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Fechamento: 19/5/2015 às 23h55 Ano: XXIV - Nº 5.614 Quarta-feira, 20 de maio de 2015 Brasil e China firmam acordos de US$ 53 bi e consolidam parceria estratégica Brasil e China aprofundaram on- tem as relações bilaterais. A presiden- ta Dilma Rousseff recebeu, no Palácio do Planalto, o primeiro-ministro chi- nês, Li Keqiang, e ambos assinaram um plano de ação conjunta entre os dois países, do qual fazem parte 35 acordos bilaterais nas áreas de plane- jamento, infraestrutura, comércio, ener- gia, mineração, entre outras, no valor de mais de US$ 53 bilhões. O deputado Vicente Cândido Vicente Cândido Vicente Cândido Vicente Cândido Vicente Cândido (PT-SP), (PT-SP), (PT-SP), (PT-SP), (PT-SP), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, afirmou que a visita do pre- miê chinês é o grande fato político e econômico deste semestre e previu desdobramentos em curto prazo, com a criação de condições para a retomada do crescimento econômico do Brasil em bases sustentáveis. “Já em 2018, poderemos voltar a crescer de 3 a 4% ao ano”, projetou. A vinda do primeiro-ministro chinês insere-se no pro- cesso de aprofundamento das relações bilaterais iniciado já no primeiro mandato do ex-presidente Lula. “Agora é dar seguimento prático aos acordos firmados”, disse Vi- cente Cândido, ao lembrar que, em governos anteriores, como o de FHC/PSDB, a China não logrou êxito em apro- ximar-se do Brasil. “As relações históricas entre o PT e a China abriram caminho para a aproximação”. Tecnologias ecnologias ecnologias ecnologias ecnologias – A diferença no relacionamento com Pequim em relação a outras potências econômicas, explicou o parlamentar, é que se dá em via de mão dupla. “A China se compromete a abrir seu mercado para produtos brasileiros, a transferir tecnologia – in- clusive em áreas sensíveis, como a militar, tendo em vista a respeitabilidade construída no relacionamento com o Brasil”, informou o parlamentar. Como exemplo da confiança construída, a China aceita receber mercadorias para o pagamento de em- préstimos a serem concedidos e acordos são firmados em moeda nacional, sem o dispêndio de divisas. Os chineses, conforme recordou Vicente Cândido, num momento de escassez de crédito e até por limitações legais de bancos estatais brasileiros, vêm se compro- metendo a emprestar recursos tanto à Petrobras como a empresas investigadas na Operação Lava-Jato. “É na hora do aperto que se vê o parceiro: a China vem com recursos baratos, talvez até mais do que o do BNDES, em projetos que envolvam empresas chinesas, contribuindo para que o Brasil invista anualmente por volta de 23% do PIB”, comentou Vi- cente Cândido. “Os acordos são transparentes, tra- rão resultados para ambos os países, es- pecialmente para o Brasil. A China não tem interesse em ser majoritárias nas em- presas. É parceria volumosa , mas respei- tosa da cultura e da relação entre as duas nações, e vai ajudar o Brasil a ter desen- volvimento estratégico e sustentável’’. O plano de ação conjunta entre os dois países contará com o suporte do acordo de cooperação entre a Caixa Econômica Federal e o Banco Industri- al e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês). É por esse acordo que o ICBC vai disponibilizar recursos da ordem de US$ 50 bilhões, por meio de finan- ciamentos e de fundos de investimentos. Acordos cordos cordos cordos cordos – Somente com a Petrobras, os acordos que envolvem financiamento de projetos da estatal che- gam a pelo menos US$ 7 bilhões. Para Vicente Cândi- do, é a prova da confiança da China na estatal. Em abril, a empresa já havia obtido financiamento de US$ 3,5 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China. Outra iniciativa prevista é a construção da Ferrovia Transoceânica, que ligará Brasil e Peru. Em seu discurso durante a assinatura dos atos, Dilma se mostrou anima- da com a megaferrovia. “Um novo caminho para a Ásia se abrirá pelo Brasil”, afirmou. Entre as iniciativas, está a assinatura de um memorando para a compra de 40 aeronaves da Embraer e outro para a compra de 24 navios de minério de ferro. Com 52 votos favoráveis e 27 contrários, o Senado Federal aprovou ontem o nome do jurista Luiz Edson Fachin para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Indicado pela pre- sidenta Dilma Rousseff, o novo ministro vai ocupar a vaga deixada pelo ex-ministro Joaquim Barbosa no ano passado. Em votação secreta, o jurista superou os 41 votos necessários (de um total de 81 possíveis) para o referendo do seu nome para a Suprema Corte. Em suas contas no twitter, parlamentares petistas comemoram o Senado aprova Luiz Fachin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal resultado da votação. “Fachin no STF é uma grande notícia. Jurista reno- mado vai somar ao Supremo sua experiência, conhecimento e disposi- ção para o diálogo”, observou o deputado Chico D’Angelo (PT-RJ). “Luiz Fachin deixará o STF mais sábio e humilde. Precisamos de um progressista no STF”, ressaltou a deputada Margarida Sa- lomão (PT-MG). “Um ministro do Supremo que construiu forte relação com a sociedade chega agora à mais alta Corte”, comemo- rou a deputada Maria do Rosário (PT-RS). MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

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Fechamento: 19/5/2015 às 23h55

Ano: XXIV - Nº 5.614Quarta-feira, 20 de maio de 2015

Brasil e China firmam acordos de US$ 53 bie consolidam parceria estratégica

Brasil e China aprofundaram on-tem as relações bilaterais. A presiden-ta Dilma Rousseff recebeu, no Paláciodo Planalto, o primeiro-ministro chi-nês, Li Keqiang, e ambos assinaramum plano de ação conjunta entre osdois países, do qual fazem parte 35acordos bilaterais nas áreas de plane-jamento, infraestrutura, comércio, ener-gia, mineração, entre outras, no valorde mais de US$ 53 bilhões.

O deputado Vicente CândidoVicente CândidoVicente CândidoVicente CândidoVicente Cândido(PT-SP),(PT-SP),(PT-SP),(PT-SP),(PT-SP), presidente da Comissão deFiscalização Financeira e Controle daCâmara, afirmou que a visita do pre-miê chinês é o grande fato político e econômico destesemestre e previu desdobramentos em curto prazo, com acriação de condições para a retomada do crescimentoeconômico do Brasil em bases sustentáveis. “Já em 2018,poderemos voltar a crescer de 3 a 4% ao ano”, projetou.

A vinda do primeiro-ministro chinês insere-se no pro-cesso de aprofundamento das relações bilaterais iniciadojá no primeiro mandato do ex-presidente Lula. “Agora édar seguimento prático aos acordos firmados”, disse Vi-cente Cândido, ao lembrar que, em governos anteriores,como o de FHC/PSDB, a China não logrou êxito em apro-ximar-se do Brasil. “As relações históricas entre o PT e aChina abriram caminho para a aproximação”.

TTTTTecnologiasecnologiasecnologiasecnologiasecnologias – A diferença no relacionamentocom Pequim em relação a outras potências econômicas,explicou o parlamentar, é que se dá em via de mãodupla. “A China se compromete a abrir seu mercado

para produtos brasileiros, a transferir tecnologia – in-clusive em áreas sensíveis, como a militar, tendo emvista a respeitabilidade construída no relacionamentocom o Brasil”, informou o parlamentar.

Como exemplo da confiança construída, a Chinaaceita receber mercadorias para o pagamento de em-préstimos a serem concedidos e acordos são firmadosem moeda nacional, sem o dispêndio de divisas. Oschineses, conforme recordou Vicente Cândido, nummomento de escassez de crédito e até por limitaçõeslegais de bancos estatais brasileiros, vêm se compro-metendo a emprestar recursos tanto à Petrobras como aempresas investigadas na Operação Lava-Jato.

“É na hora do aperto que se vê o parceiro: a Chinavem com recursos baratos, talvez até mais do que o doBNDES, em projetos que envolvam empresas chinesas,contribuindo para que o Brasil invista anualmente por

volta de 23% do PIB”, comentou Vi-cente Cândido.

“Os acordos são transparentes, tra-rão resultados para ambos os países, es-pecialmente para o Brasil. A China nãotem interesse em ser majoritárias nas em-presas. É parceria volumosa , mas respei-tosa da cultura e da relação entre as duasnações, e vai ajudar o Brasil a ter desen-volvimento estratégico e sustentável’’.

O plano de ação conjunta entre osdois países contará com o suporte doacordo de cooperação entre a CaixaEconômica Federal e o Banco Industri-al e Comercial da China (ICBC, na sigla

em inglês). É por esse acordo que o ICBC vai disponibilizarrecursos da ordem de US$ 50 bilhões, por meio de finan-ciamentos e de fundos de investimentos.

AAAAAcordoscordoscordoscordoscordos – Somente com a Petrobras, os acordosque envolvem financiamento de projetos da estatal che-gam a pelo menos US$ 7 bilhões. Para Vicente Cândi-do, é a prova da confiança da China na estatal. Em abril,a empresa já havia obtido financiamento de US$ 3,5bilhões do Banco de Desenvolvimento da China.

Outra iniciativa prevista é a construção da FerroviaTransoceânica, que ligará Brasil e Peru. Em seu discursodurante a assinatura dos atos, Dilma se mostrou anima-da com a megaferrovia. “Um novo caminho para a Ásiase abrirá pelo Brasil”, afirmou. Entre as iniciativas, estáa assinatura de um memorando para a compra de 40aeronaves da Embraer e outro para a compra de 24navios de minério de ferro.

Com 52 votos favoráveis e 27 contrários, o Senado Federalaprovou ontem o nome do jurista Luiz Edson Fachin para ocuparuma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Indicado pela pre-sidenta Dilma Rousseff, o novo ministro vai ocupar a vaga deixadapelo ex-ministro Joaquim Barbosa no ano passado. Em votaçãosecreta, o jurista superou os 41 votos necessários (de um total de81 possíveis) para o referendo do seu nome para a Suprema Corte.

Em suas contas no twitter, parlamentares petistas comemoram o

Senado aprova Luiz Fachin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal

resultado da votação. “Fachin no STF é uma grande notícia. Jurista reno-mado vai somar ao Supremo sua experiência, conhecimento e disposi-ção para o diálogo”, observou o deputado Chico D’Angelo (PT-RJ).

“Luiz Fachin deixará o STF mais sábio e humilde. Precisamosde um progressista no STF”, ressaltou a deputada Margarida Sa-

lomão (PT-MG). “Um ministro do Supremo que construiu forterelação com a sociedade chega agora à mais alta Corte”, comemo-rou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

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20/5/201520/5/201520/5/201520/5/201520/5/2015 PT NA CÂMARA2

Líder da Bancada: Deputado Sibá Machado (AC)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Rogério Tomaz Jr.; Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) Editores: Denise Camarano (Editora-chefe); Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Tarciano Ricarto e Vânia Rodrigues - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira e Ivana Figueiredo

Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente Audiovisual: João Abreu e Jonas Tolocka

Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Sandro Mendes e Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças

Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.

O Boletim PT na Câmara, antigo Informes, foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.EX

PE

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Parlamentares da Bancada do PT ocu-param a tribuna ontem para manifestar so-lidariedade aos integrantes da FederaçãoNacional dos Trabalhadores e Trabalhado-ras na Agricultura Familiar (Fetraf), queparticipam em Brasília da 11ª JornadaNacional de Lutas em Defesa da AgriculturaFamiliar, que começou na segunda-feira(18) e termina hoje.

Para o deputado PPPPPadre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG),a pauta da agricultura familiar é muitoimportante. “E tem que ser levada emconta, sobretudo, pelo Ministério daFazenda, de maneira que não tenha ne-

Petistas defendem lutada agricultura familiar

nhum corte para dificultar não só a re-forma agrária, mas tudo o que garantea implementação da própria reformaagrária e a dignidade do campo”, disseo parlamentar do PT.

O deputado Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)ressaltou que a agricultura familiar é hojeresponsável pela alimentação do povo bra-sileiro. “A luta é para garantir que não secorte absolutamente nenhum projeto naárea da agricultura familiar, na área dareforma agrária. É preciso estimular estesegmento para que seja cada vez maisvalorizado”, disse.

Givaldo Vieira promove

audiência pública sobre crise hídricaBuscar alternativas para reduzir os impactos da escassez de água e esti-

mular a cultura do consumo consciente de um bem natural imprescindível àvida do planeta e à economia das cidades. Com esse objetivo, o deputadoGivaldo Vieira (PT-ES), em parceria com o vereador Gilmar Carlos (PT), realiza, nasexta-feira (22), a audiência pública sobre a Crise Hídrica, na Câmara Municipalda Serra, município localizado na Grande Vitória (ES), a partir das 15h.

Autor e relator da comissão especial que cuida do tema na Câmara dosDeputados, Givaldo lembra que o quadro atual da oferta de água no EspíritoSanto e no Brasil é pior do que o de 2014.

“Estudos realizados pela Agência Nacional de Águas (ANA) já apre-sentaram um panorama que preocupa a todos com relação à oferta deágua nos estados, como o Espírito Santo, que tiveram redução nos níveisde reservatórios e bacias de rios. A incidência de chuva não foi suficientena época mais chuvosa do ano, que é encerrada neste mês”, afirma odeputado. Para outras informações, os interessados em participar podementrar em contato com a organização por meio do [email protected].

O deputado Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA) pa-rabenizou em pronunciamento no plenário iniciati-va do Ministério Público do Trabalho do Mato Gros-so que ajuizou ação civil pública com pedido deliminar contra algumas das maiores produtoras deagrotóxicos do mundo. “Espero que o MinistérioPúblico em outros estados faça a mesma coisa, por-que é preciso impedir que a população brasileiracontinue consumindo altas doses de veneno, que

Deputados aprovam MP que estabeleceisonomia entre produto nacional e importado

PLENÁRIO

AGRICULTURA

Valmir elogia ação que penaliza produtoras de agrotóxicoshoje é de 5,2 litros/ano por pessoa no País”, disse.

A ação civil é desdobramento de inspeção realizadapelo Ministério Público na Associação dos EngenheirosAgrônomos de Sapezal, em fevereiro deste ano, em con-junto com pesquisadores da Universidade Federal de MatoGrosso. Na ocasião, foram constatadas diversas irregula-ridades trabalhistas, como a falta de condições mínimasde segurança aos empregados expostos ao veneno e ine-xistência de local para a higiene dos funcionários.

O deputado Valmir Assunção afirmou que asempresas Basf, Du Pont, Monsanto, Nufarm, Syn-genta, Adama, Nortox e FMC estão sendo autuadaspor exposição de trabalhadores a risco de contami-nação de agrotóxicos. “Além das multinacionais, aAssociação dos Engenheiros Agrônomos de Sapezale o Instituto Nacional de Processamento de Embala-gens Vazias poderão pagar uma indenização queultrapassa a casa dos R$ 50 milhões”.

O plenário da Câmara aprovou ontem, com 323votos favoráveis, o texto base da medida provisória(MP 668/14) que prevê, entre outros itens, altera-ção das alíquotas e mecanismos de habilitação decrédito tributário no PIS/Pasep e na Cofins para im-portação. A medida faz parte do conjunto de inicia-tivas do governo para o reequilíbrio da economia.Ainda falta apreciar destaques ao texto para concluira votação da matéria.

O líder da Bancada do PT, deputado Sibá Ma-Sibá Ma-Sibá Ma-Sibá Ma-Sibá Ma-chado (AC)chado (AC)chado (AC)chado (AC)chado (AC), elogiou a aprovação e reiterou que aideia é garantir a isonomia competitiva dos produtosnacionais em relação aos estrangeiros. “O objetivo

a MP é “fundamental como instrumento – não deblindagem – mas de defesa da indústria brasileira,que precisa de uma garantia de sobrevivência”.

UrgênciaUrgênciaUrgênciaUrgênciaUrgência – Também foi aprovado pelo plená-rio o regime de urgência para tramitação de duasmensagens do Executivo que tratam de acordos inter-nacionais celebrados entre os países que integram oBrics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Os acordos criam o Novo Banco de Desenvolvi-mento (NBD) dos Brics e determinam o Arranjo Con-tingente de Reservas dos Brics, no valor inicial de100 bilhões de dólares, para socorro mútuo em casode crise de liquidez.

central é fazer o mínimo de equilíbrio entre os produ-tos importados pelo Brasil e aqueles que venham acompetir com a indústria nacional”, afirmou.

Para o deputado PPPPPadre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG), vice-presidente da comissão mista que analisou a medida,

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20/5/201520/5/201520/5/201520/5/201520/5/2015PT NA CÂMARA 3

DESONERAÇÃO

Guimarães cita “força-tarefa” para concluirvotações que visam à retomada do crescimentoO governo e a base aliada trabalham para aprovar

na Câmara, nesta quarta-feira (20), o projeto de lei(PL 863/15) do Executivo que reduz o benefício fiscalde desoneração da folha de pagamentos concedido a56 segmentos econômicos. A afirmação é do líder dogoverno da Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE),após reunião da base com o vice-presidente da Repú-blica e articulador político do Governo, Michel Temer,ocorrida no fim da manhã de ontem.

“Estamos fazendo uma força-tarefa para votar-mos o projeto da desoneração e, assim, concluirmosaqui na Câmara a aprovação das medidas necessáriaspara a retomada do crescimento econômico do País”,afirmou Guimarães.

O mecanismo da desoneração da folha de pa-gamento, criado em 2011 e ampliado nos anosseguintes, prevê a troca da contribuição patronalpara a Previdência, de 20% sobre a folha de pa-gamentos, por alíquotas incidentes na receita bru-ta. O texto original do governo aumenta as duas

alíquotas atuais de 1% e 2% para, respectiva-mente, 2,5% e 4,5% sobre essa receita.

O relator do PL 863, deputado Leonardo Pici-anni (PMDB-RJ), está fazendo modificações nes-se item da proposta. Ele pretende fazer o aumentoda alíquota escalonada e com vigência a partir de2016. O líder Guimarães anunciou, entretanto,que está negociando com o relator, principalmen-te o item que trata da vigência da alteração. “Parao equilíbrio econômico e para a retomada do cres-cimento, é fundamental que as mudanças entrem

em vigor ainda neste ano”, defendeu Guimarães.O líder do governo acrescentou ainda que a redu-

ção da desoneração na folha de pagamento é parcial,não dificulta e nem interdita o setor produtivo brasi-leiro. “São medidas importantes para recompor a ar-recadação do governo e não atingem nenhuma microou pequena empresa”, garantiu. Com as atuais alí-quotas, a renúncia fiscal é de aproximadamente R$25,2 bilhões por ano no orçamento da seguridade.Com o aumento da alíquota, o governo deve reduziresta renúncia em R$ 12,8 bilhões ao ano, a partir doprimeiro ano completo da sua vigência.

Outros temasOutros temasOutros temasOutros temasOutros temas – O projeto também faz mudan-ças na legislação sobre tributação de bebidas frias(água mineral, suco de frutas, cerveja não alcoólica erefrigerantes) para adequar o texto às normas edita-das com a Lei 13.097/15. A proposta do governodispõe ainda sobre a desoneração tributária de bens eserviços para uso ou consumo exclusivo em atividadesvinculadas aos Jogos Olímpicos de 2016.

Marroni cobra

posicionamento da

imprensa sobre Operação

Zelotes: “Silêncio

impressionante”

O deputado Fernando Marroni (PT-RS) ocu-pou ontem a tribuna para cobrar da imprensa bra-sileira um posicionamento sobre o silêncio emrelação à Operação Zelotes, da Polícia Federal,deflagrada em março deste ano e que investigaum dos maiores esquemas de sonegação fiscal, apartir da venda de decisões em julgamentos decréditos tributários pelo Conselho Administrativode Recursos Fiscais (Carf).

“É impressionante o silêncio da imprensabrasileira e temos aqui o maior escândalo de so-negação do País. Merece a mais veemente atitu-de do Judiciário, do Ministério Público, para quevenha a ser esclarecido este verdadeiro assaltoao Brasil. O mais impressionante é que a maiorparte da mídia está calada; e a oposição, por suavez, não move uma palha para obter mais infor-mações”, ressaltou o petista.

O escândalo, ainda em processo de investi-gação, aponta uma fraude que pode representarum desfalque de R$ 19 bilhões em créditos tribu-tários não pagos aos cofres da União. O esquemaenvolve grandes empresas e o Carf, que tem afunção de mediar litígios tributários como instân-cia anterior à Justiça, mas que, nesse caso, funci-onou como balcão de negócios.

Zarattini defende orçamentoplurianual para a Defesa

FORÇAS ARMADAS

O deputado Carlos Za-Carlos Za-Carlos Za-Carlos Za-Carlos Za-rattini (PT-SP)rattini (PT-SP)rattini (PT-SP)rattini (PT-SP)rattini (PT-SP) defendeuontem que o Brasil discuta apossibilidade de estabelecerorçamento plurianual para aDefesa. O objetivo é evitar ocontingenciamento de recursose a paralisação de projetosestratégicos das Forças Arma-das. A proposta foi apresenta-da durante palestra na Câmarados Deputados sobre o tema “A Segurança e a Defesa:Suas implicações para o desenvolvimento nacional”.

“Ainda não conseguimos localizar efetivamenteuma fonte que garanta recursos perenes para as For-ças Armadas. A nossa ideia é promover o debate sobrea criação de um orçamento próprio, específico, paraas Forças e que seja plurianual. Sem poder ser contin-genciado ou reduzido”, afirmou Zarattini, que é osegundo vice-presidente da Comissão de RelaçõesExteriores e de Defesa Nacional e presidente da Fren-te Parlamentar Mista da Defesa Nacional,

Em sua exposição, Zarattini defendeu também amanutenção dos projetos estratégicos que tratam da se-gurança e da defesa. “Essa decisão de se criar a EstratégiaNacional da Defesa voltou a colocar o assunto defesa em

pauta. Por isso, é imprescindível que a Câmara incentive odebate na academia e na sociedade e apoie ações políti-cas, legislativas e orçamentárias que garantam a conti-nuidade dos projetos. Discutindo defesa, vamos trabalharpara o desenvolvimento do País”, disse o deputado.

O evento foi organizado pela Comissão de Rela-ções Exteriores e de Defesa Nacional em parceria como Ministério da Defesa. Participaram da palestra maisde 300 estudantes em maioria coronéis das ForçasArmadas do Curso Superior de Defesa, Cursos de AltosEstudos da Escola Superior de Guerra, da Escola deGuerra Naval, da Escola de Comando e Estado-Maiordo Exército e da Escola de Comando e Estado-Maiorda Aeronáutica, além de Oficiais Superiores da Ale-manha, Equador, Venezuela, Líbano e Peru.

SALU PARENTE/PT NA CÂMARA

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REFORMA POLÍTICA

Petistas rechaçam interferência externa edefendem votação de relatório na comissão

A Comissão da Reforma Polí-tica (que analisa as PECs 182/07e PEC 352/13, além de outras pro-postas) adiou para a próxima se-gunda-feira (25), às 18h, o iníciodo processo de votação do relató-rio final do colegiado, inicialmen-te previsto para esta terça-feira(19). Oficialmente, o presidenteda comissão, deputado RodrigoMaia (DEM-RJ), disse durante a reunião de ontem que aprorrogação atendia ao pedido do presidente da Câmara,deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de outros membrosda comissão que desejariam um prazo maior para a discus-são das propostas apresentadas pelo relator.

Porém, em entrevista coletiva à imprensa, após otérmino da reunião, o relator da proposta, deputadoMarcelo Castro (PMDB-PI), disse que o adiamento foiuma decisão pessoal do presidente do colegiado. “Pormim, teria começado a votação hoje”, revelou. O depu-tado Rodrigo Maia assumiu o comando da Comissão daReforma Política por meio de uma indicação pessoal dopresidente da Câmara.

Durante a reunião, os deputados petistas CarlosCarlosCarlosCarlosCarlosZarattini (PT-SP)Zarattini (PT-SP)Zarattini (PT-SP)Zarattini (PT-SP)Zarattini (PT-SP) e Moema Gramacho (PT-Moema Gramacho (PT-Moema Gramacho (PT-Moema Gramacho (PT-Moema Gramacho (PT-BA)BA)BA)BA)BA) criticaram a tentativa de interferência do presi-dente da Câmara nos trabalhos da comissão. Em entre-vista à imprensa na segunda-feira (18), Eduardo Cu-nha levantou a hipótese de o texto não ser aprovado nacomissão e seguir direto para apreciação do plenário. A

Fontana considera “inacreditável” tentativa de burlar votação da reforma políticaO deputado Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS) usou a tribuna da Câmara

ontem para criticar a forma como o presidente da Câmara, deputado EduardoCunha (PMDB-RJ), tem conduzido a reforma política em debate na Casa e quedeverá ser votada nos próximos dias. “É inaceitável, por exemplo, a entrevistaconcedida pelo presidente Eduardo Cunha, que disse que é melhor a comissãonão votar o relatório”, afirmou Fontana.

“Se essa moda pega, é como se deixassem de existir todas as comissões,o lugar, por excelência, onde se fazem as aproximações, onde se aprofundam ostemas, onde se realizam as negociações efetivas, que levam à votação derelatórios mais consistentes que a média da opinião da Casa”, avaliou Fontana.O deputado do PT gaúcho, que já foi relator de comissão especial que tambémdiscutiu uma proposta de reforma política em 2009, disse que o presidente daCâmara tem tido uma postura “um tanto imperial”.

“Ele ameaça comissões dizendo que, se não votarem até o dia tal, vai levara matéria direto para o plenário. Esta é uma Casa de iguais! Aqui nós somos513 deputados, todos com responsabilidade, todos com posição, com opinião”,defendeu Fontana.

Na avaliação do deputado Fontana, a comissão especial não só pode, comodeve votar a matéria. “Lá (na comissão) eu posso ser maioria ou minoria, mas

crítica teria sido motivada pela modificação introduzi-da no texto pelo relator, que alterou de cinco para dezanos o mandato de senador. Marcelo Castro retomou naúltima quinta-feira (14) o texto original.

A possiblidade da manobra irritou os deputadospetistas no colegiado. “Sabemos que o presidenteEduardo Cunha quer aprovar o distritão. Mas o PT temposição contrária porque defende o fortalecimentodos partidos políticos e a construção de projetos po-líticos, que só podem ser viabilizados por uma açãocoletiva e não individual”, explicou Zarattini. Já adeputada Moema Gramacho disse que a reforma po-lítica não pode ser feita “à la” Eduardo Cunha e, sim,“à la” comissão da reforma política.

Entre as principais críticas de Zarattini ao distritão,está a ênfase do sistema na disputa entre todos os candida-tos pelas vagas em apenas um grande distrito, “pois apenasos mais votados seriam eleitos, sem levar em consideraçãoo voto de legenda”, o que, na avaliação dele, encareceria adisputa. “Esse sistema prejudica ainda a representação

das mulheres e minorias no Parla-mento”, destacou.

Zarattini também disse que aadoção do distritão inibiria a reno-vação política. “Como apenas osmais votados seriam eleitos, o nú-mero de candidatos seria reduzido.Com isso, sairiam candidatos quaseque exclusivamente os que já pos-suem mandato”, observou o petista.

Distrital Misto Distrital Misto Distrital Misto Distrital Misto Distrital Misto – Ao destacar que a proposta dapreferência do PT é pelo sistema proporcional de listafechada, Zarattini admitiu que o partido pode vir a apoiaro sistema distrital misto com o objetivo de derrotar odistritão. “Podemos defender uma proposta intermediá-ria que é o distrital misto. Com ele estaria garantido ovoto majoritário local, e também a lista fechada comvagas para as mulheres e as minorias”, ponderou.

MulheresMulheresMulheresMulheresMulheres – Nesse sentido, a deputada MoemaGramacho apelou ao relator para que modifique o relató-rio e inclua a cota para mulheres no Parlamento. A petistaé autora de um destaque, apoiado pela bancada femini-na na Câmara, que estipula em 30% o percentual devagas no Parlamento para as mulheres. Pela proposta, acada eleição a cota aumentaria em 5%, para que em 20anos o País alcançasse a paridade (50% x 50%) entrehomens e mulheres nos legislativos.

Os deputados petistas Henrique Fontana (RS)Henrique Fontana (RS)Henrique Fontana (RS)Henrique Fontana (RS)Henrique Fontana (RS),Margarida Salomão (MG)Margarida Salomão (MG)Margarida Salomão (MG)Margarida Salomão (MG)Margarida Salomão (MG) e Leonardo Montei-Leonardo Montei-Leonardo Montei-Leonardo Montei-Leonardo Montei-ro (MG)ro (MG)ro (MG)ro (MG)ro (MG) também participaram da reunião.

nós não trabalhamos, durante dois meses e meio para uma única pessoa dizer:A comissão não vai votar”. Ele acrescentou que o colegiado tem um relatório,do qual ele discorda, mas que precisa ser apreciado pela comissão antes deseguir para votação em plenário.

Fontana também fez questão de deixar claro suas divergências com vários pontosdo parecer final do relator da reforma política, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).

DistritãoDistritãoDistritãoDistritãoDistritão – Um dos principais pontos dos quais Fontana diverge é odistritão. “Esse modelo acaba com os partidos políticos. O distritão é o que euchamo de festival do hiperpersonalismo”, criticou. Na sua avaliação, não hádemocracia no mundo que tenha se fortalecido, que tenha se qualificado, sempassar pelo processo de legitimação dos partidos políticos.

Fontana também destacou que o Brasil enfrenta problemas seríssimos no seusistema democrático. O principal deles, na sua avaliação, é a escalada crescentedo poder econômico, que “domina e define” os rumos da política. “As campanhasduplicam, triplicam de custo de eleição para eleição. A última chegou à faixa deR$ 6 bilhões. Eu sei que a corrupção tem múltiplas causas, mas, uma dasprincipais é o abuso do poder econômico. E eu não tenho dúvidas de que ofinanciamento empresarial de campanha tem sido sem limites”, citou o deputado.

Fontana ressaltou que a Bancada do PT, a Ordem dos Advogados do

Brasil, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, a União Nacionaldos Estudantes e mais de 100 entidades defendem o fim do financiamen-to empresarial de campanha.

O deputado o relatório da reforma política, destacando que a reforma proposta é bastanterestrita, mantém o financiamento empresarial das campanhas, que vai total-mente contra os interesses da população brasileira. “está satisfeito com o seu parecer e já se rebelou, por exemplo, a respeito daquestão do distritão, que joga no lixo os partidos políticos, a organizaçãopartidária”, lembrou. Waldenor acrescentou que a reforma política deve serdemocrática, ampla e participativa.

O deputado a reforma política dê um salto institucional, de modo a estabelecer mecanismosque consigam prevenir os abusos eleitorais, oriundos dos financiamentos empre-sarial de campanha. “Sou a favor do financiamento exclusivamente público daseleições em todos os níveis. Esse deve ser o eixo de uma verdadeira reformapolítica. É o financiamento público exclusivo que vai dar maior transparência aosgastos de campanha e tornar a disputa eleitoral mais igualitária em oportunidadespara todos que desejam concorrer a cargos eletivos”, defendeu.

SALU PARENTE/PT NA CÂMARA

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Atos em Brasíliamarcam repúdiode movimentos

sociais a parecerde relator

Nesta quarta-feira (20), serão realizadas em Bra-sília uma caminhada e um ato de repúdio à corrupção eao parecer da comissão especial de Reforma Política,apresentado na semana passada pelo deputado MarceloCastro (PMDB-PI).

O relatório pretende inserir na Constituição a autoriza-ção para o financiamento empresarial de campanhas elei-torais, o que dificultaria a sua posterior proibição, medidadefendida pela ampla maioria da população brasileira. Alémdisso, o relatório de Marcelo Castro cria o “distritão”, siste-ma majoritário para a escolha de deputados e vereadoresque aprofunda a influência do poder econômico nas elei-ções e enfraquece os partidos.

A manifestação é organizada pela Coalizão pela ReformaPolítica Democrática e Eleições Limpas. A concentração para acaminhada será às 9h, em frente à Catedral de Brasília. Obloco seguirá até a Câmara dos Deputados.

Compõem a coalização, entre outras entidades e movi-mentos: OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), CNBB (Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil), Contag (ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores na Agricultura), CTB Nacional(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CUTBrasil (Central Única dos Trabalhadores), MCCE (Movimentode Combate à Corrupção Eleitoral), Plataforma dos Movimen-tos Sociais pela Reforma do Sistema Político, e UNE (UniãoNacional dos Estudantes).

Damous assume mandato naCâmara e promete lutar contra

retrocesso em direitos constitucionaisO ex-presidente da Or-

dem dos Advogados do Bra-sil do Rio de Janeiro e atualpresidente da Comissão Na-cional de Direitos Humanosdo Conselho Federal da OAB,Wadih Damous (PT-Wadih Damous (PT-Wadih Damous (PT-Wadih Damous (PT-Wadih Damous (PT-RJ)RJ)RJ)RJ)RJ), assumiu ontem o car-go de deputado federal peloPartido dos Trabalhadores.“Tenho consciência de queassumo em momento difícil, de predominânciado ódio e da intolerância e de pouco apreçopelo debate. E, modestamente, quero contribuirpara que esta Casa continue sendo a Casa dodebate, da democracia”, afirmou.

Wadih Damous assume a vaga do depu-tado Fabiano Horta (PT-RJ), que se licen-ciou da Câmara para ocupar o cargo de se-cretário de Desenvolvimento Econômico So-lidário na cidade do Rio de Janeiro.

Em uma rápida entrevista antes da posse,que ocorreu à tarde no plenário da Câmara,Damous destacou que continuará a empunharas bandeiras de sempre. “Vou defender tudoaquilo que eu venho defendendo ao longo daminha trajetória: a luta da advocacia brasileira,pelos direitos humanos, pela ordem jurídica,pelo respeito à Ordem Jurídica do Estado De-mocrático de Direito”.

O novo deputado petista garantiu quevai defender com firmeza todos os direitos

Caetano critica oposição“blá blá blá” e cita incoerência

O deputado Caeta-Caeta-Caeta-Caeta-Caeta-no (PT-BA)no (PT-BA)no (PT-BA)no (PT-BA)no (PT-BA) criticou on-tem o comportamento daoposição que, na opiniãodele, é a “oposição bláblá blá”, pois está semrumo e sem projeto para oPaís e atua na base do“quanto pior, melhor”.Caetano citou até o comen-tarista da CBN, Arnaldo Jabor, que recentemen-te disse que o PSDB era uma “vergonha”, pelofato de ter votado contra o ajuste fiscal.

Segundo o parlamentar, a incoerência daoposição demonstra o oportunismo que temmarcado a cena política brasileira. “Até mesmosetores da mídia começam a se inquietar com a

constitucionais para evi-tar retrocessos, como aredução da maioridadepenal, em debate na Câ-mara. Ele também já semanifestou contrário à PEC215, que transfere para oLegislativo o poder de de-marcação das terras indí-genas e quilombolas. “APEC 215 fere não só prin-

cípios constitucionais, ela fere o marco civi-lizatório. Não podemos legislar em prol doextermínio dos povos indígenas”.

Reforma políticaReforma políticaReforma políticaReforma políticaReforma política – Sobre a reformapolítica, em andamento na Câmara, Damouslembrou que é oriundo da OAB, onde, junta-mente com mais de uma centena de entidades,a reforma política é foco de debates. “Há váriositens importantes que o Congresso Nacionaldeveria se debruçar, mas o que considero maisimportante é a proibição do financiamento em-presarial das campanhas eleitorais”.

Wadih Damous disse que no Brasil fala-seem combater a corrupção, que se quer moralizara vida pública, mas nunca se procura atacar ascausas, o processo de corrupção. “E uma dascausas, talvez a principal, resida exatamente namaneira como se dá o financiamento de cam-panhas eleitorais. São financiamentos empre-sariais e nós sabemos que nenhuma empresadoa gratuitamente. Empresa investe”, afirmou.

postura da bancada neo-liberal no Parlamento”,disse Caetano, citandotexto da Folha de São Pau-lo, de Vinícius Torre Frei-re, em que o articulistadiz que o PSDB faz “cha-crinha” e “avacalha” noCongresso Nacional.

Na aval iação doparlamentar, a sociedade brasileira começaa perceber, para além dos discursos, quemverdadeiramente tem responsabilidade comos destinos da Nação, da melhoria da vidado nosso povo, do aprofundamento das con-quistas sociais e do desenvolvimento verda-deiro da economia nacional.

Fontana considera “inacreditável” tentativa de burlar votação da reforma políticaBrasil, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, a União Nacionaldos Estudantes e mais de 100 entidades defendem o fim do financiamen-to empresarial de campanha.

O deputado Waldenor PWaldenor PWaldenor PWaldenor PWaldenor Pereira (PT-BA)ereira (PT-BA)ereira (PT-BA)ereira (PT-BA)ereira (PT-BA) também criticou, em plenário,o relatório da reforma política, destacando que a reforma proposta é bastanterestrita, mantém o financiamento empresarial das campanhas, que vai total-mente contra os interesses da população brasileira. “Até o próprio relator nãoestá satisfeito com o seu parecer e já se rebelou, por exemplo, a respeito daquestão do distritão, que joga no lixo os partidos políticos, a organizaçãopartidária”, lembrou. Waldenor acrescentou que a reforma política deve serdemocrática, ampla e participativa.

O deputado Andres Sanchez (PT-SP)Andres Sanchez (PT-SP)Andres Sanchez (PT-SP)Andres Sanchez (PT-SP)Andres Sanchez (PT-SP) defendeu, também da tribuna, quea reforma política dê um salto institucional, de modo a estabelecer mecanismosque consigam prevenir os abusos eleitorais, oriundos dos financiamentos empre-sarial de campanha. “Sou a favor do financiamento exclusivamente público daseleições em todos os níveis. Esse deve ser o eixo de uma verdadeira reformapolítica. É o financiamento público exclusivo que vai dar maior transparência aosgastos de campanha e tornar a disputa eleitoral mais igualitária em oportunidadespara todos que desejam concorrer a cargos eletivos”, defendeu.

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AGENDA DE COMISSÕES

O deputado PPPPPedro Uczai (PT-SC)edro Uczai (PT-SC)edro Uczai (PT-SC)edro Uczai (PT-SC)edro Uczai (PT-SC) convida osparlamentares membros da Comissão de Educaçãopara café da manhã, às 8h30 de hoje, na sala deReuniões da Liderança do PT na Câmara. Na pauta, oPL 4372/12 (Instituto Nacional de Supervisão e Ava-liação da Educação Superior); o PL 6480/13 (propos-ta da Reforma do Ensino Médio); e o PNE.

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, parti-cipa às 10h de hoje, no plenário 3, de audiênciapública da Comissão de Relações Exteriores e deDefesa Nacional da Câmara para falar da formu-lação e da execução da política de defesa nacio-nal e da implementação da Política Nacional deDefesa, da Estratégia Nacional de Defesa e doLivro Branco da Defesa. Jaques Wagner deve ex-planar ainda sobre o salário pago aos militaresdas Forças Armadas, sobre o percentual do PIBdestinado à Defesa Nacional e acerca das condi-ções de elegibilidade dos membros das corpora-ções militares. O deputado Carlos Zaratt iniCarlos Zaratt iniCarlos Zaratt iniCarlos Zaratt iniCarlos Zaratt ini

A Comissão de Fiscali-zação Financeira e Controle,presidida pelo deputado Vi-Vi-Vi-Vi-Vi-cente Cândido (PT-SP)cente Cândido (PT-SP)cente Cândido (PT-SP)cente Cândido (PT-SP)cente Cândido (PT-SP),promove às 10h30, no ple-nário 9, audiência públicapara esclarecer o andamentode investigações acerca daOperação Zelotes, que apurafraude de cerca de R$ 20 bi-lhões em julgamento de pro-cessos no Conselho Adminis-trativo de Recursos Fiscais(Carf). Os deputados PPPPPauloauloauloauloauloPimenta (PT-RS)Pimenta (PT-RS)Pimenta (PT-RS)Pimenta (PT-RS)Pimenta (PT-RS) e Leo de Brito (PT-AC)Leo de Brito (PT-AC)Leo de Brito (PT-AC)Leo de Brito (PT-AC)Leo de Brito (PT-AC) sãoos propositores do debate. Foram convidados três de-legados da Polícia Federal: Oslain Santana (da Dire-

A Comissão de Turismo promove audiência pú-blica às 14h de hoje, no plenário 5, para debater aspolíticas de enfrentamento à exploração sexual decrianças e adolescentes em todos os níveis do turis-mo brasileiro. Entre os convidados, Adelino SilvaNeto, coordenador-geral de Proteção à Infância doMinistério do Turismo; e Lígia Vezzaro Caravieri,coordenadora Técnica do Centro Regional de Aten-ção aos Maus-Tratos na Infância (Crami).

Maioridade penalMaioridade penalMaioridade penalMaioridade penalMaioridade penal – A comissão especialque analisa a proposta de emenda à Constituição(PEC 171/93) que reduz a maioridade penal reali-za audiência pública, às 14h30, no plenário 12,

A comissão mista que analisa a MP 671/15, queestabelece o Programa de Modernização da Gestão ede Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, pro-move audiência às 14h para ouvir Guilherme Caputo,ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Odeputado Andres Sanchez (PT-SP) Andres Sanchez (PT-SP) Andres Sanchez (PT-SP) Andres Sanchez (PT-SP) Andres Sanchez (PT-SP) é o vice-pre-sidente do colegiado. A reunião será no plenário 6, daAla Senador Nilo Coelho, do Senado.

A Comissão de Minas e Energia realiza audiênciapública às 10h, no plenário 14, para discutir a Contade Desenvolvimento Energético (CDE), sua finalida-de, distorções, movimentação financeira e eventualextinção. O deputado Weliton Prado (PT-MG)Weliton Prado (PT-MG)Weliton Prado (PT-MG)Weliton Prado (PT-MG)Weliton Prado (PT-MG) éum dos requerentes do debate. Deve participar, entreoutros, Romeu Donizete Rufino, diretor-geral da Agên-cia Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A comissão especial que dará parecer ao PL 3722/12, que altera o Estatuto do Desarmamento, realizaaudiência pública às 14h, em plenário a definir, paraouvir a exposição de Claudinei Fernando Machado, pre-sidente da Comissão de Segurança Pública da OAB deSorocaba/SP; e Claudio Chaves Beato Filho, coordena-dor do Centro de Estudos de Criminalidade e SegurançaPública da UFMG, entre outros expositores.

MP 671/15

Minas e Energia

Desarmamento

Educação

Cinco ministros participam hojede audiências públicas na Câmara

Delegados da PF falam sobredetalhes da Operação Zelotes

Turismo discute enfrentamentoà exploração sexual

com vários convidados para falar sobre o tema. En-tre eles, o médico Dráuzio Varela; e os jornalistasCaco Barcellos, Luiz Datena e Rachel Sheherazade.

PPPPPessoa com deficiênciaessoa com deficiênciaessoa com deficiênciaessoa com deficiênciaessoa com deficiência – A Comissão deDefesa dos Direitos das Pessoas com Deficiênciapromove audiência pública para debater as açõesde melhoria da qualidade de vida das pessoascom deficiência e seus familiares. Entre os convi-dados, Vera Lúcia Ferreira Mendes, coordenadora-geral de Saúde da Pessoa com Deficiência; e AraciMaria da Silva Lêdo, presidente da FederaçãoNacional das Apaes. A audiência será a partir das14h30, no plenário 7.

(PT-SP)(PT-SP)(PT-SP)(PT-SP)(PT-SP) é um dos requerentes da audiência.O ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento

Agrário, participa de audiência pública da Comissãode Agricultura às 10h, no plenário 6, para tratar dasituação da agricultura familiar e para prestar escla-recimentos sobre a identificação e delimitação deterras quilombolas no Brasil. Também participa dareunião Maria Lúcia Falcón, presidente do InstitutoNacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O ministro do Trabalho e Emprego, ManoelDias, será o expositor da audiência pública daComissão de Trabalho, de Administração e ServiçoPúblico, que ocorre às 11h30 de hoje, no plenário

12. O ministro vai expor as ações em desenvolvi-mento na sua pasta e as metas a serem cumpridasno exercício de 2015.

O ministro Juca Ferreira, da Cultura, participa às15h de hoje, no plenário 10, de audiência públicapara apresentar as perspectivas de sua gestão no mi-nistério e para tratar do Plano Nacional de Cultura ede sua revisão, prevista pela Lei 12.343/10.

A ministra Tereza Campello, do DesenvolvimentoSocial e Combate à Fome detalha hoje, a partir das9h30, as ações e as metas da sua pasta duranteaudiência pública da Comissão de Seguridade Sociale Família, no plenário 7.

toria de Combate ao CrimeOrganizado); Hugo de Bar-ros Correia (coordenador-ge-ral de Polícia Fazendária); eMarlon Oliveira Cajado (daDivisão de Repressão a Cri-mes Fazendários).

Órteses e PrótesesÓrteses e PrótesesÓrteses e PrótesesÓrteses e PrótesesÓrteses e Próteses –A CPI que investiga a máfiadas órteses e próteses no Bra-sil realiza audiência públicaàs 14h, em plenário a defi-nir, para ouvir, entre outrosconvidados, Joeberth Pinto Jú-

nior e Daniel Mendelski Ribeiro, respectivamente, de-legado e delegado-adjunto da Delegacia de CrimesFazendários da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

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A gestão e o planejamento das ações de saúde serãoprioridades da Subcomissão Permanente de Saúde, criadano âmbito da Comissão de Seguridade Social e Família(CSSF) e presidida pelo deputado Odorico MonteiroOdorico MonteiroOdorico MonteiroOdorico MonteiroOdorico Monteiro(PT-CE)(PT-CE)(PT-CE)(PT-CE)(PT-CE). O anúncio foi feito ontem pelo parlamentar,durante a primeira reunião do colegiado, na qual os depu-tados aprovaram o plano de trabalho do colegiado. Osdeputados Adelmo Leão (PT-MG)Adelmo Leão (PT-MG)Adelmo Leão (PT-MG)Adelmo Leão (PT-MG)Adelmo Leão (PT-MG) e Jorge SollaJorge SollaJorge SollaJorge SollaJorge Solla(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA) também participaram da reunião.

“Um dos eixos que estamos propondo discutir nasubcomissão é pensar num modelo de planejamento de-cenal da saúde, a exemplo, do Plano Nacional de Educa-ção (PNE), para que possamos ter diretrizes e objetivosharmônicos entre a União, os estados e os municípios, enão 5.570 planos municipais e 27 planos estaduais quenão dialogam entre si”, disse o deputado.

De acordo com Odorico, a organização do Siste-ma Único de Saúde (SUS) é dificultada devido às suasatribuições estarem divididas entre os entes federati-vos. “O Brasil é o único país do mundo que tem ummodelo de saúde descentralizado política, adminis-

Integrante do Grupo de Trabalho que discute a im-plantação do curso de medicina na Universidade Federalda Fronteira Sul (UFFS), o deputado PPPPPedro Uczai (PT-edro Uczai (PT-edro Uczai (PT-edro Uczai (PT-edro Uczai (PT-SC)SC)SC)SC)SC) comemorou ontem a publicação da Portaria 368, doMinistério da Educação (MEC), que confirma a implanta-ção de 40 vagas de medicina na federal em Chapecó. Oinício está previsto para o segundo semestre de 2015, ea forma de seleção dos candidatos se dará pelo SiSU.

A atuação do parlamentar petista foi decisiva para

SAÚDE

Gestão e planejamento serão prioridades deOdorico na Subcomissão Permanente de Saúde

trativa e financeiramente. Isso torna a organização ea execução das políticas públicas uma tarefa bastantecomplexa”, argumentou.

Odorico afirmou que a comissão desenvolverá seustrabalhos em um cenário de oportunidades e desafi-os, ano em que se realiza a 15ª Conferência Nacionalde Saúde, bem como discussões importantes em rela-ção à saúde no Congresso Nacional. O parlamentar

criticou proposições legislativas que retrocedem nagarantia do direito humano à saúde.

“O direito integral e universal à saúde, já garantidona Constituição, está sendo ameaçado pela proposta deemenda à Constituição (PEC 451) que obriga os empre-gadores a disponibilizarem planos de saúde aos seusfuncionários. Essa PEC, apesar de parecer vantajosa, é umverdadeiro golpe contra o SUS”, argumentou o deputado.

MEC confirma vagas de medicina na Universidade da Fronteira Sula publicação da portaria autorizativa do MEC, pois elevem trabalhando desde 2012 em audiências e reuniõesespecialmente com o então secretário executivo e de-pois ministro da Educação, José Henrique Paim. Alémdas articulações políticas, Uczai destinou R$ 6,5 mi-lhões para o Hospital Regional do Oeste (HRO), centrode saúde credenciado como Hospital Ensino, que jálicitou a compra de equipamentos hospitalares que vãoauxiliar na garantia das condições para receber os estu-

dantes nas residências médicas.“A luta sempre vale à pena. Depois de cinco anos

da implantação da Universidade Federal da FronteiraSul, que foi um ‘sonho’ construído e realizado coletiva-mente, a conquista do curso de medicina é mais umaetapa da interiorização do ensino superior público emSanta Catarina”, argumentou Uczai. Em cinco anos daimplantação a UFFS possui o campus sede em Chapecóe outros cinco Campi.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que in-vestiga o assassinato de jovens negros e pobres realizouaudiência pública em Maceió (AL), na segunda-feira(18), na Assembleia Legislativa do Estado, com a par-ticipação do presidente da CPI, deputado ReginaldoReginaldoReginaldoReginaldoReginaldoLopes (PT-MG);Lopes (PT-MG);Lopes (PT-MG);Lopes (PT-MG);Lopes (PT-MG); e do deputado PPPPPaulão (PT-AL)aulão (PT-AL)aulão (PT-AL)aulão (PT-AL)aulão (PT-AL),que sugeriu a ida dos parlamentares a Maceió.

De acordo com Paulão, medidas urgentes de-vem ser adotadas, no sentido de coibir a violênciano estado recordista nacional em homicídios de jo-vens, sobretudo os de etnia negra, moradores dasperiferias. “Das cem cidades brasileiras mais vio-lentas, oito estão em Alagoas, que também é a

CPI debate violência contra jovens negros na capital alagoana

unidade da federação com a maior média de homi-cídios no País – 64,6 assassinatos a cada 100 milhabitantes”, disse o petista.

O presidente da CPI afirmou que vai solicitar àAssembleia Legislativa de Alagoas a criação de uma

comissão especial para acompanhar os trabalhos daCPI em Brasília, com o objetivo de realizar semináriosnos 102 municípios alagoanos. “Esperamos que amédio e longo prazo possamos ter uma nova realida-de em Alagoas”, destacou Reginaldo Lopes.

A audiência pública contou com parentes de víti-mas da violência, com representantes de entidades dasociedade civil, com o secretário de Defesa Social,Alfredo Gaspar de Mendonça, com a secretária deEsporte e Lazer, Cláudia Petuba, com a secretária daMulher e dos Direitos Humanos, Rosinha da Adefal;além de integrantes da Ordem dos Advogados do Bra-sil e do Ministério Público Estadual.

O deputado Luiz Couto (PT-PB) registrou ontem em plenário a realização na próxima quinta-feira (21), às 10 h, no gramado em frente ao Congresso Nacional, do ato público “7 anos de Injustiça”. O movimento, organizado

pela Comunidade Bahá’í do Brasil, é pela libertação de sete lideranças bahá’ís presas no Irã há sete anos. “Trata-se de uma mobilização para fazer justiça aos povos da comunidade Bahá’ís que estão presos no Irã, desde 2008,

por professar sua fé. A ideia é reunir a sociedade civil, membros de diversas religiões e representantes do Estado, integrando o País na luta pelos direitos humanos e pela tolerância religiosa no mundo”, disse o petista.

Luiz Couto anuncia mobilização pela libertação de lideranças Bahá’ís presas no Irã

SALU PARENTES/PT NA CÂMARA

INVESTIGAÇÃO

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DEMARCAÇÃO DE TERRAS

Frentes parlamentares se unem à sociedade civil contraPEC que retira direitos de comunidades tradicionais

A unanimidade sobre a inconstitucionalidade e so-bre o retrocesso presentes na proposta de emenda àConstituição (PEC 215/00) que muda regras para de-marcação de terras dominou ontem o debate promovidopor três frentes parlamentares: de Apoio aos Povos Indí-genas; Ambientalista e de Defesa dos Direitos Huma-nos. A PEC pretende transferir para o Congresso Nacio-nal a competência para demarcação de terras indíge-nas, quilombolas e unidades de conservação. No mes-mo evento, o comitê constituído pelas três frentes, porentidades da sociedade civil, por indígenas e por qui-lombolas lançou um manifesto contra a PEC.

“A proposta é inconstitucional. Ela versa sobreuma cláusula pétrea sobre direitos e garantias funda-mentais dos povos indígenas”, denunciou a deputadaErika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF), coordenadora da FrenteParlamentar em Defesa dos Direitos Humanos. Para apetista, trazer esse debate para o Congresso, tirá-lodo âmbito do Poder Executivo, explicita que eles que-rem acabar com a homologação das terras indígenas,quilombolas e das reservas ambientais. “O Brasil nãopode permitir isso. O Brasil não pode rasgar sua pró-pria história, sua memória e não pode rasgar suaprópria Constituição”, recomendou Erika.

Para o presidente da Comissão de Direitos Huma-nos da Câmara, deputado PPPPPaulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS),o debate que o País presencia a partir da PEC 2015revela o momento que o Brasil vive hoje no CongressoNacional. “Vivemos aqui um processo de retomadaconservadora, que busca retirar direitos, ampliar a influ-ência do capital, dos interesses econômicos. O direitoterritorial dos povos indígenas é uma matéria que estána ordem do dia e que vai avançar também sobre osdireitos de mineração e de outras questões que interes-sam muito ao capital e, que, tem hoje, uma maioria

consolidada dentro desta Casa. E que, infelizmente,tem no presidente da Câmara como principal represen-tante desse movimento”, alertou Pimenta.

BarganhaBarganhaBarganhaBarganhaBarganha – “Trazer para o Congresso Nacionala questão da demarcação é trazer direitos originaispara a negociação, para a barganha”, denunciou An-tonio Carlos Souza Lima, representante da AssociaçãoBrasileira de Antropologia.

O presidente da Associação Nacional dos Procu-radores da República, José Robalinho Cavalcanti, en-fatizou que a entidade também tem posição contráriaà proposta. Ele disse ser um “equívoco” e classificoude “inconcebível” o Congresso Nacional querer legis-lar sobre essa matéria.

Na mesma linha, a secretária-geral da Associa-ção Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho(Anamatra), Moema Bonelli, disse que a propostanão “congrega a preocupação com a defesa efetivadas causas indígenas”. Afirmou ainda que a finalida-de da proposta é “criar óbice, embaraço na defesa dosdireitos dos povos indígenas”.

O ex-presidente da Fundação Nacional do Índio(Funai) Márcio Santilli falou sobre as pendências nademarcação das terras no Brasil. Disse que durante65 anos foram criadas 310 áreas de conservaçãofederais. Desse total, lembrou, apenas cinco foramcriadas por iniciativa do Congresso Nacional. Ele ob-servou que existem 1.611 processos de identificaçãoe titulação de terra quilombola em andamento e ape-nas 171 foram tituladas.

Márcio Santilli alertou que estão em processo dedemarcação 7,7 milhões de hectares. Nesse sentido,ele classificou o debate sobre o dispositivo constituci-onal que pretende modificar o processo de “retóricade palanque eleitoral”. Para ele, a PEC 215 vai trazer

impactos “devastadores” ao subordinar os direitos egarantias ao processo legislativo.

PPPPPrerrogativarerrogativarerrogativarerrogativarerrogativa – Para o deputado AlessandroAlessandroAlessandroAlessandroAlessandroMolon (PT-RJ)Molon (PT-RJ)Molon (PT-RJ)Molon (PT-RJ)Molon (PT-RJ), a PEC, além de inconstitucional,coloca em risco a separação de poderes “na medidaem que o Legislativo quer usurpar do Executivo umaprerrogativa que não é sua”. O petista lembrou que aatividade de demarcação de terras “é uma atividadeiminentemente administrativa, meramente declara-tória”. O deputado destacou que está em curso inte-resses para além da PEC 215. Segundo ele, a PEC éum símbolo do que a Câmara quer fazer nesses dias.“A demarcação não é uma doação, não é concessão. Éa declaração, é o reconhecimento de uma terra que jáé dos indígenas pela decisão dos constituintes de1988 que disseram: A terra pertence aos indígenas”,afirmou.

Para o deputado Nilto TNilto TNilto TNilto TNilto Tatto (PT-SP),atto (PT-SP),atto (PT-SP),atto (PT-SP),atto (PT-SP), o en-contro das três frentes com setores da sociedade comoindígenas, quilombolas, ambientalistas, trabalhado-res da cidade e do campo se configura em uma unida-de para enfrentar as ameaças que ora se verificam noCongresso Nacional. “Essa agenda, essa aliança quehoje está se iniciando tem um calendário daqui prafrente que é ampliar para outros setores da socieda-de. Dialogar, chamar a atenção da sociedade brasilei-ra para o que uma parcela significativa dos deputadosestá fazendo nesta Casa, que é ameaçar direitos econquistas do povo brasileiro”, afirmou Tatto.

O deputado Zé Carlos (PT-MA)Zé Carlos (PT-MA)Zé Carlos (PT-MA)Zé Carlos (PT-MA)Zé Carlos (PT-MA) fez questão dereafirmar o compromisso do seu mandato na lutacontra a PEC 215 e seus “malefícios”. “Nossa lutaagora é contra a instituição desse artifício, que vaitrazer enormes prejuízos para índios, quilombolas epara as reservas ambientais”, disse.

Os deputados Valmir Assunção (PT-BA) e João Daniel (PT-SE) registraram emplenário a passagem do Dia do Gari, 16 de maio. “Esta é uma categoria importantepara a sociedade, então temos que homenagear esses trabalhadores, os garis”, disseValmir Assunção.

“Os garis têm uma história no Brasil, no mundo inteiro e que, muitas vezes, não

Deputados homenageiam garisé vista pela população. É preciso que as pessoas respeitem e ajudem a construir umasociedade limpa e sustentável”, disse João Daniel.

O nome profissional de gari é em homenagem ao francês Pedro Aleixo Gary, primei-ra pessoa a assinar um contrato de limpeza pública com o Ministério Imperial, organizan-do, assim, a partir do ano de 1876, a remoção de lixo das casas e praias do Rio de Janeiro.

GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA