buriti - mauritia flexuosa

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 Mautiria flexuosa – Buriti Mauritia flexuosa L da família Arecaceae (antigas palmáceas) é também conhe cid a como coqueiro-buriti, buritiz eir o, miriti, muriti, muritim, muruti, palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu, carandaí-guaçu. Possui distribuição ampla, tendo sido registrada a sua ocorrência na Bolívia, Colômbia, Equ ador, Guiana, Peru, Suriname, Tri nidad, Venezuela e Bra sil (Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Piauí e Maranhão). Vive em regiões alagadas e de solo ácido.  As palmeiras constituem-se em um dos grupos de plantas mais imp ort an tes par a a reg ião. Entre as palmeiras mais utilizadas de sta ca-s e Mauritia flexuosa L. f., conhecida popularmente como buriti, é encontrada no seu estado silvestre em várias formações vegetais, principalmente em áreas de inundação perman en te ou perió di ca, em agrupame nt os mais ou meno s homogêneos, sobre solos hidromórficos, formando populações quase mono- específicas, às quais se dá o nome de miritizais ou buritizais (Storti, 1993; De Paula Fernandes, 2001) . Sua ocorrência está ligada a áreas de solos mal drenados e em locais de baixas altitudes, tendo no cerrado seu principal bioma e nos estados do Acre e Maranhão sua maior incidência com a formação de buritizais ao longo de margens de rios e brejeiros. Possui altura entre 3 a 25 metros, caule solitário, colunar, de 23 a 80 cm de diâmetro, suas folhas são flabeliformes, costapalmadas, em número de 10 a 20 contemporâneas, raques recurvadas com 0,6 a 1 metro de comprimento, a copa pode atingir 5 metros de diâmetro possuindo de 20 a 25 folhas dispostas em leque e de aspecto brilhante. É uma especie dioica que não apresenta diferenças significativas entre os individuos femininos e masculinos. Os frutos são cobertos com escamas de cor castanho-avermelhada, de 4 a 7 cm de comprimento e de 3 a 5 cm de diâmetro dos quais, 32% de polpa, 48% de ca saca e 20 % de se mente. A fl or ão ocorre de Ab ril a Agosto, a frutificação após 9 meses e a colheita dos frutos entre Dezembro e Junho.

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5/17/2018 Buriti - Mauritia flexuosa - slidepdf.com

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Mautiria flexuosa – Buriti

Mauritia flexuosa L da família Arecaceae (antigas palmáceas) é também

conhecida como coqueiro-buriti, buritizeiro, miriti, muriti, muritim, muruti,

palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu, carandaí-guaçu.

Possui distribuição ampla, tendo sido registrada a sua ocorrência na Bolívia,

Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Trinidad, Venezuela e Brasil

(Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Pará, Minas Gerais, São

Paulo, Piauí e Maranhão). Vive em regiões alagadas e de solo ácido.

 As palmeiras constituem-se em um dos grupos de plantas mais

importantes para a região. Entre as palmeiras mais utilizadas destaca-se

Mauritia flexuosa L. f., conhecida popularmente como buriti, é encontrada no

seu estado silvestre em várias formações vegetais, principalmente em áreas de

inundação permanente ou periódica, em agrupamentos mais ou menos

homogêneos, sobre solos hidromórficos, formando populações quase mono-

específicas, às quais se dá o nome de miritizais ou buritizais (Storti, 1993; De

Paula Fernandes, 2001) .

Sua ocorrência está ligada a áreas de solos mal drenados e em locais de

baixas altitudes, tendo no cerrado seu principal bioma e nos estados do Acre e

Maranhão sua maior incidência com a formação de buritizais ao longo de

margens de rios e brejeiros.

Possui altura entre 3 a 25 metros, caule solitário, colunar, de 23 a 80 cm

de diâmetro, suas folhas são flabeliformes, costapalmadas, em número de 10 a

20 contemporâneas, raques recurvadas com 0,6 a 1 metro de comprimento, acopa pode atingir 5 metros de diâmetro possuindo de 20 a 25 folhas dispostas

em leque e de aspecto brilhante. É uma especie dioica que não apresenta

diferenças significativas entre os individuos femininos e masculinos.

Os frutos são cobertos com escamas de cor castanho-avermelhada, de 4 a

7 cm de comprimento e de 3 a 5 cm de diâmetro dos quais, 32% de polpa, 48%

de casaca e 20% de semente. A floração ocorre de Abril a Agosto, a

frutificação após 9 meses e a colheita dos frutos entre Dezembro e Junho.

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Mauritia Flexuosa é visitada por vários insetos polinizadores. Trata-se de

uma espécie cantarófila, sendo seus possíveis polinizadores os coleópteros

pertencentes às familias Netildulidae, Curculionidae e Cucujidae, que são

atraído pelo aroma de suas flores.

No bioma Cerrado é a espécie que caracteriza as veredas, marcante

fitofisionomia da região, ocorrendo também em matas de galeria e ciliares,

podendo formar densos buritizais. É considerada a palmeira mais abundante

do país. A espécie possui íntima relação com a água, que atua na dispersão de

seus frutos e auxilia na quebra da dormência das sementes.

Caractéristicas anatomicas:

Caracteristicamente, são restritas a uma coroa terminal dispostas em leque,

com três a cinco metros decomprimento e dois a três de largura,

costapalmadas, com inserção espiral, lâmina reduplicada, segmentada até

quase a porção basal. São persistentes, com algumas mortas pendurando do

topo, possuindo aproximadamente 200 segmentos foliares tesos ou pendulosos

(Kahn, 1990; Cavalcante, 1991; Henderson et al.,1995; De Paula Fernandes,2001).

Caracteristica adaptativas:

Para M. flexuosa a água não é um fator limitante já que as plantas se

encontram em ambiente hidromórfico. Assim, a sua presença pode estar 

relacionada à defesa da planta contra herbivoria.

Referências:

Storti, E.F. 1993. Biologia floral de Mauritia flexuosa Lin. fil., na região de

Manaus, Amazonas, Brasil. Acta Amazonica, 23(4): 381.

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Kahn, F. 1990. Clave para diferenciar los géneros de palmae em la Amazonia a

partir del aparato vegetativo. Bull. Inst. Fr. Etude Andines, 19(2): 351-378.

Cavalcante, P.B. 1991. Frutas comestíveis da Amazônia. 5.ed. Edições

CEJUP. CNPq: Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém. 279p.

Henderson, A.; Galeano, G.; Bernal, R. 1995.  A field guide to the palms of the

 Americas. Princeton University Press, New Jersey. 351p.