cadeia epidemiolgica

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Page 1: Cadeia Epidemiolgica

Cadeia EpidemiolCadeia Epidemiolóógica: gica: NoNoçções geraisões gerais

Profa. Clarice Weis ArnsProfa. Clarice Weis Arns

Conceito:

“ É o estudo da ocorrência de doenças numa população e de meios de realizar a sua profilaxia, visando a interceptação das causas que as determinam”

•Importante é o aspecto coletivo e não o individual.

•A epidemiologia é inter e multidiciplinar•Em animais: epizoologia

Page 2: Cadeia Epidemiolgica

•ENDEMIA:São as doenças que incidem numa população dentro dos limites habituais explicáveis, pela ação casual dos fatores que favorecem ou não a sua ocorrência.Ex: Resfriado comum, tuberculose, cólera, dengue

•EPIDEMIAS:É o acúmulo de uma mesma doença numa população (região grande) podendo ser passageiro.Doença que surge rápida num mesmo lugar e acomete simultaneamente grande numero de pessoas.Ex: Dengue, Influenza

•PANDEMIA: Epidemia generalizada, disseminação de doenças em grandes extensões geográficas Ex: Gripe e AIDS

Page 3: Cadeia Epidemiolgica

• Morbidade: n° de doentes num período

população

• Mortalidade: n° de mortes num período população

• Letalidade: n° de mortesn° de doentes

•Taxa de Incidência: no total de casos novos num período

População

•Taxa de Prevalência: no total casos antigos e novos

População

Cadeia Epidemiológica

Page 4: Cadeia Epidemiolgica

PROBLEMA EPIDEMIOLÓGICO:

O papel fundamental de um epidemiologista consisteem esclarecer as causas e as formas de disseminação das doenças no homem e no animal

a) Identidade do agente infectanteb) Hospedeiroc) Vias de acesso ao exteriord) Meios de alcançar novo hospedeiroe) Portas de entradaf) Resultados da infecção (virulência/resistência)g) Medidas profiláticas

Page 5: Cadeia Epidemiolgica

Cadeia Epidemiológica:

1- Fonte de Infecção: Reservatório de infecção

2- Vias de Eliminação: Relacionadas com o indivíduo

3- Vias de Transmissão: Contato indireto e direto; veículo e vetores

4- Portas de Entrada: Via pela qual o agente penetra no organismo

5- Medidas Profiláticas

Page 6: Cadeia Epidemiolgica

Cadeia Epidemiológica

1. FONTES DE INFECÇÃO: DoentesPortadores

Principais fontes de infecção são os homens e animais(zoonose), • Artrópodes e helmintos (Reservatórios para vírus)

•Doentes típicos•Doentes atípicos: Forma Subclínica Ex. Febre tifóide eformas abortivas da poliomielite•Doentes em fase prodômica: Quadro Clínico não característicoEx. Sarampo, varíola, varicela, rubéola

Page 7: Cadeia Epidemiolgica

Cadeia Epidemiológica

1. FONTES DE INFECÇÃO: DoentesPortadores

Principais fontes de infecção são os homens e animais(zoonose), • Artrópodes e helmintos (Reservatórios para vírus).

•Portadores sadios: Resistência natural•Portadores em incubação: Ficarão doentes •Portadores convalescentes: Indivíduos curados, mas eliminam o agente Ex. Difteria, caxumba, poliomielite

Page 8: Cadeia Epidemiolgica

Cadeia Epidemiológica

2. Vias de Eliminação:

Secreções oro-nasais: -Infecções que se localizam no aparelho respiratório, faringe e órgãos linfáticos ou anexos

Exemplos: Resfriado, gripe, tuberculose, difteria, escarlatina, coqueluche, caxumba….

-Outras regiões do organismoExemplos: Meningite, poliomielite

Page 9: Cadeia Epidemiolgica

Cadeia Epidemiológica

2. Vias de Eliminação:

Fezes-Agentes entéricosExemplos: febre tifóide, cólera, Rotavírus, Adenovírus, -Hepatite A e E…

Sangue-Vetores hematófagos (asseguram a eliminação)Exemplo: malária, febre amarela, dengue, febre maculosa, doença de chagas….-AIDS

Trato uro-genital-Agentes de infecção como Leveduras e bactérias-Quadros Septicêmicos

Descamações cutâneas (vesículas)

Leite

Page 10: Cadeia Epidemiolgica

TRANSMISSÃO POR CONTATO: direto e indireto

• Direto: Indivíduo p/ indivíduo Exemplos: doenças venéreas

infecções hospitalares (corpo hospitalar paciente)

Infecção cruzada (mãos): Sangue e secreções

Infecções Endógenas: Paciente ele mesmo (microbiota)

Lesões/mordidas

Desequilíbrio: paciente X microbiota

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Transmissão Horizontal e vertical

Page 11: Cadeia Epidemiolgica

TRANSMISSÃO POR CONTATO:

• Direto:

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Resfriado

Page 12: Cadeia Epidemiolgica

TRANSMISSÃO POR CONTATO:

• Indireto: curto tempo de pemanência

Fômites: Ex. Seringas, equipamentos, insumos, medicamentos, roupas, talheres-Hepatites, vírus da AIDS

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Page 13: Cadeia Epidemiolgica

TRANSMISSÃO POR CONTATO: indireto

Transmissão a distância:Perdigoto/aerossóis e poeira- berçário

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Aerossóis:

Flügge (1897): Ø 0,1mm

Wells: Ø 0,01 – 0,001 mm

Exemplos: vírus respiratórios (rinovírus, coronavírus, enterovírus, influenza vírus, vírus respiratório sincicial , parainfluenza), tuberculose, Strepotococcus pyogenes, Haemophilus influenza, Streptococcus pneumoniae…

* Salmonelose em crianças: infecções nosocomiais

Page 14: Cadeia Epidemiolgica

TRANSMISSÃO POR CONTATO: indireto

Transmissão a distância:Perdigoto/aerossóis e poeira

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Meio ambiente Hospitalar: Doença dos legionários Legionella pneumophila

0 a 14% das pneumonias hospitalaresFontes:

–sistemas de distribuição de água

�chuveiros, encanamentos e torneiras

–sistemas de água destilada ou potável

–ar condicionado

–torres de resfriamento

–circuito respiratório

�condensadores, nebulizadores, umidificadores

Page 15: Cadeia Epidemiolgica

TRANSMISSÃO POR CONTATO: indireto

Transmissão a distância:Perdigoto/aerossóis e poeira

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Meio ambiente Hospitalar:

�Aspergilose–Aspergillus sp

�Dobrou incidência em 20 anos

�Fontes:

–contaminação aérea em reformas / construções

–sistema de ar contaminado

�excretas de pássaros

–depósito em instrumentais, lesões de pele

–flores ornamentais

–alimentos crus

Page 16: Cadeia Epidemiolgica

TRANSMISSÃO POR CONTATO: indireto

Transmissão a distância:Perdigoto/aerossóis e poeira

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Meio ambiente Hospitalar: Colite pseudomembranosa–Clostridium difficile

�Principal causa em adultos hospitalizados�Hospitalização favorece colonização

–de 3% saudáveis para 20% hospitalizados–Neonatos colonização até 60% (assintomáticos)

Page 17: Cadeia Epidemiolgica

TRANSMISSÃO POR CONTATO: indireto

Transmissão a distância:Perdigoto/aerossóis e poeira

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Meio ambiente Hospitalar: Tuberculose–Mycobacterium tuberculosis

�1/3 da população infectada

–Brasil 80.000 casos novos anuais

�Reemergência relacionada à AIDS

�Cepas multi-resistentes

�Transmissão

–formas pulmonares e laríngeas

–Tosse até 3.000 partículas infectantes

Page 18: Cadeia Epidemiolgica

Transmissão por Vetores:

•Mecânicos: transporte passivo de patógenosSe comporta como fômite animado

•Biológicos: é um processo ativoExemplo: dengue, febre amarela, malária, doença de Chagas,hantavírus, peste bubônica, riquetsioses

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Page 19: Cadeia Epidemiolgica

Transmissão neural:

•RAIVA

Morcegos (hematófagos, frugívoras e insetívoras)

Zoonose

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

Page 20: Cadeia Epidemiolgica

Transmissão por Alimentos: -Água (chuva, irrigação, superfície, subterrânea, piscina)-Hortaliça-Leite-Carnes (pescados)

Cadeia epidemiológica

3. Vias de Transmissão:

*Adenovírus: Transmissão banho de piscina (difícil isolamento)

•E. Coli

•Samonelose

•Cólera

•Brucelose

•Hepatite A

•Hepatite E

•Rotavírus

•Gastroenterites Virais

•Adenovirus

Transmissão por Solo: Bactérias esporuladas (tétano, gangrena gasosa), prion, VFA

Page 21: Cadeia Epidemiolgica

Cadeia epidemiológica

4. Portas de EntradaEstão relacionadas com VIAS DE TRANSMISSÃO

•Mucosa do Trato Respiratório: gotículas e poeira

•Boca: alimentos, gotículas, poeira, fômites, mãos contaminadas

•Mucosa do trato geniturinário:contato direto

•Pele: cantato direto, vetores, solo, água

Page 22: Cadeia Epidemiolgica

Cadeia epidemiológica

5. Profilaxia: medidas gerais

Romper a cadeia de eventos que causem infecção:

•Medidas referentes à FONTES DE INFECÇÃO

-Investigar a fonte: notificar autoridades sanitárias

-Combater: sacrifício de animais e tratamento específico dos infectados

-Isolamento e desinfecção: isolar o doente e destruição do agente

•VIAS DE TRANSMISSÃO (contato, vetores, alimentos..)

EDUCAÇÃO SANITÁRIA

Exemplo: SARS e Influenza - Identificação do agente / Seqüenciamento

A) Políticas de Saúde Pública - Contenção

B) Métodos Diagnósticos Efetivos

C) Produção de Antivirais Eficientes

D) Desenvolvimento da Vacina

E) Identificação da Origem do agente

Page 23: Cadeia Epidemiolgica

ProfilaxiaProfilaxia

Page 24: Cadeia Epidemiolgica

- Pesquisa larvária (LI) - realizado de forma amostral em 6,6% de seus imóveis.

- Tratamento Focal - aplicação bimensal de larvicida .

- Perifocal - aplicação de uma camada de inseticida de ação residual nas paredes externas dos depósitos, por meio de aspersor manual, com o objetivo de atingir o mosquito adulto que aí pousar na ocasião do repouso ou da desova.

- Espacial - em época de epidemia como forma complementar para interromper a transmissão da dengue, visando a eliminação das formas adultas do vetor. Consiste na aplicação espacial de inseticidas a baixíssimo volume.

- Monitoramento vetorial com armadilhas de ovoposição (ovitrampas).

- Orientação à população.

ProfilaxiaProfilaxia

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Cadeia epidemiológica

Consulta:

Otto Bier (1985) Microbiologia e Imunologia, Editora Melhoramentos

Trabulsi e colaboradores (2003) 4. Edição, Editora Atheneu

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Instituto Adolfo Lutz - IAL

Instituto de Infectologia Emílio Ribas - IIER

http://www.saudevidaonline.com.br/

http://www.med.sc.edu:85/ mhunt/arbo.htm

http://www.saude.pr.gov.br/Boletim_Epidemiologico/Primavera_2000/sisfad.htm

http://www.funasa.gov.br/