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Caderno de Apoio do Módulo de Cidadania e Trabalho do Instituto Luciano Barreto Júnior.

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Page 1: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho
Page 2: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

INSTITUTO LUCIANO BARRETO JÚNIOR

Caderno de Apoio – Projeto Conectando Com a Vida

Presidente do Conselho Curador Luciano Franco Barreto Presidente do ILBJ Maria Celi Teixeira Barreto Gerente Coordenadora Pedagógica Valéria Pinto Freire

FICHA TÉCNICA

Organização Valéria Pinto Freire Capa Sandra Pinto Freire Editoração e Diagramação Marcelo Santos Leite da Silva

Revisão Ortográfica Gleide Selma Moraes da Silva Barros Marizete Augusta da Cruz

Autores de Cidadania e Trabalho Edilberto Sousa Rodrigues Filho Thiego Santos da Cruz Keyne Gomes Ribeiro

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I- CAPÍTULO: Identidade pessoal

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I- CAPÍTULO: Identidade pessoal

O termo identidade pessoal veem

sendo discutido ao logo do tempo. A

humanidade traça teorias sobre o tema,

desde os primeiros estudos filosóficos

realizados na Grécia Antiga, os quais

apontavam a identidade humana

atrelada a capacidade de raciocinar

logicamente do homem e a sua

condição de cidadão, que em linhas

gerais ser cidadão na Grécia Antiga e a

participação politica na polis. Durante a

idade medieval a sociedade passa a ser

organizada em um modelo teocêntrico,

que determina a identidade pessoal a

figura divina. O período iluminista foi

marcado pelo antropocentrismo, ou

seja, o homem como centro das ações

sociais e novamente o quesito

identidade pessoal ganha novos

contornos, sendo redefino com base na

atuação do homem na condução dos

rumos econômicos, políticos, sociais e

culturais do grupo social que se

encontra inserido. Hoje identidade

pessoal é um tema pesquisado

principalmente, pelos ramos das

ciências antropológicas e psicológicas..

Atualmente o maior desafio para

compreender a identidade pessoal é

construir explicações científicas

seguras para determinar o processo

de continuidade e permanecia da

identidade pessoal no decorrer da

vida do individuo. Para o filósofo inglês

John Locke (1632 -1704) o hábito é

uma importante elemento para a

continuidade e permanecia da

identidade pessoal.

Esse processo de continuidade da

identidade pessoal ganha mais força

quando anexamos a ele a perspectiva

da comunidade psicológica que leva

em conta os aspectos tais como

crenças, desejos, gostos, lembranças,

caráter, valores, hábitos, inclinações,

disposições, etc.

Logo, discutirmos o processo de

identidade pessoal é algo complexo e

paradoxal, pois é mais fácil

compreender o citado termo que sua

aplicabilidade empírica.

Page 5: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

I – CAPÍTULO: IDENTIDADE PESSOAL

Portanto, perguntar “quem sou eu?” torna-se uma tarefa árdua de responder, visto que,

as ciências humanas debruça-se em inúmeras pesquisas para encontrar uma resposta

mais eficaz para tal indagação, e ainda não conseguiram encontrar a resposta que traga

um consenso para este debate.

O mais importante é investigarmos no decorrer de nossa historia o que realmente foi

e é importante para a construção de minha identidade pessoal, dividindo as ações, os

fatos, as subjetividades em ciclos temporais e atribuir um valor a cada uma delas para a

formatação de sua identidade pessoal.

VEJAMOS ALGUNS FATORES QUE CONSTROEM A IDENTIDADE HUMANA:

INTRAPESSOAIS INTERPESSOAIS

CULTURAIS

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FATORES INTRAPESSOAIS

Em linhas gerais os fatores intrapessoais sãoaqueles que ocorrem internamente noindividuo, ou seja, é capacidade que os homense as mulheres possuem de compreender e serelacionar com seus sentimentos e emoções.Tais fatores são determinantes para apromoção do autoconhecimento e daautoavaliação, as quais garantem um bomdesenvolvimento pessoal.

Saber compreender estes fatores, torna-seuma ferramenta imprescindível para a tomadade boas decisões, rumo a um futuro prósperoe qualitativo nas relações desenvolvidas nasociedade.

Os fatores intrapessoais podem ser um grandealiado para o jovem que esteja de submetido aalgum tipo de processo seletivo ou avaliativo.Basta, o mesmo, saber controlar e utilizar deforma positiva suas afecções, emoções esentimentos, para alcançar êxito nos processosinseridos, pois a boa utilização dos fatoresintrapessoais permite um bom desempenhonos quesitos: apresentação , comunicação edefesa de uma ideia, um projeto e até mesmoem uma entrevista de emprego.

Page 7: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

FATORES INTERPESSOAIS

Ao contrario dos fatores trabalhados anteriormente,

os interpessoais são aqueles que ocorrem

externamente ao individuo, portanto estes fatores

são fundamentais para um bom convívio social, na

família, na escola e no trabalho.

Podemos perceber a atuação destes fatores na

interação das pessoas com o meio que convive, os

quais podem apresentar-se positivo ou negativo, logo,

depende do uso que se faz deles.

FATORES INTERPESSOAIS FAVORÁVEIS

Ser simpático

Saber trabalhar em grupo

Ser proativo

Saber ouvir

Autoestima eleva

Autoconfiança em seus atos

FATORES INTERPESSOAIS PREJUDICIAIS

Soberba

Passividade

Falta de autonomia

Timidez excessiva

Agressividade com os demais

Autoritarismo

A boa utilização destes fatores, contribuem para

harmonização do ambiente em que se convive e permite

que o individuo seja bem avaliado nas relações familiares,

escolares e trabalhistas, inclusive, é fator determinante

nos processos de seleção no mercado de trabalho.

Page 8: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

FATORES CULTURAIS

Sabemos que aos aspectos culturais sãopassados de geração para geração e sãodeterminantes para a construção daidentidade pessoal, ao herdamos tais valores,edificamos nossa identidade e nosdiferenciamos de outros indivíduos, tribos epovos.

Vejamos alguns fatores culturais quecontribuem para a formação da identidadepessoal:

◦ Credo religioso;

◦ Costumes;

◦ Gosto musical;

◦ Hábitos alimentares;

◦ Estilo de vestimentas;

◦ Os dialetos e as gírias;

Estes exemplos devem ser respeitados pelasociedade, pois são inerentes a condiçãohumana e não podem ser alvos de ataques decunho preconceito, discriminatório,xenofóbico ou alvo de chacotas e qualquertipo de exclusão.

Page 9: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

I – CAPÍTULO: IDENTIDADE PESSOAL

PODEMOS SERMOS ÚNICOS DENTRO DE UMA COLETIVIDADE?

Não é fácil encontrar a solução deste problema. Vamos classificaras características humanas em: individuais e coletivas.

Page 10: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

II- CAPÍTULO: Direitos

Humanos, Ética e Cidadania

Page 11: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

Direitos Humanos

Em Assembleia Geral da Organização

das Nações Unidas – ONU, realizada em

10 de dezembro de 1948 é proclamada

a Declaração Universal dos Direitos

Humanos, com o objetivo de alcançar

todos os povos de todas as nações do

globo, com o enfoque na liberdade, na

educação e na cultura dos povos.

O artigo primeiro da Declaração

enfatiza o espírito de tolerância das

diferenças e o respeito a condição

humana de cada indivíduo.

“Art. 1. Todas os seres humanos

nascem livres e iguais em dignidade e

direitos. São dotados de razão e

consciência e devem agir em relação

uns aos outros com espírito de

fraternidade.”

A preocupação com os direitos

humanos ocorre como principio de

preservação da vida, da igualdade, da

liberdade, dos direitos individuais e

coletivos, do respeito e busca uma

cultura de paz entre os povos.

Em seu segundo artigo fica expresso

os direitos inerentes ao ser humano

em geral, inclusive perante os

sistemas políticos e de governos

praticado por cada nação.

Art2.

1. Todo ser humano tem capacidade

para gozar os direitos e as liberdades

estabelecidos nesta Declaração, sem

distinção de qualquer espécie, seja

de raça, cor, sexo, idioma, religião,

opinião política ou de outra

natureza, origem nacional ou social,

riqueza, nascimento, ou qualquer

outra condição.

2. Não será também feita nenhuma

distinção fundada na condição

política, jurídica ou internacional do

país ou território a que pertença

uma pessoa, quer se trate de um

território independente, sob tutela,

sem governo próprio, quer sujeito a

qualquer outra limitação de

soberania.

Portanto pensar, respeitar e cumprir o

determina os Direitos Humanos é uma

tarefa que necessita de atitude,

consciência e comprometimento com a

liberdade do outro e o cuidado com a

manutenção dos direitos coletivos,

políticos, sociais e culturais.

Page 12: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

II- CAPÍTULO: Ética e Cidadania

A ética pode ser definida como os

princípios que orientam o

comportamento humano. A ética garanti a

construção de um conjunto de regras e

de ordens, que organizam o

comportamento do indivíduo, perante o

grupo social que esteja inserido

Um comportamento ético poderá fazer

brotar no ser humano ações construtivas,

geradas pela bondade, pelo respeito, pela

prudência, pela solidariedade, pela justiça,

o que garantirá uma autonomia e uma

liberdade, no exercício de sua vida social.

Page 13: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

II- CAPÍTULO: Ética e Cidadania

Segundo Aurélio Ferreira (2005, p. 383), a ética pode ser definida como “O estudo dos

juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal”.

Ou ainda, segundo o mesmo autor, um “Conjunto de normas e princípios que norteiam

a boa conduta do ser humano”

.

A ética se relaciona com as mais importantes ações humanas, quais ações

humanas estão presentes a seguir, após descobrir que tal fazermos um bom

debate?

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II- CAPÍTULO: Ética e Cidadania

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Vídeo sobre convivência-

https://www.youtube.com/watch?v=WGlg8RZSmJE

Vídeo sobre tolerância-

https://www.youtube.com/watch?v=ecsHNhTkYiY

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II- CAPÍTULO: Ética e Cidadania

CIDADANIA O PODER DO POVO

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LEIS

AÇÕES

VAMOS CONSTRUIR UMA DEFINIÇÃO!

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Pensar e exercer a cidadania é ter plenas

condições de lutar pela efetivação, melhoria e

consolidação dos direitos e deveres de homens

e mulheres dentro da sociedade, que busca a

justiça, a igualdade e a paz, sem esquecer do

direito a justiça social e da solidariedade.

A sociologia contemporânea define cidadania

como a busca da construção ética e

humanística dos direitos fundamentais do

homem e na esfera prática.

E como exercer os direitos fundamentais?

Podemos responder tal indagação

estimulando a participação política social dos

indivíduos com o objetivo de garantir,

expandir e fiscalizar a aplicação dos

direitos e deveres por parte da família, da

sociedade e do Estado.

II- CAPÍTULO: Ética e Cidadania

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III- CAPÍTULO: MUNDO DO

TRABALHO

Diferencie trabalho de emprego.

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TRABALHO

Conjunto de

atividades, produtivas

ou criativas, que o

homem/mulher

exerce para atingir

determinado fim.

EMPREGO

Ocupação em serviço

público ou privado;

cargo, função,

colocação, na qual se

é remunerado.

Page 18: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

III- CAPÍTULO: Mundo do trabalho

TIPOS DE TRABALHO

(I) Prática social em que um ser humano

assume direitos de propriedade sobre

outro por meio da força. (E)

(II) Aprimora, desenvolve e melhora a

produtividade de uma determinada área

através da criação de novas idéias e

teorias. (I)

(III) Aquele que é executado com as

mãos. (M)

(IV) Desempenho de atividades técnicas

coordenadas, de caráter físico ou

intelectual, necessárias à realização de

qualquer serviço, obra, tarefa, ou

empreendimento especializados. (T)

(V) É o trabalho com benefícios e

carteira profissional assinada. (F)

(VI) Pessoa física que exerce por conta

própria atividade econômica com ou

sem fins lucrativos. (A)

(VII) Atividade desempenhada no uso e

gozo da autonomia do prestador do

serviço ou trabalho, sem recebimento de

qualquer contraprestação que importe

em remuneração ou auferimento de

lucro. (V)

( ) Trabalho Assalariado

( ) Trabalho Manual

( ) Trabalho Escravo

( ) Trabalho Intelectual

( ) TrabalhoTécnico

( ) TrabalhoVoluntário

( ) Trabalho Formal

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III- Capítulo: Mundo do trabalho

Algumas legislações trabalhistas que garantem os direitos do Jovem Aprendiz

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CLT

"Todo o Homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que

lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade

humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social".

Declaração Universal dos Direitos do Homem.

A Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, foi criada em 1 de maio de 1943,

através do decreto nº Decreto-Lei nº 5.452 e sancionada pelo o Presidente Getúlio

Vargas, o qual entrou para história brasileira como o Presidente defensor dos

pobres e dos trabalhadores.

A CLT é uma coletânea de artigos que versam sobre os direitos e deveres de

patrões e empregados e serve como base legal para as resoluções dos conflitos

trabalhistas nas esferas administrativas e judiciais.

A Consolidação das leis trabalhistas unificou todas as legislações que existiam no

Brasil, facilitando a construção de uma ética nas relações de trabalho, além de

garantir o exercício da cidadania e da organização política por parte dos

trabalhadores

Page 21: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

História da Aprendizagem

A figura da aprendizagem adveio originalmente do Decreto nº. 13.064, de 12de junho de 1918, que aprovava naquela época o Regulamento da então Escolade Aprendizes Artífices, assinado pelo então, hoje extinto, Ministério deEstado dos Negócios da Agricultura, Industria e Comércio.

Em 16 de julho de 1942, a aprendizagem, especialmente na indústria, comoespécie de contrato de trabalho nas empresas privadas, inaugurou-se com oDecreto-Lei nº. 4.481.

Em 10 de janeiro de 1946, foi a vez da normatização da aprendizagem nocomércio, através do Decreto-Lei nº. 8.622.

Entende-se que a Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000 (a Lei doAprendiz, como foi conhecida), nasceu para reavivar os princípios e regrasnormatizados no Decreto-Lei nº 4.481 e no Decreto-Lei nº. 8.622,aperfeiçoando-os. A Lei do Aprendiz alterou dispositivos na CLT, para ainserção de normas protetoras ao menor de 18 anos, necessárias a suacapacitação profissional e obtenção de sua primeira experiência laboral.

Atualmente, essa lei sofreu alterações com a edição da Medida Provisória nº.251, de 14 de junho de 2005, que instituiu o Projeto Escola de Fábrica.Recentemente, a referida MP foi convertida na Lei nº 11.180, em 23 desetembro de 2005.

III- Capítulo: Mundo do trabalho

Page 22: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

Estatuto da Criança e do

Adolescente - ECA

No final da década de 80 o Estado

brasileiro passava por um momento único

de sua história, o processo de

redemocratização da nação. A sociedade

civil organizada aspirava o desejo de um

país livre politicamente e consequentimente

com exercício pleno da cidadania.

Neste contexto politico e social, os

movimentos da infância e juventude que

atuavam no Brasil decidiram lutar pela

inserção de artigos na nova Constituição

federal de 1988, conhecida como

Constituição Cidadã, que autorizasse a

elaboração de uma legislação específica que

abordasse os direitos e deveres de crianças

e adolescentes em todo território nacional.

Com a promulgação da referida

Constituição e a inserção dos artigos 227

e 228 CF, torna-se possível a construção e

instauração do ECA.

Em 13 de julho 1990 os movimentos

sociais para infância e juventude

brasileira, a exemplo do Movimento

Nacional de Meninos e Meninas de

Rua, o UNICEF, as Pastorais do

Menor e da Infância, conseguem

aprovar a lei 8.069/90, Estatuto da

Criança e do Adolescente, em

cumprimento ao artigo 228 CF. o

qual garante de forma universal

todos os direitos e deveres para

crianças e adolescentes brasileiras.

Estatuto da Criança e do

Adolescente, fora construído com

um diferencial, pois pela primeira vez

no Brasil uma lei para infância e

juventude não surgi dentro do um

gabinete jurídico. O ECA é um

instrumento legal de cunho popular

devido a forma de sua confecção, a

qual se deu por inúmeras

contribuições de: juristas,

professores, educadores sociais,

crianças, adolescentes, militantes

sociais

Page 23: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

Artigos do ECA que garantem o

processo de aprendizagem

Capítulo V - Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho

Art. 60 - É proibido qualquer trabalho a menores de 14 (quatorze) anos de idade, salvo

na condição de aprendiz.

Art. 61 - A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem

prejuízo do disposto nesta Lei.

Art. 62 - Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo

as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.

Art. 63 - A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

III - horário especial para o exercício das atividades.

Art. 64 - Ao adolescente até 14 (quatorze) anos de idade é assegurada bolsa de

aprendizagem.

Art. 65 - Ao adolescente aprendiz, maior de 14 (quatorze) anos, são assegurados os

direitos trabalhistas e previdenciários.

Art. 66 - Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.

.

Page 24: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

Artigos do ECA que garantem o

processo de aprendizagem

Art. 67 - Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de

escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado

trabalho:

I - noturno, realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco)

horas do dia seguinte;

II - perigoso, insalubre ou penoso;

III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento

físico, psíquico, moral e social;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.

Art. 68 - O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob

responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos,

deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o

exercício de atividade regular remunerada.

§ 1º - Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as

exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando

prevalecem sobre o aspecto produtivo.

§ 2º - A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a

participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter

educativo.

Art. 69 - O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho,

observados os seguintes aspectos, entre outros:

I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;

II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho

Page 25: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

Estatuto da Juventude

Fruto das lutas políticas e sociais da

juventude brasileira, as quais duraram

por mais de década, em 03 de agosto

de 2013 o governo brasileiro sanciona a

lei 12.852/13 o Estatuto da Juventude.

O referido Estatuto é um instrumento

legal que reafirma os direitos

constitucionais previstos na Carta

Magna Brasil, com o adento que

políticas públicas como: educação,

saúde, trabalho e cultura, sejam

executadas com prioridade e eficácia,

respeitando as diversidades e as

necessidades especificas da população

entre 15 e 29 anos, período etário que

o Estatuto da Juventude compreende

como jovem.

A lei garante direitos específicos como:

meia passagem nos ônibus

interestaduais, em eventos esportivos e

culturais, para jovens que possuam

renda familiar de ate 02 salários

mínimos.

O Estatuto da Juventude também

privilegia a construção de espaços

para a participação politica e social

dos jovens nas três esferas da

federação. Nacionalmente foi criado

o CONJUVE – Conselho

Nacional de Juventude,

responsável pela elaboração e

fiscalização das políticas públicas

para a juventude, tais, Conselhos

devem ser efetivado nas esferas

estaduais e municipais.

Outro instrumento de participação

efetiva, autônoma e criativa da

juventude brasileira é o SINAJUVE –

Sistema Nacional de Juventude.

Instrumento mensurador e

organizador das politicas públicas de

juventude como: justiça, trabalho,

educação, saúde, transporte, esporte

e lazer, cultura e habilitação.

Page 26: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

Artigos do Estatuto da Juventude que

garantem o processo de aprendizagem

Do Direito à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda

Art. 14. O jovem tem direito à profissionalização, ao trabalho e à renda, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, adequadamente remunerado e com proteção social.

Art. 15. A ação do poder público na efetivação do direito do jovem à profissionalização, ao trabalho e à renda contempla a adoção das seguintes medidas:

I - promoção de formas coletivas de organização para o trabalho, de redes de economia solidária e da livre associação;

II - oferta de condições especiais de jornada de trabalho por meio de:

a) compatibilização entre os horários de trabalho e de estudo;

b) oferta dos níveis, formas e modalidades de ensino em horários que permitam a compatibilização da frequência escolar com o trabalho regular;

III - criação de linha de crédito especial destinada aos jovens empreendedores;

IV - atuação estatal preventiva e repressiva quanto à exploração e precarização do trabalho juvenil;

V - adoção de políticas públicas voltadas para a promoção do estágio, aprendizagem e trabalho para a juventude;

Page 27: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

Artigos do Estatuto da Juventude que

garantem o processo de aprendizagem

VI - apoio ao jovem trabalhador rural na organização da produção da

agricultura familiar e dos empreendimentos familiares rurais, por meio das seguintes

ações:

a) estímulo à produção e à diversificação de produtos;

b) fomento à produção sustentável baseada na agroecologia, nas agroindústrias

familiares, na integração entre lavoura, pecuária e floresta e no extrativismo sustentável;

c) investimento em pesquisa de tecnologias apropriadas à agricultura familiar e

aos empreendimentos familiares rurais;

d) estímulo à comercialização direta da produção da agricultura familiar, aos

empreendimentos familiares rurais e à formação de cooperativas;

e) garantia de projetos de infraestrutura básica de acesso e escoamento de

produção, priorizando a melhoria das estradas e do transporte;

f) promoção de programas que favoreçam o acesso ao crédito, à terra e à

assistência técnica rural;

VII - apoio ao jovem trabalhador com deficiência, por meio das seguintes

ações:

a) estímulo à formação e à qualificação profissional em ambiente inclusivo;

b) oferta de condições especiais de jornada de trabalho;

c) estímulo à inserção no mercado de trabalho por meio da condição de

aprendiz.

Art. 16. O direito à profissionalização e à proteção no trabalho dos adolescentes com

idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos de idade será regido pelo disposto na Lei no

8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, e em leis

específicas, não se aplicando o previsto nesta Seção

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IV- CAPÍTULO: DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SUSTENTÁVEL

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Desenvolvimento econômico e

sustentável

O desenvolvimento econômico é algo inerente ao homem e as suas nações, sabemos

que todos possuem o referido objetivo. Para o alcançar tal meta a humanidade não foi

medido esforços e nem as consequências para a saúde e prosperidade do planeta.

O primeiro a discorrer sobre o conceito de desenvolvimento foi o filósofo inglês Adam

Smith, 1776, na obra A Riqueza das Nações, onde o autor estuda a economia e a

formação de riqueza das nações europeias, Smith afirma, também, que o

desenvolvimento econômico está intimamente ligado com o desenvolvimento pessoal,

tal conceito é atribuído a Escola Clássica.

No final do século XX o conceito de desenvolvimento econômico ganha novos

contornos, não está somente ligado ao acumulo de riqueza pessoal ou estatal, mas

adiciona o desenvolvimento humano, as questões sociais e as preocupações ambientais,

atribuímos esta roupagem a Escola Humana.

Atualmente, o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) se medi o

Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, de cada nação, que se leva em conta os

aspectos econômicos, sustentáveis, ambientais, educacionais, sociais, políticos, culturais. O

ÍDH segue uma escala que vai de zero (inexistente) a um (plenamente desenvolvido).

Page 30: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

IV- CAPÍTULO: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SUSTENTÁVEL

O século XX foi marcado por disputas severas entre ambientalistas e os monopóliosempresarias, acusados de preocupar-se apenas com os lucros de seus negócios emdetrimento da preservação do planeta e consequentemente da espécie humana

.

A ONU possui um papel importante na mediação entre os ambientalistas e osmonopólios capitalistas. Sendo protagonista neste processo a Organização por meio daComissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), mediante oRelatório Brundtland (1991), conceituou desenvolvimento sustentável como:

“desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem as suas próprias

necessidades.”

Tal conceito omite um grande problema, pois nivela todas as nações em um mesmopatamar de responsabilidades, eliminando o poder de opressão que os paísesdesenvolvidos exercem sobre os demais, exclui as diferenças econômicas, políticas,culturais e sociais das regiões, transformando-o em um marco teórico e vazio.

Pensar um modelo desenvolvimento sustentável se faz necessário um planejamento queapresente metas de curto, médio e longo prazos, atribuindo responsabilidadesdiferentes a cada perfil de nação, além de investimentos maciços em pesquisascientificas nas áreas da tecnologia e da ecologia; na educação e conscientização dapopulação, convergindo para um equilíbrio no uso dos recursos naturais e agregandomelhoria na qualidade de vida em escala global.

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IV- CAPÍTULO: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SUSTENTÁVEL

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Page 32: Caderno de Apoio do Módulo Cidadania e Trabalho

Referências Bibliográficas

BAUMAN, Zygmunt. Ética pós-moderna. São Paulo: Paulus, 2012.

Ferreira, Teresa Helena Schoen; Farias, Maria Aznar; Silvares, Edwiges Ferreira de

Mattos. A construção da identidade em adolescentes: um estudo exploratório. In:

Estudos de Psicologia 2003,V. 8 Ed. 1, P. 107-115.

LEMOS, André. Cibercultura como território recombinante. In. Trivinho, Eugênio,

Cazeloto, Edilson. A Cibercultura e seu espelho: campo de conhecimento emergente e

nova vivencia humana na era da imerssão interativa. São Paulo: ABCIBER; Instituto Itaú

Cultura, 2009. – (Coleção ABCiber). P. 35-51.

LÉVY, Pierre. A inteligência Coletiva. Por uma antropologia do Ciberespaço. São Paulo:

Edições Loyola, 1998.

SIMMEL, Georg. Sociabilidade: Um exemplo de sociologia pura ou formal. In: MORAES

FILHO, Evaristo. (Org.). SIMMEL, Georg. Sociologia. São Paulo: Ática, 2013. p. 165-181.

http://pt.slideshare.net/christianceapcursos/18-juventude-socializao-e-sociabilidade-

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