caderno de cultura de belo horizonte

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Caderno de Cultura de Belo Horizonte

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Page 1: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

Caderno de Culturade Belo Horizonte

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Page 2: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

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Page 3: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

Caro estudante,

O Programa Floração é uma das muitas iniciativas da Prefeitu-ra de Belo Horizonte, para fazer de nossa cidade uma Cidade Educadora. Cidade Educadora é aquela que tem muitos luga-res para aprender, muitos jeitos de ensinar, muitas linguagens a serem exploradas e onde os espaços físicos da cidade (praças, clubes, museus, ruas, igrejas, teatros, cinemas) se abrem para que os estudantes e suas famílias possam viver novas experiên-cias de aprendizado que vão muito além dos muros da escola.

Em uma Cidade Educadora, além dos espaços físicos, os even-tos, as atividades e a própria história da cidade se abrem para serem descobertos, como se a cidade fosse um grande livro, em que as ruas viram páginas, as pessoas viram personagens e todos nós (e os que vieram antes de nós) somos os grandes autores da vida na cidade.

Para contribuir com cada um de vocês na descoberta e na ex-periência de Belo Horizonte como uma Cidade Educadora é que este caderno foi elaborado. Nele, vocês vão conhecer um pouco mais da história e da cultura de Belo Horizonte e o nos-so principal objetivo e desejo é que vocês possam andar pelas ruas da cidade e aprender com esse caminhar, mas, principal-mente, se reconhecer como participante ativo da história e da cultura que faz de nossa cidade um Belo Horizonte.

Um abraço,

Macaé Maria EvaristoSecretária Municipal de Educação de Belo Horizonte

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Page 4: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

Entendendo nossa trilha:

Este é o início de um prazeroso passeio que faremos juntos.

Neste Caderno, você irá percorrer alguns caminhos da História e da Cultura do Brasil e do Estado de Minas Gerais e entrará na cidade de Belo Horizonte.

Em suas páginas, você encontrará algumas informações com diferentes cores.

O guia de cores explicado abaixo o(a) ajudará a entender me-lhor essas informações.

DESTAQUES são textos pequenos apontados em violeta, que se referem ao texto principal e podem complementá-lo.

CURIOSIDADES são informações em laranja, que podem ser interessantes e estimular a imaginação.

DICAS DE LUGARES PARA FREQUENTAR são fornecidas em azul. Nelas, você vai descobrir muitos motivos para curtir Belo Horizonte.

FIQUE LIGADO! Pense sobre sua cidade, organize seu pro-grama, observando as dicas em vermelho.

QUEM É QUEM? Sempre que você encontrar nomes em verde significa que são pessoas que se tornaram importantes para a História e a Cultura de Belo Horizonte. Nas últimas pá-ginas, você poderá conhecer melhor suas biografias.

Você é mais um personagem dessa história. Deixe sua marca, vivendo apaixonadamente sua cidade. Solte a imaginação, criando seu percurso nas trilhas deste caderno...

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Page 5: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

O que é cultura? .......................................................................... 8

Cultura no Brasil ........................................................................ 12

Um gigante no coração do Brasil ............................................ 14 Regiões de Minas Gerais .............................................. 18 “Minas são muitas”: a cultura em Minas Gerais .........30 Nasce um patrimônio da humanidade ........................33

A cidade de Belo Horizonte .....................................................42

O jeito de ser e fazer cultura em Belo Horizonte ...................52 A comida ........................................................................58 As festas .........................................................................60 As brincadeiras .............................................................. 61 Os falares .......................................................................62 As artes ..........................................................................63

A cidade é sua ...........................................................................66 Nas trilhas da cultura .....................................................66 Museus ...........................................................................68 Circuitos culturais ..........................................................73 Centros de cultura ........................................................ 75

Quem é quem? - Biografias ..................................................... 76

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Page 7: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

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Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte

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Page 8: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

Na sua origem latina, a palavra “Cultura” designa a ação de cuidar; é a “soma das informações e conhecimentos de uma pessoa, ou de um grupo social”; “forma das tradições e valores intelectuais, morais, espirituais (de um lugar ou período específico); civilização”; “complexo de atividades, instituições, padrões sociais ligados à criação e difusão das artes e das ciências”; “o desenvolvimento das faculdades sociais, morais e intelectuais por meio da educação”; “a atividade artística ou intelectual e os trabalhos produzidos por essas atividades”; “um estilo de expressão artística ou social peculiar a uma sociedade” e “um alto grau de gosto e refinamento adquirido através de treino intelectual”.

(AURÉLIO, 2004.)

Detalhe de indumentária Maxakali

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CURIOSIDADE

O ladrilho hidráulico é um revestimento para decoração de ambientes de feitio artesanal. Tem sua origem na Europa do século IV, onde decorava castelos e palácios. Popularizou-se no século XIX. No Brasil, começou a ser muito utilizado a par-tir do século XX, e sua fabricação continua sendo artesanal.

ANTROPóLOGOS

Estudam a origem, a evolução e o desenvolvimento físico, ma-terial e cultural dos grupos humanos. Eles estudam a cultura em todos os seus aspectos.

(HOUAISS, 2009.)

A cultura é definida pelos antropólogos como um conjunto de representações sociais, ou das formas de um povo pensar, fazer e se expressar. Ou seja, tudo o que criamos, todos os produtos do trabalho e do pensamento das pessoas, característicos de uma comunidade e de uma população, é cultura.

Cerâmica do Vale do Jequitinhonha

Ladrilho hidráulico português

Jardim do Museu de Arte da Pampulha, paisagismo de Roberto Burle Marx

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Todos nós temos direito à cultura, que é reconhecido por lei na nossa Constituição Federal de 1988. Essa lei é importante para garantir o direito à memória, à inclusão dos diversos gru-pos sociais e à afirmação da cidadania.

CONSTITUIçãO FEDERAL BRASILEIRA DE 1988

“O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará a valorização e a difusão das manifestações culturais.”

“O Estado protegerá as manifestações das culturas popula-res, indígenas e afro-brasileiras, e de outros grupos partici-pantes do processo civilizatório.”

“A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.”

A cultura de um povo é sempre viva e se modifica constan-temente ao circular entre as comunidades, por isso o acesso aos espaços culturais (escolas, arquivos, bibliotecas, museus, lugares de memórias, cinemas, teatros, etc) deve ser oferecido a todos, alimentando o processo criativo e produtivo da socie-dade e a sua riqueza cultural.

A cultura que conhecemos no nosso convívio recebeu a con-tribuição do modo de ser, de fazer e de pensar dos nossos antepassados ao longo da História e continua recebendo as contribuições de nossa forma de pensar e estar nestes tem-pos. O jeito de nos relacionarmos com os outros, a maneira como cozinhamos os alimentos, o estilo de roupa que usamos, as crenças e valores e até a forma como falamos fazem parte da nossa identidade cultural.

Ervas medicinais de tradição popular – Mercado Central

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IDENTIDADE CULTURAL

“A identidade cultural é uma riqueza que dinamiza as possibilidades de realização da espécie humana, ao mobilizar cada povo e cada grupo a nutrir-se de seu passado e a colher contribuições externas compatíveis com a sua especificidade e continuar, assim, o processo de sua própria criação”.

(UNESCO, 1985)

A identidade de cada povo se constrói no contato, na troca de informações, valores, hábitos e costumes entre pessoas, co-munidades, cidades e regiões. Nos dias atuais, esses contatos são intensos e ocorrem em grande velocidade, com a partici-pação dos meios de comunicação, especialmente os digitais (e-mails e redes sociais). Neles acontecem os encontros entre os navegadores que estabelecem contatos com novas infor-mações, conhecimentos, saberes e produtos que derrubam fronteiras nacionais, étnicas, políticas, econômicas, sociais ou de qualquer outro tipo.

Nessa relação, os indivíduos não ficam limitados ao seu univer-so cultural. Conhecem pessoas de todos os lugares do mun-do, dialogam sobre suas vidas, seus hábitos, suas preferências musicais, artísticas, políticas, veiculam imagens, fotos, discu-tem sobre o passado, presente e futuro e, assim, atravessam distâncias geográficas e acabam por promover a diversidade cultural. Nossas identidades, a cada dia, são plurais; então, de agora em diante, falaremos sempre em identidades, no plural. A Declaração do México sobre a diversidade cultural (docu-mento organizado durante o encontro da UNESCO em 2002) traduz a ideia de cultura como algo vivo, em permanente mo-vimento de transformação.

DIvERSIDADE CULTURAL

“A cultura adquire formas diversas através do tempo e do es-paço. Essa diversidade se manifesta na originalidade e na plu-ralidade de identidades que caracterizam os grupos sociais e as sociedades que compõem a humanidade; fonte de inter-câmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é, para o gênero humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza [...].”

(UNESCO, 2002)

CURIOSIDADE

Para a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Edu-cação, a Ciência e a Cultura), a diversidade cultural e a natural constituem os maiores bens coletivos da humanidade.

Salão de Beleza Afro. Exemplo da influência do movimento afirmativo em BH

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Na construção da história e da cultura brasileira, a presen-ça de diferentes povos propiciou o que hoje existe de mais bonito e rico como referência do nosso povo: a diversidade. Assim, as trocas culturais que ocorreram no Brasil (e ocorrem ainda), entre os indivíduos de origem indígena, portuguesa, africana, holandesa, italiana, japonesa, suíça, francesa, entre outras origens, se conjugam e expressam as tradições e as transformações que ocorrem nesse país. Com as profundas e constantes mudanças do mundo atual, as culturas se ma-nifestam hoje como resultado das inter-relações entre esses diferentes indivíduos e grupos sociais. No Brasil de hoje, o multiculturalismo é valorizado e reconhecido como impor-tante riqueza do cenário cultural brasileiro.

MULTICULTURALISMO

“Coexistência de várias culturas no mesmo território, país.”

(HOUAISS, 2009.)

Mas nem sempre foi assim. Nos tempos do Brasil Colônia e do Império, a cultura dos europeus era imposta pelos coloniza-dores e reconhecida como superior e melhor do que as outras culturas presentes em nosso território. A partir da República, as diversas contribuições culturais começaram a ser estudadas e valorizadas. Muitos intelectuais, políticos e artistas iniciaram movimentos em busca da identidade nacional, visando ao for-talecimento da independência cultural do Brasil em relação ao domínio europeu, para construir e consolidar a identidade da nação brasileira. Nessa época, a cultura no Brasil era pensada como um todo unificado.

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A história tem mostrado que, no passado, a cultura foi marcada pelo processo de exclusão, fruto da colonização, que trou-xe conflitos nesse encontro entre os diferentes povos. Hoje, a diversidade cultural é reconhecida pela lei maior da nação, e precisa ser respeitada e valorizada como um bem coletivo precioso do nosso território. Essa valorização é muito importante para a sobrevivência das diversas referências culturais.

Manifestação do Congado. Vargem Grande, Santana do Riacho-MG

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Page 14: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

No século XVI, os bandeirantes iniciaram a ocupação da re-gião que hoje constitui o território de Minas Gerais, em busca da exploração de ouro e pedras preciosas, além da força de trabalho e dos conhecimentos das populações indígenas so-bre os territórios explorados.

A história de Minas Gerais é fortemente marcada pela extra-ção mineral na região das minas que, entre os séculos XVII e XVIII, foi palco de intensa produção artística, mas também de históricos conflitos, tudo em decorrência das riquezas geradas pela mineração.

No início do século XVIII, Mariana se tornou a capital de Mi-nas Gerais, mas foi logo substituída por Vila Rica, que hoje é chamada de Ouro Preto. Nesse período, foram descobertas importantes reservas de ouro no território de Minas Gerais, o que provocou um forte movimento migratório para a região, inclusive com a importação dos grandes contingentes de grupos humanos escravizados, originários das várias nações africanas. Ainda no século XVIII, entre 1707 e 1709, ocorreu um grande conflito armado - Guerra dos Emboabas-, envol-vendo paulistas e portugueses que lutavam por direitos so-bre o território mineiro e reivindicavam a concessão de terras e minas para explorar.

CURIOSIDADE

No século XVIII, a língua Tupi era muito presente no Brasil. A palavra “Emboabas”, nessa língua, significa “pássaro de pés emplumados.” Era esse o apelido dado pelos bandeirantes paulistas, que exploravam as minas, aos imigrantes de várias partes do Brasil e aos portugueses que lutavam pelo direito de explorá-las também e que ocupavam a maior parte dessa região. No final da guerra, houve um massacre. Muitos pau-listas foram mortos e os que ficaram vivos foram expulsos do território mineiro.

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Mapa histórico da Época Colonial - MG

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INCONFIDêNCIA MINEIRA

Articulação de grandes e pequenos proprietários rurais, in-telectuais, clérigos e militares que pretendiam libertar o Bra-sil do domínio português e foi denunciada em 1789. A frase Libertas quae sera tamen (que se traduz Liberdade ainda que tardia), inscrita na bandeira de Minas Gerais, foi escolhida pe-los inconfidentes como legenda para a bandeira da república que desejavam criar.

Apesar das enormes riquezas da região das minas, depois de algumas décadas de exploração, a produção do ouro co-meçou a cair e Portugal impôs formas mais rígidas de arreca-dação de impostos, gerando um grande descontentamento, que acabou por motivar uma das insurreições do Brasil Co-lônia, a Inconfidência Mineira. Neste levante, o inconfidente de nome José Joaquim da Silva Xavier se tornou um per-sonagem importante para a história da República. Ele ficou conhecido por Tiradentes.

No século XIX, durante a República Velha, houve a introdução da cafeicultura em Minas Gerais e em outras regiões do Brasil. Nesse mesmo período, Minas Gerais se tornou um grande produtor de leite e o Estado de São Paulo, o maior produtor de café. Esses dois gigantes da economia se associaram na chamada política do café com leite, que tinha como susten-tação o poder e a riqueza das elites locais, o grande número de deputados eleitos por Minas e São Paulo e o coronelismo.

Estátua de Tiradentes - Praça Tiradentes - BH

Detalhe da colheita do café - Serra da Canastra

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Com o fim da República Velha, no século XX, em 1930, tem início o Governo de Getúlio vargas. Nesse período, o Estado de Minas continuou a crescer economicamente e se destacou no cenário cultural brasileiro. Algumas das cidades históricas de Minas Gerais, como Ouro Preto, Diamantina e Congonhas do Campo, foram reconhecidas nacionalmente como impor-tantes referências da história e da cultura brasileiras. Mais adiante, nas trilhas deste Caderno, você vai saber um pouco mais sobre essa história.

POLíTICA DO CAFÉ COM LEITE

Foi o nome dado ao acordo político entre as oligarquias (go-verno representativo de poucos) dos Estados de São Paulo e Minas Gerais com o Governo Federal para controlar o pro-cesso sucessório à Presidência da República. Nesse acordo, somente mineiros e paulistas podiam ser eleitos para a Presi-dência. O nome café-com-leite derivava das principais ativi-dades econômicas dos Estados de São Paulo, o maior produ-tor de café, e de Minas Gerais, que, além de grande produtor de café, era o maior produtor de leite do país. Uma crise na produção do café forçou o Estado de São Paulo a romper com o acordo e Minas Gerais reagiu, aderindo à Revolução de 1930, que pôs fim a Primeira República, chamada de Re-pública Velha.

CORONELISMO

Prática política e social que aconteceu no meio rural, nas pequenas cidades no interior do Brasil durante a Primeira República (1889-1930), na qual os coronéis (grandes proprietários rurais, ricos fazendeiros) detinham o poder econômico, social e político.

(HOUAISS, 2009.)

Na atualidade, Minas Gerais ocupa algumas das melhores po-sições econômicas do país. As produções de minérios de fer-ro, como o nióbio, de ouro, de aço e de cimento juntam-se a outras importantes cadeias produtivas, alimentando as expor-tações e as indústrias no estado. Esse movimento econômico dá a Minas Gerais a posição de segundo maior estado indus-trializado do Brasil. O estado produz, ainda, metade de toda a safra brasileira de café, tem o segundo maior rebanho do país e está entre os maiores fornecedores nacionais de produtos agrícolas. A associação de uma indústria forte e desenvolvida à tradição agropecuária transformou Minas Gerais em um gi-gante da economia nacional.

Investigue e conheça um pouco mais sobre esse Gigante no coração do Brasil: www.mg.gov.br

CURIOSIDADE NIóBIO: MINÉRIO DE FERRO

O Nióbio é um minério encontrado abundantemente no solo da região de Araxá, onde está a sede da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), uma empresa nacional que extrai, processa, fabrica e comercializa produtos à base de nióbio. Está, então, na histórica cidade mineira, uma das três minas de nióbio no mundo, ou seja, o maior complexo minero-industrial de nióbio, responsável por 75% da produ-ção mundial do minério. Entre muitas outras finalidades, a aplicação mais importante do nióbio é no beneficiamento do aço usado na fabricação de automóveis, de foguetes, mísseis, turbinas para aeronaves, de instrumentos cirúrgicos e, ainda, na fabricação de artigos de beleza e produção de joias. Para você saber um pouco mais sobre a presença desse minério no Estado de Minas, busque:

http://www.comig.com.br/site/content/parcerias/parcerias_detalhe.asp?id=37.

Detalhe do fruto do cafezeiro - Serra da Canastra

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Regiões de Minas Gerais

Oeste Sul

A região Oeste Sul, que faz fronteira com o Estado de São Paulo, ficou conhecida pela produção do café, mas o clima, o solo e relevo também favorecem a atividade agropecuária. No tempo de Colônia, foi passagem obrigatória dos bandeirantes paulistas que procuravam ouro e pedras preciosas. A partir do século XX, acolheu italianos, sírio-libaneses, franceses e japoneses, entre outros. Hoje, apresenta uma refinada diversidade de produtos culturais, como os famosos cristais de Murano, objetos decorativos, utensílios em madeira, bambu, cestarias, com destaque para a confecção de malhas da cidade de Monte Sião.

Minas Gerais é o maior estado do Sudeste do Brasil, com 586.528 km² de área. Limita-se com São Paulo (sul e sudeste), Rio de Janeiro (sudeste), Mato Grosso do Sul (oeste), Goiás e Distrito Federal (noroeste), Espírito Santo (leste) e Bahia (nor-te e nordeste). Com uma população de 20.033.665 milhões de habitantes (10% do total nacional), o estado tem atual-

mente 853 municípios organizados em diferentes regiões. Possui clima tropical, com temperatura média anual de 21°C.

http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/9940-dados-gerais-minas/5681-dados-gerais/5146/5044#conteudo

Paisagem da região Oeste Sul de MG

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ENTRE NESSA TRILHA DO CIRCUITO TURíSTICO DA REGIãO OESTE SUL : http://www.descubraminas.com.br/Turismo/Circuito.aspx

Circuitos turísticos da região café Oeste SulCircuito Terras Altas da MantiqueiraCircuito Montanhas da MantiqueiraCircuito das ÁguasCircuito Caminhos do Sul de MinasCircuito Serras verdes do Sul de MinasCircuito das Malhas do Sul de MinasCircuito Caminhos GeraisCircuito Grutas e Mar de MinasCircuito Nascentes das GeraisCircuito Vale Verde e Quedas d’ÁguaCircuito Montanhas Cafeeiras de MinasCircuito Fernão Dias - Queijos de Minas

CIRCUITO SERRAS vERDES DO SUL DE MINAS

É formado pelas localidades: Bom Repouso, Brazópolis, Bue-no Brandão, Cachoeira de Minas, Camanducaia, Cambuí, Conceição dos Ouros, Consolação, Córrego Bom Jesus, Es-tiva, Extrema, Gonçalves, Itapeva, Munhoz, Paraisópolis, Pou-so Alegre, Sapucaí Mirim, Senador Amaral, Tocos do Mogi e Toledo. A região tem paisagens exuberantes e clima ameno.

CIRCUITO NASCENTES DAS GERAIS

É formado pelas localidades: Capitólio, Carmo do Rio Claro, Cássia, Delfinópolis, Guapé, Ibiraci, Itaú de Minas, Passos, Pratápolis, São João Batista do Glória. Algumas dessas cida-des têm sua origem no século XVIII, com a mineração; outras surgiram da ocupação de terras para a agricultura no século XIX, como é o caso da cidade de Cássia.

CIRCUITO DAS ÁGUAS

É formado pelas localidades: Baependi, Cambuquira, Campanha, Carmo de Minas, Caxambu, Conceição do Rio Verde, Heliodora, Lambari, São Lourenço, Soledade de Minas e Três Corações. As águas desses lugares são conhecidas pelo poder medicinal que possuem. Além dessa preciosidade das águas, essas cidades são famosas por serem simpáticas, acolhedoras e agradáveis.

Vista da cidade de Lambari-MG

Fonte de água mineral

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Central Mineradora

A região Central Mineradora tem clima frio e seco, é marcada por grandes altitudes e vales profundos e estreitos, muito co-nhecida pelos recursos naturais de seu subsolo. No passado colonial, foi passagem de mascates e pessoas ligadas ao po-der oficial. Foi também pouso de comerciantes, trabalhadores, escravos, indígenas, ciganos, entre outros grupos que ali se estabeleceram, construindo a diversidade local.

Nessa região, combinam-se o ruralismo herdado do Período Colonial com alguns aspectos urbanos característicos das ci-dades que se desenvolvem na atualidade. As atividades indus-triais e agropecuárias promovem uma intensa exploração das riquezas locais, o que resulta em desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda. Por outro lado, uma preocu-pação das autoridades é a ameaça constante à riqueza am-biental da região, pois, como é comum, as cidades em desen-volvimento sofrem com a ocupação desordenada do espaço, desmatamento, e má utilização dos recursos hídricos, entre outros problemas.

MASCATE

“Ambulante, vendedor que oferece mercadorias em domicílio.”

(HOUAISS, 2009.)

A produção cultural regional é intensa e inclui os famosos obje-tos de pedra sabão, cobre e estanho, assim como as esculturas em madeira e os belos tapetes de pita. Também são famosas a renda turca, os objetos em couro das culturas rurais da selaria e as louças Saramenhas, herança do Mestre Bitinho. São artes preservadas que traduzem a presença das muitas referências culturais herdadas no processo migratório dessa região.

Objetos decorativos em pedra sabão

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ENTRE NESSA TRILHA DO CIRCUITO TURíSTICO DA REGIãO CENTRAL MINEIRADORA: http://www.descubraminas.com.br/Turismo/Circuito.aspx

Circuito do OuroCircuito Trilha dos InconfidentesCircuito das GrutasCircuito Verde - Trilha dos BandeirantesCircuito vilas e Fazendas de MinasCircuito Campos das VertentesCircuito Parque Nacional da Serra do CipóCircuito de Belo Horizonte

CIRCUITO DO OURO

É formado pelas localidades: Ouro Preto, Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, Bom Jesus do Ampa-ro, Caeté, Catas Altas, Congonhas, Itabira, Itabirito, Mariana, Nova Era, Nova Lima, Ouro Branco, Piranga, Raposos, Rio Aci-ma, Sabará, Santa Bárbara e Santa Luzia. A história da região foi marcada pelo descobrimento do ouro no final do século XVII, o que deu origem ao aparecimento de muitos povoa-dos. Alguns desses povoados se tornaram vilas, que depois se tornaram cidades importantes da nossa história. Hoje, al-gumas dessas cidades guardam uma preciosa arquitetura e ricos tesouros em obras de arte construídos por artistas como Antônio Francisco Lisboa - o Aleijadinho, Manuel da Costa Athaíde, entre outros.

CIRCUITO vILAS E FAzENDAS DE MINAS

É formado pelas localidades: Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni, Itaverava, Queluzito, Rio Espera e Senhora de Oliveira. Esta região sur-giu no século XVIII, com as expedições dos bandeirantes em busca de riquezas e de terras para conquistar e povoar. As-sim, foram surgindo muitas fazendas, em um rico e belo terri-tório coberto por montanhas, rios, cachoeiras e cercado pela exuberante Mata Atlântica.

CIRCUITO DE BELO HORIzONTE

É formado pelo complexo da Lagoa da Pampulha, pelos está-dios Mineirão, Mineirinho, pelo interessante Jardim Zoológi-co, pela Praça da Liberdade, a Praça do Papa e muitas outras. Também fazem parte do circuito, os museus, os centros cultu-rais, os parques, os jardins, o Mercado Central, as bibliotecas, os arquivos públicos e as feiras. Alguns desses espaços você vai trilhar nesse percurso que estamos fazendo. Aguarde! Logo mais iremos entrar no capítulo “A cidade é sua.”

Vista da cidade de Ouro Preto

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Nordeste Mineiro

No Nordeste Mineiro, um rico meio ambiente possibilita a con-vivência da caatinga com o cerrado e os campos naturais. Na bacia do Médio Jequitinhonha, há longos períodos de estia-gem que transformam a paisagem verde em vegetação seca.

Nos séculos XVIII e XIX, houve intensa atividade mineradora na região, também marcada pela presença de grupos indígenas. A herança cultural indígena, de grupos como os Maxakali, está expressa na rica cerâmica, nas coberturas de sapé, nas danças, nas indumentárias. A herança cultural indígena também está presente na alimentação e nos vocábulos usados para nomear rios, cidades e localidades. Toda sorte de artefatos decorati-vos e utilitários construídos com pedras locais evocam a ati-vidade mineradora que sempre atraiu para essa região muita gente de diversos lugares.

Hoje, a principal fonte de economia da região relaciona as mo-dernas atividades de pecuária extensiva e plantação de eu-caliptos com antigas tradições de pesca e agricultura de sub-sistência. Ainda ocorrem a exploração do minério de ferro e o garimpo de pedras preciosas e semipreciosas no Nordeste Mineiro, mas são as formas de cultivo, os hábitos alimentares e uma rica produção artesanal ligada ao extrativismo vegetal (cestarias e trançados) que alimentam a cultura da região.

CURIOSIDADE

No Vale do Jequitinhonha, a confecção dos objetos em cerâmi-ca é artesanal: a coleta do barro, a modelagem, as ferramentas, o forno, a queima, a pintura. Até mesmo as tintas são produzi-das pelos artesãos. A partir da mistura do barro com pedras da região, surgem os tons de rosa, o marrom e o vermelho.

http://www.redeaplmineral.org.br/noticias/destaque-1/ceramica-do-vale-do-jequitinhonha-e-atracao-na-feira-de-belo-horizonte/

ENTRE NESSA TRILHA DO CIRCUITO TURíSTICO DA REGIãO NORDESTE MINEIRO: http://www.descubraminas.com.br/Turismo/Circuito.aspx

Circuito dos Diamantes Circuito Guimarães RosaCircuito Trilhas do Rio DoceCircuito Lago do IrapéCircuito Serra Geral do Norte de Minas Circuito Sertão GeraisCircuito das Pedras PreciosasCircuito Caminhos dos Rios da Serra do Espinhaço

Dança Maxakali

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CIRCUITO GUIMARãES ROSA

É formado pelas localidades de Araçaí, Buritizeiro, Corinto, Curvelo, Inimutaba, Morro da Garça, Pirapora, Presidente Juscelino, entre outras. Segundo registros do SENAC-MG, este é o “primeiro Circuito Turístico baseado em Literatura e retrata no sertão mineiro, os cenários da obra e da vida de João Guimarães Rosa”. Adiante, você encontrará um mapa que representa essas localidades e que traz algumas infor-mações importantes. Faça uma viagem por ele, mergulhe no sonho, na ficção, na fantasia, na imaginação... A Geografia, a História, a Cultura e a Literatura acompanharão você nesse curioso e desafiante percurso.

CIRCUITO SERRA GERAL DO NORTE DE MINAS

É formado pelas localidades de Catuti, Espinosa, Gamelei-ras, Jaíba, Janaúba, Mamonas, Mato Verde, Monte Formoso, Montezuma, Nova Porteirinha, Pai Pedro, Porteirinha, Rio Par-do de Minas, Riacho dos Machados, Santo Antônio do Retiro, Serranópolis de Minas e Verdelândia, que oferecem belos ce-nários, de grande riqueza ambiental.

CIRCUITO DAS PEDRAS PRECIOSAS

Fazem parte deste Circuito as cidades de Água Boa, Angelân-dia, Capelinha, Caraí, Carlos Chagas, Itamarandiba, Itambacu-ri, Jenipapo de Minas, Ladainha, Minas Novas, Nanuque, Novo Cruzeiro, Padre Paríso e Teófilo Otoni. Elas são famosas pela beleza do artesanato, das flores e pelo sabor delicioso da car-ne do sol. A região é cercada pelos relevos montanhosos na-turais da Serra dos Aymorés, que com os rios Mucuri e Jequi-tinhonha formam lindas paisagens e e belíssimas cachoeiras.

Interior da Basílica São Geraldo, Curvelo-MG

Interior da Basílica São Geraldo, Curvelo-MG

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Sanfranciscana

Área formada pelo entorno do rio São Francisco, a qual corres-ponde ao território imortalizado nas obras literárias de João Guimarães Rosa.

No Período Colonial, o rio São Francisco possibilitava a co-municação entre o Sudeste da mineração e o Nordeste açu-careiro. Nesse vale, desde o século XVIII, estabeleceram-se muitas fazendas de gado, onde mascates vendiam diversos bens destinados à população local. Com a extensão da produção da cana-de-açúcar na Zona da Mata nordestina, surgiu um intenso comércio que movimentou as trocas cul-turais na região.

Por causa da relação histórica com o Nordeste, o modo de vida das populações ribeirinhas dessa região de Minas Gerais é, em muitos aspectos, semelhante ao modo do sertanejo nor-destino. É comum encontrar na região Sanfranciscana os faze-res de tecelagem manual, como as delicadas rendas de bilro, de influência portuguesa, e os utensílios e objetos trançados em palha de bananeira. As celebrações populares se fazem nas rodas de São Gonçalo, nas cantorias dos barranqueiros, nas festas juninas tradicionais, nas histórias encenadas pelos contadores de casos, nos encontros das Folias de Reis e Reisa-dos. As famosas carrancas continuam atravessando o grande rio e, junto com elas, circulam os sabores da culinária nordes-tina. Toda essa riqueza cultural flui à beira do “Velho Chico”.

Carrancas do Rio São Francisco

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ENTRE NESSA TRILHA DO CIRCUITO TURíSTICO DA REGIãO SANFRANCISCANA: http://www.descubraminas.com.br/Turismo/Circuito.aspx

Circuitos Turísticos da Região Sanfranciscana MineiraCircuito das Pedras PreciosasCircuito Guimarães RosaCircuito Noroeste das GeraisCircuito Serra do Cabral Circuito Sertão GeraisCircuito Urucuia Grande SertãoCircuito velho Chico

CIRCUITO NOROESTE DAS GERAIS

É formado pelas localidades de João Pinheiro, Lagoa Grande, Paracatu, Unaí e Santa Fé de Minas, onde se encontra grande diversidade natural.

CIRCUITO SERTãO GERAIS

Capitão Enéas, Glaucilândia, Ibiaí, Itacambira, Juramento, La-goa dos Patos, Montes Claros, Olhos d’ Água, São João do Pacui formam uma região que tem características bem serta-nejas e tradições nordestinas.

CIRCUITO vELHO CHICO

Bonito de Minas, Itacarambi, Lontra, Manga, Montalvânia, Pedras de Maria da Cruz e São Francisco desenham um de-licioso serpenteado entre as belezas do segundo maior rio brasileiro, o Rio São Francisco.

Revoada de garças às margens do “Velho Chico”

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Triângulo Mineiro

O Triângulo Mineiro faz limite com os Estados de São Paulo e Goiás e se localiza entre dois importantes rios do Sudeste, o Rio Grande e o Rio Parnaíba, onde se encontram suas principais cidades, Uberaba e Uberlândia.

Essa região foi desbravada no século XVIII por bandeirantes que trilharam um caminho até o Mato Grosso. Os exploradores esta-vam interessados na força de trabalho indígena, assim como nas riquezas minerais - ouro e pedras preciosas. A região faz parte do sertão mineiro, que pertenceu à Goiás até 1816, quando foi anexada à Província de Minas Gerais.

Nos séculos XIX e XX, a região progrediu com a produção agropecuária. Posteriormente, surgiu uma vasta área industrial, e a construção de ferrovias para escoamento dessa produção promoveu grande desenvolvimento local. A partir daí, a região manteve estreitas relações econômicas, sociais e culturais com os Estados de São Paulo, Goiás e com o Distrito Federal. A chegada de imi-grantes, como os japoneses, possibilitou a aprendizagem de importantes técnicas agrícolas, de novos usos e costumes e trouxe mudanças culturais para a população da região.

CIRCUITO CAMINHOS DO CERRADO

É formado pelas localidades: Alto Paranaíba, Abadia dos Dourados, Cruzeiro da Fortaleza, Guimarânia, Patrocínio e Serra do Salitre. Segundo os registros do SENAC-MG, essas localidades ficam próximas entre si e possuem afinidade eco-nômica, histórica e cultural. A principal atividade econômica da região é a cafeicultura, em Patrocínio e em Serra do Salitre.

CIRCUITO TRIâNGULO MINEIRO

É formado pelas localidades: Araguari, Estrela do Sul, Iraí de Minas, Monte Carmelo, Romaria, Tupaciguara, Uberlândia. Se-gundo os registros do SENAC-MG, esse Circuito agrada aos visitantes pela diversidade dos atrativos e pelo acolhimento caloroso de seus moradores.

ENTRE NESSA TRILHA DO CIRCUITO TURíSTICO DA REGIãO DO TRIâNGULO MINEIRO http://www.descubraminas.com.br/Turismo/Circuito.aspx

Circuitos Turísticos do Triângulo MineiroCircuito dos LagosSerra da CanastraCircuito Tropeiros de MinasCircuito Caminhos do Cerrado Circuito Águas do CerradoCircuito Triângulo Mineiro

CIRCUITO SERRA DA CANASTRA

Araxá, Campos Altos, Perdizes, Sacramento, São Roque de Minas e Tapira são cidades da região mineira do Alto do Para-naíba, que fazem parte do Circuito da Canastra. Esses muni-cípios caracterizam-se pelo clima ameno e pelas belas paisa-gens. Essa região fica próxima ao Parque Nacional da Serra da Canastra e abriga o cerrado. O modo de vida dessas cidades é muito ligado aos costumes da vida rural. São produtoras de queijo, café e leite e famosas pela deliciosa comida mineira e pelas histórias do tempo do Império, como a de Dona Beija, em Araxá. Procure saber mais sobre essa figura histórica mi-neira nas suas pesquisas.

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Serra da Canastra - MG

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zona da Mata

Assim como na região Oeste Sul, na Zona da Mata também se estabeleceu o plantio do café e a criação de gado, junto com uma produção cultural diversificada. No passado, com a decadência da produção do ouro, a população da região mi-neradora migrou para as regiões sul e sudeste do estado e passou a se dedicar à agropecuária, com a plantação de café e a produção leiteira.

No final do século XIX, a região começou a se desenvolver in-dustrialmente, com a vinda de alemães e italianos que investi-ram nos setores têxtil e alimentício. A construção de ferrovias, a abolição da escravatura e a entrada de capital estrangeiro transformaram sensivelmente a vida social, econômica, políti-ca e cultural da região. A forte economia agropecuária possi-bilitou a produção em grande escala dos tradicionais queijos e uma grande diversidade de artefatos em couro e metais liga-dos à montaria, porém a região apresenta muitas referências culturais das outras regiões mineiras, desde as rendas e bor-dados, às panelas de pedra sabão.

Quando os cafezais da Zona da Mata acabaram, a pecuária e a produção de cana-de-açúcar se tornaram atividades econômi-cas predominantes. A proximidade com o Rio de Janeiro facili-tou o escoamento da produção e possibilitou novas trocas cul-turais. A maioria dos fazendeiros se orgulhava por manter pelo menos duas casas, uma na fazenda e outra no Rio de Janeiro, que, naquele momento, era capital do país e promovia fortes influências culturais. Na Zona da Mata mineira, encontramos uma tradição musical marcante que tem possível origem flu-minense. Bom exemplo é o Festival de Música Colonial Brasi-leira e Música Antiga de Juiz de Fora, que já existe há 22 anos. Esta região possui um rica e diversificada fauna e flora.

ENTRE NESSA TRILHA DO CIRCUITO TURíSTICO DA zONA DA MATA:http://www.descubraminas.com.br/Turismo/Circuito.aspx

Circuitos Turísticos da Zona da MataPico da BandeiraSerra de IbitipocaCaminho NovoMontanhas e FéSerras e CachoeirasSerra do BrigadeiroSerras de MinasNascente do Rio DoceRecanto dos BarõesCaminhos Verdes de Minas Mata Atlântica de Minas Rota do Muriqui.

Macaco Buriqui também chamado Muriqui. Zona da Mata - MG

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CIRCUITO CAMINHO NOvO

É formado pela as localidades: Ewbank da Câmara, Juiz de Fora, Matias Barbosa, Santana do Deserto, Santos Dumont e Simão Pereira. O Circuito Caminho Novo possui belas pai-sagens e apresenta uma diversidade de atrações turísticas e culturais. Possui também locais para prática de esportes radi-cais. Segundo os registros do SENAC-MG, a cidade de Juiz de Fora se destaca como um dos mais importantes polos eco-nômicos do Estado de Minas Gerais.

CIRCUITO RECANTO DOS BARõES

Fazem parte do Circuito as localidades: Bicas, Chácara, Chia-dor, Guarará, Maripá de Minas, Mar de Espanha, Pequeri e Senador Cortês. Essas cidades surgiram das lavouras de café. Os primeiros indivíduos que implantaram as lavouras de café nessa região, receberam da Coroa Portuguesa o título de Ba-rão do Império. Dentre eles, o Barão de Ayruroca, o Barão de Louriçal, o Barão de Itamarandiba, o Barão de Catas Altas, o Barão de Pontal e o Barão da Conceição. Essa região encon-tra-se entre a Serra da Mantiqueira e o Vale Paraíba do Sul, preserva belas paisagens e tem um clima muito agradável.

CIRCUITO MATA ATLâNTICA DE MINAS

Formado pelas localidades: Açucena, Belo Oriente, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Jaguaraçu, Marliéria, Santana do Paraíso, São Domingos do Prata. O Circuito localiza-se a leste do es-tado na média região do Rio Doce. Segundo os registros do SENAC-MG, nessa região encontra-se uma extensa reserva contínua de Mata Atlântica e o 3º maior complexo de lago-as da América Latina, com 42 lagoas. Além da beleza da pai-sagem natural, a região preserva na arquitetura das cidades muitos vestígios da nossa história.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição do Vale de Santa Rita de Ibitipoca - MG

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“Minas são muitas”: a Cultura em Minas Gerais

A expressão “Minas são muitas” foi cunhada pelo escritor João Guimarães Rosa. Ao percorrer os caminhos das regi-ões mineiras, ele imaginou e criou um mapa bem diferente, registando as cenas de sua obra e retratando a diversida-de que encontrou. Descubra como a aventura do médico Guimarães Rosa virou uma obra universal, que transformou os recantos, os falares e os modos mineiros em “famosos causos”, traduzidos em várias línguas. Divirta-se nessa aven-tura: www.circuitoguimaraesrosa.com.br

Como vimos no parágrafo anterior, “Minas são muitas” e possui regiões geográficas bem distintas, onde o processo histórico de povoamento também foi muito diferenciado.

Encontrando-se numa região central do Brasil, o seu movi-mento cultural promove permanentes diálogos com as de-mais regiões brasileiras. O próprio nome do estado traz em si referências a dois universos culturais distintos, mas que se complementam: as Minas e os Gerais. Minas era o rosário das cidades ligadas umas às outras pelos caminhos traçados pelo ouro e pelos diamantes, a região em contato permanen-te com o mar, o mundo vinculado à capital da época, o Rio de Janeiro. Gerais eram os sertões desconhecidos, de fronteiras abertas à expansão, afastados dos poderes constituídos ofi-cialmente. O cenário de uma das obras literárias importantes para a compreensão da cultura mineira e brasileira, Grande Sertões: Veredas, de João Guimarães Rosa.

Estação de trem da cidade de Cordisburgo - MG

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Mapa do Circuito de Guimarães Rosa pelas cidades históricas mineiras

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Os Doze Apóstolos de Aleijadinho. Adro da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas - MG

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Os caminhos que ligam as cidades de Ouro Preto, Diaman-tina e Congonhas do Campo formam um trecho da Estrada Real. Essas são algumas das cidades históricas que preservam em seu cenário urbano a memória do Período Colonial; nelas, estão alguns dos mais importantes acervos arquitetônicos e artísticos do Barroco na América Latina e foram declaradas Patrimônio Mundial da Humanidade, pela Unesco.

Nasce um Patrimônio da Humanidade

ACERvO

“Grande quantidade; acumulação; conjunto de bens que in-tegram o patrimônio de um indivíduo, de uma instituição, de uma nação.”

(HOUAISS, 2004.)

PATRIMôNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE

“É formado pelo patrimônio cultural e natural de extraordi-nário valor universal, inscrito na Lista do Patrimônio Mundial, que pertence a toda a humanidade.”

(UNESCO, 1998.)

CURIOSIDADEBARROCO BRASILEIRO

O estilo barroco chega ao Brasil pelas mãos dos colonizado-res e aqui toma sua feição própria. Seu principal represen-tante é o genial escultor e mestre-de-obras mineiro Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730 – 1814). Muitos artistas da época colonial buscaram na Europa inspiração para sua arte, mas foi Alejadinho quem melhor se apropriou da estéti-ca europeia barroca, recriando-a. Misturou elementos popu-lares e eruditos, criando uma arte bem original e brasileira.

Estação de trem de Ouro Preto - MG

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No Governo de Getúlio vargas, na década de 1930, as cida-des históricas de Ouro Preto, Diamantina, São João Del Rei, Sabará e Tiradentes foram declaradas como referências para a história e a cultura brasileiras. Hoje, o Estado de Minas Gerais abriga 60% do patrimônio histórico nacional. Além da beleza da arte, esse patrimônio retrata momentos importantes da his-tória da nossa gente. Você já visitou o roteiro da Estrada Real?

Diamantina

Gruta de Maquiné

Sabará

Outro Preto

Mariana

Tiradentes

São João Del Rei

Congonhas

Belo Horizonte

Marco indicativo da Estrada Real, Ouro Preto - MG

Mapa do Circuito da Estrada Real - MG

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CURIOSIDADE

Atravessando muitas regiões do Estado de Minas Gerais, en-contra-se a Estrada Real, denominação utilizada para nomear os caminhos que foram sendo construídos, desde século XVII, pelos colonizadores, em busca de riquezas como ouro, pe-dras preciosas e terras. Os caminhos abertos, nesse período, receberam o nome de “Estrada Real” pela Coroa Portuguesa. Viajar pela Estrada Real é um desafio para a curiosidade, a imaginação e a reflexão. Nesses caminhos, você pode obser-var a ação do homem no tempo e no espaço e, assim, pode compreender a nossa história.

Siga esse caminho:http://www.estradareal.tur.br

Mapa Antigo dos caminhos da Estrada Real - MG

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Mas o que é um patrimônio? O termo patrimônio é derivado da palavra latina patrimonium, que significa os bens herdados do pai (pater). Assim, patrimônio cultural poderia ser entendido como o conjunto de bens herdados da construção cultural de um povo. Ou seja, tudo o que é referência para a sobrevivência da história e da memória de um grupo social pode ser consi-derado patrimônio cultural e deve ser protegido e preservado.

Os bens culturais podem ser registrados como Patrimônio Na-cional, Estadual, Municipal e, ainda, como Patrimônio Mundial da Humanidade. É o caso das cidades históricas mineiras, que guardam ricos tesouros arquitetônicos, culturais e históricos das Minas Gerais.

A Constituição Brasileira de 1988 define o que é Patrimônio Cultural Material e Patrimônio Cultural Imaterial.

PATRIMôNIO CULTURAL MATERIAL

Compreende a arquitetura, as paisagens, artefatos e todos os bens concretamente percebidos que têm aspecto exterior, corpóreo, palpável, visível. As obras de arte, os monumen-tos históricos e os conjuntos arquitetônicos são exemplos de bens culturais de natureza material.

PATRIMôNIO CULTURAL IMATERIAL

Compreende as expressões de vida, práticas sociais, conhe-cimentos, técnicas e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do mundo recebem de seus ancestrais, atualizam, reelaboram e transmitem aos seus des-cendentes, que, por sua vez, também os reinventarão. Uma receita de cozinha ou o passo de uma dança são exemplos de bens culturais de natureza imaterial.

O modo artesanal de fabricação do queijo mineiro, a partir do leite cru, foi registrado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), passando a se integrar ao Patrimô-nio Cultural Imaterial nacional.

Processo de fabricação do Queijo Minas

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O conhecido Edifício JK, localizado em Belo Horizonte, é registrado como Patrimônio Cultural Material brasileiro. Outros bons exemplos de Patrimônios Culturais Materiais que estão na capital mineira são o Edifício Niemeyer e a sede da Biblioteca Pública Estadual, ambos são obras projetadas pelo reconhecido arquiteto Oscar Niemeyer.

Fachada do Edifício Niemeyer, Belo Horizonte - MG

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Em Belo Horizonte, o terreiro de candomblé Ilê Wopo Olujukan foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial estadual pelo Institu-to Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG). Já a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá, manifestação banto-católica, é um Bem Cultural Imaterial municipal registrado como Patrimônio Cultural do município de Belo Horizonte.

Interior do terreiro de candomblé Ilê Wopo Olujukan - BH

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A definição de patrimônio cultural está relacionada, sobretudo, ao sentimento de pertencimento de um povo, comunidade ou grupo social. Por princípio democrático, a escolha do que é patrimônio cultural precisa ser legitimada pela participação co-letiva das comunidades que definem o que deve ser lembrado e o que deve ser esquecido da história. Portanto, o que hoje é considerado patrimônio cultural amanhã poderá deixar de ser, caso seja um entendimento da coletividade. Dessa forma, outros patrimônios poderão surgir no futuro, de acordo com a necessidade de preservar os bens materiais ou imateriais signi-ficativos para a história e a cultura de cada grupo social.

FIQUE LIGADO!

Existem patrimônios importantes na sua comunidade ou em seu bairro? Investigue seu entorno e identifique o que você acha que deve ser reconhecido, preservado, lembrado e va-lorizado como um patrimônio cultural (material ou imaterial).

Casa do Baile, Pampulha - BH

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Além dos patrimônios culturais, temos outras categorias de patrimônio, entre elas, o Patrimônio Natural. A Mata Atlântica é um dos bens naturais brasileiros que também faz parte das Minas Gerais.

PATRIMôNIO NATURAL

“Bem natural que compõe o patrimônio mundial de ‘extraor-dinário valor universal’, que pertence a toda a humanidade.”

(UNESCO, 1998.)

Serra da Canastra - MG

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Tamanduá Bandeira. Serra da Canastra - MG

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“Pois é do sonho dos homens que uma cidade se inventa”.

Carlos Pena Filho

As cidades se expressam pela marca constante do trabalho humano e da aventura da imaginação, pela dinâmica dos seus movimentos políticos, sociais e culturais. São espaços privi-legiados para o convívio e o respeito às diferenças e para a transformação dessas diferenças em novas formas de pensar, de sentir e de viver.

No século XIX, em 1823, após a Independência do Brasil, Ouro Preto tornou-se oficialmente a capital da província das Minas Gerais. Com a Proclamação da República (1889), a transferência da capital para outra cidade, que já era uma ideia antiga, tornou-se uma questão urgente. Com a crescen-te importância de Minas no cenário político e econômico na-cional, Ouro Preto não oferecia mais as condições adequadas para o desenvolvimento econômico, nem espaço suficiente para o crescimento da população. Além disso, a primeira ca-pital mineira guardava em sua arquitetura muitos símbolos e marcas de um passado colonial que os republicanos queriam apagar. Depois de muitas discussões, a questão central era: onde instalar a nova capital? Entre as localidades candidatas, venceu o Curral D’El Rey que, àquela altura, já se chamava Belo Horizonte.

CURIOSIDADE

O nome “Belo Horizonte” parece ter sido inspirado na exube-rância e na clareza do contorno desenhado pelas serras que cercam a cidade. A paisagem cultural da capital é nitidamente marcada por esse contorno. A cidade também já foi conheci-da por vários outros nomes e apelidos: “Arraial dos Papudos”, “Cidade de Minas”, “Noiva da República”, “Poeirópolis”, “Ci-dade Jardim” ou “Cidade Vergel”, “Belo-Horizontem”, e até o pomposo “A Capital do Século.”A

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Vista panorâmica da Praça Raul Soares - BH

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O projeto urbanístico da nova capital foi inspirado no ideal republicano de civilidade e pretendia estabelecer uma nova ordem po-lítica e social. O traçado geométrico tinha ruas e avenidas longas e largas, formando um tabuleiro quadriculado. O planejamento inicial separava as zonas urbana, suburbana e rural e visava à ordem, à limpeza e ao controle na nova cidade.

A ferrovia, que marcou a Paisagem Cultural de Minas Gerais e a vida cotidiana dos mineiros e dos imigrantes, a partir da segunda metade do século XIX, também foi imprescindível para a nova capital, pois grande parte do material de construção nela emprega-do, importado da Europa, desembarcou no Rio de Janeiro e chegou a Belo Horizonte em vagões de trem. Algumas importantes ferrovias continuam em atividade, mas muitas estações que foram desativadas transformaram-se em museus. Como exemplo, temos o Museu de Artes e Ofícios.

Mapa do planejamento urbano da cidade de Belo Horizonte - séc XIX

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PAISAGEM CULTURAL

“Porções dos territórios que apresentam uma identidade sin-gular, decorrente das inter-relações entre a cultura humana e o ambiente natural. A paisagem cultural é o resultado da interfe-rência do homem no seu meio. Por meio de sua cultura, o ho-mem transforma a paisagem e nela imprime suas marcas que poderão passar para outras gerações. Mas, por outro lado, o homem também é afetado pela natureza de diversas formas.”

(UNESCO, 1972)

CURIOSIDADE

Belo Horizonte nasceu de um projeto histórico e político. Foi planejada de forma diferente de outras cidades mineiras, com estrutura para receber instituições oficiais, autoridades e funcionários públicos. Na época, não se previa a inclusão de todos os seus moradores, não havia espaço destinado às co-munidades, bairros, onde o cidadão comum pudesse residir e formar sua família, criar raízes, como em qualquer cidade.

No século XIX, a construção da cidade de Belo Horizonte atraiu muitas pessoas do interior do Estado de Minas Gerais e de vários estados do Brasil, e também imigrantes italianos, portugueses e espanhóis. Faltavam apenas três anos para o início do século XX, quando a nova capital foi inaugurada, em 1897. Os avanços históricos e os progressos da ciência anunciavam uma nova era da qual Belo Horizonte queria ser um símbolo: a era da industrialização e da velocidade. Hoje, a cidade tem pouco mais de 100 anos, mas as gerações que aqui viveram durante esse século de existência mantiveram uma relação forte e um apreço especial pelas memórias e pela história que a capital do estado guarda.

Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte - MG Quaresmeira. Praça da Liberdade, Belo Horizonte - MG

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Quando Belo Horizonte foi inaugurada, previa-se uma popu-lação de 300 mil habitantes para a zona urbana, que era limi-tada pela Avenida do Contorno. Fora desse perímetro, havia as áreas populacionais formadas pelos subúrbios e colônias agrícolas. Essas áreas nasceram de forma desordenada, com a vinda de trabalhadores que ajudaram a construir a cidade e se estabeleceram em moradias precárias, acampamentos, canteiros de obras, vilas e aglomerados urbanos. Apenas os funcionários públicos e comerciantes receberam lotes nos ter-renos dentro do traçado original planejado da cidade.

No início do século XX, a cidade planejada se mostrou aco-lhedora, recebendo muita gente de fora para movimentar o comércio e prestar os serviços necessários aos morado-res oficiais. A população, que cresceu, buscou formas de se apropriar dos espaços sociais que se tornaram públicos. Até os dias de hoje, moradores dos aglomerados urbanos que contornam o projeto original da cidade vêm se tornan-do, cada vez mais, protagonistas das transformações de Belo Horizonte. Hoje, a população da capital se distribui em nove regiões administrativas, de forma relativamente equilibra-da, entre os seus diversos bairros.

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REGIõES ADMINISTRATIvAS

Belo Horizonte possui uma área territorial de 331 km², dividida em nove regiões administrativas – Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampulha, Venda Nova –, está localizada a 858,3 m de altitude e tem uma população estimada em cerca de 2,3 milhões de habitantes. Sua região metropolitana é formada por 34 municípios e constitui a ter-ceira aglomeração urbana do Brasil, com cerca de 5 milhões de habitantes.

(IBGE, 2010.)

Vista panorâmica da Cidade de Belo Horizonte - MG

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O planejamento das regiões administrativas, criado no final do século XIX, é um bom exemplo de modernidade na or-ganização do espaço da capital mineira. Algumas das obras de Oscar Niemeyer e de Cândido Portinari, presentes no Conjunto Arquitetônico da Pampulha (1940), expressam concepções mais recentes de modernidade. O Conjunto da Pampulha é caracterizado por linhas sinuosas, que propor-cionam impressionante leveza ao concreto armado usado na sua construção.

CONJUNTO ARQUITETôNICO DA PAMPULHA

Projetado pelo então jovem arquiteto Oscar Niemeyer, agre-ga intervenções de Burle Marx, um dos maiores paisagistas do século XX, do pintor Cândido Portinari, entre outros cola-boradores. Fazem parte do conjunto a Igreja de São Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Iate Club e o Cassino (atualmente lá funciona o Museu de Arte da Pampulha). Todas essas cons-truções estão instaladas às margens da lagoa artificial, que foi construída na década de 1940.

Igreja de São Francisco. Pampulha, Belo Horizonte - MG

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Embora muitas mudanças tenham ocorrido desde a inaugura-ção da capital mineira, ainda é possível perceber a lógica por trás da denominação das ruas e avenidas da cidade. No traça-do urbano de Belo Horizonte, dentro do contorno da cidade projetada, suas ruas principais recebem nomes dos estados brasileiros, reproduzindo a lógica do mapa do Brasil. Assim, a famosa Rua da Bahia fica abaixo da Rua Sergipe e acima da Rua Espírito Santo. Muitas delas já foram cantadas em verso e prosa por escritores e poetas.

BELO HORIzONTEFlavio Venturini e Murilo Mendes

Como vai, BH?Ouve a voz da montanhaComo vai?

Título da música: Belo HorizonteAutores: Flávio Venturini / Murilo Mendes

Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte, com Parque Municipal à esquerda e Feira de Artesanato à direita

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As largas avenidas recebem nomes de figuras históricas; uma delas é a Avenida Afonso Pena, que corta várias ruas da re-gião central da cidade. Algumas ruas da cidade recebem no-mes de povos indígenas.

RUAS DA CIDADELô Borges e Márcio Borges

Guaicurus, Caetés, GoitacazesTupinambás, Aimoréstodos no chão

Guajajaras, Tamoios, Tapuiastodos Timbiras, Tupistodos no chãoA parede das ruasNão devolveuOs abismos que se rolouHorizonte perdido no meio da selvaCresceu o arraial

Passa bonde, passa boiadaPassa trator, aviãoRuas e reisGuajajaras, Tamoios, TapuiasTupinambás, AimorésTodos no chão

A cidade plantou no coraçãoTantos nomes de quem morreuHorizonte perdido no meio da selvaCresceu o arraial.

Música: Ruas da BahiaAutores: Lô Borges / Márcio Borges

Placas com os nomes das ruas da cidade de Belo Horizonte - MG

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Vista panorâmica noturna da cidade de Belo Horizonte - MG

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A moderna cidade de Belo Horizonte convive com a forte influência da herança cultural mineira. As manifestações cul-turais se misturam e estão em permanente mudança. Mas, podemos identificar facilmente a “mineiridade” de Belo Horizonte nas crônicas de Fernando Sabino, nos poemas de Carlos Drummond, nas bandas de música e nos movi-mentos artísticos e culturais. Ela também se faz presente nas famosas festas, na comida típica, no pão de queijo e no queijo minas, na broinha de milho, no bolinho de feijão e no gostoso cafezinho feito na hora.

“MINEIRIDADE”

Termo adotado pelos mineiros para se referirem aos hábitos e costumes tradicionais, passados de geração a geração, como demonstra a prosa de Aníbal Machado, de 1957:

“ó estrangeiro, ó peregrino, ó passante de pouca esperança – nada tenho para te dar, também sou pobre e estas terras não são minhas. Mas aceita um cafezinho. A poeira é muita, e só Deus sabe onde vão dar estes caminhos. Um cafezinho, eu sei, não resolve o teu destino; nem faz esquecer a tua cicatriz. Mas prova. (...) Um minuto apenas, que a água está fervendo e as xícaras já tilintam na bandeja. Vai sair bem coado e quentinho. Não é nada, não é nada, mas tu vais ver: serão mais alguns qui-lômetros de boa caminhada... E talvez uma pausa em teu gemi-do! Um minutinho, estrangeiro, que teu café já vem cheirando”.

Na origem da cidade, o encontro entre a tradição e a inovação foi uma marca que acabou por se tornar uma constante em sua história. É na conjugação dos opostos que a cidade e sua gente expressam a beleza e a singularidade desse lugar.

Em Belo Horizonte, as praças, parques e jardins foram planeja-dos para garantir o direito democrático ao lazer, à convivência social e ao contato com a natureza. Esses espaços públicos urbanos têm um papel importante na vida da capital mineira e fazem parte da sua paisagem cultural.O

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Praça da Liberdade, Belo Horizonte - MG

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O Parque Municipal Américo Renné Giannetti é o mais antigo. Localizado no coração da cidade, oferece uma extensa área verde e muitas alamedas que convidam aos passeios, aos en-contros e às divertidas caminhadas. O Parque das Mangabei-ras, projetado pelo paisagista Burle Marx, é mais uma extensa área de convivência, muito utilizada pelos moradores da cidade e pelos visitantes. É considerado um dos maiores parques urba-nos do país e possui uma natureza exuberante. Faça seu roteiro.

http://www.bhesperaporvoce.com.br/index.php/turismo/parque-das-mangabeiras

DICAS DE LUGARES PARA FREQUENTAR

O Parque das Mangabeiras está localizado ao pé da Serra do Curral. Lá tem quadras de peteca, tênis e poliesportivas, brinquedos, além de atividades culturais realizadas em datas comemorativas na Praça das Águas e no Teatro de Arena. O Parque conserva, em sua área de 2,8 milhões de metros quadrados, 21 nascentes do Córrego da Serra, que integram a bacia do Rio São Francisco. A fauna reúne 28 espécies de mamíferos, 160 de aves, 20 de répteis e 19 de anfíbios. A vege-tação também é variada e mescla campo de altitude, cerrado e matas de galeria.

Parque das Mangabeiras, Belo Horizonte - MG

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Como em quase todas as cidades, as pessoas em Belo Hori-zonte têm o seu jeito peculiar de se relacionar com os espaços públicos e edifícios, que são, muitas vezes, conhecidos pelo nome e não apenas pelo endereço. Prédios como o Acaiaca, o Maletta ou o Levy são como personagens que fazem parte da memória coletiva e afetiva das pessoas em BH. Drummond res-salta esse jeito “belorizontino” em sua obra A bolsa e a vida.

A BOLSA E A vIDA

“Amava em ti a graça das conciliações; eras frugal e fantasista, burocrata e boêmia; tua igreja metodista, pequenininha, en-frentava sem prosápia a lauta matriz de São José; o caminho era um só, escolhia-se a porta que agradasse. E a Praça da Liberdade, com seu Itacolomi de cimento para matar sauda-des de ouro-pretanos, era metade do Governo, metade dos namorados, em conspiração com as rosas.”

(DRUMMOND, 1962.)

DICAS DE LUGARES PARA FREQUENTAR

No segundo piso do Edifício Maletta tem vários sebos e li-vrarias, uma do lado da outra. ótimo para comprar livros a preços mais baixos. (Av. Augusto de Lima com R. da Bahia).

Detalhe da fachada do Edifício Acaiaca, Belo Horizonte - BH

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Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte - MG

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A capital mineira tem marcado o cenário nacional brasileiro na música e na literatura. Nos anos 70, o Clube da Esquina, forma-do por alguns jovens que “amavam os Beatles e os Rolling Sto-nes” e ouviam jazz e os tambores de Minas, criou uma música muito original que atravessou as fronteiras do estado. Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant, Toninho Horta e Flávio venturini foram alguns dos integrantes desse Clube. Hoje, os músicos da cidade se organizam de forma diferente, mas continuam construindo expressões nacionais. Existem em BH coletivos artísticos, alguns já são bem conhecidos: o Ou-troRock, o Bambata, o Sim, o Pegada, o Comum e o Babel.

Na década de 20 (1920 a 1929), os “Rapazes da Rua Bahia” se tornaram famosos escritores e revolucionaram o panorama da literatura brasileira. Entre eles, estavam Carlos Drummond de Andrade e Cyro dos Anjos. Os “Rapazes da Rua Bahia” promoveram o mais antigo movimento literário vivenciado nas esquinas de Belo Horizonte. Um de seus integrantes famosos foi Pedro Nava, que registrou a memória dos da Rua da Bahia na sua obra Chão de Ferro: memórias.

Alguns estudantes, residentes da nova capital mineira na pri-meira metade do século XX, se tornaram jovens escritores e entraram para a história da literatura brasileira: Fernando Sa-bino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e o psica-nalista Hélio Pellegrino. Na década de 40 (1940-1949), atuan-do nos movimentos literários de BH, ficaram conhecidos como “Os Vintanistas” (apelido que brinca com a coincidência entre as idades dos jovens escritores e seu nascimento na década de 20). Também foram chamados de “Os Quatro Mineiros”, ou, ainda, “Os Quatro Cavaleiros de um Íntimo Apocalipse”. Fernando Sabino escreveu o romance Encontro Marcado, ins-pirado em fatos da sua vida e do relacionamento com seu gru-po na cidade de Belo Horizonte, nos anos 40.

CHãO DE FERRO: MEMóRIAS

“Descer ou subir a Rua da Bahia, mesmo materialmente, mes-mo no seu aspecto puramente mecânico, era arte delicada. Pelos paralelepípedos ou pelos tijolos queimados dos declives laterais (os tijolos da cerâmica de Caeté, que era como se tives-sem sido feitos à mão, um por um, pelo velho João Pinheiro), pelos passeios coalhados das sementes vermelhas que caíam da arborização e que estalavam sob as solas – pelo meio da rua, ou rente às casas – havia um jeito especial de caminhar.”

(NAVA, 1976.)

CURIOSIDADE

Algumas escolas municipais em Belo Horizonte recebem no-mes desses escritores famosos: Escola Municipal Paulo Mendes Campos, Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, Es-cola Municipal Hélio Pellegrino, Escola Municipal Pedro Nava.

Monumento Encontro Marcado. Praça da Liberdade, Belo Horizonte - MG Otto Lara Resende, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino

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A Comida

“Acima de tudo pairava o divino lombo de porco com tutu de feijão. O lombo era macio e tão suave que todos imaginamos que o seu primitivo dono devia ser um porco extremamente gentil, expoente da mais fina flor da espiritualidade suína. (...) E do prato inteiro, onde havia um ameno jogo de cores cuja nota mais viva era o verde molhado da couve – do prato inteiro, que fumegava suavemente, subia para a nossa alma um encanto abençoado de coisas simples e boas. Era o encanto de Minas.”

(BRAGA, 1934.)

O modo como cada grupo de pessoas elabora e consome o alimento torna-se uma referência cultural e vai sendo trans-mitida e transformada de geração a geração pelos hábitos culinários. Assim, o alimento é um fator muito importante da identidade cultural de um povo.

HÁBITOS CULINÁRIOS

“(...) são expressões de sua história, geografia, clima, organi-zação social e crenças religiosas. Por isso, as forças que con-dicionam o gosto ou a repulsa por determinados alimentos diferem de uma sociedade para outra.”

(FRANCO, 2001.)

Cozinha com fogão a lenha e comida mineira - MG

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A comida mineira é uma parte muito importante dos hábitos culturais de Belo Horizonte. Os pratos típicos da culinária tro-peira, em que predominam a carne de porco e de galinha, são conhecidos e apreciados. Alguns pratos mineiros famosos são especialidades de Belo Horizonte, como o caol (couve, arroz, ovo e linguiça) ou o fígado acebolado com jiló, uma das inven-ções culinárias mais famosas da capital. O mexido é um prato típico, elaborado a partir do aproveitamento de alimentos que sobram; a base do prato é uma mistura bem refogada de alho e cebola. Muitos produtos mineiros com uma infinidade de sa-bores e aromas podem ser encontrados no Mercado Central, como o queijo da região do Serro, o doce de leite de Viçosa, a goiabada cascão, pimenta, linguiça temperada com jiló e muito mais. No mercado e nas feiras livres, é possível saborear diver-sos pratos típicos da região. Pesquise os interessantes espaços do mercado pelo site: www.mercadocentral.com.br/

MERCADO CENTRAL

Localizado no centro de Belo Horizonte, o mercado oferece grande variedade de comidas típicas de Minas Gerais, muitas mercadorias vindas de quase todas as regiões do interior do estado e de outras regiões do país. Além de lugar de encon-tro, lá é possível comprar tachos de cobre, panelas de ferro e de pedra sabão, canecas, berrantes, artigos religiosos, pe-dras semipreciosas, flores e peças de artesanato regional.

“Comida di Buteco” é um concurso culinário que envolve uma rede imensa de bares e restaurantes da cidade. Esse acontecimento gastronômico se repete há mais de uma dé-cada e se tornou uma tradição em BH. Os restaurantes com-petem pelo gosto do público com suas especialidades, novi-dades, sabores e cores. Fez tanto sucesso que outras cidades passaram a realizá-lo.

A tradição de Belo Horizonte em seus doces, canecas e queijos

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As Festas

O cotidiano em Belo Horizonte é movimentado por celebra-ções populares. Aqui, as principais festas acontecem nos bair-ros e geralmente são celebrações religiosas, como a Festa dos Santos Reis, em que acontece a Folia de Reis, e a Festa de São Cristóvão. Outras festas marcam datas importantes do calendário cultural religioso, como a Semana Santa, as festas juninas, a festa de Corpus Christi e a Festa de Yemanjá (13 de agosto). A padroeira da cidade, Nossa Senhora da Boa Via-gem, tem lugar de destaque no calendário e sua festa é uma das mais celebradas em Belo Horizonte. Nossa Senhora do Rosário, festejada em toda Minas, também tornou-se uma ce-lebração de destaque em BH, pois, durante a festa, acontece a apresentação do famoso Congado.

Essa imagem é do projeto “Um olhar sobre o Congado das Minas Gerais”, coordenado pelas professoras Nadja Mourão e Cristiane Nery no Centro de Extensão da Escola de Design/UEMG

CONGADO

Bailado dramático em que se representa a coroação do rei do Congo, por meio de danças e cantos. É uma manifesta-ção cultural e religiosa de influência africana, que nasceu da fusão de ritos africanos com a religião católica. Nessa fusão, encontram-se narrativas que homenageiam Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Efigênia, Nossa Senhora das Mercês e Nossa Senhora Aparecida.

(MINAS GERAIS, 2010.)

Há uma música tradicionalmente cantada nos festejos do Congado bastante conhecida - Maurício Tizumba registrou essa tradição, gravando o Canto de Moçambique 2:

Eu cheguei no Rosário de MariaEmbelezou, embelezouEu cheguei no Rosário de MariaEmbelezou, embelezou

Bate tambor, bate tamborHoje é dia de alegria, hoje é dia de alegria

Tem um novo progresso nessa terraMoçambiqueiro toca tamborE está pedindo paz

Oh, Ciriaco, Oh, Ciriaco Foi no tempo de vovôFoi seu pai que me ensinouBate o pé só com sete gunga, meninoE segura essa n’goma

Tá caindo fulôLá no céu, lá na terraOh lê lê lêTá caindo fulô.

Título da música: Canto de Moçambique 2(direitos reservados)

Manifestação do Congado

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As festas mexem com o coração da população. O Carnaval, por exemplo, também mobiliza fortes paixões na capital. Durante a Folia de Momo, um movimento de pequenos blocos tem ressurgido no espaço das ruas de Belo Horizonte, com as antigas marchinhas de cunho político e satírico ou outros estilos mais recentes. A alegria do povo toma conta da cidade. A tradicional Banda Mole, com caráter anárquico e brincalhão, apresenta homens que se fantasiam de mulher. Belo Horizonte tem, ainda, o concurso de escolas de samba, um grande espetáculo carnavalesco, que apresenta beleza, alegria e muito bom gosto. Ele acontece na via 240, Região Norte da capital.

As Brincadeiras

“A inacreditável, a inexplicável, a fantástica, a irreal, a estranha doença do bilboquê; grandes, médios, pequenos, imensos, minúsculos bilboquês, manipulados nos pontos de bonde, nos portões, nas praças... a respeito do ioiô, eu me calo... o ioiô sempre foi uma perplexidade de minha vida. (...) a patinação, por seu turno, foi uma oportunidade oferecida aos temperamentos másculos, que podiam mostrar bravura e perícia em travadas de arrancar fagulhas logo ao cair da noitinha. (...) os rinques de patinação proliferaram e desempenharam um papel histórico na sociedade mineira.”

(CAMPOS, 1962.)

Empinar pipa ou soltar papagaio, assim como descer ladeira de carrinho de rolimã são brincadeiras que tiram partido da geografia montanhosa da cidade e fizeram parte do cotidiano de várias gerações de Belo Horizonte. Ainda hoje, apesar dos riscos de uma cidade movimentada, no centro ou em bairros periféricos, é possível identificar brincadeiras desse tipo.

FIQUE LIGADO!

Em sua cidade, em seu bairro, há sempre algum bom lugar para você frequentar e se divertir, trocar ideias e experiências com amigos. E como tem sido sua diversão? Quando se en-contra com seus amigos, o que gostam de fazer juntos?

Brinquedo artesanal

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Os Falares

“A fórmula mineira é sintética, e diz tudo. Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau, pura e simplesmente. Aqui se diz: tchau pro cê, tchau pro cês. É útil deixar claro o destinatário do tchau.”

(NETTO, 2005.)

A fala do mineiro de Belo Horizonte é fácil de reconhecer, por seu ritmo e melodia particulares. O uso de gírias, pela faixa etá-ria, por bairros ou diferenças regionais, enriquece a comunica-ção dos habitantes de Belo Horizonte. Tente ouvir esses falares, procure anotar o que escuta. Descubra a origem de certas pala-vras que são muito usadas na sua cidade e no seu bairro.

CURIOSIDADE

A principal língua do Brasil é o português, apesar do grande número de línguas faladas pelos diferentes povos indígenas. No nordeste de Minas, por exemplo, o povo Maxakali fala a língua maxakali, e em Resplendor, no centro do estado, vive o povo Krenak, que quase perdeu sua língua materna e agora está em processo de reaprendizagem com os últimos falantes.

Dança Maxakali - MG

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As Artes

Em Belo Horizonte, as criações artísticas são conhecidas pela originalidade e riqueza de detalhes. São diferentes formas de usar as linguagens artísticas, desde o uso dos materiais, às co-res, sons e gestos.

Um curioso movimento das artes em BH é a mistura de ele-mentos religiosos, artísticos e culturais tradicionais que resulta em novas criações. O Congado é uma manifestação cultural e religiosa, muito presente em Belo Horizonte, que inspira a pro-dução artística de músicos de grande talento, como o Tambo-lelê e o Tambor Mineiro, por exemplo. No ritmo dos tambores, as tradições e as inovações estéticas se misturam com novas experiências e estilos musicais. Sérgio Pererê, um desses artis-tas, criou a canção Ondé Qué em 1998, que foi gravada pelo grupo Tambolelê em 2001 e se tornou bastante conhecida nos movimentos artísticos da cidade.

Outros grandes talentos musicais de BH se destacam no cená-rio artístico nacional, como o Uakti e as bandas Pato Fu, Skank, Jota Quest e Tianastácia. Esses artistas, entre tantos outros, revelam a beleza dessa cidade em letras de músicas, como a conhecida canção, Minas com Bahia, de Chico Amaral, que foi gravada por Daniela Mercury e pelo Skank.

ONDÉ QUÉ

Ondé qué meninoOndé qué meninoOndé qué cadê co vo lá (...)A ave de noite vagueiaProcurando encontrarUma estrela que clareiaPara me iluminar (...).

Música : Ondé QuéAutor : Sérgio Pererê – 1998

Gravada : Grupo Tambolelê – 2001( direitos reservados )

MINAS COM BAHIA

Sacudir estrelasDespertar desejosNuma noite friaUma noite friaUma noite friaNo meio da ruaLá de longe eu vejoMinas com BahiaE o samba iaJuro que ia

Música : Minas com BahiaAutor : Chico Amaral( direitos reservados)

Manifestação do Congado

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Mas a Belo Horizonte cultural é muito mais! Há um movimento artístico, constituído pelos pequenos grupos de rock de garagem, os rappers e o pessoal do hip-hop, que compõe uma instigante cena noturna em BH. Também existem os videomakers, os escri-tores de pequenas tiragens, designers, grafiteiros, desenhistas de histórias em quadrinhos, ilustradores, animadores, atores, per-formers, que dão vigor à chamada produção cultural alternativa de Belo Horizonte. Esses grupos se apresentam fora do circuito “oficial”, nas vilas e bairros populares, onde muitos artistas profissionais e jovens em processo de formação, individual ou coletiva-mente, animam e renovam a vida cultural nas regiões da cidade, oferecendo rica diversidade à expressão artística local. Divirta-se nos movimentos culturais de sua cidade.

Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte

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Outra grande expressão cultural da cidade são as famosas co-reografias dramatizadas do Grupo Corpo, do 1º Ato. No tea-tro, destacam-se os Bonecos do Giramundo e o Grupo Gal-pão, que associam a linguagem dramática às artes plásticas. Força e originalidade colocam as artes plásticas e visuais de Belo Horizonte em posição de destaque nacional.

Um rico artesanato também pode ser encontrado nas feiras e em outros espaços de encontro de Belo Horizonte, produzido tanto na capital quanto em outras cidades mineiras. Atualmen-te, a feira de artesanato localizada no coração da cidade, na Avenida Afonso Pena, é reconhecida como importante polo comercial de divulgação do estilo mineiro e belorizontino para o restante do país e para o exterior.

DICAS DE LUGARES PARA FREQUENTAR

Em Belo Horizonte, existe uma famosa Feira de Antiguidades, que funciona na Av. Bernardo Monteiro. Lá, é possível encontrar uma grande variedade de objetos decorativos ou utilitários. A feira tem cerca de 20 barracas com toldos azuis e funciona aos sábados, das 8 às 14h. Outra feira, que também funciona aos sábados, é a famosa Feira Tom Jobim, localizada na Av. Pasteur. Lá podemos encontrar a combinação perfeita de boa música e comida. Há grupos de samba e chorinho no palco e, em volta, alguns restaurantes que vão de carnes grelhadas à comida mineira e massas.

http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/colunas-artigos-e-blogs/semanais/helio-fraga-1.382/feira-de-antiguidades-qualidade-sem-clientes-1.151294

Renda encontrada nas feiras e no Mercado Central de BH

Objetos artesanais encontrados nas feiras e no Mercado Central de BH

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Nas trilhas da cultura...

Belo Horizonte tem promovido uma série de eventos impor-tantes que passaram a fazer parte do calendário cultural da cidade, como o Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de BH (FIT-BH) e o expressivo Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ).

FESTIvAL INTERNACIONAL DE TEATRO PALCO E RUA (FIT-BH)

Sua programação une diversidade de linguagens à qualidade artística. Um de seus principais objetivos é inserir a cidade de Belo Horizonte no circuito nacional e internacional das artes cênicas e ofertar à população uma vasta programação de es-petáculos. Além disso, o festival estimula e difunde o trabalho de artistas e grupos representantes da cultura local.

(MINAS GERAIS, 2010.)

FIQUE LIGADO! NA PROGRAMAçãO CULTURAL DE SUA CIDADE:

Festejo do Tambor Mineirohttp://www.festejotambormineiro.com.br

Fórum Internacional de Dança (FID)http://www.fid.com.br/2010

Festival de Arte Negra (FAN) http://fr.pbh.gov.br/?q=pt-br/content/bh-cidade-dos-festivais-0

Festival Internacional de Quadrinhos – FIQ BH http://www.fiqbh.com.br

Múmia Festival de Cinema de Animaçãohttp://www.guiabh.com.br/programacao/evento/18132/mu-mia-mostra-de-animacao.aspx

Festival Internacional de Curtas de BHhttp://www.festivaldecurtasbh.com.br/br/apresentacao

Festival Internacional de Curtas http://www.belohorizonte.mg.gov.br/categorias/agenda-cul-tural/cinemaA

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Além dos festivais, ao longo do ano, sempre há concertos e shows de música, espetáculos de teatro e de dança, filmes e exposi-ções em espaços públicos da cidade.

FIQUE LIGADO!

Em BH, acontecem concertos da Orquestra Sinfônica de Mi-nas Gerais, que são apresentados no Parque Municipal, no centro da cidade. Na Praça da Liberdade também há dias re-servados para apresentações de bandas e de corais.

FIQUE LIGADO!

A Mostra de Cinema Indie é evento anual que acontece em Belo Horizonte e em São Paulo. É dedicado à exibição de fil-mes nacionais e estrangeiros, de média e de longa metragem. http://www.indiefestival.com.br/indie2010/bh

FIQUE LIGADO!

O Festival de Verão em BH oferece ao público e à cidade um interessante programa de atividades artísticas e culturais no período de verão, com a proposta de promover o processo de interação dinâmica entre Cultura e Educação.http://www.ufmg.br/festivaldeverao

Cartaz da FIT - Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de BH. FIT – BH / 2010

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Museus

“Instituição dedicada a buscar, conservar, estudar e expor objetos de interesse duradouro ou de valor artístico, histórico, científico, etc. Local onde esses objetos são expostos à visitação.”

(HOUAISS, 2004.)

Os museus são casas que guardam e apresentam sonhos, sen-timentos, pensamentos, e intuições que ganham corpo atra-vés de imagens, cores, sons e formas. (IBRAM-Instituto Bra-sileiro de Museus, 2011.) Os museus podem abrigar variados objetos da nossa cultura, de outras culturas, da sociedade ou até mesmo de um único indivíduo, que sejam considerados patrimônios culturais (material/imaterial). Nos museus, são co-lecionados e preservados importantes objetos de valor histó-rico, artístico e científico, que contam as narrativas de homens e mulheres e suas práticas e vivências sociais. O visitante do museu, ao observar os objetos, relaciona o presente e o pas-sado e passa a conhecer melhor sua cultura.

Na cidade de Belo Horizonte, existem muitos museus, que guardam referências históricas e culturais da própria cidade, das regiões das Minas Gerais, do Brasil e até de outros países.

FIQUE LIGADO!

Que tal você fazer uma interessante visita aos museus de sua cidade? Você poderá participar de uma experiência curiosa que o levará do presente ao passado, com um olhar para o futuro. Experimente! Descubra os segredos dos acervos, faça sua trilha: observe, interrogue e investigue os objetos que você achar interessantes nas coleções. Viajando no tem-po, você descobrirá uma trilha que o levará à história de sua gente. Nessa travessia, muitos segredos podem ser revela-dos. Experimente!

MUSEUS

Os museus são janelas, portas e portais.Elos poéticos entre a memória e o esquecimentoEntre o de dentro e o de fora,Entre o aberto e o fechado,Entre o olhar e o olhado.Elos políticos entre o sim e o não,Entre o talvez e o não sei.Poesias, utopias, sonhos, conflitos,Pesadelos, gotas de sangue, suor e lágrima:Tudo o que é humano tem espaço no museu.

Mário Chagas.

Texto de abertura da exposição Janelas do Patrimônio (1996), Rio de Janeiro.

Imagem do interior do Museu de Artes e Ofícios, Belo Horizonte - MG

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Museu de Arte da Pampulha (MAP)

Como parte integrante do conjunto da Pampulha, o museu foi projetado por Oscar Niemeyer, em 1940, a pedido do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. O MAP possui obras de artistas importantes, como Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Alfredo volpi.

Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte - MG

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Imagem do interior do Museu de Artes e Ofícios, Belo Horizonte - MG

Museu de Artes e Ofícios (MAO)

É o primeiro museu das artes e ofícios brasileiro dedicado ao tema do trabalho. Está instalado no conjunto histórico da antiga Es-tação Central. O MAO preserva um acervo de objetos, instrumentos e utensílios de trabalho do período pré-industrial brasileiro. Ele apresenta aos seus visitantes os fazeres, os ofícios e as artes que deram origem a algumas profissões.

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PRESÉPIO DO PIPIRIPAU

Raimundo Machado Azeredo era torneiro mecânico. Ele presenciou o nascimento da cidade de Belo Horizonte. Aos 12 anos de idade, começou a construir esse presépio e tor-nou-se um artista. Raimundo trabalhou nessa criação ao lon-go de toda sua vida. Nem quando a obra foi adquirida pela UFMG, ele parou de construí-la. Para compor os 16m², com as 45 cenas e 580 figuras que se movimentam numa com-plexa engrenagem, Raimundo utilizou gesso, madeira, vidro, plástico e tudo o que encontrava a sua volta, como conchas, molas, chaves e botões. Além da natividade, o presépio tem outros momentos da vida de Jesus. Cenas religiosas se mis-turam com cenas de trabalho e do cotidiano da cidade des-de a sua construção, com ferreiros, sapateiros, lavradores, moinhos e carros de boi.

Imagem do Presépio de Pipiripau - Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG - BH

Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

Nesse curioso museu, o visitante encontra vários exemplares da flora e da fauna brasileiras. Ele abriga também peças arqueológi-cas e mineralógicas muito raras, além de uma curiosa e importante obra de arte que faz parte da história da cidade: o Presépio do Pipiripau. Essa obra nos conta uma história interessante sobre o seu criador, Raimundo Machado Azevedo. Ele iniciou o trabalho artístico aos doze anos de idade e levou toda sua vida, construindo o presépio. Entre as cenas da vida de Cristo, existem outras que contam histórias relacionadas à cidade de Belo Horizonte. Hoje, a obra pertence ao museu e é considerada uma das mais importantes manifestações artísticas de Belo Horizonte. O Museu da UFMG se localiza ao lado da Estação de Metrô Santa Inês.

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Museu Histórico Abílio Barreto

Nesse espaço cultural, você pode conhecer muitos objetos que contam a história dos primeiros anos de vida da cidade de Belo Horizonte. O acervo foi recolhido da localidade de Curral Del Rei e preservado como testemunho de uma época recente e das transformações sociais da história de Belo Horizonte. O museu é sediado na casa da antiga Fazenda do Leitão, remanescente do Arraial do Curral Del Rei.

CURIOSIDADE INHOTIM – BRUMADINHO

É um centro de arte contemporânea, que expõe um grande conjunto de obras de arte dispostas ao ar livre, em um Jardim Botânico, de forma muito interessante e também em galerias. São mais de 500 obras, assinadas por artistas de renome na-cional e internacional. Esse espaço, que pertence ao Institu-to Inhotim, desenvolve pesquisas na área ambiental e ações educativas de inclusão e cidadania para a população do seu entorno, conta com cinco lagos e reserva de mata preservada. O museu fica no município de Brumadinho, a 65 quilômetros de Belo Horizonte. http://www.inhotim.org.br/

Em Belo Horizonte, além de muitos museus, existem outros es-paços culturais que ficam abertos à visitação e alguns abrigam pequenos acervos.

FIQUE LIGADO!

A maioria dos museus e centros culturais, no mundo todo, fe-cha às segundas-feiras. Faça sua pesquisa na Internet e fique por dentro da programação das exposições e das atividades oferecidas pelos museus de sua cidade.http://www.museus.gov.br/os-museus/

Veja Também o site bh espera por você http://www.bhesperaporvoce.com.br/index.php/cultura/circuito-de-museus

Museu Abílio Barreto, Belo Horizonte - MG

Museu de Inhotim. Brumadinho - MG Palácio da Liberdade, Belo Horizonte - MG

Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Belo Horizonte - MG

Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Belo Horizonte - MG

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Circuitos Culturais

Circuito Cultural Praça da Liberdade

O conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade foi transfor-mado em um circuito cultural. Nos prédios onde funcionavam as Secretarias de Estado de Minas Gerais, agora, existem vá-rios museus.

Muitos espaços culturais compõem o Circuito da Praça da Liberdade:

Espaço TIM-UFMG do Conhecimento Memorial Minas Gerais; Museu das Minas e do Metal; Arquivo Público Mineiro; Museu Mineiro; Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa; Palácio da Liberdade;

Busque mais informações no site: www.circuitoculturalliberdade.mg.gov.br

DICAS DE LUGARES PARA FREQUENTAR

O Espaço TIM-UFMG do Conhecimento possui observatório astronômico, planetário e ambientes expositivos. O percurso aberto aos visitantes leva a muitas das infinitas possibilidades de visão contidas no inconcebível universo.http://www.ufmg.br/espacodoconhecimento

Palácio da Liberdade, Belo Horizonte - MG

Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Belo Horizonte - MG

Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Belo Horizonte - MG

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Palácio das Artes – Fundação Clóvis Salgado

O Palácio das Artes é um Centro de Formação Artística – CEFAR, que conta com escolas profissionalizantes de teatro, música e dança. Possui dois teatros para espetáculos de artes cênicas, música e dança, quatro galerias de artes plásticas, espaço fotográ-fico, sala para concertos de câmara, cinema, espaço multimeios, biblioteca especializada, musicoteca, videoteca, oficina para ins-trumentos de sopro, luteria (construção de instrumentos), salas de ensaio, ateliês e oficinas de cenografia, figurinos e adereçaria. www.palaciodasartes.com.br

O CEFAR abriga grupos artísticos como a Orquestra Sinfônica, uma companhia de dança e um coral lírico, além de um coral infanto-juvenil, uma banda sinfônica, uma orquestra jovem e um balé jovem. Fica na Avenida Afonso Pena, na área externa do Parque Municipal.

DICAS DE LUGARES PARA FREQUENTAR

No Palácio das Artes tem uma interessante programação cul-tural em todas as áreas (Artes Visuais, Música, Teatro, Dança, Literatura, Cinema). É possível assinar a newsletter e receber toda a programação por e-mail. Além da Grande Galeria, há outros espaços para exposições de artistas selecionados por editais de concorrência para Artes Visuais, Sala de Cinema, Grande Teatro, etc.

FIQUE LIGADO!

E então? O que você acha de fazer uma visita ao Palácio das Artes? Você vai descobrir interessantes caminhos que o (a) levarão a diversas manifestações da cultura. Lá também tem cursos gratuitos de música, dança e de teatro. http://www.fcs.mg.gov.br/agenda/default.aspx?IdUnidade=1

Palácio das Artes / Fundação Clóvis Salgado, Belo Horizonte - MG

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Os Centros foram implementados recentemente para ampliar os espaços de cultura da cidade. Neles, é desenvolvida uma política de descentralização da cultura. Há pelo menos um centro cultural municipal em cada região administrativa de Belo Horizonte:

Alto Vera Cruz; Jardim Guanabara; Liberalino Alves de Oliveira; Lindeia; Regina; Padre Eustáquio; Salgado Filho; São Bernardo; São Geraldo Venda Nova; Vila Fátima; Vila Marçola; Vila Santa Rita; Urucuia; Zilah Spósito.

Centros de Cultura de Belo Horizonte

FIQUE LIGADO!

Acompanhe a programação dos centros culturais de BH no guia “Programe BH: agenda cultural da Prefeitura de Belo Ho-rizonte”, na página da Fundação Municipal de Cultura: www.fcs.mg.gov.br, na qual você também encontrará muitas outras dicas de cultura da cidade. Outra boa indicação da progra-mação cultural está no Guia Entrada Franca: um espaço para você ficar informado sobre diversos assuntos, principalmente, eventos, cursos, arte e cultura. Nele, você pode se cadastrar para divulgar dicas e eventos culturais de sua comunidade.

http://www.guiaentradafranca.com.br

Além desses espaços culturais, existem ainda o Centro de Cul-tura Lagoa do Nado, implantado em 1992 e o Centro Cultural de Belo Horizonte (CCBH), que fica na Rua da Bahia, no Centro.

http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=fundacaocultura&tax=23388&lang=pt_BR&pg=5520&taxp=0&

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Afonso PenaNasceu em 1847, em Santa Bárbara, Minas Gerais, e morreu em 1909, no Rio de Janeiro. Exerceu diversos cargos públicos, entre eles, o de deputado, governador de Minas Gerais e pre-sidente da República.

Alfredo volpiNasceu em 1896, na Itália, e morreu em 1988, em São Paulo. Veio para o Brasil com 1 ano de idade e se tornou um importan-te pintor. Em 1953, ganhou o Prêmio de melhor pintor brasileiro.

Aníbal MachadoNasceu em 1894, em Sabará, Minas Gerais, e morreu em 1964, no Rio de Janeiro. Formou-se em Direito em 1917, foi profes-sor de História e Literatura e se eternizou como um grande cronista, contista e romancista. Autor, entre outras obras, de João Ternura.

Antônio Francisco Lisboa - Aleijadinho Nasceu em Vila Rica (hoje, Ouro Preto), provavelmente por vol-ta de 1730. Morreu em Ouro Preto, em 1814. Era filho de um arquiteto português (Manoel Francisco Lisboa) e de uma escra-va (Isabel). Muitas dúvidas cercam a vida de Antônio Francisco Lisboa. A história conta que ele foi um grande escultor e ficou conhecido por suas magníficas obras de arte. Os trabalhos de Aleijadinho podem ser vistos em Ouro Preto, Congonhas do Campo, Sabará e outras cidades mineiras. Os mais famosos são as esculturas dos doze profetas que estão localizadas na igreja do Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo.

Burle Marx Roberto Burle Marx nasceu em 1904, em São Paulo, e morreu em 1994, no Rio de Janeiro. Foi um artista plástico que ficou conhecido no mundo, como arquiteto-paisagista. Sua primeira obra importante foi o jardim do prédio do Ministério da Edu-cação e Saúde (1938), atual palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, um marco da arquitetura moderna no país. Além Q

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dessas, existem dezenas de obras importantes assinadas por ele no Brasil e no mundo, como: Os jardins do Conjunto da Pampulha (BH); o jardim do parque de Araxá (MG - 1940); os jardins da praia de Botafogo (RJ); o parque do Ibirapuera (SP); os jardins do aeroporto dos Guararapes (PE); os jardins do eixo monumental de Brasília (1950); o parque Aterro do Flamengo (RJ); e os jardins da sede da UNESCO (Paris - 1960).

Cândido PortinariNasceu em 1903, numa fazenda de café, em Brodósqui, no interior de São Paulo, e morreu no Rio de Janeiro, em 1962. Quando completou 15 anos, foi para o Rio de Janeiro estudar pintura na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1944, a convi-te do arquiteto Oscar Niemeyer, Portinari iniciou as obras de decoração do Conjunto Arquitetônico da Pampulha em Belo Horizonte. Portinari teve uma vida de engajamento político em Minas Gerais, sendo candidato a deputado em 1947 e a sena-dor em 1945 pelo então Partido Comunista Brasileiro. http://www.portinari.org.br/

Carlos Drummond de AndradeNasceu em 1902, em Itabira, Minas Gerais, e morreu em 1987, no Rio de Janeiro. Em 1934, foi convidado para trabalhar no Rio de Janeiro, no gabinete do então ministro da Educação e Saúde Pública, Gustavo Capanema. Drummond é conside-rado um importante e consagrado escritor e poeta. Deixou uma magnífica coleção de obras literárias e foi traduzido em diversas línguas. Algumas obras se destacaram: Brejo das al-mas (1934); Contos de aprendiz (1951); Fala amendoeira (1957); A bolsa e a vida (1962); Cadeira de balanço (1970); O poder ul-trajovem e mais 79 textos em prosa e verso (1972); Boca de luar (1984); Tempo vida poesia (1986); Confissões de Minas (1944); Antropologia poética (2001).

Carlos Pena FilhoNasceu no Recife, Estado de Pernanbuco, em 17 de maio de 1929 e morreu em 1960, no Recife. Foi compositor e poeta

considerado um dos mais importantes da segunda metade do século XX. Algumas de suas obras mais importantes são O tempo da busca, Memórias do boi Serapião, A vertigem lúci-da, Livro geral.

Cyro dos AnjosNasceu em 1906, em Montes Claros, Minas Gerais, e morreu em 1994, no Rio de Janeiro. Considerado pela crítica um gran-de romancista do seu tempo, escreveu diversos livros. Entre os mais importantes estão: Exposição do tempo (1952), A montanha (1956), A menina do sobrado (1979) e O amanuense Belmiro (1937).

Di CavalcantiEmiliano Di Cavalcanti nasceu em 1897, no Rio de Janeiro, e morreu em 1976. Pintor importante, participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo 11 obras. Em 1930, inicia sua participação em exposições coletivas, salões nacionais e in-ternacionais como a International Art Center, em Nova Iorque. Em 1937, recebeu uma importante homenagem, uma medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco- Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris.

Fernando Brant Nasceu em 1946, em Caldas, Minas Gerais. Compositor de vá-rias canções interpretadas por Milton Nascimento, entre elas a música Travessia, sucesso que o tornou bastante conhecido do grande público da MPB.

Fernando Sabino Nasceu em 1923, em Belo Horizonte, e morreu em 2004, no Rio de Janeiro. Foi escritor e cronista, autor de importantes obras, que marcaram a Literatura Brasileira. Entre elas, o ro-mance O encontro marcado, que narra interessantes histórias e acontecimentos do dia a dia de Belo Horizonte. Em 1979, ganhou o “Prêmio Jabuti”, um importante reconhecimento pelo seu trabalho.

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Flávio venturini É cantor, músico e compositor, nasceu em 1949, em Belo Ho-rizonte. Participou de um significativo movimento musical de BH nos anos 60 e 70, o Clube da Esquina. Ganhou destaque na Música Popular Brasileira junto com outros jovens da cidade, participando de vários festivais de música.

Getúlio Dornelles vargasNasceu em 1882, na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul, e morreu em 1954, na cidade do Rio de Janeiro. Formou-se em Direito pela Faculdade de Porto Alegre, foi deputado estadual, federal, ministro da Fazenda. Em 1930, assumiu o po-der como presidente do Brasil, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Vargas foi presidente do Brasil, entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945, instalou um período de ditadura, que ficou conhecido como Estado Novo. Como presidente, Vargas criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e promul-gou as principais leis trabalhistas. Vargas criou o Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE - 1938), a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Companhia Vale do Rio Doce (1942) e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Foi res-ponsável por uma campanha nacional, chamada “O petróleo é nosso”, que ficou muito conhecida. A frase marca até hoje a história da Petrobrás.

Hélio PellegrinoNasceu em 1924, em BH, e morreu em 1988. Médico, psicanalis-ta e escritor. Tinha um importante grupo de amigos, expoentes da literatura nacional. Entre eles, os escritores Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Nélson Rodrigues.

João Guimarães RosaNasceu em 1908, em Cordisburgo, Minas Gerais, e morreu em 1967, no Rio de Janeiro. Em 1925, aos 16 anos, entrou para Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais. Em 1929, começou sua carreira como escritor. Foi diplomata e

membro da Academia Brasileira de Letras, autor de contos e romances adaptados para teatro, cinema e TV. Adquiriu gran-de fama com sua obra imortal, que foi traduzida em diversos idiomas, Grande Sertões: Veredas.

José Joaquim da Silva Xavier - Tiradentes Nasceu em uma fazenda entre São José e São João Del Rei (MG) e morreu em 1792. O apelido de Tiradentes veio do ofí-cio de dentista. José Joaquim foi integrante do Movimento da Inconfidência Mineira, o que o levou à morte, pela acusação de ter traído a Coroa Portuguesa.

Juscelino Kubitschek de OliveiraNasceu em 1902, em Diamantina, Minas Gerais, e morreu em Rezende, em 1976. Ficou conhecido como JK, foi deputado federal, prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Ge-rais e presidente do Brasil, entre 1956 e 1961. Foi o responsá-vel pela construção de uma nova capital federal do país, Bra-sília. É uma das mais importantes figuras históricas do Brasil do século XX.

Lô BorgesNasceu em 1952, em Belo Horizonte. Cantor e compositor importante da Música Popular Brasileira. Participou do Dis-co “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento. Como outros jovens artistas mineiros das décadas de 60 e 70, foi também protagonista do significativo cenário musical brasileiro da se-gunda metade do século XX.

Manuel da Costa AthaídeConsiderado um importante artista da pintura barroca mineira, nasceu em Mariana-MG, no Período Colonial. Foi contemporâ-neo de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Seu primeiro trabalho conhecido é a encarnação de duas imagens de Cristo para o santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Con-gonhas do Campo (1781). Sua obra mais famosa é a pintura do teto da igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto.

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Page 79: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

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Maurício TizumbaNasceu em Belo Horizonte, no bairro Nova Esperança. É músico, cantor, ator e compositor. Artista dedicado a manter viva a cul-tura brasileira, especialmente as várias tradições de origem afri-cana, participando de diversos trabalhos sociais em sua cidade.

Milton NascimentoNasceu em 1942, no Rio de Janeiro. Ainda bem pequeno, foi morar em Minas Gerais com seus pais adotivos. Tornou-se cantor e compositor reconhecido internacionalmente. Milton participou dos principais movimentos musicais brasileiros e até hoje mantém estreitas relações com as raízes mineiras, misturando o regional e o clássico, em um resultado de quali-dade singular. É considerado por grande parte dos críticos um gênio na linguagem musical.

Oscar NiemeyerNasceu em 1907, no Rio de Janeiro. Em 1934, estudou na Es-cola Nacional de Belas Artes, também no Rio, onde se formou como engenheiro e arquiteto. Em 1935, foi trabalhar no escri-tório do engenheiro Lúcio Costa. Em 1939, os dois projetaram o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial em Nova York. Em 1940, Niemeyer conhece Juscelino Kubitschek, o então prefeito de Belo Horizonte, que o convida para integrar a equipe que iria projetar a nova capital do país, Brasília. Oscar Niemeyer pro-jetou inúmeras outras obras e continua acumulando diversos prêmios internacionais, já sendo considerado um dos maiores arquitetos dos séculos XX e XXI.

Otto Lara RezendeNasceu em 1922, em São João del-Rey, Minas Gerais, e morreu em 1992. Aos dezoito anos, começou a trabalhar como jorna-lista no jornal O Diário, de Belo Horizonte. No Rio de Janeiro, trabalhou no Diário de Notícias, em O Globo, Diário Carioca, Correio da Manhã, Última Hora, revista Manchete, Jornal do Brasil e TV Globo. Trabalhou também como cronista para o jornal Folha de São Paulo. Em 1979, tornou-se membro da Aca-

demia Brasileira de Letras.

Paulo Mendes CamposNasceu em 1922, em BH, e morreu em 1991, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1951, lançou seu primeiro livro, A palavra es-crita (poemas). Trabalhou em grandes jornais, como: Correio da Manhã, Diário Carioca. Neste último, assinava a "Semana Literária" e, depois, a crônica diária, em uma coluna intitulada "Primeiro Plano". Trabalhou também como cronista para a re-vista Manchete.

Pedro NavaNasceu em 1903, em Juiz de Fora, Minas Gerais, e morreu em 1984, no Rio de Janeiro. Médico e escritor. Destacou-se na li-teratura brasileira como memorialista.

Rubem Braga Nasceu em 1913, em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito San-to, e morreu em 1990, no Rio de Janeiro. Cronista e jornalista, considerado por muitos críticos o grande mestre da crônica.

Toninho Horta - Antonio Maurício Horta de Melo Nasceu em 1948, em BH. Violinista, compositor e intérprete, fez parte do seleto grupo dos jovens músicos das décadas de 60 e 70, em Belo Horizonte, quando conseguiu fama nacional.

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Page 80: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

Praça Raul Soares, Belo Horizonte - MG

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Page 81: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

Ao longo deste Caderno, foi possível perceber como são diferentes os jeitos de ser, fazer e estar no mundo, vivendo em nosso lugar. Juntos, fizemos um percurso pelos caminhos da história e da cultura, passeando pelo Brasil, Minas e Belo Horizonte.

Agora, você entende melhor o que é ser e fazer parte da história de Belo Horizonte. Vá em frente com novas descobertas. Faça seu caminho! Procure lembranças, fotografias antigas, escritos de sua família e amigos e muitas outras referências que estiverem ao seu alcance. Destaque tudo o que lhe chamou mais a atenção e registre suas novas impressões sobre a cidade. Nas ruas, nos monumentos, nos grafites estampados nos muros, nos poemas, na música, na arquitetura, nas revistas em quadrinhos e mesmo numa boa conversa, você encontrará bons motivos para amar ainda mais o seu lugar.

É hora de fazer a sua programação cultural e desfrutar da dinâmica que a cidade lhe oferece. Viva a diversidade de Belo Horizonte, construindo uma relação afetiva com o seu lugar e exercendo o seu direito à cidade.

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Page 82: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

(p. 6-7) Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte - MG

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 8) Detalhe de indumentária Maxakali

Foto: José Caldas

(p. 9) Ladrilho hidráulico português.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 9) Ladrilho hidráulico português.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 9) Ladrilho hidráulico português.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 9) Ladrilho hidráulico português.

Foto: ©Guanabaratejo

(capa) Praça Raul Soares.

Foto: ©Guanabaratejo

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Page 83: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

(p. 16) Estátua de Tiradentes - Praça Tiradentes - BH.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 17) Detalhe da colheira do café - Serra da Canastra.

Foto: José Caldas

(p. 17) Detalhe do ramo do café - Serra da Canastra.

Foto: José Caldas

(p. 18) Paisagem da Região Oeste Sul - MG

Foto: José Caldas

(p. 19) Vista da cidade de Lambari - MG

Foto: José Caldas

(p. 19) Fonte de água mineral - MG

Foto: José Caldas

(p. 20) Objetos decorativos em pedra sabão - MG

Foto: Emídio Bastos

(p. 9) Ladrilho hidráulico português.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 9) Cerâmica do Vale do Jequitinhonha.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 9) Jardim do Museu de Arte da Pampulha. Paisagismo de Roberto Burle Marx.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 10) Ervas medicinais de tradição popular – Mercado Central.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 11) Salão de Beleza Afro. Exemplo da influência do movimento afirmativo em BH.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 13) Manifestação do Congado. Vargem Grande, Santana do Riacho - MG.

Foto: José Caldas

(p. 15) Mapa da “Capitania de Minas Gerais nos fins da era colonial” (site do Arquivo Público Mineiro).

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/grandes_formatos_docs/photo.php?lid=233

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Page 84: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

(p. 21) Vista da cidade de Ouro Preto.

Foto: José Caldas

(p. 28) Macaco Buriqui também chamado Muriqui. Zona da Mata - MG.

Foto: José Caldas

(p. 22) Dança Maxakali.

Foto: José Caldas

(p. 29) Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição do Vale de Santa Rita de Ibitipoca - MG.

Foto: José Caldas

(p. 23) Interior da Basílica São Geraldo, Curvelo - MG.

Foto: José Caldas

(p. 30) Estação de trem da cidade de Cordisburgo - MG.

Foto: José Caldas

(p. 23) Interior da Basílica São Geraldo, Curvelo - MG.

Foto: José Caldas

(p. 31) Mapa do Circuito Guimarães Rosa pelas cidades históricas mineiras. Autores do mapa: Dieter Heidemam, Maria Coelho e Castro.

(p. 24) Carrancas do Rio São Francisco.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 31) Os Doze Apóstolos de Aleijadinho da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas - MG.

Foto: José Caldas

(p. 25) Revoada de garças às margens do “Velho Chico”.

Foto: José Caldas

(p. 33) Estação de trem de Outro Preto - MG.

Foto: José Caldas

(p. 27) Serra da Canastra - MG.

Foto: José Caldas

(p. 34) Marco indicativo da Estrada Real, Ouro Preto - MG.

Foto: Toinho Castro

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Page 85: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

(p. 35) Mapa Antigo dos caminhos da Estrada Real - MG.

http://www.limaduarte.com/estradareal/mapa1.gif ou http://www.limaduarte.com/estradareal/index.php

(p. 41) Tamanduá Bandeira, Serra da Canastra - MG.

Foto: José Caldas

(p. 36) Processo de fabricação do Queijo Minas.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 43) Vista panorâmica da Praça Raul Soares - BH.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 36) Processo de fabricação do Queijo Minas.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 44) Mapa do Planejamento Urbano da Cidade de Belo Horizonte – Século XIX.

(direitos reservados)

(p. 37) Fachada do Edifício Niemeyer, Belo Horizonte - MG

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 45) Vista panorâmica de Belo Horizonte.

Foto: Emídio Bastos

(p. 38) Interior do terreiro de candomblé Ilê Wopo Olujukan - BH.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 45) Quaresmeira. Praça da Liberdade, Belo Horizonte - MG

Foto: Emídio Bastos

(p. 39) Casa do Baile, Pampulha - BH.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 46-47) Vista panorâmica da Cidade de Belo Horizonte - MG.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 40) Serra da Canastra - MG.

Foto: José Caldas

(p. 48) Igreja de São Francisco. Pampulha, Belo Horizonte - MG.

Foto: ©Guanabaratejo

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Page 86: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

(p. 49) Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte e da Feira de Artesanato.

Foto: Emídio Bastos

(p. 50) Placa da Rua dos Guajajaras

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua dos Carijós

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua dos Timbiras

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua dos Tamóios

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua dos Aimorés

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua dos Tupis

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua dos Tupinambás

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua dos Caetés

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Diamante

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Guaicurus

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Azurita

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua dos Goitacazes

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Turmalina

Foto: ©Guanabaratejo

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Page 87: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

(p. 50) Placa da Rua Safira

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Xisto

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Rubi

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Cristal

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Esmeralda

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Quartzo

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Platina

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Ametista

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 50) Placa da Rua Gratifo

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 51) Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte - MG

Foto: Emídio Bastos

(p. 50) Placa da Rua dos Caetes

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 53) Praça da Liberdade, Belo Horizonte - MG

Foto: Emídio Bastos

(p. 50) Placa da Rua Eurita

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 54) Parque das Mangabeiras, Belo Horizonte.

Foto: Emídio Bastos

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Page 88: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

(p. 55) Detalhe da fachada do Edifício Acaiaca - BH.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 60) Essa imagem faz parte do projeto “Um olhar sobre o Congado das Minas Gerais”, coordenado pelas professoras Nadja Mourão e Cristiane Nery no Centro de Extensão da Escola de Design/UEMG

Foto: Cristiane Nery

(p. 56) Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte - MG.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 61) Brinquedo artesanal.

Foto: Emídio Bastos

(p. 57) Monumento Encontro Marcado. Praça da Liberdade, Belo Horizonte - MG. Otto Lara Resende, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino.

Escultor: Leo Santana

Foto: Walmir Monteiro

(p. 62) Dança Maxacali.

Foto: José Caldas

(p. 58) Cozinha com fogão a lenha e comida mineira - MG.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 63) Essa imagem faz parte do projeto “Um olhar sobre o Congado das Minas Gerais”, coordenado pelas professoras Nadja Mourão e Cristiane Nery no Centro de Extensão da Escola de Design/UEMG

Foto: Cristiane Nery

(p. 59) A tradição de Belo Horizonte em seus doces, canecas e queijos.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 64) Vista panorâmica da cidade de Belo Horizonte.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 59) A tradição de Belo Horizonte em seus doces, canecas e queijos.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 65) Objetos artesanais encontrados nas feiras e no Mercado Central, Belo Horizonte - MG.

Foto: Marcelo Andrê

(p. 59) A tradição de Belo Horizonte em seus doces, canecas e queijos.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 65) Renda encontrada nas feiras e no Mercado Central, Belo Horizonte - MG.

Foto: ©Guanabaratejo

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Page 89: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

(p. 67) Cartaz da FIT - Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de BH. FIT – BH / 2010

(p. 72) Museu Abílio Barreto - BH.

Foto: Marcelo Andrê

(p. 68) Imagem do interior do Museu de Artes de Ofícios de Belo Horizonte.

Foto: Marcelo Andrê

(p. 72) Museu de Inhotim. Brumadinho - MG

Foto: Marcelo Andrê

(p. 69) Museu de Arte da Pampulha.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 73) Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Belo Horizonte

Foto: Marcelo Andrê

(p. 70) Os objetos pertencem ao Museu de Artes e Ofícios. Belo Horizonte.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 73) Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Belo Horizonte

Foto: Marcelo Andrê

(p. 70) Os objetos pertencem ao Museu de Artes e Ofícios. Belo Horizonte.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 73) Palácio da Liberdade. Belo Horizonte - MG.

Foto: Marcelo Andrê

(p. 70) Os objetos pertencem ao Museu de Artes e Ofícios. Belo Horizonte.

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 74) Palácio das Artes / Fundação Clóvis Salgado - Belo Horizonte

Foto: Walmir Monteiro / SambaPhoto

(p. 71) Presépio de Pipiripau - Pertence ao Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

Autor: Raimundo Machado Azevedo

Foto: ©Guanabaratejo

(p. 80) Praça Raul Soares, Belo Horizonte - MG.

Foto: ©Guanabaratejo

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Page 90: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

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Page 92: Caderno de Cultura de Belo Horizonte

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