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CDI - Comitê para Democratização da Informática CURSO BÁSICO DA EIC CADERNO DE ATIVIDADES

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CDI - Comitê para Democratização da Informática

CURSO BÁSICO DA EIC

CADERNO DE ATIVIDADES

2005

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................4

ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO DOS PLANOS DE AULAS............................................7

DESCONTRAÇÃO, APRESENTAÇÃO DA TURMA E COMPUTADOR..............................9

EXPECTATIVAS E MOTIVOS COM RELAÇÃO AO CURSO..............................................13

CONHECENDO O CDI, A EIC E A PROPOSTA DO CURSO................................................17

O TRABALHO EM PLATAFORMAS LIVRES E PROPRIETÁRIAS...................................20

ENTROSAMENTO DO GRUPO: VIVENDO EM GRUPOS....................................................23

CIDADANIA...................................................................................................................................26

O COMPUTADOR COMO FERRAMENTA..............................................................................28

REGRAS DO CURSO....................................................................................................................31

DIREITOS HUMANOS, MITO OU VERDADE?......................................................................35

..........................................................................................................................................................37

SERVIÇOS PÚBLICOS SÃO GRATUITOS?.............................................................................38

DIREITOS E MECANISMOS DE DEFESA...............................................................................41

DIREITO À COMUNICAÇÃO.....................................................................................................44

DIREITO AO TRABALHO...........................................................................................................48

O MEU LUGAR NO MUNDO......................................................................................................53

LINHA DA VIDA............................................................................................................................55

O QUE FAZER DA VIDA?...........................................................................................................57

CAÇANDO OS NOSSOS FANTASMAS E SONHOS................................................................61

COMO ORGANIZAR NOSSA PESQUISA?...............................................................................64

A VOLTA COM OS DADOS.........................................................................................................69

OLHANDO PARA OS NOSSOS FANTASMAS E SONHOS....................................................72

OS NÚMEROS FALAM................................................................................................................75

MUNDO DO TRABALHO............................................................................................................77

EMPREENDEDORISMO..............................................................................................................83

SÍNTESE FINAL............................................................................................................................87

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Apresentação

Querido amigo educador, querida amiga educadora,

Você inicia uma nova turma na EIC. Talvez seja a sua primeira turma na EIC, talvez seja a segunda, a terceira, a décima, ou mais... Sendo a primeira turma ou não, sabemos que a ansiedade, o nervosismo e alguma insegurança sempre aparecem, não é? Isto é absolutamente normal. Todos nos sentimos assim. Até mesmo, educadores antigos, que dão aula há muito tempo, ficam com este “friozinho na barriga” (ou até dor de barriga, mesmo!) antes das primeiras aulas com uma turma nova.

O grande segredo para diminuir nossa insegurança, nosso nervosismo e ansiedade é nos prepararmos ao máximo para este momento. E como fazer isto?

Participando do Curso de Formação Inicial do Educador, no CDI;

Relendo com bastante calma e atenção este Caderno de Atividades antes do início da turma;

Planejando como será cada aula, passo a passo, momento a momento e deixando a seqüência das atividades da aula e o material todo bem perto de você durante a aula, para que possa consultar quando preciso.

Fazendo isto tudo com uma boa antecedência (dias antes da aula) para que dê tempo de ligar ou ir até a equipe pedagógica do CDI caso tenha dúvidas. Ter dúvidas é algo muito normal, não há quem não as tenha. Ter dúvidas demonstra que você quer fazer o melhor trabalho possível. A equipe do CDI existe para isto mesmo, para apoiar você SEMPRE que precisar.

Preparando todo o material necessário antes de cada aula. Reunindo com os outros educadores da EIC para planejar e

discutir; Participando dos encontros de educadores do CDI.

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A seguir, temos algumas orientações sobre o uso deste caderno de atividades e de como planejar suas aulas. Se você tiver algo a acrescentar a esta lista, fale com a equipe do CDI. Este material é uma construção coletiva da Rede CDI, e isso inclui você!

1. Antes de iniciar suas aulas, estude e faça o planejamento das formas de avaliação do curso: as fichas de avaliação, as avaliações de cada aula, a avaliação final e as formas de avaliação dos alunos.

2. Cuide para que a EIC tenha todas as informações necessárias sobre os alunos, veja se cada um já preencheu a ficha de inscrição, converse com a coordenação da EIC sobre o que é necessário ainda fazer sobre essa questão. Participe da formação das turmas, que deve ser feita pela equipe toda da EIC, coordenador e educadores.

3. Tenha as apostilas técnicas impressas. Converse com seu coordenador, veja se a EIC já as tem, em que quantidade, confira se são as de 2005 e se estão ao lado do micro, para que os educandos tenham fácil acesso. Se a EIC não tiver ainda, discuta com a equipe formas de captação de recursos para imprimi-las. Peça orientação ao CDI para essa captação de recursos. Nossa orientação é que a EIC tenha uma apostila por micro e mais algumas para emprestar aos educandos que queiram copiá-las.

4. Lembre-se que tudo melhora com o tempo. Podemos não gostar muito da primeira aula, mas, com o tempo, se a gente pára depois de cada aula e avalia o que deu certo e o que deu errado, se consulta o CDI para trocar idéias, se a gente se esforça para ler e reler e entender cada vez mais todo o material de apoio, se cria novas atividades, conseguimos melhorar a cada aula. Nas primeiras turmas você provavelmente utilizará as atividades aqui propostas. Com a experiência, novas idéias podem surgir e ajudar a criar outras atividades para as próximas turmas, adaptando todo o material à sua necessidade, sua comunidade e sua maneira de trabalhar. Sempre que isso acontecer, precisamos tomar o cuidado para avaliar se a adaptação está no sentido de alcançar os objetivos propostos por nossa Proposta Política Pedagógica. Por isso, registre sempre, para

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poder discutir com a equipe do CDI e mais tarde compartilhar com toda Rede CDI.

5. Este caderno de atividades é nossa proposta para o primeiro curso que a EIC oferece à comunidade, é o básico. Após este curso, outros serão planejados por você, pela comunidade, pelos ex-alunos e pela equipe da EIC. Cursos dando continuidade a este, que serão planejados em decorrência às discussões, descobertas e necessidades pesquisadas neste curso.

6. Por ser um curso básico, priorizamos as ferramentas básicas: uma introdução ao sistema operacional, Editor de Textos, editor de apresentações e Editor de Planilhas. E planejamos atividades com o uso dos principais e mais básicos recursos destes editores. O uso das ferramentas deve ser de acordo com as necessidades e interesses de cada turma, assim, aqui estão propostas atividades que serão adaptadas por você e sua turma. O processo de ensino e aprendizagem da ferramenta deve ser dinâmico, a ferramenta sempre a serviço da construção da cidadania. Desta forma a cada turma você avançará mais ou menos em cada recurso de cada ferramenta. Lembre-se que após este curso básico, outros serão planejados e desenvolvidos, de acordo com as necessidades das turmas e comunidades.

7. Priorize o ensino dos princípios da ferramenta, para que ela serve, porque tem mais recursos, de maneira que a comunidade aprenda a usar a ferramenta e não apenas seus recursos, que saiba o conceito de fazer edição de texto, ou apresentação ou conceito de se usar planilhas. Assim você formará o cidadão que utiliza as ferramentas tecnológicas de maneira empreendedora, criativa, crítica e solidária.

8. Nas atividades temos algumas sugestões de materiais a serem produzidos pelos alunos para que divulguem periodicamente em suas comunidades o que estão discutindo, aprendendo e descobrindo. Criar canais de comunicação da EIC com a comunidade deve ser um de seus objetivos para envolver a comunidade e potencializar nosso trabalho, nossa rede de colaboração, nosso espaço de discussão e ação.

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9. É certo que às vezes pegamos algumas turmas ou alunos que nos dão mais trabalho, que nos desafiam porque fazem ou falam algo pelo qual não esperávamos, ou com o qual não estávamos acostumados. Mas é assim mesmo. Lidar com pessoas é sempre uma nova surpresa a cada encontro. Às vezes boa, às vezes nem tanto, às vezes ruim. Mas sempre válida, pois sempre faz a gente aprender. Basta ter humildade para aprender com os outros e com nossos erros, dedicação na busca de novos conhecimentos para realizar um bom trabalho, muito amor e respeito pelos outros e muita garra e disposição para ir em frente, sempre! Isto é ser educador.

Um abraço bem grande, de todos os seus amigos e amigas da Rede CDI.

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Estrutura de Apresentação dos Planos de Aulas

Apresentamos a seguir sugestões de atividades para o curso básico. Você perceberá que cada atividade pode ser desenvolvida em uma aula ou mais aulas. Vai depender muito de sua turma, da idade, do envolvimento, dos interesses, das opções e o do quanto a turma já conhece de informática e de participação popular. O ideal é que cada aula tenha no mínimo 2 horas. Com aulas de 2 horas, as turmas desenvolverão algumas atividades em uma aula e outras em duas. Assim, este curso básico terá uma carga horária média de 60 horas. Planejamos assim, pois com duas aulas por semana de 2 horas cada é possível desenvolver o curso em 4 meses, no período entre férias escolares. Ou em menor tempo, se mais tempo por semana. Nossa orientação é que não ultrapasse os 4 meses, para evitar a evasão comum aos cursos de longa duração.

Estude esta proposta, adapte-a à sua turma, baseie-se nela, mas saiba que você é quem conhece sua turma, e é você, em conjunto com a equipe da EIC e do CDI, quem vai decidir como será o curso.

A seguir você terá cada aula preparada, com as seguintes informações e explicações:

Número da atividade com seu título O objetivo de cada atividade, ou seja, o que queremos com aquela atividade. As ferramentas que serão trabalhadas naquela atividade; Uma conversa com você explicando como será a atividade; A avaliação, porque a cada bloco de atividades o educador deverá refletir se alcançou os objetivos de cada aula. Para isto existe na pasta “Fichas de Avaliação” uma ficha para cada atividade com espaço para que você reflita sobre cada aluno e sobre o que deu ou não deu certo para que você possa levar para consultar com a equipe pedagógica do seu CDI.

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PREPARANDO O CAMPO

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Atividade 1 DESCONTRAÇÃO, APRESENTAÇÃO DA TURMA E COMPUTADOR

Objetivos: Possibilitar o entrosamento e integração do grupo e apresentar os componentes do computador.

Ferramentas: Apresentação do computador Hardware e Software Componentes básicos Ligar e desligar

Conversa com o educador:É hora da turma, equipe da EIC e educandos, se conhecer. Cada um diz quem é, de onde vem, o que faz, porque quer fazer o curso e como ficou sabendo da EIC. Nesta hora, é importante que o ambiente seja descontraído e que a pessoa tenha tempo o suficiente para falar, mesmo que fale bastante, pois ela precisa sentir que é acolhida no grupo neste primeiro contato. Para isso faça uma dinâmica. Algumas dinâmicas têm o papel de descontrair e “quebrar o gelo” que sempre aparece quando pessoas que não se conhecem se encontram dentro de um mesmo ambiente pela primeira vez. Estas dinâmicas favorecem a integração do grupo, permitem que as pessoas relaxem, baixem a guarda e invistam no contato com o outro. Isto também pode acontecer naturalmente com o tempo, mas a dinâmica acelera o processo e pode criar um ambiente favorável a um bom entrosamento grupal. E o bom entrosamento grupal será fundamental nos nossos encontros.

Sugestão de atividade:1º momento: Ligar e explorar a função do mouseAgora é o momento de nos apresentarmos, ao mesmo tempo em que exploramos a máquina, com suas partes e funções. Trabalhe primeiro com o botão ligar/desligar. Nesse momento é muito comum para o grupo se sentir tímido, pois tem medo de passar vergonha por não

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achar o botão de ligar. Tome o cuidado de deixar a turma à vontade e garantir que o grupo se respeite. Aproveite e pergunte quem sabe onde liga. É interessante sempre perguntar quem sabe fazer o que você está propondo, pois estimula a troca entre o grupo. Mas isso deve ser feito com cuidado, pois os que estão chegando agora ao mundo da informática devem ser respeitados, é preciso deixar claro que ninguém tem o dever de vir sabendo algo, e ninguém deve ser ridicularizado por perguntar algo ou por não saber algo.

2º momento: Teclado e mouse - funçõesDeixe um ícone de um Editor de Texto na área de trabalho e aproveite para continuar a explorar o mouse, perguntando para que serve. É importante que o grupo perceba a sua função. Daí em diante o desafio será o de conduzi-lo. E agora? Que tal propormos uma dinâmica para que use um pouco o teclado? Se já conseguiu identificar o mouse, então oriente a turma para entrar no Editor de Texto. Você pode instigar o grupo a pensar a função de um Editor de Texto o que facilitará, mais adiante, pensar as partes e funções do computador. É legal que o grupo compreenda cada função exercitando seu uso, para não corrermos o risco de a aula ficar muito teórica. Explique o básico para que escrevam e permita que eles experimentem e descubram na prática a utilidade destes recursos: cursor e teclas como espaço, backspace, enter.

3º momento: Apresentação do grupo com o Editor de TextoDinâmica:Dê um tempo para o grupo escrever seus nomes no micro em que se encontra, em seguida, peça para que se olhem e escolham um colega para trocar de computador; não vale ficar no mesmo computador. No computador do colega, abaixo do nome, deverão escrever uma característica positiva do dono do nome. Peça para que mudem novamente e façam a mesma coisa com outro nome. Por fim, todos voltam para o computador que começaram a atividade e devem se apresentar com as características que os outros colocaram. A dica é brincar um pouco com isso para que o grupo se descontraia. Você pode perguntar: como foi falar da gente a partir do olhar do outro? Eles acertaram? Você acha que é assim mesmo?

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Após a dinâmica, peça que o grupo lembre o que usou para fazer a atividade. Explique então as partes do computador e funções, a partir das conclusões do grupo.

Abaixo, segue uma outra sugestão para dinamizar ainda mais:Pergunte ao grupo o que conhecem das partes de um computador e dos periféricos e, conforme nomeiam cada parte, escreva os nomes das partes na lousa ou numa folha afixada. Distribua pequenos papéis e canetas. Peça que copiem nas tiras de papéis os nomes de cada parte do computador. Ao terminarem, combine que ao você dizer “já” todos devem colocar suas tirinhas sobre a parte correspondente de seu computador e sobre os periféricos que houver na sala também. Converse sobre a utilidade de cada parte do computador.

Mostre para o grupo que o que você acabou de ensinar está na apostila de informática. Faça com que abram na página e leiam. Dessa forma, vão se acostumando com a apostila e podem estudá-la nos horários fora da aula também. Peça para que o grupo identifique na apostila a diferença de software e hardware e demonstre-a, utilizando a máquina.

Peça ao grupo que retire as tirinhas ao final da aula, para que você possa repetir essa atividade com todas as turmas, mas pergunte o que acham de colarem as tiras a cada aula, até que os nomes estejam bem familiarizados.

Faça o exercício de fechar o programa e desligar o computador, passo a passo, até o estabilizador. Ensine, então como se desliga, e porque é preciso desligar o computador da maneira correta. Finalize a aula lembrando de tudo que foi dado.

Avaliação do DiaTodos os dias o grupo reflete sobre se alcançou os objetivos da aula.

Os educandos continuam com interesse pelo curso?

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Atenção!!! O grupo está começando, por isso a característica pode ser resumida numa palavra.

O grupo interagiu entre si, alguns aprenderam os nomes uns dos outros? Eles se sentiram estimulados a ligarem e desligarem o computador? Compreenderam bem o funcionamento do computador e para que servem suas partes? Existem várias formas de darmos uma aula, cada um tem seu jeito de dar e cada grupo responde de um jeito também, o que você faria ou fez de diferente neste dia? Em que grupo? Por quê?

Observação: mostre o que você está fazendo para quem está te acompanhando no CDI e na EIC. Junte seus recursos aos que propomos aqui e leve para o encontro de educadores, assim podemos compartilhar com outros educadores que estarão com você neste encontro e também com toda a REDE CDI.

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Atividade 2 EXPECTATIVAS E MOTIVOS COM RELAÇÃO AO CURSO

Objetivo: Levantar as expectativas e motivos que levaram o grupo ao curso; definir as regras do curso.

Ferramentas: Periféricos do computador HD / Memórias

Ligar e desligar

Introdução ao Sistema Operacional Apresentação da Área de trabalho Ícones: clicar Barra de tarefas Botão Iniciar: desligar e navegar Janelas e botões de comando

Conversa com o Educador:Saber os motivos que levaram cada aluno a se inscrever no curso e quais são suas expectativas auxilia em muito o educador em sua tarefa de conduzir as atividades e na interação com os integrantes. Muitas coisas podem aparecer nesta “pesquisa”: geralmente há uma esperança de se conseguir um emprego depois do curso, há casos em que os/as jovens são obrigados pelos pais ou pela empresa em que trabalham, e houve até um caso de uma moça que queria fazer o curso só para sair um pouco de casa!

É importante que todos falem, que deixem claro para si próprios e para o grupo porque estão ali. Tome o cuidado de deixar claro que nem todas as expectativas serão resolvidas neste curso e faça, por exemplo, a pergunta: no que esse curso pode colaborar na procura de emprego? O que é preciso que aconteça para que os educandos arrumem emprego, além de fazer curso de informática e cidadania? Por que será que mesmo quem faz cursos de informática nem sempre arruma emprego? Outra questão que deve ficar clara também, é que as expectativas são de responsabilidade do grupo todo. Em todo curso é muito importante a definição de regras em conjunto, nossa proposta

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é fazer isso daqui a algum tempo, quando algumas coisas tiverem acontecido. Veja nossa proposta no final do primeiro momento desta atividade. Sugestão de atividades:1o Momento:Divida o grupo em duplas e peça para que conversem sobre suas expectativas com relação ao curso, porque estão fazendo o curso. Após pouco tempo de conversa, 5 minutos, por exemplo, peça para que troquem de duplas, conversem e que troquem de novo, após mais 5 minutos. Em seguida, diga ao grupo que escreva em uma frase suas expectativas e motivos, numa tira de papel pequena o suficiente para que seja dobrada e colocada dentro de uma bexiga.

Obs: Sugerimos que essa atividade seja feita com papel, caneta ou lápis, pois as limitações do uso do teclado, que certamente ainda existem no início do curso, podem dificultar a tarefa de escrever a resposta.

Peça para que todos dobrem os papéis após escrever a resposta, coloquem dentro das bexigas e as encham e amarrem. Convide o grupo a brincar de manter a bexiga no ar, primeiro com as mãos, depois com os ombros, depois com a cabeça, etc. Em seguida, que troquem de bexigas entre si e que brinquem de manter todas as bexigas no ar.

Após essa descontração, peça para que todos estourem suas bexigas, peguem os papeizinhos de dentro e se sentem para conversarmos sobre as expectativas. Cada um lê a expectativa que pegou da bexiga que estourou e quem a escreveu explica. Após todos lerem e explicarem suas expectativas e motivos, faça um apanhado geral do que foi apresentado pelo grupo.Em seguida, apresente as expectativas da equipe da EIC em relação a participação do grupo e da produção que esperam desenvolver durante o curso. Negocie com o grupo cada uma destas expectativas, deixando claro que o sucesso depende um pouco de cada um. É importante ainda, deixar claro quando alguma das expectativas levantadas não estiver dentro da proposta do curso como aprender determinadas ferramentas que não fazem parte desta fase da formação, ser indicado

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para um emprego, etc. Aproveite esse momento de acerto de expectativas para introduzir o assunto de regras de convivência e de participação no curso, e explique que definiremos nossas regras em conjunto na atividade 8, quando todos se conhecerem bem, quando já tiverem visto o que é o curso, a EIC, o CDI e discutido situações do dia-a-dia que necessitam de regras. Desta forma, em cada um destes dias iniciais é importante todos estarem atentos às necessidades de tais regras, e fazerem um registro das que acham necessárias, para serem definidas daqui a algumas aulas.

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2o Momento:

Explorando a área de trabalho...Lembre com o grupo como ligar o computador, peça para que todos liguem. Converse com a turma sobre porque demora tanto para que o computador esteja pronto para o uso: o fato de estar carregando, o que significa isso, a rapidez diferente de uma máquina para outra, explicando que o computador é diferente de um eletrodoméstico comum porque serve para muitas e diferentes finalidades, é programável. Após todos os computadores estarem prontos, peça para que observem o que vêem na área de trabalho e pergunte o que estão vendo. Relembre que na aula passada você trabalhou a entrada no Editor de Texto clicando nos símbolos (ícones) que aparecem nessa “tela”, a área de trabalho. Peça para que explorem a área de trabalho clicando com o mouse em outros ícones. Deixe o grupo fazer esse exercício sozinho por aproximadamente uns dois minutos, em seguida, peça que eles descrevam o que estão vendo. É importante que você dê dicas ao grupo para que descubram que os programas abertos aparecem em forma de janelas. Utilize a aula anterior e as conclusões do grupo para construir com ele o conceito de programas (softwares).

Avaliação: Como foi a aula hoje? Como estão as expectativas do grupo com relação ao curso? Como você acha que poderá trabalhar a proposta da EIC com os

grupos? O que é importante retomar para aula adiante?

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Atividade 3 CONHECENDO O CDI, A EIC E A PROPOSTA DO CURSO

Objetivo: Trabalhar com o grupo a proposta do CDI.

Ferramentas: Janelas Caixa de diálogo Softwares Configuração de área de trabalho

Conversa com o Educador:Nosso objetivo hoje é sua turma conhecer o que é o CDI e a EIC, é sentir que faz parte de algo bem maior que um curso de informática, mas sim de um projeto de inclusão digital e social.

Sugestão de atividades:

1º momentoRetome com o grupo a função dos ícones dispostos, relembrando os momentos da atividade anterior. Peça para que abram várias janelas e fechem, deixando apenas uma aberta.

Reflita com o grupo:Por que será que os homens fizeram esses programas em formato de janelas? Eu posso dizer que o computador significa uma janela para nós? Uma janela para quê? Todos têm acesso a essa janela? Por quê? Liste as contribuições do grupo e peça para que fechem a janela que ficou aberta.

2º momentoNa pasta MATERIAL DE APOIO AO EDUCADOR existe uma subpasta, onde tem uma apresentação Institucional da Rede CDI e CDI Regional/Internacional. O educador deve, bem antes desta aula, pegar esta apresentação e inserir novos slides, ao final da apresentação, com informações da Entidade que hospeda a EIC, das atividades da EIC e do Curso. Sugerimos também que você deixe um slide com uma pergunta: Como me sinto fazendo parte de uma EIC? E estimule o

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grupo para escrever uma frase dizendo como se sente entrando nesse mundo digital. Deixe o arquivo da apresentação salvo na área de trabalho de cada computador da sala, antes da aula começar.

Oriente o grupo para entrar na apresentação, cada um em seu próprio computador. Peça para cada aluno acompanhar a apresentação no computador enquanto você apresenta. Oriente para que mudem o slide somente quando forem orientados para fazê-lo.

Inicie uma discussão sobre o que entenderam do que foi apresentado, quais dúvidas têm, comentários sobre o CDI, a EIC e o curso. Lembre da aula passada, quando foi falado o que o curso representa para este grupo. Peça que respondam à pergunta do último slide, levando em conta tudo que o grupo já viu até aqui. Quando concluírem este trabalho peça para que apresentem para a turma. Reflita com o grupo: podemos fazer desse curso uma janela para o mundo? Como? Discuta sobre a proposta do curso e o que precisamos fazer para garantir que ela aconteça. Qual o compromisso do grupo? Do educador? Da instituição? Liste tudo na lousa e não esqueça de registrar as contribuições de todos. É importante que o resumo geral esteja expostos em um lugar onde todos vejam.

De volta ao micro, peça para que observem: o que usaram na tela? Mostre que a janela do aplicativo tem várias características como botões, barras, etc. Pergunte como usamos cada elemento? Que nome aparece na barra de título? Oriente o grupo para finalizar a apresentação, chamando a atenção da caixa de diálogo que aparece pedindo para salvar as alterações. Oriente-os para clicar em não, e explique que na próxima aula será trabalhada essa função.

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Se a impressora estiver ligada aos computadores, é interessante que eles imprimam o último slide. Em seguida, o grupo pode preparar o material da forma como achar melhor. É legal que no Espaço exista um mural para que o grupo possa deixar os seus registros à vista.

OPCIONAL

Proponha ao grupo o desafio de configurar a área de trabalho (janela de entrada) com cores e formas e/ou figuras que representem a janela que queremos. Levante com o grupo o que gostariam de colocar na área de trabalho e oriente-os a buscar as ferramentas necessárias.

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Avaliação:

Finalize esta atividade lembrando de tudo o que foi feito. Repasse rapidamente na apostila de informática onde está tudo o que foi aprendido nesta aula, orientando para que a estudem e a utilizem sempre que necessário.

Caro educador,A idéia aqui é que o grupo se sinta co-responsável para o desenvolvimento desse jeito novo de aprender informática e sempre cobre de você e dos colegas, uma postura mais transparente e participativa. Por exemplo, se você começa a dar uma aula e passa o tempo todo falando: blá, blá, blá, sem que o grupo esteja entendendo ou participando, certamente, vai gerar reclamações. O mesmo pode acontecer se um educando puxar um assunto que está preocupando os moradores da sua rua, ou do seu bairro e você ou outro do grupo corta e fala: “ aqui é aula de informática, esse não é o espaço para falarmos de problemas do bairro”. Em momento assim, é a hora de lembrar de nosso compromisso de analisar as questões apresentadas pelos participantes buscando sempre a causa dos problemas abordados. Sabemos que não é em apenas uma aula que o grupo irá se apropriar disso, este é um começo. Você também pode ficar angustiado, e num dia de muito cansaço, não conseguir dar andamento à proposta. Mas não deixe passar sem resolver, converse com a pessoa do CDI que está acompanhando o seu trabalho, procure a coordenação pedagógica, o coordenador, a coordenadora da EIC, leve o tema para o encontro de educadores. Por isso é bom registrar tudo, fica mais fácil para o pessoal entender o que está acontecendo e apóia-lo. Registrar o andamento do grupo com relação à proposta, e não esquecermos de voltar à discussão sempre que necessário.

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Atividade 4 O TRABALHO EM PLATAFORMAS LIVRES E PROPRIETÁRIAS

Objetivo: trabalhar as funções do computador e seu uso em plataformas diferentes.

Ferramentas:Introdução ao Sistema Operacional Recordando a Área de trabalho Memórias

Conversa com o educador:Na aula passada, trabalhamos as expectativas do grupo com relação ao curso na EIC. Hoje pensaremos em um conceito importante para entender os caminhos que seguiremos a partir daqui. A proposta é pensar onde está o alicerce do curso que propomos ao grupo. A intenção então é começar pensando com o auxílio da ferramenta o que é um sistema operacional, para que serve, e conhecer pelo menos duas formas de apresentação desse conjunto de programas que forma um sistema. É importante que o grupo saiba que existem vários sistemas operacionais e que naquele momento vão visualizar dois, o Windows que é software proprietário e o Linux, software livre. Também nesta aula vamos discutir sobre memórias, e construir pastas de trabalho para organizar nossas atividades.

Sugestão de atividade:Para essa aula seria interessante deixar pelo menos dois computadores com os gabinetes abertos. Divida a turma em dois grupos e peça para que liguem os computadores abertos e observe o que está acontecendo, que observem as luzes que acendem e que apagam, o barulho, tudo que é diferente até a tela inicial aparecer. Aproveite para lembrar das partes do computador estudadas até aqui e pergunte à turma sobre o que o computador precisa para funcionar: bastam essas partes estudadas? Do que mais o computador precisa para funcionar? Convide a turma a pensar o que cada luz acesa representa, se possível ligue um computador novamente e vá mostrando o caminho que o computador faz para buscar informação. Você pode

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fazer uma relação com o funcionamento de um escritório: se alguém precisa de algo, o que acontece? Ele deve fazer o caminho dos procedimentos, saber que departamento cuida disso, quais informações precisa para a tarefa, o que deve ser acionado, onde ficam guardadas as informações, etc. O computador também. Ele busca informações que alguém colocou lá dentro para fazê-lo funcionar.

Neste momento você poderá explicar a função de cada memória e a importância de gravarmos nossos arquivos. Aproveite para lembrar da caixa de diálogo que apareceu quando fechamos o software de apresentação na aula anterior. Se possível tenha a mão disquetes, CD ROM e outras ferramentas para gravar, como fitas de gravador, de vídeo, etc.

É importante que a discussão conduza o grupo a pensar na função do sistema operacional, afinal ele é a base, o alicerce, onde a máquina busca, organiza e administra as informações.

Conclusão:Assim como na vida existem várias bases, com as máquinas acontece o mesmo. Aqui nós temos dois exemplos: o Linux que é um software livre, onde todos podem instalar nas máquinas e o Windows, um software proprietário, que precisamos comprar uma licença para cada máquina. Tente despertar a curiosidade do grupo:

Alguém já ouviu falar no software livre? O que ouviu a respeito? O que é software livre? O que sabemos sobre isso? O que não é software livre? O que ele pode nos oferecer? Quais são os aplicativos?

Caso o grupo se interesse pela discussão você pode sugerir uma pesquisa sobre outros grupos que estudam e utilizam o software livre e outros grupos que apóiam a liberdade de escolha de softwares.

2º Momento:

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Após tanta discussão sobre o computador vamos pensar mais uma vez o que ele faz nas nossas vidas? Relembre com o grupo as conclusões das aulas anteriores.Sabemos agora que os sistemas operacionais criam um ambiente visual em forma de janelas. Falamos de fazer desse curso uma janela para o mundo, então vamos pensar como é o mundo nosso com o computador? Como é a comunidade com a EIC? Oriente-os para entrar no Editor de Desenhos e desenharem, explorando as ferramentas disponíveis, algo que represente a última pergunta. Deixo-os à vontade com as ferramentas por 20 minutos, pelo menos. Nosso objetivo aqui não é de trabalhar as ferramentas do Editor de Desenhos, mas de explorar formas de expressão, criatividade e desenvoltura com o mouse. É um momento de pensar um pouco sobre a aula, as discussões, mas também de criatividade no computador. Antes de finalizar a aula ajude-os a salvar nas pastas criadas.Faça um rápido resumo sobre tudo puxando pela memória do grupo. Quem lembra do que vimos hoje? O que foi importante saber? Vamos identificar onde se localiza este assunto na apostila?

Avaliação: Quais os pontos que você destaca na discussão do grupo? Ficou claro para o grupo o que é um sistema operacional? Em que momentos você percebe essa clareza? O grupo consegue perceber a importância da EIC na comunidade? Em que momentos você percebeu isso? Se você conseguiu deixar o grupo fazer sozinho a atividade no Editor de Desenhos, descreva como o grupo se desenvolveu sem sua orientação. Se não conseguiu, por quê?

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Atividade 5 ENTROSAMENTO DO GRUPO: VIVENDO EM GRUPOS

Objetivo: Refletir sobre importância de trabalhar em grupo

Ferramentas:Editor de Desenhos: Apresentar elementos da janela Barra de menu Barra de ferramentas Caixa de cores Caixa de ferramentas Área de desenho Criar um desenho Salvar Salvar como papel de parede Sair do programa

Conversa com o Educador:Sua turma é formada por um conjunto de pessoas, que se encontraram na EIC por causa de um, ou vários, objetivos comuns. Convivendo e trabalhando juntas, estas pessoas se tornam um grupo, uma pequena comunidade dentro de outras maiores. Seu trabalho com este grupo deve ser o de estimular que as relações que se estabelecem, sejam relações comunitárias, onde o outro é sempre respeitado, é querido, é estimado. Seu trabalho com este grupo deve evitar que surjam relações autoritárias, seja entre as pessoas da turma ou entre o grupo e você.

Sugestão de atividades:

Dinâmica da Ilha:O educador apresenta a proposta ao grupo de viajar todos juntos para algum lugar, pelo mar. Na simulação, o educador vai dando situações como: O barco, já perto de uma ilha naufraga; Todos se salvam e ficam numa ilha deserta; E agora o que faremos?

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O grupo busca meios para sobreviver na ilha e resolver algumas tarefas que o educador propõe, levando o grupo a compreender que todos precisam estar juntos planejando e trabalhando para alcançar seus objetivos. Questões como brigas pela liderança, posturas individualistas, entre outras, poderão ser observadas enquanto o grupo trabalha. O educador propõe atividades que provocam conflito, mas ao mesmo tempo, estimula alguém do grupo para desempenhar o papel de líder, de juntar o grupo e discutir as regras de convivência, chamar a atenção das pessoas para importância de estarem todos juntos para solucionar o problema.

O educador, de fora do grupo, observa a postura dos participantes, anotando as situações importantes para posterior avaliação e interfere na atividade através de alguns membros do grupo (chama num cantinho e fala o que ele precisa fazer).

Ao final de 15, no máximo 20 minutos, o educador, pede a alguém para informar ao grupo que o socorro está chegando, encerrando a simulação.

Todos de volta ao seu lugar, é hora analisar tudo o que aconteceu e analisar a situação, relacionando com a realidade.

Depois de terminar a dinâmica, fazer a seguinte reflexão: O grupo conseguiu propor soluções? O que o grupo fez para solucionar os problemas? Qual foi a dificuldade para resolver os problemas? Qual foi a contribuição de cada integrante do grupo para a

resolução dos problemas? 2o momento:Orientar o grupo a abrir o editor de desenho, explique resumidamente as principais funções do aplicativo e desafie-os a desenharem algo relacionado ao que acabaram de viver em grupo. Oriente o grupo para deixar o desenho em tela inteira para que todos possam visualizar enquanto passeiam pela sala olhando os desenhos dos colegas. Oriente para salvá-lo como papel de parede da área e trabalho. Levante um debate sobre o que vêem e encerre repassando tudo o que foi visto na aula.

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Avaliação do dia: A turma compreendeu a importância de trabalhar em grupo? Isso

ficou claro na fala do grupo? Como? Quais são os mais tímidos? Quais são os mais extrovertidos? Quais são os que lideram? Como é esta liderança? Você acha que as sugestões dadas o ajudaram na construção de

regras com o grupo? A que conclusões o grupo chegou? Descreva como foi conduzir o grupo nessa atividade. Você usou algum recurso diferente? O quê e como?

Material de apoio ao Educador: Texto com estratégias para lidar com alunos de diferentes personalidades dentro de um grupo.

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Atividade 6 CIDADANIA

Objetivo: Identificar qual é o conceito de cidadania adotado pelo grupo.

Ferramentas:

Editor de Texto mais simples (exemplo: WordPad) Barra de menu Barra de ferramentas Área de digitação Navegar no texto: via teclado e mouse Digitar texto Corrigir texto: DEL / BACKSPACE Salvar arquivo Sair do programa

Conversa com educador:Nesta aula será introduzido o debate sobre cidadania. É importante que você não dê um conceito pré-elaborado de cidadania e nem corrija as respostas. Contudo, deve incentivar uma maior argumentação por parte do grupo (ex: Pedro diz que cidadania é participar da comunidade. Você pode perguntar ao Pedro como seria esta participação: “Participar de que forma?”). Isto ajuda a enriquecer a atividade. Mas lembre-se, neste momento, sua tarefa é recolher as respostas e ajudar o grupo a explicitar melhor o seu pensamento. Se você der a resposta poderá prejudicar o processo de raciocínio do grupo e ainda mais, tornar o assunto chato, pois sempre que damos as nossas respostas não incentivamos o debate de idéias e ainda, focalizamos a atenção em nós mesmos como se somente nós fôssemos donos da verdade.

Lembre-se, o foco é sempre a discussão grupal, antes de ser o “sabe-tudo”, você é aquele que consegue fazer o grupo refletir e discutir. Além do mais, nenhum aluno tem a obrigação de saber o que é cidadania, ou qualquer outra coisa, o aprendizado será construído no

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decorrer do curso. Essa atividade deve ser iniciada individualmente para depois ser compartilhada em grupo. O material produzido pelo grupo nesta atividade deve ser guardado para posterior avaliação, pois lá na frente será perguntado novamente sobre o que é cidadania. Quando isto acontecer poderemos comparar os dois conceitos e avaliar o quanto conseguimos trabalhar com os alunos este tema.

Sugestão de atividades:

1o momento:Orientar o grupo a escrever em Editor de Texto simples sobre o que eles entendem por cidadania. Como a proposta é verificar a compreensão do grupo sobre o tema , neste momento, o educador não deve fazer nenhum comentário.

1. Antes de iniciarem, relembrar o que já aprenderam sobre o teclado e ensinar mais funções de teclas permitindo que o grupo experimente cada um dos recursos trabalhados e saiba digitar e corrigir o texto usando as teclas básicas. 2. Cada um do grupo escreve o que entende por cidadania e salva, criando pastas com seus nomes dentro da pasta da turma.3. Peça para o grupo apresentar seus conceitos e reflita com eles, mediando a discussão a partir das diferentes visões apresentadas. Lembre ao grupo de tudo o que foi discutido até agora e amarre as conclusões a que chegaram.4. Em seguida, ensine o grupo a salvar o documento, identificando com o nome que quiserem.

Ao final, peça que abram a apostila de informática e repasse rapidamente todo o conteúdo de informática que aprenderam nesta aula, mostrando o que foi discutido na apostila.

Avaliação: O grupo chegou animado para a aula? Na discussão todos se sentiram a vontade para falar? Como foi a

participação do grupo? Você conseguiu estimular a todos para que participassem? Foi possível evitar que alguém monopolizasse a palavra?

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Todos escreveram o que entendem por cidadania? Se alguém não conseguiu, por quê?

Tiveram dificuldades, quais? Você está conseguindo orientar o grupo a utilizarem o computador

de forma autônoma, ou está fazendo por ele? Você faria ou fez algo de diferente com o grupo? Como fez, o que

usou?

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Atividade 7 O COMPUTADOR COMO FERRAMENTA

Objetivo: Conhecer como o grupo percebe o computador e seu uso na comunidade, no seu dia-a-dia.

Ferramentas:Editor de Texto mais simples (exemplo: WordPad) Barra de menu Barra de ferramentas Área de digitação Navegar no texto: via teclado e mouse Digitar texto Corrigir texto: DEL / BACKSPACE Formatar texto: cor, fonte e tamanho Salvar arquivo Sair do programa Navegador de internet (se houver possibilidade)

Conversa com educador:Na maioria das vezes os alunos chegam para fazer o curso de informática e cidadania, mas só focalizam a informática, esquecem ou não se dão conta que o curso vai tratar também de cidadania. O objetivo da atividade 6 e desta atividade é reforçar o objetivo do curso que é de aprender informática, mas também de discutir e exercer a cidadania.

Nesta atividade será discutido o uso do computador no dia-a-dia, sobre para que serve o computador e o fato de ser uma máquina programável. É importante a turma fazer um levantamento do uso do computador no seu contexto: os lugares onde usa e que lugares existem para uso do computador e internet, e começar a pensar sobre as conseqüências do avanço da tecnologia.

Grave com antecedência o arquivo da entrevista no Editor de textos mais simples (exemplo WordPad). Essa atividade deve ser iniciada

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individualmente, ou seja, cada um vai pensar e dar suas respostas, para depois ser compartilhada em grupo.

Sugestão de atividades:1° momento:

Entrevista: Vocês conhecem algum outro lugar que a comunidade tenha

acesso a computadores? Onde? Você sabe o que é Internet? Você já usou? Para quê? Para que serve a Internet? Se você tivesse nesse momento na internet e pudesse escrever

algo importante para que o mundo soubesse, o que escreveria? O que o computador, a internet e as tecnologias em geral, nos

trouxeram de bom e de ruim?

Inicialmente relembre o que o grupo fez na aula anterior. Fale sobre o que você trouxe de tarefa para aula de hoje e pergunte: Alguém lembra como é digitar no computador? Quais programas utilizamos? Espere a resposta do grupo, para então explicar como abrir um arquivo na pasta do grupo, e brevemente, relembrar o que é um Editor de Textos.

Explique ao grupo que preparou uma entrevista para que eles respondam no computador. Relembre os elementos de uma janela e destaque os que fazem parte do programa que utilizarão.Antes de começarem a escrever, solicite que expliquem brevemente o que já aprenderam sobre o teclado (letras, espaço, enter, backspace) e acrescente fonte, tamanho e cor; negocie um tempo para concluir a atividade com o grupo.

Após concluírem, oriente-os para salvar os arquivos em suas pastas e socializar com o grupo os conteúdos da entrevista; aproveite para retomar a discussão da proposta do curso e do CDI, enfatizando a importância da EIC para comunidade. Relembre como fechar a janela do programa.

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2° momento:

Se houver possibilidade de acesso à internet na EIC ou em algum espaço cedido aos seus alunos, apresente a internet à turma. Inicie com a retomada do que a turma escreveu e debateu sobre internet, o que é, para que serve. Em seguida, apresente o navegador de sua escolha e peça para quem já conhece internet que mostre o que já fez ou já viu. Convide a todos a conhecerem melhor o CDI navegando no site do CDI e do CDI Regional/Internacional. Explique basicamente o que é navegar e como se faz. Deixe que a turma explore o site, proponha desafios para descobrirem informações do CDI, como galeria de fotos, projetos especiais, etc.Finalize esta atividade estimulando os alunos a acessarem sempre à internet, divulgue os horários de livre acesso da EIC, se houver, e/ou os lugares de livre acesso na comunidade e cidade. Esclareça que na atividade de hoje fizemos apenas uma introdução, ao longo do curso, outros usos da internet serão trabalhados.

Avaliação: O grupo chegou animado para a aula? O grupo se sentiu à vontade para responder a entrevista? Todos conseguiram abrir o aplicativo? Todos conseguiram usar o recurso Salvar Como? As respostas das entrevistas foram digitadas dentro do tempo

estipulado? Tiveram dificuldades, quais? Na socialização todos se sentiram à vontade para se expressarem? Você conseguiu estimular a todos para que participassem? Foi possível evitar que alguém monopolizasse a palavra? O grupo saiu animado da aula? Você achou essa aula importante para o grupo, por quê? O que

você acrescentaria, ou retiraria?

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Atividade 8 REGRAS DO CURSO

Objetivo: Definição em conjunto das Regras do Curso

Ferramentas:Gerenciador de Arquivos Apresentar elementos da janela Barra de Ferramentas Barra de Status Unidades de discos O que é arquivo e pasta: características Tamanho do arquivo: bytes, Mb, Gb Visualizar conteúdo: unidades de discos e pastas Criar pastas / subpastas Copiar e mover arquivos para pastas Copiar e mover arquivos para unidades de discos Excluir arquivos / pastas Lixeira: Recuperar arquivos e pastas

Conversa com educador:Neste momento é importante o educador garantir que o grupo entenda os motivos de cada regra, se sinta à vontade para questioná-las e que seus questionamentos sejam valorizados e respondidos pelo grupo, mediado pelo educador. Levante regras de vários tipos, como relacionamento, compromisso com o curso (como horário, faltas, etc).

Sugestão de Atividades:É importante organizar? O que preciso para organizar? Você pode fazer uma relação com a organização lógica do computador, como máquina programada e a vida das pessoas no bairro, na escola, no trabalho, na sociedade. Pense como o grupo reagiu às situações que foram se dando com a dinâmica da ilha e que necessitaram de regras.

Para o computador podemos organizar de várias maneiras. Isso depende da informação, da nossa forma de organizar a informação. Vamos agora visualizar como o computador faz isso.

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A primeira coisa é conhecer as opções de unidades de disco. Navegue por elas, mostrando as diferenças e suas capacidades. O que é um disquete? CD-ROM? Disco rígido? Qual a diferença entre um disquete e um CD-ROM por exemplo?Repare que nas unidades de disco encontramos vários arquivos e pastas que podem aparecer de diferentes maneiras, dependendo da nossa organização ou instalação dos programas. Ensine o grupo a criar uma pasta e subpasta. Mova os arquivos, copie, cole, peça que o grupo organize a pasta da turma do jeito que quiser, mova-a para área de trabalho. Reflita com o grupo: assim está legal? Todos podem mexer tranqüilamente?

Mostre como acessar o disquete ou CD-ROM (caso sua EIC tenha a opção), tenha em mãos disquetes com arquivos gravados, e mostre como ver o conteúdo do disquete, como ver suas propriedades.Não esqueça de mostrar que arquivos e pastas podem ser apagados ou danificados por vários motivos. Um importante motivo e muito popular na informática é o que conhecemos como Vírus. Para combatê-lo utilizamos programas chamados antivírus, que nos ajudam a evitar maiores problemas com os arquivos e equipamentos ou quando acontece, eles nos ajuda a eliminá-los.

Depois que o grupo conheceu um pouco sobre como o computador organiza as informações, siga o roteiro abaixo para refletir algumas questões: Discutir em grupo sobre o que entendem por regras, sua

necessidade para a vida em grupo. Levantar quais as regras que devem ser adotadas para garantir o

bom relacionamento do grupo e do curso. Ler no computador as regras já existentes na instituição e na EIC. Negociar com o grupo as regras que serão adotadas por todos. Pedir ao grupo para localizar e abrir o desenho que fizeram o dia da

dinâmica da ilha. Orientá-los para trabalhar com as duas janelas abertas. A idéia é que o grupo olhe para o desenho feito anteriormente (como se sentiu diante dos conflitos com o grupo), leia as regras estabelecidas pelo grupo e acrescente ao desenho um texto sobre o que acha importante para o relacionamento e o trabalho proposto à EIC.

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Relembre ao grupo o “Salvar Como”, peça para que coloque o novo arquivo em suas pastas.

Peça para que apresentem utilizando as duas janelas, assim poderão dizer como se sentiram no grupo diante dos conflitos para reforçar a importância das regras que estão apresentando.

Discuta sobre as regras apresentadas para chegar a um consenso. Explique que o exercício será feito com todos os grupos e no final

teremos um conjunto de regras fixadas em um mural para que todos possam lembrar do que foi combinado.

Retome as duas janelas e peça ao grupo que identifique o que há de comum; relembre os elementos que já foram trabalhados e reflita com o grupo sobre outros componentes que ainda não foram vistos, a partir das diferenças que identificam nas duas janelas.

Volte para o Gerenciador de Arquivos e peça para o grupo visualizar as propriedades dos arquivos que construíram em suas pastas. Estimule-os a pensar: Quais informações nós temos? O que ainda não conhecemos? A partir das dúvidas do grupo, vá explorando todas as propriedades dos arquivos, pastas e subpastas. Explique, por exemplo, qual a diferença de um arquivo “jpg” para um “doc”, quais os espaços que eles ocupam. Relembre a aula de memória para falar-lhes de tamanhos.

Finalize, retomando as conclusões da discussão sobre regras e relembrando com o grupo o que foi feito com o computador, o que conheceram de novo.

Material de Apoio: Regras para a conservação dos equipamentos (limpeza, cuidados e

antivírus). Texto sobre convivência em grupo. Texto com idéias sobre como ajudar os alunos que não estejam

conseguindo acompanhar o ritmo dos outros nos conteúdos de informática e nas discussões.

Avaliação: O grupo chegou animado para a aula? As regras foram aceitas ou definidas em consenso e com a

participação de todos?

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As regras ficaram claras para todos? Todos escreveram pelo menos uma regra? Se alguém não

escreveu, por que? Tiveram dificuldades, quais? Você está conseguindo orientar o grupo a utilizar o computador de

forma autônoma, como? O grupo teve bom desempenho com a ferramenta? Você deve olhar com calma, depois da aula, um por um, os

exercícios do grupo e anotar nas fichas como estão em relação a estes conteúdos e o que será feito para ajudar quem estiver com problemas. Leia o texto que está no material de apoio ao educador/educadora desta aula, ele poderá lhe ajudar a pensar em formas de estar trabalhando com a diversidade de aprendizagem do grupo.

O grupo saiu animado da aula? Como você se viu na condução dessa aula? Que outras formas e recursos você sugere?

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Atividade 9 DIREITOS HUMANOS, MITO OU VERDADE?

Objetivos: Refletir sobre situações concretas da realidade e confrontá-las às situações da comunidade e os direitos humanos conquistados ao longo da história.

Ferramentas:Introdução ao Editor de Texto Área de digitação Navegar no texto: via teclado e mouse Digitar texto Corrigir texto: DEL / BACKSPACE Navegador de Internet (se houver possibilidade)

Recursos: disquetes, fotos com temáticas diferentes em arquivos do Editor de Texto.

Conversa com o educador:Começamos a ler o mundo, o nosso, pequeno e local pedaço de mundo: a comunidade e a sua relação com os outros mundos que estão lá fora. Por isso é importante, aqui e sempre, estar atento à fala do grupo: registrar tudo o que está acontecendo e tentar envolver todos na reflexão, permitindo que o grupo tire suas próprias conclusões a partir de um ambiente dialógico (o contrário de monológico, quando só um fala). Com relação ao computador vamos introduzir um Editor de Texto com muitos recursos possibilitando a construção de um material como um jornal, um boletim, um informativo. Por isso propomos um início de trabalho com essas ferramentas comunicacionais, como os jornais de grande circulação, internet, etc.

Muito importante, já que começamos a usar um Editor de Texto mais potente que o anterior, é trabalhar sua estrutura e função, a partir das ferramentas que o grupo já usou. Estimule o grupo a relembrar o que fizeram para trocar o conhecimento adquirido, assim você estará possibilitando que as aulas sejam um espaço de aprendizagem

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coletiva. Além disso, lembre-se que refletir sobre a estrutura de um software sempre ajuda a compreensão de outro, desenvolvendo um usuário mais independente.

Apesar de estarem disponíveis em nosso banco de recursos fotos e manchetes de jornais da mídia formal e informal, você pode e deve pesquisar em jornais locais e também na Internet buscando escolhas de acordo com a sua realidade.

Sugestões de atividades:

1° MomentoAbrir o Editor de Textos e estimular no grupo a reflexão sobre sua estrutura e funções, recuperando o que foi feito nos primeiros contatos com um Editor de Texto.

Pistas: O que estamos vendo ao abrir esse software? Ele parece com outro que já utilizamos? Qual? O que fazia ele? Quais as diferenças no visual? Será que é diferente nas funções? Vamos ver?

Peça ao grupo para explorar um pouco as ferramentas para descobrir as semelhanças e diferenças; revise o que já aprenderam ao usar um outro Editor de Texto, e as novas descobertas, a partir dessa troca; fale para o grupo a proposta da atividade e trabalhe as ferramentas essenciais para escrever um texto neste editor.

2° MomentoEntregue um disquete para cada membro do grupo, nele haverá um arquivo no Editor de Texto, com uma foto; peça para abrir o arquivo; visualizar a foto e refletir sobre o que mais desperta a atenção. Estes arquivos deverão ter fotos diferentes, para estimular o debate.Disponibilize textos de jornais que estejam de acordo com as fotos; cada membro do grupo deve selecionar uma mensagem que esteja de acordo com a foto que recebeu. Feito isso, devem copiar o texto abaixo da foto e apresentar ao grupo justificando o porquê da escolha.

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Pistas para o debate Esses diretos existem para os moradores de nossa comunidade? Como é na realidade? Foi sempre assim? Pode ser diferente? Como pode ser?

Proponha ao grupo apagar o texto inicial e produzir uma nova manchete passando uma mensagem para o grupo de como deveria ser; apresentar e discutir: por que não é assim? Podemos mudar? Como?

3° Momento

Se houver possibilidade de acesso à internet este é um ótimo momento para o uso de sites de busca. Explique quais são, para que servem e como utilizá-los. Desafie o grupo a achar outras imagens e textos semelhantes aos trabalhados no momento anterior.

Avaliação: Quais as conclusões dos grupos, no debate? Quais as pistas que você tira dessas conclusões para planejar os próximos encontros? O que você destaca desta prática? O que facilitou ou dificultou as discussões em grupo? O que você sugere para dinamizar o debate? Como foi o desenvolvimento do grupo com a nova ferramenta?

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Atividade 10 SERVIÇOS PÚBLICOS SÃO GRATUITOS?

Objetivos: Perceber que os serviços públicos são direitos adquiridos e não caridade, que podemos exigir o acesso e a qualidade.

Ferramentas:Editor de Textos Digitação de Texto Formatação de Fonte e Parágrafo Corretor ortográfico

Conversa com educador:Nesta aula queremos refletir sobre determinadas situações em que as pessoas precisam implorar para conseguir atendimento médico, para conseguir vaga na escola, para ter um ensino de qualidade, etc. Nem todos sabem, mas não são somente os donos das empresas ou os trabalhadores com carteira assinada que pagam impostos. Todos pagam impostos, mesmo os desempregados. Por quê? Simplesmente porque pagamos impostos quando adquirimos qualquer produto ou serviço e pagamos para que o governo possa reverter isso em direitos, quer dizer em serviços. Mas isso nem sempre acontece, ainda temos muitos bairros sem saneamento básico, muitas escolas sem infra-estrutura adequada, falta posto de saúde, falta segurança, falta trabalho, falta creche, falta escola para todos... Puxa, falta muita coisa... mas, no papel, na Constituição de nosso país, temos direito de ter tudo isso. É como se estivéssemos comprando uma mercadoria e ela viesse estragada: temos que agir para garantir os nossos direitos. Mas muita gente se acomoda... e aceita qualquer coisa... Temos o direito e o dever de conhecer as leis e de agir para que sejam cumpridas. Temos ainda o direito e o dever de construir uma sociedade que respeita o ser humano.

Esta é uma ótima aula para convidar um empresário da região (dono da padaria, do supermercado, da farmácia, etc, para explicar como funciona o cálculo dos impostos embutidos nos produtos que a população adquire). Além disso, ou se isso não for possível, o educador

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deve solicitar que os educandos tragam para a EIC contas de água, de luz, de telefone, a nota fiscal de algum produto, o cupom do supermercado, etc. Localizar na nota e analisar com eles as diferentes taxas que estão sendo pagas quando adquirem estes produtos ou serviços. Possibilitar que identifique quanto e quando estão pagando imposto e as diferentes taxas que o governo recolhe. É importante que o educador tenha algumas contas para apresentar para o grupo. Bons exemplos são as conta de luz e telefone que têm o ICMS (imposto do estado) destacado.

Sugestão de atividades:

1° MomentoInicie com o debate: quem paga impostos? Como pagam? Onde acham que são usados nossos impostos e como deveriam ser usados? Se você conseguiu que um comerciante da comunidade tenha vindo à aula, estimule que o grupo faça perguntas a ele, deixe que ele explique como calcular o imposto em cada mercadoria. Se não foi possível mostre as contas que o grupo e você trouxeram, deixe que vejam os impostos que já pagamos e que discutam como acham que os governos aplicam esse recurso. Estimule o grupo a lembrar suas histórias de uso dos serviços públicos. Foram bem atendidos, se sentiram usando de um direito ou recebendo um favor? Essas são histórias que todos devem conhecer, devem ser divulgadas, estimule o grupo a escrevê-las para que fiquem registradas e para que possamos pensar em maneiras de torná-las conhecidas.Relembre os recursos do Editor de Texto que vistos na atividade passada e peça para que todos escrevam suas histórias, mostre como funciona e para que serve o corretor ortográfico, mostre que o recurso serve para ajudar a escrever sem erros. Cuide para que o grupo não se sinta desestimulado a escrever por conta dos riscos vermelhos, e sim que use o recurso a seu favor.

2° Momento

Se houver possibilidade acesso à internet esta é uma boa oportunidade para o uso de e-mails. Explique como abrir seu email, discuta para que

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servem e-mails, e proponha ao grupo o uso de e-mails como forma de divulgação de suas histórias.

Material de apoio: Lista de produtos, serviços e impostos. Lei do consumidor, Constituição de nosso país, Estatuto da Criança

e do adolescente, Estatuto do idoso, código do consumidor, as plataformas do governo eletrônico: e-gov.br, etc.

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Avaliação: Identificar qual foi o nível de sensibilização dos alunos para a

relação direitos x gratuidade. Foi difícil desenvolver a atividade? Que tipo de material ou apoio o educad@r precisa para que os

objetivos propostos nesta atividade sejam alcançados?

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Atividade 11 DIREITOS E MECANISMOS DE DEFESA

Objetivos: Relacionar as discussões anteriores com fatos concretos e mostrar

que é muito importante agir para garantir os nossos direitos, conhecendo os mecanismos de defesa existentes na região.

Identificar quais as formas de acesso aos mecanismos de defesa: on-line, visita ao local, entre outros.

Ferramentas:Editor de Textos Tabelas Inserir linhas e colunas Excluir linhas e colunas Selecionar linhas, colunas e células Formatar tabela Bordas e Sombreamento Configurar página Imprimir

Conversa com Educador:Na atividade anterior, discutimos sobre direitos e deveres que temos e que nem sabíamos, ou aqueles escritos no papel, mas que não existem de verdade para todo mundo. Isso tudo, para que os nossos educandos se dessem conta que, apesar de sermos todos seres humanos e como tais merecedores de respeito, vivemos em um mundo onde as regras só aparentemente são iguais para todos, nas declarações, nas constituições, nas leis e nos discursos.O que fazer então? Ficar triste, deprimido, desistir? Pensar: “Ah, não adianta não, a vida é assim mesmo...”? Nada disto! Antes de tudo temos o dever de conhecer todos os direitos aos quais deveríamos ter acesso e os órgãos e entidades que já foram criados e que existem para nos ajudar a garanti-los no nosso dia-a-dia.Esta aula é para isto mesmo. Para juntar as discussões que já tivemos nas aulas anteriores com fatos concretos pelos quais já passamos ou que vimos alguém passar e ver se poderíamos contar com a ajuda de

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entidades que já existem e que foram criadas para nos ajudar a defender nossos direitos, como Conselhos Tutelares, Sindicatos, Defesa do consumidor, Delegacias da mulher... É preciso verificar legislação e órgãos em outros países.

A idéia é listar recursos existentes, avaliar a possibilidade de recorrer aos órgãos de defesa de direitos, como é possível conseguir um meio para ser tratado com mais dignidade. O grupo vai conhecer alguns órgãos de defesa de direitos que existem e montar uma relação com o nome do órgão, para que serve, endereço, telefone e e-mail. A pesquisa pode ser feita na internet, caso vocês tenham disponível, ou em algum órgão central da cidade ou da comunidade.

Quando você estiver trabalhando isto com a sua primeira turma da EIC, é claro que a quantidade de órgãos que vocês conseguirão encontrar e as informações sobre elas não serão muitas, mas a cada turma que passar pela EIC esta lista poderá ir aumentando tanto em quantidade de órgãos, como na quantidade de informações sobre cada órgão já listado. E quando você estiver fazendo essa atividade com turmas posteriores, que já viram essa tabela de órgãos de defesa afixada na comunidade, vocês poderão avaliar sua utilidade, a comunidade está usando? Tem algo a atualizar? Alguma informação errada? Algo a acrescentar? Uma tabela dessas deve ser sempre avaliada se está sendo útil ou não. E como poderia ser feita para ser útil.

Sugestão de Atividade:“Eu tenho direito, mas onde eu reivindico?”

1° MomentoDividir a turma em grupos formados por três ou quatro pessoas, retomar as histórias escritas na atividade anterior, pedir para que leiam para seus grupos e que conversem sobre as histórias. Eleger uma história em cada grupo, uma história que seja um exemplo de um direito não vivenciado, para ser representada com um fim diferente, utilizar a técnica do teatro do oprimido, estimular os grupos a proporem um final diferente para as histórias que foram relatadas, um desfecho melhor do que o que foi relatado, ou seja, verificar quais os

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mecanismos disponíveis para ajudá-los a garantir seus direitos e sua dignidade.

Para ajudar você nesta tarefa, existe um texto muito legal explicando o que é o Teatro do Oprimido e como trabalhar com esta técnica. Cada grupo apresenta sua história em uma peça de teatro. Após a apresentação, convide o grupo a pensar em outros finais, o que mais os atores do teatro poderiam ter feito, convide a turma a representar outro final. 2° Momento Retome com o grupo a discussão sobre os mecanismos de defesa de direitos, tais como: O que são? Existem nesta região? Como posso ter acesso? Alguém já procurou por algum órgão? Como foi o atendimento? Como estas informações podem ser disponibilizadas para a comunidade? Levante com a turma os órgãos de defesa que nos teatros foram sugeridos, faça uma lista de quais foram citados e a complemente com outros órgãos que a turma conhece e que você poderá apresentar. Explique como fazer uma tabela no Editor de Textos, e combine como poderá ser uma tabela de divulgação dos órgãos de defesa vistos. Combine o que é importante ter na tabela, como nome do órgão, para que serve, endereço, telefone e e-mail, como fazer para apresentar sua queixa, etc. Peça para que cada um faça sua tabela, imprima e defina onde será afixada. Trabalhe formas de formatação de tabela, veja a lista de recursos no topo desta atividade e explore cada um deles, na confecção desta tabela. Outras formas de divulgação destas informações podem ser pensadas com a turma, e maneiras de fazer denúncias ou de divulgar denúncias também podem ser pensadas, consulte nosso banco de recursos e veja mais idéias. Lembre-se do uso da internet para as divulgações.

Avaliação: O grupo passou a questionar como realmente buscar os seus

direitos nos mecanismos de defesa? O grupo sugeriu outros finais interessantes para as histórias? O grupo pode ter clareza das opções e atitudes necessárias de

busca de seus direitos? O grupo apresentou dificuldades em construir as tabelas? Por

quê?Página 47

Atividade 12 DIREITO À COMUNICAÇÃO

Objetivos: Trabalhar a importância da comunicação em nossas vidas; produzir novos instrumentos de comunicação, utilizando o Editor de Texto.

Ferramentas:Editor de Textos Correção Ortográfica Formatar textos em colunas Capitular Imagens e figuras: clipart e arquivo Imagens e figuras: criar via barra de ferramentas Desenho

Conversa com educadorComo trabalhamos com inclusão digital e o uso da TIC como ferramenta para o exercício da cidadania, vamos abordar agora a questão do direito a comunicação. Mais do que conscientizar o grupo sobre a importância do acesso a comunicação confiável, queremos que o grupo se sinta capaz de produzir informação.

A proposta então é começar a refletir sobre a comunicação como direito de todos. Será a comunicação um instrumento importante para pensarmos as mudanças que queremos? Recuperando as propostas anteriores, quando pensávamos sobre situações de desrespeito sobre os direitos conquistados ao longo da história e ao percebermos que precisamos ficar vigilantes e cobrar uma ação eficaz dos órgãos criados para fazer isso, começamos a produzir comunicação, não é verdade? Qual a importância dessa comunicação para as mudanças na comunidade?

Todo bom profissional de comunicação pesquisa, se certifica da veracidade dos fatos antes de divulgar na televisão, no rádio, enfim nos canais de comunicação. E todo cidadão consciente, também pesquisa para verificar se o que está sendo divulgado corresponde à realidade. É preciso avaliar sempre os diversos fatores envolvidos. É

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importante trabalhar com o grupo a importância de analisar e questionar as notícias que estão nos dizendo; olhar os diversos lados e tentar entender o objetivo que está por trás de cada matéria de jornal, de cada reportagem que assistem na televisão, de cada livro lido, de cada palestra que participamos. Se ficarmos com a nossa verdade ou somente com a dos meios de comunicação cairemos no “achismo”, por isso, é preciso pesquisar, ler, escutar várias versões, conversar com outras pessoas para discutirmos e tirarmos conclusões a respeito dos fatos. A pesquisa é uma ferramenta pedagógica muito rica, pois traz conteúdos para o espaço de aprendizagem, além de favorecer uma troca bem mais democrática entre todos no grupo, pois ambos vão aprendendo com o que os resultados indicam, além de favorecer uma reflexão mais profunda sobre um assunto.

Sugestões de Atividades

1º momento:Discuta com a turma a questão da comunicação, considere a reflexão que fazemos no item “conversa com o educador”. Em seguida, proponha à turma o exercício de comunicar de forma diferente as notícias sobre sua comunidade. Normalmente, as comunidades estão na mídia por causa da violência, desafie o grupo a eleger uma iniciativa da comunidade que mostre como uma pessoa ou um grupo de pessoas conseguiram mobilizar a comunidade (ou parte dela) para juntos transformarem a vida de uma ou mais pessoas. É importante que o tema abordado seja aquele que está mais diretamente relacionado com a realidade do grupo. Assim, todos se envolverão nas tarefas e ficarão motivados para buscar mais informações sobre o assunto. Também neste caso podemos sugerir pistas como:

Algum movimento ou organização que tenha surgido por iniciativa de moradores da comunidade.

Pessoas da comunidade que participam de projetos que beneficiam os moradores.

Associações ou cooperativas que estejam garantindo a sustentabilidade de algumas famílias.

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Projetos de geração de renda que estão sendo desenvolvidos na comunidade...

Quanto ao computador, o grupo deverá usar todos os recursos do Editor de Texto para diagramação de seu texto. Peça ao grupo para visualizar com atenção os diversos formatos de jornais, na internet – caso tenham acesso -, jornais impressos da comunidade, da cidade, etc. Caso a EIC fique perto de um jornal ou o grupo possa se deslocar até uma redação de jornal da cidade, proponha uma visita. Será muito interessante ver como os jornais são diagramados, as notícias são construídas, como são impressos e distribuídos.É imprescindível que recuperemos os objetivos dessa atividade, o poder da comunicação e o direito que todos temos de nos comunicar e defender a nossa causa. A palavra e a informação não podem estar nas mãos de uma única pessoa, afinal toda história tem dois ou mais lados, não é verdade? O debate enriquece o nosso desenvolvimento, pois é no diálogo com o outro que refletimos sobre as nossas ações e as ações do mundo sobre nós.

2º momento:Após a construção dos textos, correção ortográfica e formatação, repasse as ferramentas que o grupo usou alerte para efeitos que podem melhorar a apresentação do texto; trabalhe com o grupo estilos de redação, como colunas, capitular e outros efeitos que auxiliam no embelezamento do trabalho, mas também, demonstre como estes meios ajudam na hora de comunicar a alguém o que queremos.

Após a revisão geral e arremates do trabalho alimente com novas informações o Jornal Mural que vocês fizeram nos momentos anteriores. Antes disso, peça para o grupo apresentar os textos uns aos outros, através de um exercício de leitura, como ler o texto de outro após imprimir ou mesmo no computador. Se possível, estudem formas de divulgar este material para outras comunidades ou eventos que tenham a presença da mídia oficial. Trabalhe a questão de serem produtores de informação e conhecimento na internet, para que quebrem com o paradigma de eternos “recebedores de informação”, a internet é comunicação de mão dupla, temos o direito e o dever de produzir e divulgar conhecimento e informação.

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Trabalhe a questão da sustentabilidade de um jornal em papel, quem pagará pela impressão e pelas cópias? Um meio de comunicação é muito útil para a conscientização da comunidade, para a luta na conquistas de nossos direitos e pode ser útil para os comerciantes da comunidade também. O que a turma acha de oferecermos espaço de propaganda no jornal para os comerciantes? Estimule a turma a resolver o problema de sustentabilidade do jornal de forma empreendedora.

3º momento:Para encerrar, proponha um debate com o grupo:

Pistas: Qual foi a intenção de cada um/a ao construir o jornal? Quais os problemas que originaram as organizações que

estudamos? Nós temos esses problemas em nossa comunidade? Onde? Alguém conhece alguma organização que luta para resolver

esses problemas? A organização das pessoas é importante para solução dos

problemas? Por quê? É possível organizar nossa comunidade para melhorar as

condições de vida de seus moradores?

Avaliação: Como o grupo respondeu às atividades? Quais os desafios que você percebeu ao trabalhar com o grupo? Quais os momentos do debate que você destacaria? Por que

você escolheu esses momentos? Como você avalia as atividades propostas? O que você precisou

acrescentar ou mudar? O que você acha que precisa retomar com o grupo? Por quê?

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Atividade 13 DIREITO AO TRABALHO

Objetivos: Trabalhar a importância do trabalho para o exercício da cidadania.

Ferramentas:Editor de Textos Correção Ortográfica Formatação básica e avançada de texto, recordação dos recursos

vistos.

Conversa com educador

No bloco anterior trabalhamos o direito a comunicação, outro tema que desperta muito interesse do público que procura as EICs é a preparação para o mundo do trabalho. Com certeza no início do curso quando o grupo contou porque procurou a EIC para fazer o curso, esta questão foi apontada, certo? Neste momento, vamos analisar esta necessidade de trabalhar como um direito. Na Declaração Universal dos Direitos Humanos está previsto que toda pessoa tem direito ao trabalho e à proteção contra o desemprego. Como já vimos nosso País se comprometeu com estas normas e por isso, tem o dever de tomar medidas para garantir o exercício deste direito como meio de prover a própria vida e existência. A Constituição do Brasil no artigo 6º reconhece o direito ao trabalho como um direito social e, portanto, fundamental para a dignidade humana. Por outro lado temos visto que a ausência de trabalho gera tensões e conflitos sociais que atingem a toda a sociedade. Nas comunidades esta questão pode ser facilmente observada. Converse com o grupo sobre o tema.

Se sua turma for de crianças, inclua a reflexão sobre trabalho infantil e os direitos das crianças de acordo com a Unicef.

Sugestões de Atividades

Reflitam juntos:

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O direito ao trabalho está sendo garantido? Tem trabalho para todos? Por que? Se todos fizerem um bom curso de informática o emprego está

garantido? Por que? Se além do curso de informática todos tiverem acesso a boa

escola, cursos de idiomas e cursos profissionalizantes, o problema estará resolvido? Por que?

Basta o governo abrir muitas empresas para que todos tenham trabalho?

Basta eu querer trabalhar, ou seja, se eu não for preguiçoso tenho chances de conseguir trabalho?

É possível organizar a comunidade para ampliar o número de postos de trabalho e outras oportunidades de geração de renda? Como podemos fazer isso? Com quem devemos contar?

Como está o mercado de trabalho hoje? As pessoas trabalham somente para se alimentar e se vestir?

Qual a diferença entre uma pessoa que sustenta sua família com o seu trabalho e aquela que precisa recorrer a programas de governo?

Qual o perfil do profissional que as empresas estão buscando?

Sabemos que este é um problema que exige uma série de providências e o envolvimento de todos, mobilize o grupo para listar o que é preciso ser feito. Escreva as sugestões na lousa colocando de um lado as questões que exigem o estabelecimento de políticas públicas (que dependem que o governo providencie), e de outro aquelas providências que cada um pode tomar para melhorar suas chances de se inserir no mundo do trabalho.

Avalie o que o grupo pode fazer coletivamente para ampliar o número de postos de trabalho que devem ser oferecidos para a população. Avaliem juntos como contribuir para a implementação de políticas públicos de geração de trabalho e renda.

Peça para que cada um inicie um planejamento pessoal do que vai precisar fazer para conseguir se inserir no mundo do trabalho. Peça para que cada um/a individualmente escreva porque gostaria de

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trabalhar. Que importância tem o trabalho na vida deles. Procure favorecer a troca de idéias sobre o tema:

A necessidade de trabalhar é só para ganhar dinheiro? O trabalho traz algum outro benefício além de melhorar a renda

familiar?

Estimule para que formatem o texto livremente, utilizando todos os recursos que aprenderam, aproveite o momento para recordar os recursos trabalhados. Lembre a turma que um texto bem formatado torna-se atraente para a leitura e para ser impresso e afixado por exemplo, no quarto de cada um.

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Avaliação O grupo percebeu os desafios existentes para se inserir no

mundo do trabalho? Quais desafios eles registraram? Conseguiram identificar o que é necessário para a superação dos

desafios analisados?

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MERGULHANDO NA COMUNIDADE

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Atividade 14 O MEU LUGAR NO MUNDO

Objetivo: Refletir sobre as histórias de cada pessoa e a vida em comunidade; registrar as histórias como forma de perceber as mudanças individuais, como fruto das relações entre outros.

Ferramentas:Editor de Apresentações A tela do editor Abrindo apresentações Modelos de apresentações Estrutura de slides Formatação de texto em slide Inserção de imagens

Conversa com educador:Como você deve ter acabado de trabalhar o Editor de Texto a proposta agora é trabalhar com o editor de apresentação. Peça para o grupo abrir o software, dando algumas dicas de como entrar nos arquivos. Você poderá disponibilizar dois arquivos diferentes, um com imagens e outro com um texto arrumado em tópicos. Escolha uma apresentação que você já trabalhou ou uma disponível em nosso banco de recursos, ou que você faça, com a proposta do que você está pensando em trabalhar com o grupo daqui para frente, por exemplo.

Instigue o grupo a pensar quais as diferenças entre o Editor de Texto e o de apresentação e vá anotando na lousa para retomar com o grupo. Faça-os lembrar dos arquivos de apresentação que foram utilizados em outros momentos por vocês, perguntando para que foram usados e se alguém saberia explicar as suas funções. Levante com o grupo, o porquê dos textos estarem em formato de tópicos. Levante as curiosidades que o grupo apresenta a partir do manuseio com os dois arquivos (imagem e texto). Passe para o segundo momento.

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Sugestões de Atividades:

História de todos nós

Proponha ao grupo construir slides contando sua história de vida, contemplando as relações e as coisas da comunidade que fizeram parte de sua história. Peça que tragam a tona os amigos, vizinhos e familiares, para refletir sobre esse mundo e a forma como essas relações influenciam no desenvolvimento individual e da comunidade. Este é um primeiro momento de mergulhar na comunidade, vendo-a a partir da vida pessoal. Também é o primeiro momento que produzem algo em slides. Por isso deixe que eles usem e abusem das ferramentas de apresentação. Com o primeiro contato estabelecido, e um esboço da idéia da apresentação estando pronta, peça que tragam fotos para digitalizar e colocar em suas apresentações. Se não possuir Scanner na EIC, proponha uma ilustração no Editor de Desenhos, ou que utilizem o clipart que é sempre uma alternativa. A idéia é trabalhar as ferramentas de apresentação do software, a partir dessa produção. Você também pode dar um exemplo de atividade como a criação de uma história em quadrinhos, usando as ferramentas de desenho disponíveis no aplicativo. Ao final, peça ao grupo para apresentar a todos e estimule o debate. Pistas:

O que as histórias têm de comum? Como é viver nessa comunidade? A comunidade foi sempre do mesmo jeito? Como era antes, como é hoje? E nas nossas vidas houve mudanças? Como?

Avaliação: Quais discussões marcaram o debate com o grupo? O que você considera importante retomar no debate? E com as ferramentas, o que é importante retomar? O que você acrescentaria a esta proposta?

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Atividade 15 LINHA DA VIDA

Objetivo: Leitura do mundo a partir de histórias de vidas dos/as educandos/as.

Ferramentas:Editor de Apresentações Barra de ferramentas de desenho Formatação de textos em caixa Animação de texto

Conversa com educador:A proposta desta aula é que o grupo construa uma linha do tempo de sua vida utilizando as ferramentas da barra de desenho, assim você pode trabalhar com o grupo inicialmente um modelo na lousa, trazendo o desafio de pensar junto, que ferramentas de desenho poderão ser utilizadas, qual a melhor forma visual para que o outro entenda, considerando o slide, e as ferramentas de formatação que dispomos.

Ao trabalhar com a linha da vida você deve tranqüilizar a todos que serão apresentados para o grupo somente aqueles fatos que cada um concordar em dividir com a turma. Este cuidado impede que alguns se sintam constrangidos em abordar temas que não gostariam de expor para o grupo.

Sugestões de Atividades:

Utilizar as ferramentas de desenho como linhas e caixas de textos para construção da linha de tempo de sua vida, destacando com figuras do clipart ou outras desta barra de ferramenta, os momentos que consideram marcantes (de alegrias e de dificuldades).

A linha pode ser um slide que dá continuidade a história que construíram no momento anterior. Você pode aproveitar para trabalhar animação de texto e de desenhos para estimular a criatividade do

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grupo. Ao final, salvam o trabalho em suas pastas e apresentam para o grupo.

Para construirmos um ambiente de debate, a partir da apresentação lance questões para o grupo:Pistas: Pensando nos fatos marcantes de nossas vidas, quais as

dificuldades encontradas pelo caminho? Quais os sonhos que temos para nossas vidas? Estes sonhos podem ser realizados na comunidade em que

estamos? Quais os limites e possibilidades para alcançar o que queremos?

Termine a aula lançando o desafio para turma pensar:Como poderíamos, juntos, construir possibilidades de vida mais digna? (Nunca deixando resvalar para a passividade “nada posso” ou a ilusão ou pretensa independência absoluta “podemos tudo”. Nossa proposta não é de mudança? Então! Incentive o grupo a pensar em alternativas para mudar).

Motive a turma para a próxima aula onde vão discutir e aprender a elaborar seus planos de vida.

Avaliação:

Como os grupos reagiram ao fazer a linha de suas vidas? Como você conduziu a discussão? O que você destacaria como

dificuldade tua e do grupo? O que você fez/faria de diferente? Por quê? O que você vai precisar retomar com o grupo para aula seguinte?

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Atividade 16 O QUE FAZER DA VIDA?

Objetivos: Retomar com o grupo as reflexões que geraram a história de vida de cada um, enfatizando as questões: o que quero, quais as possibilidades para alcançar; estimular o grupo a pensar saídas coletivas; construir uma apresentação com característica de site, com hiperlinks.

Ferramentas:Editor de Apresentações Efeitos de transição, composição e animação Hiperlinks

Conversa com educador:A atividade agora é retomar com o grupo as reflexões que geraram a história de vida de cada um, enfatizando as questões: o que quero e quais as possibilidades para alcançar. Estimule o grupo a pensar inicialmente em âmbito coletivo. Você poderá registrar na lousa as considerações feitas como forma de aquecer o debate, e em seguida pedir para listarem em um arquivo as melhorias pessoais que são necessárias às suas realizações profissionais, culturais, econômicas, de melhoria de vida, etc.

Após apresentar ao grupo, a sugestão é que façam um desenho demonstrando o que fará daqui a 10 anos: Como será minha casa? Onde fica esta casa? Com quem estarei morando? No que estarei trabalhando? O que faço para me divertir? De que movimentos sociais participo? Solicite que cada um demonstre o que fará no próximo ano, daqui a dois ou três anos.

Iniciar com o plano a longo prazo facilita o exercício de planejar os próximos passos. É importante ainda, que considerem todas as discussões feitas até agora, que registrem os aspectos que acham relevantes como: o que aprendi na vida de importante; o que preciso aprender (estudar); o que preciso fazer para conseguir (como pesquisar espaços gratuitos, cursos necessários na internet, na comunidade, etc);

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com quem poderá contar (organizações, pessoas, etc); o que impede de conseguir o que quer; porque não conseguiu (porque não tiveram oportunidades, porque não têm como fazer, porque precisam trabalhar, etc).

Sugestões de Atividades:1. Construindo sua árvore de conhecimentos e habilidades:Nesta etapa a idéia é construir uma lista de experiências mais específicas do que foi feito antes na linha da vida. A atividade pode ser feita desenhando uma árvore com raiz, tronco e copa, inserindo caixas de textos que funcionem como botões que se “linkam” com outras páginas (slides) para distribuir na árvore.

Inicialmente o grupo pode pesquisar um desenho de uma árvore na internet ou pode desenhá-lo no Editor de Desenhos, copiando e colando no editor de slides. Na raiz devem ser inseridas as habilidades que são consideradas como base de sua formação, como o que aprenderam com os cursos que fizeram, com a escola, com a família, com leituras, com a vida, etc.

No tronco, as coisas que estão aprendendo e o que acham que precisam retomar, porque o que foi feito (cursos e atividades) não foram o bastante para aprender, como por exemplo: “fiz um curso de Editor de Planilhas, mas não estou seguro com a ferramenta, por isso preciso fazer alguma coisa para melhorar, já que isto é importante para o que eu quero fazer na minha vida”.

Na copa da árvore ficarão as habilidades que são os pontos fortes e que já foram desenvolvidas, como por exemplo:“Fiz um curso de teatro, que me trouxe grande habilidade no trato com as pessoas, por isso agora, me comunico muito bem”. No exemplo, a habilidade que ficaria na copa, seria comunicação ou trato com as pessoas, ou ainda, facilidade em me comunicar.

Cada botão equivale a uma experiência, que ao ser acionado pelo mouse durante a apresentação abre um slide que conta os detalhes dessa experiência, como foi, onde, que época foi realizada, coisas que

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aprendeu a fazer com essa vivência, como acha que pode utilizar o que aprendeu para realização de seus sonhos. Peça para salvar e apresentar o resultado final.

2. Para estimular a refletir sobre o lugar que mora, as oportunidades que existem por lá ou as que podem construir com o grupo com o objetivo de realizar seus sonhos, você poderá promover um debate. Daqui para frente a proposta é mergulhar na comunidade para conhecer os obstáculos que enfrentamos, as oportunidades que temos e o que precisaremos fazer para criar outras que serão importantes para o nosso desenvolvimento individual e coletivo.

Pistas:1. Que tipos de experiências foram vividos na comunidade?2. Que tipo de atividades, no geral o grupo conseguiu fazer? 3. Quais as oportunidades que tiveram durante a vida?4. Precisaremos de mais coisas para realizar nossos sonhos? Quais?5. O que podemos achar na comunidade? Quem sabe?6. É importante ter oportunidades no lugar onde moramos? Por quê?7. Será que conhecemos tudo que a comunidade oferece e a qualidade dos serviços? 8. É importante conhecer mais a comunidade para sabermos o que podemos fazer para melhorar nossas vidas?9. Como podemos fazer para conhecer?

Liste na lousa todas as conclusões do grupo, anote-as em seu diário de aulas, você precisará retomá-las nos próximos momentos.

Avaliação:

Quais momentos vividos com o grupo que você destacaria nesta aula? Por quê?

Quais as dificuldades que tiveram e como você fez para superar? O que não foi possível fazer e você achou importante? Por que não deu para fazer?

O que você fez/faria de diferente? Por quê?

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O que precisa ser retomado para aula seguinte?

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RECORDANDO NOSSA CAMINHADA PERCORRIDA

Pôxa, quanta estrada percorremos até aqui, não é mesmo?!! E considerando que nosso percurso foi longo, que tal lembrarmos de nossa caminhada para podermos entender a proposta deste novo tema? Vamos pensar juntos?

No primeiro momento trabalhamos com um bloco que chamamos de “preparando o campo”. O que significou para você, o momento “preparando o campo”?

A que conclusões você chegou após o encerramento deste bloco?

Agora que pudemos visualizar um pouco o início disso tudo, vamos pensar no restante deste percurso.Após prepararmos a terra com o nosso adubo, começamos a jogar as sementes para que possamos colher, mais tarde, belos frutos, mas que frutos são esses, você pergunta.Vamos pensar... Discutimos sobre o papel da EIC na comunidade, a que conclusões você chegou com o grupo?

Em seguida, trabalhamos com os direitos que os homens conquistaram ao longo do tempo e que hoje estão sendo ameaçados, certo?

E agora?!!! O problema é que hoje temos milhares de desempregados, a saúde e a educação que deveria ser para todos não são para todos, e o que é pior, grande parte da população sequer tem onde morar, e os que moram em algum lugar não têm garantias de continuar lá por uma série de motivos. Como você vê, muita coisa está acontecendo, não é mesmo? Como o grupo se desenvolveu ao longo desse debate? Faça uma linha do tempo até aqui, destacando os momentos marcantes dessa sua história como educador:

O que você acha que precisaria para levar adiante a proposta do curso? Liste, fale com o regional, leve para discutir com os seus colegas que também estão estagiando com você.

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Vamos às atividades!

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Atividade 17 CAÇANDO OS NOSSOS FANTASMAS E SONHOS

Objetivo: Refletir sobre os problemas que assombram a comunidade e as oportunidades.

Ferramentas:Editor de Apresentações Apresentação com slides Formatação de texto em slides Inserção de figuras

Editor de Imagens Formatação de figura e slides.

Internet Blogs

Conversa com educador:

No momento anterior começamos a discutir com o grupo sobre os problemas que movem as ações das pessoas na sociedade e até vimos se há alguma forma de organização que conhecemos na comunidade. A proposta agora é pensar, daqui para frente, mais detalhadamente sobre a comunidade, seus problemas, soluções encontradas, oportunidades locais. Para isso vamos nos envolver em atividades de pesquisa para conhecer mais a comunidade em que estamos inseridos. A sugestão abaixo é lúdica e pode ser trabalhada com qualquer idade, é só adaptá-la à realidade de cada grupo.

Sugestão de Atividades:

1º momentoExplique que vamos começar uma brincadeira, cujo objetivo é buscar o fantasma que assombra a comunidade e acabar com ele, para isso vão formar a equipe caça-fantasma.

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1. Proponha ao grupo que cada um pense no fantasma que assombra a sua comunidade, desenhe no Editor de Desenhos, recorte o desenho, cole no Editor de Apresentações e nomeie o fantasma. Esclareça ao grupo que pessoas não são fantasmas e sim situações, coisas.

2. Cada um apresenta o seu fantasma ao grupo dizendo quem ele é, e os danos que ele causa.

3. Os participantes vão agrupar os fantasmas semelhantes, levando-os em disquete ou puxando pela rede, como se eles fossem da mesma família fantasmática em pequenos grupos; os grupos deverão descobrir porque cada fantasma existe, e o que os criou e registrar nos slides; os grupos deverão escrever cinco causas ou a origem desta família de fantasmas.

4. Na turma, cada grupo apresenta o que descobriu sobre a família de fantasmas que investigou; o grupo elege o fantasma que quer caçar.

5. Este é o momento de ir até a comunidade para perguntar sobre o fantasma, afinal é preciso conhecê-lo melhor para ver o que o grupo pode fazer. A proposta então é fazer uma pesquisa para achar a forma como o fantasma aparece na comunidade e onde ele está e também sobre as oportunidades locais que poderão servir de apoio para o enfrentá-lo, posteriormente.

6. Divida a sala em pequenos grupos e explique que cada subgrupo ficará responsável por uma tarefa. Construa um roteiro de trabalho no editor de apresentações, seguindo as pistas:

Qual o tema da pesquisa? [Todos] [grupo 1] O que queremos saber? (poderemos usar a mesmas questões propostas para identificar o fantasma, como: problemas, causas, onde se encontra, o que foi feito para combater o problema, o que existe na comunidade que favorece existência deste fantasma, o que existe na comunidade para ajudar na solução do problema); [grupo 2] Para onde vamos, vizinhança, associações, escolas? (O grupo pode construir um mapa e apresentar para que

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todos possam assimilar os caminhos e assinalar lugares importantes que o grupo 2 não lembrou ) [grupo 3] Como vamos nos organizar para pesquisa? Que recursos precisamos? O que temos na EIC, o que não temos e como conseguiremos?

Após a construção do plano, os grupos apresentam as idéias e consolidam as ações. Obs.:

1. É interessante lembrar do que foi trabalhado em aulas anteriores quando pesquisamos sobre como os meios de comunicação informam, como a imagem comunica e utilizar esse recurso tecnológico para registrar as informações e momentos da pesquisa de campo; a foto pode ser um instrumento poderoso para nossa comunicação, como já vimos, por isso se a EIC tiver máquina fotográfica, ou alguém do grupo, sugerimos que use para tirar fotos da turma antes da pesquisa e registrar o momento de pensar as ações e o trabalho de campo. 2. A EIC que tem internet pode começar a fazer um blog com todas as informações que forem surgindo, com as fotos que estarão sendo tiradas, conclusões dos grupos, etc. É tipo um diário de bordo que pode também ser feito no Editor de Apresentações, embora no blog você tenha a opção de torná-lo acessível ao mundo. Já pensou a sua EIC, sua comunidade sendo visitada por outras pessoas no mundo? Tentador, não?

Avaliação:

Como foi a eleição do fantasma? A turma teve atitudes de grupo ou individuais? O que você fez/faria de diferente? Por quê? O que precisa ser retomado para aula seguinte?

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Atividade 18 COMO ORGANIZAR NOSSA PESQUISA?

Objetivo: Construir um roteiro de entrevista a partir do Editor de Planilhas.

Ferramentas:Editor de Planilhas O que é uma planilha eletrônica? O que são linhas, colunas e células Abrir, salvar e fechar uma pasta de trabalho Digitar e apagar dados Editar o conteúdo de uma célula Selecionar células Formatar células Aplicar cores de preenchimento Formatar colunas e linhas Imprimir planilhas Sair do programa

Conversa com educador:

Na atividade passada, o grupo construiu uma apresentação utilizando imagens e textos no editor de apresentação. Esta ferramenta facilitou a compreensão do grupo no debate realizado, pois com ela foi possível organizar as conclusões acerca das organizações sociais, a identificação do fantasma que assombra a nossa comunidade e acabamos por fazer um plano de ação para uma pesquisa junto à população. Hoje vamos conhecer uma outra ferramenta que também pode nos ajudar a organizar as informações que estamos coletando: a planilha eletrônica. Ela nos auxilia na construção de tabelas, na organização de dados de pesquisas, na elaboração de gráficos, orçamentos e outros dados.

Sugestões de Atividades:

1º Momento:

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Peça ao grupo que entre no Editor de Planilhas. Ao abrir o aplicativo explique o que compõe a sua janela (linhas, colunas e células, como inserir e apagar dados, como selecionar, como formatar). Após a explicação, convide o grupo a organizar o roteiro da entrevista no aplicativo.Mas como construí-lo?

As questões da pesquisa podem ser abertas e fechadas, o Editor de Planilhas facilita a demonstração de números, por isso, precisamos que a maioria das questões seja fechada, mas algumas delas terão que ser abertas.

Exemplo de questões fechadas e abertas: Digamos que o fantasma eleito pelo grupo seja o alcoolismo...

[fechada] Você acha que o maior problema da comunidade é o alcoolismo? sim X não

[aberta] Se não, qual o problema da comunidade?

Mesmo quando a questão precisa ser aberta, como “qual causa deste problema?”, por exemplo, você poderá fazer um exercício com o grupo para organizar repostas possíveis, aprofundando entre vocês o tema e fechá-la. No nosso exemplo acima, podemos perguntar:O que provoca o alcoolismo?E na comunidade, o que está por trás desse alcoolismo?

Exemplo: Após a problematização das causas o grupo pode chegar à conclusão que a maioria dos problemas da comunidade está relacionada à ociosidade dos jovens, ao desemprego, à falta de espaços de lazer, à falta de espaços de cultura, à falta de escolarização, etc.Então a questão ficaria assim formulada:

Qual a causa maior desse problema?

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Marque um X no sim ou não. E na

Aberta é só escrever o problema

Ociosidade Desemprego Falta de informaçãoFalta de área de lazer

Falta de espaços de cultura

Falta de escolarização

Para que as respostas venham de forma realmente fechada e facilite nossa tabulação é importante a ênfase que damos a causa maior, isto é, cada pessoa entrevistada vai poder responder uma causa apenas. Caso, a pessoa fale de uma causa que vocês não perceberam durante a construção do formulário, é importante anotar para acrescentar a lacuna quando forem tabular, se for necessário. Uma saída para este problema é colocar uma opção “Outros: Especifique”, onde serão anotados todas as respostas que não estiverem listadas.

Obs.: O roteiro não pode ser muito extenso, pois cansa quem está sendo entrevistado e quem está fazendo a entrevista, por isso deve ser objetivo. Como o grupo já organizou as idéias do que querem perguntar, neste momento o desafio é arrumar as questões de forma clara e objetiva para facilitar a tabulação e análise dos resultados.

2º momento:Uma vez concluído o roteiro, apresente formas de impressão no Editor de Planilhas. Aconselhamos que a quantidade de questionários não ultrapasse o número de cinco entrevistas para cada pessoa da turma. Após concluir o roteiro com o grupo, proponha que observem o mapa construído na outra atividade e se dividam em duplas para a realização das entrevistas.

Atenção!!!Na hora da entrevista muitas dúvidas aparecem, principalmente na hora de responder o questionário, por isso é interessante que o grupo faça entrevistas entre si para “testar e exercitar”. É importante também pensar na postura do entrevistador, na melhor forma de abordar a pessoa entrevistada, em como responder as questões; algumas dicas estão em nosso banco de recursos no item “mergulhando na comunidade/ dicas para entrevista”.

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Leia, procure se informar com quem já fez pesquisa, e se possível traga alguém que já tenha essa prática para o grupo entrevistar e tirar as dúvidas. Um problema bem específico que aparece na hora de fazer a pergunta que gostaríamos de enfatizar é quando perguntamos e o entrevistado nos fala de forma bem genérica.

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Exemplo 1Você pergunta: Na sua opinião, qual é o fantasma que assombra a comunidade?

Após perguntar, como assim? A pessoa responde: acho que o povo não estuda, é desinformado. Novamente

você pergunta: Mas isso causa o quê? Eles são sujos, colocam lixo em todos os lugares da rua, fazem dos seus quintais um lixão. Legal! Então o fantasma é a sujeira e a causa da sujeira, para aquela pessoa é a falta de informação, concordam? Você conseguiu especificar mais

a resposta e ainda respondeu outra pergunta, percebeu?

Exemplo 2Numa outra questão, como: o que a comunidade está fazendo para resolver os problemas? Alguém responde: “Ah, tá se desenvolvendo!”. Então novamente tiramos a perguntinha mágica do bolso: Como assim? Se desenvolvendo, de que forma? A pessoa entrevistada responde: está se organizando. Você que não é bobo, pergunta novamente, como? Dê um exemplo! Você vai perguntando até achar uma reposta mais concreta, como por exemplo, eu soube que alguns jovens se juntaram e em mutirão fizeram uma pista de esqueite.

Agora resta saber como tabular essas respostas, não é mesmo? Mas vamos ver isso adiante.Para encerramento desta atividade, faça um breve resgate do que foi realizado, lembrando da utilização das ferramentas e perguntando

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O povo é mal educado!

Ah! Como assim?

HUM!!

Iupi!!

sobre as dificuldades que tiveram, esclarecendo dúvidas. O grupo deverá trazer o questionário preenchido na próxima aula. Obs.: Caso não tragam, o educador deve reservar a próxima aula para fazer as entrevistas. Avaliação:

Quais momentos vividos com o grupo que você destacaria nesta aula? Por quê?

Quais as dificuldades que tiveram e como você fez para superar? O que não foi possível fazer e você achou importante? Por que não deu para fazer?

O grupo entendeu o que é um Editor de Planilhas? Ficaram claras as várias utilidades de um Editor de Planilhas ?

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Atividade 19 A VOLTA COM OS DADOS

Objetivos: Inserção de dados de pesquisa feita na comunidade.

Ferramentas:Editor de Planilhas Abrir, salvar e fechar uma pasta de trabalho Digitar e apagar dados Editar o conteúdo de uma célula Criar fórmulas Inserir e trabalhar com planilhas diferentes

Conversa com educador:

Ao voltar com os questionários preenchidos vamos iniciar a tabulação dos dados, passo a passo, começando pelas questões fechadas.

Sugestões de Atividades:

Oriente o grupo para abrir o arquivo com o roteiro, explique como abrir uma nova planilha, para que serve essa ação e como ele está propondo a disposição dos dados para tabulação. Neste momento trabalhe só com as questões fechadas.

Dica:Na atividade passada, trabalhamos com uma planilha apenas, pois não precisamos mais que isso para alcançar nossos objetivos, agora para que todos participem da tabulação, vamos abrir uma outra planilha no mesmo arquivo do roteiro e colocar uma pergunta e suas respostas. Então o relatório de cada pergunta (pergunta, resposta, gráfico e análise) ficará em uma planilha e o roteiro geral em outra. Isto facilita o exercício de recortar e colar, de uma planilha para outra. Em seguida, coloque o exemplo de como ficará a tabulação na lousa para que o grupo visualize.

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Exemplo:Você acha que o maior problema do bairro é o alcoolismo?

Atenção! Neste caso, temos que colocar a quantidade de repostas sim e não, para somarmos e chegarmos ao valor total.

DICA: A intenção de dispor os dados assim é para totais (S); você deve explicar ao grupo que o software não reconhece uma letra como valor de cálculo, a não ser que se configure para isso. Além disso, é interessante que lembremos de todas as informações sobre a formatação para destacarmos coisas importantes como o número de pessoas entrevistadas, por exemplo. Isso irá facilitar na hora de explicar como fazer para tirar o percentual dos totais apurados. Isto mesmo! Com os números de pessoas entrevistadas poderemos tirar os resultados absolutos (totais de entrevistados) e os relativos (% das entrevistadas) da pesquisa.

Sugerimos que cada pergunta faça parte de uma planilha, pois facilitará o processo coletivo de tabulação; todos poderão inserir os dados relativos às questões ao mesmo tempo.

Exemplo:Cada um/a abre uma planilha, insere uma questão (a combinar com o grupo) e os dados que trouxe, referente àquela questão; formata a tabela; salva e troca de computador com outro/a que também já acabou, e insere os dados da outra questão que o colega preparou inicialmente, e assim por diante. Quando todos/as acabarem faça os exercícios de cálculo de totais com todos juntos. Explique o que são números absolutos e relativos, e em seguida como tirar os percentuais daqueles valores.

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Obs.: Caso as questões sejam em número maior que o número de pessoas da turma, quem terminar mais rápido poderá trabalhar com mais de uma questão.

Encerramento da atividade: lembrar o que trabalharam com a ferramenta e provocar o grupo com algumas perguntas para pensar sobre a importância da visualização de todos os dados para o nosso trabalho; isto vai ficando cada vez mais claro à medida que totalizamos a tabulação.

Questões sugeridas: O que fizemos hoje? Como fizemos? O que enxergamos após a organização dos dados na planilha? Após a totalização dos dados ficou mais fácil de percebermos as respostas? Por quê?

Avaliação:

Quais as dificuldades que tiveram e como você fez para superar? O que não foi possível fazer e você achou importante? Por que não deu para fazer?

Como está a compreensão do Editor de Planilhas? O que precisa ser retomado para aula seguinte?

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Atividade 20 OLHANDO PARA OS NOSSOS FANTASMAS E SONHOS

Objetivo: Organização dos dados coletados com perguntas abertas para identificação de problemas apontados pela comunidade pesquisada.

Ferramentas:Editor de Planilhas Digitar e apagar dados Editar o conteúdo de uma célula Formatar colunas e linhas

Conversa com educador:

Vamos continuar nossa tabulação, agora com as questões abertas.

Sugestão de Atividades:

Tabulando as questões abertas...

Para tabular esse tipo de respostas o grupo deve listar os problemas que foram levantados, e contar a freqüência que eles aparecem.

Para exemplificar vamos fazer um exercício? Digamos que os problemas apontados foram:

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Meninas grávidas Tráfico Desemprego Falta de posto de

saúde Falta de

saneamento Violência Drogas Mortes

Espancamento de mulheres

Muita gente desocupada

Falta

trabalho As pessoas

vivem de bico

Passos:1. O que tem de comum na lista? Se pegarmos desemprego, quais os outros

problemas que aparecem e apontam para mesma coisa? “Muita gente desocupada”, “Falta trabalho”, “As pessoas vivem de bico”. Neste caso o que mais define a situação é mesmo o desemprego, certo? Então contamos 1 para cada problema citado. No caso de violência, contaremos todos dentro do mesmo grupo “violência”, mas especificaremos o tipo, quando ele aparecer. Na tabulação ficaria...

2. Quando representarmos graficamente, não será possível colocar os dados da terceira coluna nos gráficos, mas eles nos servirão como notas para entendermos o que estamos chamando de violência, ou de desemprego. Esta coluna também será muito importante na hora do debate, pois o educador pode problematizar com o grupo: “gente desocupada significa desemprego?” Sim, não, por quê? Drogas devem estar junto com violência? Isso ajudará o grupo a chegar a uma análise mais apurada das causas dos problemas.

3. Você deve estar se perguntando por que contamos 4 freqüências em desemprego e 5 em violência. Se você olhar para lista que fizemos vai identificar em negrito todas os termos que nos remetem à violência. Estamos considerando 1 para “violência”, 1 para “tráfico”, 1 para “drogas”, 1 para “morte” e 1 para “espancamento de mulheres”.

Atenção!!! Estamos considerando uma continuidade da atividade, pois como foi visto teremos muitos detalhes para consolidação dos dados, por isso é importante que você pare por dez minutos antes do final de cada aula para resgatar tudo que foi trabalhado, tanto com relação aos detalhes da pesquisa, como no uso da ferramenta.

Avaliação:

Quais momentos vividos com o grupo que você destacaria nesta aula? Por quê?

Atividade 21 OS NÚMEROS FALAM

Objetivos: Construção de gráficos no Editor de Planilhas, transferência e análise dos dados.

Ferramentas:Editor de Planilhas Digitar e apagar dados Criar gráficos Alterando o tipo de gráfico Formatar gráficos

Conversa com educador:Após os novos desafios feitos com a ferramenta na aula anterior, convide o grupo a fazer gráficos com valores relativos e absolutos que representem a questão (alguns modelos de gráfico já fazem o cálculo automaticamente, se configurado).

Sugestão de Atividades:Peça que abram os arquivos e explique como selecionar os dados e inserir gráficos. Neste momento, trabalhe com modelos de vários gráficos para possibilitar que o grupo escolha a melhor opção de gráfico para o seu arquivo. Continue na mesma dinâmica da atividade anterior, isto é, cada um trabalhando com uma questão. Após a construção dos gráficos oriente o grupo a transferir os gráficos para uma apresentação no PowerPoint, e do lado deverão escrever uma breve conclusão da situação representada e apresentam para o grupo. Esteja atento às conclusões do grupo e após a apresentação lance algumas perguntas para reflexão.

Avaliação: O que nos chamou mais a atenção? Os moradores estão contentes com a comunidade? Por quê? Como a comunidade se organiza para resolver seus problemas? O que a comunidade percebe que possui de positivo que poderá ajudá-los no

seu desenvolvimento?

Que oportunidades culturais temos nos aspectos culturais, de lazer, educação, saúde?

O que falta na comunidade? O que seria necessário fazer para melhorar a vida na comunidade?

Atividade 22 MUNDO DO TRABALHO

Objetivos: Retomar o plano de vida e planejar ações que favoreçam a inserção no mundo do trabalho.

Ferramentas:Revisão de aprofundamento do editor de apresentação, de textos e internet.

Conversa com o educador

Depois do mergulho na comunidade e da escolha da ação que o grupo quer implementar, é hora de colocar a mão na massa. Estamos sugerindo aqui algumas atividades com o objetivo de se inserir no mundo do trabalho.

É muito importante que o grupo tenha clareza que as ações individuais, como elaborar o seu currículo, é apenas um passo na caminhada rumo ao mundo do trabalho. Aproveite que o grupo está motivado para melhorar suas chances de inserção no mundo do trabalho e mobilize-os para analisar como está o mercado de trabalho. Depois desta caminhada juntos, certamente, estarão mais conscientes e sabem que nada é tão simples como parece. É importante que o grupo compreenda que o desemprego não é culpa somente do desempregado porque ele não é qualificado, também não há postos de trabalho para todos. Se não houver uma análise adequada sobre esta questão todos podem ficar muito frustrados, ao descobrir que o curso de informática não vai garantir seu emprego.

Aproveite para refletir com eles o que já foi visto até sobre o mundo do trabalho. Quando pesquisaram sobre os fantasmas e os sonhos da comunidade o que descobriram sobre este tema? Se tivessem que fazer um quadro sobre esta situação, como seria?

Tudo que foi trabalhado com o grupo será fundamental nesta fase. Ao tratar da possibilidade de se inserir no mundo do trabalho temos que ter em mente, que o mercado está exigindo pessoas com capacidade para resolver problemas, criatividade, que gostem de aprender, críticos, capazes de trabalhar em equipe e

com conhecimento de informática. A nossa proposta favorece o desenvolvimento de todas estas habilidades e ainda contribui para que sejam cidadãos que conhecem seus direitos e deveres, que saibam negociar e garantir seus direitos.

Acreditamos que você pode se deparar com diferentes situações nesta fase final e estamos incluindo várias opções para que você avalie junto com o grupo qual é a aquela que atende melhor as suas necessidades. Você pode encontrar no grupo:

Pessoas mais maduras que estão procurando melhorar o seu currículo com um novo curso.

Jovens que estão numa fase muito importante de sua vida porque estão chegando na época de fazer o rito de passagem deixando a fase da adolescência para ingressar no mundo dos adultos. Para estes, começar a trabalhar e poder pagar suas contas é uma prova concreta de sua maturidade e independência. Por isso procuraram a EIC.

Jovens que querem começar a trabalhar, mas ainda não sabem bem como fazer isso, nem escolheram sua profissão.

Jovens que apesar de imaturos precisam começar a trabalhar imediatamente para contribuir com a renda familiar.

Pessoas que querem trabalhar em postos de trabalho que exigem maior grau de escolaridade ou uma formação específica e um bom conhecimento de informática, mas que ainda não conseguem atender a estas exigências e acham que o curso de informática vai resolver o seu problema.

Pessoas que estão no mercado informal e gostariam de conseguir um emprego com carteira assinada.

Pessoas que já têm uma profissão e que gostariam de montar seu próprio negócio, mas não sabem como fazer isso.

Pessoas que já têm uma profissão, mas não estão encontrando emprego e querem mudar de área.

Adolescentes e jovens que estão no curso porque seus familiares estão pressionando para que comece a contribuir com o orçamento doméstico, mas que ainda são imaturos e não estão realmente interessados na inserção no mundo do trabalho neste momento.

E tantos outros...

Cada grupo tem diferentes necessidades e interesses, o importante é que compreendam o que podem esperar do curso que estão concluindo e definam juntos que ações irão desenvolver individualmente e coletivamente. As opções que apresentamos abaixo não são as únicas possíveis, contamos com você para ampliar nosso banco de recursos. Que tal elaborar uma atividade com a turma e enviar para o CDI? Só com sua ajuda poderemos melhorar nossa proposta de trabalho e contribuir para a transformação da realidade das pessoas e das comunidades onde atuamos.

Sugestões de Atividades

1º momento:

1. Peça para que cada um revise seu plano de vida e veja se gostaria de mudar alguma coisa no que planejou anteriormente.

2. Divida a turma em duplas e oriente para que façam uma apresentação no Editor de Apresentações mostrando como está o mercado de trabalho hoje. Nesta apresentação a dupla deve levar em conta o que viram na comunidade e dados coletados na mídia local (incluindo os classificados no caderno de emprego) sobre a profissão ou área em que gostariam de atuar.

3. Peça que cada dupla faça sua apresentação. O ideal é que o grupo se desloque até o computador onde está a apresentação para que todos contribuam com o debate. Verifiquem:

Como está o mercado de trabalho nesta área? Que habilidades e conhecimentos estão sendo exigidos para esta área?

Pedem formação específica? É possível desenvolver este trabalho na comunidade? Os recursos do Editor de Apresentações são suficientes para eu elaborar e

apresentar minhas idéias? Que outros recursos desta ferramenta poderiam ser usados? Todos

saberiam usar outros recursos além do que foi apresentado? Qual outra ferramenta poderia ser usada para elaborar minha

apresentação? Editor de Texto? Editor de Planilha? Editor de Desenhos? Poderia combinar todas?

Lembre-se!!! É importante que você estimule o grupo a analisar cada situação adequadamente. Seus questionamentos poderão contribuir para que aprofundem o debate. Faça um banco de apresentações e nas próximas turmas apresente-as como material de pesquisa, assim, a cada nova turma outros dados serão acrescentados.3. Peça para que cada um faça uma análise sobre suas opções de inserção.

Ela é viável neste momento? É preciso fazer outros cursos? Onde estes cursos estão sendo oferecidos? Onde encontrar mais

informação sobre cursos nesta área? Será preciso mudar de opção até conseguir atender aos requisitos para

esta função? O que fazer? É preciso rever o plano inicial?

Atenção!!! A decisão é individual, contudo, só poderá ser adequada se houver informação suficiente. Peça no CDI material de apoio para esta tarefa. Se possível convide algum profissional de Recursos Humanos para falar para o grupo ou programe uma visita numa empresa ou em um pequeno negócio na comunidade.

2º momento:

Agora que todos já têm um pouco mais de informação é hora de fazer escolhas. Apresente as opções abaixo aos educandos, peça para que abram o arquivo e leiam, acrescentando outras opções e selecionando as que mais se interessam. Para finalizar, abra o debate para que discutam suas dúvidas e apresentem suas escolhas.

Ações Individuais:

Procurar um emprego: Elaborar o currículo para distribuir nas empresas. (Ver modelos e

orientação para elaboração de currículo).

Informar para todos os conhecidos que está procurando emprego e a área que gostaria de trabalhar. (A maioria das empresas contrata pessoas que foram indicados por conhecidos ou funcionários)

Simular com o grupo entrevistas de seleção para emprego. Se possível convidar um profissional com experiência para orientar o grupo. Caso não seja possível, estude com o grupo as orientações que colocamos no banco de recursos antes de começarem a simulação.

Procurar outros cursos para complementar a sua formação.

Iniciar um negócio: Buscar organizações que apóiam novos empreendimentos na cidade. Se juntar às cooperativas que já existem na comunidade. Pedir à EIC para pesquisar uma estratégia de oferta de um curso de

Economia Solidária e montar um projeto solidário de geração de renda com outros colegas do curso ou membros da comunidade.

OBS.: É interessante que a equipe da EIC converse com o CDI sobre a possibilidade de se preparar e oferecer esse curso para sua comunidade. Juntos poderão levantar várias opções sobre como o CDI pode ajudar com esse trabalho. Por exemplo: o CDI poderia capacitar a equipe da EIC para oferecer esse curso, pesquisar oportunidades de parcerias, pesquisar oportunidades de participação em eventos sobre o tema, oferecer grupos de estudos sobre o tema, levantar e conhecer outras experiências sobre economia solidária existente na Rede CDI e fazer o contato, etc.

Ações Coletivas: Participar dos fóruns de juventude e trabalho da cidade, para conhecer as

iniciativas do governo para esta área e contribuir na implementação de novas iniciativas dos movimentos sociais.

Juntar com outras turmas e estudar formas de mobilizar os governantes para apoiar as iniciativas da comunidade para montar novos empreendimentos.

Buscar organizações que apoiem a formação de projetos sociais de geração de renda.

Contribuir para o fortalecimento dos projetos sociais existentes na comunidade.

Visitar com a turma Cooperativas e/ou Projetos de Economia Solidária para verificar a viabilidade de montar um novo projeto em sua comunidade.

Avaliação:

Registre com o grupo cada atividade e leve suas sugestões para o encontro de educadores.

Atividade 23 EMPREENDEDORISMO

Objetivos: Compreender o que é empreendedorismo, refletir sobre ações empreendedoras e compreender o empreendedorismo social.

Ferramentas:Revisão de aprofundamento do editor de apresentação e de textos.

Conversa com Educador:

Na atividade passada os educandos refletiram sobre opções de entrada no mundo do trabalho, de geração de renda e de ações coletivas. Qualquer uma dessas ações depende de atitudes empreendedoras para terem maior ou menor sucesso. Nesta atividade iremos refletir tanto sobre atitudes empreendedoras para a entrada no mundo do trabalho, quanto sobre o empreendedorismo social, ações no sentido do bem comum.

Sugestões de Atividades

1. Leia com o grupo a história do Beija flor, fábula usada pelo Betinho para falar sobre solidariedade, base do empreendedorismo social:

Versão resumida:Houve um incêndio na floresta e enquanto todos os bichos corriam apavorados, um pequeno beija-flor ia do rio para o incêndio levando gotinhas de água em seu bico. O leão, vendo aquilo, perguntou para o beija-flor: "Ô beija-flor, você acha que vai conseguir apagar o incêndio sozinho?" E o beija-flor respondeu: "Eu não sei se vou conseguir, mas estou fazendo a minha parte". . . . .

Versão ampliada:Diz a lenda que havia uma imensa floresta onde viviam milhares de animais, aves e insetos. Certo dia uma enorme coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento, as chamas já eram visíveis por uma das

copas das árvores. Os animais assustados diante da terrível ameaça de morrerem queimados, fugiam o mais rápido que podiam, exceto um pequeno beija-flor. Este passava zunindo como uma flecha indo veloz em direção ao foco do incêndio e dava um vôo quase rasante por uma das labaredas, em seguida voltava ligeiro em direção a um pequeno lago que ficava no centro da floresta. Incansável em sua tarefa e bastante ligeiro, ele chamou a atenção de um elefante, que com suas orelhas imensas ouviu suas idas e vindas pelo caminho, e curioso para saber porquê o pequenino não procurava também afastar-se do perigo como todos os outros animais, pediu-lhe gentilmente que o escutasse, ao que ele prontamente atendeu, pairando no ar a pequena distância do gigantesco curioso.

– Meu amiguinho, notei que tem voado várias vezes ao local do incêndio, não percebe o perigo que está correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si próprio! O que você está fazendo de tão importante? – Tem razão senhor elefante, há mesmo um grande perigo em meio aquelas chamas, mas acredito que se eu conseguir levar um pouco de água em cada vôo que fizer do lago até lá, estarei fazendo a minha parte para evitar que nossa mãe floresta seja destruída. Em menos de um segundo o enorme animal marchou rapidamente atrás do beija-flor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava sobre as chamas. Notando o esforço dos dois, em meio ao vapor que subia vitorioso dentre alguns troncos carbonizados, outros animais lançaram-se ao lago formando um imenso exército de combate ao fogo. Quando a noite chegou, os animais da floresta exaustos pela dura batalha e um pouco chamuscados pelas brasas e chamas que lhes fustigaram, sentaram-se sobre a relva que duramente protegeram e contemplaram um luar como nunca antes haviam notado.

2. Converse com o grupo sobre a fábula, algumas pistas para a discussão: Por que será que o luar foi diferente para os animais naquela noite? O beija flor conseguiria apagar o incêndio sozinho? O fato de não conseguir fez com que nem tentasse? O que o grupo acha que motivou o elefante e os outras animais a

ajudarem o beija flor?

Alguém do grupo já viveu uma situação semelhante, em que se trabalhasse sozinho não conseguiria nada, mas se tivesse ajuda, seria diferente?

3. Peça para que o grupo abra o arquivo: “Para ser empreendedor” e reflita em duplas sobre o que é ser empreendedor, que compare com a história do beija flor e a discussão feita, e que escreva o que entendem do conceito e quais características consideram fundamentais para serem empreendedores. (Texto do arquivo “Para ser empreendedor”) Para ser empreendedor é preciso somar alguns elementos:

Criatividade Gostar do que se faz Conhecer muito bem seu empreendimento Conhecer muito bem seu público Unir conhecimentos de diferentes áreas

Para ser um empreendedor é preciso ser/ter: Transformador do entorno Construtor do futuro Consciência ética Visão política Capacidade de construir sua felicidade e a das pessoas a sua volta

4. Ainda em duplas, peça para que abram o arquivo de opções individuais e coletivas de ações da aula passada. Proponha que reflitam sobre as escolhas que fizeram e analisem conforme os itens levantados no debate. Que características são necessárias para levar adiante a escolha de ação feita?

5. Abra a discussão para que cada dupla coloque suas reflexões e o grupo construa seu conceito de empreendedorismo. Acrescente o conceito de empreendedorismo social, se você tem acesso à internet, sugerimos que o grupo pesquise os sites www.ashoka.org.br. Se não, acesse em nosso banco de recursos texto sobre o assunto. Desafie o grupo a entender melhor o conceito de empreendedorismo social relembrando toda a trajetória feita no curso, de mergulho na comunidade, definição de um fantasma, pesquisa sobre o fantasma e possibilidades vistas de como atacar o fantasma. Que ações empreendedoras

poderão ser feitas? Que características de pessoas e de ações são importantes termos para levar adiante nossas idéias?

6. Encerre a atividade com a produção de uma apresentação resumo da discussão. Informe o grupo que a próxima atividade será de síntese do curso todo, o momento de escolha de ações futuras, como dar continuidade a tudo que iniciamos e aprendemos neste curso. Esta apresentação resumindo o que entendem por empreendedorismo irá ajudar na atividade de síntese.

Avaliação:

Os educandos refletiram sobre as características do ser empreendedor? Perceberam as possibilidades e necessidade de serem empreendedores e do

empreendedorismo social?

Atividade 24 SÍNTESE FINAL

Objetivos: Refletir sobre o papel de cada um e da EIC na comunidade, na resolução dos desafios levantados durante o curso.

Ferramentas:Utilização de todas as ferramentas aprendidas até aqui.

Conversa com o Educador:Novamente é importante que façamos um resgate das conclusões passadas. Não é necessário se estender, mas focar em alguns pontos que foram importantes na discussão anterior, para facilitar o aprofundamento do tema e a reflexão do grupo.

Por isso é importante o registro (mínimo que seja) do que se passou durante as atividades até aqui, e principalmente, do que o grupo trouxe à discussão que serviu de provocação e crescimento para ele. Estar atento a este momento também é importante quando vamos problematizar com o grupo para chegarmos a novas conclusões, pois todas as discussões se relacionam e é importante que você perceba isso para facilitar também o processo de construção coletiva: só podemos ser críticos se conseguimos ver o que está por trás de cada coisa e que relações elas têm uma com as outras.

Todo esse cuidado é preciso em todos os momentos, mas como estamos no final do curso isto é importantíssimo. Todo final de aula é necessário ser amarrado para que o grupo possa fazer uma síntese do que ocorreu, e como tal, o final do curso também tem esse propósito.

Para ajudar você pode fazer um exercício bem interessante, escreva no seu caderno de anotações tudo que você identificou como dificuldades suas e do grupo durante esse bloco, o que aconteceu de mais legal durante esse processo e quais os pontos que ficaram pendentes, que por isso precisam ser retomados.

Sugestão de Atividades:

1° Momento:Depois de fazer o seu exercício individual faça o mesmo com o grupo.

Legal! Agora podemos continuar...

2° Momento:Já que falamos tanto em resgate, vamos agora retomar o mapa que o grupo construiu.No mapa, o grupo vai completar as associações, escolas, lugares de lazer e moradores que escolheram para entrevistar, olhar e assinalar o fantasma escolhido pelo grupo, confrontando-o com os outros que foram aparecendo durante as entrevistas e localizar as oportunidades encontradas.

Com o mapa no centro da roda onde o grupo está e de olho nele, peça ao grupo que aponte o que descobriram com a pesquisa e que acrescente no mapa o que antes não viam. A partir da visualização do mapa, com os acréscimos feitos, levante os questionamentos:

Os problemas que identificamos inicialmente são os mesmos? O que disse a pesquisa? Quais os problemas que mais apareceram? Se tivéssemos que eleger um, qual seria? Quais os fatores positivos que se encontram na comunidade que podem

favorecer o enfrentamento do fantasma e apontam para o seu desenvolvimento?

Onde se localizam? O que a comunidade oferece para a questão do mundo do trabalho?

Ao chegar a um consenso, proponha ao grupo uma simulação: são jornalistas e o jornal está pedindo para que eles escrevam uma síntese de como o grupo

Foi legal...Minhas

dificuldades e do grupo...

Precisamos retomar...

enxergou o problema central da comunidade. Oriente o grupo a descrever passo a passo como aconteceu a pesquisa, o que descobriram até agora e como acham que a comunidade poderia resolver o problema eleito. Escolha o que usar para realizar o trabalho (todos os recursos que aprenderam até agora). O grupo deve salvar e colocar seus nomes.

Ao final, peça que se agrupem e produzam uma ferramenta de comunicação com as informações resultantes: deixe que o grupo escolha a melhor forma de apresentar a síntese, por exemplo, fazer o texto como se fosse uma narrativa de jogo, ou

um programa de rádio, televisão, etc.

Este trabalho servirá de avaliação das ferramentas de seus alunos, garanta que todos participem e produzam seus textos formatados.

3° Momento:

Vamos agir?

Resgate todas as sínteses do que foi apresentado pelos grupos e levante as questões: Qual o nosso papel diante de tudo que vimos? Temos condições de fazer algo para ajudar a

resolver nossos problemas? O quê? De que forma? Como podemos utilizar os recursos digitais na EIC

para enfrentarmos os nossos problemas?

Iniciamos a construção de nosso conceito de cidadania com a reflexão sobre nossos direitos, passamos a conhecer nossa comunidade e agora pensamos em agir: O que é cidadania hoje para nós? Releia com o grupo o que escreveram no

início do curso sobre cidadania e peça para que avaliem se o conceito ampliou-se.

Bom dia, comunidad

e! Atenção!

Atenção!!!

Como cada um se sente fazendo parte de uma EIC, agora? Peça para que cada um releia o que escreveu no último slide de apresentação da EIC, quando responderam a pergunta: como se sente fazendo parte de uma EIC, que reflitam sobre o que mudou ao longo do curso.Para finalizar, peça para que cada um responda as perguntas: “O curso contribuiu para mudanças positivas em sua vida? Como?” (Obs: encaminhe ao CDI as respostas destas perguntas, estes dados são importantíssimos para avaliarmos nosso trabalho)

Como vimos no material de formação (como pode ser na EIC) é chegada a hora de organizar tudo e enfrentar o grande desafio apontado pelo grupo. Pensar quem vai querer continuar a partir daqui é importante; caracteriza-se o primeiro grande momento de avaliação para seguirmos ou não, ir adiante. Na hora de avaliar é bom pensar em todos os recursos que utilizamos durante o processo e o que faltou para entender/conhecer com o grupo, e como nos vemos como usuários digitais. E se chegamos até aqui o que vamos fazer agora? O grupo deseja aprofundar o problema e encaminhar uma ação!!! Legal! Então, que tal começarmos pensando como podemos atacar o problema? Começamos com um apanhado geral que pode nos levar as soluções possíveis. E aí é hora de planejar a ação: o que precisamos, responsabilidades de cada um, recursos internos e externos, prazos, metas, abrangência, formas de divulgação, etc. (em anexo o jogo do fantasma para orientação do plano).

Possíveis encaminhamentos propostos pelo grupo: Uma das ações levantadas no bloco Mundo do trabalho. Desenvolver um projeto de lazer para as crianças da comunidade. Criar um programa de voluntariado para cuidar das crianças que ficam

trancadas em casa enquanto suas mães trabalham. Criar um grupo cultural como meio de expressão dos moradores e/ou da

comunidade. Fazer uma campanha de conscientização sobre a coleta de lixo na

comunidade. Implantar um programa de prevenção da gravidez na adolescência, etc.

Capacitações avançadas?

É o momento de pensar junto com o grupo se vai haver recurso digital, qual e como será feito para que o grupo consiga capacitar-se. É importante lembrar que o educador não é obrigado a conhecer todas as formas de uso do computador, aliás, não acreditamos que exista alguém assim, mas cabe a ele mediar o grupo para buscar soluções. Este momento é bem propício para que a equipe da EIC pense em como encaminhar as novas demandas que poderão surgir, por isso o grupo interessado no aprofundamento poderá reivindicar uma reunião com o coordenador da EIC e da instituição para pensar nos recursos necessários às ações que estão planejando; a equipe do CDI que está acompanhando a EIC poderia também ser contatada e participar da reunião, assim todos pensarão em saídas para as proposições do grupo.