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O O p p e e d d a a g g o o g g o o e e a a i i m m p p o o r r t t â â n n c c i i a a d d e e s s u u a a a a ç ç ã ã o o Anos passados... Jovens barulhentos, vozerio sem fim, brincadeiras inoportunas, relacionamen- tos em desafeto, olhares de censura ou mesmo desafiadores, tudo isso acontecendo simultane- amente nos intervalos das aulas. A sineta toca. O professor entra na sala de aula. É hora de re-começar, de re-encantar o aluno com o que se vai ensinar, para que, assim, ele, talvez, possa aprender, reaprender, reestru- turar, reorganizar e aplicar, efetivamente, o co- nhecimento na sua vida de cidadão do mundo. No fundo da sala, um aluno dorme; outros se distraem conversando, furtivamente, com os co- legas e mais outro se perde na sombra do seu próprio olhar. Quem é esse aluno tão distante daqui? O que se passa atrás da sua taciturna sombra do olhar? ARTIGO 1 A O O C C A A S S O O É É O O S S E E G G U U I I N N T T E E . . . . . . C C O O O O R R D D E E N N A A Ç Ç Ã Ã O O P P E E D D A A G G Ó Ó G G I I C C A A : : C C O O L L E E T T Â Â N N E E A A D D E E E ES T T U U D D O O S S D D E E Autora: Prof.ª Mônica Maria Ribeiro Campos de Souza Pedagoga. E Diretora do Colégio Santa Maria Nova Suíça. Ao pedagogo cabia essa missão. Ajudar a turma quanto à organização e, através de um Estudo de Caso, acolher aquele aluno que mar- cava presença no grupo de uma forma tão singu- lar, ora distante ora tão desinteressada e agitada, provocando desafetos que, por sua vez, machu- cariam a sua auto-estima. “A vida é tão rara, a vida não pára...” Dinâmicas de grupo e reflexão sobre temas específicos relacionados aos interesses da turma e necessidades dos professores aconteciam semanal ou quinzenalmente, de acordo com a flexibilidade da carga horária da instituição esco- lar. O Estudo de Caso do aluno era feito criterio- samente, uma vez sabido que, para ajudar al- guém, é preciso, verdadeiramente, conhecer a sua história. O aluno é sempre “alguém” que transcende o m² da sua carteira escolar. Analisar todo o contexto de sua vida era importante para o levantamento das possíveis estratégias de ajuda. A sugestão de um encaminhamento para um profissional específico era acompanhada pelo Página - 12 - Resumo Crônica de um Estudo de Caso sobre a impor- tância da ação pedagógica S C C A A S S O O S S Coord. Ped., Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 1-223, j jan./j jun. 2008 - Semestral

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Anos passados... Jovens barulhentos, vozerio sem fim, brincadeiras inoportunas, relacionamen-tos em desafeto, olhares de censura ou mesmo desafiadores, tudo isso acontecendo simultane-amente nos intervalos das aulas.

A sineta toca. O professor entra na sala de aula. É hora de re-começar, de re-encantar o aluno com o que se vai ensinar, para que, assim, ele, talvez, possa aprender, reaprender, reestru-turar, reorganizar e aplicar, efetivamente, o co-nhecimento na sua vida de cidadão do mundo.

No fundo da sala, um aluno dorme; outros se distraem conversando, furtivamente, com os co-legas e mais outro se perde na sombra do seu próprio olhar.

Quem é esse aluno tão distante daqui?

O que se passa atrás da sua taciturna sombra do olhar?

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Auuttoorraa:: PPrrooff..ªª MMôônniiccaa MMaarriiaa RRiibbeeiirroo CCaammppooss ddee SSoouuzzaa Pedagoga. E Diretora do Colégio Santa Maria Nova Suíça.

Ao pedagogo cabia essa missão. Ajudar a turma quanto à organização e, através de um Estudo de Caso, acolher aquele aluno que mar-cava presença no grupo de uma forma tão singu-lar, ora distante ora tão desinteressada e agitada, provocando desafetos que, por sua vez, machu-cariam a sua auto-estima.

“A vida é tão rara,

a vida não pára...” Dinâmicas de grupo e reflexão sobre temas

específicos relacionados aos interesses da turma e necessidades dos professores aconteciam semanal ou quinzenalmente, de acordo com a flexibilidade da carga horária da instituição esco-lar.

O Estudo de Caso do aluno era feito criterio-samente, uma vez sabido que, para ajudar al-guém, é preciso, verdadeiramente, conhecer a sua história. O aluno é sempre “alguém” que transcende o m² da sua carteira escolar. Analisar todo o contexto de sua vida era importante para o levantamento das possíveis estratégias de ajuda. A sugestão de um encaminhamento para um profissional específico era acompanhada pelo

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RReessuummoo Crônica de um Estudo de Caso sobre a impor-tância da ação pedagógica

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pedagogo de forma compartilhada e ética.

O pedagogo mediava conflitos, cuidava, orien-tava e auxiliava o professor na missão de acordar os alunos para o que eles tinham de melhor.

E hoje? Será que estamos vivendo momentos tão especiais que já não há mais necessidade desses “cuidados”?

É preciso refletir...

Quem sabe torna-se viável uma retomada do olhar para o real papel do pedagogo no âmbito educacional?

É preciso sair dos nossos laços apertados e acolher o outro.

O cumprimento do conteúdo programático é importante e necessário, mas o “humano” na educação não pode se desumanizar.

Cabe a nós, pedagogos de ontem e de hoje, redescobrir a nossa ação.

“A coisa mais pedagógica que existe é uma

pessoa feliz.”

Adélia Prado

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O estudo de caso é bastante utilizado em pesquisas da área educacional, mas pode ser utilizado também com freqüência no cotidiano escolar.

Do ponto de vista conceitual, um estudo de caso representa uma estratégia de investigação profunda de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimen-to. Essa modalidade de pesquisa é amplamente utilizada nas pesquisas em educação e seus resultados são apresentados em aberto, ou seja, na condição de hipóteses, não de conclusões, já que se limita a um caso específico, não sendo possível fazer generalizações.

Segundo Yin (1994), o estudo de caso é uma investigação empírica de um fenômeno contem-

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Auuttoorraa:: PPrrooff..ªª SShheeiillllaa AAlleessssaannddrraa BBrraassiilleeiirroo ddee MMeenneezzeess Pedagoga e Mestre em Educação. Professora titular da disciplina “Pesquisa e Prática Pedagógica”, entre outras, do curso de Pedagogia da PUC Minas, do curso de especialização em Coordenação Pedagógica do PREPES e do curso de Docência do Ensino Superior da PUC Minas Virtual. Atualmente faz parte do Núcleo de Assessoria Pedagógica da PUC Minas Virtual e é coordenadora do curso de Pedagogia com ênfase em Necessidades Educacionais Especiais da PUC Minas.

porânea dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre os feno-menos e o contexto não estão claramente defini-dos.

Esse tipo de abordagem não representa um método por si só, mas uma estratégia de pesqui-sa que permite o uso de métodos qualitativos e quantitativos. Embora seja considerado como um tipo de análise qualitativa, o estudo de caso pode complementar a coleta de dados em trabalhos de pesquisa. Essa flexibilidade atrai os pesquisado-res para esse tipo de modalidade.

Os estudos de caso podem ser feitos através do diário de pesquisa ou da história-de-vida do indivíduo, do grupo ou de um dado processo social. O diário de pesquisa é o registro cotidiano dos acontecimentos observados, de manifesta-ções, conversas, atividades desenvolvidas, roti-nas diárias em instituições e escolas; ele é acer-vo de dados a serem utilizados para análise final, e é um importante elemento de orientação do trabalho científico. As observações devem ser criteriosamente registradas, quanto mais siste-matizados e detalhados forem os registros. As técnicas de estudo de caso podem ser aplicadas a qualquer tempo e a qualquer pessoa, família ou grupo

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RReessuummoo O artigo trata sobre a importância da utilização do estudo de caso, tanto em pesquisas da área educacional, como no cotidiano escolar.

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1. Para explicar ligações causais nas interven-ções na vida real que são muito complexas para serem abordadas pelas estratégias experimen-tais; 2. Para descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu; 3. Para fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção realizada; e 4. Para explorar aquelas situações em que as intervenções avaliadas não possuam resultados claros e específicos.

Ao se decidir pela execução de um Estudo de Caso, deve-se ter em mente que o pesquisador deve possuir algumas habilidades para ser bem sucedido na condução de um estudo qualitativo. Dessas habilidades, segundo Yin (1994), as mais comumente encontradas são:

• Habilidade para fazer perguntas e interpretar os resultados;

• Habilidade para ouvir e não se deixar prender pelas suas próprias ideologias e percepções;

• Habilidade para adaptar-se e ser flexível para que possa ver as novas situações encontra-das como oportunidades e não ameaças;

• Firme domínio das questões em estudo. • Capacidade de se manter protegido das vias

derivadas de noções preconcebidas, incluindo as derivadas própria teoria.

Na aplicação do estudo de caso, é importante

ter uma visão geral do projeto do estudo de caso – objetivos, ajudas, as questões do estudo de caso e as leituras relevantes sobre os tópicos a serem investigados; os procedimentos de campo; as questões do estudo de caso que o investiga-dor deve ter em mente, os locais, as fontes de informação, os formulários para o registro dos dados e as potenciais fontes de informação para cada questão; ou seja, um guia para o relatório do Estudo do Caso.

Isto deverá atuar como facilitador para a cole-ta de dados, já que poderá reduzir a necessidade de se retornar ao local onde o estudo foi realiza-do.

Do ponto de vista metodológico, os estudos de caso são complexos, pois permitem uma con-vergência de informações, de vivências e de trocas de experiências que nos levaria à compre-ensão mais clara da natureza e da dinâmica de um fenômeno que seria o foco de nossa obser-vação. Por sua própria natureza, um Estudo de Caso provoca em quem participa dele um pro-cesso de descobertas pessoais. Todos aqueles que estão envolvidos num estudo desse tipo acabam, de certo modo, vivenciando uma expe-riência de auto-descoberta.

Nesse processo, nos vemos, muitas vezes, na prática do outro e assim é possível termos uma consciência mais clara de alguns fatores que contribuem para compreendermos melhor o atual momento histórico de uma determinada área e (re) construirmos nosso modo de ser e de atuar num determinado contexto, em nosso caso, o educacional.

Como resultado desse processo, espera-se que surja uma aprendizagem significativa a ser experimentada por todos aqueles que dele parti-ciparem. Em outras palavras, espera-se que, por meio dessas aprendizagens, se criem novas ações direcionadas ao aperfeiçoamento, à me-lhoria, ao crescimento de TODOS os envolvidos no caso estudado.

Num Estudo de Caso a ser realizado numa escola, como é o foco dessa coletânea de textos, não é possível conhecer todos os possíveis fato-res que interferem na conduta de um coordena-dor pedagógico. Mas é possível levantar o maior número possível de dados, de fatos, de situações referentes a esse profissional, que possam nos servir de referenciais e nos ajudar a compreender (e não a explicar) um pouco mais o seu compor-tamento.

É interessante tomarmos cuidado, entretanto, para não conceituarmos CASO como sinônimo

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de “problema”. Muitas vezes, nós, educadores. identificamos um “caso que merece estudo”, com situações que precisam ser resolvidas. Quanto maior o problema e a dificuldade para resolvê-lo, mais se faz necessário tal estudo. Nunca se pro-põe essa tarefa quando a situação é inversa. Por quê?

Poderíamos nos enriquecer muito, como pes-soas e profissionais, se nos detivéssemos tam-bém nos estudos que não carregam no seu inte-rior somente as tragédias, as angústias, os me-dos, mas também aqueles nos quais existem alegrias, realizações, crescimentos...

O Dicionário Aurélio - Edição-Revisada - já consegue mostrar essa possibilidade.

CASO: [Do lat. Casu.] S.m. 1. Acontecimento, fato, sucesso, ocorrência. 2. Eventualidade, conjuntura, hipótese. 3. Acaso, cir-cunstância, causalidade.

Estudo de Caso seria, pois, um estudo dos acontecimentos, dos fatos ocorridos, das eventu-alidades, dos contextos e conjunturas, das hipó-teses, das circunstâncias e prováveis causas. Visão bem mais compreensiva do que explicativa da realidade, portanto mais adequada ao objetivo desta Coletânea de Textos.

Um Estudo de Caso pode ser um importante recurso também para o coordenador pedagógico em seu cotidiano escolar, pois, através dele, será possível “assumir um compromisso” junto a todos aqueles envolvidos, pois não basta levantar hipó-teses, colecionar dados, concluir sobre o que está acontecendo com o aluno, o professor ou o coordenador naquele momento de sua vida... É preciso que isso tudo sirva como um ponto de partida. O “depois” talvez seja mais importante do que o “antes” e o “durante” no Estudo de Caso.

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Muitas vezes teremos que reconsiderar algu-mas das sugestões propostas pela equipe que participou do Estudo. Teremos que admitir que, muitas vezes, estamos indo pelo caminho erra-do... E, se não tivermos essa postura, provavel-mente o nosso trabalho ficará limitado e com-prometido.

Uma atitude de flexibilidade, de não rigidez, de não preconceito, de abertura para a experiên-cia, um reconhecimento da igual importância que cada colaborador tem nesse processo, tudo isso é importante que exista no Grupo, e imprescindí-vel naquela pessoa que estiver liderando essa tarefa tão complexa, e tão rica, como é o Estudo de Caso.

De qualquer forma, o Estudo de Caso pode oferecer significativas oportunidades para coor-denadores pedagógicos, pois pode possibilitar o estudo de inúmeros problemas de Gestão de difícil abordagem por outros métodos e pela difi-culdade de se isolá-los de seu contexto na vida real.

Os estudos de caso desta coletânea indicam que cada experiência se move dentro da sua singularidade, em um território, a partir dos ato-res sociais envolvidos, que marcam a conforma-ção de uma nova cultura pedagógica também sobre a Coordenação Pedagógica.

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