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A expressão países emergentes foi substituída por 'em desenvolvimento', antigamente, conhecidos como países de Segundo e Terceiro Mundo. Veja bem: para se entender o que é um país de Terceiro Mundo, é preciso mergulhar na história, mais precisamente, na Guerra Fria (1945 - 1989). O período das batalhas indiretas marcou-se por causa dos Estados Unidos e os seus aliados. Eles formaram um bloco capitalista, conhecido como Primeiro Mundo. Na época, eram as nações da América do Norte: Canadá e Estados Unidos; parte da Europa Ocidental, Japão, Austrália. O Segundo Mundo era representado pelos socialistas: União Soviética, a China, Coreia do Norte e Cuba. O Terceiro Mundo era composto pelos países da América do Sul, o continente africano, em sua totalidade, e parcela da Ásia e Filipinas. Esses, formavam os países neutros, não se posicionavam em relação a nenhum dos grandes blocos: capitalista e socialista. Os países considerados como emergentes são aqueles que apresentam grande potencial e buscam se reordenar em vários aspectos: mercado, político e apresentam uma alta taxa de crescimento o que contribui para as relações econômicas no exterior. Ou seja, uma nação rumo ao desenvolvimento passa pelo processo de globalização. Os que estão no decorrer dessa evolução são chamados de emergentes. Podem ser tomados como exemplo Brasil, Rússia, Índia e China. Eles formam o grupo denominado de BRIC termo criado por Jim O'Neill, presidente da Goldman Sachs. Embora o BRIC seja considerado um grupo de países emergentes, o próprio criador mudou esse conceito. Brasil, Rússia, Índia e China já estão concentrados em outros patamares que não no emergente. O mercado deles se diferencia, e muito, em relação a outros que estão na condição: se reestruturando. De acordo com especialistas, o Brasil já ocupa o lugar de sétima economia no mundo, perdendo para os grandes como o todo poderoso Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Itália. As pesquisas indicam a ascensão dessas nações até 2020. Alguns economistas dizem que os emergentes se tornarão grandes potências e superarão as que hoje estão liderando a economia mundial. Existem grandes expectativas quanto a isso. O G7, um grupo composto pelos sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia, corre o risco de ser superado pelo BRIC. O topo dessa hierarquia do Grupo dos Sete, a saber, são os Estados Unidos, com o Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 120 trilhões de dólares. Então, os países emergentes ou em desenvolvimento são classificados a partir de seus dados políticos e sociais, tais como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os números apontados por essa estatísticas contam ao destacar o nível em que cada país se encontra. Ele é avaliado em uma escala que vai de zero até 10. Grosso modo, os lugares que atingem a marca entre 0,8 e 0,9, o IDH é elevado acima disso, é muito elevado. A Noruega está no ápice, totalizando um IDH de valor igual a 0,938. Para um país possuir o status de desenvolvido, é preciso trabalhar para o crescimento de algumas taxas importantes. O índice de educação se calcula pela taxa de alfabetização. São contados, na operação, as pessoas que, aos 15 anos, já concluíram o Ensino Fundamental. Outro fator levado em conta é a taxa de escolarização. Essa, baseia-se na soma das pessoas de qualquer idade matriculadas, seja no Ensino Fundamental, Médio, ou Superior. O quantitativo é dividido pelo quociente de pessoas entre 7 e 22 anos do local. E os dados das pessoas que cursam a pós- graduação, supletivo e demais cursos, também são contabilizados no marcador. A renda está diretamente ligada ao Produto Interno Bruto, por cabeça, da localidade. Os países possuem diferenças em seu custo de vida. O cálculo da renda do IDH é feito por meio do dólar americano. Isso porque, contabilizando com a moeda estadounidense, exclui as diferenças do custo de vida de cada nação. O indicador é chamado de Paridade do Poder de Compra (PPC) ou

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A expressão países emergentes foi substituída por 'em desenvolvimento', antigamente, conhecidos como países de Segundo e Terceiro Mundo. Veja bem: para se entender o que é um país de Terceiro Mundo, é preciso mergulhar na história, mais precisamente, na Guerra Fria (1945 - 1989). O período das batalhas indiretas marcou-se por causa dos Estados Unidos e os seus aliados. Eles formaram um bloco capitalista, conhecido como Primeiro Mundo. Na época, eram as nações da América do Norte: Canadá e Estados Unidos; parte da Europa Ocidental, Japão, Austrália. O Segundo Mundo era representado pelos socialistas: União Soviética, a China, Coreia do Norte e Cuba. O Terceiro Mundo era composto pelos países da América do Sul, o continente africano, em sua totalidade, e parcela da Ásia e Filipinas. Esses, formavam os países neutros, não se posicionavam em relação a nenhum dos grandes blocos: capitalista e socialista. Os países considerados como emergentes são aqueles que apresentam grande potencial e buscam se reordenar em vários aspectos: mercado, político e apresentam uma alta taxa de crescimento – o que contribui para as relações econômicas no exterior. Ou seja, uma nação rumo ao desenvolvimento passa pelo processo de globalização. Os que estão no decorrer dessa evolução são chamados de emergentes. Podem ser tomados como exemplo Brasil, Rússia, Índia e China. Eles formam o grupo denominado de BRIC – termo criado por Jim O'Neill, presidente da Goldman Sachs. Embora o BRIC seja considerado um grupo de países emergentes, o próprio criador mudou esse conceito. Brasil, Rússia, Índia e China já estão concentrados em outros patamares que não no emergente. O mercado deles se diferencia, e muito, em relação a outros que estão na condição: se reestruturando. De acordo com especialistas, o Brasil já ocupa o lugar de sétima economia no mundo, perdendo para os grandes como o todo poderoso Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Itália. As pesquisas indicam a ascensão dessas nações até 2020. Alguns economistas dizem que os emergentes se tornarão grandes potências e superarão as que hoje estão liderando a economia mundial. Existem grandes expectativas quanto a isso. O G7, um grupo composto pelos sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia, corre o risco de ser superado pelo BRIC. O topo dessa hierarquia do Grupo dos Sete, a saber, são os Estados Unidos, com o Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 120 trilhões de dólares. Então, os países emergentes ou em desenvolvimento são classificados a partir de seus dados políticos e sociais, tais como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os números apontados por essa estatísticas contam ao destacar o nível em que cada país se encontra. Ele é avaliado em uma escala que vai de zero até 10. Grosso modo, os lugares que atingem a marca entre 0,8 e 0,9, o IDH é elevado – acima disso, é muito elevado. A Noruega está no ápice, totalizando um IDH de valor igual a 0,938. Para um país possuir o status de desenvolvido, é preciso trabalhar para o crescimento de algumas taxas importantes. O índice de educação se calcula pela taxa de alfabetização. São contados, na operação, as pessoas que, aos 15 anos, já concluíram o Ensino Fundamental. Outro fator levado em conta é a taxa de escolarização. Essa, baseia-se na soma das pessoas de qualquer idade matriculadas, seja no Ensino Fundamental, Médio, ou Superior. O quantitativo é dividido pelo quociente de pessoas entre 7 e 22 anos do local. E os dados das pessoas que cursam a pós-graduação, supletivo e demais cursos, também são contabilizados no marcador. A renda está diretamente ligada ao Produto Interno Bruto, por cabeça, da localidade. Os países possuem diferenças em seu custo de vida. O cálculo da renda do IDH é feito por meio do dólar americano. Isso porque, contabilizando com a moeda estadounidense, exclui as diferenças do custo de vida de cada nação. O indicador é chamado de Paridade do Poder de Compra (PPC) ou

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Paridade do Poder Aquisitivo (PPA). A longevidade é um critério que avalia a expectativa de vida, desde o nascimento. Ele mostra quantos anos uma pessoa vive numa determinada localização. As condições do local contribuem para que essa estatística seja elevada. Se um indivíduo tem a vida mais digna, os hospitais são de qualidade, a segurança é eficiente, existe todo um saneamento básico, contribui para o crescimento da taxa, uma vez que a expectativa de vida, que é diferente da longevidade, faz peso no registro de mortes precoces. Esse modelo, adotando todas as essas exigências, só foi utilizado até o ano de 2009. Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano seguiu outras vertentes: a expectativa de vida, ao nascer, o acesso ao conhecimento e um padrão de vida digno, conhecido como PIB (PPC) per capita.