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  • 1 Edio2003

    C 23-1

    MINISTRIO DA DEFESA

    EXRCITO BRASILEIRO

    ESTADO-MAIOR DO EXRCITO

    Manual de Campanha

    TIRO DAS ARMAS PORTTEIS1 Parte - FUZIL

  • MINISTRIO DA DEFESA

    EXRCITO BRASILEIRO

    ESTADO-MAIOR DO EXRCITO

    Manual de Campanha

    TIRO DAS ARMAS PORTTEIS1 Parte - FUZIL

    1 Edio2003

    C 23-1

    CARGA

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  • PORTARIA N 045-EME, DE 23 DE JUNHO DE 2003

    Aprova o Manual de Campanha C 23-1 - Tiro dasArmas Portteis - 1 Parte - Fuzil, 1 Edio, 2003.

    O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXRCITO, no uso da atribuio quelhe confere o artigo 113 das IG 10-42 - INSTRUES GERAIS PARA ACORRESPONDNCIA, AS PUBLICAES E OS ATOS ADMINISTRATIVOS NOMBITO DO EXRCITO, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exrciton 041, de 18 de fevereiro de 2002, resolve:

    Art. 1 Aprovar o Manual de Campanha C 23-1 - TIRO DAS ARMASPORTTEIS - 1 Parte - FUZIL, 1 Edio, 2003, que com esta baixa.

    Art. 2 Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicao.

    Art. 3 Revogar o Manual de Campanha C 23-1 - TIRO DAS ARMASPORTTEIS, 2 Edio, 1975, aprovado pela Portaria N 084-EME, de 04 denovembro de 1975.

  • NOTA

    Solicita-se aos usurios deste manual a apresentao desugestes que tenham por objetivo aperfeio-lo ou que se destinem supresso de eventuais incorrees.

    As observaes apresentadas, mencionando a pgina, opargrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentriosapropriados para seu entendimento ou sua justificao.

    A correspondncia deve ser enviada diretamente ao EME, deacordo com o artigo 108 Pargrafo nico das IG 10-42 - INSTRUESGERAIS PARA A CORRESPONDNCIA, AS PUBLICAES E OS ATOSADMINISTRATIVOS NO MBITO DO EXRCITO, aprovadas pela Portaria doComandante do Exrcito n 041, de 18 de fevereiro de 2002.

  • NDICE DOS ASSUNTOSPrf Pag

    CAPTULO 1 - GENERALIDADES ................................. 1-1 e 1-2 1-1

    CAPTULO 2 - A INSTRUO DE TIRO DE FUZILARTIGO I - Responsabilidade da Instruo ............... 2-1 e 2-2 2-1ARTIGO II - Terminologia ........................................... 2-3ARTIGO III - Segurana na Instruo .......................... 2-5ARTIGO IV - Organizao da Sesso de Tiro .............. 2-7ARTIGO V - Misses do Oficial de Tiro da Unidade e

    Subunidade ............................................. 2-9ARTIGO VI - Seleo dos Instrutores (Oficial de Tiro),

    Auxiliares de Instrutor e Monitores deTiro ......................................................... 2-10

    ARTIGO VII - Seleo e Preparao das Armas a se-rem Utilizadas na Instruo .................... 2-10

    ARTIGO VIII - A Progressividade da Instruo de Tiro ... 2-11ARTIGO IX - Execuo dos Exerccios de Tiro ............ 2-3 a 2-7 2-12

    CAPTULO 3 - FUNDAMENTOS DE TIRO DE FUZIL ..... 3-1 3-1ARTIGO I - Posio Estvel ...................................... 3-2 a 3-5 3-1ARTIGO II - Pontaria .................................................. 3-6 e 3-7 3-8ARTIGO III - Controle da Respirao........................... 3-8 3-11

  • Prf Pag

    ARTIGO IV - Acionamento do Gatilho ......................... 3-9 a 3-12 3-12ARTIGO V - Ao Integrada de Atirar ......................... 3-14ARTIGO VI - Anlise do Tiro ........................................ 3-15

    CAPTULO 4 - O PREPARO PSICOLGICO ................ 4-1 a 4-6 4-1

    CAPTULO 5 - INSTRUO PREPARATRIA PARA O TIROARTIGO I - Finalidade e Organizao ....................... 5-1 e 5-2 5-1ARTIGO II - Oficinas da Instruo Preparatria para o

    Tiro ......................................................... 5-3 a 5-6 5-2

    CAPTULO 6 - TIRO DE COMBATEARTIGO I - Regulagem do Aparelho de Pontaria do

    FAL ........................................................ 6-1 a 6-6 6-1

    ARTIGO II - Tcnicas para Sanar os Incidentes deTiro ......................................................... 6-7 a 6-9 6-9

    ARTIGO III - Tcnicas para Conduo do Armamento. 6-10 a 6-13 6-11ARTIGO IV - Tcnicas de Tiro Rpido ......................... 6-14 a 6-16 6-14ARTIGO V - Tcnicas de Tiro em Alvos Mveis .......... 6-17 a 6-19 6-17ARTIGO VI - Tcnicas de Tiro Noturno ........................ 6-20 a 6-23 6-25ARTIGO VII - Tcnicas de Tiro nas Operaes Defen-

    sivas e Ofensivas .................................... 6-24 6-28ARTIGO VIII - Tnicas de Tiro em Ambiente de Selva ... 6-25 6-29ARTIGO IX - Tcnicas de Tiro em Ambiente Urbano ... 6-26 a 6-29 6-30ARTIGO X - Tcnicas de Tiro de Fuzil com Luneta ..... 6-30 a 6-32 6-31ARTIGO XI - Tcnicas de Tiro com Equipamentos

    Especiais ................................................ 6-33 a 6-36 6-33ARTIGO XII - Posies de Tiro ..................................... 6-37 a 6-40 6-34

    CAPTULO 7 - LANAMENTO DE GRANADA DE BOCAL 7-1 a 7-5 7-1

  • 1-1

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    CAPTULO 1

    GENERALIDADES

    1-1. INTRODUOa. O presente manual tem por finalidade orientar a instruo de tiro de fuzil

    no mbito das Unidades do Exrcito. Seu contedo fornece subsdios aosinstrutores, auxiliares de instrutores e monitores de tiro, na medida em que tratados fundamentos de tiro com o fuzil, da instruo preparatria para o tiro e detcnicas de tiro com o fuzil.

    b. Trata tambm o manual do preparo psicolgico do atirador, fornecendoalguns subsdios que permitam lidar da melhor maneira com situaes deestresse tpicas da atividade, tanto na fase de aprendizado, adestramento oucombate.

    c. Os exerccios de tiro de fuzil sero tratados pelas Instrues Gerais parao Tiro com as Armas do Exrcito (IGTAEx).

    d. Os fundamentos que sero abordados so vlidos para qualquer tipo defuzil, sendo sempre tomado por base, contudo, o fuzil de dotao do Exrcito: oFuzil 7,62 M 964 - FAL. Tambm ser abordado a respeito do tiro com granadade bocal, utilizando as possibilidades deste armamento.

    e. O tiro de fuzil atividade de fundamental importncia dentro do Exrcito,j que a eficincia operacional de uma tropa est necessariamente ligada capacidade combativa de cada soldado. Esta capacidade de combater s poderser elevada se o militar souber fazer uso eficiente do seu armamento individual.Portanto, atirar bem uma necessidade. O aprendizado dos fundamentos e dastcnicas de tiro, na fase da instruo individual bsica, deve ser conduzido deforma que todos os soldados aprendam a disparar um tiro com preciso. Osmilitares com desempenho deficiente devem ser recuperados. Os comandantesem todos os escales devem estar compromissados inteiramente com osobjetivos individuais de instruo.

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    1-2

    f. A instruo de tiro, por suas caractersticas, uma ferramenta importan-tssima para o desenvolvimento de atributos relacionados personalidade militar- os atributos da rea afetiva. Durante as instrues, os militares tero aoportunidade de desenvolver autoconfiana, deciso, combatividade, coragem,disciplina, equilbrio emocional, iniciativa, liderana, persistncia, responsabilida-de e zelo, alm de outros atributos. importante salientar que tais objetivos serouma conseqncia natural do desenvolvimento da instruo, e no devem ser umfim por si s. A finalidade precpua da instruo de tiro deve ser a aprendizagemdo tiro, nas melhores condies possveis para que isso ocorra. As dificuldadesimpostas devem ser sempre planejadas para buscar o aperfeioamento, dentro dapreviso dos exerccios, sem perder de vista a finalidade principal da instruo.

    g. Desta forma, o Manual de Campanha C 23-1 fornecer a base deconhecimentos necessria para que os instrutores e instruendos possam atingirseus objetivos relacionados instruo de tiro, alm de permitir aos instruendos,monitores e instrutores conhecimentos e tcnicas bsicas de tiro de instruo ede combate.

    1-2. OBJETIVOS DA INSTRUO DE TIROSo objetivos da instruo de tiro:a. desenvolver no militar a capacidade tcnica e psicomotora para que

    aplique corretamente os fundamentos e tcnicas de tiro;b. habilitar o militar a ser um atirador eficiente, ou seja, um atirador que

    acerte seus alvos com rapidez e preciso, tanto nos tiros estticos ou dinmicos;c. garantir a eficincia operacional da tropa atravs do aumento da eficincia

    operacional de cada militar;d. garantir o aprendizado dos fundamentos de tiro para que possam ser

    aplicadas a qualquer tipo de armamento, se a situao o exigir;e. desenvolver atributos da rea afetiva, tais como autoconfiana, deciso,

    combatividade, coragem, disciplina, equilbrio emocional, iniciativa, liderana,persistncia, responsabilidade e zelo dentre outros;

    f. selecionar os militares mais habilitados para o exerccio de funesespecficas que exijam um adestramento mais apurado em tiro; e

    g. permitir aos instrutores e instruendos que os objetivos da instruo ouexerccio sejam atingidos com metodologia.

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    CAPTULO 2

    A INSTRUO DE TIRO DE FUZIL

    ARTIGO I

    RESPONSABILIDADE DA INSTRUO

    2-1. GENERALIDADESa. Os comandantes de unidade (Cmt U) devem exercer, juntamente com os

    S/3 e S/4, o apoio e fiscalizao sobre as instrues de tiro.b. O apoio s instrues consiste em:

    (1) orientao de instrutores e monitores, na busca dos meios maisadequados para a obteno dos objetivos, dentro do que prescreve este manual;

    (2) desenvolvimento do gosto pelo tiro, atravs da busca incessante doauto-aperfeioamento, inclusive com a participao dos militares em competi-es desportivas.

    c. A fiscalizao exercida pelo comando da unidade deve ter como meta:(1) a aplicao de mtodos e processos de instruo preconizados por

    este manual;(2) a estrita observncia das regras de execuo nele previstas; e(3) a busca dos melhores resultados, assim como da recuperao dos

    militares com desempenho deficiente.

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    d. Fontes de consulta relacionadas ao tiro.

    2-2. ATRIBUIESa. Os Cmt, em todos os nveis, so responsveis pela fiscalizao da

    instruo de tiro, inclusive no que se refere ao preenchimento e arquivamento dadocumentao de instruo e administrativa, principalmente borres de tiro,boletins de existncia de munio e registros de tiro das armas.

    b. O Cmt da unidade dever designar um oficial de tiro da unidade,encarregado da preparao dos quadros - instrutores e monitores - antes dasinstrues de tiro. Para essa funo, dever ser escalado o oficial mais capacitadoem tiro da unidade, dentre os instrutores de tiro, podendo este oficial acumularessa funo com a de oficial de tiro da subunidade.

    c. O comandante de subunidade (Cmt SU) o responsvel direto pelainstruo de tiro de seus comandados, para a qual deve voltar a maior ateno,dada a importncia e natureza da atividade - emprego de munio real. Deveorientar e fiscalizar instrutores e monitores, estando ciente de que o sucesso dasinstrues depende da preparao tcnica, da meticulosidade e da pacincia

    ourtsnIedamargorP-MIP.1.ratiliM .ourtsniananarugeS-

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    2-1/2-2

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    desses militares. Deve ter em mente ainda que a atividade de tiro deve sedesenvolver progressivamente, e que as dificuldades a serem colocadas duranteos exerccios devem se restringir estritamente s previstas neste manual e nasfontes de consultas relacionadas ao tiro. Ademais, no deve admitir privaes deespcie alguma que vo de encontro ao que prevem os manuais. Deve entenderque os instruendos precisam criar gosto pela atividade, e que os militares comdesempenho deficiente necessitam ser recuperados a fim de que todos sejambons atiradores. Finalmente, deve entender que saber atirar bem uma obrigaodo militar e que a sua ao fundamental para que os militares de sua subunidadeatinjam esse nvel. NO DEVER PERMITIR QUE MILITARES NO HABILITA-DOS PORTEM ARMAS.

    d. O Cmt SU dever designar um oficial e um sargento de tiro da subunidadepara ministrar as instrues, basicamente a instruo de fundamentos de tiro, aInstruo Preparatria para o Tiro (IPT) e os exerccios de tiro. Para tal funo,devero ser escolhidos os militares mais capacitados em tiro da subunidade,(preferencialmente, o sargento de tiro ser do peloto do oficial de tiro dasubunidade).

    e. O Oficial de tiro da Unidade e o Oficial de tiro da SU devem conduzir asinstrues de tiro com objetividade, responsabilidade, pacincia e seguranabaseando-se, para isso, neste manual e na fontes de consulta relacionadas.Devero escolher um sargento de tiro capacitado que auxilie nas instrues.

    ARTIGO II

    TERMINOLOGIAa. Atirador - instruendo que realiza os exerccios de tiro.b. Auxiliar de instrutor (Aux Instr) - oficial que auxilia o oficial de tiro na

    conduo dos exerccios de tiro.c. Cavado do ombro - regio cncava localizada entre o ombro e o peitoral.d. Clicar - regular os aparelhos de pontaria.e. Comandante da linha de tiro - oficial de tiro que emite todas as ordens que

    devem ser observadas pelos atiradores.f. Controlador de munio - graduado responsvel pela distribuio de

    munio aos municiadores.g. Dedos da mo - polegar, indicador, mdio, anular e mnimo.h. Descanso do gatilho - pequeno deslocamento do gatilho que no interfere

    na ao de desengatilhamento da arma. Folga longitudinal da tecla do gatilho.i. Falange - segmento dos dedos. Distal (da extremidade), medial (do meio)

    e proximal (mais prxima palma da mo).

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    j. Instrutor: o mesmo que oficial de tiro. o responsvel por conduzir asinstrues de tiro.

    l. Lado da mo auxiliar - o lado do corpo correspondente mo auxiliar.m. Lado da mo que atira - o lado do corpo correspondente mo que atira.n. Maa de mira - mira; pequena salincia localizada na extremidade

    anterior da arma.o. Mo auxiliar - mo que no atira.p. Mo que atira - mo que usada para acionar o gatilho.q. Monitor(Mon) - graduado que auxilia o oficial de tiro na conduo dos

    exerccios de tiro.r. Municiador - soldado que auxilia na distribuio de munio.s. Obria - pedao de papel, ou adesivo, utilizado para tampar os impactos

    no alvo.

    t. Oficial de tiro da Subunidade - oficial responsvel pela execuo dasinstrues de tiro, mbito Subunidade. o comandante da linha de tiro da SU.

    u. Oficial de tiro da Unidade - oficial responsvel pela execuo dasinstrues de tiro, mbito Unidade. o comandante da linha de tiro.

    v. Pulso do atirador - parte do corpo que une a mo ao antebrao.x. Punho da arma - parte da arma que segura pela mo que atira.z. Sargento de tiro - sargento que auxilia o oficial de tiro nas instrues,

    podendo desempenhar a funo de monitor.aa. Srie de atiradores - conjunto de atiradores necessrios para a

    ocupao da linha de tiro.ab. Srie de falhas - repetio da srie de tiro para os atiradores das armas

    que apresentaram incidentes.ac. Srie de tiro - o mesmo que exerccio de tiro(segundo IGTAEx).ad. Sesso de tiro - so todos os exerccios de tiro realizados durante uma

    jornada de instruo.ae. Tiro em seco - consiste em disparar a arma, sem munio, usando ou

    no cartuchos de manejo, aplicando todos os fundamentos do tiro.af. Tiro visado - tiro no qual se utiliza as miras do armamentoag. V da mo - a rea da palma da mo auxiliar onde o fuzil fica apoiado.

    O polegar, em lado oposto aos demais dedos, forma uma curva semelhante letraV.

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    ARTIGO III

    SEGURANA NA INSTRUOa. Haver um oficial no comando da linha de tiro em todos os exerccios(oficial

    de tiro) que ter seus comandos obedecidos pronta e irrestritamente, sendosomente dele emanados, a no ser em caso de emergncia, ocasio em que ocomando de SUSPENDER FOGO poder ser dado por qualquer militar.

    b. Antes da execuo do tiro real e logo aps o trmino da ltima srie detiro, todas as armas e carregadores devero ser inspecionados. Caso existacartucho ou outro material no cano, este dever ser retirado de imediato.

    c. As munies de festim e de manejo sero sempre inspecionadas , umavez que pode haver munio real entre elas.

    d. A manuteno antes e depois do tiro tambm visa segurana, alm daeficincia do armamento. Antes dos exerccios, todos devero verificar o estadogeral do armamento e os itens de manuteno, identificando especialmente seno h fissuras no percussor ou se este no est quebrado.

    e. A rea do estande de tiro ser demarcada com bandeirolas vermelhas eavisos de PERIGO: TIRO REAL, (alm de luzes indicativas em caso de tironoturno). Os acessos devem ser sinalizados e obstrudos. A populao deve seralertada, em caso de necessidade.

    f. As armas sero sempre transportadas, no interior do polgono de tiro/estande, abertas, travadas e sem o carregador. Jamais algum poder tocar noarmamento ou permanecer com a arma fechada se houver pessoal frente.

    g. Antes de cada exerccio de tiro, devero ser citadas as Normas deSegurana, as quais devero estar impressas em locais visveis e distribudas nolocal da instruo; a saber:

    (1) proibido fumar;(2) obrigatrio o uso do capacete balstico ou similar;(3) durante todo o perodo de permanncia no estande e quando no forem

    empregadas as armas devero estar travadas, abertas e sem o carregador.(4) as armas que no estiverem na linha de tiro permanecero em local

    a elas destinado (indicar o local);(5) para as aes de municiar o carregador, alimentar, carregar, destra-

    var, iniciar o tiro, verificar os impactos e ir frente, os militares devero aguardara ordem do comandante da linha de tiro;

    (6) em nenhuma hiptese a arma da linha de tiro ter seu cano voltadoem outra direo que no seja a dos alvos;

    (7) as armas estaro sempre abertas e no podero ser tocadas casohaja algum frente da linha de tiro;

    (8) todos devero atender pronta e irrestritamente s ordens emanadaspelo comandante da linha de tiro;

    (9) ao ser carregada, a arma dever estar apontando para a linha de alvos,bem como o dedo indicador da mo que atira deve estar fora do gatilho;

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    (10) qualquer pessoa que observar ocorrncia de ato atentatrio segurana dever comandar SUSPENDER FOGO.

    h. Nas situaes de manuseio do armamento e no caso de incidentes e/ouacidentes de tiro, devero ser executadas aes previstas nos Manuais Tcnicospertinentes a cada arma. muito importante que a equipe de instruo conheaexatamente os detalhes de funcionamento, as medidas preliminares e ascaractersticas do armamento utilizado.

    i. importante inspecionar a qualidade dos cartuchos e impedir quemunies danificadas ou com prazo de Exame de Estabilidade Qumica vencidosejam utilizadas no tiro.

    j. O tiro somente deve ser realizado com apoio mdico (pessoal e meios)adequado.

    l. O controle visual da instruo, numa linha de tiro, conforme Fig 2-1, umprocedimento indispensvel. Para isto, devem ser observados os seguintesaspectos:

    (1) aps o trmino da srie de tiro, o atirador, em silncio, senta-se doispassos retaguarda do seu posto de tiro;

    (2) os militares da prxima srie sentam-se a quatro passos da linha deatiradores; e

    (3) no admitir conversas paralelas.

    Fig 2-1. Posicionamento dos atiradores e da prxima srie de atiradores

    m. Segurana no tiro noturno(1) Para facilitar a identificao do alvo por parte do atirador prudente

    dividir a srie em grupos de, no mximo, quatro atiradores (Fig 2-2), separadospelo intervalo de um alvo.

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    Fig 2-2.

    (2) Ao comando de Carregar, os Aux Instr/Mon acendem lanternas comfiltro vermelho, acompanhando os tiros do seu setor. As lanternas devem estardirecionadas ao comandante da linha de tiro.

    (3) Ao trmino do exerccio, eles inspecionam o setor que estiver sob suaresponsabilidade e, quando terminarem, sinalizam, piscando a lanterna para ocomandante da linha de tiro.

    (4) Antes da verificao dos impactos, as armas sero inspecionadaspelos monitores (armas ao solo, travadas, abertas, sem o carregador e com ajanela de ejeo voltada para cima). Ao trmino do mdulo e depois da ltima srie, necessrio realizar a inspeo final.

    ARTIGO IV

    ORGANIZAO DA SESSO DE TIROa. A sesso de tiro deve ser organizada de forma a facilitar o aprendizado

    dos instruendos, a segurana do pessoal envolvido e o controle das armas emunies empregados. Na medida do possvel, todo o conforto deve ser proporcio-nado, principalmente nas primeiras instrues, a fim de que o aprendizado sejafacilitado e o gosto pela atividade seja desenvolvido.

    b. O Cmt da linha de tiro dever ocupar posio central, de forma a controlarda melhor forma possvel o andamento da instruo.

    c. Os auxiliares de instrutor e monitores, em nmero de pelo menos um paracada vinte atiradores, devero ser distribudos ao longo da linha de tiro.

    d. O cabo armeiro dever acompanhar todas as instrues, a fim de sanaras panes no eliminadas no 1 escalo de Mnt.

    e. Um graduado dever manter o controle de toda a munio que dever serdistribuda aos atiradores pelos municiadores.

    f. medida que forem terminando os seus exerccios de tiro, os atiradoresdevero sentar, aproximadamente, a dois passos, retaguarda da sua posio detiro (Fig 2-1), a fim de que os instrutores e monitores possam controlar e transitarpela linha de tiro. Aux Instr/Mon faro uma inspeo sumria das armas,verificando se esto abertas,descarregadas, travadas e sem carregador, e dandoo pronto ao comandante aps a verificao de todas em seu setor. Para estainspeo da linha de tiro, importante que os atiradores deixem seu armamento

    2-2

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    apontado para frente, com as janelas de ejeo voltadas para cima e oscarregadores com seus transportadores (ou afins) virados para a retaguarda.

    g. Os atiradores, em caso de dvida, devero consultar, inicialmente, o AuxInstr/Mon do seu setor de tiro. Os militares que estiverem aguardando para atirar,s devero opinar se autorizados pelo comandante da linha de tiro, auxiliares deinstrutor e monitores. Os exerccios de tiro devero ser executados individualmen-te e com disciplina.

    h. Depois de completados os exerccios, instrutor, auxiliares de instrutor emonitores iro frente juntamente com os atiradores para a verificao dos alvose marcao dos borres. Os borres de tiro sero recolhidos e entregues ao oficialde tiro que providenciar seu arquivamento.

    i. Os militares que tiverem desempenho inferior ao estabelecido pelaIGTAEx, devero reiniciar os exerccios, tendo em vista a melhoria da sua atuaono tiro.

    j. obrigatria a presena de mdico e de ambulncia em qualquerinstruo com tiro real, sendo que este dever conduzir material apropriado paraas possveis leses que ali possam ocorrer.

    Fig 2-3. Exemplo de organizao do estande e da instruo de tiro

    l. Os materiais que devem ser conduzidos para o tiro so os seguintes:sistema de som, mesas de campanha, bancos de campanha, cola branca,tesoura, obrias adesivas ou de papel, alvos e molduras de reserva, capacete paraassistncia, protetores de ouvido, culos de proteo, grude, material de manu-teno de armamento, pranchetas, canetas, lpis, borracha, manuais relaciona-dos com o tiro, fitas adesivas tipo crepe, martelo e prego.

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    m. No planejamento da fase bsica do perodo de instruo individual deveser previsto o tempo suficiente para as instrues de tiro. Como sugesto,considerando a inexperincia dos futuros atiradores, o instrutor de tiro podeintercalar, logo na primeira sesso, cartuchos de manejo com cartuchos M1. Estetipo de exerccio propicia ao instrutor a oportunidade de identificar erros, principal-mente os de acionamento nos disparos com cartuchos de manejo, ao atiradorverificar se est fechando o olho, acionando o gatilho incorretamente, ouexecutando algo errado e ao atirador da prxima srie, a oportunidade de, mesmosentado atrs da linha dos Aux Instr/Mon, poder observar os erros de procedimen-to e ouvir os comentrios destes sobre as correes necessrias.

    n. Quanto menor o nmero de atiradores por instrutor melhor ser para orendimento da instruo.

    o. Os Instr/Aux Instr/Mon no devero jamais impor castigos ou limitaesno previstas nos exerccios de tiro.

    p. Instalar um sistema de som compatvel que facilite o controle e as ordens.

    ARTIGO V

    MISSES DO OFICIAL DE TIRO DA UNIDADE E SUBUNIDADEa. O oficial de tiro da unidade tem as seguintes misses:

    (1) assessorar o Cmt, S3 e S4 da unidade no planejamento dasinstrues e exerccios de tiro;

    (2) ministrar instrues de fundamentos de tiro e aplicar oficinas da IPTpara os quadros da unidade, em especial os oficiais e sargentos de tiro dassubunidades, de acordo com o planejamento do S3, a fim de padronizar osconhecimentos e informaes a serem repassadas aos instruendos. Essasinstrues devero, obrigatoriamente, ser conduzidas antes da IPT dos recrutas,podendo ser repetidas por ocasio dos exerccios de tiro ao longo do ano deinstruo;

    (3) fiscalizar as instrues ministradas dentro de cada subunidade, paraverificar o estrito cumprimento dos preceitos contidos neste manual, alm deorientar os instrutores e monitores no que se fizer necessrio.

    (4) conduzir o tiro no mbito da unidade, que no for executado no mbitoda SU, em especial o TAT de oficiais e sargentos, competies de tiro e instruesdos quadros da OM.

    b. O oficial de tiro da subunidade tem por misses:(1) ministrar a instruo de fundamentos de tiro e a IPT para os militares

    da sua subunidade, em especial aos recrutas, fazendo a avaliao individual decada um e lanando a avaliao das oficinas da IPT em borro especfico, quedever ser arquivado apropriadamente;

    (2) fazer os pedidos de material que forem necessrios ao S4, por meiodo Cmt de SU e assessorado pelo sargento de tiro, a fim de conduzir a s instruese exerccios de tiro nas melhores condies possveis;

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    (3) verificar os militares da subunidade que faro cada exerccio de tiro,de acordo com a distribuio das IGTAEx;

    (4) preencher os borres de tiro, juntamente com os Aux Instr/Mon,analisando os resultados;

    (5) planejar e executar a recuperao dos militares que apresentaremdesempenho deficiente durante as sesses de tiro. Havendo disponibilidade depessoal e espao no estande, os instruendos com deficincia deficientes poderofazer treinamento com FAC (vide croqui de linha de tiro) antes do tiro real;

    (6) fiscalizar a preparao do estande de tiro e das oficinas da IPT;(7) comandar a linha de tiro, sendo responsvel pela disciplina e

    segurana;(8) fiscalizar os militares na linha de tiro, orientando-os na execuo

    correta dos fundamentos de tiro e na clicagem do armamento;(9) verificar as condies de manuteno e segurana do armamento

    antes, durante e depois dos exerccios de tiro;(10) acompanhar o controle de consumo de munio, cobrando do

    graduado responsvel pela distribuio dos cartuchos a quantidade consumida,sobras e falhas daquilo que foi utilizado na instruo;

    (11) os Instr/Aux Instr/Mon devero buscar sempre o alto rendimento dainstruo com a recuperao dos atiradores com baixo desempenho.

    ARTIGO VI

    SELEO DOS INSTRUTORES(OFICIAL DE TIRO), AUXILIARES DEINSTRUTOR E MONITORES DE TIRO

    a. A seleo dos instrutores, auxiliares de instrutor e monitores de tiro decapital importncia para o rendimento na instruo.

    b. So qualidades inerentes a esses militares todas aquelas que proporci-onaro confiana, segurana e tranqilidade ao instruendo para que este possaaprender a atirar, deve ser paciente para repetir quantas vezes forem necessriaso exerccio at que o militar aprenda.

    c. Deve ainda, se sentir motivado pela atividade de tiro, ser srio, dedicadoe preocupado com a segurana. Isso associado aos seus conhecimentos datcnica e dos fundamentos de tiro, bem como e do conhecimento do armamento,proporcionar-lhe-o um alto rendimento e sucesso na instruo de tiro.

    ARTIGO VII

    SELEO E PREPARAO DAS ARMAS A SEREM UTILIZADAS NAINSTRUO

    a. As armas que devero ser utilizadas na instruo devem ser, preferen-cialmente as armas distribudas aos militares de cada subunidade. O combatentedeve conhecer seu armamento e fazer sua regulagem, conforme a IGTAEx.

    2-2

  • 2-11

    C 23-1

    b. Devem ser sanados todos os problemas do armamento que possamcausar incidentes, acidentes ou baixo rendimento durante os exerccios de tiro.O armamento deve estar em boas condies: cano sem ferrugem, assim comoas demais partes da arma, ausncia de folgas, aparelhos de pontaria bem fixadose todos os itens de manuteno em dia.

    c. Em relao ao fuzil, importante salientar as seguintes observaes:(1) o anel regulador do escape de gases deve proporcionar uma pequena

    sada, a ser diminuda apenas em funo da necessidade, caso haja insuficinciade gases. O fechamento completo do orifcio de escape de gases pode resultarna soltura do cilindro de gases, o que indisponibiliza o fuzil para o tiro;

    (2) a manuteno do cano do fuzil FAL, por ocasio do tiro, aumenta suavida til. Um mau rendimento no tiro, com grupamentos excessivamente espalha-dos, pode significar que o cano esteja descalibrado. Um fuzil FAL que sai defbrica passa por teste balstico, cujo resultado deve ser um grupamento de cincotiros inscritos em um quadrado de oito centmetros de lado a cinqenta metros.O oficial de tiro pode fazer teste semelhante que INDICAR se o cano est ou noem boas condies. A condenao do armamento, porm, s poder sercomprovada por teste conduzido em rgo especializado. A respeito desteassunto, a simples verificao feita apenas com calibrador de cano no indicacanos descalibrados em sua totalidade. O tiro de rajada tambm deve ser evitadocom o FAL, por ser um diminuidor da vida til do cano;

    (3) o percussor quebrado do FAL pode produzir um dos mais gravesacidentes, que o disparo ocorrido antes do trancamento da arma, em virtude doafloramento da ponta do percussor, o que ocasiona a percusso precoce duranteo movimento do fechamento do ferrolho. Para evitar este acidente, deve ser feitaa verificao do percussor sempre antes do tiro, buscando quebra ou ranhuras queindiquem rachaduras;

    (4) os aparelhos de pontaria devem estar bem fixados por ocasio do tiro.Um desvio de um milmetro nos aparelhos de pontaria ocasiona um erro de novecentmetros a cinqenta metros, prejudicando sobremaneira o resultado. Nainspeo antes do tiro deve ser feita a verificao do estado dos aparelhos depontaria, observando-se especificamente a ala de mira. Se estes apresentaremfolga, devero ser manutenidos, reparados ou substitudos, a fim de no prejudicaro tiro. O uso de uma liga elstica, que envolve a ala e a coronha da arma, atenuaesta folga originada de fbrica ou de uso constante.

    ARTIGO VIII

    A PROGRESSIVIDADE DA INSTRUO DE TIROa. As instrues de tiro devem seguir o fundamento da progressividade,

    segundo o qual as dificuldades surgiro de forma progressiva e sero vencidaspouco a pouco pelos militares instruendos.

    b. A atividade do tiro requer a criao de procedimentos mentais comple-xos, que devem ser aprendidos de forma favorvel.Um conforto inicial e o que forpermitido pelo exerccio devem ser proporcionados na fase de aprendizagem. Com

    2-2

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    2-12

    isso, o gosto pela atividade, que importante na criao dos reflexos condiciona-dos, far parte das atitudes do atirador.

    c. No podero ser permitidos castigos fsicos.d. O baixo rendimento deve ser analisado em busca da soluo, inclusive

    com a anlise do armamento.e. Os militares com fraco desempenho devero iniciar uma recuperao da

    eficcia de tiro na primeira oportunidade.f. As instrues devem comear curta distncia at a distncia de

    utilizao de combate, de competio e de tiro de caador, considerando-se quea dificuldade sempre ser gradual.

    g. Da mesma forma, as instrues sero inicialmente estticas (tiro de linhade tiro), passando depois aos tiros dinmicos (em pistas de tiro) at chegar aotiro sob estresse.

    h. A falta de progressividade da instruo pode causar desmotivao,bloqueio psicolgico e acidentes.

    ARTIGO IX

    EXECUO DOS EXERCCIOS DE TIRO

    2-3. GENERALIDADESa. Todos os mdulos de tiro esto previstos nas Instrues Gerais de Tiro

    com o Armamento do Exrcito (IGTAEx) e devem ser cumpridos na ntegra.b. Ao mesmo tempo em que executado o tiro real, deve ser montado,

    parte, no prprio estande, (observando-se as Normas de Segurana), uma linhade tiro de ar comprimido (Fig 2-4). Um Aux Instr/Mon conduzir vrias sries detiro de Car 4,5 mm com os atiradores com menes inferiores a R.

    2-2/2-3

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    Fig 2-4.

    c. Devem ser executados treinamentos de tiro em seco com os militares queestiverem aguardando para realizar o tiro real e, depois, com o restante dosatiradores.

    d. Os atiradores com desempenho insuficiente devem receber instruopreliminar, executando os exerccios dos itens b e c citados acima; executaro tiro e; caso necessrio, realizar recuperao do exerccio, logo aps o trminoda ltima srie.

    e. No tiro de instruo bsico, necessrio realizar as sesses iniciaisintercalando munio real com munio de manejo. Este procedimento auxilia aidentificao de erros de acionamento.

    f. O borro de tiro um documento. O correto preenchimento e o seuarquivamento so fundamentais para o controle da instruo. O borro deve serconfeccionado de acordo com os exerccios que sero executados na jornada. Asfiguras abaixo servem de exemplo.

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    Fig 2-5. Ficha de avaliao da IPT

    2-3

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    Fig 2-6. Exemplo de borro de tiro

    Extrato da IGTAEx 2001(TIB pgina 11-40) usado como referncia para opreenchimento do borro da Fig 2-6.

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    Fig 2-7. Extrato da IGTAEx 2001

    g. Constituio da equipe de instruo de tiro(1) Instrutor de tiro(2) Mdico(3) Auxiliares de instrutor/monitores: um para, no mximo, 20 atiradores,(4) Controlador de munio(5) Municiadores (no mnimo dois)(6) Cabo armeiro(7) Motorista da ambulncia(8) Equipe de segurana: constituio variada (depende do tamanho e

    localizao do estande)h. Segurana de terceiros - Procedimentos a serem realizados antes de

    iniciar o tiro.(1) Para estandes fora da OM: verificar se civis ou outros militares

    circulam pelas imediaes do estande.(2) Utilizar a Eqp Seg para bloquear os acessos ao estande de tiro(3) Para estandes dentro da OM: certificar se os militares da OM esto

    cientes da realizao do tiro (avisos em formaturas, previso em QTS, vias deacesso interditadas, etc)

    2-4. DESENVOLVIMENTOa. Seqncia e Comandos de Tiro

    (1) Manuteno do armamento: o instrutor deve determinar a desmontagemde 1 escalo dos fuzis, a fim de inspecionar as peas mveis: numerao doferrolho e do impulsor do ferrolho, situao do percussor, mola do percursor etc.O cabo armeiro deve assistir os militares nesta desmontagem/montagem. Armascom peas trocadas ou danificadas no podem ser utilizadas no tiro.

    oiccrexEorited oisoP

    ropsoriTmemoh ovlA sominmserdaP

    101 adaiopAadatieD 4

    6A mocodrocaed,IuoR,B,BM,E.oritedotnemapurgodohnamat201 adatieD 4

    301 adaiopaadahleojA 4401 odasivP 2

    2A .ateuhlisanotcapmi1501 odasivP 2

    601 odasivonP 3

    2A

    .onrutonoritarapotnemanierT

    701 odasivonP 3 mocodrocaed,IuoR,B,BM,E.ateuhlisansotcapmiedoremn801 odasivonP 3

    2-3/2-4

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    C 23-1

    (2) Verificar se os instruendos esto com proteo auditiva(3) Inspeo inicial : Dispor a tropa em coluna por dois, com intervalo de

    03 (trs) passos, frente para o interior, na posio de descansar; emitir asseguintes ordens: PREPARAR PARA INSPEO!, PARA INSPEO,POSIO!(Fig 2-8), APS A INSPEO, ABAIXEM A ARMA E PERMANE-AM NA POSIO DE DESCANSAR!;

    (4) Ambientao com os procedimentos no estande e com o tiro:(a) apresentar a equipe de instruo e de apoio, explicando a funo

    de cada um de seus integrantes;(b) persuadir os instruendos a executarem corretamente os funda-

    mentos do tiro, para que estejam em condies de usar de forma adequada oarmamento, relembrando estes fundamentos;

    (c) mostrar a disposio dos meios no estande;(d) explicar como as atividades sero desenvolvidas;(e) explicar o procedimento em caso de incidente de tiro (falhas): o

    atirador, em silncio, permanece na posio de tiro, levanta o brao da mo queatira e aguarda a presena do Aux Instr/Mon, para que este possa assisti-lo nasoluo da pane.

    (f) demonstrar a seqncia das aes a serem desenvolvidas pelosatiradores;

    (g) ler as Normas de Segurana (letra h. do Artigo III, Captulo 2);(h) questionar alguns atiradores, para verificar se entenderam o que

    foi explicado;(i) perguntar se existe dvida.

    (5) Organizar as sries de atiradores.(6) Dispor a tropa conforme a figura 2-3.(7) Recomendar aos atiradores que, ao trmino de cada srie de tiro,

    permaneam sentados a dois passos da retaguarda do posto de tiro, mantenhama arma ao solo, travada, aberta, com a janela de ejeo para cima e o carregadorcom o transportador voltado para a retaguarda.

    (8) Aps a 1 srie ocupar a linha de tiro, comandar: ATIRADORES,ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, ABERTAS E SEM CARREGADOR; JANELA

    Fig 2-8.

    - Preparar para a inspeo! - os militarescolocam a arma, travada, sobre o ombro esquer-do, com a janela de ejeo aberta e o carregadorna mo direita com o transportador voltado parafrente.

    - Para a inspeo, posio! - os atirado-res unem os calcanhares

    2-4

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    DE EJEO PARA CIMA E CARREGADOR COM O TRANSPORTADORVOLTADO PARA A RETAGUARDA. SENTADOS!.

    (9) IDENTIFIQUEM SEUS ALVOS!. Os atiradores levantam o brao ecitam nmero do alvo (da esquerda para direita e em ordem crescente).

    (10) PREENCHAM OS BORRES DE TIRO!. Explicar como preen-cher.

    (11) A PARTIR DE AGORA, CINCO MINUTOS DE TREINAMENTO DETIRO EM SECO E DAS POSIES DE TIRO!. Ressaltar as caractersticas decada posio enquanto estiver corrigindo os instruendos; usando um sistema desom.

    (12) TREINAMENTO ENCERRADO! ARMAS AO SOLO, TRAVADAS,ABERTAS E SEM CARREGADOR; JANELA DE EJEO PARA CIMA ECARREGADOR COM O TRANSPORTADOR VOLTADO PARA A RETAGUAR-DA. SENTADOS!. Descrever o exerccio a ser realizado.

    (13) MUNICIAR __ CARREGADOR(ES), CADA UM COM __CARTU-CHOS!.

    (14) TOMAR A POSIO _________!.(15) ALIMENTAR!. Verifique se alimentaram as armas.(16) CARREGAR!. Verifique se carregaram.(17) TRAVAR!.(18) ATIRADORES PRONTOS?. Neste momento, os monitores levan-

    tam o brao, sinalizando para o comandante da linha de tiro, abaixando-o somentequando todos estiverem prontos.

    (19) DESTRAVAR AS ARMAS!.(20) ATENO!. Apitar ou comandar FOGO A VONTADE!.(21) Apitar para terminar ou comandar CESSAR FOGO!.(22) FALHAS?. Sanar os incidentes (se houver) para prosseguir com os

    exerccios. Os Aux Instr/Mon devem acompanhar, individualmente, cada atirador,auxiliando-o, conforme o caso, a fim de resolver o incidente com a arma.

    (23) Quando no houver mais falhas comandar EXERCCIO DE TIROTERMINADO! ATIRADORES, ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, ABERTAS ESEM CARREGADOR; JANELA DE EJEO PARA CIMA E CARREGADORCOM O TRANSPORTADOR VOLTADO PARA A RETAGUARDA. AUX INSTR/MON, VERIFIQUEM A SEGURANA DA LINHA DE TIRO!.

    (24) Aps o sinal positivo dos monitores: LINHA DE TIRO EM SEGU-RANA! ATIRADORES DE P! FRENTE VERIFICAR OS RESULTADOS!;

    (25) Depois de encerrado o ltimo exerccio de tiro, de cada srie deatiradores, o instrutor, auxiliado pelos Aux Instr/Mon, faz a inspeo final naprpria linha de tiro.

    b. Verificao dos resultados(1) Durante a verificao dos alvos, os atiradores anotam os impactos no

    borro de tiro, um monitor anota em uma folha o desempenho (E, MB, B, R ou I)e recolhe os borres dos militares aptos. Os resultados insuficientes tm que serrecuperados.

    (2) O(s) monitor(es) que permanece(m) na linha de tiro organiza(m) oprximo rodzio.

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    (3) A srie de espera recolhe estojos vazios e em seguida, retorna ao seulugar, de frente para o alvo sem tocar no armamento.

    (4) A prxima srie se prepara para ocupar a posio de espera.(5) O cabo armeiro anota o nmero das armas com as respectivas

    quantidades de tiros, alm de registrar, se for o caso, as panes, incidentes ouproblemas apresentados.

    (6) Os soldados auxiliares e os atiradores tampam os furos nos alvos.(7) Aps o trmino dos exerccios de tiro previstos, os atiradores com

    resultado satisfatrio seguem para a manuteno do armamento, coordenadapelo cabo armeiro. Os militares deficientes realizaro exerccios de tiro em secoou tiro com FAC.

    2-5. CONTROLE DA INSTRUO importante que o oficial Cmt da linha de tiro acompanhe, antes, durante

    e aps o exerccio, o trabalho dos seus auxiliares, a fim de providenciar, medianteParte, as seguintes informaes:

    a. Situao do armamento: neste item relaciona-se a numerao do fuzilcom o nmero de disparos efetuados pela arma. necessrio especificar asarmas que apresentaram mau funcionamento, tiveram peas danificadas oucausaram acidente de tiro.

    b. Resultados individuais: na Parte, os borres de tiro so anexados,emitindo parecer, indicando os militares que no atingiram resultado satisfatrio.Estes militares no devero portar armamento.

    c. Consumo de munio: neste item so relacionadas as quantidades, porlote, de cartuchos consumidos, de cartuchos danificados e de cartuchos devol-vidos.

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    2-20

    Fig 2-9.

    (1) Durante a instruo, o graduado responsvel pela munio deve usara ficha abaixo (Fig 2-9) como ferramenta de controle.

    (a) Extra: a munio distribuda alm do previsto. Exemplo: Munpara substituir Car danificado no carregamento.

    (b) Sobra: a munio distribuda e no utilizada. Exemplo: o atiradorno termina a srie de tiro dentro do tempo determinado.

    (c) Os municiadores, entregando munio extra para os Aux Instr/Mon ou recebendo as sobras destes, informam imediatamente o fato ao graduadocontrolador da munio.

    (2) Os acidentes ocorridos durante a instruo devero ser administradosde acordo com o previsto no Programa de Instruo Militar(PIM).

    2-6. CONCLUSOAo trmino do exerccio de tiro, feita uma anlise, em que se procura

    mostrar os pontos a serem melhorados, ressaltando-se os aspectos positivos.

    2-7. PRESCRIES DIVERSASa. Medidas administrativas

    (1) Previso de consumo de munio - Conciliar a quantidade previstapara o consumo, segundo a IGTAEx e a disponibilidade de cartuchos pelasdotaes da OM. Estas so regulamentadas por portarias especficas, sendoconveniente consult-las junto 4 seo e ao oficial de munio da OM.

    2-5/2-7

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    C 23-1

    (2) Pedido de munio - Normalmente feito por meio da SU ao FiscalAdministrativo da OM (4 seo).

    (3) Pedido de apoio mdico - Normalmente feito por meio da SU aoFiscal Administrativo da OM (4 seo).

    (4) Pedido de estande - Normalmente feito por meio da SU ao Oficialde Operaes da OM (3 seo).

    b. Aquisio de Alvos e Obrias(1) Os alvos e obrias podem ser adquiridos no EGGCF ou em grficas

    especializadas. Na impossibilidade de compr-los, os alvos podero ser confec-cionados de maneira artesanal, usando-se cartolina ou outro papel e tinta preta.Cria-se uma moldura de borracha ou madeira e pinta-se o interior com rolo oupincel.

    (2) Tamanho do alvo: o alvo padro o alvo A2, representando a silhuetade um homem em p. Os tiros visados com fuzil objetivam acertar um homem a200 metros. (Fig 2-10)

    Fig 2-10

    (3) Em estandes reduzidos, bem como para a confeco dos meiosauxiliares de instruo, recomendvel utilizar alvos com dimenses reduzidasem escala, proporcionais distncia operacional (200 m), possibilitando aoinstruendo sempre a mesma fotografia.

    Exemplo:(a) Pela regra de trs

    A CB D

    (b) Estande de 50 m 200/50 = FATOR MULTIPLICADOR(c) Multiplicam-se pelo fator multiplicador todas as dimenses do alvo:

    36 cm x ; 56 cm x ; 20 cm x ; 16 cm x , pois o valorde 200 m dividido por 50

    2-7

    =

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    2-22

    (d) Os alvos reduzidos podem ser impressos, com menor custo, emimpressoras de computador, em fotocopiadoras ou pintados com tinta preta(pintam-se vrias folhas para depois recort-las nas medidas desejadas).

    (4) As obrias ideais so as do tipo adesivas, pela facilidade demanuseio, agilizando o trabalho de trincheira, tendo em vista que so limpas e decusto relativamente baixo. Podem tambm ser confeccionadas de papel picotadocom cola base de farinha de trigo.

    (5) As molduras podem ser confeccionadas com diversos materiais(papelo, madeira, isopor, pano, etc). So numeradas e devem permanecer firmese resistentes s condies adversas do tempo, como chuvas e ventos fortes.

    Fig 2-11. Exemplo de moldura

    Fig 2-12. Moldura utilizando isopor

    2-7

  • 3-1

    C 23-1

    CAPTULO 3

    FUNDAMENTOS DE TIRO DE FUZIL

    3-1. GENERALIDADESa. O tiro preciso um conjunto de aes muito simples e interligadas. Os

    fundamentos do tiro so aspectos bsicos que devem ser perfeitamente compre-endidos neste processo, sendo so apresentados na seqncia natural das aespara realizao de um disparo com o fuzil. Se o atirador execut-los corretamente,ter maior xito na realizao de tiros em alvos de instruo e no combate. Osfundamentos de tiro so a posio estvel, a pontaria, o controle da respirao eo acionamento do gatilho. Todos os fundamentos devem ser executados de formaintegrada. O atirador deve utilizar a estrutura ssea do corpo como apoio,procurando amenizar a fadiga precoce dos msculos envolvidos na posio, emespecial na deitada e ajoelhada.

    b. Os fundamentos de tiro de fuzil sero detalhados nos artigos a seguir.

    ARTIGO I

    POSIO ESTVEL

    3-2. DEFINIO o sistema formado pela empunhadura e a posio de tiro, objetivando a

    menor oscilao do conjunto arma-atirador. Sempre que possvel, o atiradordever procurar utilizar qualquer tipo de apoio (sacos de areia, rvores, troncos,pneus, colunas etc.) para a realizao do tiro, pois, alm de permitir uma posiomais estvel, poder servir tambm de abrigo. Vale ressaltar que, em algumassituaes, o atirador no contar com apoios. Para manter uma boa estabilidade,qualquer que seja a posio de tiro, necessrio uma fora muscular que sustenteo peso da arma e tenha como resultante a firmeza da arma e da posio de tiro.

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    3-2

    3-3. CONCEITOSa. Arco de movimento - So movimentos constantes do corpo do atirador

    que influenciam o grupamento de tiro e so notados durante a pontaria.b. Estabilidade da posio - Situao ocorrida quando ao assumir a

    posio de tiro, o atirador possui um arco de movimento reduzido.c. Firmeza - qualquer ao exercida sobre a arma ou musculatura que

    resulte em estabilidade.d. Contrao - a fora muscular exercida sobre a arma ou musculatura

    que resulte em instabilidade e fadiga precoce da musculatura, respectivamente.e. Zona natural de pontaria - Ao assumir naturalmente a posio de tiro,

    o fuzil do atirador aponta para uma determinada direo. A direo apontada e aoscilao do corpo determinam a zona natural de pontaria. Caso esta zona nocoincida com o alvo, o atirador deve corrigir a posio de tiro para que istoacontea. Se o atirador forar a posio de tiro na direo do alvo, diminuir aestabilidade da posio bem como a probabilidade de acerto. Quanto maisfreqente for a prtica do atirador, melhor ser a capacidade de fazer com que azona natural de pontaria seja a regio do alvo ao assumir a posio de tironaturalmente.

    3-4. EMPUNHADURA o ajuste das partes do corpo arma, proporcionando firmeza ao conjunto,

    facilitando a realizao da pontaria e o correto acionamento do gatilho.a. Pontos de contato do corpo do atirador com a arma

    (1) a mo que atira segura o punho da arma e pressiona o gatilho;(2) a mo auxiliar segurando as placas do guarda-mo, no V da mo;(3) o cavado do ombro prende a chapa da soleira;(4) a cabea do atirador pende sobre o delgado da coronha.

    b. O atirador deve buscar(1) no comprimir excessivamente a arma com a mo auxiliar, pois

    somente a fora muscular suficiente para dar firmeza posio estvel;(2) manter o fuzil firme no cavado do ombro;(3) a cabea pende ereta sobre o delgado da coronha;(4) a mo que atira empunha a arma com firmeza.

    3-3/3-4

  • 3-3

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    Fig 3-1. Empunhadura

    Fig 3-2. V da mo

    3-4

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    3-4

    3-5. POSIES DE TIROa. Generalidades - A posio de tiro dever propiciar ao atirador estabili-

    dade e conforto (este ltimo quando possvel), possibilitando assim uma corretaempunhadura e pontaria. Ela reduzir o arco de movimento do atirador, permitindoa ele melhores condies para realizar um acionamento correto. A diminuio doarco de movimento conseqncia, portanto, da posio de tiro e, principalmente,do treinamento constante. As posies de tiro aqui apresentadas so bsicas epartem sempre da posio inicial. A escolha da melhor posio de tiro, ou umavariao desta, ser feita em funo da situao do terreno, do inimigo ou dosmeios disponveis para apoio e abrigo.

    b. Posio Inicial - a posio utilizada para o incio dos exerccios detiro no estande (Fig 3-3). Os detalhes da posio ajoelhada so:

    (1) o atirador fica de frente para o alvo, com os ps afastados entre si auma distncia correspondente largura dos ombros (opo para o p do lado damo auxiliar, um pouco frente);

    (2) a mo auxiliar segura a placa do guarda-mo;(3) a mo que atira segura o punho do fuzil, na altura da cintura, com o

    cano voltado para frente.

    Fig 3-3. Posio inicial

    c. Posio deitada - Esta posio de tiro naturalmente possibilita maiorestabilidade ao atirador por possuir maior superfcie de apoio, bem como ter seucentro de gravidade prximo ao solo (Fig 3-4). Os fundamentos da posio de tirodeitada so:

    3-5

  • 3-5

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    (1) deitar de frente, com o corpo em ngulo de aproximadamente 30o emrelao direo de tiro, para o lado da mo auxiliar;

    (2) a perna do lado da mo que atira ligeiramente flexionada, aliviando omovimento do diafragma na respirao e proporcionando, ao lado da mo auxiliar,um maior contato com o solo;

    (3) a perna do lado da mo auxiliar naturalmente estendida no prolonga-mento da coluna vertebral;

    (4) o cotovelo do lado da mo auxiliar apoiado o mais baixo possvel daarma e antebrao tocando o carregador;

    (5) a chapa da soleira no cavado do ombro;(6) cotovelo do lado da mo que atira apoiado naturalmente ao lado do

    corpo;(7) a mo que atira empunha o fuzil, trazendo-o de encontro ao ombro do

    lado que atira, dando-lhe firmeza;(8) a cabea deve estar na vertical, com o seio da face apoiado sobre a

    coronha e com a musculatura do pescoo descontrada.

    Fig 3-4. Posio de tiro deitada

    d. Posio ajoelhada - uma posio de boa estabilidade, baseada nacorreta distribuio do peso do conjunto arma atirador (Fig 3-5 e 3-6). Osfundamentos da posio ajoelhada so:

    (1) girar aproximadamente 45 em relao direo de tiro, para o ladoda mo que atira;

    (2) Dar um passo frente com a perna do lado da mo auxiliar,ajoelhando-se sobre a perna do lado da mo que atira;

    (3) o calcanhar encaixa no vo entre as ndegas;(4) a perna do lado da mo auxiliar permanece na vertical ou com o p um

    pouco frente, mantendo-o paralelo outra perna;(5) o peso do corpo distribudo igualmente pelos trs pontos de apoio do

    conjunto (joelho, p do lado da mo que atira e p do lado da mo auxiliar),formando uma boa base (tringulo eqiltero);

    3-5

  • C 23-1

    3-6

    (6) o cotovelo do lado da mo auxiliar apoiado no joelho, ultrapassando-o ligeiramente e antebrao tocando o carregador;

    (7) a chapa da soleira colocada no cavado do ombro;(8) a mo que atira empunha o fuzil trazendo-o, firmemente, de encontro

    ao cavado do ombro, resultando em firmeza;(9) cabea na vertical, apoiando a bochecha sobre a coronha e

    descontraindo a musculatura do pescoo;(10) a posio de tiro ajoelhada comporta ainda trs tipos de colocao

    do p do lado que atira ,podendo ser utilizadas de acordo com a individualidadedo atirador.

    Fig 3-5. Posio de tiro ajoelhada

    Fig 3-6. Colocao do p do lado da mo que atira na posio ajoelhada

    f. Posio de p - Oferece menos apoio e estabilidade ao atirador. Estaposio facilita o engajamento de alvos em movimento e em vrias direes.Apesar de ser menos estvel (por depender da sustentao muscular), a posiopermite tiros precisos com boa cadncia (Fig 3-7). Os fundamentos da posiode tiro de p so:

    (1) dar um passo frente com a perna do lado da mo auxiliar e flexion-la ligeiramente;

    (2) a perna do lado da mo que atira permanece estendida;(3) o tronco inclina-se para a frente, no prolongamento da perna estendida;

    3-5

  • 3-7

    C 23-1

    (4) a mo que atira empunha o fuzil, puxando-o, firmemente, de encontroao cavado do ombro;

    (5) a cabea deve estar na vertical, apoiando o seio da face sobre acoronha e relaxando a musculatura do pescoo;

    (6) a chapa da soleira fica pouco acima do cavado do ombro em relao posio deitada e ajoelhada.

    Fig 3-7. Posio de tiro de p

    3-5

  • C 23-1

    3-8

    ARTIGO II

    PONTARIA

    3-6. GENERALIDADESa. A pontaria o fundamento de tiro que faz com que o atirador direcione

    sua arma para o alvo.b. Apontar para o alvo significa alinhar os aparelhos de pontaria do fuzil

    corretamente com o alvo.

    c. O ser humano possui um de seus olhos com melhor capacidade deapontar que o outro, denominado olho diretor. Este, sempre que possvel, deve serutilizado para realizar a pontaria, desde que seja do mesmo lado que o atiradorprefira atirar em funo da sua habilidade motora. Caso este lado no sejacorrespondente ao olho diretor, o atirador deve escolher sua posio de tiro deacordo com o lado que possui mais coordenao para disparar, no utilizando oolho diretor para a pontaria.

    d. A pontaria sempre ser realizada no centro do alvo, por ser o local ondeh maior probabilidade de acerto devido massa exposta e por ser regio vital docorpo humano.

    3-7. ELEMENTOS DA PONTARIAa. Linha de mira (LM) - Linha imaginria que une o olho maa de mira,

    passando pela ala. Ela responsvel pelo alinhamento do armamento com adireo de tiro. Qualquer erro provoca um desvio angular do ponto de impacto (alvo)em relao ao ponto visado. (Fig 3-8)

    Fig 3-8. Linha de mira

    3-6/3-7

    MAA DEMIRA

    LINHA DEMIRA

    ALA DEMIRA

  • 3-9

    C 23-1

    b. Linha de visada (LV) - Linha imaginria que se constitui no prolonga-mento da linha de mira at o alvo.

    Fig 3-9. Linha de visada

    c. Fotografia - Imagem obtida quando se realiza a pontaria. Para tanto, necessrio, no tiro de fuzil, focalizar o topo da maa de mira, atravs do centro dovisor da ala e coloc-lo no centro do alvo. As abas de proteo da maa de mirano so utilizadas na pontaria. Como o crebro trabalha com imagens, a fotografiacorreta deve ser permanentemente buscada pelo atirador at o momento dodisparo. (Fig 3-10)

    Fig 3-10. Fotografia correta

    3-7

    LINHA DEVISADA

    MAA DEMIRA

    ALA DEMIRA

    ALVO

  • C 23-1

    3-10

    d. Distncia para a ala - Distncia compreendida entre o olho do atiradore a ala de mira, de aproximadamente 4 dedos. Esta distncia permitir atingirrapidamente a imagem da fotografia correta.

    Fig 3-11. Distncia para ala

    e. Foco na maa - O olho humano no consegue focalizar, ao mesmotempo, objetos em planos diferentes. Portanto, durante a pontaria, s se podefocalizar, nitidamente, um dos trs planos da fotografia: a ala, a maa ou o alvo.Para uma perfeita fotografia, deve-se focalizar com clareza (nitidamente) a maade mira. Nesta situao ela se encontrar naturalmente centrada em relao ala, obtendo-se a linha de mira. A partir da, basta direcionar o topo do pino damaa de mira para o centro do alvo, que permanecer embaado at o momentodo disparo. Focando a ala ou o alvo, a maa ficar embaada permitindo que ummnimo desvio seja imperceptvel, mas provoque uma grande disperso. O atiradortem que acreditar que o mais importante focar a maa de mira. (Fig 3-12 e 3-13)

    Fig 3-12. Erros de linha de mira

    3-7

    OLHO ALA DE MIRA

    4 DEDOS

  • 3-11

    C 23-1

    Fig 3-13. Erros de linha de visada

    ARTIGO III

    CONTROLE DA RESPIRAO

    3-8. FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE RESPIRAOa. Durante o ciclo respiratrio, entre uma expirao e a prxima inspirao,

    existe uma pausa respiratria natural, momento em que o diafragma esttotalmente relaxado.

    b. Nos tiros de preciso, o atirador dever prender a respirao nesta pausarespiratria natural (que se inicia ao final da expirao), prolongando-a enquantorealiza o acionamento. importante, para a realizao de um bom disparo, queo prolongamento da pausa respiratria no ultrapasse, em mdia, 10 segundos.Caso contrrio, prejudicar a oxigenao do organismo, provocando tremoresmusculares e vista embaada. Alm de prejudicar o aspecto fsico, aumenta aansiedade e a tenso no atirador que, por fim, acabar executando um mauacionamento do gatilho. Neste caso, quando o tempo for suficiente, o atiradordever ser orientado para que, no conseguindo realizar o disparo neste intervalo,desfaa a pontaria, volte a respirar e reinicie todo o processo. Com o treinamento,dever aprender a realizar o disparo antes de comear a sentir-se incomodadocom a pausa respiratria. Caso o atirador tenha que realizar tiros subseqentes,ele deve prolongar a pausa entre eles ou, necessitando de ar, respirar rapidamentee continuar os disparos. (Fig 3-14)

    3-7/3-8

  • C 23-1

    3-12

    Fig 3-14. Controle da respirao

    ARTIGO IV

    ACIONAMENTO DO GATILHO

    3-9. FUNDAMENTOS DO ACIONAMENTO DO GATILHOa. Durante o acionamento, o atirador deve ter em mente: manter a posio

    estvel, focalizar a maa, procurar coloc-la no centro do alvo, prender arespirao e aumentar, suave e progressivamente, a presso na tecla do gatilhoat aps ocorrer o disparo.

    b. O dedo indicador toca a parte central da tecla do gatilho com a regioentre a parte mdia da falange distal e a sua interseo com a falange mdia.

    c. A presso deve ser exercida de forma suave e progressiva, semmovimentos bruscos, para a retaguarda e na mesma direo do cano da arma,sem vetores laterais. importante no alterar a firmeza da empunhadura durantea compresso do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmenteindependente da empunhadura, mantendo-se, em conseqncia, a posioestvel e sem desfazer a pontaria. (Fig 3-15)

    3-8/3-9

  • 3-13

    C 23-1

    Fig 3-15. Sentido da fora do acionamento

    3-10. ERROS NO ACIONAMENTO DO GATILHOa. Ao executar a pontaria desejvel que o atirador permanea com a arma

    sobre o ponto visado, mantendo a linha de visada. No entanto, sempre h umapequena oscilao, mais sentida quanto maior a distncia do alvo, maior ainstabilidade da posio e menor o treinamento. Esta situao, aliada ansiedadede acertar, faz com que o atirador cometa erros no acionamento, obtendo mausresultados.

    (1) Gatilhada - o atirador comanda o disparo, acionando bruscamenteo gatilho quando julga visualizar a fotografia ideal. Com isso, ao invs de atingir oalvo no ponto desejado, pode deixar de acert-lo.

    (2) Antecipao - outra conseqncia de comandar o tiro a antecipaode reaes ao disparo. O atirador pode ser levado a aumentar a presso daempunhadura e a forar o punho para baixo como para compensar o recuo daarma.

    (3) Esquiva - Pode ainda ocorrer a esquiva, na qual o atirador projeta oombro para trs procurando fugir do recuo. Muitas vezes, o atirador chega a fecharos olhos antes do disparo, perdendo a fotografia.

    3-11. ACOMPANHAMENTOa. a fase que se inicia aps fuzil ser disparado. um fundamento que

    exige bom domnio dos demais para ser aplicado corretamente.b. O acompanhamento consiste nas seguintes aes:

    (1) procurar manter a linha de mira, com o foco na maa;(2) continuar a acionar a tecla do gatilho at o final de seu curso da mesma

    forma que vinha sendo feita antes do disparo;(3) manter o apoio da cabea na coronha;

    3-9/3-11

  • C 23-1

    3-14

    (4) manter o mesmo nvel de tenso muscular da posio e firmeza naempunhadura;

    (5) evitar qualquer reao ao recuo ou ao estampido do tiro;(6) liberar a tecla do gatilho somente aps a linha de visada ter sido

    restabelecida.c. O acompanhamento essencial para a boa execuo do tiro, permitindo

    ainda maior facilidade no engajamento de alvos subseqentes. Se realizadocorretamente auxilia na concentrao na pontaria nos momentos finais dodisparo.

    3-12. INDICAO DO TIRO (CANTADA")a. Indicar o tiro a capacidade do atirador saber onde o projtil atingiu o alvo

    imediatamente aps ter sido disparado. Normalmente alvos humanos so fugazese movem-se aps terem sido atingidos. O atirador deve ser capaz de dizerprecisamente o local provvel de impacto do tiro para auxiliar na confirmao doacerto do alvo.

    b. O tiro indicado pelo atirador pela relao entre o local onde o fuzil estavaapontado no momento do disparo e o ponto de pontaria no alvo (a princpio, o centrode maa), por meio do processo do relgio, observando a direo e distncia.

    c. A imagem da indicao do tiro a fotografia que o atirador observaimediatamente aps o desengatilhamento e antes do incio do recuo do fuzil. Casoa pontaria esteja correta, no centro do alvo, a cantada ser a fotografia correta.

    d. A partir do momento em que o atirador consegue realizar a cantadacorretamente, significa tambm que est aplicando corretamente os fundamentosde tiro. Quanto mais experiente, mais precisas sero as cantadas do atirador.

    e. Inicialmente uma tcnica difcil de ser executada. O acompanhamentocorreto do tiro facilita a cantada.

    f. Para o atirador cantar o tiro, o fuzil, logicamente, dever estar clicado paraacertar o ponto visado na distncia em que o atirador estiver disparando. Somenteestando hbil em cantar o tiro, o atirador poder realizar a clicagem do armamentoe determinar corretamente a ala de combate do fuzil.

    g. A cantada correta indica que o atirador est realizando e dominando osfundamentos de tiro corretamente

    ARTIGO V

    AO INTEGRADA DE ATIRARa. A partir do momento em que o atirador tiver aprendido os fundamentos

    de tiro, ele deve saber integr-los. A ao integrada de atirar uma seqncialgica de medidas que o atirador realiza para melhor harmonizar os fundamentos.

    3-11/3-12

  • 3-15

    C 23-1

    b. dividida em trs fases:(1) Fase da preparao - Nesta fase o atirador procura assumir a melhor

    posio de tiro para realizar o disparo, procurando as melhores condies que oterreno oferece. O atirador procura tambm o melhor apoio disponvel para a suaposio. Verifica se a zona natural de pontaria est no alvo e se a posio de tiroest naturalmente equilibrada. O atirador realiza, se necessrio, correes naala de mira de acordo com a distncia em que ir disparar.

    (2) Fase do disparo - Nesta fase sero coordenadas as aes para o tiropropriamente dito.

    (a) Respirar. O atirador inspira e expira, iniciando posteriormente oprolongamento da pausa respiratria. Verifica se o apoio da face no fuzil estcorreto, obtendo a distncia de 4 dedos entre o olho e a ala de mira. Inicia tambmprocesso de pontaria, procurando identificar o alvo e observar a linha de mira.

    (b) Relaxar. A partir do incio da ltima expirao, o atirador procuramanter a musculatura envolvida firme, estabilizando a posio de tiro, mantendoo controle do fuzil e a firmeza na empunhadura.

    (c) Apontar. Ao se iniciar o prolongamento da pausa respiratria, oatirador deve refinar a pontaria no alvo, focalizando a maa de mira e procurandomanter a oscilao do fuzil no centro da zona do alvo, mesmo que este esteja emmovimento.

    (d) Acionar. A presso exercida na tecla do gatilho iniciada no finalda expirao. Mantendo a pausa respiratria e a pontaria no centro de maa doalvo o atirador aciona progressivamente o gatilho at o momento do disparo.

    (3) Fase aps o tiro - Aps a disparo o atirador realiza o acompanhamentodo tiro e a indicao do local de impacto. O atirador deve analisar o tiroimediatamente aps o disparo. Se o tiro atingiu o alvo, significa que a aointegrada de atirar foi realizada corretamente. Caso o alvo no tenha sido atingidoo atirador deve analisar as possveis causas e dar mais nfase na correo desteserros em tiros futuros.

    ARTIGO VI

    ANLISE DO TIROSOTCAPMISODLACOL LEVVORPASUAC

    OAPICETNA

    3-12

  • C 23-1

    3-16

    SOTCAPMISODLACOL LEVVORPASUAC

    AVIUQSE

    ANOZADONETBOANORREAIRATNOPEDLARUTAN

    EDAHNILADADAMOTANORREARIM

    ADAHLITAG

    3-12

  • 3-17

    C 23-1

    SOTCAPMISODLACOL LEVVORPASUAC

    ORAPSIDOETNARUDODNARIPSER

    ARIMEDAHNILADADAMOTANORRE

    ARIMEDAAMADAROFOCOFOMADODALODOLEVOTOC

    ADOXIABAAVATSEONRAILIXUAAMRA

    ,LAREGME,ORITEDSOTNEMADNUFETNEMATERROCNISODACILPA

    ONACMOCLIZUFEDEDADILIBISSOPEVEDROTURTSNI(OSICERPMESODNAZILAEROTNEMAMRAORATSET

    ORACIFIREVARAPORITEDEIRS)OTNEMAPURG

    EDSOHLERAPASODMEGALUGERATERROCNIAIRATNOP

    3-12

  • 4-1

    C 23-1

    CAPTULO 4

    O PREPARO PSICOLGICO

    4-1. INTRODUOUm disparo um conjunto de procedimentos que requer do executante uma

    grande habilidade motora fina. Como em toda atividade que envolve este tipo dehabilidade, difcil execut-la em momentos em que o nvel de ansiedade estiveralto; por isso, importante explorar a parte psicolgica do tiro.

    4-2. FOCO DE ATENOa. O foco de ateno do atirador deve estar totalmente voltado para o

    alinhamento de miras porque esta a nica forma de alinhar o cano para o alvo( importante no confundir com o foco visual, que deve estar o tempo todo namaa). Se o FOCO DE ATENO no estiver em alinhamento de miras, a suamente poder ser tomada pelo pensamento de agora o momento para apertaro gatilho, nesta hora ser tarde e aparecero provavelmente os erros comuns deacionamento de gatilho (gatilhada ou antecipao).

    b. O atirador durante os tiros deve estar com o FOCO DE ATENO noalinhamento de miras e o restante das aes ser executado automaticamente.Este o objetivo final de todo o atirador, pois a automao dos movimentos e asaes fluem naturalmente. Portanto, no momento final do tiro o FOCO DEATENO deve estar no alinhamento de miras. D esse comando miras! e tudomais flui naturalmente.

    4-3. CONDICIONAMENTOa. importante o instruendo repetir vrias vezes o tiro em seco na oficina

    de acionamento do gatilho, para se criar uma automao do movimento de puxadacorreta de gatilho. Com essa automao, o atirador deixar livre seu consciente

  • C 23-1

    4-2

    para focar sua ateno no alinhamento de miras. medida que o atirador forautomatizando os fundamentos de tiro, conseguir concentrar mais e mais suaateno no alinhamento de miras ou, at mesmo, na resoluo da situao tticaem que ele se encontrar. Conseqentemente, aps esta automao, os nveis deansiedade diminuem muito.

    b. No tiro em combate ou tiro rpido, a automao dos movimentosenvolvidos na execuo do tiro se torna imprescindvel, porque, com o nvel deansiedade alta, s os movimentos condicionados sero perfeito e rapidamenteexecutados.

    c. Na administrao do reforo positivo e negativo, pelo instrutor, importante saber que quando o atirador elogiado, ocorre um aumento de suamotivao, ao mesmo tempo em que fortalece a aprendizagem da sua habilidade,isto , vai haver um progresso na sua organizao. Pode-se imaginar que se oatirador fosse punido ocorreria o contrrio, isto , um progresso ao contrrio, o queno ocorre. Na punio, o que sucede a supresso temporal do comportamentoerrado, mas que poder retornar se no houver um controle permanente docomportamento infrator at que ele seja levado extino.

    4-4. ANSIEDADESe os nveis de ansiedade aumentarem, e no forem controlados, alguns

    dos sintomas podem aparecer:a. Diminuio da viso perifrica.b. Diminuio da capacidade de ouvir as coisas ao redor.c. Diminuio da habilidade motora finad. Descarga de adrenalina - provocando um conseqente aumento da

    sudorese e freqncia cardaca.e. Taquipsiquia - efeito da demora, o atirador pensa que ele est se

    deslocando lentamente.f. Analgesia - ocorre quando a taxa de adrenalina est alta, o inimigo pode

    levar um tiro e ele ainda permanece avanando para atacar. Por isso, que devemossempre executar dois disparos.

    4-5. IMAGENS E COMANDOS POSITIVOSa. Para criar uma IMAGEM POSITIVA necessrio que o atirador se

    enxergue acertando um, dois, trs,... tiros no alvo. Nosso crebro trabalha comimagens; se a mente do atirador visualizar uma imagem de um tiro passando aolado do alvo, certamente, seu crebro far o possvel para que o tiro v naquele localonde se imaginou, ou seja, ao lado do alvo. Ento, visualize uma imagem positivade acertar o alvo. Destrua a imagem negativa com um mssil, foguete, fogo, gua,

    4-3/4-5

  • 4-3

    C 23-1

    etc. Tire-a da sua mente, em suma, limpe a mente.b. D COMANDOS POSITIVOS para sua mente. Vou acertar o alvo e o tiro

    certamente ir acertar o alvo.c. Com comando negativo, como no posso acertar o alvo, vai a seguinte

    mensagem ou imagem para o crebro, erre o alvo, e o crebro far tudo para queisso acontea.

    4-6. PROGRESSIVIDADE DAS INSTRUESa. Existem vrios fatores que fazem com que a ansiedade aumente, que

    vm, desde a inexperincia no trato com o armamento; passando pela responsa-bilidade de no cometer nenhuma negligncia, impercia ou imprudncia com ofuzil; como tambm, pelo recuo, estampido e efeito letal da arma; e, chega aoestgio final da competncia profissional em acertar o alvo, quando necessrio.

    b. Para os inexperientes pode-se afirmar que o medo inerente ao serhumano; portanto, encare o tiro, o acertar o alvo, como um obstculo a ser vencidocomo qualquer outro da vida.

    c. O natural deve ser buscado por cada atirador, pois cada militar umindividuo e essa INDIVIDUALIDADE deve ser aceita tanto pelo prprio atiradorcomo pelos instrutores. As regras gerais para os fundamento e tcnicas j foramexpostas, adapte-as sua INDIVIDUALIDADE para que se alcance o mximo derendimento.

    d. Atiradores: o autodomnio, o equilbrio emocional e a autoconfianaaumentar a cada acerto e a cada etapa de instruo vencida. Acredite na tcnicaensinada e, antes de tudo, em voc mesmo.

    4-5/4-6

  • 5-1

    C 23-1

    CAPTULO 5

    INSTRUO PREPARATRIA PARA O TIRO (IPT)

    ARTIGO I

    FINALIDADE E ORGANIZAO

    5-1. FINALIDADE

    a. A IPT tem a finalidade de fazer com que os instruendos preparem-se parao tiro real. Para isso, devem aplicar a tcnica(Fundamentos de Tiro) e realizarexatamente o que foi ensinado e demonstrado durante as instrues tericas eprticas.

    b. As oficinas sero desenvolvidas atendendo os fundamentos de tiroassociado ao cuidado com o manejo do armamento.

    5-2. ORGANIZAOa. Toda a INSTRUO PREPARATRIA PARA O TIRO deve ser, preferen-

    cialmente, realizada no estande e, obrigatoriamente, antecedida por sessoterica sobre FUNDAMENTOS DE TIRO. Tudo isso visa aumentar o rendimentodas prximas instrues. A IPT subdividida em 4 oficinas, sendo que uma delasdever ter, como responsvel, um instrutor/Aux Instr/Mon que ser encarregadode conduzir o exerccio. Inicia-se com a instruo de Fundamentos de Tiro,preferencialmente, ministrada em uma nica vez para todo o efetivo do dia, sendoesta conduzida pelo oficial de tiro. Com isso, nivela-se a instruo para todos osinstruendos. Aps essa instruo, o grupamento ser dividido de forma que hajaum rodzio entre as oficinas no perodo da manh e no da tarde.

    b. queles que apresentem deficincias deve ser dada ateno especialpara que sejam recuperados no mesmo dia da instruo ou antes da realizao

  • C 23-1

    5-2

    do TIP. Para uso de um grupo grande, devem estar disponveis conjuntos dematerial auxiliar na proporo de 50% ou mais do efetivo do grupamento. Alm doinstrutor responsvel pela sesso, devem ser designados monitores, dentro dapossibilidade da Unidade, para cada oficina da IPT.

    c. O Oficial de Tiro poder, alm de coordenar e fiscalizar as oficinas, serum instrutor de uma delas. Neste caso, dever ser o responsvel pelas oficinasmais importantes(Posies de Tiro e Acionamento do Gatilho).

    Quadro de Atividades das Instrues de Tiro

    ARTIGO II

    OFICINAS DA INSTRUO PREPARATRIA PARA O TIRO

    5-3. OFICINA NR 01: PONTARIAEsta oficina executada em duas fases.

    1 Fase: Tomada da Linha de Mira e da Linha de Visada.Nesta fase os militares executam, em sistema de rodzio, dois

    trabalhos: um com a barra de pontaria e o outro com a arma.2 Fase: Constncia da Pontaria.

    Nesta fase os militares executam, em sistema de rodzio, primeira-mente o trabalho e, depois, atuam auxiliando na execuo do trabalho.

    a. Tomada da Linha de Mira e da Linha de Visada(1) Objetivos

    (a) Ensinar ao instruendo o correto alinhamento entre a ala e a maade mira, bem como a sua importncia durante um tiro real.

    TPI PIT BIToirroH anicifO/ourtsnI oirroH anicifO/ourtsnI oirroH anicifO/ourtsnI

    1opmeT

    edsotnemadnuForit

    1opmeT

    sotnemidecorPednatseon

    1opmeT

    sotnemidecorPednatseon

    2 4oa opmeT

    saertneoizdoR:sanicifo

    oritedseisoPairatnope

    2 4oa opmeT

    oritodoucexECAFmoc

    2 4oa opmeT

    odoucexElizufomocorit

    oomlA oomlA oomlA

    5 8o opmeT

    saertneoizdoRatudnoC:sanicifo

    etmrAomocodotnemanoica

    ohlitag

    5 8oa opmeT

    oritodoucexECAFmoc

    5 8oa opmeT

    odoucexElizufomocorit

    5-2/5-3

  • 5-3

    C 23-1

    (b) Realizar o correto alinhamento das miras em direo ao centro doalvo, focando a maa de mira (fotografia correta). Ver figura (fundamento depontaria)

    (2) Procedimentos(a) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior

    importncia da LM e a conseqente necessidade de focar a maa de mira.(b) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina.(c) Dividir a escola em dois grupamentos para o rodzio dos trabalhos.

    Metade executar o trabalho com a arma, enquanto a outra metade realizar otrabalho com a barra de pontaria.

    (3) Execuo(a) Trabalho com barra - Realizao da visada na direo de um alvo

    reduzido: (Fig 5-1)1) O instruendo posiciona o rosto na parte posterior da barra de

    pontaria, a uma distncia de 4 dedos da ala de mira e com uma das mosfirmando a barra, desloca com a outra o cursor, buscando o alinhamento corretodas miras no centro do alvo at obter uma FOTOGRAFIA CORRETA: Fig 5-1

    Fig 5-1. Trabalho com barra

    2) O instrutor verifica o trabalho e desfaz a fotografia (executaduas vezes ou mais);

    (b) Trabalho com a arma (Fig 5-2)1) O atirador movimenta a arma at a obteno da fotografia

    correta.2) O instrutor verifica o trabalho e desfaz a fotografia. Executa o

    movimento duas ou mais vezes.OBSERVAES: - A distncia do olho ala de 4 dedos, como no tiro

    real.- Montar a oficina no estande e colocar o alvo 10 m ou

    em um local apropriado.- Instrutores ou Monitores orientam o exerccio e verifi-

    cam o trabalho.

    5-3

  • C 23-1

    5-4

    Fig 5-2. Trabalho com arma

    (4) Aprovao - O Instruendo dever fazer a fotografia correta no mnimoduas vezes.

    (5) Observaes(a) Ao realizar a visada e a verificao, necessrio ter o cuidado de

    colocar o olho na mesma posio em relao ala, a fim de que possa obter amesma fotografia.

    (b) Os instruendos devero executar os dois trabalhos em sistema derodzio.

    (6) Concluso - Anlise do desempenho e da importncia do exerccio.(7) Material Necessrio

    (a) Um par por instruendo:- barras de pontaria com cursor; (Fig 5-3)- suporte para arma com respectivo alvo; (Fig 5-4)- bancadas e cadeiras.

    (b) Um para cada Instrutor/Monitor:- cartes de pontaria; (Fig 5-5)- cartazes (nome da oficina e objetivo da sesso).

    OBSERVAO: A utilizao do carto de pontaria um instrumento deanlise do instrutor em relao correta realizao da fotografia pelo instruendo.

    (8) Pessoal empregado - Preferencialmente na oficina deve haver uminstrutor e um monitor, no mnimo.

    5-3

  • 5-5

    C 23-1

    Fig 5-3. Barra de Pontaria com cursor.

    Fig 5-4. Suporte para arma.

    Fig 5-5. Cartes de Pontaria

    5-3

  • C 23-1

    5-6

    b. Verificao da Constncia da Pontaria(1) Objetivo

    (a) Aplicao dos princpios ensinados sobre linha de mira e linha devisada.

    (b) Realizao de visadas sucessivas com a mesma pontaria.(2) Procedimentos

    (a) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maiorimportncia da LM e a conseqente necessidade de focar a maa de mira.

    (b) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina.(c) Dividir a escola em dois grupamentos, uma executar o exerccio,

    enquanto o outro auxiliar na consecuo do trabalho com a prancheta e o alvomvel.

    (3) Execuo(a) realizado o trabalho em duplas, com o atirador na posio

    deitada e o seu auxiliar sentado sobre o cunhete. (Fig 5-6)

    Fig 5-6. Constncia da pontaria

    (b) Na posio deitada, junto ao suporte, cotovelos no solo, o atiradorapia o rosto em uma das mos e no mexe mais a cabea(IMPORTANTE).

    (c) O auxiliar fixa o verso da ficha da IPT na prancheta com elstico.(d) O auxiliar, tendo por base uma das extremidades da folha,

    movimenta o alvo de acordo com os sinais do atirador. O atirador e o seu auxiliarcomunicam-se somente por gestos.

    (e) O atirador sinaliza com a mo livre, a palma da mo indica adireo procurando obter uma linha de visada correta.

    (f) Aps obter uma visada correta sobre o centro do alvo, o atirador farum sinal de positivo.

    (g) Neste momento, o auxiliar marca a folha com um lpis, fazendoum ponto atravs do orifcio, no centro do alvo mvel, este procedimento repetidotrs vezes.

    (4) Aprovao - O atirador ser considerado aprovado quando o tringuloobtido for inscritvel em um crculo de 1 (um) cm de dimetro.

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    (5) Observaes(a) A cabea, a arma e o suporte devem permanecer imveis.(b) A sinalizao deve ser feita somente por gestos.(c) Na montagem da oficina, o alvo deve ser colocado a 10 metros de

    distncia da posio do atirador.(6) Concluso - Etapa a qual se refere uma crtica do desempenho e da

    importncia do exerccio efetivado.(7) Material empregado

    (a) Um conjunto de material para cada dupla de trabalho, a saber:Fig 5-7

    Fig 5-7. Conjunto de Material

    - Cunhetes para apoio da prancheta- Suporte para arma- Alvo mvel- Lpis ou caneta- Prancheta- Elstico para prender o borro de tiro na prancheta

    (b) Para o instrutor e monitor so necessrios:- 4 (quatro) escantilhes de 1 (um) cm de dimetro;- cartaz contendo o nome da oficina e os objetivos da instruo.

    (8) Pessoal empregado - Um monitor para cada grupo de 30 instruendos.

    5-4. OFICINA NR 02: POSIES DE TIROa. Objetivos

    (1) Demonstrao e prtica da empunhadura e das posies de tirodeitada, ajoelhada e de p.

    (2) Execuo correta da empunhadura e das posies de tiro com fuzil.b. Procedimentos

    (1) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior importnciaque deve ser dada LM e a conseqente necessidade de focar a maa de mira.

    (2) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina.

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    c. Execuo(1) O monitor demonstra a posio de tiro.(2) O instrutor faz as observaes necessrias utilizando o monitor e/ou

    o desenho da figura.(3) Aps cada demonstrao, os instrutores so divididos em dois

    grupos. Enquanto uma parte executa a posio ensinada, a outra permaneceobservando.

    (4) A empunhadura e a posio inicial so explicadas, sendo, executa-das e verificadas simultaneamente com as posies de tiro.

    (5) Os instruendos partiro da posio inicial para a execuo de cadaexerccio.

    (6) O instrutor e monitor corrigem os instruendos.(7) O instrutor deve seguir a seguinte seqncia para a demonstrao das

    posies de tiro:(a) deitada;(b) ajoelhada; e(c) de p.

    d. Aprovao - O instruendo ser aprovado mediante a execuo corretadas trs posies de tiro.

    e. Observaes(1) A melhor posio de tiro aquela em que o atirador sente-se estvel

    e confortvel, permitindo uma correta empunhadura e uma boa pontaria, contribu-indo assim para um bom acionamento.

    (2) As posies de tiro aqui apresentadas so bsicas e partem sempreda posio inicial. Muitas vezes devero ser adaptadas de acordo com a situaodo terreno, do inimigo ou dos meios disponveis para apoio e abrigo. Da mesmaforma, pequenos ajustes podem ser feitos, de acordo com a individualidadebiolgica de cada atirador. No entanto, em qualquer caso, os princpios bsicosno devem ser negligenciados.

    f. Concluso - Crtica da oficina, abordando o desempenho dos atiradores.g. Material empregado

    (1) Cartazes (nome da oficina e objetivos da instruo)(2) Mural contendo o desenho das posies de tiro.

    OBSERVAO: O mural das posies de tiro pode ser confeccionadocolocando-se as figuras das posies em uma transparncia. Faz-se a projeodessa figura sobre um lisolene fixado em uma parede e, com uma canetaapropriada, contorna-se o desenho projetado.

    h. Pessoal empregado - Preferencialmente na oficina deve haver uminstrutor e um monitor, no mnimo.

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    5-5. OFICINA NR 03: CONDUTA COM O ARMAMENTOEsta oficina executada em duas fases:- 1 Fase: Manejo do Armamento(Mnj Armt).- 2 Fase: Manuteno do Armamento(Mnt Armt).OBSERVAO: O instrutor dever dividir o grupamento e o tempo de

    instruo de modo que todos os instruendos passem pelas duas fases uniforme-mente.

    a. Manejo do Armamento(1) Objetivos

    (a) Recordar as operaes essenciais de manejo do fuzil, propiciandoao atirador bom rendimento na instruo e alto grau de segurana.

    (b) Realizar com segurana as operaes de manejo com o fuzil.(c) Recordar aspectos importantes para a manuteno antes e aps

    o tiro.(2) Procedimentos

    (a) Colocar os instruendos em um dispositivo adequado para ainstruo, sentados, na posio inicial de manejo. Exemplo: em forma de U,semi-circular.

    (b) O instrutor dever demonstrar as operaes, fazendo os comen-trios necessrios.

    (c) Os instruendos, aps os comentrios, devero executar asoperaes.

    (d) Cada operao dever ser repetida diversas vezes, visandodesenvolver a habilidade dos instruendos.

    (e) Todas as operaes de manejo so executadas pela mo queatira, com a arma empunhada pela mo auxiliar.

    (f) Como medida de segurana, o instrutor dever alertar para osseguintes procedimentos:

    - no apontar a arma para os lados;- no colocar o dedo indicador no gatilho durante as operaes.

    (g) Na execuo das operaes de manejo da arma ser permitido,exclusivamente, o uso de munio de manejo.

    (3) Execuo(a) Posio inicial de manejo: (Fig 5-8)

    1) atirador sentado com as pernas cruzadas;2) armas apontadas para cima;3) punho voltado para frente;4) carregador ao solo com o transportador voltado para frente.

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    Fig 5-8. Posio de manejo

    (b) Manejo do fuzil - Para o incio do exerccio, as armas estarotravadas, abertas e sem o carregador, condio inicial para o ingresso no estandede tiro. importante seguir as seguintes operaes:

    - registrar alas variadas;- registrar ala 200;- municiar um carregador com dois cartuchos de manejo;- alimentar a arma;- carregar, agindo no retm do ferrolho;- destravar;- preparar para o tiro de repetio;- disparar;- simular incidentes de tiro: mostrar aos instruendos que devem

    levantar o brao e aguardar a presena do instrutor ou do monitor, quando ento,segundo a orientao e superviso deste, iro sanar o incidente. Os instruendosvo executar as operaes previstas para sanar incidentes de tiro;

    - colocar a arma em segurana;- retirar o carregador;- executar dois golpes de segurana;- abrir a arma, prendendo o ferrolho retaguarda;- inspecionar a cmara;- alimentar a arma;- carregar, agindo na alavanca de manejo;- destravar a arma;- disparar;

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    - abrir a arma, simulando o ltimo disparo;- retirar o carregador;- inspecionar a cmara: mostrar aos instruendos que esta deve

    ser a situao da arma aps o trmino de cada srie de tiro;- colocar o RTS em A(regime de tiro automtico);- conduzir o ferrolho e conjunto impulsor do ferrolho a frente,

    mantendo a tecla do gatilho pressionada, por meio da alavanca de manejo;- colocar o RTS em S(em segurana);- colocar o carregador;- travar: mostrar aos instruendos que esta deve ser a situao da

    arma, aps a inspeo final, para sada do estande de tiro;- retornar s condies iniciais da arma dentro do estande.

    (c) Troca de Carregador - A troca de carregador ser uma necessida-de em combate.

    1) Retirar o carregador agindo no retm. (Fig 5-9)2) Substituir o carregador vazio por um cheio, guardando o

    carregador vazio. (Fig 5-10)3) Encaixar o carregador cheio, utilizando o dedo indicador como

    guia. (Fig 5-11)4) Puxar o carregador para a retaguarda at que seja preso pelo

    seu retm. (Fig 5-12)

    Fig 5-9. Retirada do carregador Fig 5-10. Troca de carregador

    Fig 5-11. Colocar o carregador Fig 5-12. Encaixe do carregador

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    (d) Posio para Inspeo: (Fig 5-13)

    Fig 5-13. Posio para inspeo

    1) o atirador, com a mo esquerda, coloca a arma aberta no ombroesquerdo, segurando-a pelo punho, sem o carregador, mantendo o cano voltadopara a retaguarda e a arma paralela ao solo;

    2) o carregador deve ser mantido sobre a palma da mo direitacom a mesa do transportador voltada para frente, mantendo o antebrao paraleloao solo;

    3) o atirador deve permanecer com as costas voltadas para o alvo;4) aps a inspeo, ele deve abaixar os braos, mantendo a arma

    aberta e o carregador na mo direita e permanecer na posio de DESCANSAR.(Fig 5-14)

    Fig 5-14. Posio de descansar

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    (4) Aprovao - O instruendo ser aprovado mediante a execuo corretadas operaes.

    (5) Observaes - O instrutor, antes de iniciar a sua instruo, deververificar as munies que sero utilizadas na oficina, para ter certeza de que todasso de manejo.

    (6) Concluso - Crtica da oficina, abordar o desempenho dos atiradores.(7) Material empregado

    - 02 (dois) cartuchos de manejo por instruendo, pelo menos.- 01 (um) carpete ou capichama.- 02 (dois) carregadores para cada instruendo.- Cartazes (nome da oficina e objetivos da instruo)

    (8) Pessoal empregado - Um instrutor e um monitor, pelo menos, devemconstituir, preferencialmente, a oficina.

    b. Manuteno do Armamento(1) Objetivos

    (a) Orientar e normalizar a manuteno a ser executada em decor-rncia do tiro.

    (b) Contribuir para a formao da mentalidade de manutenopreventiva, sem a qual no pode haver armamento eficiente.

    (2) Condio de execuo(a) Nesta oficina, os instruendos so orientados a realizar manuten-

    o no armamento, com os devidos cuidados a serem tomados antes e depois dotiro.

    (b) Deve-se explicar e citar exemplos sobre a necessidade de serincutido no atirador a mentalidade de manuteno preventiva.

    (c) O material necessrio para a manuteno deve ser colocado disposio dos instruendos.

    (d) Deve-se mostrar aos instruendos a necessidade de todos possu-rem o kit de manuteno individual.

    (4) Execuo(a) Apresentao do material necessrio para manuteno do fuzil de

    um grupamento de atiradores:- 01 (um) carpete, capichama ou cobertor para cada instruendo;- 10 (dez) recipientes contendo leo neutro para limpeza de

    armamento;- 10 (dez) recipientes contendo querosene;- 10 (dez) varetas de limpeza;- 10 (dez) escovas de nilon para cano;- 10 (dez) escovas de lato para cano;- 15 (quinze) cordis de limpeza;- 10 (dez) pincis pequenos (1 (um) cm);- 10 (dez) escovas de dente;- retalhos de pano.

    (b) Explicao dos procedimentos a serem executados na manuten-o, conforme a ilustrao abaixo:

    1) Antes do tiro: (Fig 5-15)

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    Fig 5-15. Manuteno

    a) desmontar a arma em primeiro escalo, dispondo as peasna seqncia;

    b) secar completamente o cano com o cordel de limpeza e umpano seco;

    c) retirar o excesso de leo nas demais peas;d) aplicar uma fina camada de leo para limpeza de armamento

    nas partes mveis;e) montar a arma;f) verificar se o anel regulador do escape de gases e o registro

    de tiro e segurana esto na posio correta: O anel regulador do escape de gasesdeve estar fechado ou quase fechado e o registro de tiro e segurana deve ser fixopela placa suporte dos e