caderno 5 avaliaÇÃo diagnÓstica: alfabetizaÇÃo no ciclo inicial

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CADERNO 5 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: ALFABETIZAÇÃO NO CICLO INICIAL

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Page 1: CADERNO 5 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: ALFABETIZAÇÃO NO CICLO INICIAL

CADERNO 5AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:

ALFABETIZAÇÃO NO CICLO INICIAL

Page 2: CADERNO 5 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: ALFABETIZAÇÃO NO CICLO INICIAL

APRESENTAÇÃO

Apresenta uma proposta de avaliação diagnóstica das capacidades dos alunos do CA;

Integra o conjunto de ações desenvolvidas pela SEEMG, para assessorar os educadores da rede estadual nos processos de formação continuada e de acompanhamento da implementação do CA.

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OBJETIVO DA PROPOSTA E A LEGISLAÇÃO SOBRE O CICLO DA ALFABETIZAÇÃO

O objetivo central desta proposta:- Propiciar subsídios para a avaliação

diagnóstica da aprendizagem dos alunos do CA;

- O C com duração de três anos, compreende 03 fases:

Fase Introdutória (1º ano): destinada a alunos de 06 anos que ingressam no EF;

Fase I (2º ano): destinada aos alunos provenientes da Fase Introdutória (1º ano), após o cumprimento dos objetivos da mesma;

Fase II (3º ano): destinada aos alunos que atingiram os objetivos da Fase I.

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Na Res. SEE MG 469/2003 (revogada pela Res. SEE 1086/2008), preconiza uma avaliação contínua e diagnóstica do processo de aprendizagem, para que a progressão continuada dentro de cada Ciclo seja apoiada e garantida por estratégias de atendimento pedagógico diferenciado;

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Isso significa que, embora o CA pressuponha um tempo global de 03 anos para o desenvolvimento do conjunto de capacidades envolvidas no domínio inicial da língua escrita:

- não se pode perder os objetivos correspondentes a cada ano de escolaridade,

- nem a necessidade de reagrupamentos dinâmicos, temporários e rotativos, para atendimento de alunos com dificuldades ou necessidades específicas de aprendizagem.

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PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO

Seja assumida como:

- um ponto de partida para o diagnóstico das aprendizagens dos alunos;

- bem como para o planejamento de ações e intervenções necessárias ao longo do CA.

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A MATRIZ DE REFERÊNCIA: PRESSUPOSTOS, OBJETIVOS, ESTRUTURA

Uma matriz de referência discrimina:- Conhecimentos e competências a serem

avaliados;

o Sua finalidade:- Orientar a elaboração de estratégias ou

questões de avaliação.

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CAMPO DE ABRANGÊNCIA: FOCOS DE ATENÇÃO E CAPACIDADES

A matriz de referência da avaliação diagnóstica apresenta capacidades que devem ser desenvolvidas ao longo do CA, englobando de forma indissociável, os processos de alfabetização e letramento.

Esses dois processos são os focos principais de atenção da matriz.

Page 9: CADERNO 5 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: ALFABETIZAÇÃO NO CICLO INICIAL

O foco na alfabetização:- Enfatiza a apropriação do sistema de escrita

alfabético-ortográfico, bem como o desenvolvimento de capacidades motoras e cognitivas pertinentes a esse processo;

o O foco no letramento:- Como dimensão complementar e

indissociável da alfabetização, privilegia aspectos relativos à inserção e participação do indivíduo na cultura escrita, abrangendo capacidades de uso do sistema e de seus equipamentos e instrumentos na compreensão e na produção de textos, em diversas situações ou práticas sociais.

Page 10: CADERNO 5 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: ALFABETIZAÇÃO NO CICLO INICIAL

A ESTRUTURA DA MATRIZ

É apresentada em quadros;

Em uma leitura vertical: apreendem-se as capacidades a serem dominadas, apresentadas em graus de dificuldade.

Quando a perspectiva de leitura é horizontal, a matriz aponta, em 03 colunas:

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O que está sendo avaliado: as capacidades a serem desenvolvidas ao longo do CA;

A discriminação dessas capacidades: os descritores pertinentes às capacidades enumeradas;

Como avaliar as capacidades: exemplos de procedimentos e alternativas para operacionalizar a matriz num instrumento de avaliação.

(ver Matriz de Referência da Avaliação Diagnóstica, na pág. 11, Caderno 5)

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INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

A proposta apresenta exemplos comentados de atividades para a avaliação do aluno do CA;

Sua elaboração possui duas finalidades:

1. Fornecer subsídios para a organização da prática de ensino da língua escrita;

2. Servir de material didático para a formação continuada de alfabetizadores.

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O INSTRUMENTO SE DIRIGE ÀS TRÊS FASES DO CA

Os níveis claramente definidos de alfabetização a serem atingidos pelos alunos, em cada fase:

- 1º ano – o ideal é que o aluno domine, mesmo que com erros, o princípio alfabético da escrita, isto é, que a criança saiba que nosso sistema de escrita representa “sons” ou fonemas;

- Isto significa que o aluno deve ser capaz de escrever e ler palavras com certa autonomia (ainda que com muitos erros e hesitações).

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- 2º ano – ao final deste ano de escolaridade, o ideal é que o aluno demonstre dominar as capacidades trabalhadas no 1º ano e que, além disso:

- Leia e escreva, com autonomia, palavras e sentenças com fluência;

- Leia e escreva, com autonomia, textos curtos, mesmo que com algumas hesitações e erros, e mesmo que com fluência e rapidez um pouco limitadas;

- Compreenda e produza textos, com maior grau de autonomia, porém contando ainda com a ajuda do professor.

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- 3º ano – espera-se, que ao final desta etapa, o aluno esteja plenamente alfabetizado:

- Lendo e escrevendo com fluência e rapidez textos mais extensos e complexos que os lidos em avaliações do 2º ano;

- Compreendendo e produzindo textos com autonomia (sem ajuda do professor).

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O INSTRUMENTO APRESENTA ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO E NÃO ATIVIDADES DE ENSINO

É importante o professor ter em mente:

- Nos momentos em que se quer trabalhar a análise de sílabas, será mais interessante começar por sílabas mais simples.

- Isso não significa, porém, que, durante todo o 1º ano ou boa parte do 2º ano, as atividades de ensino devam se resumir ao contato apenas com sílabas mais simples.

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O INSTRUMENTO EXIGE A MEDIAÇÃO DO PROFESSOR

Primeira recomendação enfática: é que os professores se coloquem como mediadores efetivos em tais situações e estabeleçam condições de interação com as crianças:

- Lendo enunciados para alunos ainda sem autonomia de leitura;

- Conferindo a compreensão de elementos textuais ou não textuais (imagens);

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- Adaptando situações propostas às vivências sócio-culturais das crianças;

- Monitorando o nível de desempenho e a margem de frustração que pode ocorrer em alunos do 1º ano, quando não podem demonstrar certas capacidades.

- Na avaliação, torna-se fundamental: que o professor investigue o campo de experiências da criança, dentro e fora da escola (sondagens sobre o seu processo de inserção na cultura escrita e, em particular, na cultura escolar).

Page 19: CADERNO 5 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: ALFABETIZAÇÃO NO CICLO INICIAL

O INSTRUMENTO DEVE SER APLICADO COM FLEXIBILIDADE

Admite variações quanto ao uso do tempo e à organização dos alunos:

- Quanto ao tempo utilizado, o professor poderá optar por dividir o repertório de questões por ele selecionadas em 03 sessões, de acordo com domínios propostos:

1. Aquisição do sistema;2. Leitura e,3. Produção textual.

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O INSTRUMENTO PRESSUPÕE UMA ANÁLISE CUIDADOSA DOS ERROS DOS ALUNOS

É necessário transformar os erros dos alunos em “observáveis” que permitam inferir hipóteses ou conflitos cognitivos subjacentes a cada resposta ou a desempenhos alternativos em relação ao esperado;

O lugar de mediação do professor: sua postura investigativa é o elemento central nesse tipo de avaliação que transforma o erro em fonte de informação.

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O INSTRUMENTO SÓ CUMPRIRÁ SEUS OBJETIVOS SE SEUS RESULTADOS FOREM ANALISADOS, COMUNICADOS E UTILIZADOS

De nada adianta utilizar o instrumento de avaliação diagnóstica apenas para dar uma nota ao aluno e classificá-lo numa categoria como “atrasado” ou “adiantado”.

É necessário que o professor e seus colegas:

- Analisem os resultados dos alunos (em grupo e individualmente);

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- Registrem esses resultados de modo a visualizar adequadamente os diferentes níveis de rendimento (gráficos ou nas fichas propostas) e a acompanhar, ao longo do ano e do Ciclo, o crescimento do aluno;

- Apresentem os registros da turma aos alunos, estabelecendo com eles objetivos e metas a serem alcançadas;

- Comuniquem os resultados aos pais, para incentivar o acompanhamento do aluno e dar a eles conhecimentos para fazê-lo;

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- Utilizem os resultados para orientar o planejamento a ser elaborado, para propor e executar ações, na sala de aula e na escola, para buscar a resolução dos problemas encontrados; para modificar estratégias e procedimentos de ensino que não se mostraram adequados; para avançar naqueles pontos em que os resultados se mostraram satisfatórios.

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O INSTRUMENTO APRESENTA VÁRIAS POSSIBILIDADES DE REGISTRO

O desempenho dos alunos numa avaliação diagnóstica pode ser registrado de diferentes formas:

- Fichas descritivas;

- Relatórios individuais de natureza mais qualitativa;

- Diários de campo que acompanham o processo de aprendizagem da turma, de grupos ou de alunos específicos.

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COMUNICANDO OS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO AOS ALUNOS Pode ser feita:- Por fichas descritivas ou gráficos (individuais

ou de toda a turma);

- Relatórios diários ou periódicos, entre outros;

- Auto-avaliações (debates, textos individuais ou coletivos, análise comparativa de atividades desenvolvidas por ele);

- Portifólios (composto por algumas atividades mais representativas do processo de aprendizagem dos alunos).

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CONCLUSÃO

A principal função deste instrumento de avaliação diagnóstica é a de fornecer elementos para que o professor possa planejar o trabalho pedagógico que encaminhará em sala de aula;

Este instrumento é um recurso didático capaz de auxiliar o professor:

- Quanto à definição das metas de aprendizagem para seus alunos;

- Quanto na escolha dos procedimentos e materiais didáticos mais adequados aos objetivos definidos.

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Dois aspectos importantes devem ser levados em conta ao se planejar o trabalho diário em sala de aula:

1. O planejamento do ensino precisa ser elaborado a partir do nível de aprendizagem dos alunos;

2. O planejamento didático da ação docente se dirigir a três níveis de interação com os alunos: o grupo como um todo, os pequenos grupos (demandas semelhantes) e cada um de seus alunos (demandas específicas de aprendizagem).

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A avaliação diagnóstica não tem como função classificar os alunos e apontar formas de reenturmação.

Sua função é a de servir para que o professor possa planejar a ação didática a ser desenvolvida em sua classe de alfabetização.

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REFERÊNCIA

Coleção: Orientações para a Organização do Ciclo Inicial de Alfabetização; 5 – Avaliação Diagnóstica: Alfabetização no Ciclo Inicial/Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, 2005.

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