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MAC MANIA

CADÊ MEUS DISQUETESComprei um ClarisWorks em portu-guês e qual não foi a minha surpresaao ver que o dicionário de sinônimosestava em inglês... Não deveria estarem português também???E na caixa está escrito que você podepedir em disquetes de 800Kb, masquando eu requisitei para instalar noMac Plus, a revenda me informou quenão tem :-(E aí... para quem eu reclamo?Maurício DomeneSão Paulo - SPReclame com a CompuSource (011-253-6780), que é quem distribui oprograma no País. Segundo o pessoalda CompuSource, a Claris não costu-ma fazer a localização do Thesaurus(dicionário de sinônimos) e ainda nãodeu uma posição sobre quando osdisquetes de 800k estarão disponíveisno Brasil. E não confie no que dizemas embalagens. O ClarisWorks afirmaque você deve fazer uma cópia desegurança dos disquetes do progra-ma, mas tem uma trava que impedecopiá-los :-/

~IGNORÂNCIA EVIDENTE

No número 6 da MACMANIA, a colu-na PowerMacmania apresentava pro-cedimentos para melhorar a perfor-mance do SoftWindows. Em um dadomomento, deparei-me com a seguintesugestão: “use o HPV Video no 7100e 8100”. Alguém poderia esclarecer oque é HPV VIDEO? Com o perdão daignorância, evidentemente.João Alfredo de Oliveira NetoSão Paulo - SPEsses dois modelos de Power Mac temduas saídas de vídeo, uma que saidireto da motherboard e outra conec-tada a uma placa de vídeo de altaperformance (High Performance Videoou HPV). Plugue seu monitor nessaentrada quando for trabalhar comSoftWindows.

~OPS!

Foi com satisfação que recebemos aedição de agosto da revista MACMA-NIA, com a matéria de páginas 26 e27, abordando produtos da linha

Vocês pediram pra escrever metendoo pau, eu estou escrevendo. O disquete que vocês mandam praquem assina a revista é a coisa menosintuitiva e “user friendly” que eu já vi.Sou macmaníaco de primeira viageme pastei um bocado para descobrircomo instalar os tais programas“sérios” e “não tão sérios”. Não tinhaum jeito mais fácil de se fazer um dis-quete? Mesmo que fosse em detrimen-to da quantidade de programas.Aliás, como vocês fizeram para colo-car mais de 3Mb em um disquete HD?Júlio Cézar LongoSalvador - BAAtendendo às centenas de pedidosdos leitores de pouca prática, a MAC-MANIA desenvolveu a versão 1.2 deseu já famoso disquetinho. Agorabasta enfiar e clicar sobre os íconespara descompactar os programas esair se divertindo. MACMANIA #1.2traz também novas versões dos velhosprogramas e algumas surpresas. Paraentulhar o disquete de softwares,usamos o CompactPro.

~Escreva para a revista MACMANIA:Rua do Paraíso, 706 AclimaçãoCEP 04103-010 São Paulo SP

WordPerfect MainStreet e da Softkey,todos de nossa distribuição.Parabenizamo-los pelo conteúdo edi-torial de excelente qualidade, masgostaríamos de fazer uma ressalvacom relação aos preços, publicadosincorretamente.Os preços corretos são os seguintes:WordPerfect MainStreetWP Works e Clip Art Premium Collec-tion: R$ 89.00; Grammatik, Kap’nKaraoke, Wallobee Jack e RandomHouse: R$ 39.00;Softkey/ Linha KeyKeyCAD Complete e KeyFonts PRO:R$ 49.00.Antonio Silvio Curiatigerente de produto - BRASOFTErrar é humano. Pelo menos nossolapso serviu para mostrar que aBrasoft está atenta e interessada nomercado brasileiro de Mac.

~LEITOR POKAPRÁTIKA

AS CARTAS NÃO MENTEM

APPLE É BOA EM MERCHANDISING ~

~ N

OS PÉS-D

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GET INFOEDITOR DE TEXTO

HEINAR MARACY

EDITOR DE ARTETONY DE MARCO

CONSELHO EDITORIALOSWALDO BUENO (Carpintaria do Software)

CAIO BARRA COSTA (Cabaret Voltaire)

CARLOS FREITAS (Trattoria Di Frame)

VALTER HARASAKI (Idea Visual)

MARCOS SMIRKOFF (Vetor Zero)

RICARDO TANNUS JR. (Esferas Software)

DIMITRI LEE (MacBBS)

EDITORA EXECUTIVABELINDA SANTOS

EDITORAÇÃOCRISTINA MILHEIRO

REPORTAGEMCARLOS FELIX XIMENES

CORRESPONDENTE NOS EUABILL MC GREGOR

CORRESPONDENTES NA INGLATERRASUELY FRAGOSO E ROSA FREITAG

CORRESPONDENTE NA ALEMANHATERESA NUNES

CAPACAIO BARRA COSTA

PHOTOSHOP 3.0, ILLUSTRATOR 5.5, KPT 2.1,TEXTURE SCAPE 1.0, STRATA STUDIOPRO 1.1

MACINTÓSHICOTONY, HEINAR, SMIRKOFF & SPACCA

COLABORADORESLUCIANO RAMALHO, TOM BOJARCZUK,

MARCO FADIGA, FABIO GRANJA, MAGDA BARKÓ,MÁRIO FUCHS, MICHELLI DEJULIO,

RODRIGO MEDEIROS, PAULA RICHNER

FOTÓGRAFOSRICARDO TELES E HANS GEORG

GERÊNCIA DE ASSINATURASEGLY DEJULIO

TEL/FAX: (011) 284-6597

GERÊNCIA COMERCIALFERNANDO PERFEITO

SOFTWAREQUARKXPRESS 3.2, FONTOGRAPHER 4.0,

WORD 5.1, DESKPAINT 1.05, FREEHAND 4.0,MICROPHONE II 4.0, PHOTOSHOP 3.0,BANCOFÁCIL 1.2, FILEMAKER PRO 2.0,

SPECULAR COLLAGE 1.0.1

HARDWAREPOWERMAC 7100, QUADRA 700, QUADRA 605,

IISI, SE, ABATON FAXMODEM, LASERJET 4,PERSONAL LASERWRITER, SCANMAKER II

FOTOLITOSPAPER EXPRESS

IMPRESSÃOMINDEN

DISTRIBUIÇÃOBH DISTRIBUIDORA

EDITORA BOOKMAKERSDIRETORES

BELINDA SANTOSHEINAR MARACY

As fontes PostScript Futura Vítima, Futura Vítima Light, FuturaVítima Bold, Futura Vítima Extra Bold, Zine Fina, Zine Grossa,Pinups, Memphis Vítima, Super Serif e Rex Dingbats sãomarcas registradas da Zap Design.MacMania e Macintóshico são marcas registradas daEditora Bookmakers.

MACMANIA é uma publicação mensal daEditora Bookmakers Ltda. Rua do Paraíso, 706Aclimação – CEP 04103-010 – São Paulo SPTel/Fax: (011) 284 6597Opiniões emitidas em artigos assinados não refletem aopinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

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SIMPATIPS

O FIM DOS MISTÉRIOSOS DISQUETES QUASE VAZIOSVolta e meia você encontra disquetes sem nada dentro, mas que insis-tem em dizer que tem cento e tantos ks ocupados. Uma maneira defazer com que eles fiquem totalmente “limpos” é dar um Erase Disk.Essa é uma atitude salutar, porque reformata o disquete, deixando-ocomo novo, evitando problemas futuros. Mas nem sempre você estácom tempo e disposição para reformatar um disquete. Aí, o jeito é darum “rebuild” nele. Crie uma pasta vazia no disquete e aperte -Option-Esc e dê um Force Quit no Finder. Continue segurando as teclasCommand e Option até aparecer uma janela perguntando se vocêquer reconstruir o hard disk. Diga não. A mesma janela aparecerá denovo perguntando se você quer reconstruir o disquete. Aceite e o dis-quete será reconstruído, o que leva um tempo consideravelmentemenor que uma reformatação. Depois é só jogar a pasta vazia no lixoque você terá seu disquete l impinho e pronto para outra.

SALVANDO PADRÕESTodo mundo sabe que oControl Panel Desktop Patternsserve para mudar o padrãode fundo do seu Desktop. Sóque, às vezes, você passaum tempão pintando ponti-nhos e, por descuido, clicanas flechinhas e perde o pa-drão que criou. Para salvarseu padrão permanentemente, dê um duplo click nomini-Desktop do Desktop Patterns. Como indica a seta.

O DESKTOP DO HOMEM INVISÍVELUma das maneiras mais populares de seorganizar o Desktop é espalhar sobre eleAliases de seus programas favoritos. Só quequando isso se juntar a outra maniapopular, a de decorar o Desktopcom padrões de fundo, você acabaficando com um Mac com cara decarro alegórico. Uma maneira delimpar um pouco seu visual é criarícones invisíveis para seus Aliases.Crie um documento de 32 por 32 pixels emum programa de pintura (como o Photoshop).Selecione toda a tela e dê Copy ( -C). Vápara o Desktop e dê Get Info ( - I ) sobre oícone a ser invisibilizado, clique sobre o íconeno canto superior esquerdo da tela e dê Paste( -V). Pronto, os programas ainda estão ali,mas seus ícones não atrapalham mais o visualdo fundo. Para abrí-los ou arrastá-los paraoutro lugar, basta clicar sobre os nomes.

DETONANDO NO F/A 18-Parte2Na edição passada, demos a dica de co-mo acessar o modo de escolha de naves e

missões do F/A 18 (escolherTour 0f Duty aper tandoOption). Aqui estão os códi-gos de alguns aviões enomes de missões.

Mission Airplanes Mission Name01 MG27 BLACK GOLD02 AWAK BIRD DOWN03 MG27 YOU CAN’T HIDE04 MG27 HOMECOMING05 SU27 JUST SAY NO06 MG27 DUCK HUNT

HA DR I SPTFALSIFICANDO 0 FINDERSe você já tentou criar um disque-te de emergência para ligar seuMac quando ele não encontra o harddisk, deve ter percebido que, com oSystem 7.1, essa é uma tarefa um tantodifícil. Um bom disquete de emergênciadeve incluir uma cópia dos arquivosSystem, Finder e um programa de recu-peração de discos, como o Norton Utilities ou oPublic Utilities. Só que mesmo o System Folder míni-mo do Disk Tools ocupa cerca de 1,1Mb no disquete,deixando pouco mais de 200k para o programa derecuperação (o Norton, por exemplo, ocupa 538k).A saída é criar um Finder Falso (crianças, não tentemisso sem a supervisão de um adulto).1- Copie para um disquete o System Folder que estáno disquete Disk Tools (Ferramentas de Disco, casoseu sistema esteja em português). Jogue fora o Findere coloque seu programa de recuperação no lugar.2- Abra o ResEdit, dê Cancel na janela de Open eescolha Get File/Folder Info no menu File. Na janelade Get Info, abra o programa que está no disquete.3- Mude o nome do programa para Finder, o Typepara FNDR e o Creator para MACS. Salve.4- Pronto! Toda vez que seu discão der pau, bastacolocar seu disquete de emergência. O Mac vai acharque o programa é o Finder e vai abrí-lo. Aí você pode-rá rodar o programa e tentar salvar seu hard disk.

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•••••••••••••••••••OBJETO•DO•DESEJO••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

TID BITS

Aproveitando a onda atual, emque a própria Apple começa apensar em quebrar o tabu dosclones de Mac e terceirizar suaprodução de hardware, a MACMA-NIA resolveu relembrar os velhostempos da reserva de mercadoindicando como objeto do desejodeste mês o UNITRON, o Ma-cintosh brasileiro. Lançado em 1986, o Unitron éuma espécie de Tucker da infor-mática nacional. Foram fabrica-dos pouco mais de 50 unidades equem ainda possui um hoje,trata-o como relíquia (ainda maisse estiver funcionando). O Mactupiniquim era um clone de umMacintosh 512k, com um drivede 800k.Misteriosamente, o Unitron foi oúnico projeto de computadorembargado pela extinta Secre-taria Especial de Informática,numa época em que qualquer

empresa podia fazer a tal “enge-nharia reversa” em hardwares esoftwares feitos no exterior, semter que se preocupar com deta-lhes como copyrights, marcas epatentes.Não tão misteriosamente assim,porque o governo americano –que não gostava nem um poucoda tal reserva da casa da MãeJoana, apesar de adotar frequen-temente o sistema em causa pró-pria – fez uma discreta pressãosobre o nosso tíbio Executivo, oque acabou tirando o Unitron dalinha de montagem. Com certeza,as coisas hoje seriam outras nomercado de Macintosh no Brasil,se isso não tivesse acontecido.A Unitron é hoje uma empresaque trabalha com equipamentoseletrônicos de segurança, perifé-ricos e presta consultoria sobreMacintosh através da QuatroInformática.

MACWORLD EXPOA Macworld Expo é ogrande evento semestral douniverso Macintosh. A últi-ma aconteceu em Bostonno início de agosto. AMACMANIA enviou algunsrepresentantes à feira, quevoltaram carregados denovidades. Aqui estão, emprimeira mão, alguns lan-çamentos de hardware esoftware da feira.

QUICKTIME VRAlém de abafar na Mac-world, o QuickTime VRarrancou também muitosOhs!! e Ahs!! na SIG-GRAPH, evento anual dedi-cado à computação gráfi-ca. Quem viu o sistema em

funcionamento ficou im-pressionado com sua capa-cidade de pegar imagensbidimensionais com quali-dade fotográfica, descobrirautomaticamente seus pon-tos de intersecção e trans-formá-las em ambientes tri-dimensionais pelos quaisse pode passear. Duranteesses passeios virtuais, aimpressão que se tem é ade estar operando um pro-grama de CAD renderiza-do, movendo objetos epercorrendo cenários emtempo real. Tudo isso semhardware adicional! Pro-gramas compatíveis comQuickTime VR provavel-mente estarão disponíveisaté o final do ano. Ele chega prometendo enfartar os multimídicos

Foto: Ricardo Teles

A máquina nº 35 posa para a posteridade

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MAC MANIA

TID BITS

QUICKCAMA Connectix, fabricante doRAM Doubler, entra com opé na porta no mercadode periféricos para Maccom um produto de cair oqueixo. Uma câmera devídeo para multimídia quecusta a bagatela de US$149. Infelizmente, por pro-blemas da burocraciaamericana (sim, lá tambémtem disso!) a câmera nãoestava à venda na feira. AConnectix prometeu que acâmera começaria a sercomercializada ainda nomês de agosto.A QuickCam é ligada naporta serial do Mac, nãoprecisa de placa de digita-lização de vídeo nem defonte externa de energia eainda vem com um micro-foninho. As imagens sãocapturadas em 16 tons decinza por um software deedição de vídeo que acom-panha a câmera e podemser convertidas em filmesQuickTime de 240 x 320pixels. Um outro programi-nha vai permitir utilizar acâmera para tirar fotosdigitais em formato PICT.Uma versão colorida deveser lançada no início doano que vem.ConnectixTel. (001) 415-571-5100Fax (001) 415-571-5195

IBVAControle seu Mac com aforça do pensamento! Essaé boa, hein? Pois é, o pes-soal da IBVA Technologiesacredita nisso e demons-trou na feira um protótipodo Interactive BrainwaveVisual Analyzer. O sistemaé composto por uma faixa

captadora de sinais ele-troencefalográficos (EEG)que é amarrada na cabe-ça e transmite os sinais docérebro por ondas derádio para uma unidadereceptora ligada na portaserial do Mac. Além decaptar ondas cerebrais, oaparelho pode ser configu-rado para ler movimentosmusculares e o batimentocardíaco.Além das óbvias utiliza-ções médicas (como podertransformar um PowerBookem um encefalógrafo por-tátil), o sistema pode, se-gundo o fabricante, ser uti-lizado para controlar sons,gráficos, coordenadas tri-dimensionais e ambientesde realidade virtual. Nafeira, ele estava sendodemonstrado controlandoum videogame. Para mos-trar que a coisa é séria, aIBVA mostra a l is ta deempresas que estão utili-zando o equipamento emseus depar tamentos dePesquisa e Desenvolvi-mento, entre as quais estãoa Sony, a Mitsubishi, aCanon e a Matsushita.IBVATel. (001) 212-754-4282Fax (001) 212-759-5080

PAINTER 3.0A Fractal Design mostrou anova versão do Painter,que traz alterações radicaisem relação à anterior.Com mais de 50 novas fun-ções, como suporte paramultimídia e ferramentasde animação. O Painter3.0 deve estar à venda apartir de outubro em ver-sões Mac e Power Mac, aopreço de US$ 499.

A turma do Desktop Videovai adorar o novo Painter.Com ele, será possívelabrir filmes QuickTime epintar um filme quadro-a-quadro, avançando osquadros com controles tipovideocassete. Indo contra amaré dos programas queenchem a tela de palettes,o Painter reduziu suas 14palettes para apenas seis,copiando o sistema utiliza-do por outro programa daFractal Design, o Dabbler.A extensão Painter X2 foiincorporada ao programa,em versão revista e melho-rada. Uma nova ferramen-ta, o Image Hose (literal-mente, mangueira deimagem) promete abafar.A cada pincelada, ela“esguicha” uma série deimagens pré-definidas pelousuário, randomicamente.Com uma folhinha e algu-mas pinceladas, você criauma árvore. É o fim doCopy e Paste para fazerpadrões de fundo. Paraaumentar ainda mais o seuestilo “natural” de pintura,o Painter 3.0 permite que oartista gire a página natela, tornando mais confor-tável o uso de canetas sen-síveis à pressão.Fractal DesignTel. (001) 408-688-5300Fax (001) 408-688-8836

AQUAZONETransforme seu Macintoshem um aquário! O Aqua-zone, da japonesa 9003Inc., introduz um novoconceito na informática: obicho de estimação digi-tal. Você pode escolherentre uma coleção de 40peixes tropicais de duasespécies originárias dorio Amazonas (Neon Tetrae Leopard Catfish), aces-sór ios e p lantas paramontar seu aquário. Vocêcoloca seus peixes noaquário e tem que abrir oprograma todos os diaspara alimentá-los, limparo filtro, checar o pH daágua e tomar outros cui-dados, ou e les podemficar doentes e até morrer.Aquazone é uma espéciede SimFish com uma doseextra de realismo. Vocêvê os seus peixinhos cres-cerem, cruzarem, teremfi lhos e acaba criandouma certa ligação senti-mental com eles. Se elesmorrem (boiando horri-velmente de barriga pracima na te la do seuMacintosh) , adeus. Sóreinstalando o programapara ter todos os seuspeixes de volta.9003 Inc.Tel. (001) 714-955-4968Fax (001) 714-955-4963

Dá trabalho, mas não existe risco do aquário vazar

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MAC MANIA

POWERMACMANIA

TID BITS

YES,NÓS TEMOS CD-ROMO primeiro CD-ROM multi-mídia sobre o Brasil foifeito no Macintosh! Brasil:Beaches, Business, Capitaland Ecology é uma sériecom cinco CD-ROMs, cria-da pela Tecnoquality (011-573-3608). A série mostradiversos aspectos do país etem como público-alvoagências de turismo e uni-versidades do exterior.Cada CD enfoca uma ci-dade brasileira, que servede exemplo para um deter-minado enfoque turístico.O primeiro CD, que serálançado no final de setem-bro, mostra Porto Seguro efala sobre as praias brasi-leiras. O segundo teráBrasília, capital política,como tema central. O ter-ceiro será São Paulo e oquarto, Pantanal. O quintoterá o nome de Brasil e vaimostrar todas as cidadesanteriores, mais o Rio deJaneiro. A Tecnoqualityprepara também um CD-ROM sobre a Antártica,

que contará com vastomaterial de pesquisadoresbrasileiros. Todos os CD-ROMs estão sendo desen-volvidos no MacromediaDirector 4.0 em formatohíbrido (Mac/PC).

SHAREWARES A RODOO primeiro CD-ROM comprogramas para Macintosh

feito no Brasil é um CD-ROM de PC! O segundovolume da coleção CD-Share Bra, editada pelaKanópus (041-222-0277),de Curit iba (PR), traz140Mb de programaspara Mac, entre games,utilitários, clips de AfterDark e outros badulaques. O objetivo da coleçãoShare Bra é abastecer eestimular as BBS quecomeçam a pipocar pelopaís. Como 99,9% dessasBBSs são pecezistas, osarquivos de Macintoshestão em MacBinary – umformato que possibil i tagravar arquivos de Macem PC. Esse é, mais umobjetivo louvável pois,dessa forma, os macma-níacos podem encontraralgo de útil dentro de BBSsde PC. A maioria dos pro-gramas de comunicaçãoconverte automaticamentearquivos MacBinary.

Só que para os usuáriosde Mac, o acesso aosquase 1.300 arquivos exis-tentes no CD-ROM, se dáde uma forma um tantocanhestra. Você vai ter queusar o Apple File Exchangeou o BinHex 5.0 para con-ver tê-los de MacBinarypara Mac. Até o presente momento, oShare Bra é a única ma-neira que o usuário brasi-leiro tem para adquiriruma quantidade expressi-va de sharewares paraMacintosh. Isso representamuito para aqueles queacabaram de comprar seuMac, já cansaram de brin-car com o puzzle e nãotem mais nenhuma grani-nha para torrar em softwa-re. O fato dos softwaresestarem um pouco desa-tualizados é largamentecompensado pela pechin-cha que é o CD: apenasR$ 39,00.

POWER TO THE PEOPLEA boa notícia que todosesperávamos finalmentechegou. O Quadra 605terá upgrade para o chipPowerPC 601. Todos aque-les que compraram o qua-drinha da promoção daCompuSource podem res-pirar aliviados. A placa deupgrade desenvolvida pa-ra o novo Quadra 630 (ver

MACMANIA#7) vai servirem qualquer Mac com chipMotorola 68040 que tenhao slot LC PDS. Além do630, isso inclui o Quadra605 e os LCs 475 e 575.A placa deverá custar en-tre US$ 700 e US$ 1.000(EUA) e ser comercializadaainda este ano. Ela funcio-na da mesma maneira quea atual placa de upgrade

para os outros Quadras,dobrando a velocidade doclock da atual CPU, o quesignif ica que o PowerQuadra 605 rodará a50MHz. A vantagem é queseus softwares antigos nãoprecisam rodar no lerdomodo emulado do Power-PC. Um Control Panel per-mite a troca entre o chip040 e o PowerPC.

Você acha que esta interface é coisa para inglês ver? Acertou.

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MULMULTMULT

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amos co-meçar pe-

lo f im. OMacintosh é

hoje a melhorp l a t a f o r m a

para se desen-volver multimídia.

Isso não quer dizer que o Mac seja aplataforma ideal; esta só existe emnossos sonhos. A verdade, nua ecrua, é que as tecnologias que for-mam a infra-estrutura da multimídiaainda não estão maduras e as ferra-mentas que temos à nossa disposi-ção refletem isso. Os softwares deautoria disponíveis no mercadoainda têm muitos defeitos e idiossin-crasias, estando longe da perfeição.Você não vai encontrar aqui umasolução tão completa e robusta paraos seus projetos quanto os arquitetostêm no ArchiCAD (ver MACMANIA# 7). E no mundo PC, as coisas estãoainda mais atrasadas.Hoje o Mac não dispensa você desuar a camisa e quebrar a cabeçapara criar o próximo mega-hit domercado de CD-ROMs. Ele apenas

poupa o tempo que os pecezistasperdem com questões burocráticas,como conflitos de configuração,incompatibilidade de arquivos e fer-ramentas nada amigáveis. Estávirando procedimento comum umprojeto multimídia ser realizado noMacintosh para depois ser portadopara o Windows.A montagem de um título multimídiapode ser comparada ao processode editoração eletrônica de um livroou uma revista. Você começa edi-tando o conteúdo da publicação emprogramas especializados, comoprocessadores de texto e programasde desenho e de tratamento deimagens. Quando o texto e as ima-gens ficam prontas, tudo é integra-do num programa de editoração(como o QuarkXPress ou o Page-Maker), que pode também ser utili-zado no início do projeto para seconstruir um boneco. Numa produ-ção multimídia, também são usadosprogramas especializados. Só quenesse caso a lista pode incluir tam-bém softwares de edição de som,vídeo e animação. Todo o materialé integrado num programa de auto-ria, que também pode ser usadopara a montagem de protótipos.

PROTÓTIPO:O BONECO MULTIMÍDIASe um boneco é útil na hora decomeçar um novo projeto editorial,em multimídia o protótipo é essen-cial. Livros já vêm com uma interfacede usuário intuitiva: letras pretassobre papel branco. Basta abrir efolhear para acessar diretamente oconteúdo de um livro. Alguns upgra-des feitos nos últimos séculos aprimo-raram essa interface com inovações,como sumários, índices remissivos,notas de rodapé e letras prateadassobre papel salmão ou rosa-fúcsia.Já o acesso ao conteúdo de um CD-ROM não é direto, ele só pode serfeito por meio de um software. E évocê que vai montar a interface deusuário desse software. Tudo que ousuário poderá ver e fazer com oseu CD-ROM vai depender das telas,dos menus, dos botões e da “inteli-gência” embutida nessa interface.Multimídia não é só a colagem devárias mídias num suporte estático. Amídia software é maleável e quasenão impõe limites. Os caminhos pos-síveis são infinitos. A melhor formade explorar e testar caminhos é atra-vés de um protótipo. Por isso, umacaracterística fundamental de umaferramenta de autoria é permitir aprototipagem sem muito esforço. Issonão era possível antes do HyperCard.

VLuciano Ramalho

LTIMIDIALTIMIDIAREVOLUCIONANDO O MUNDO

´LTIMIDIA

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“COMPUTADOR ANTIGO” ~

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E VOLTA

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- PARTE 2 – N

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HYPERCARD

12

MAC MANIA

O HyperCard é um “kitde construção de soft-wares”. Foi a primeirasolução criada parapermitir que alguém

sem nenhuma noção de programa-ção produza softwares. A idéia fun-damental é a de que um programanão passa de uma coleção de telas.No HyperCard, cada tela é chamadade “cartão” (card). Seguindo poressa metáfora, um programa com-pleto é uma pilha (stack, em inglês)de cartões. Sobre cada cartão ousuário pode colar botões, caixas detexto ou figuras.O HyperCard também foi pioneiroao fornecer para o usuário umapalette com botões e caixas de textoprontas, além de ferramentas dedesenho. Nele, criar um botão é tãofácil quanto desenhar um retângulo.Sem escrever nenhuma linha decódigo, você pode montar todas astelas que vão compor seu título efazer botões para levar o usuário deuma tela para outra. Em suma: a fer-ramenta ideal para se construir umprotótipo.O HyperCard tem duas limitações:Primeiro, a interatividade dos títulos

fica limitada a clicar botões parasaltar de uma tela para outra.Segundo – e muito mais grave, tudotem que ser feito em preto e branco(P&B mesmo, não grayscale). Acon-tece que o HyperCard foi criadoainda na época em que não existiamMacs coloridos e a Apple, com opassar dos anos, perdeu o interessepelo produto. Ele foi distribuído gra-tui tamente com todos os Macsdurante algum tempo, mas com achegada dos tempos difíceis, aApple passou, simultaneamente, acobrar pelo produto e economizarno seu aperfeiçoamento.

REMENDOS COLORIDOSNos últimos anos, vários softwarescomerciais e sharewares surgirampara permitir que o usuário colorizeseus stacks. E em sua versão maisrecente, a 2.2 (ver MACMANIA #2),o HyperCard finalmente traz umremendo para esse fim: o XCMDAddColor.Os XCMD (sigla para ExternalCommand) e seus primos, os XFCN(External Function), são módulosdesenvolvidos por programadoresprofissionais para agregar funções e

ampliar os poderes do HyperCard.Existem XCMDs para controlarvideodiscos, câmeras de vídeo, paraacessar bancos de dados em main-frames e até para coletar dados deinstrumentos científicos. O problemade todos os XCMDs é que, para usá-los, você precisa de algum (às vezes,muito) conhecimento de linguagemde programação. O HyperCard tem uma linguagemde programação embutida, chama-da HyperTalk. Com ela, você podeprogramar seus botões para fazercoisas mais interessantes do que sal-tar de uma página para outra. Osprogramas feitos em HyperTalk sãochamados de scripts. Em tese, tudoque pode ser feito numa linguagemde programação profissional, comoC++ ou Pascal, pode ser feito numscript de HyperTalk.De fato, HyperTalk é uma linguagemmuito poderosa e produtiva. Só temum defeito, é lenta. Ou melhor, osscripts que você escreve em Hyper-Talk trabalham muito mais devagardo que aqueles criados em Pascal. OAddColor sofre desse problema.Sendo um módulo XCMD, sua inte-gração com o HyperCard é feitaatravés de scripts. Se você tem umamáquina inferior a um Quadra,desista de usar o HyperCard comAddColor. Num LCII, a passagem deuma tela colorida (tela simples, alltype, sem nenhuma imagem PICTsofisticada) para outra pode levarcinco segundos.Outro defeito do AddColor é a suafalta de integração com as ferramen-tas nativas do HyperCard. Um exem-plo: quando se arrasta um botão ouuma caixa de texto colorizada, a cornão se move junto. É como se vocêsó pudesse manipular o filme pretode um fotolito em quadricromia.Assim que você aciona uma ferra-menta do AddColor, as cores seligam e correm atrás dos respectivosbotões e caixas. Ou seja, na hora derodar a multimídia tudo funcionadireitinho, mas não é recomendáveldeixar a montagem do layout nasmãos de pessoas com predisposiçãoà esquizofrenia.O HyperCard é um bom começo para quem nunca mexeu com multimídia

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PILHAS E PILHASDE STACKS

O HyperCard sempre veio acompa-nhado de exemplos abundantes,bonitos e inteligentes. Excelenteslições de design em P&B. O caprichoda Apple nessa área era tanto que,nas sucessivas versões, novos exem-plos eram criados para demonstrar osmesmos princípios só que com roupa-gens mais modernas, acompanhandoas tendências do design gráfico. Além disso, existem muitos livrossobre HyperCard, além de gigabytesde stacks freeware e shareware, cu-jos scripts podem ser estudados e atéreaproveitados em seus projetos.Todo mundo que mexe com Hyper-Card há alguns anos possui umavasta coleção desses stacks. Des-confie de qualquer ferramenta deautoria que não inclua exemplos dealta qualidade. Das duas uma: ou aferramenta não presta (e por issofica muito caro desenvolver bonsexemplos) ou o fabricante não dá amínima para o desenvolvedor.O HyperCard 2.2 é vendido naforma de um Development Kit (kit dedesenvolvimento) e custa US$ 99(EUA). A versão 2.2 é compatívelcom o AppleScript, a extensão dosistema para criação de macros quea Apple lançou no início desse ano.Isso quer dizer que é possível criarstacks para controlar qualquer pro-grama compatível com AppleScript eaté para automatizar tarefas no pró-prio Finder a partir do System 7.5. O kit inclui também o AddMotion II,um ótimo software baseado emXCMDs para a criação de animaçõesem P&B ou cor. Outra novidade é aopção de salvar um stack como umaplicativo. Agora, com um simplescomando Save a Copy (salvar umacópia), você transforma um stacknum programa completo e indepen-dente, que pode ser vendido ou dis-tribuído livremente. A lista de recur-sos novos da versão 2.2 é impressio-nante. É uma pena que duas dasnovidades mais importantes (Add-Color e AddMotion) sejam apêndicesmal integrados ao resto do produto.

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É UMA TELA DE QUICKTIME ~

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MAC MANIA

MACROMEDIA DIRECTORO atraso tecnológicofez com que o Hyper-Card perdesse a prefe-rência dos criadores demult imídia no Mac.

Hoje a ferramenta mais usada é bemmais cara, o Macromedia Director(US$ 1.195/EUA).O Director nasceu como um progra-ma especializado na produção deanimações em 2D. Com o tempo, elefoi ganhando recursos que o trans-formaram num ambiente de autoriacompleto. Os CD-ROM Iron Helix,da Drew Pictures, A Turma daCozinha, da Trattoria di Frame e asérie Brasil, da Tecnoquality, foramdesenvolvidos com esse produto. Assim como no HyperCard a unida-de básica de organização é o card,no Director o elemento fundamentalé o frame (quadro – equivalente aum fotograma de cinema). A janelaprincipal do Director é chamadaStage (palco). Ela exibe um fotogra-ma de cada vez, para que o usuárioposicione os elementos de cena. Aposição de cada objeto no Stage éregistrada num segundo display, oScore (partitura). O Score é umatabela dividida em linhas e colunas

que mostram as ações de cada obje-to num determinado tempo. Cadalinha representa um objeto da cena.Cada coluna equivale a um frame.As animações podem ser fei tasmanualmente (quadro-a-quadro),mas o Director também faz intervala-ção (in-betweening) automática.Basta que o animador indique noScore a posição de um objeto emalguns frames, como o início, o meioe o fim do movimento. O comandoIn-Between preenche automaticamen-te os frames intermediários, comple-tando a trajetória do objeto.Além de indicações de movimentos,o Score também permite associarsons e scripts à animação. A sincro-nia entre os sons e a animação nemsempre é perfeita. O manual dedicas, que acompanha o Director,recomenda a conversão de anima-ções em clips de QuickTime sempreque a sincronia for importante. Emcompensação, a possibilidade deassociar scripts à animação viabilizaa criação de programas altamenteinterativos, como simulações e jogosde ação. Os scripts do Director sãoescritos na linguagem Lingo, muitoparecida com HyperTalk. Além de ser

compatível com XCMD e XFCN, oDirector tem seu próprio protocolode comandos externos, o XOBJ(External Objects).Uma palette de ferramentas permitedesenhar botões, caixas de texto efiguras geométricas simples direta-mente sobre o Stage. E há até ummódulo de pintura para a criação depersonagens e objetos de cena. Maso mais comum nas produtoras demultimídia é a elaboração de todasas figuras num programa separado,como o Photoshop, para depoisimportá-las para o Director.

PULANDO DEPLATAFORMA

A lamentável hegemonia dos PCs nomundo inteiro obriga os produtoresde multimídia a se preocupar comessa plataforma. O Director 3.1.3 –(versão recentemente descontinuada)– oferecia como opcional o DirectorPlayer for Windows (DPW), que per-mitia a execução no PC de títuloscriados no Macintosh. A conversãopara o DPW era problemática, masnão impossível. A versão atual doDirector, a 4.0, promete um caminhomais suave.A Macromedia anunciou para essemês (setembro) o lançamento doDirector 4.0 for Windows. Dessavez, a versão PC do Director nãoserá apenas um player e sim umclone completo do ambiente de auto-ria que já existe no Mac.A Macromedia afirma que não serápreciso fazer nenhum tipo de conver-são para compartilhar arquivos doDirector entre as duas plataformas.Apenas os filmes de QuickTime pre-cisarão ser traduzidos com o auxíliodo Movie Converter, da Apple. O Director percorreu um longo cami-nho desde sua origem como softwarede animação até o sistema de auto-ria atual. Isto se reflete não só na suaversatilidade como também na difi-culdade de dominá-lo. Não é possí-vel criar um mísero protótipo interati-vo sem escrever ao menos algumaslinhas de scripts em Lingo. Mas sevocê não tem medo de programar, oDirector pode levá-lo longe.Para entrar nesse mundo pela porta da frente o jeito é encarar o Director

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APPLE MEDIA TOOLEnquanto o HyperCarddefinhava, a Apple nãose esqueceu do merca-do de multimídia. Nofinal do ano passado, a

empresa lançou, sem grande estar-dalhaço, um ambiente de autoriarevolucionário: o Apple Media Tool.A partir das experiências do seuMedia Lab, a Apple concebeu esseprograma para se encaixar numesquema de produção que divide aequipe em dois grupos: os artistas eos programadores. Segundo essemodelo, os artistas começam criandosuas mídias (textos, músicas, ima-gens etc.) nos programas específicosde sua preferência. Depois usam omódulo Apple Media Tool (AMT)para integrá-las rapidamente mon-tando um protótipo (ou mesmo umproduto final simples). Se o projetoexigir a intervenção de programado-res, entra em cena um segundo

módulo, vendido separadamente: oApple Media Tool ProgrammingEnvironment (AMTPE).O AMT não possui nenhuma ferra-menta para a criação ou edição demídias. O trabalho de autoria noAMT começa na montagem de ummapa de navegação, que descreveem linhas gerais quais são as telasdo projeto e como elas se interligam.Esse tipo de mapa é muito usado emprojetos multimídia, normalmentedesenhado numa folha de papel ependurado numa parede para orien-tar a equipe de produção. O AMT éo primeiro ambiente de autoria aincorporá-lo.Depois de criado o mapa, o usuáriopassa a montar as telas individuais.Um duplo clique sobre uma tela domapa abre uma janela de layout. Alivocê monta o layout da tela, selecio-nando elementos de uma lista demídias. As mídias nunca são impor-

tadas e embutidas no projeto; elasficam sempre num folder MEDIA,dentro do folder do projeto. Isso sig-nifica que para se atualizar umafoto, por exemplo, basta copiar aversão nova para a pasta de MEDIA,sem precisar abrir o projeto no AMT.Assim como o Director, o AMT prati-camente exige um Mac com doismonitores. Isso porque, na hora demontar as telas, você vai quererespaço para vê-las inteiras junto comas ferramentas de trabalho e não hácomo fazer um zoom-out para redu-zi-las.

PROGRAMANDOSEM AS MÃOS

Depois de colar as mídias sobre atela, você passa a programar asações de cada elemento. Essas açõespodem ser do tipo, “se o usuário cli-car aqui, toque aquele som e exibaaquela foto”, ou “quando este filme

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MAC MANIA

terminar, vá para a tela X”. Todaessa programação é feita sem que seescreva código, apenas escolhendoverbos e objetos a partir de algumaslistas.Este é um dos pontos fortes do AMT:comparado ao HyperCard e aoDirector, ele permite que se vá muitomais longe na interatividade sem quese tenha que criar scripts numa lin-guagem de programação. Por outrolado, se os recursos de programaçãodo AMT não forem suficientes, vocêvai ter problemas. É que o AMTPE,além de custar caro, vai exigir acompra do MPW (MacintoshProgrammers Workbench, o arcanoambiente de desenvolvimento daApple) e a contratação de especialis-tas com profundo conhecimento deprogramação orientada a objetos. Adocumentação do AMTPE não deixapor menos. Infelizmente, programa-dores assim são figurinhas carimba-das – não se acham em qualqueresquina.O AMT inclui, sem custo adicional,utilitários para conversão de sons eclipes de QuickTime para Windows,além do próprio QuickTime forWindows. A conversão de projetos é

bastante simples, desde que todos osarquivos de mídia sejam original-mente criados com nomes de oitoletras, seguindo o padrão DOS. Issoé um grande incômodo, já que qual-quer projeto razoável inclui muitasdezenas de arquivos e você acabalidando com documentos chamados“HINCLPNY.MOV” ou algo assim. OAMT é muito promissor, mas a atualversão 1.1 ainda sofre de algumasdoenças infantis. O manual do usuá-rio tem erros evidentes, coisa inco-mum em produtos da Apple. Não épossível usar palettes de cores custo-mizadas em imagens de 8 bits;somente a palette System, o que pre-judica a qualidade desse tipo defigura. Projetos convertidos paraWindows travam de modo desele-gante quando não é encontrada umaplaca de som. A impressão que setem ao notar essas falhas é que oproduto ainda está em fase beta.Apesar disso, o AMT permite a mon-tagem de protótipos e mesmo deprojetos inteiros num tempo muitomenor que os concorrentes. O AMTexige o pagamento de uma licençade distribuição caso você queira ven-der um produto criado com ele.

Uma grande sacada do AMT é agilizar a tabelinha entre programadores e artistas

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MAC MANIA

Prós Contras Preços/EUAHyperCard Barato, muitos Não trabalha bem US$ 99

2.2 exemplos e boa com cores, exige bibliografia conhecimentos de

programação, não é compatível com PC

Macromedia Poderoso e versátil, Caro, difícil de US$ 1.195Director 4.0 inclui recursos de aprender, exige

animação, compatível conhecimentos decom Mac e PC programação

Apple Media Interface excelente, Exige licenciamento US$ 995Tool 1.1 rapidez na criação de para distribuição

produtos sem comercial, ambienteprogramação, gera de programaçãoprodutos para Mac e PC muito complexo

Empresas Produtos & Serviços Preços/EUA Contato

Adobe Illustrator 595 MultiSoluções

Photoshop 895 (011) 816-6355

Aldus FreeHand 595

Alladin Systems InstallerMaker * (001) 408-761-6200

Apple Computer Apple Media Tool 1.1 795 CompuSource

AMT Programming Environment 1.1 995 (011) 253-6780

Pacote com AMT e AMTPE 1.495

HyperCard 2.2 Development Toolkit 99

Equilibrium Debabelizer 299 (001) 415-332-4343

Macromedia Macromedia Director 4.0 1.195 CI-Compucenter

SoundEdit Pro 1.5 295 (011) 214-0577

Mapple Replicação de disquetes * (011) 826-5311

Microservice Replicação de CD-ROM * (011) 858-1433

OMI QuickTopix * (001) 407-376-3511

SonoPress Replicação de CD-ROM * (011) 861-3399

Sony Replicação de CD-ROM * (021) 205-1112

Tecnoquality Pré-masterização para Macintosh * (011) 573-3608

Se você está apenas querendo experimentarproduzir multimídia, pode começar peloHyperCard ou pelo Apple Media Tool. O pri-meiro é mais barato e possui uma bibliogra-fia de apoio (em inglês) bem completa, alémdos inúmeros exemplos mencionados.O Apple Media Tool é um pouco mais caro,mas pode levá-lo mais rápido a resultadosmais interessantes. Não existe literatura arespeito dele. Mais informações você conse-gue, hoje, somente se tiver acesso à Apple-Link, a rede telemática de desenvolvedoresda Apple.Quem está preparado para voar mais altopode escolher o Director. Como o Hyper-Card, o Director vem com diversos manuaisque vão desde tutoriais elementares atétópicos técnicos bastante cabeludos. Nãoexistem livros ainda sobre a versão 4.0.Se você tem uma boa grana e base sólidaem programação, ou tem algum parceirohacker, pode partir para um Apple MediaTool completo. O CD-ROM que o acompa-nha tem alguns exemplos de multimídia tre-mendos, criados com o auxílio do AMTPE.

MÃOS À OBRA

ONDE COMPRAR ?

* solicite orçamento

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SOFTWAREAlém de softwares de autoria, parafazer um CD-ROM Multimídia, vocêprecisa de uma boa caixa de ferra-mentas de apoio. Ilustrações podemser feitas em programas vetoriais,como Illustrator ou FreeHand, masprecisam sempre ser convertidaspara bitmaps no formato PICT parautilização no sistema de autoria.O Photoshop é essencial não só parafazer essas conversões como tam-bém para capturar e retocar ima-gens digitalizadas.Quando é preciso converter figurasem animações, reduzir o número decores, padronizar as palettes oufazer qualquer tipo de manipulaçãoem grandes lotes de arquivos deimagens, a ferramenta ideal é oDeBabelizer, da Equilibrium. Emborasua interface seja feia e confusa, osoftware pode economizar muitas emuitas horas de trabalho repetitivo.

Outras ferramentas usadas commuita freqüência são o Movie Con-verter, da Apple, e o Premiere, daAdobe, para edição e conversão defilmes em QuickTime. O kit básico demultimídia pode ser complementadocom um software de edição deáudio, como o SoundEdit Pro, daMacromedia.

HARDWAREPara usar todos esses softwares, vocêtambém vai precisar de uns Macsparrudos, tipo Quadras (de 610 paracima) ou Power Macs. Todos equipa-dos com toda a memória e espaçoem disco que seu dinheiro pudercomprar, dois monitores de bomtamanho para cada Mac e interliga-ção via EtherTalk. No mínimo, penseem discos suficientes para armazenar3 ou 4 vezes o tamanho do seu pro-jeto e acrescente mais uns 300Mbpara os programas.

CRIAÇÃOJunte uma turma. Créditos de CD-ROM Multimídia já estão ficandomaiores do que os de fi lmes deHollywood. Aliás, esta é a partemais cara de um projeto bem feito.Vá se preparando para reunir umas30 pessoas, entre desenhistas, músi-cos, roteiristas, sonoplastas, editorese programadores. O Leonardo daVinci fazia tudo sozinho, entendia detudo e dormia só duas horas por dia.Mas o mundo na Renascença erabem mais simples.

PRÉ-MASTERIZAÇÃOPara colocar seu projeto multimídiaem um CD-ROM, é preciso pré-mas-terizar o material, um procedimentoque define a localização física decada arquivo no CD. Testamos ape-nas um software nessa categoria, oQuickTOPiX, da OMI, e não ficamossatisfeitos.

CD-ROMMultimídiaFaça você mesmo

Um projeto multimídia não precisa ser, necessariamente,distribuído em CD-ROM. Ele pode ter até uma finalizaçãomais simples, se for distribuído ou apresentado de formadiferente. Se for um quiosque ou uma apresentação paraum evento especial, a finalização consistirá apenas eminstalar sua criação em uma máquina. Você provavelmen-te saberá a configuração a ser utilizada e poderá fazer ainstalação manualmente, o que torna tudo mais fácil.No caso de um produto que será distribuído ou vendido,a finalização não é tão simples. Se sua obra for distribuí-da em disquetes, você vai precisar montar um esquemade instalação automática. A Alladin Systems – fabricante

do software de compressão Stuf f I t – vende oInstallerMaker, um kit de instalação para Macs bastanteprofissional e fácil de usar. Seu único problema é nego-ciar licenças de distribuição caso a caso. No mundo PC,existem dúzias de fornecedores de software de instalaçãoe não é difícil para um bom programador desenvolverum sob medida para você.A maior dificuldade não está na instalação propriamentedita e sim na checagem do tipo de PC e sua configura-ção para evitar problemas de performance e incompati-bilidades pecezísticas. A copiagem de disquetes pode serfeita por empresas como a Mapple.

FINALIZAÇÕES ALTERNATIVAS

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Ainda faltam no Brasil empresas queprestem esse tipo de serviço – umaespécie de bureau de CD-ROM – naplataforma Macintosh. A primeira aanunciar que irá entrar no mercadode pré-masterização multimídia é aTecnoquality, utilizando o softwareRomMaker, da JVC. A Sonopress játem uma sala de pré-masterizaçãoequipada com dois Quadras 650 epretende atuar nessa área, mas ape-nas para clientes de seus serviços deduplicação. Para pré-masterizar CD-ROMs paraPC, o mercado brasileiro já contacom vários fornecedores. Seu únicotrabalho será converter os arquivos ecopiá-los pela rede local para umhard disk ou SyQuest de PC.

DUPLICAÇÃODificilmente você vai ter todo essetrabalho para fazer apenas um CD-ROM para rodar em casa. A grandevantagem do CD-ROM é que, depoisde feitos os investimentos em equipa-mentos e pessoal para pré-produ-ção, sua multiplicação através daprodução industrial é um processomuito barato. Produzir CD-ROMs emescala acima de mil unidades resultaem um custo de R$ 2,00 a R$ 4,00por unidade. No processo de pré-masterização,você pode dar saída do seu projetomultimídia em vários formatos, comofitas DAT, um CD-ROM queimado emum gravador de CD-R (que custamde US$ 3.500 a US$ 10.000/EUA)ou em um hard disk. A partir do pro-duto pré-masterizado, é confecciona-da uma matriz de vidro. Essa matrizvai para a galvanoplastia, onde sãoconfeccionados os discos metálicosem níquel. O próximo passo é injetaro policarboneto (matéria-prima dosCDs) nas prensas e aplicar uma finapelícula de alumínio no disco paraque este reflita o raio laser de leitura.Por último, são gravadas informa-ções em silk-screen em até seis cores,como nome do CD, o autor ou atésua foto no disquinho.A reprodução industrial pode serfeita no Brasil pela Microservice, So-nopress ou, em breve, pela Sony. ~

VEJA O QUEVOCÊ ESTÁPERDENDOPOR NÃOASSINARA MACMANIA

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Desinfectant 3.5A última versão do melhor progra-ma anti-vírus freeware para o Mac.

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Eclipse 2.1.0Tudo que vocêpoderia querer de um screensa-ver: bom, bonito, barato, não dápau e ocupa pouco espaço. Eainda faz propaganda de suaempresa.

Space JunkieA volta de SpaceInvaders, um clássico dos flipe-ramas, revisto e melhorado.Você não vai conseguir passarda fase 6.

Software FPU 2.45Emula um co-processadormatemático em Macs que nãotem FPU, como os modelos LC,I Isi, Classic e Quadra 605.Melhora o desempenho de pro-gramas emulados no PowerMacintosh.

WindowDescubra as vantagens de traba-lhar no ambiente Windows den-tro do seu Macintosh. O progra-

ma perfeito para aqueles quenunca mexeram em um PCconhecerem a realidade da pla-taforma mais popular domundo. Atenção: isto é umapiada!

PostScript ErrorOs trabalhos feitos com essafonte exclusiva criada peloilustrador e tipólogo Tony deMarco com certeza saltarão aosolhos quando saírem da impres-sora.

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TINHAM UM MACINTOSH EM CASA ~

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DESKTOP PUBLISHING

Valter Harasaki

ocê escaneou direitinho sua foto,no tamanho certo, calibrou seu

monitor, ajustou as curvas noPhotoshop, deu um Unsharp Mask

nela. Fez tudo para que ela saíssebonitinha no impressão, certo? Errado.

Existem dois fatores fundamentais para aumentar a quali-dade de impressão de uma imagem. É muito comum sepreocupar demais com o contraste e a nitidez de uma foto,caprichando ao máximo no seu aspecto visual, e não espe-cificar corretamente como o fotolito deve ser feito. Para evi-tar a ocorrência de defeitos indesejáveis, é preciso quevocê (ou seu bureau) leve em conta a retícula da imagem eo ângulo dessa retícula.

Como já foi explicado em números anteriores desta revista,toda imagem gráfica é formada por uma grade de pontospretos que cria a ilusão de graduações de cinzas (halftonescreen ou linhagem). Em fotos preto-e-branco, a retícula éposicionada sempre em 45°. Isso é feito porque nossa visãotem maior facilidade de reconhecer linhas horizontais e ver-ticais. Então, posicionando a grade na diagonal fica maisdifícil notarmos esses pontos que formam a imagem.O mesmo princípio é utilizado em imagens coloridas. Adiferença é que a imagem é formada com a sobreposiçãode quatro retículas impressas nas três cores primárias(ciano-amarelo-magenta) mais o preto. Essa sobreposiçãocriará a ilusão de que a imagem é multicolorida. É por issoque um impresso colorido também é chamado de impresso

Escanear foto impressa de qualquer jeito é moiré na certa

Quando a retícula está com 90°, o resultado é mais evidente Já o ângulo de 45° disfarça um pouco a reticulagem

Angulos e Retıculas

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Fotos: Ricardo Teles

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MAC MANIA

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MAC MANIA

Olhando bem de perto, é assim que fica sua foto reproduzida em CMYK

a quatro cores. Pegue uma lupa e repare que qualquer foto colorida é formada somente com as mesmas quatro cores.Na prática, isso significa que você terá mais um problema para adminis-trar. São os famigerados moirés (pronuncia-se moarrê). Essa era a terceirapraga da pré-história do Color Desktop Publishing (o primeiro era a faltade registro no fotolito, e o segundo, que ainda persiste nos dias de hoje, éa calibração de cores). Quando o ângulo de uma das quatro retículasestiver mal especificado, seja por ajuste errado ou deficiência do softwareou do hardware utilizado, os moirés aparecerão no seu trabalho sem avi-sar. Os sintomas são a formação de patterns (padrões, formas geométricasque se repetem) em todo o trabalho. Com o desenvolvimento dos RIPs (interfaces que processam a informação PostScript referente a umaimagem bitmap) e das imagesetters, esses problemas diminuíram, masainda é preciso ter cuidado redobrado com serviços coloridos.Escanear uma foto que já foi impressa é pedir para dar moiré. Isso ocorreporque os ângulos da retícula impressa “colidem” com os ângulos dofotolito ou com os pixels do computador. O resultado provavelmente seráum serviço com estonteantes efeitos Op-art. Existem softwares, como oOfoto, da LightSource, que eliminam esse efeito. O ideal é sempre traba-lhar com fotos originais, mas isso nem sempre é possível. Você pode tentareliminar o moiré na raça, desfocando um pouco a imagem – utilizando ofiltro Blur, do Photoshop, por exemplo – ou inclinando a foto impressa noseu scanner. Se nada funcionar, você ainda pode fotografar a imagem eusar a foto ou cromo como ponto de partida.Os moirés podem aparecer também quando escaneamos fotos com listrasfinas ou tecidos xadrez. O resultado é parecido com o que aconteceu com as camisas dos juízes da Copa do Mundo quando focalizadas na TV.Tentando minimizar esses problemas, foi desenvolvida uma nova tecnolo-gia que é conhecida como retícula estocástica, que utiliza patterns “alea-tórios” ao invés de pontos alinhados. Mas essa ainda é uma tecnologiaque está começando, sobre a qual falaremos na próxima edição. ~

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UMA VELOCIDADE ASSUSTADORA EM UM IICI ~

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Quem t em do i sMacs já tem umarede. Essa é umaafirmação muitou t i l i zada po rvendedores deMac na hora decomparar seuproduto com PCs.

Uma das maiores vantagens compa-rativas do Macintosh é que todos osmodelos já vem com suporte paraum certo tipo de rede, conhecida porLocalTalk. É uma rede de baixa velo-cidade, mas que funciona muito beme é muito barata de se montar emanter. Mas, para quê ligar doisMacs em rede?

Primeiro: transferência rápi-da de arquivos (file sharing).Quando você quiser copiar umarquivo de um computador paraoutro, você não vai mais precisarusar disquetes e o “NikeNet” ou“RebookNet”. Basta ir no Chooser eselecionar o outro computador. Pron-to, o hard disk do vizinho aparece

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MAC MANIA

BÊ-A-BÁ DO MAC

na tela do seu Macintosh. Aí é sóarrastar o arquivo para ele.Segundo: compartilhamentode impressora.Estando em rede, dois Macs podemutilizar a mesma impressora, se elafor da Apple ou PostScript. Não épreciso copiar o arquivo para o Macno qual a impressora está ligada edepois mandar imprimir.Muito bem, você está aí, diante deseus dois Macs e, segundo o vende-dor, tem tudo para montar uma rede.Tudo? Bem, quase tudo. Falta aindaum item insignificante, mas funda-mental: o cabo.O cabo para LocalTalk pode ser o daApple ou os compatíveis com oPhoneNet, da Farallon. O sistema daApple utiliza cabos com conectoresmini-din, difíceis de achar. Já o siste-ma PhoneNet, utiliza cabos de telefo-ne americanos, encontráveis em qual-quer loja de equipamentos eletrôni-cos importados, que permitem mon-tar uma rede do comprimento quevocê quiser. Um kit com cabo eadaptador custa nos EUA cerca deUS$ 15. No Brasil, o preço pode va-riar de R$ 40,00 a R$ 50,00.Quanto a software, o System 7.x jápossui o software necessário paracompartilhar arquivos. As impresso-ras PostScript normalmente são liga-das diretamente na rede. As jatos de

tinta e lasers, sem PostScript, vêmcom um software, que utiliza umMac como servidor de impressão,sem que ele esteja necessariamentededicado para esta função.Se você já tem os Macs e os cabos,só falta ligar um adaptador Localtalkem cada Mac e um na porta daimpressora. As impressoras trazemindicações de qual porta deve serutilizada para conexão em rede.Ligue um adaptador no outro, utili-zando o cabo de telefone, criandouma linha, conhecida como daisy-chain (rede-margarida ou rede-ondi-nha, como chamam alguns, devidoàs curvas formadas pelos cabosconectados). Importante: nunca feche um círculo.No sistema da Apple, não é necessá-rio, mas no da Farallon você precisacolocar um terminador/resistor emcada ponta, este terminador vem nokit do adaptador e é muito simplesde instalar.No caso de uma impressora nãoPostScript, consulte o manual que aacompanha. Nas impressoras daApple, como a StyleWriter II, vocêdeve ligar a impressora na porta domodem do seu Mac e ligar o adapta-dor LocalTalk na porta da impressora.Para disponibilizá-la para todos queestão na rede, basta ir até o Choosere configurar a impressora. ~

Jogando a rede no MacOswaldo Bueno

Para permitir queoutros Macstenham acesso aosseus arquivos,você deve acionaro Sharing, quefica no menu File.Cruze esta caixapara torná-lacompartilhável.

Aqui você escreveseu nome.

Invente um nomepara o seu Mac.Clique aqui para

compartilhararquivos.

Clique aqui parapermitir que outro

Mac acesse seusprogramas.

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AO APERTAR DE UMA TECLA ~

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LAYERSÉ o recurso mais significativo da ver-são 3.0. Agora, dá pra colocar oselementos de uma imagem em“camadas” diferentes, que se com-portam como folhas de acetato trans-parentes. Com este esquema, alémde mexer no posicionamento, é pos-sível experimentar combinações defiltros e efeitos especiais sem alterara imagem original. É mais ou menoscomo o Specular Collage (vide edi-ção #5). No Photoshop, ficou faltan-do somente a possibilidade de tra-balhar com proxies (aproximaçõesem baixa resolução). Com esta fun-ção, os búzios da MACMANIA pre-vêem uma proliferação de ilustra-ções do tipo colagem-muito-louca(que medo!).

FAÇA-SE A LUZOba! Diversão a valer! Levante omoral daquela sua imagem cansadacom o filtro Lighting Effects. Dá praespecificar até 16 fontes de luz, con-trolando, entre outas coisas, a cor, oângulo, a intensidade, o tipo de lâm-pada e o tipo de reflexo. Fora isso,você pode também fazer um 3Dfake, especificando que parte daimagem fica mais gordinha – ilumi-nada de um lado e jogando umasombra do outro. Mas, olho vivo!Esta função só funciona em 680x0com FPU ou Power Mac.

ASPIRADOR DE PÓPra que limpar o vidro do scanner?Mande brasa do jeito que está que ofiltro Dust & Scratches se encarregade dar aquele tapa na sua imagem,

RESENHAS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃODE SOFTWARES

INTUITIVIDADE- Até onde vocêpode ir, sem abrir o manual.INTERFACE- A cara do programa.O jeito com que ele se comunica como usuário.PODER- O quanto o programa seaprofunda em sua função.DIVERSÃO- Só para games, dis-pensa explicações.CUSTO/BENEFÍCIO- Veja aqui seo programa vale o quanto pesa.

O programa de processamento deimagens mais “profiça” do Mac estáde volta na sua versão 3.0; e dizemas más l ínguas (os releases daAdobe) que, com as novas funções,esta edição já está mordendo os cal-canhares dos sistemas high-end.Bem, isso pode até ser exagero, masque você vai precisar de um Machigh-end, ah! isso vai. A Adobepede como configuração mínima um68020, mas no mundo real você vaiquerer um 68040 ou um Power Mac.Além disso, pode ir preparando asua RAM e o espaço no seu disco: o

Photoshop é um aplicativo tradicio-nalmente glutão e a versão 3.0 nãodeixa por menos. Para uma boa per-formance, são recomendados pelomenos 50Mb livres no disco e de 8 a16Mb de RAM livre (já descontada aRAM ocupada pelo sistema). E nãopense que esses 50Mb de disco sãopara você gravar os seus desenhos –esse espaço é utilizado como memó-ria virtual; a armazenagem é cobra-da à parte. Quanto à RAM, rodar oPhotoshop em 8Mb é mais ou menosque nem duende: tem gente que atéacredita, mas ninguém nunca viu.Para fazer alguma coisa de concre-to, a vida começa a fazer sentidoaos16Mb. Conte de 20 a 25Mbpara fazer trampos grandes comalguma folga. Para os usuários maishardcore, daqueles que vão fazerposters A2 a 300dpi, vale a velhamáxima segundo a qual a quantida-de ideal de RAM é o máximo quecouber no seu computador (e no seubolso). Em tempo: pode ir esquecen-do o RAM Doubler – o Photoshopnão é desses que são enrolados poresse tipo de truque sujo.Eis as novidades que vão deixarvocê achando a versão 2.5.1 caída:

PHOTOSHOP 3.0Adobe SystemsPreço: US$ 895 (EUA)Configuração: 68040 ouPower Mac, 16Mb RAM Intuitividade: ™Interface: ¡¡¡™Poder: ¡¡¡¡™Custo/Benefício: ¡¡¡™

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MAC MANIA

A Adobe caprichou nos novos superpoderes para você sair iluminando o mundo

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removendo cabelos e poeirinhasindesejáveis. Na verdade, este filtronão faz milagres – nenhum filtro faz.Funciona melhor para tirar as sujei-ras mais grossas de scans P&B defundo branco (tipo desenhos a lápis).Aplicando em scans coloridos, aimagem fica meio borrada – portan-to, não jogue fora ainda a flanelinhado seu scanner.

FÁBRICA DE FILTROSVocê quer dizer que na miríade defiltros comercialmente disponíveispara o Photoshop não há um quesatisfaça as suas aspirações estéti-cas? Fabrique um, ora. Esta opção,entretanto, fica só na promessa. OFilter Factory não está incluído nopacote de pre-release que recebe-mos, sendo apenas mencionado nomaterial impresso.

SELEÇÃO POR CORESFunções novas nos menus Image eSelect permitem um controle de coresmuito mais preciso. Dá pra selecio-nar e ajustar cores específicas semafetar o resto da imagem; por exem-plo, remover o ciano de todos os ver-melhos ou selecionar todos os ama-relos. Este método, embora seme-lhante à varinha mágica (que conti-nua existindo), é mais preciso, pois oDialog Box oferece controles maisminuciosos, além de mostrar um pre-view do ajuste sendo feito.

O CHEIRO DO CMYK VERDENão precisa mais ficar convertendode RGB pra CMYK para ver como aimagem está f icando: o CMYKPreview mostra. Fora isso, tem tam-bém o Gamut Warning, que indicacom um cinza as áreas da sua ima-gem que estão com as cores fora dagama do CMYK.

ESPONJINHALembra da ferramenta de Dodge/Burn? A mãozinha que escurece e opirulito que clareia a imagem? Poisé, a família aumentou com a novaSponge Tool, que satura ou dessatu-ra as cores. A esponjinha é bem efi-caz quando utilizada em conjuntocom o Gamut Warning, para dessa-

turar as cores que estão fora dagama do CMYK.Além destas funções e ferramentasnovas, a interface também melhorou.A paletite aguda, após atacar oFreeHand 4.0 e o Word 6.0, infectao Photoshop. Várias dialog boxesforam substituídas por palettes.Apesar de mais numerosas e maiscomplexas, as palettes continuamfáceis de usar, agrupando itens rela-cionados e todas com sub-menus; aspalettes de layers e canais agora têmthumbnails (pequenos ícones mos-trando o que há em cada layer oucanal). Outra modificação muitobem-vinda são os previews em todasas dialog boxes de filtros. Uma dasinovações mais bacanas, que vemda filosofia do System 7.5, é o Drag-and Drop: para mudar uma seleçãode janela não precisaficar dando Cut e Pas-te; basta arrastá-la deuma janela para outra.E, finalmente, atenden-do ao clamor das mas-sas de usuários, o cur-sor das ferramentas depintura pode agoraindicar a grossura dotraço (essa até oMacPaint 1.0 já tinha).O Photoshop 3.0 deveestar comercialmente

disponível ainda neste trimestre.Continuará custando módicos US$895 (EUA) e por este preço, alémdos disquetes, você leva para casaabsolutamente grátis um CD-ROM“deluxe”, com dicas, truques, plug-ins e um lindo show de arte digital.Se você tem qualquer outra versãoregistrada, pode fazer o upgradepor US$ 149; e se você é o feliz pro-prietário de um Photoshop 2.5, com-prado após 15 de junho, tem direitoà versão 3.0 de graça.Uma última notinha: A Adobe dizque a versão pra Windows é igual.Você acredita?

Tom Bojarczuk*

*Colaborou Jean Pierre Boëchat

Multisoluções: (011) 8166355

Palettes de todos os tipos, todas as cores, todos os tamanhos, para todos os gostos

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Preview de todos os filtros, um tremendo avanço

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TIPO SYSTEM 7 DO MAL ~

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MAC MANIA

RESENHAS

FREAK SHOWVoyager CompanyPreço: US$ 59,00Configuração: Mac colorido68030 ou superior, System 7,5Mb RAM, Monitor 13"Intuitividade: ¡¡¡™Interface: ¡¡™Diversão: ¡¡™Custo/Benefício: ¡™

Os Residents sempre foram os maisesquisitos entre os esquisitos. Desdequando começaram a fazer música,em 1972, adotaram uma estratégiade marketing que é oposta ao habi-tual no mundo pop: eles não revelamseus rostos ou seus nomes, criandoum mistério de história em quadri-nhos em torno de suas produções. OCD-ROM Freak Show reúne toda aesquisitice multidisciplinar do gruponum circo de monstros, entre osquais eles se incluem.O CD é uma parceria dos Residentscom o designer Jim Ludtke, responsá-vel pela concepção visual e anima-ção dos personagens. Ludtke jáhavia realizado antes com eles o clipHarry the Head, que está incluído noShow. É também mais uma etapa deum trabalho que começou com umCD de músicas, prosseguiu em umálbum de quadrinhos, passou pelovideoclip e agora junta quase tudonum pacote só.Pra quem conhece o quarteto de

outros Halloweens, há muita diver-são escondida nas carroças que fi-cam atrás da lona do circo. Especial-mente no carro dos Residents, umolho com rodas, lotado de informa-ções sobre as atividades do grupo.Pode-se assistir a seus peculiaresvideoclips, ver seus filmes dos anos70, trechos de shows e animações,vasculhar sua vasta discografia e

saber como conseguir camisetas,bottons etc. Acessórios fundamentaispra quem se identifica com a posturanerd-marciana dos “Fab Foureyes”. Nos outros carros, visita-se cadafreak do circo em seu habitat. Em

alguns, pode-se co-nhecer a história dosujeito através deanimações feitas so-bre a versão em qua-drinhos do FreakShow, lançada hádois anos nos EUApela editora DarkHorse. Nesse ponto,Ludtke e Residentsexperimentaram umamaneira diferente de

apresentação de quadrinhos, que serevela interessante em alguns casos.Quadrinistas importantes que contri-buíram para o álbum têm seus dese-nhos colocados em movimento, casode Brian Bolland, Richard Sala, DaveMcKean e Savage Pencil.Mas o item mais instrutivo do CD seesconde na última tenda do circo:uma jukebox que conta as histórias dedezenas de freaks reais. Há coisasrealmente curiosas, como as irmãssiamesas que passaram anos briga-das, sem se falar. Gigantes, homensde três olhos, mulheres barbadas:pode se visitar uma longa galeria demutantes que dá muito o que pensar,dentro da proposta dos Residents dequestionar quem afinal é o monstro.Os cenários em 3D concebidos porJim Ludtke são interessantes, mesmoque distantes do padrão Myst dequalidade. O problema de Ludtke écom a animação dos personagens,que em geral é muito pobre. Issoestraga o pequeno show em quecada freak mostra suas “qualidades”para o público. Como a resposta doCD é lenta, alguns sustos programa-dos ao longo do passeio não assus-tam. O CD pode ser consideradomais um tento na carreira de idéiasavant-garde dos Residents (que, juntocom Todd Rundgren e Peter Gabriel,foram os primeiros músicos a lançarCD-ROMs), mas o Freak Show foi fei-to mesmo para os fãs de esquisitices.Pra outras pessoas, é aplicar dinheiroem um brinquedo de malucos.

Marcos Smirkoff

Voyager Company:001-914-591-6484Dentro do carro-olho você tem informações sobre a banda

Se você acha isso aqui esquisito, é porque nunca viu um videoclip desses loucos

Escolha seu tipo de montruosidade

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CD-ROM é o futuro da indústria musical. Algunsroqueiros espertos já perceberam isto e as gravado-ras já estão se coçando para invadir esta nova

praia. O motivo principal não é o pioneirismo ou a curiosidadetecnológica, mas aquele velho motivo que faz o mundo girar.Com a chegada dos gravadores digitais e dos CDs regraváveis,ficou muito fácil fazer cópias de alta qualidade de qualquer CDde áudio. Já o CD-ROM é bem mais difícil de ser pirateado evocê ainda pode colocar faixas de áudio que podem ser ouvidasem um aparelho de CD comum. E o processo de produçãoindustrial é o mesmo para os dois formatos.Não vai demorar muito para que as gravadoras começem aincluir megabytes extras de multimídia em CDs, com clipes,fotos, histórias, games etc. Os possuidores de um drive de CD-ROM – após o pagamento de uma taxa, é claro – receberãouma senha que dará acesso a esses documentos que estarão“encriptados” no CD. A farra já começou. Veja aqui alguns dosCDs de rock que já estão disponíveis para os macmaníacos.

A Hard Day’s NightThe Voyager Company

O primeiro filme a ser completamente incluído em um CD-ROM. Hoje, com os avanços da compressão digital, filmesem CD-ROM – acompanhados por recursos multimídia,como anotações, comentários, imagens e trilhas adicionais– já estão virando carne de vaca e prometem ser a grandecoqueluche do próximo Natal nos EUA. Mas, em 1993,isso era novidade.O CD tem mais do que muito macbeatlemaníaco poderiaesperar. Além do filme, acrescido dos 18 minutos recupe-rados em seu relançamento de 1982, há texto de montão(com informações interessantes) e material extra do diretorRichard Lester. Descontando o apelo da presença dosBeatles na atração principal, o mais legal fica com um fil-minho de 11 minutos, de 1959, The Running, Jumping &

Rosa Freitag

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Standing Sti l lFilm, o primeirode Lester, co-escrito com Pe-ter Sel lers. Émudo e tem oestilo que maistarde seria a

marca do Monty Python. Depois de vê-lo, fica fácil notarporque os Beatles gostavam tanto de Lester.A Hard Day’s Night foi feito em HyperCard (uma cópia daversão 2.1 está incluída no CD) e tem uma interface espar-tana. Em um retângulo de 8x6cm no canto superioresquerdo, rolam os filmes QuickTime. O restante da tela éocupado por textos referenciais e anotações, sempre dis-

postos sobreuma imagemgrayscale nofundo. Sim-plicidade, noentanto, nãopode ser con-fundida comacochambra-ção, a inter-face é muitobem feita edá conta dorecado.

XPloraRealworld Multimedia

No coração da roça inglesa, em Bath, o Real WorldStudios funciona como uma “fábrica virtual de multimídiamulticultural”. O namoro de Peter Gabriel com a worldmusic resultou na produção de mais de 50 álbuns de artis-tas do mundo todo. Gabriel, que se auto-denomina “desig-ner de experiências”, fundou a Real World Multimedia eproduziu o XPlora 1: Peter Gabriel’s Secret World com aidéia de “dissolver a barreira entre o artista e o público,transformando-os num elemento único”.Tudo começou há três anos quando Steve Nelson, diretorda Brilliant Media em São Francisco, teve a idéia de pro-

duzir um tra-balho de mú-sica interativo.Como músico,macmaníaco efã, Nelson as-sociou o perfildo público dePeter Gabriela usuários deMac e fez umprotótipo noH y p e r c a r d ,

usando músicas de Gabriel. Entre a Califórnia e a

I n g l a t e r r a ,uma equipede 40 pessoascomposta devideomakers,designers grá-ficos, enge-nheiros de áu-dio, produto-res e programadores se envolveram num desafio de

650Mb que, além de revelaro mundo secreto de Gabriel,apresenta mais de 50 artistasde 18 países. Tudo foi feitousando Quadras 650 e 800.Nelson criou o Digital Mon-tage, um stack de Hypercardque comanda mais de duashoras de vídeos QuickTime e

áudio e cem imagens coloridas. Para a digitalização devídeo, a Super-Mac contribuiucom a placaDigitalFilm e aRadius, com aVideoVision. Foiusado um drivede 1,07Gb daPLI. Edição eefeitos audiovi-suais foram fei-tos com o Ado-be Premiére,VideoFusion, CoSA After Effects e Pro Tools (Digidesign).A interface é consistente e bem bolada. Para cativar os fãsde games, o acesso às áreas mais secretas (backstages,estúdios) só é permitido após encontrar os respectivos

passes numaexp l o ra çãosempre inte-rativa. Quan-do o acesso ép r o i b i d o ,Gabriel apa-rece em Quick-Time dizendo“No way!”. Para explorara vida pes-soal de Ga-

briel, é preciso remontar seu rosto e, então, clicar nosolhos (carreira eprojetos), nariz(por detrás dascenas), ouvidos(música) ou boca(artes). A discogra-

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dos anos 70, pois ele renega totalmen-te seu passado andrógino e apresenta-se como um pós-yuppie blasé, dentrode um prédio de escritórios. Ele dáuma rápida entrevista, apresenta umslideshow contando a produção doúltimo disco e o resto do material são

videoclipes de músicas desse álbum, que devem ser encon-trados em apar-tamentos noprédio em fren-te. Pela primei-ra vez, o mer-chandising foiusado na multi-mídia: num out-door, um cartazda Hewlett-Packard apare-ce enquanto seprocura peloclip de Jump They Say. Os outros clipes aparecem após

alguns cliques nos cenários. Essa intera-tividade é bem fraquinha: apenas fúteisanimações, tipo o sapato que ri, a gui-tarra que toca o riff, a xícara que fume-ga. Bonitinho, mas ordinário. O ponto mais alto desse Jump está nosestúdios. Uma música pode ser remixa-da em 8 canais: 2 guitarras, sopros,baixo, bate-rias, percus-são e 2 vo-cais; o tom(pitch) tam-

bém pode ser alterado. O clipede “Jump They Say” pode serreeditado, com 5 fontes de ima-gens. Para quem nunca pôdeexperimentar Desktop Video, essa é uma ótima chance. Aedição pode ser salva em documentos pequenos (3-5K) eenviada para outros usuários do Jump rodarem o seu“director’s cut”.Jump foi criadocom o Macro-media Director3.1.3 – e quasetudo foi compila-do em código, oque significa queos fuçadores deResEdit não vãoencontrar muitacoisa para se di-vertir. No XPlora,por exemplo, você pode abrir todos os documentos gráfi-cos, som e vídeo e examinar os scripts em HyperTalk. ~

fia completa destaca uma faixa de cada álbum ehá quatro videoclipes do álbum US na íntegra,cujas técnicas de produção são reveladas pelosdiretores. Instrumentos exóticos podem se “toca-dos” clicando o mouse.

Clicando setasem cenas deuma caminha-da pelas de-pendências doReal World,tem-se acessoaos estúdios.O técnico desom convidapara remixar

uma música numa mesa de quatro canais, ajustando-se osvolumes da voz, guitarra, baixo e bateria. Em outra sala,Brian Eno apresenta a jam-session: 49 clipes – cada ummostrando um músico – formando uma videowall e o desa-fio é adivinhar quem está tocandocom quem, selecionando as com-binações corretas. Acertando os49, ganha-se um prêmio fantásti-co! Gabriel mostra como são feitasas transcrições musicais (em Macs,claro!) e seu cachorro, com acâmera no focinho, faz uma tourpelo estúdio de gravação.

JumpION

Jump, o CD-ROM de David Bowie, apresenta muitas he-ranças do cinema e da TV. Acomeçar pelos créditos rolantes,que revelam uma equipe com-posta por 3 programadores, 3editores de vídeo, diretor dearte, 6 produtores de áudio eefeitos sonoros, designers de2D e 3D e mais meia dúziapara a “produção” – quebra-

galhos e pesquisadores de material. Nesse CD-ROM, ovisual, com janelas de vídeo maiores que a do XPlora e o

design, combelas ilustra-ções, superamo conteúdo.Onde foramc o n s u mid o s650 Mb???É uma decep-ção para osfãs do Bowie

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nhuma, apesar das deficiências do

mercado. Para ele, o maior problema

que o Macintosh enfrenta no Brasil é o

total desconhecimento que existe em

relação à plataforma. “A Apple deve-

ria intensificar sua atuação no merca-

do educacional, como é feito nos EUA.

Há uma geração inteira de estudantes

de informática que não têm a menor in-

formação sobre a Apple,

não sabem nem que o

Mac existe. Vender equi-

pamentos com desconto

para universidades e fazer

demonstrações de produ-

tos em escolas e faculda-

des seria uma maneira efi-

caz e barata para difundir

informações sobre o Mac

e aumentar sua penetra-

ção no interior do país.”

Os macmaníacos que mo-

ram longe também recla-

mam, reclamam, recla-

mam. Mas nenhum deles

chega a cogitar a idéia de

trocar seu equipamento

por um PC. Eles sabem

que compraram um pro-

duto de primeira linha e,

consequentemente, exigem

serviços de primeira linha.

A principal reclamação

entre os usuários é em

relação à desinformação

que existe sobre o Mac,

inclusive nas próprias revendas Apple.

Se um usuário não se sente seguro

quando pede orientação a uma reven-

da, imagine como ele se sente quando

lhe entrega seu Mac para ser conserta-

do. Mas se é para esperar iniciativas

filantrópicas de quem está nesse mer-

cado com o simples objetivo de ganhar

dinheiro, é melhor esperar sentado.

Aproveitando a atual onda de reorga-

nização da sociedade civil brasileira e

imbuída de espírito cívico, a MACMA-

NIA abre suas páginas para quem qui-

ser montar um MUG (Macintosh User

Group) em sua cidade ou região. Basta

escrever para a revista dando nome e

(Ler com voz de Zé Bettio, Barros de

Alencar ou qualquer outro radialista

brega, para aumentar o tom nacional

e popular.)

Esta matéria vai procê, querido leitor,

que mora em uma cidade grande e

vive reclamando. Reclama que você e

seu Mac se sentem como uma ilha,

rodeados de pecezistas por todos os

lados. Reclama por não

ter com quem conversar

sobre bombas, conflitos de

Inits e outros assuntos tão

interessantes. Reclama por

não ter onde comprar soft-

ware para Macintosh,

enquanto programinhas

de PC podem ser compra-

dos na banca da esquina.

(Mas, no final das contas,

reclama de barriga cheia.

Imagine o que é ser usuá-

rio de Mac no Piauí. Ou

em Belém do Pará, ou no

interior de Minas. Lugares

onde os mais experientes

“técnicos” de informática

nunca ouviram falar em

Macintosh. “O único con-

tato que temos com usuá-

rios de Mac é quando

aparecem alguns militan-

tes do Greenpeace em

expedição à Amazônia”,

diz Karina Coraini, mac-

maníaca que mora em Be-

lém. “Como o meu interesse é específico

em editoração eletrônica, o intercâm-

bio com a ‘gringaiada’ fica meio restri-

to. Dá pra trocar uns programinhas,

joguinhos, essas coisas, nada mais.”

Karina diz conhecer todos os usuários

de Mac de Belém. Todos os três. Para

dar saída nos trabalhos de DTP que

realiza no Mac, ela envia os arquivos

para um bureau em São Paulo, que

manda de volta os fotolitos, em um

processo que costuma

demo-

rar três ou quatro dias. Resultado: toda

a agilidade que ela ganha com o

Mac ela perde com o “turismo eletrô-

nico” dos quase seis mil quilômetros

que seus trabalhos são obrigados a

viajar. Modem? “Inviável. A ligação

telefônica é muito cara, os arquivos

são grandes e ainda corro o risco de

ter que mandar tudo de novo se a

linha cair no meio do transmissão.”

Mas nem tudo são agruras na vida

dos macmaníacos do agreste. Pablo

Valentini utiliza seu PowerBook 165c

em casa e no seu escritório em Teresi-

na e afirma que nunca teve problemas

e está entusiasmado com a facilidade

de uso do Mac. É verdade que seu

computador ainda está sob a garantia

e ele ainda tem um bom tempo para

torcer que uma revenda Apple se ins-

tale no Piauí.

Paulo Roberto de Souza Lima, de Pas-

sos (MG), é outro que não troca seu

Mac por um PC de ma-

neira ne- endereço (ou caixa postal). Não basta

ser macmaníaco, tem que

participar! ~

OMBUDSMAC

BEM PRA LÁ DO FIM DO MUNDO

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MAC MANIA