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A primeira semana do mandato do presidente Donald Trump foi marcada pela assinatura de seis Ordens Executivas e dez Memorandos orientando ações da Administração em temas-chave das pro- postas do novo governo, entre eles: retirada dos EUA da Parceria Transpacífica (TPP), o congelamento de novas regulamentações, agilidade nas aprovações de licenças ambientais em projetos de infraestrutu- ra e regras de conteúdo local para desses projetos. As medidas de Trump geraram reações no Congresso e no setor privado. Defensores da TPP, como o Sen. Trump anuncia saída dos EUA da TPP e reforço de políticas de conteúdo local INFORMATIVO DE WASHINGTON Informativo CNI Ano 4 • Número 1 • janeiro de 2017 • www.cni.org.br 2 3 4 John McCain, classificaram a medida como um erro de estratégia. A National Cattleman Beef Association, um dos principais lobbies pró-TPP, manifestou de- sapontamento com a saída dos EUA da TPP. As medidas tomadas pelo Poder Executivo tam- bém incluíram: orientações para as agências do governo revisarem a política de saúde federal em vigor, congelamento de novas regulamentações, congelamento de contratações da Administração e medidas polêmicas contra imigração ilegal e ame- aças terroristas. NAFTA: setor do agronegócio busca eliminação de barreiras não-tarifárias no Canadá Curtas ANEXO – Especial nova administração TRUMP Sem TPP, foco da estratégia comercial ofensiva dos EUA segue indefinida Além do anúncio da saída da TPP e medidas de proteção à indústria, Trump reafirmou a intenção de renegociar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA) e estabelecer uma nova estra- tégia comercial pautada em acordos bilaterais. No curto prazo, os EUA devem buscar negociações bi- laterais com o Reino Unido, movimento confirmado no encontro entre o presidente Trump e a Primeira Ministra Teresa May. Em fevereiro, Trump se encontrará com o Primeiro Minsitro Abe, do Japão, que esclareceu não ter inten- ção de buscar acordo bilateral com os EUA fora de uma estrutura multilateral, como a TPP. Dessa forma, o Japão não pretende negociar um acordo sobre setor automotivo com os EUA no âmbito bilateral. Os próximos passos da política comercial americana devem ser definidos em fevereiro, após a confir- mação de Wilbur Ross pelo Senado, apontado para o Departamento de Comércio. Se confirmado, Ross deverá exercer forte influência no Conselho de Comércio da Casa Branca na elaboração de medidas para proteger a produção local nos Estados Unidos e intensificar a utilização de mecanismos de defesa comercial contra práticas desleais de comércio.

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Page 1: busca eliminação de barreiras INFORMATIVO DE · postas do novo governo entre eles: retirada dos EUA, ... e estabelecer uma nova estra- ... Georgia foi marcada por seu forte apoio

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A primeira semana do mandato do presidente Donald Trump foi marcada pela assinatura de seis Ordens Executivas e dez Memorandos orientando ações da Administração em temas-chave das pro-postas do novo governo, entre eles: retirada dos EUA da Parceria Transpacífica (TPP), o congelamento de novas regulamentações, agilidade nas aprovações de licenças ambientais em projetos de infraestrutu-ra e regras de conteúdo local para desses projetos.

As medidas de Trump geraram reações no Congresso e no setor privado. Defensores da TPP, como o Sen.

Trump anuncia saída dos EUA da TPP e reforço de políticas de conteúdo local

INFORMATIVO DE WASHINGTON

Informativo CNIAno 4 • Número 1 • janeiro de 2017 • www.cni.org.br

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John McCain, classificaram a medida como um erro de estratégia. A National Cattleman Beef Association, um dos principais lobbies pró-TPP, manifestou de-sapontamento com a saída dos EUA da TPP.

As medidas tomadas pelo Poder Executivo tam-bém incluíram: orientações para as agências do governo revisarem a política de saúde federal em vigor, congelamento de novas regulamentações, congelamento de contratações da Administração e medidas polêmicas contra imigração ilegal e ame-aças terroristas.

NAFTA: setor do agronegócio busca eliminação de barreiras

não-tarifárias no Canadá

Curtas

ANEXO – Especial nova administração TRUMP

Sem TPP, foco da estratégia comercial ofensiva dos EUA segue indefinida

Além do anúncio da saída da TPP e medidas de proteção à indústria, Trump reafirmou a intenção de renegociar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA) e estabelecer uma nova estra-tégia comercial pautada em acordos bilaterais. No curto prazo, os EUA devem buscar negociações bi-laterais com o Reino Unido, movimento confirmado no encontro entre o presidente Trump e a Primeira Ministra Teresa May.

Em fevereiro, Trump se encontrará com o Primeiro Minsitro Abe, do Japão, que esclareceu não ter inten-ção de buscar acordo bilateral com os EUA fora de

uma estrutura multilateral, como a TPP. Dessa forma, o Japão não pretende negociar um acordo sobre setor automotivo com os EUA no âmbito bilateral.

Os próximos passos da política comercial americana devem ser definidos em fevereiro, após a confir-mação de Wilbur Ross pelo Senado, apontado para o Departamento de Comércio. Se confirmado, Ross deverá exercer forte influência no Conselho de Comércio da Casa Branca na elaboração de medidas para proteger a produção local nos Estados Unidos e intensificar a utilização de mecanismos de defesa comercial contra práticas desleais de comércio.

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Informativo de Washington Ano 5 • Número 1 • janeiro de 2017 • www.cni.org.br

NAFTA: setor do agronegócio busca eliminação de barreiras não-tarifárias no Canadá

Aberto período de comentários sobre a MTB

Agenda de prioridades da Administração segue mais lenta no Congresso

Debate sobre Border Adjustability Tax deve ficar para o segundo semestre

Um grupo de 133 entidades do setor de agronegócio enviou carta ao presidente Donald Trump, a qual explica que o NAFTA resultou no aumento expressivo das exportações agrícolas dos EUA, uma vez que permitiu a eliminação das tarifas sobre os produtos de interesse do país na região. Em apoio ao processo de revisão do acordo, o setor mencionou que está pronto para trabalhar com o presidente na eliminação de barreiras não-tarifárias, impostas principalmente pelo Canadá.Mais informações:http://corn.org/president-trump-133-food-and-ag-organizations-ready-to-work-with-you-to-modernize-nafta/

A Comissão de Comércio Internacional dos EUA (ITC) iniciou a abertura do período de comentários públicos sobre as petições para isenção, ou redução, tarifária de importações no âmbito da Miscellaneous Tariff Bill (MTB). Após análise das petições e comentários públicos recebidos, o ITC emitirá relatório com recomendações sobre quais produtos deverão ser incluídos no projeto de lei da MTB que será considerado pelo Congresso. O público poderá apresentar comentários de apoio (ou objeções) às petições já apresentadas até o dia 24 de fevereiro de 2017. Mais informações: https://mtbps.usitc.gov/external/

Além dos trabalhos para substituição do Obamacare, plano de saúde da Administração anterior, o Congresso deverá se dedicar a aprovação, até o mês de abril, do orçamento de 2017 (prorrogado no final de 2016) e lidar com outras pautas prioritárias da Administração Trump, como o pacote sobre infraestrutura e a reforma tributária. Para escalonar essas prioridades e alinhar o posicionamento do partido em relação a essas políticas, o partido republicano reuniu-se em retiro de trabalho no último final de semana. O foco das discussões foi a substituição do Obamacare. No entanto, as reuniões não resultaram em nenhum draft de proposta para substituição dessa política. Há convergência do partido sobre a necessidade de um novo plano, mas visões diferentes sobre o processo e o tempo para substituição do Obamacare.

O presidente da Câmara Rep., Paul Ryan (R-WI), declarou que definições sobre o novo regime tributário sobre as importações não deverão ser decididas antes de agosto. Ryan e o presidente do Comitê de Ways and Means, Rep. Kevin Brady (R-TX), advogam pelo plano A Better Way para reforma do Código Tributário dos EUA. Além de defender a redução do imposto corporativo para 20%, a proposta incorpora um novo regime de tarifas sobre as importações, o Border Adjustability Tax (BAT), que isentaria exportações da coleta de impostos e anularia deduções fiscais sobre as importações. Em conjunto com outras medidas, a proposta defendida por Ryan e Brady teria como objetivo desencorajar

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empresas a produzirem fora dos EUA produtos que serão vendidos no mercado americano e reduzir a evasão fiscal de empresas que transferem suas sedes para outros países.

A proposta gera polêmica entre republicanos e democratas no Congresso. A Administração ainda não tem uma posição fechada sobre o mecanismo e torna o debate mais complexo na medida em que busca uma solução para gerar receita tributária para construção de um muro na fronteira com o México. Os lobbies do setor privado já se movimentam a favor e contra a proposta. Empresas como Wallmart e Apple já se posicionaram contrários ao BAT.

O Peterson Institute for International Economics publicou em janeiro um briefing que avalia os “prós e contras” do BAT: https://piie.com/system/files/documents/pb17-3.pdf

CURTAS

USITC publica lista de produtos em processo de revisão no SGPA Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (USITC) anunciou a lista de produtos sob investigação no âmbito do processo de revisão anual o Sistema Geral de Preferencias (SPG). A lista apresenta um produto brasileiro (nitrato de celulose) na categoria de produtos que poderão ser incluídos no benefício (após conclusão das análises). Dois outros produtos brasileiros (madeiras de coníferas e pedras de construção) foram enquadrados na categoria de produtos que poderão ser dispensados do benefício.

Acesse a lista completa: https://www.usitc.gov/secretary/fed_reg_notices/332/332_560_gspnotice01172017sgl.pdf

Aduana dos EUA implementa novas orientações sobre defesa comercialA Customs and Border Protection (CBP) implantou, em janeiro, os novos procedimentos para ações antidumping e de medidas compensatórias. As novas regras são orientadas pela Trade Facilitation and Trade Enforcement Act, lei aprovada em 2016 que, entre outras coisas, atualiza os procedimentos de comércio exterior dos EUA.

Mais informações: https://www.cbp.gov/trade/trade-enforcement/tftea/enforce-and-protect-act-eapa

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ANEXO: Especial nova administração TRUMPA formação do gabinete do novo presidente dos Estados Unidos tem sido marcada por longas audiências no Senado e protestos contra as lideranças apontadas pelo Presidente Trump.

Na área de política comercial o novo gabinete formado por Trump deve trazer mudança na dinâmica de trabalho entre o USTR, tradicional órgão negociador, e o Departamento de Comércio (DOC), que deve assumir uma posição política mais forte no atual governo. Na Casa Branca, Trump criou também o Conselho Nacional de Comércio que coordenar com DOC e o USTR as principais políticas comerciais e iniciativas de negociação com outros países. Apesar da visão mais protecionista da nova Administração, comum entre os perfis escolhidos por Trump, é possível encontrar opiniões mais sensíveis ao globalismo e à realidade das cadeias globais de valor em alguns assessores apontados para a Casa Branca, como Gary Cohn e Kenneth Juster. Veja abaixo alguns dos perfis que devem compor o novo governo.

Departamento de Agricultura: Gov. Sonny Perdue

Função anterior: ex-governador do estado de Georgia e Conselheiro sobre agronegócio da campanha de Donald Trump.

Agenda política: Sonny Perdue tem entre as prioridades de sua agenda a renovação da próxima Farm Bill¸ a política agrícola dos EUA, cuja versão atual (de 2014), vigora até 2018. A gestão de Perdue como governador da Georgia foi marcada por seu forte apoio ao comércio e pela melhoria e simplificação da gestão pública, reduzindo burocracia o sistema burocrático em relação a policie de agricultura.

Confirmação: pendente.

Procurador-geral: Jeff Sessions

Função anterior: Senador pelo estado de Alabama e procurador-geral do estado de Alabama.

Agenda política: Jeff Sessions deve lidar mais com assuntos domésticos do que assuntos internacionais. Em sua experiência como líder do comitê judiciário. Sessions promoveu reformas no sistema penitenciário, incluindo nas penas para condenação de traficantes e usuários de drogas.

Confirmação: confirmado pelo Senado no dia 8 de fevereiro.

Secretário de Comércio: Wilbur Ross

Função Anterior: Bilionário do estado de Nova Iorque, mais conhecido pelos seus investimentos nos setores de aço e carvão.

Agenda política: Ross deve liderar, junto com Peter Navarro (Casa Branca), a política comercial dos EUA, garantindo ao Departamento de Comércio um peso político mais forte na atual Administração. Ross deve influenciar a posição dos EUA nas negociações comerciais e reforçar os mecanismos de defesa comercial dos EUA.

Confirmação: pendente.

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Secretario de Segurança Territorial: Gen. John F. Kelly

Função anterior: general da marinha e líder do “Comando do Sul”. Seu último cargo foi para uma organização sem fins lucrativos, cuja missão era estabelecer um museu de historia dos marinheiros americanos.

Agenda política: um dos focos de Kelly deverá ser o combate ao tráfico de drogas. O Presidente Donald Trump salientou o combate ao tráfico de drogas como uma de suas bandeiras de campanha. A experiência de Kelly em missões contra trafico confirma a atenção dedicada dessa Administração ao problema.

Confirmação: confirmado no dia 20 de janeiro.

Secretario do Estado: Rex Tillerson

Função anterior: Executivo da Exxon.

Agenda política: Tillerson estará à frente da diplomacia dos Estados Unidos e no desenho de uma nova estratégia de diálogo com parceiros e rivais tradicionais dos EUA. Com forte experiência na geopolítica do setor de energia, Tillerson tem forte conhecimento sobre as relações com a Rússia.

Confirmação: confirmado no dia 1 de fevereiro.

Secretario do Tesouro: Steven Mnuchin

Função anterior: Steven Mnuchin é mais conhecido pela sua carreira como executivo do Goldman Sachs. Mnunchin também chefiou a área de financias da campanha presidencial de Donald Trump.

Agenda política: é esperado que Steven Mnunchin apóie o processo de desregulamentação financeira e de revisão do Dodd-Frank Act, legislação da era Obama que reforçou a regulamentação sobre esse setor após a crise de 2009. Mnuchin também demonstra apoio à reforma tributária em discussão no Congresso, a qual deve resultar na redução do imposto corporativo dos EUA.

Confirmação: confirmado no dia 14 de fevereiro.

Diretor da Agência da Proteção Ambiental (EPA): Scott Pruitt

Função anterior: Scott Pruitt foi Procurador Geral do estado de Oklahoma antes de ser chamado para servir no gabinete de Trump.

Agenda política: As alas mais conservadoras do partido republicano veem a EPA como um custo desnecessário e pressionam até mesmo pela extinção do órgão. Pruitt já atuou, pelo estado de Oklahoma, contra o excesso de regulamentações ambientais. Chega à EPA trazendo uma visão crítica sobre os limites de atuação da agência e deve trabalhar pela desburocratização e desregulamentação das políticas ambientais da era Obama.

Confirmação: pendente.

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Agência para Alimentação e Medicamentos (FDA): Jim O’Neill

Função anterior: atualmente é Diretor Executivo da Mithril Capital, firma de “venture capital” que pertence ao bilionário do Vale do Silício Peter Thiel, fundador do Pay Pal e forte apoiador da campanha de Trump. Durante a administração de George W. Bush, O’Neill foi oficial do Departamento de Saúde dos EUA.

Agenda política: O’Neill gosta de inovação e simplificação. O FDA recebe muitas críticas devido aos processos burocráticos da agência. Jim O’Neill deverá trabalhar pela desregulamentação do órgão e promover políticas para maior interação companhias de tecnologia e o setor farmacêutico.

Confirmação: pendente

Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR): Robert Lighthizer

Função anterior: Robert Lighthizer é especialista em política comercial e sócio do escritório de advogados Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom, o qual representa empresas do setor siderúrgico. Lighthizer já passou por outros grandes escritórios de lobby em Washington, serviu na administração do Ronald Reagan e também já trabalhou no Comitê de Finanças do Senado.

Agenda política: é esperado que novo USTR se dedique ao cumprimento rigoroso dos acordos em vigor e trabalhe pela aplicação de medidas de defesa comercial para proteger os empregos nos EUA. Trump mencionou que o USTR também trabalhará no desenho de programas “buy america” de conteúdo local.

Confirmação: pendente

Secretário de Energia: Rick Perry

Função anterior: foi governador do Texas durante 15 anos (2000-2015), onde sucedeu George Bush e recentemente é do Conselho da Energy Trade Transfer Partners LLP, empresa envolvida no polêmico óleoduto de Dakota.

Agenda política: o Texas é o maior produtor de energia dos EUA, sobretudo petróleo e energia eólica. Perry deve atuar para promover investimentos nesses setores e em energia solar. Para destravar investimentos, também deverá influenciar no processo de desregulamentação da EPA, vista como entrave para o desenvolvimento de projetos na área energética.

Confirmação: pendente

Presidente do Securities and Exchange Commission: Jay Clayton

Função anterior: advogado especializado em fusões e aquisições. Teve como clientes Goldman Sachs, Barclays e Bear Stearns, dentre outros.

Agenda política: Clayton é profundo conhecedor das leis do setor financeiro. É esperado que ele trabalhe mais na flexibilização de regulamentações do setor do que em punições de empresas ou empresários .

Confirmação: pendente

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INFORMATIVO DE WASHINGTON | Publicação mensal Confederação Nacional da Indústria - CNI | www.cni.org.br | Unidade de Negociações Internacionais - NEGINT | Gerente Executiva: Soraya Saavedra Rosar | Equipe Técnica: Carolina Telles Matos, Eduardo Alvim e Fabrizio Panzini | E-mail: [email protected] | Website: negint.cni.org.br | Supervisão Gráfica: Núcleo de Editoração CNI Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. Documento elaborado a partir de informações do Brazilian Industries Coalition (BIC) com dados até 20 de fevereiro de 2017.

Diretor do Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca: Peter Navarro

Função anterior: Peter Navarro foi professor da Universidade de Califórnia em Santa Barbara e autor de livros sobre a política comercial entre Estados Unidos e China.

Agenda política: Peter Navarro é uma figura polêmica na área de economia, ele apoia aplicação de tarifas outras estratégias protecionistas. Navarro será o principal articulador da estratégia de política comercial da Casa Branca, devendo estar ao lado do presidente na renegociação do NAFTA e outras iniciativas. Já manifestou apoio também ao Border Adjustment Tax (BAT), um dos elementos da proposta de reforma tributária em discussão no Congresso

Confirmação: Essa posição não precisa de aprovação legislativa, Navarro tomou posse em janeiro.

Assistente Adjunto para Comercio Internacional ao Presidente: Kenneth Juster

Função anterior: Kenneth Juster foi diretor fundo Warburg Pincus. Ele também trabalhou na administração do George W. Bush como Subsecretário de Comercio, tem passagem pelo Departamento de Estado e pelo escritório Arnold & Porter.

Agenda política: Juster representará os EUA em foros como o G-7 e o G-20. Líderes que ocuparam essa posição tonaram-se USTR posteriormente. Juster tem o desafio de buscar um concerto entre as agendas do Departamento de Comércio, USTR, e Departamento de Estado.

Confirmação: essa posição não precisa de aprovação legislativa.

Conselheiro Econômico do Presidente: Gary Cohn

Função anterior: Executivo do Goldman Sachs.

Agenda política: é considerado um dos conselheiros econômicos do presidente com visão mais moderada em relação à globalização e menos protecionista. Cohn tem uma agenda de facilitação e desburocratização do ambiente de negócios e deve iniciativas de desregulamentação.

Confirmação: essa posição não precisa de aprovação legislativa.