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  • 1. A BRINCADEIRA QUE MACHUCA

2. Ainda pouco estudado e pouco difundido no Brasil, quase totalmente desconhecido pela comunidade jurdica e equipes de atendimento, o bullying comea a ganhar espao em estudos e pesquisas desenvolvidas por especialistas,desenvolvidas por especialistas, pedagogos e psiclogos que lidam com a educao. O termo bullying de origem inglesa, utilizado para descrever atos de violncia fsica ou psicolgica, intencionais e repetidos, praticados por indivduos caracterizados como Bully ou por um grupo deles. 3. Segundo Llio Braga Calhau, Promotor de Justia de Minas Gerais e estudioso do assunto, a falta de conhecimento sobre o tema pode levar a um atendimento inadequado s vtimas que procuram ajuda. Assim, pode acontecer de um caso chegar a uma autoridade do meio jurdico e ela nem mesmo entender o que est acontecendo. Por isso, conclui o referido Promotor que pior do que aisso, conclui o referido Promotor que pior do que a falta de providncias, a falta de entendimento e atendimento adequado ao caso. Frente a isto, este manual informativo pretende evidenciar a importncia de um trabalho educativo para disseminar informaes que alcancem todos os campos de atuao em que o bullying possa estar presente. 4. Afinal, o bullying no uma brincadeira despretensiosa, mas um caso de violncia que se sobrepe ao limite ldico e estimula a delinqncia, produzindo por si s vitimas e agressores, culpados e inocentes. Nesses casos, embora a responsabilizao seja obrigatria, melhor do que punir ou reprimir, necessrio caminhar em direo a umanecessrio caminhar em direo a uma compreenso mais profunda do problema, agindo na preveno, para evitar que novas vtimas e culpados surjam. 5. O bullying a intimidao, uma prtica de excluso, uma violncia que se manifesta por atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, mesmo no apresentando nenhum motivo explcito. Embora muitos entendam que se trata daquela velha brincadeira, que sempre existiu, s vezes sem graa, em que pessoas so apelidadas conforme suas particularidades, na verdade, o bullying no uma brincadeira. 6. sem dvida um problema mundial presente em todas as escolas e outras instncias da sociedade, no estando restrito a nenhum tipo especifico de instituio. O gordinho o bola sete, baleia, rolha; o rico o filhinho de papai, playboy; quem usa culos o quatro-olhos; o negro o neguinho ou nego; e o inteligente, oneguinho ou nego; e o inteligente, o CDF. Como se v, o assunto srio, porm pouco conhecido, at mesmo na comunidade jurdica. Bullying traduzido ao p da letra, seria algo como intimidao. 7. Para ser ainda mais claro, importa dizer que quem sofre com bullying aquele aluno que perseguido, humilhado, intimidado, ignorado ou excludo, no sendo capaz de reagir nem demonstrar seu sofrimento em razo da timidez. 8. DEPRESSO AGRESSIVIDADE AUTO-DESTRUIO, SENTIMENTO DE VINGANAVINGANA BAIXA AUTO-ESTIMA ANSIEDADE SENTIMENTOS NEGATIVOS PROBLEMAS INTERPESSOAIS 9. O CIBERBULLYING a verso virtual do bullying, medida que ocorre no espao da rede mundial de computadores (Internet). Essa modalidade vem preocupando especialistas e educadores, por seu efeito multiplicador doeducadores, por seu efeito multiplicador do sofrimento das vtimas e pela velocidade em que essas informaes so veiculadas. As modernas ferramentas da Internet e de outras tecnologias de informao e comunicao mveis ou fixas, so os instrumentos utilizados para disseminar essa prtica com intuito de maltratar, humilhar ou constranger, 10. sendo uma forma de ataque perverso que extrapola em muito os muros das escolas, ganhando dimenses incalculveis, sendo elas os conhecidos orkut, msn, blogs, flogs, chats e celulares. Nestes casos, o bullying ocorre atravs de e- mails, torpedos e/ou scraps, muitas vezes demails, torpedos e/ou scraps, muitas vezes de forma annima. O autor insulta, espalha rumores e boatos sobre os seus colegas e seus familiares, at mesmo sobre os profissionais da escola. E essa situao se torna difcil de ser enfrentada por algumas pessoas. 11. A principal diferena do bullying para o ciberbullying est nos mtodos e ferramentas utilizadas pelo praticante. Enquanto o bullying ocorre no mundo real, o ciberbullying ocorre no mundo virtual. Geralmente, nas demais formas de maus- tratos, a vtima conhece o seu agressor, mesmo que os ataques sejam indiretos. Noque os ataques sejam indiretos. No ciberbullying, os agressores se valem do anonimato, utilizando-se de nomes falsos, apelidos ou fazendo-se passar por outras pessoas. Ao ficar no anonimato, a inteno da vtima do bullying se tornar uma pessoa forte e capaz de reagir e provocar medo nos outros, 12. j que, em virtude de sua timidez, no procura ajuda dos familiares nem consegue intimidar ou resolver diretamente a questo com o seu agressor. E, s vezes, infelizmente, essa reao se torna violenta e atinge outras pessoas inocentes, que nada tiveram com o problema. 13. So pessoas mais tmidas e retradas, pouco sociveis e geralmente no dispem de recursos ou habilidades para se impor. No conseguem reagir, so inseguras e tm dificuldades de relacionamento. Em razo disso se sentemrelacionamento. Em razo disso se sentem desamparados e encontram profundas dificuldades em ser aceitos e em se adequar ao grande grupo. No pedem ajuda e so os principais alvos de apelidos, gozaes e exposio ao ridculo. A baixa auto-estima sempre agravada pelas intervenes crticas ou pela indiferena das pessoas frente ao seu problema. 14. So geralmente os lderes da turma, os mais populares, aqueles que gostam de colocar apelidos e fazer gozaes com os colegas mais frgeis. So aqueles que no respeitam as diferenas alheias e se aproveitam da fragilidadediferenas alheias e se aproveitam da fragilidade do colega para exclu-lo do grupo e executar as gozaes e humilhaes. comum abordarem colegas com problemas de obesidade, baixa-estatura, deficincia fsica, ou outros aspectos culturais, tnicos ou religiosos, o que muito srio, por trazer conseqncias jurdicas, muitas vezes desconhecidas pelos autores, seus familiares e a prpria vtima. 15. Os agentes de bullying, se no tratados por profissionais, tm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti- sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqentes ou criminosas. 16. As testemunhas so alunos que no sofrem nem praticam bullying, mas convivem diariamente com o problema e se omitem por medo e insegurana. So representadas pelos alunos que sabem de tudo, presenciam muitas vezes osabem de tudo, presenciam muitas vezes o abuso, mas se sentem ameaados, porque, se delatarem o autor, podero se tornar as prximas vtimas. Da a omisso, o silncio. Mas elas terminam por ser os cmplices da situao. Isso causa um incmodo e uma insegurana que podem influenciar negativamente em sua rotina. 17. Baixo rendimento escolar; Absentesmo (ausncias dos trabalhadores no processo de trabalho, seja por falta ou atraso, devido a algum motivo interveniente) e evaso escolar;escolar; Dficits de ateno e concentrao; Depresso; Transtornos ansiosos; Stress; Ideaes suicidas; Alteraes do humor 18. ARTIGO 146 DO CDIGO PENAL Constranger algum, mediante violncia ou grave ameaa, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistncia, crime de constrangimento ilegal.de resistncia, crime de constrangimento ilegal. ARTIGO 147 DO CDIGO PENAL Ameaar algum, por palavra, escrita ou gesto, ou qualquer outro meio simblico, tambm crime e o autor dever responder na justia. 19. ARTIGO 5 - Lei 8.069/90 ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE Nenhuma criana ou adolescente ser objeto de qualquer forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso, punido na forma da lei qualquer atentado, por ao ou omisso, aos seus direitos fundamentais. ARTIGO 17 ESTATUTO DA CRIANA E DOARTIGO 17 ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE - Lei 8.069/90 O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade fsica, psquica e moral da criana e do adolescente, abrangendo a preservao da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenas, dos espaos e objetos pessoais. 20. So dois os caminhos que podem ser utilizados para viabilizar o trabalho preventivo. O primeiro segue a via da orientao (educao) e o outro a imposio de limites por meio do dilogo e do exemplo. Investir na preveno, emdilogo e do exemplo. Investir na preveno, em qualquer aspecto que seja, valido para proteger quem sofre com o bullying, para alertar a sociedade sobre a temtica ainda pouco estudada e para coibir que aes violentas se disseminem. 21. importante que os pais dialoguem sempre com seus filhos, orientando-os e participando mais de sua vida escolar e estabelecendo limites, prprios da educao. necessrio tambm que os pais estejam mais presentes e atentos ao comportamentoestejam mais presentes e atentos ao comportamento de seus filhos, observando qualquer mudana brusca de suas atitudes, sempre ensinando o respeito s diferenas, que fundamental. preciso ainda saber ouvir o filho, sem julgar ou criticar, reforando os sentimentos de segurana e confiana no ambiente familiar, no ignorando a timidez do filho ou o seu jeito mais gozador, pois ambos precisam de ajuda e acompanhamento. 22. As escolas devem investir mais na preveno, atravs do esforo permanente de sua equipe, procurando sempre incluir nas suas prticas educacionais dirias e atividades extras, temas para discutir com a famlia e os alunos. Somente com o fortalecimento da relao PAIS, ALUNOS e ESCOLA,fortalecimento da relao PAIS, ALUNOS e ESCOLA, cada um colaborando dentro de sua competncia, haver resultado qualquer trabalho para coibir as manifestaes de violncia dentro da escola. importante ainda estimular a discusso aberta sobre a temtica juntamente ao corpo docente, pais e alunos, com a execuo de propostas de atividades que trabalhem a afetividade e a emoo, o respeito e a tolerncia. 23. FILMES UM AMOR PARA RECORDAR MENINAS MALVADAS TIROS EM COLUMBINE NUNCA FUI BEIJADANUNCA FUI BEIJADA BANG-BANG VOC MORREU! LEONEL, P DE VENTO 24. Beaudoin e Taylor. Bullying - Estratgias de sobrevivncia para crianas e adolescentes. Editora Artmed Bookman. 2007. Beaudoin e Taylor. Bullying e Desrespeito:Beaudoin e Taylor. Bullying e Desrespeito: Como acabar com essa cultura na escola. Editora Artmed.2006. Cleo Fante. Fenmeno Bullying. Editora Verus. 2005. 25. WWW.OBSERVATORIODAINFANCIA.COM.BR WWW.DIGANAOAOBULLYING.COM.BR WWW.BULLYING.PRO.BR NOMOREBULLYING.BLIG.IG.COM.BRNOMOREBULLYING.BLIG.IG.COM.BR