c203345

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

REFLEXOtildeES SOBRE A MIacuteDIA O PAPEL DA EDUCACcedilAtildeO NA

FORMACcedilAtildeO DE UM OLHAR CRIacuteTICO

Por Edmilson de Oliveira Sousa

Orientadora

Profordf Adeacutelia Maria Oliveira de Arauacutejo

Rio de Janeiro

2009

2






Apresentaccedilatildeo de Monografia agrave Universidade Candido

Mendes como condiccedilatildeo preacutevia para a conclusatildeo do

Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLatu Sensurdquo em Tecnologia

Educacional


3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus a minha famiacutelia

aos amigos que tanto ajudaram

escutando e apoiando as minhas ideacuteias e

a professora Adeacutelia Maria pela orientaccedilatildeo

na realizaccedilatildeo desse trabalho

4

DEDICATOacuteRIA

Dedico essa monografia aos meus pais e

irmatildeos que sempre me incentivam nos

estudos e acreditam no meu trabalho e

tambeacutem aos amigos que estatildeo sempre

por perto

5

RESUMO

Pensar a tecnologia como um recurso que facilita o trabalho do ser humano

permite-nos empregaacute-la no meio educacional natildeo apenas para aprimorar a praacutetica

de ensino do docente que eacute uma teacutecnica mas tambeacutem para instigar os alunos ao

aprendizado sobre a realidade em que estatildeo inseridos de forma criacutetica e criativa

Ainda mais porque as diferentes tecnologias estatildeo presentes no nosso cotidiano e

que os jovens aprendem com elas mas que muitas vezes satildeo mal aproveitadas

abrindo entatildeo uma brecha para a utilizaccedilatildeo que dos docentes podem fazer a fim

de orientar os jovens a refletir sobre a linguagem e o conteuacutedo que recebem dos

veiacuteculos de divulgaccedilatildeo de mensagens que muitas vezes determinam o

comportamento deles tornando-os passivos no que diz respeito ao consumo e

apaacuteticos quanto agrave realidade em que vivem

No capiacutetulo I O Conteuacutedo Midiaacutetico a abordagem eacute sobre o conteuacutedo e as

estrateacutegias utilizadas pelos veiacuteculos de divulgaccedilatildeo de mensagens para a formaccedilatildeo

de consumidores passivos aleacutem de enriquecer a fantasia das pessoas para

conquistar a felicidade de maneira mais faacutecil possiacutevel No capiacutetulo II Espectadores

Acriacuteticos a ecircnfase eacute dada no poder da imagem sobre o pensamento e no

comportamento das pessoas tornando-as infantis e intolerantes No Capiacutetulo III

Professores Mediadores enfatiza-se a necessidade dos professores estarem

preparados para o uso das diferentes tecnologias na sua praacutetica de ensino e quais

satildeo os instrumentos que podem ser utilizados para a formaccedilatildeo da criatividade e

do olhar criacutetico dos jovens sobre a realidade em que vivem e as imagens que

recebem

Desse modo concluiacutemos que a escola natildeo deve estar simplesmente

voltada para o mercado de trabalho mas tambeacutem para uma alfabetizaccedilatildeo sobre

as imagens aleacutem de permitir que os alunos participem na construccedilatildeo do

conhecimento

6

METODOLOGIA

O desenvolvimento do trabalho seraacute realizado atraveacutes de uma pesquisa de

caraacuteter exploratoacuterio utilizando como ferramenta para coleta de dados e a

explicitaccedilatildeo do assunto os seguintes aspectos

- a leitura preacutevia de artigos livros reportagens e sites que abordam o

assunto

- a delimitaccedilatildeo do assunto tratando-o em linhas gerais

- a seleccedilatildeo de informaccedilotildees e argumentos para sustentaccedilatildeo o assunto

e a sua relevacircncia

- elaboraccedilatildeo do texto monograacutefico

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO ----------------------------------------------------------------------------------- 8

CAPIacuteTULO I

O CONTEUacuteDO MIDIAacuteTICO -------------------------------------------------------------------- 10

CAPIacuteTULO II

ESPECTADORES ACRIacuteTICOS ------------------------------------------------------------- 19

CAPIacuteTULO III

PROFESSORES MEDIADORES ----------------------------------------------------------- 29

CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------ 40

BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------- 42

ANEXO -------------------------------------------------------------------------------------------- 44

IacuteNDICE -------------------------------------------------------------------------------------------- 46

8

INTRODUCcedilAtildeO

A presenccedila de diferentes tecnologias no dia-a-dia dos jovens indica-nos a

relevacircncia de pensar na contribuiccedilatildeo que esses recursos podem trazer para os

educadores ao utilizaacute-los como ferramentas de forma criacutetica e criativa de modo a

contribuir para a formaccedilatildeo de jovens autocircnomos capazes de analisar e escolher

aquilo que veem ao inveacutes de terem o comportamento determinado pela cultura

midiaacutetica

Os estudiosos na aacuterea de tecnologia educacional abrem margens para a

necessidade de incentivar o educador a utilizar as diferentes tecnologias e a

modificar na sua praacutetica de ensino a relaccedilatildeo existente entre os jovens e a

linguagem midiaacutetica de modo a formar jovens que tenham o domiacutenio dessa

linguagem aprimorando sua percepccedilatildeo sobre a realidade e seu desenvolvimento

intelectual

Vemos portanto que apesar da tecnologia servir como ferramenta pelos

docentes na sua praacutetica de ensino eacute certo tambeacutem que o seu uso sem orientaccedilatildeo

natildeo colabora para aproximar os jovens da realidade pelo contraacuterio pode

distanciaacute-los da realidade fiacutesica social e afetiva tornando-os passivos diante dos

fatos individualistas e impacientes devido a facilidade de escolhas que fazem

diante da maacutequina considerando o conteuacutedo que ela oferece e a interatividade que

coloca a disposiccedilatildeo

Aleacutem disso os recursos midiaacuteticos podem determinar o comportamento

das pessoas ao oferecer aquilo que elas desejam ouvir e ver invadindo nossa

9 cultura com muitas imagens e mensagens mais especificamente direcionadas aos

jovens tornando-os muitas vezes infantis e consumidores irreflexivos

Sem condiccedilotildees de analisar o que vecircem e saber o que estaacute por traz da

linguagem midiaacutetica dificilmente podemos dizer que os jovens hoje em dia satildeo

livres pois escolhem ser como todos os outros satildeo e quem escolheu como os

outros satildeo foi a proacutepria miacutedia se por outro lado sabem discernir e verificar o que

eacute vaacutelido para si o que compotildee a sua individualidade entatildeo seratildeo indiviacuteduos

autocircnomos libertando-se das formas de dominaccedilatildeo

Cabe aqui ressaltar que as Novas Tecnologias oferecem informaccedilotildees

relevantes e materiais de alto conteuacutedo que podem ser facilmente difundidos

colaborando para a democratizaccedilatildeo do conhecimento mas que exige pessoas

com capacidade de refletir sobre todo esse material a fim de utilizaacute-lo de modo

apropriado

Nesse contexto entra o papel do docente como mediador no uso desses

instrumentos direcionando essa linguagem midiaacutetica para formar jovens

expectadores ativos capazes de analisar criticamente as imagens as mensagens

as informaccedilotildees e refletir sobre a realidade a fim de modificaacute-la

10

CAPIacuteTULO I

O CONTEUacuteDO MIDIAacuteTICO

Certamente a presenccedila da miacutedia nas vaacuterias esferas da sociedade em casa

no trabalho no transporte nas ruas mostra-se um grande aliado na formaccedilatildeo de

consumidores passivos alimentando o capitalismo que se baseia na produccedilatildeo

circulaccedilatildeo e venda de mercadorias para a obtenccedilatildeo de lucros

A miacutedia ou seja os meios de divulgaccedilatildeo de mensagens como por

exemplo a televisatildeo o raacutedio o outdoor os jornais e revistas podem atingir

atualmente uma grande quantidade de pessoas sendo utilizados como veiacuteculos

para gerar necessidades de consumo aleacutem de formar uma realidade fantasiosa

onde as pessoas natildeo percebem as ideacuteias que recebem como seu comportamento

estaacute sendo orientado e que muitas vezes nem se preocupam com isso mais tatildeo

somente em serem vistos em aparecer revelando um modo de ser efecircmero fuacutetil

e superficial

Esse efeito de superficialidade no modo de ser eacute efeito das mensagens

apresentadas de forma sedutora mostrando o que as pessoas devem valorizar o

que comprar como agir como serem felizes bem sucedidos revelando-se como

extremamente capaz de determinar o comportamento e o pensamento das

pessoas que muitas vezes natildeo possuem capacidade criacutetica de analisar essas

mensagens e sem perceber que associam o consumo ao prazer instantacircneo ao

bem-estar a fama ao status social ou seja a posiccedilatildeo que ocupam na sociedade

devido a possibilidade de aquisiccedilatildeo de um produto

11 ldquoEmbora os apologistas da induacutestria da publicidade

argumentem que a publicidade eacute predominantemente

informativa um exame cuidadoso das revistas da televisatildeo

e de outros anuacutencios imageacuteticos indicam que ela eacute

avassaladoramente persuasiva e simboacutelica e que suas

imagens natildeo apenas tentam vender o produto ao associaacute-lo

com certas qualidades socialmente desejaacuteveis mas que

elas vendem tambeacutem uma visatildeo de mundo um estilo de

vida e um sistema de valor congruentes com o imperativos

do capitalismo de consumordquo (KELLNER 1995 p113)

A influecircncia da miacutedia no comportamento das pessoas eacute facilmente

observado no cotidiano vemos crianccedilas com um telefone celular que tem vaacuterias

miacutedias integradas como se elas realmente precisassem daquilo o tecircnis que todos

sabem que eacute caro mostrando que o seu valor natildeo estaacute no uso que pode ser feito

dele mas na marca no siacutembolo estampado vemos a facilidade com que muitas

pessoas podem comprar um carro novo pelas infinitas prestaccedilotildees isso tudo

associado a constante inovaccedilatildeo do desempenho e o novo desenho dos objetos

As estrateacutegias utilizadas pelas propagandas tambeacutem satildeo facilmente

identificadas como eacute o caso das muacutesicas que facilitam a memorizaccedilatildeo e que

despertam determinadas emoccedilotildees a utilizaccedilatildeo de pessoas conhecidas e bonitas

como por exemplo os artistas normalmente pessoas jovens felizes que se

divertem as mensagens satildeo curtas e objetivas natildeo precisam que as pessoas

pensem muito para entender ou ateacute mesmo fazem com que o telespectador sinta-

se inferiorizado por natildeo ter o produto anunciado como se existisse uma realidade

perfeita da qual eacute preciso fazer parte caso contraacuterio eacute visto como brega antigo

ou infeliz como se a vida natildeo tivesse sentido

12 A miacutedia com seus recursos imageacuteticos cores e sons cria uma realidade

que imita o cotidiano aperfeiccediloando-o isso acontece quando contratam uma bela

atriz para apresentar um shampoo conferindo a ideacuteia de que qualquer mulher ao

consumi-lo ficaraacute igual a ela ou quando associam a cerveja com o veratildeo a praia

o esporte a conquista de mulheres bonitas ou seja satildeo situaccedilotildees que mexem

com a fantasia das pessoas e que surtem efeitos positivos para o sistema

econocircmico porque conseguem convencer as pessoas de que elas realmente

podem estar naquela situaccedilatildeo

ldquoSob os auspiacutecios da perfeiccedilatildeo tecnoloacutegica rendemo-

nos agrave indistinccedilatildeo entre imagem e realidade Impressoras

televisores material esportivo roupas automoacuteveis navios

em cruzeiro ou quaisquer outros produtos absorvem a vida e

o mundo atraveacutes de uma linguagem midiaacutetica que ultrapassa

os respectivos valores de uso Essa esteacutetica que aciona

frequumlentemente imagens de maneiras prazerosas de viver

ou performances bem-sucedidas oferece sexo corpos

bonitos sorrisos radiantes estar agrave vontade no mundo ser

charmoso cativante gostoso lsquoelaboradorsquo e tudo o maisrdquo

(FRIDMAN 2000 p 31-32)

Podemos ressaltar o fato da miacutedia utilizar pessoas selecionadas

aproveitando-se de situaccedilotildees que existem poreacutem elas satildeo reformuladas ganham

um novo contexto como o caso da propaganda do carro de um famoso fabricante

onde quem dirige eacute um jovem cujo destino eacute interrompido pela admiraccedilatildeo de uma

bela moccedila ou da propaganda de um outro carro do mesmo fabricante onde uma

mulher salta de um outdoor para fazecirc-lo companhia haacute ainda uma em que dois

jovens conversando ficam bonitos dentro do carro e feios fora dele Satildeo

propagandas que criam a ilusatildeo de que qualquer um pode estar naquela situaccedilatildeo

13 de que conquistaraacute a moccedila com o carro novo de que seraacute visto admirado ou

amado Essa realidade aperfeiccediloada nos faz lembrar da noccedilatildeo de simulacro

desenvolvida por Jean Baudrillard conforme apresenta Luis Carlos Fridman

ldquoDesse horizonte de percepccedilatildeo surgiu a teoria do simulacro desenvolvida por Jean

Baudrillard que eacute ancorada na ideacuteia de que o real eacute substituiacutedo por imagens e que

o referente vivido desapareceurdquo (FRIDMAN 2000 p28)

Somos constantemente invadidos por mensagens que defendem o corpo

feminino como sendo magro daiacute a necessidade das mulheres consumirem tantos

shakes ao de precisarem esculpir seus corpos com o receacutem lanccedilado aparelho de

ginaacutestica Atraveacutes de um olhar mais atento sobre o conteuacutedo midiaacutetico vemos

como ele estaacute o tempo todo dizendo o que temos que fazer como ser o que

comprar o que valorizar ou seja orientam-nos a dar importacircncia sempre agraves

mercadorias

As telenovelas tambeacutem representam o cotidiano recriando-o e que

influencia as relaccedilotildees sociais assim satildeo as questotildees morais levantadas como eacute o

caso do vilatildeo que muitas vezes se sai bem ao mentir as escolas que mais satildeo um

shopping um local de diversatildeo do que de concentraccedilatildeo aleacutem das conquistas

intrigas do homem que agride a mulher da mulher que trai e precisa do perdatildeo do

homem Vemos tambeacutem muitos preconceitos que podem ser formados como eacute o

caso do negro pobre que fica rico e que toma decisotildees precipitadas sua esposa

tambeacutem negra que para viver num clima europeu pede ao empregado que diminua

a temperatura do ar condicionado aleacutem do poliacutetico negro corrupto ou seja

situaccedilotildees que mostram como um negro natildeo pode ser rico ou poliacutetico porque

necessariamente seraacute orgulhoso e corrupto

14 ldquoO indiviacuteduo vive este simulacro sua vida cotidiana eacute

invadida por imagens de homens poliacuteticos personagens de

novela locutores esportivos e de acontecimentos

importantes que se misturam agraves perspectivas e relaccedilotildees da

vida real muitas vezes fornecendo os conteuacutedos destas

relaccedilotildees outras vezes aliviando tensotildees eludindo os

conflitos no ambiente familiar As pessoas realmente se

envolvem com a trama das novelas tomam partido pelos

heroacuteis torcem por sua vitoacuteria e sofrem com sua dorrdquo

(BELLONI 2005 p64)

Existem imagens que claramente servem para substituir palavras ou seja

as imagens tambeacutem podem ser lidas e satildeo assim valorizadas por exemplo pelos

jornais considerando o puacuteblico ao qual o ele eacute destinado uma linguagem mais

vulgar para aqueles que podem pagar pouco por um jornal que lecircem rapidamente

no ocircnibus ou no trem a caminho do trabalho ou seja para o puacuteblico menos

favorecido financeiramente natildeo importa um artigo criticando a situaccedilatildeo poliacutetica do

paiacutes ou como estaacute a cotaccedilatildeo do doacutelar pelo contraacuterio vemos muitas imagens

faacuteceis de serem lidas muito mais do que textos que por sinal satildeo bem curtos

diferente dos jornais destinados ao puacuteblico com melhor poder aquisitivo onde os

textos satildeo mais extensos e normalmente com uma linguagem mais erudita Aleacutem

disso vemos as notiacutecias expostas como sendo aquelas que algueacutem considerou as

mais relevantes

Isso tudo parece bem oacutebvio quando normalmente natildeo necessariamente

pessoas com baixo poder aquisitivo tem menor grau de instruccedilatildeo coloca-se entatildeo

mais imagens para que ele tenha facilidade em saber o que acontece e textos

curtos com uma linguagem proacutepria do seu cotidiano Poreacutem se pararmos para

analisar tal situaccedilatildeo verificamos que simplificar uma linguagem ou utilizar

15 imagens exageradamenteserve para manter as pessoas na situaccedilatildeo a que

pertence privando-as da possibilidade de entender uma crocircnica bem escrita ou o

texto de um cientista poliacutetico Na verdade ao manterem uma linguagem proacutepria

para um puacuteblico e uma outra linguagem para um outro puacuteblico mais parece

manter a desigualdade social que tanto eacute alvo de estudiosos

11 - A sociedade narcisista O assalto de imagens a que nosso campo visual estaacute sujeito quando

ligamos a televisatildeo abrimos os jornais ou revistas e saiacutemos nas ruas conduz as

pessoas a agirem de uma certa maneira ateacute chegar ao ponto em que as proacuteprias

pessoas passam a cobrar umas das outras um determinado modo de ser e se

vestir de se comportar de falar do que comprar ou seja as imagens expostas

nas publicidades conseguem criar novas relaccedilotildees que satildeo interiorizadas pela

sociedade

Numa sociedade onde datildeo muita importacircncia agrave aparecircncia ao elogio a fama

e a gloacuteria porque eacute assim que a publicidade anuncia o produto ou seja

acompanha o consumo agrave admiraccedilatildeo que conquistaraacute das pessoas haacute evidentes

motivos para que o narcisismo se desenvolva Isso significa que cada vez mais as

pessoas vecircm se tornando vazias extremamente preocupadas com si mesmas

aleacutem de querer chegar a qualquer custo agrave juventude

Quanto a este uacuteltimo aspecto raramente vemos propagandas destinadas a

pessoas idosas pelo contraacuterio normalmente satildeo destinadas aos jovens natildeo soacute

porque ao que parece eacute mais faacutecil de convencecirc-los como tambeacutem pela facilidade

de formar novos viciados em cigarros bebidas ou estar na moda como os

amigos

16

Outro fator relevante que pode ser lembrado para enfatizar a preocupaccedilatildeo

com a juventude e o desprezo pela velhice eacute o da realizaccedilatildeo de cirurgias plaacutesticas

a induacutestria de cosmeacuteticos que fatura milhotildees as dietas que parecem milagrosas

ou seja o padratildeo de beleza eacute imposto e como resultado vemos garotas sofrendo

de anorexia doenccedila que vem matando jovens ou mesmo gerando distuacuterbios

alimentares parecida eacute a influecircncia recebida pelos homens de que seus corpos

precisam ser esculpidos fortes o que levam muitos a passar horas na academia

muitas vezes comprometendo as relaccedilotildees sociais ou mesmo a proacutepria sauacutede

quando utilizam anabolizantes para obter o efeito desejado e imposto de forma

mais raacutepida possiacutevel

ldquoO fantaacutestico mundo de mercadorias ndash a outra faceta do

trabalho industrial robotizado ndash leva o homem agrave submissatildeo

ao lsquosistemarsquo Produccedilatildeo e consumo de massa desencorajam

o espiacuterito de iniciativa e de autoconfianccedila diminuindo a

possibilidade de o indiviacuteduo decidir a partir do seu proacuteprio

julgamento A sociedade organizada estimula a

dependecircncia a passividade o estado de espiacuterito de

espectadorrdquo (BELLONI 2005 p 61)

Na verdade a sociedade sem observar que sua autonomia foi extirpada

age segundo a vontade de um sistema que a todo tempo nas vitrines nos jornais

nas novelas nos filmes alimentam o sistema com a ilusatildeo de prazer momentacircneo

e de felicidade esperar natildeo vale a pena tal como vemos jovens atualmente que

dificilmente pensam em terminar uma faculdade para ter uma casa ou se casar

preferem imediatamente trabalhar para conseguir dinheiro e consumir o que

desejam Facilmente vemos como esses mesmos jovens esperam a facilidade ou

17 seja serem como um jogador de futebol que natildeo precisou estudar para ser feliz

ou ganhar dinheiro aleacutem de ter muitas mulheres e ser famoso fato que mostra

como a perspectiva sobre os estudos a de garantir melhores condiccedilotildees de

conseguir um emprego e de vida digna vem sendo deixada de lado prefere-se

tudo de modo mais raacutepido e mais faacutecil possiacutevel

Na sociedade narcisista tudo eacute vaacutelido para se tornar famoso assim vemos

milhares de pessoas tentando uma vaga para um reality show mesmo sujeitas a

ter a vida intima revelada ou na tentativa de se tornar uma estrela nos palcos

atraveacutes da muacutesica ou mesmo nos programas para conseguir o par perfeito tudo

parece vaacutelido para estar na televisatildeo Conforme apresenta Belloni

ldquoA celebridade eacute um mito tiacutepico das sociedades

contemporacircneas lsquoAparecer na televisatildeorsquo mesmo que seja

para ser humilhado pelo ceacutelebre apresentador ter sua carta

sorteada pelo lsquoBauacute da Felicidadersquo ou pela lsquoXuxarsquo ser

lsquodescobertarsquo por um diretor e virar uma estrela do cinema da

noite para o dia encontrar o priacutencipe encantado que por

amor abriraacute agrave mocinha pobre as portas do mundo radioso

dos personagens ceacutelebres muitas satildeo as formas deste

sonho coletivo continuamente renovado pela televisatildeordquo

(BELLONI 2005 p 63)

Muitas crianccedilas jaacute seguem este caminho vemos as sandaacutelias da ldquoXuxardquo

sendo lanccedilada ou da Ivete Sangalo ou da Sandy isto eacute ateacute as crianccedilas jaacute satildeo

orientadas a gostar e preferir vestir-se de tal maneira de modo que jaacute comeccedilam a

exigir um tipo de roupa dos pais deixando de lado muitas vezes a proacutepria infacircncia

para comportarem-se como pequenos adultos

18 Com todo esse cenaacuterio onde vemos a miacutedia inventar novos valores e onde

as pessoas passam a mudar e a exigir de si e dos outros natildeo haacute uma necessidade

de formar pessoas criacuteticas Seraacute que haacute escolha quando as pessoas interiorizam

os padrotildees apresentados natildeo percebendo quais satildeo os objetivos de tantas

imagens que adentram o nosso campo visual Pode-se falar de autonomia

quando uns cobram dos outros determinados modos de ser Eacute a televisatildeo que

tem a funccedilatildeo de formar pessoas criacuteticas ou ela soacute estaacute fazendo o papel de

informar

Eacute preciso pensar na necessidade de formar pessoas capazes de escolher

mas que para isso sejam antes capazes de analisar o que vecircem o que exige

instruccedilatildeo ou seja ser alfabetizado para ler criticamente o que recebe deixando

de lado a ingenuidade de que as coisas satildeo como satildeo por acaso

No entanto antes de investigar como a miacutedia pode ser utilizada como

meios para formaccedilatildeo de telespectadores criacuteticos por exemplo veremos que

outros efeitos a miacutedia gera nas pessoas como por exemplo a intoleracircncia e como

isso repercute na sala de aula Por outro lado a interatividade pode ser um grande

aliado para tirar as pessoas da passividade e incentivaacute-las a utilizar a criatividade

19

CAPIacuteTULO II

ESPECTADORES ACRIacuteTICOS

Vimos como o conteuacutedo midiaacutetico pode orientar o comportamento das

pessoas trazendo mudanccedilas nos padrotildees de consumo mas cabe-nos tambeacutem

compreender que outras atitudes satildeo comprometidas no dia-a-dia das pessoas

como eacute o caso da concentraccedilatildeo da toleracircncia e da participaccedilatildeo devido ao uso da

televisatildeo do computador e de outros aparelhos com vaacuterias miacutedias integradas

Afinal de contas as Novas Tecnologias da Comunicaccedilatildeo e Informaccedilatildeo aprimoram

a percepccedilatildeo tornam as pessoas mais atentas ou mais intolerantes pelas vaacuterias

possibilidades de escolhas que permitem que o espectador faccedila

21 - A cultura oral impressa e imageacutetica

Estudiosos apontam como numa eacutepoca de tradiccedilatildeo oral a narrativa exigia

atenccedilatildeo do espectador e principalmente sua capacidade de interpretar o que

estava sendo contado pelo narrador Este por sua vez fazia uso de gestos e

tambeacutem da experiecircncia proacutepria ao manter vivo os acontecimentos passados na

memoacuteria do povo que tinha a oportunidade de imaginar espantar-se admirar-se e

aprender com os acontecimentos passados aleacutem de ouvir a histoacuteria na companhia

de outras pessoas e natildeo sozinho

Com o advento da imprensa na Idade Moderna verifica-se a decadecircncia da

narrativa a sua autenticidade presente no testemunho histoacuterico por parte do

narrador que lhe conferia realidade foi substituiacuteda pelo romance pela

dependecircncia do livro pelo leitor solitaacuterio em busca do sentido da vida aleacutem disso

20 com o surgimento da imprensa a escrita e a informaccedilatildeo passaram a ser

valorizadas e no caso da informaccedilatildeo a explicaccedilatildeo que exige o momento

presente a coerecircncia a prova

ldquoA notiacutecia que vinha da distacircncia ndash fosse ela a distacircncia

espacial de terras estranhas ou a temporal da tradiccedilatildeo ndash

dispunha de uma autoridade que lhe conferia validade

mesmo nos casos onde natildeo era submetida a controle A

informaccedilatildeo poreacutem coloca a exigecircncia de pronta

verificabilidade O que nela adquire primazia eacute o fato de ser

lsquointeligiacutevel por si mesmarsquo Frequumlentemente ela natildeo eacute mais

exata do que fora a notiacutecia a seacuteculos precedentes Mas ao

passo que esta gostava de recorrer ao milagre eacute

indispensaacutevel agrave informaccedilatildeo que soe plausiacutevel Com isso ela

mostra ser incompatiacutevel com o espiacuterito da narrativardquo

(BENJAMIM 1983 p 61)

Eacute verdade entatildeo que com o surgimento da imprensa a atenccedilatildeo voltou-se

para os fatos presentes e natildeo tanto para os relatos histoacutericos ou seja quebrou-se

o caraacuteter narrativo de uso da memoacuteria da recriaccedilatildeo e principalmente da

interpretaccedilatildeo do ouvinte conforme o seu entendimento

ldquoCada manhatilde nos informa sobre as novidades do universo

No entanto somos pobres em histoacuterias notaacuteveis Isso ocorre

porque natildeo chega ateacute noacutes nenhum fato que natildeo tenha sido

impregnado de explicaccedilotildees Em outras palavras quase mais

nada do que acontece beneficia a narrativa tudo reverte em

proveito da informaccedilatildeordquo (BENJAMIN 1983 p 61)

21

Natildeo podemos negar que tanto no ato de ouvir uma histoacuteria como no de ler

um livro observamos a concentraccedilatildeo e a interpretaccedilatildeo a capacidade de fantasiar

tal como eacute por exemplo o que acontece ao apreciar uma pintura algo que exige

contemplaccedilatildeo e paciecircncia entretanto quando lembramos da cultura invadida por

imagens uma cultura destinada agrave massa como eacute o caso por exemplo do cinema

jaacute observamos o encadeamento de imagens que modifica a nossa percepccedilatildeo

porque consegue apreender a realidade de forma a surpreender o espectador

apreensatildeo tatildeo clara que natildeo eacute vista quando lemos um livro quando

contemplamos uma pintura ou ouvimos uma histoacuteria

ldquoAlargando o mundo dos objetos dos quais tomamos

conhecimento tanto no sentido visual como no auditivo o

cinema acarretou em consequecircncia um aprofundamento da

percepccedilatildeo E eacute em decorrecircncia disso que as suas

realizaccedilotildees podem ser analisadas de forma bem mais exata

e com nuacutemero bem maior de perspectivas do que aquelas

oferecidas pelo teatro ou pintura Com relaccedilatildeo a pintura a

superioridade do cinema se justifica naquilo que lhe permite

melhor analisar o conteuacutedo dos filmes e pelo fato de fornece

ele assim um levantamento da realidade

incomparavelmente mais precisordquo (BENJAMIN 1983 p 22)

A imagem mostra entatildeo como accedilotildees pouco percebidas pelo olhar das

pessoas no cotidiano passaram a ser vistas como o proacuteprio olhar a expressatildeo

facial pelos cortes de imagens e isolamentos que o recurso teacutecnico

cinematograacutefico pode fazer

22 Poreacutem apesar do cinema exigir nossa atenccedilatildeo devido as constantes

imagens isoladas e que satildeo sequumlenciadas natildeo nos daacute condiccedilotildees de fixarmos o

olhar tal como eacute possiacutevel na contemplaccedilatildeo de uma pintura mas simplesmente em

estarmos atentos para natildeo perdemos o meado da histoacuteria aleacutem disso as imagens

em movimento natildeo exigem e natildeo permitem que o espectador as interprete ou

seja as imagens captam tatildeo claramente a realidade que substituem o

pensamento natildeo eacute mais preciso pensar tudo jaacute estaacute dado

Outro aspecto que pode ser lembrado e que acompanha o cinema eacute o da

diversatildeo pois a sonoridade os diferentes ambientes os cortes contiacutenuos a

seleccedilatildeo de imagens e a velocidade na apresentaccedilatildeo delas acabam invadindo o

espectador aiacute eacute que estaacute ao que parece um dos fatores de maior diferenccedila entre

o cinema e a pintura pois segundo Benjamim ldquoaquele que se concentra diante de

uma obra de arte mergulha dentro dela Pelo contraacuterio o caso da diversatildeo eacute a

obra de arte que penetra na massardquo (BENJAMIN 1983 p 26)

Apesar das imagens serem apresentadas em sequecircncia e numa

determinada velocidade exigindo que a percepccedilatildeo esteja atenta faz parte desse

cenaacuterio de divertimento a distraccedilatildeo do espectador porque ele natildeo consegue ir a

fundo numa imagem para pensaacute-la

Conforme o que eacute apresentado por Walter Benjamin (1983) quanto ao

cinema podemos compreender como a televisatildeo hoje em cada lar colabora para

esse comodismo no que diz respeito agrave interpretaccedilatildeo e a concentraccedilatildeo ou seja as

imagens os sons principalmente tambeacutem devido aos intervalos comerciais que

duram pouco tempo associados a produtos que prometem resultados raacutepidos e

eficientes acabam fazendo com que as pessoas natildeo queiram esperar por muito

tempo o outro capiacutetulo da novela ou do filme

23

O resultado disso eacute o de jovens que preferem ver um documentaacuterio na

televisatildeo ou a um filme sobre um livro do que ler sobre o proacuteprio assunto ou seja

a imagem ganhou dimensotildees imensas nas exigecircncias para se interessar por algo

ou que facilite o exerciacutecio do raciociacutenio tal como eacute por exemplo mais faacutecil assistir

a um filme dublado do que legendado isto eacute que tudo jaacute tenha sido pensado

imaginado interpretado traduzido

Dessa forma passamos a viver numa sociedade onde a concentraccedilatildeo e a

toleracircncia foram substituiacutedas pela dispersatildeo e intoleracircncia assim atualmente um

adulto ou um jovem que utiliza o controle remoto para escolher o programa que

mais lhe agrada dentre os vaacuterios canais ou entatildeo que pode escolher a muacutesica ao

mudar a estaccedilatildeo do raacutedio ou apagar a foto na cacircmera digital que ficou distorcia

estaacute a todo tempo escolhendo o que agrada ao seu ouvido e agrave sua visatildeo

Conforme apresenta Marilena Chauiacute

ldquoVale a pena tambeacutem mencionar dois outros efeitos que a

miacutedia produz em nossas mentes a dispersatildeo e a

infantilizaccedilatildeo

Para atender aos interesses econocircmicos dos

patrocinadores a miacutedia divide a programaccedilatildeo em blocos

que duram de sete a dez minutos cada bloco sendo

interrompido pelos comerciais Essa divisatildeo do tempo nos

leva a concentrar a atenccedilatildeo durante os sete ou dez minutos

de programa e a desconcentra-la durante as pausas para a

publicidade

Pouco a pouco isso se torna um haacutebito Artistas de

teatro afirmam que durante um espetaacuteculo sentem o

24 puacuteblico ficar desatento a cada sete minutos Professores

observam que seus alunos perdem a atenccedilatildeo a cada dez

minutos e soacute voltam a se concentrar apoacutes uma pausa que

datildeo a si mesmos como se dividissem a aula em lsquoprogramarsquo

e lsquocomercialrsquo

Ora um dos resultados dessa mudanccedila mental

transparece quando crianccedila e jovem tentam ler um livro natildeo

conseguem ler mais do que sete a dez minutos de cada vez

natildeo conseguem suportar a ausecircncia de imagens e

ilustraccedilotildees no texto natildeo suportam a ideacuteia de precisar ler lsquoum

livro inteirorsquo A atenccedilatildeo e a concentraccedilatildeo a capacidade de

abstraccedilatildeo intelectual e de exerciacutecio do pensamento foram

destruiacutedas Como esperar que possam desejar e interessar-

se pelas obras de arte e de pensamentordquo

(CHAUIacute 1995 p 332)

Muitos estudiosos apresentam que esses efeitos que a miacutedia gera nas

pessoas prejudicam a capacidade de anaacutelise criacutetica e tambeacutem de desenvolvimento

da escrita por parte principalmente dos jovens ou seja vemos que tal como houve

uma passagem de uma cultura pautada na oralidade para uma cultura do

impresso haacute uma passagem da cultura impressa para a cultura da imagem

Ademais eacute possiacutevel analisar como essas imagens fragmentadas sobre o contexto

tambeacutem danifica a compreensatildeo histoacuterica dos fatos ou ateacute mesmo gera uma crise

de valores na sociedade pois muitas accedilotildees vistas como importantes para o bom

conviacutevio social haacute algum tempo atraacutes os valores fixos do passado jaacute natildeo satildeo

mais reconhecidos como vaacutelidos pelos jovens de hoje Esse fato ao que parece

tambeacutem pode estar associado a falta de muitos valores e normas de conduta no

uso da rede internacional de computadores porque cada um pode se apresentar

25 da maneira que quiser num chat como tambeacutem postar o que quiser e acessar o

somente o que daacute prazer

22 ndash A interatividade

A interatividade disponiacutevel nas Novas Tecnologias da Informaccedilatildeo e

Comunicaccedilatildeo apesar de ser defendida como aquela que tira o espectador da

passividade tambeacutem pode ser analisada como um fator que permite a escolha

constante daquilo que agrada ao espectador principalmente quando se trata de

diversatildeo ou seja escolhe-se o que gera prazer conforme jaacute foi apresentado eacute a

muacutesica gravada no MP3 a paacutegina da Internet mais bem ilustrada e com jogos a

TV a cabo que disponibiliza vaacuterios canais e que sabem do que o telespectador

gosta ateacute mesmo porque a proacutepria interatividade permite que os produtores do

conteuacutedo das diferentes miacutedias recebam uma resposta por parte dos

consumidores

Dessa forma cada vez mais oferecem uma programaccedilatildeo que atende aos

interesses e prazeres dos espectadores e recebem uma resposta para isso a fim

de aprimorar o proacuteprio conteuacutedo cumprindo com as exigecircncias dos consumidores

Assim os sites de busca podem ou ateacute mesmo outros mecanismos da rede

mundial de computadores criar um perfil sobre as pessoas sabendo o que elas

desejam para que o mesmo seja oferecido ou seja observamos claramente um

controle sobre a sociedade a perda da privacidade e perda da autonomia

ldquo Bancos de dados que centralizam desde o coacutedigo geneacutetico

agrave histoacuteria meacutedica de cada um leis que obrigam os

provedores da Internet a guardar coacutepias de todos os e-mails

26 cacircmeras que registram passo a passo no trabalho nas ruas

ou lojas sistemas de rastreamento dos movimentos dos

usuaacuterios de Internet cartotildees de creacutedito que jaacute permitem a

reconstruccedilatildeo de todos os gastos interesses e de movimento

pessoal (jaacute que na sociedade moderna consumirpagar

permeia praticamente cada ato social) o uso de sistemas

eletrocircnicos para pagamento de pedaacutegio telefones celulares

com cacircmeras e GPS novos recursos de reconhecimento

biomeacutetricos e no futuro natildeo distante o implante no corpo de

microships com funccedilotildees meacutedicas ou natildeo convergem no

sentido de destruir a noccedilatildeo de privacidade e constituem um

enorme potencial de controle social e destruiccedilatildeo da

liberdaderdquo (SORJ 2003 p 57)

Natildeo eacute por menos a necessidade de se formar pessoas capazes de tambeacutem

saber analisar os conteuacutedos presentes na Internet visto que a falta de criteacuterios na

busca por um assunto faz com que muitas vezes as pessoas acessem um

conteuacutedo de baixa qualidade aleacutem de agir mecanicamente recortando e colando

tal como muitos jovens fazem pois afinal de contas jaacute existem em muitos casos a

dificuldade de interpretar um texto e transcrever isso para o papel procura-se

entatildeo o mais faacutecil ou seja recortar e colar

ldquoA informaccedilatildeo de baixo conteuacutedo se refere a um fato cuja

compreensatildeo eacute mecacircnica natildeo exige nenhum treinamento

intelectual especiacutefico e se esgota na sua funccedilatildeo imediata

(por exemplo encontrar o nome de uma rua uma imagem

pornograacutefica um saldo bancaacuterio ou fazer uma compra) Na

informaccedilatildeo de alto conteuacutedo seu valor depende da

capacidade de anaacutelise do usuaacuterio e que depois de

27 integrada afeta a sua competecircncia e capacitaccedilatildeo

intelectual Como veremos a capacitaccedilatildeo intelectual preacutevia

do usuaacuterio eacute determinante na transformaccedilatildeo da Internet num

potenciador da cultura e da criatividade socialrdquo

(SORJ 2003 P 43)

Eacute verdade tambeacutem que devido as Novas Tecnologias passamos a ser

invadidos por muitas informaccedilotildees ao mesmo tempo foi-se a eacutepoca em que

quando saiacuteamos de casa natildeo precisaacutevamos atender a um telefone na rua algo

que pode mudar o nosso rumo hoje em dia Percebemos como o nosso lar se

tornou uma extensatildeo do trabalho devido ao computador ligado o telefone

tocando e-mails sendo enviados e recebidos revistas jornais raacutedio todos esses

aparatos tecnoloacutegicos que facilitam a comunicaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo da informaccedilatildeo

fazem com que tenhamos que dar atenccedilatildeo a vaacuterias coisas ao mesmo tempo mas

que natildeo permitem uma concentraccedilatildeo exata sobre uma uacutenica coisa e como

resultado vemos pessoas sobrecarregadas de tarefas cansadas estressadas

intolerantes

Como estamos em contato com muita informaccedilatildeo cria-se tambeacutem uma

exigecircncia de estar atualizado de ser flexiacutevel agraves mudanccedilas e de se adaptar agraves

necessidades poreacutem eacute possiacutevel perguntar O que fazer com tanta informaccedilatildeo

Podemos gerenciar toda informaccedilatildeo que recebemos Isso natildeo sobrecarrega o

ceacuterebro

ldquoOs especialistas depois confirmaram em estudos

sucessivos que depois de um indiviacuteduo ser interrompido ou

alternar-se entre diferentes accedilotildees tem sempre mais

dificuldade de recuperar a concentraccedilatildeo na tarefa anterior

28 De acordo com um estudo realizado pela Universidade de

Michigan a interrupccedilatildeo constante diminui em ateacute 40 a

eficiecircncia dos profissionais Em alguns casos pode ateacute

causar uma espeacutecie de cegueira momentacircneardquo

(ARANHA 2006 p 56)

A tecnologia que existe para aprimorar os equipamentos e facilitar o

trabalho na verdade estaacute lanccedilando as pessoas para novas atividades que antes

natildeo executavam pelo menos natildeo ao mesmo tempo em que uma outra atividade

estava sendo realizada

A interatividade e a variedade de conteuacutedos que seduzem o olhar estatildeo

tornando as pessoas impacientes as propagandas que tanto associam o produto

agrave felicidade e agrave facilidade de consumo estatildeo gerando adultos infantis Os vaacuterios

aparelhos eletrocircnicos utilizados ao mesmo tempo estatildeo estressando as pessoas

Poreacutem eacute verdade que podemos ver o outro lado da questatildeo ou seja de

que forma as Novas Tecnologias da Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo podem ser

utilizadas como ferramentas de aprendizado ou como o conteuacutedo midiaacutetico pode

ser utilizado por profissionais preparados para tornar pessoas com capacidade

criacutetica de analisar aquilo que recebem a fim de serem pessoas autocircnomas e com

condiccedilotildees de fazer escolhas conscientes Como formar espectadores criacuteticos

29

CAPIacuteTULO III

PROFESSORES MEDIADORES

Conscientes de que a miacutedia estaacute presente no cotidiano das pessoas e que

muitas vezes determinam o comportamento delas aleacutem de comprometer algumas

habilidades como a concentraccedilatildeo por exemplo faz-se necessaacuterio pensar de que

forma as tecnologias podem servir de ferramentas para formar principalmente

jovens criacuteticos capazes de serem autocircnomos e natildeo alienados

Belloni (2005) ao questionar a relaccedilatildeo entre os jovens e a miacutedia constata

que muitas crianccedilas e jovens natildeo estatildeo preparados para refletir e criticar as

mensagens apresentadas pela televisatildeo conseguindo entatildeo convencecirc-los a

consumir passivamente Enfatiza tambeacutem que mesmo aqueles que pertencem a

uma classe social mais favorecida natildeo tecircm desenvolvido condiccedilotildees de utilizar os

instrumentos tecnoloacutegicos de forma vantajosa pelo contraacuterio os efeitos satildeo

muitas vezes ateacute negativos pois compromete o desenvolvimento afetivo social e

intelectual

Apesar de estudiosos observarem que os aparatos tecnoloacutegicos estatildeo

comprometendo muitas vezes o aprendizado de conhecimento pelos jovens como

a compreensatildeo e a redaccedilatildeo de textos a soluccedilatildeo natildeo eacute a de proibi-los de utilizar o

computador o videogame a televisatildeo o celular mas de orientaacute-los como eacute o

caso de selecionar os jogos do videogame o horaacuterio de ficar na frente da tv pois

caso contraacuterio ao passarem muito tempo na frente da tv nas salas de bate papo

ou utilizando o videogame podem ficar viciados prejudicando a sauacutede e as

relaccedilotildees sociais pelo menos

30 Podemos tambeacutem acrescentar como o exagero nas relaccedilotildees sociais

estabelecidas na Internet por exemplo faz com que os jovens fiquem isolados

entre si perdendo o contato muitas vezes com os adultos comprometendo a

formaccedilatildeo de sua maturidade da responsabilidade o diaacutelogo aguccedilando ainda a

ansiedade que sentem pelo desejo de receberem mensagens dos amigos atraveacutes

do celular do e-mail ou pelo Orkut conforme apresenta o educador Bauerlein

(2008)

ldquo Os jovens precisam conviver com os adultos

precisam conversar com quem tem mais experiecircncia que

eles Isso os ajuda a amadurecer Ironicamente os garotos

natildeo parecem gostar de viver desse jeito A primeira coisa

que fazem quando saem da aula eacute ligar o celular e ver se

receberam alguma mensagem Basta olhar a cara deles

para notar que natildeo estatildeo felizes parecem apreensivos

como que pensandorsquoE se ningueacutem tiver escrito para mimrsquordquo

(BAUERLEIN 2008 p 114)

Entretanto natildeo cabe apenas aos pais a funccedilatildeo de orientar seus filhos no

uso das tecnologias a escola atualmente deve ser vista como um meio social que

prepara os jovens natildeo apenas para o mercado de trabalho mas tambeacutem para a

sua emancipaccedilatildeo aproveitando ateacute mesmo o que eles sabem ao manusearem as

tecnologias que possuem ou seja muitos sabem utilizar o computador a Internet

gravar um viacutedeo fotografar habilidades que servem para produzir algo que tenha

significado para eles e que aprendam de forma luacutedica um conteuacutedo miacutenimo para

argumentar escrever criticar opinar e ter a compreensatildeo da realidade em que

vivem ao inveacutes de ficarem a margem dos fatos histoacutericos das decisotildees poliacuteticas

das razotildees dos problemas sociais ou seja de serem apaacuteticos

31

31 ndash A escola e a accedilatildeo do docente

Segundo Belloni (2005) o avanccedilo tecnoloacutegico a que os jovens tecircm contato

natildeo pode ser ignorado pela escola a ponto dela ficar para traacutes pelo contraacuterio eacute

possiacutevel que os docentes venham utilizaacute-las de forma criacutetica e criativa

contribuindo com o aprendizado dos alunos e ateacute mesmo pela capacidade

cognitiva e perceptiva que as novas tecnologias desenvolvem neles

Essa inserccedilatildeo das Novas Tecnologias na escola exige a formaccedilatildeo de

professores o acesso a equipamentos materiais didaacuteticos e tambeacutem criatividade

ou seja natildeo adianta inserir novos equipamentos na sala de aula utilizando

meacutetodos antigos

Para Jacquinot (1998) a escola ainda no seacuteculo XXI funciona no ritmo da

maacutequina a vapor o que pode ser feito eacute um confronto entre a escola tradicional e

a apropriaccedilatildeo da cultura mediaacutetica dos alunos para que a educaccedilatildeo promova ao

mesmo tempo um espiacuterito criacutetico no cidadatildeo Aleacutem disso a escola pode ser

aproximada dos meios e um dos fatores que facilita isso eacute o fato dos alunos

aprenderem com eles algo que natildeo pode ser ignorado ademais o que se aprende

na escola pode ajudar a compreender os meios e vice-versa Se os alunos

demonstram adquirir conhecimento pelos meios eles entatildeo podem ser utilizados

na escola para que os alunos participem na construccedilatildeo do conhecimento

apresentam-se dessa forma de modo ativo participativo e natildeo mais passivo diante

do professor que detecircm o conhecimento como caracteriza a escola tradicional

Para tanto eacute preciso do que Jacquinot (1998) chama de educomunicador

ou seja eacute aquele que utiliza diversos meios na sua praacutetica de ensino natildeo eacute um

32 professor que ensina como utilizaacute-los O educomunicador ainda natildeo eacute aquele que

acumula conhecimento mas que se serve dos conhecimentos para construir uma

certa representaccedilatildeo do mundo foca-se na interpretaccedilatildeo e construccedilatildeo do

conhecimento e natildeo na sua transmissatildeo Desse modo a formaccedilatildeo contiacutenua dos

professores eacute indispensaacutevel para que a educaccedilatildeo para os meios seja um

componente de toda educaccedilatildeo

Uma experiecircncia realizada por Belloni (2005) chamada de ldquoPrograma

Formaccedilatildeo do Telespectadorrdquo a fim de preparar jovens para uma visatildeo criacutetica sobre

a linguagem televisiva mostrou como eacute possiacutevel atrair a atenccedilatildeo deles e a

necessidade da formaccedilatildeo do professor

ldquoAs primeiras experiecircncias de utilizaccedilatildeo do Programa

revelaram que nosso otimismo eacute vaacutelido quanto agrave primeira

hipoacutetese sempre que a experiecircncia foi realizada com um

miacutenimo de qualidade os alunos mostraram-se interessados

e responderam positivamente ao apelo do Programa

exercendo sua capacidade criacutetica participando ativamente e

demandando a continuidade do trabalho

A segunda hipoacutetese poreacutem foi totalmente desmentida

pela dura realidade do trabalho docente na escola puacuteblica

brasileira as experiecircncias que funcionaram foram aquelas

organizadas de cima para baixo com preparaccedilatildeo preacutevia dos

professores envolvidos A simples existecircncia do material e

do equipamento na escola natildeo parece ser suficiente para

que o professor tome a iniciativa de integrar um novo tema e

um material inovador em sua praacutetica pedagoacutegica cotidiana

ainda que este material seja de boa qualidade e

33 corresponda aos interesses dos alunos e mesmo agraves

preocupaccedilotildees do professorrdquo (BELLONI 2005 p 70)

Uma das possibilidades levantadas para o despreparo de muitos

professores de integrar as tecnologias disponiacuteveis na sua praacutetica de ensino estaacute

na proacutepria formaccedilatildeo do professor como podemos pensar na acomodaccedilatildeo agraves

antigas teacutecnicas de ensino e aprendizagem

32 ndash Os instrumentos de aprendizagem

Voltamos a abordar a interatividade ela foi apresentada aqui como recurso

que pode tornar as pessoas bastante intolerantes e dispersas por outro lado bem

orientado o jovem ao interagir com a maacutequina ao escolher o conteuacutedo haacute

tambeacutem a possibilidade deste ser construiacutedo fazendo com que ocorra uma

passagem da passividade para a participaccedilatildeo colaborando para a formaccedilatildeo de

sua autonomia

O computador por exemplo que agrega vaacuterias miacutedias conectado a rede

mundial de computadores Internet pode ser considerado um excelente

mecanismo de uso dos professores ao orientar os alunos agrave construccedilatildeo do

conhecimento como eacute o caso da criaccedilatildeo de um blog onde comentaacuterios podem

ser feitos sobre o conteuacutedo existente de foacuteruns de comunidades para discussatildeo

de assuntos afins sobretudo dos sites de colaboraccedilatildeo na postagem textos que

podem ser modificados e aprimorados aleacutem de viacutedeos e fotos

Quanto a esse aspecto Pierre Leacutevy (1999) apresenta por exemplo que as

ldquocomunidades virtuaisrdquo desenvolvidas atraveacutes do uso da Internet satildeo construiacutedas

34 segundo interesses afins possibilitando o contato entre grupos a troca de

conhecimentos os laccedilos sociais a aprendizagem de modo cooperativo desse

modo um texto natildeo estaacute disponiacutevel muitas vezes somente para a leitura mas ao

convidar o leitor a participar da sua construccedilatildeo incentiva tambeacutem a escrita

Outro exemplo de interatividade presente no uso da Internet estaacute no uso do

hipertexto ou seja a conexatildeo de um texto com vaacuterios outros textos onde o leitor

pode escolher a sua trajetoacuteria de leitura caracterizando uma leitura natildeo-linear

tambeacutem porque disponibiliza vaacuterias possibilidades de consultas a diferentes

informaccedilotildees que abrange natildeo soacute textos mas tambeacutem fotos viacutedeos imagens e

outros sites de assuntos relacionados

ldquoE em rede (Internet) a disposiccedilatildeo de processamento

hipertextual do computador permite ao usuaacuterio muacuteltiplas

recorrecircncias e navegaccedilotildees permite-lhe selecionar receber

tratar e enviar qualquer tipo de informaccedilatildeo desde seu

terminal para qualquer outro ponto da rederdquo

(SILVA 2006 p 14)

As pesquisas realizadas nos sites de busca tambeacutem devem ser orientadas

ou seja muitas vezes os jovens natildeo lecircem ou analisam o conteuacutedo proveniente do

resultado da busca poreacutem a Internet disponibiliza um vasto conteuacutedo antes

inacessiacutevel ou de difiacutecil acesso onde era preciso que muitas pessoas se

deslocassem ateacute uma biblioteca Atualmente sites podem ser sugeridos pelo

docente o material acessado pode ser visto e revisto referecircncias analisadas e

mesmo utilizadas na construccedilatildeo de textos pelos jovens

35 Entretando ainda que a era digital esteja presente a Internet natildeo invalida

outros recursos que doravante dominaram a divulgaccedilatildeo da informaccedilatildeo como eacute o

caso dos jornais e o raacutedio por exemplo para serem utilizados na praacutetica de

ensino como tambeacutem as revistas a fotografia os livros que satildeo considerados

tecnologias

No caso dos jornais e revistas eles funcionam como ferramentas de

aprendizado em sala de aula devido ao esclarecimento que o docente pode

realizar acerca das diferentes linguagens utilizadas e o puacuteblico a que satildeo

destinados tal como pode ser questionado se essas diferenccedilas reproduzem ou

natildeo a desigualdade social

Os artigos as charges as crocircnicas os fatos abordados podem ser

trabalhos com os alunos sob um olhar criacutetico a fim de compreenderem esses fatos

a que estatildeo se referindo o que permite que os alunos tambeacutem percebam em que

realidade eles mesmos estatildeo inseridos

Ademais sabendo como um jornal eacute elaborado os alunos podem criar um

jornal de circulaccedilatildeo na escola e na comunidade local com artigos produzidos por

eles mesmos sobre assuntos de interesse comum ou particular incentivando a

participaccedilatildeo a criatividade a leitura e a redaccedilatildeo

ldquoA realizaccedilatildeo da proposta de construccedilatildeo de um jornal

permite que cada grupo execute atividades diferentes ao

mesmo tempo O jornal eacute um excelente recurso para

socializar as informaccedilotildees pesquisadas e coletadas ao longo

do processo cada parte do jornal ou cada texto feito eacute

original pois supotildee-se que seja construiacutedo pelo aluno a

36 partir das informaccedilotildees coletadas Fazer um jornal na escola

eacute um trabalho interessante envolvente que exige

organizaccedilatildeo pelo aluno da mateacuteria obtida domiacutenio de

diversas ferramentas (editor de textos navegaccedilatildeo na

Internet uso de e-mail ferramentas de editoraccedilatildeo do jornal

manuseio de figuras) e envolve um extenso processo de

pesquisa na Internet e nos meios convencionaisrdquo

(MEC ndash Miacutedias na Educaccedilatildeo 2008)

A raacutedio na escola eacute uma outra estrateacutegia a criatividade um projeto que

direciona um grupo de alunos a ficarem responsaacuteveis por criar um conteuacutedo a ver

divulgado aleacutem de valorizar as pesquisas realizadas por eles proporciona a

criaccedilatildeo de paroacutedias poesias de uma novela radiofocircnica a realizaccedilatildeo de

entrevistas a produccedilatildeo de vinhetas pausas comerciais e a divulgaccedilatildeo de

informaccedilotildees internas de interesse dos alunos

Uma raacutedio escolar mobiliza natildeo soacute os alunos a se organizarem para

produzir um material mas os capacita na aquisiccedilatildeo de conhecimento teacutecnico

sobre funcionamento de uma raacutedio

Aleacutem da raacutedio e dos jornais lembremos que a fotografia representa um

excelente recurso didaacutetico a ser utilizado na praacutetica de ensino pelo professor sobre

temas diversos natildeo soacute pelo seu caraacuteter ilustrativo algo que facilita a

memorizaccedilatildeo a apreensatildeo com bastante realismo de um fato mas tambeacutem pelos

recursos tecnoloacutegicos disponiacuteveis hoje em dia e que ateacute mesmo muitos alunos tecircm

acesso como eacute o caso da cacircmera digital e de muitos aparelhos celulares que

possuem essa miacutedia integrada

37 Dessa modo uma fotografia pode ser selecionada pelo docente como por

exemplo uma imagem de jovens sendo submetidos ao trabalho forccedilado a fim de

fazer referecircncia e analisar criticamente a escravidatildeo presente no seacuteculo XXI como

tambeacutem o desrespeito agraves leis trabalhista a que muitos cidadatildeos estatildeo sujeitos

Outra estrateacutegia quanto ao uso de fotografias seria os proacuteprios alunos

fotografarem situaccedilotildees que revelam o respeito eou desrespeito aos direitos

humanos uma forma de trabalhar a teoria com a praacutetica desenvolvendo neles um

senso criacutetico sobre a realidade social

Esse material produzido pode ser exposto em forma de cartazes na escola

ou postados num blog podem criar uma fotonovela histoacuterias em quadrinho uma

charge que podem ateacute mesmo servir de base para um debate uma discussatildeo

orientada pelo docente em que os alunos venham a opinar sobre o que viram e

criaram

Recorrer agrave leitura de imagens de forma criacutetica pelo professor funciona para

explicitar as estrateacutegias das propagandas presentes nas revistas tal como o uso

de determinadas cores pessoas o ambiente o vestuaacuterio trabalhar o uso da

linguagem natildeo-verbal visando que os alunos desenvolvam uma percepccedilatildeo mais

apurada sobre o que recebem principalmente porque estatildeo em contato

cotidianamente com essas imagens em jornais outdoor ou mesmo na televisatildeo

ldquoAdquirir um alfabetismo criacutetico no domiacutenio da aprendizagem

da leitura criacutetica da cultura popular e da miacutedia envolve

aprender as habilidades de desconstruccedilatildeo de compreender

como os textos culturais funcionam como eles significam e

produzem significado como eles influenciam e moldam

38 seussuas leitoresas Ao ensinar essas habilidades

experimentei muitas vezes o fortalecimento dosas

estudantes que aprendem a compreender e a avaliar

criticamente aspectos de sua cultura que normalmente satildeo

tidos como naturais Invarialvelmente eleselas rapidamente

dedicam-se agrave atividade de adquirir um alfabetismo criacutetico e

rapidamente tornam-se decodificadores e criacuteticos haacutebeis de

sua culturardquo (KELLNER 1995 p 126)

Algumas propagandas aleacutem de visualizadas nas revistas tambeacutem podem

ser gravadas e exibidas na sala de aula tal como cenas de novelas que

expressem violecircncia estabelecem valores normas de conduta e expressam

preconceitos aleacutem de filmes que podem ser ideoloacutegicos ao camuflar a verdade

existente sobre um assunto ou mesmo denunciar algum problema social um

roteiro pode orientar a visatildeo dos alunos sobre determinados aspectos para que

natildeo passem despercebidos

Natildeo podemos esquecer que o livro representa uma tecnologia educacional

os textos impressos natildeo devem ser excluiacutedos mas serem considerados como

meios de alfabetizaccedilatildeo pois a leitura aprimora o vocabulaacuterio melhora a redaccedilatildeo

poreacutem diferentemente do que era na escola tradicional onde cabia ao aluno ser

objetivo ao manter a visatildeo do autor como sendo algo absoluto pretende-se

atualmente que o texto seja trabalho de modo que possa ser questionado

debatido valorizando a multiplicidade de interpretaccedilotildees

Aleacutem disso os proacuteprios textos redigidos pelos alunos representam um

instrumento que pode ser trabalhado em sala quando satildeo trocados por exemplo

39 para que o outro tenha a experiecircncia de interpretaacute-lo questionaacute-lo e mesmo

aprender com as ideacuteias ali expressas

40

CONCLUSAtildeO

Inseridos num contexto de tantas imagens que saltam diante de noacutes e que

apresentam significados que satildeo capazes de orientar o comportamento das

pessoas tornando-as alienadas devemos atribuir agrave educaccedilatildeo um papel que

visamos explicitar ser o de esclarecer o objetivo dessas imagens da linguagem e

dos recursos utilizados para que conscientes do que vecircem as pessoas possam

pensar sobre as escolhas que fazem

Esse papel da educaccedilatildeo fica claro quando analisamos o conteuacutedo midiaacutetico

e constatamos que natildeo haacute o objetivo de desenvolver o raciociacutenio criacutetico mas em

gerar valores condutas escolhas que atendam ao consumo passivo atribuindo agraves

pessoas a confusatildeo entre o ldquoserrdquo e o ldquoterrdquo dando a falsa impressatildeo de felicidade

momentacircnea

O processo de alfabetizaccedilatildeo para a formaccedilatildeo de uma consciecircncia criacutetica

sobre o conteuacutedo midiaacutetico exige da comunidade escolar um desempenho dos

docentes partindo do princiacutepio que atuem com vontade e objetivos claros a serem

alcanccedilados e tambeacutem estejam preparados para utilizar as tecnologias

educacionais como instrumentos de aprendizado para a formaccedilatildeo principalmente

de jovens esclarecidos

A escola natildeo pode ficar a margem da sociedade com propostas de trabalho

tradicionais mas atender ao que os alunos jaacute sabem para instigaacute-los a construir o

conhecimento tirando-os da passividade ao criar um ambiente de confianccedila e

atividades colaborativas mostrando que os docentes natildeo satildeo mais os detentores

41 do saber mas aqueles que valorizam a criatividade do aluno ou seja a sua

autonomia

Eacute verdade que se por um lado a miacutedia com seu conteuacutedo impregnado de

ideacuteias tecircm condiccedilotildees de tornar os jovens infantis passivos intolerantes e ateacute

mesmo comprometer o aprendizado por outro lado ela pode ser utilizada pelos

docentes para desenvolver seu senso criacutetico Dessa forma os docentes seriam

mediadores no uso das tecnologias a fim de dar condiccedilotildees dos alunos fazerem

uso da razatildeo da curiosidade do questionamento o que permite que tenham uma

percepccedilatildeo mais apurada sobre a realidade

As tecnologias a que muitos jovens tecircm acesso hoje natildeo podem ser vistas

como apenas artifiacutecios de diversatildeo fazendo com que eles apenas desejem isso

mas essa diversatildeo pode ser orientada quando as tecnologias satildeo utilizadas no

meio educacional

Desse modo a proacutepria interatividade que as tecnologias atualmente

dispotildeem aos jovens funciona como dispositivo para a participaccedilatildeo na produccedilatildeo

pelos jovens de um texto de um viacutedeo uma charge de um blog um jornal em

fim de maneira que estejam conscientes do contexto a que estatildeo inseridos e que

possam atuar sobre ele a fim de transformaacute-lo

42

BIBLIOGRAFIA

ARANHA Ana Somos todos hiperativos Como natildeo deixar o ceacuterebro entrar em

colapso numa era em que fazemos tantas coisas ao mesmo tempo Eacutepoca Nordm

406 27 fev 2006 p 52-60

BAUERLEIN Mark ldquoO americano de 16 anos eacute um idiotardquo Eacutepoca Nordm 552 15

dez 2008 p 112-114 Entrevista concedida a Peter Moon

BELLONI Maria Luiza O que eacute miacutedia-educaccedilatildeo Campinas SP Autores

Associados 2005

BENJAMIM Walter Textos Escolhidos Col Os Pensadores Traduccedilatildeo de J L

Grunnewald Satildeo Paulo Abril Cultural 1983

CHAUIacute Marilena Convite aacute filosofia Satildeo Paulo Aacutetica 2000

FRIEDMAN Luis Carlos Vertigens Poacutes-Modernas configuraccedilotildees institucionais

contemporacircneas Rio de Janeiro Relume Dumaraacute 2000

GREEN Bill BIGUM Cris Alieniacutegenas na Sala de Aula In SILVA Tomaz

Tadeu da (org) Alieniacutegenas na sala de aula Uma introduccedilatildeo aos estudos

culturais da educaccedilatildeo Petroacutepolis RJ Vozes 1995

43 JACQUINOT Geneviegraveve O que eacute um educomunicador Papel da comunicaccedilatildeo

na formaccedilatildeo dos professores I Congresso Internacional de Comunicaccedilatildeo e

Educaccedilatildeo Satildeo Paulo 1998

KELLNER Douglas Lendo Imagens Criticamente Em Direccedilatildeo a Uma Pedagogia

Poacutes-moderna In SILVA Tomaz Tadeu da (org) Alieniacutegenas na sala de aula

Uma introduccedilatildeo aos estudos culturais da educaccedilatildeo Petroacutepolis RJ Vozes 1995

LEacuteVY Pierre Cibercultura Traduccedilatildeo de Carlos Irineu da Costa Satildeo Paulo Ed 34 1999

MERCADO Luiacutes Paulo Leopoldo Programa de Formaccedilatildeo Continuada em Miacutedias na Educaccedilatildeo Miacutedias Impressas na Sala de Aula Disponiacutevel na Internet httpwwwwebeducmecgovbrmidiaseducacaoModulos20PortalImpressoProf20Luiacutes20Paulo20Leopoldo20MercadoMiacutedias2020Material20Impressoe3_assuntos_a6html acesso em 09012009

PINTO Renata de C P A influecircncia da tecnologia sobre o comportamento da

sociedade poacutes-moderna RJ Universidade Cacircndido Mendes Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato

Sensu 2005 wwwavezdomestrecombr acessado em 19092008

SILVA Marco Sala de aula interativa Rio de Janeiro Quartet 4deg Ed 2006

SORJ Bernardo brasilpovocom A Luta contra a Desigualdade na Sociedade

da Informaccedilatildeo RJ Jorge Zahar 2003

44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 8

CAPIacuteTULO I

O CONTEUacuteDO MEDIAacuteTICO -------------------------------------------------------------------10

11 A Sociedade Narcisista ----------------------------------------------------------- 15

CAPIacuteTULO II

ESPECTADORES ACRIacuteTICOS -------------------------------------------------------------- 19

21 A cultura oral impressa e imageacutetica -------------------------------------------19

22 A interatividade ---------------------------------------------------------------------- 25

CAPIacuteTULO III


31 A escola e a accedilatildeo do docente --------------------------------------------------31

32 Os instrumentos de aprendizagem ------------------------------------------- 33

CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

2






Apresentaccedilatildeo de Monografia agrave Universidade Candido

Mendes como condiccedilatildeo preacutevia para a conclusatildeo do

Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLatu Sensurdquo em Tecnologia

Educacional


3

AGRADECIMENTOS






4

DEDICATOacuteRIA





por perto

5

RESUMO






















recebem




conhecimento

6

METODOLOGIA





assunto





7

SUMAacuteRIO


CAPIacuteTULO I


CAPIacuteTULO II


CAPIacuteTULO III


CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------ 40

BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------- 42

ANEXO -------------------------------------------------------------------------------------------- 44

IacuteNDICE -------------------------------------------------------------------------------------------- 46

8







midiaacutetica






intelectual






















apropriado





10

CAPIacuteTULO I













e superficial





















































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

3

AGRADECIMENTOS






4

DEDICATOacuteRIA





por perto

5

RESUMO






















recebem




conhecimento

6

METODOLOGIA





assunto





7

SUMAacuteRIO


CAPIacuteTULO I


CAPIacuteTULO II


CAPIacuteTULO III


CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------ 40

BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------- 42

ANEXO -------------------------------------------------------------------------------------------- 44

IacuteNDICE -------------------------------------------------------------------------------------------- 46

8







midiaacutetica






intelectual






















apropriado





10

CAPIacuteTULO I













e superficial





















































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

4

DEDICATOacuteRIA





por perto

5

RESUMO






















recebem




conhecimento

6

METODOLOGIA





assunto





7

SUMAacuteRIO


CAPIacuteTULO I


CAPIacuteTULO II


CAPIacuteTULO III


CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------ 40

BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------- 42

ANEXO -------------------------------------------------------------------------------------------- 44

IacuteNDICE -------------------------------------------------------------------------------------------- 46

8







midiaacutetica






intelectual






















apropriado





10

CAPIacuteTULO I













e superficial





















































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

5

RESUMO






















recebem




conhecimento

6

METODOLOGIA





assunto





7

SUMAacuteRIO


CAPIacuteTULO I


CAPIacuteTULO II


CAPIacuteTULO III


CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------ 40

BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------- 42

ANEXO -------------------------------------------------------------------------------------------- 44

IacuteNDICE -------------------------------------------------------------------------------------------- 46

8







midiaacutetica






intelectual






















apropriado





10

CAPIacuteTULO I













e superficial





















































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

6

METODOLOGIA





assunto





7

SUMAacuteRIO


CAPIacuteTULO I


CAPIacuteTULO II


CAPIacuteTULO III


CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------ 40

BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------- 42

ANEXO -------------------------------------------------------------------------------------------- 44

IacuteNDICE -------------------------------------------------------------------------------------------- 46

8







midiaacutetica






intelectual






















apropriado





10

CAPIacuteTULO I













e superficial





















































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

7

SUMAacuteRIO


CAPIacuteTULO I


CAPIacuteTULO II


CAPIacuteTULO III


CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------ 40

BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------- 42

ANEXO -------------------------------------------------------------------------------------------- 44

IacuteNDICE -------------------------------------------------------------------------------------------- 46

8







midiaacutetica






intelectual






















apropriado





10

CAPIacuteTULO I













e superficial





















































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

8







midiaacutetica






intelectual






















apropriado





10

CAPIacuteTULO I













e superficial





















































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46













apropriado





10

CAPIacuteTULO I













e superficial





















































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

10

CAPIacuteTULO I













e superficial





















































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46













































(FRIDMAN 2000 p 31-32)





















mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46













mercadorias





















(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46










(BELLONI 2005 p64)












mais relevantes

















sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46












sociedade











amigos

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

16













































(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46




















(BELLONI 2005 p 63)













informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46








informar










19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

19

CAPIacuteTULO II















































21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46


























21


















































23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46


























23























publicidade










































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46








































consumidores










































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46
































(SORJ 2003 P 43)











intolerantes





ceacuterebro









(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46





(ARANHA 2006 p 56)















29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

29

CAPIacuteTULO III














intelectual















(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46







(2008)




















31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

31






























































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46







































sua autonomia

























(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46
















(SILVA 2006 p 14)












tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46





tecnologias
























































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46





































criaram






































40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46



























40

CONCLUSAtildeO











momentacircnea












autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46


autonomia











meio educacional






42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

42

BIBLIOGRAFIA



406 27 fev 2006 p 52-60




Associados 2005























44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46















44

ANEXO

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

45

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

46

IacuteNDICE


CAPIacuteTULO I



CAPIacuteTULO II




CAPIacuteTULO III




CONCLUSAtildeO ------------------------------------------------------------------------------------- 40

BIBLIGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------42

ANEXO -----------------------------------------------------------------------------------------------44

INDICE -----------------------------------------------------------------------------------------------46

c203345

Documents