estabelecerá as regras para definição do relator para cada proposta cuja abrangência alcance mais de um projeto. O Grupo de trabalho foi instituído pela Portaria do Presidente da Anatel, sob nº 470, datada de 2 de junho de 2011 e é formado pelos superintendentes e seus respectivos suplentes.

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A tabela a seguir apresenta a relação de responsáveis pelo GT.

Superintendente / Assessor Suplente Superintendência / Assessoria

Edílson Ribeiro dos Santos Marcos de Souza Oliveira SRF

Dirceu Baraviera Bruno de Carvalho Ramos SPV

José Gonçalves Neto Marcelo Rodrigues SUN

Roberto Pinto Martins Jovino Francisco Filho SPB

Simone Henriqueta Cossetin Scholze

Eduardo de Faria Pereira SUE

Ara Apkar Minassian Marconi Thomaz de Souza Maia

SCM

Rodrigo Augusto Barbosa Maria Lúcia Valadares SAD

Raphael Garcia de Souza Leandro Cunha da Silveira GPR

Nelson Mitsuo Takayanagi Paulo Rodrigo de Moura ATC

Jeferson Fued Nacif Rafael Pinto Prata AIN

Após sugestão em reunião do Grupo de Trabalho, os projetos foram agrupados conforme tabela abaixo.

Bloco Coordenação Área Projetos

I

Edilson Ribeiro dos Santos

SRF

8.1 – Fiscalização

8.2 – Logística Operacional

8.3 – Adm. Espectro e Certificação

8.7 – Organizadores e demais Órgãos de Estado

8.10 – Encerramento

II Rodrigo A. Barbosa

SAD

8.5 – Administração de RH e Capacitação

8.6 –Infraestrutura TI

III

Jeferson Fued Nacif

AIN

8.4 – Divulgação

8.8 - Reguladores Internacionais

IV Dirceu Baraviera

SPV 8.9 – Projeto Setor

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Considerando a organização dos trabalhos constante da tabela acima e as responsabilidades de cada coordenador foi elaborada a matriz de responsabilidades com desdobramentos das propostas específicas em projetos e subprojetos, conforme apresentado a seguir, por bloco. BLOCO I – SRF

1. Projeto Fiscalização (item 8.1 do caderno de encargos)

• Apoiar a implementação de atividade de monitoragem em áreas de fronteira;

• Avaliação pós venda de equipamentos de telecomunicações;

• Pré-testes para localização das fontes de RFs e potenciais interferências;

• Procedimento de monitoragem do espectro sobre taxa de ocupação e uso eficiente do espectro;

• Aquisição de equipamentos para análise de área de cobertura e de redes de telecomunicações móveis;

• Realizar avaliações de cobertura e qualidade das redes de telecomunicações móveis;

• Estabelecimento de infraestrutura necessária para fiscalização;

• Aquisição e instalação de equipamentos portáteis, móveis, transportáveis e fixos para monitoração e análise espectral, com foco nas localidades de realização dos eventos e outros pontos estratégicos, incluindo zonas de fronteira e de grande fluxo turístico;

• Estabelecer na Anatel um modelo de infraestrutura de telecomunicações compatível com sistemas de controle de tráfego de última geração;

• Implementar na Anatel um novo sistema de radiomonitoragem para sistemas de comunicações via satélite;

• Prover o controle do espectro necessário à segurança dos transportes aeronáuticos, ferroviários, rodoviários e marítimos;

• Controlar o uso do espectro para o bom funcionamento das transmissões de tv e rádio;

• Mapa do território brasileiro, atualizado em função da faixa e uso do espectro;

• Manter a operacionalidade dos recursos e infraestrutura de fiscalização necessária às atividades durante todo o período considerado para os eventos.

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2. Projeto de Logística Operacional (item 8.2 do caderno de encargos)

• Estrutura desejada na Agência para atender as demandas, em especial recursos de transporte, telecomunicações e espaço físico;

• Credenciamento de pessoal antecipado e continuado;

• Processos e gerenciamento de logística eficiente;

• Deslocamento, alojamento de pessoal;

• Transporte de equipamentos e materiais. 3 - Projeto Administração do Espectro e Certificação (item 8.3)

• Prover os recursos de radiofreqüências necessárias para o atendimento as necessidades dos órgãos de segurança, de inteligência e forças armadas, viabilizando aplicações tais como: monitoramento de pessoas por reconhecimento facial e monitoramento de veículos;

• Atender às necessidades de radiofreqüências das emissoras que virão cobrir os eventos esportivos internacionais;

• Estabelecer os padrões de radiocomunicação para o funcionamento das aeronaves não tripuladas;

• Apoiar a implementação do transporte ferroviário, em particular do trem de alta velocidade, desenvolvendo os padrões de telecomunicações e radiocomunicação necessários;

• Auxiliar a implementação de redes smart grid, em particular pelo estabelecimento de padrões de telecomunicações e radiocomunicação, bem como estabelecer as condições necessárias para a implementação de redes de telecomunicações de baixo consumo de energia;

• Compatibilidade de espectro em várias localidades e várias situações, de modo a garantir o pleno funcionamento de todos os sistemas simultaneamente sem ocorrências de interferências prejudiciais.

4. Projeto para Organizadores e Demais Órgãos de Estado (item 8.7)

• Atenuar as barreiras burocráticas do Estado, facilitando ações de cooperação para execução de políticas sociais.

5. Projeto Encerramento (item 8.10)

• Relatório de encerramento das atividades.

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BLOCO II - SAD 1. Projeto Administração de Recursos Humanos Capacitação (item 8.5 do caderno

de encargos)

• Estimular capacitação do servidor para atividades técnicas de alta complexidade;

• Capacitar para operacionalizar as atividades de fiscalização relacionadas com o evento;

• Capacitar em idiomas;

• Procedimentos internos da Agência para uso eficiente dos recursos humanos;

• Estrutura e conteúdo dos cursos de capacitação. 2. Projeto Infraestrutura Tecnologia da Informação (item 8.8 do caderno de encargos)

• Evoluir o sistema de TI da Agência tornando-o integrado e atualizado com ferramentas de engenharia para apoio as atividades institucionais da Agência, em particular para as necessidades futuras da agência e para o atendimento aos eventos esportivos internacionais;

• Garantir documentação baseada em sistema paperless e registro on-line das atividades de campo;

• Sistemas legados;

• Interação para acompanhamento remoto em tempo real;

• Banco de Dados para sistema de monitoração de espectro;

• Atualização dos atuais sistemas interativos;

• Modelo de propagação;

• Rede virtual VPN;

• Acesso externo ao BD da Agência;

• Desempenho de velocidade, de e-mail e sistema de processamento;

• Dedicado SMP para Smart phone e tablets;

• Ferramentas para cálculo e análise de propagação e avaliação de campos eletromagnéticos;

• Integração entre monitoramento com SGME e de georreferenciamento.

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BLOCO III - AIN 1. Projeto Divulgação (8.4)

• Divulgar, via internet, as informações voltadas aos públicos leigo e especializado que participarão dos grandes eventos internacionais, nas línguas português, inglês e espanhol;

• Desenvolver um hotsite que servirá para todos os eventos;

• Divulgar, conscientizar e estimular o uso adequado dos serviços e da infraestrutura de telecomunicações.

2. Projeto Reguladores Internacionais

• Interação com reguladores internacionais de forma a contribuir com os demais projetos.

BLOCO IV – SPV Projeto Setor (8.9)

• Segurança de Infraestruturas Críticas de Telecomunicações;

• Disponibilização de roaming nas redes móveis brasileiras (Serviço Móvel Pessoal – SMP) para turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e a Copa das Confederações de 2013;

• Promover a implementação de redes 4G nas cidades sedes dos eventos esportivos internacionais;

• Massificação da oferta de Banda Larga no Brasil;

• Acesso banda Larga Sem Fio gratuito nas cidades sedes dos eventos esportivos internacionais;

• Promoção de medidas efetivas que proporcionem a oferta de capacidade espacial que atenda as necessidades do evento;

• Recursos de Numeração para eventos internacionais;

• Otimização do procedimento de expedição de licenciamento de estações associados aos diversos serviços de Telecomunicações;

• Levantamento da planta existente e futura das redes de fibra óptica nos locais dos eventos, tanto da FIFA quanto das outorgadas, avaliando as necessidades de ampliação, especialmente dos sistemas críticos;

• Acompanhamento da implementação e ativação da infraestrutura de telecomunicações da Copa do Mundo FIFA 2014, interligando os estádios, o International Broadcasting Center (IBC) e os gateways internacionais;

• Promover a ampliação do backbone internacional de acesso ao Brasil;

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• Acompanhar a implantação e cobertura da Televisão Digital em todas as sedes de eventos;

• Ampliar o acesso aos serviços de telecomunicações para atendimento às pessoas com deficiência.

9.3 - Resumo do Orçamento

Dados preliminares mostram que o impacto orçamentário, no período que antecede os grandes eventos internacionais, para viabilizar os projetos anteriormente descritos, é da ordem de R$ 200 (duzentos) milhões. A análise das necessidades de investimento e custeio decorrente da realização dos eventos internacionais de grande vulto ainda está sendo elaborada, mas é fundamental para decisões envolvendo o grau de participação da Anatel e o nível de qualidade esperado. O custo cada vez mais alto necessário para atender às exigências impostas pelas federações internacionais e a necessidade de financiamento público requerem bastante responsabilidade na preparação do orçamento, inclusive para evitar superestimativas. Existem vários fatores internos e externos que podem impactar a realização do cronograma dos projetos e estão sendo também mapeados pelas equipes, de forma que os riscos possam ser mensurados em termos financeiros, compondo uma estimativa ainda mais precisa. É importante que haja a alocação orçamentária adequada, em cada exercício dos anos que antecedem os grandes eventos, permitindo que os projetos discriminados possam ser iniciados e concluídos, sem que os mesmos disputem recursos com as ações da Anatel no exercício de suas atribuições legais.

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10. Considerações Finais Os aspectos relacionados à infraestrutura da Anatel deverão ser tratados em conjunto pelos responsáveis pelos projetos para evitar duplicidade de solicitações, economizar recursos e otimizar os processos de aquisição, quando houver sobreposição de atividades destinadas a uma mesma infraestrutura. Serão realizadas reuniões periódicas pelo grupo de trabalho estabelecido por meio de portaria, para tratar de assuntos específicos do programa. Haverá dois tipos de reunião, uma com participação exclusiva de servidores da Agência e outra com as entidades do setor, convidadas para contribuir com o plano. A periodicidade das reuniões internas será mensal, conforme estabelece a Portaria nº 470, de 2 de junho de 2011, mas os intervalos entre tais reuniões poderá ser reduzido de acordo com a conveniência. O Coordenador Geral definirá um comitê de visita que será responsável pelo levantamento de informações sobre os eventos internacionais de grande porte ocorridos e os que venham a ocorrer. Os projetos sob a responsabilidade dos coordenadores de cada bloco serão detalhados de acordo com regras estabelecidas pelo Escritório de Projetos da Gerência-Geral de Gestão da Informação (ADGI) e anexados ao presente Caderno de Encargos. Os detalhes de cronograma e orçamento também serão anexados ao Caderno à medida que sejam consolidados ou atualizados.

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Anexos

Bidding Agreement para a Copa do Mundo

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Lei nº 12035 de 1º de outubro de 2009 – Ato Olímpico

Institui o Ato Olímpico, no âmbito da administração pública federal, com a finalidade de assegurar garantias à candidatura da cidade do Rio de Janeiro a sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 e de estabelecer regras especiais para a sua realização, condicionada a aplicação desta Lei à confirmação da escolha da referida cidade pelo Comitê Olímpico Internacional.

O Vice-Presidente da República, no exercício do cargo de Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei institui o Ato Olímpico, no âmbito da administração pública federal, com a finalidade de assegurar garantias à candidatura da cidade do Rio de Janeiro a sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, denominados Jogos Rio 2016, e estabelecer regras especiais para a sua realização, condicionada a aplicação desta Lei à confirmação da escolha da referida cidade pelo Comitê Olímpico Internacional. Art. 2º Ficam dispensadas a concessão e a aposição de visto aos estrangeiros vinculados à realização dos Jogos Rio 2016, considerando-se o passaporte válido, em conjunto com o cartão de identidade e credenciamento olímpicos, documentação suficiente para ingresso no território nacional. § 1º Aos portadores do cartão de identidade e credenciamento olímpicos será vedado o exercício de qualquer outra função, remunerada ou não, além da ali estabelecida. § 2º A permanência no território nacional na condição estabelecida neste artigo será restrita ao período compreendido entre 5 de julho e 28 de outubro de 2016, podendo ser prorrogado por até 10 (dez) dias, desde que formalmente requerido à autoridade competente e por ela aceita, devendo acompanhar o respectivo requerimento manifestação emitida pelo Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016. Art. 3º Aos profissionais estrangeiros que ingressarem no território nacional fora do período previsto no § 2º do art. 2º e com a finalidade específica de atuar na estruturação, na organização, no planejamento e na implementação dos Jogos Rio 2016 será emitida permissão de trabalho isenta da cobrança de qualquer taxa ou demais encargos. Art. 4º O período de permissão de trabalho concedido variará de acordo com a categoria profissional de cada estrangeiro, bem como com a necessidade e a relevância de sua permanência, devida e expressamente justificadas pelo Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016.

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Parágrafo único. As permissões mencionadas no caput estarão restritas ao período compreendido entre outubro de 2009 e dezembro de 2016. Art. 5º O Poder Executivo poderá revisar instrumentos bilaterais e unilaterais, que tenham por objeto a utilização, de forma precária ou não, de bens, de imóveis ou de equipamentos pertencentes à União e a suas autarquias, indispensáveis à realização dos Jogos Rio 2016, assegurada a justa indenização, quando for o caso. Art. 6º As autoridades federais, no âmbito de suas atribuições legais, deverão atuar no controle, fiscalização e repressão de atos ilícitos que infrinjam os direitos sobre os símbolos relacionados aos Jogos Rio 2016. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, a expressão “símbolos relacionados aos Jogos 2016” refere-se a: I - todos os signos graficamente distintivos, bandeiras, lemas, emblemas e hinos utilizados pelo Comitê Olímpico Internacional - COI; II - as denominações “Jogos Olímpicos”, “Jogos Paraolímpicos”, “Jogos Olímpicos Rio 2016”, “Jogos Paraolímpicos Rio 2016”, “XXXI Jogos Olímpicos”, “Rio 2016”, “Rio Olimpíadas”, “Rio Olimpíadas 2016”, “Rio Paraolimpíadas”, “Rio Paraolimpíadas 2016” e demais abreviações e variações e ainda aquelas igualmente relacionadas que, porventura, venham a ser criadas dentro dos mesmos objetivos, em qualquer idioma, inclusive aquelas de domínio eletrônico em sítios da internet; III - o nome, o emblema, a bandeira, o hino, o lema e as marcas e outros símbolos do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016; e IV - os mascotes, as marcas, as tochas e outros símbolos relacionados aos XXXI Jogos Olímpicos, Jogos Olímpicos Rio 2016 e Jogos Paraolímpicos Rio 2016. Art. 7º É vedada a utilização de quaisquer dos símbolos relacionados aos Jogos Rio 2016 mencionados no art. 6º para fins comerciais ou não, salvo mediante prévia e expressa autorização do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 ou do COI. Art. 8º A vedação a que se refere o art. 7º estende-se à utilização de termos e expressões que, apesar de não se enquadrarem no rol de símbolos mencionados nesta Lei, com estes possuam semelhança suficiente para provocar associação indevida de quaisquer produtos e serviços, ou mesmo de alguma empresa, negociação ou evento, com os Jogos Rio 2016 ou com o Movimento Olímpico. Art. 9º Ficam suspensos, pelo período compreendido entre 5 de julho e 26 de setembro de 2016, os contratos celebrados para utilização de espaços publicitários em aeroportos ou em áreas federais de interesse dos Jogos Rio 2016, na forma do regulamento.

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Parágrafo único. Os futuros instrumentos contratuais, oriundos de processos licitatórios ou não, com o mesmo objeto referido no caput, deverão conter cláusula prevendo a suspensão nele referida. Art. 10. A suspensão mencionada no art. 9º está condicionada a requerimento do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, devidamente fundamentado, com antecedência mínima de 180 (cento e oitenta) dias, com faculdade de opção de exclusividade na utilização dos referidos espaços publicitários, a preços equivalentes àqueles praticados em 2008, devidamente corrigidos monetariamente. Parágrafo único. A prerrogativa de adquirir os referidos espaços publicitários constante do caput poderá ser transferida pelo Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 a quaisquer empresas ou entidades constantes do rol de patrocinadores e colaboradores oficiais do COI e do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016. Art. 11. Serão aplicadas, sem reservas, aos Jogos Rio 2016 todas as disposições contidas no Código da Agência Mundial Anti-Doping - WADA, bem como nas leis e demais regras de antidoping ditadas pela WADA e pelos Comitês Olímpico e Paraolímpico Internacionais vigentes à época das competições. Parágrafo único. Havendo conflito entre as normas mencionadas no caput e a legislação antidoping em vigor no território nacional, deverão as primeiras prevalecer sobre esta última, específica e tão somente para questões relacionadas aos Jogos Rio 2016. Art. 12. O Governo Federal, observadas a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e as responsabilidades definidas em instrumento próprio, promoverá a disponibilização para a realização dos Jogos Rio 2016, sem qualquer custo para o seu Comitê Organizador, de serviços de sua competência relacionados, entre outros, a: I - segurança; II - saúde e serviços médicos; III - vigilância sanitária; e IV - alfândega e imigração. obs.dji.grau.1: Normas de Finanças Públicas Voltadas para a Responsabilidade na Gestão Fiscal - Lei de Responsabilidade Fiscal - LC-000.101-2000

Art. 13. Fica assegurada a disponibilização de todo o espectro de frequência de radiodifusão e de sinais necessário à organização e à realização dos Jogos Rio 2016, garantindo sua alocação, gerenciamento e controle durante o período compreendido entre 5 de julho e 25 de setembro de 2016. § 1º A disponibilização de que trata o caput será assegurada às seguintes instituições e pessoas físicas: I - Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016; II - Comitê Olímpico Internacional; III - Comitê Paraolímpico Internacional; IV - federações desportivas internacionais; V - Comitê Olímpico Brasileiro;

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VI - Comitê Paraolímpico Brasileiro; VII - comitês olímpicos e paraolímpicos de outras nacionalidades; VIII - comitês organizadores de outras nacionalidades; IX - entidades nacionais e regionais de administração de desporto olímpico ou paraolímpico; X - mídia e imprensa credenciadas para os Jogos Rio 2016, inclusive transmissores de rádio e de televisão; XI - patrocinadores e demais parceiros dos Jogos Rio 2016; XII - fornecedores de serviços e produtos destinados à organização e à realização dos Jogos Rio 2016; e XIII - atletas credenciados para os Jogos Rio 2016. § 2º Exclusivamente durante o período a que se refere o caput e para a finalidade de organização e realização dos Jogos Rio 2016, o uso de radiofrequências pelas entidades e pessoas físicas enumeradas no § 1º será isento do pagamento de preços públicos e taxas ordinariamente devidos. § 3º A disponibilização de radiofrequência prevista no caput não incluirá as faixas de uso militar e aeronáutico. Art. 14. O Poder Executivo editará as normas complementares que se façam necessárias para a realização dos Jogos Rio 2016, inclusive no que se refere: I - aos serviços públicos de competência federal; e II - à adoção de ações afirmativas para garantir a reprodução da diversidade étnica brasileira nas diversas atividades relacionadas aos Jogos Rio 2016. Art. 15. Fica autorizada a destinação de recursos para cobrir eventuais défices operacionais do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, a partir da data de sua criação, desde que atenda às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e esteja prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. Parágrafo único. Os Ministérios do Esporte, do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda serão ouvidos, previamente, diante de cada solicitação de destinação de recursos ao Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016. Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir do dia 2 de outubro de 2009, observada a condição estabelecida no art. 1º, e vigerá até 31 de dezembro de 2016.