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73 Brasil Patrimônio cultural imaterial brasileiro Célia Maria Corsino e Maria das Dores Freire Fotografías: Todas las fotos son pertenecientes al IPHAN (Instituto del Patrimonio Histórico y Artístico Nacional) Foto1: Acaraje / Foto2: Frevo / Foto3: Cirio D Nazare

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Brasil

Patrimônio cultural imaterial brasileiroCélia Maria Corsino e Maria das Dores Freire

Fotografías:Todas las fotos son pertenecientes al IPHAN (Instituto del Patrimonio Histórico y Artístico Nacional)Foto1: Acaraje / Foto2: Frevo / Foto3: Cirio D Nazare

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1. Introdução

2. Trajetória

3. Conceitos

3.1. Registro

3.2. Salvaguarda

4. Inventário Nacional de Referências Culturais

4.1. Metas

4.2. Processo de Trabalho

5. Levantamento da situação atual de inventário, registro do patrimônio imaterial

6. Outras Considerações

7. Referências Bibliográficas

8. Anexos

Anexo I – Cronologia do Patrimônio Imaterial no Brasil

Anexo II – Tabela de Inventário do Patrimônio Imaterial

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Sumário

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Muito se tem refletido sobre a trajetória das políticas públicas de salva-guarda do patrimônio nos seus aspectos materiais e imateriais no Brasil nos últimos anos. Um grupo importante de especialistas tem se dedi-

cado a traçar esta linha do tempo buscando pontuar a construção do processo de reconhecimento e valorização do patrimônio cultural brasileiro.

No caso específico do patrimônio cultural de natureza imaterial duas publicações são fundamentais para este entendimento. Uma delas editada pelo IPHAN – Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, através de seu Departamento de Patrimônio Imaterial – DPI: Os sambas, as Rodas os Bumbas, os meus e os Bois – A trajetória da salvaguarda do patrimônio cultural imaterial no Brasil 1936-2006, que hoje está em processo de atualização. A outra, Patrimônio Imaterial no Brasil – le-gislação e políticas estaduais, editada pela Representação da UNESCO no Brasil e pelo Instituto Brasileiro de Educação e Cultura EDUCARTE, que se constituiu numa ferramenta estratégica para o curso à distância sobre Patrimônio Imaterial: Políticas e Instrumentos de Identificação, Documentação e Salvaguarda, coordenado por Célia Corsino, que em duas turmas, nos anos de 2008 e 2009, formou mais de 300 gestores e agentes culturais.

O texto a seguir é uma síntese que poderá ser aprofundada com a leitura dos docu-mentos citados. A vasta bibliografia sobre o assunto indicada no item 07 Referên-cias Bibliográficas demonstram como no Brasil o tema do patrimônio imaterial ocupa lugar de destaque nos meios institucionais e acadêmicos.

1. Introdução

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2. Trajetória

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A s ações de inventário, registro e salvaguarda do patrimônio cultural ima-terial no Brasil antecedem a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial de 2003, da UNESCO.

O Decreto 3551, de agosto de 2000, é o marco na trajetória das políticas de salva-guarda do Patrimônio Cultural Imaterial. A criação do instrumento do REGISTRO veio conferir aos bens culturais de natureza imaterial o status de Patrimônio Nacio-nal assim como o Tombamento, instituído desde a década de 30 , pelo Decreto Lei 25/37 , legitima bens de natureza material como documentos escritos, arquitetura, cidades, monumentos, paisagens e exemplares da arte, objetos históricos, como Patrimônio Nacional.

É muito importante lembrar que, no Brasil, iniciativas no sentido de conhecer do-cumentar e preservar manifestações da cultura dita “popular” estão na gênese de movimentos culturais de vanguarda, como o Modernismo nos anos 20 e 30, do século XX, e na conformação das políticas públicas voltadas para aquele universo, cujo marco é a criação da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, em 1958.

O Preâmbulo da Convenção de Londres, de 16 de novembro de 1946, que instituiu a UNESCO, determinou o estabelecimento, em cada país, de orga-nismos compostos de delegados governamentais, e de grupos interessados em educação, ciência e cultura destinados a coordenar esforços nacionais e associá-los à atividade daquela organização, assessorando os respectivos governos e delegados nas conferências e congressos. Com esse espírito, o Brasil institui, pelo decreto-lei de 13 de junho de 1946, o Instituto Brasilei-ro de Educação Ciência e Cultura (IBECC), ligado ao Ministério das Relações Exteriores. Para a definição do campo hoje abrangido pelo PCI, vale desta-car, entre as Comissões então instaladas, a Comissão Nacional do Folclore, tendo como secretário geral o diplomata Renato Almeida, um dos expoen-

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Célia Maria Corsino e Maria das Dores Freire

tes desse processo de articulação nacional e internacional. A Comissão Na-cional de Folclore teve atuação importante no país, articulando comissões regionais em cada estado e promovendo o amplo registro, estudo e difusão do folclore. De sua ampla movimentação resulta, em 5 de fevereiro de 1958 (Decreto-lei n. 43.178), a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, ligada ao então Ministério da Educação e Cultura. Essas iniciativas pioneiras já se amparavam, de um lado, na própria trajetória do interesse pelo folclore bra-sileiro que emerge desde as últimas décadas do século XIX e, de outro, no estímulo trazido pelas recomendações da Unesco que entendiam também o folclore como um instrumento a favorecer o entendimento e a compreen-são entre os povos. (CASTRO, Maria Laura Viveiros de. 2008 )

As políticas específicas de preservação do patrimônio histórico e artístico nacional criaram-se no contexto do Estado Novo ( ditadura de Getulio Vargas – 1937/1945 ) e evoluíram juntamente com a retomada da democracia na virada dos anos 70 e 80, após 25 anos de regime militar instituído após o golpe de 1964.

As ações do Centro Nacional de Referência Cultural e da Fundação Nacional pró Memória entre as quais podemos citar os seminários promovidos por Aloísio Ma-galhães, mentor da nova política cultural brasileira à frente do Centro Nacional de Referências Culturais (CNRC) com as comunidades das cidades históricas de Ouro Preto e Diamantina (Minas Gerais), Cachoeira (Bahia) e São Luis (Maranhão), pro-moveram a implementação das seguintes ações: 1. levantamentos sócio-culturais em Alagoas e Sergipe;2. inventários de tecnologias patrimoniais;3. implantação do Museu Aberto de Orleans, em Santa Catarina;4. tombamento da Fábrica de Vinho de Caju Tito Silva, na Paraíba;5. uso do computador na documentação visual de padrões de tecelagem manual

e de trançado indígena;6. debate sobre a questão da propriedade intelectual de processos culturais coletivos;7. desenvolvimento da ideia de criação de um selo de qualidade conferido a produ-

tos de reconhecido valor cultural, como o queijo Minas e a cachaça de alambique;8. inclusão das culturas locais nos processos de educação básica;9. proteção da qualidade cultural de produtos artesanais nos programas de fo-

mento governamental à atividade;10. documentação da memória oral das frentes de expansão territorial e dos povos

indígenas ágrafos.

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Tais ações embasam o processo de sensibilização do Congresso Nacional que re-sultou nessa presença do Patrimônio Cultural Imaterial na Constituição de 1988:

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza ma-terial e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formado-res da sociedade brasileira, nos quais se incluem:I- as formas de expressão;II- os modos de criar, fazer e viver;III- as criações científicas, artísticas e tecnológicas;IV- as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados

às manifestações artístico-culturais;V- os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,

arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.§ 1º O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e

protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, re-gistros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas deacautelamento e preservação.

§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da docu-mentação governamental e as providências para franquear sua consultaa quantos dela necessitem.

§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento debens e valores culturais.

§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na formada lei.

§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de remi-niscências históricas dos antigos quilombos.

A partir da promulgação da Constituição, as noções de cultura, de bem cultural, dinâmica cultural e de referência cultural, antes adotadas pelo Centro Nacional de Referências Culturais e, posteriormente, pela Fundação Nacional Pró-Memória, vol-taram a ser objetos de reflexão e de experiências na área patrimonial.

Nas comemorações de sessenta anos do estabelecimento do estatuto legal do tombamento, em 1997, é retomada a discussão sobre as outras formas de proteção e acautelamento do patrimônio, entre elas, o registro e o inventário. O resultado é uma legislação criando o instrumento jurídico do Registro do Patrimônio Cultural

Patrimônio cultural imaterial brasileiro

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de Natureza Imaterial, em 2000, além do estabelecimento de parâmetros de inven-tário e uma ação mais presente e eficiente junto aos organismos internacionais que culminou com a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, de 2003.

Em 2006, O Brasil ratifica a Convenção da UNESCO e o IPHAN regulamenta os pro-cedimentos para os processos administrativos de registro pela Resolução 001, de 03 de agosto de 2006.

A seguir o fluxograma dos procedimentos estabelecidos pela citada Resolução: IPHAN comunica ao interessadoNão

Requerimento dirigido ao Presidente do IPHANSIMContem todos os documentos ?*NÂOSolicita ao proponente complementação em 30 diasAvaliação técnica preliminarCâmara do Patrimônio Imaterial aprecia quanto a pertinência do pedidoÉ pertinente?SIMConhecimento ao Conselho ConsultivoIPHAN comunica ao proponente para instrução do processoNãoSubmete ao ConselhoAcata o parecer da Camara ?SIMRecebe a complementação *Documentos necessários para apreciação do pedido:- identificação do proponente;- justificativa do pedido;- denominação e descrição sumária do bem proposto e seu contexto;- informações históricas básicas;- documentação iconográfica, audiovisual;- referências documentais e bibliográficas;- declaração formal de anuência por parte do grupo ou representante da comu-

nidade.

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3. Conceitos

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3.1 Registro

Neste cenário o Registro é, antes de tudo, uma forma de reconhecimento e busca da valorização dos bens culturais de natureza imaterial.

Corresponde à identificação e à produção de conhecimento sobre o bem cultural. O que significa documentar, pelos meios técnicos mais adequados, o passado e o presente da manifestação e formas de expressão e suas diferentes versões, tornan-do essas informações amplamente acessíveis ao público – mediante a utilização dos recursos proporcionados pelas novas tecnologias de informação.

Os bens culturais de natureza imaterial estariam incluídos, ou contextualizados, nas seguintes categorias que constituem os distintos Livros do Registro: 1. Saberes: conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades;2. Formas de Expressão: manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas;3. Celebrações: rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da re-

ligiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social;4. Lugares: mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concen-

tram e reproduzem práticas culturais coletivas.

Uma questão fundamental a se destacar é a diferença de categorias entre o que está definido no Decreto brasileiro e a Convenção de 2003:

DECRETO BRASILEIRO CONVENÇÃO DA UNESCO DE 2003

Formas de Expressão Tradições e expressões orais, inclusive a língua enquanto vetor do Patrimônio Cultural e Imaterial

Artes CênicasCelebrações Práticas sociais, rituais e eventos festivos

Saberes Conhecimentos e práticas relativos à Natureza e ao UniversoSaberes e fazeres ligados ao Artesanato Tradicional

Lugares

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Célia Maria Corsino e Maria das Dores Freire

Como podemos verificar uma das maiores diferenças entre as categorias do Brasil e da UNESCO é a questão da língua. Este assunto está sendo tratado em separado. Foi solicitado a abertura de um livro de Registro das Línguas, mas a questão não está regulamentada.

No Brasil de hoje são falados por volta de 200 idiomas. As nações indígenas do país falam cerca de 180 línguas (chamadas de autóctones), e as comuni-dades de descendentes de imigrantes cerca de trinta línguas (chamadas de línguas alóctones.). Além disso, usam-se pelo menos duas línguas de sinais de comunidades surdas, línguas crioulas e práticas lingüística diferenciadas nos quilombos, muitos já reconhecidos pelo Estado,e outras comunidades afro-brasileiras. Finalmente, há uma ampla riqueza de usos, práticas e varie-dades no âmbito da própria língua portuguesa falada no Brasil.

As línguas indígenas, no Brasil, pertencem a 2 troncos lingüísticos, 40 famílias, e tem mais de 10 línguas isoladas. Essa grande diversidade lingüística e cultural re-presenta uma riqueza imensa e um patrimônio a ser valorizado e preservado.

Independente da criação do Livro de Registro das Línguas, existem muitas iniciati-vas de documentação e salvaguarda das línguas. O melhor exemplo é o projeto de Documentação de Línguas Indígenas, promovido pela UNESCO, com o patrocínio do Banco do Brasil e coordenado pelo Museu do Índio, órgão da Fundação Nacio-nal do Índio e que envolve a participação dos próprios grupos indígenas além de mapear as iniciativas de instituições internacionais e nacionais.

3.2 Salvaguarda

Entende-se salvaguarda como a ação do poder público comprometida com a dinâ-mica das relações e das práticas culturais, onde os bens existem e são vivenciados coletivamente.

O dossiê que reúne todo o conhecimento produzido durante a pesquisa e que ins-trui a decisão do Conselho do Patrimônio Cultural sobre o Registro já trás reco-mendações de ações de salvaguarda que foram apontadas durante o processo de pesquisa junto à comunidade.

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As ações que contribuem para a melhoria das condições sócio-ambientais de pro-dução, reprodução e transmissão de bens culturais imateriais são organizadas em iniciativas chamadas Planos de Salvaguarda, que foram instituídos no âmbito do DPI/IPHAN.

Os Planos de Salvaguarda são compreendidos como uma forma de apoio aos bens culturais de natureza imaterial, buscando garantir as condições de sustentação econômica e social. Atua, portanto, no sentido da melhoria das condições de vida materiais, sociais e econômicas que favoreçam a vivência do grupo produtor e a transmissão e a continuidade de suas expressões culturais.

Os Planos articulam-se aos processos de inventário e registro. O conhecimento produzido durante esses processos sobre os modos de expressão e organização próprios das comunidades envolvidas e a identificação dos mecanismos e instru-mentos locais de transmissão do bem cultural permitem identificar as formas mais adequadas de salvaguarda. Esse conhecimento e a sua valorização está na base, portanto, dos instrumentos que visam favorecer a manutenção dos mecanismos de transmissão e a continuidade dessas manifestações culturais.

O conjunto de ações envolvidas é amplo e variado e pode ser assim resumido:1. apoio à transmissão do conhecimento às gerações mais novas;2. promoção e divulgação do bem cultural;3. valorização de mestres e executantes;4. melhoria das condições de acesso a matérias-primas e mercados consumidores;5. organização de atividades comunitárias.

Muitas das ações voltadas para a melhoria das condições de produção, circulação, transmissão e manutenção dessas expressões envolvem, entre outras, questões relacionadas ao acesso a matérias-primas, à organização comunitária, ao fortale-cimento da base social, à capacitação gerencial e ao acesso aos conhecimentos necessários à busca de apoios e financiamentos.

O Registro, portanto, é ao mesmo tempo um recurso de salvaguarda e gera outras ações de salvaguarda. A ideia e o principio é trabalhar com as comunidades que são ( podem e devem ser ) as melhores guardiães de seu patrimônio cultural como tão bem nos ensinou Aloísio Magalhães.

Patrimônio cultural imaterial brasileiro

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A ação que vamos procurar empreender é tentar fazer com que a comu-nidade, nos seus afazeres e na sua vida, se conscientize de sua ambiência cultural. Isto é, temos que procurar dar à comunidade um status de vida que lhe permita entender porque determinado prédio está sendo preservado. Em outras palavras, a comunidade é a melhor guardiã de seu patrimônio.

Vale lembrar que, assim como o tombamento por si só não garante a preservação dos bens materiais, o Registro e Inventário não esgotam a política de preservação dos bens de natureza imaterial. O desafio é compatibilizar a dinâmica cultural ver-sus a ação estatal, geralmente lenta e burocrática.

Devemos ainda observar duas questões importantes:- as ações de sensibilização da sociedade para o reconhecimento da importância

desses bens, de trabalhos de divulgação, de formação de público e, eventual-mente, de inserção econômica, ampliação ou abertura de mercados.

- questão da defesa de direitos vinculados ao uso de conhecimentos tradicionais ou à reprodução/ difusão de padrões ou de imagens relacionadas a expressões culturais tradicionais.

No Brasil, a tradição de governantes municipais, estaduais e federais de apoiar ma-nifestações tradicionais da cultura, por meio de doações, prestações de serviços, recursos financeiros e materiais para que aconteçam, são formas de salvaguarda já que tais ações colaboram para a permanência das práticas tradicionais, por exem-plo, as festas juninas. Há muitos problemas relacionados a estas políticas identifica-das como paternalistas e clientelísticas. Esta forma de reconhecimento e apoio às manifestações culturais abre espaço para o oportunismo políticos, apadrinhamen-tos etc. São práticas institucionais de apoio que podem, devem e vêm sendo aper-feiçoadas principalmente após a instituição do patrimônio imaterial como foco de medidas proativas do governo federal.

Destacamos também, o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial / PNPI – tam-bém criado pelo Decreto n. 3551/00 — que estrutura-se como um programa de fomento, buscando parcerias com órgãos governamentais, universidades, ONGs, instituições privadas e agências de financiamento, com vistas à captação de recur-sos e à implementação de uma política de salvaguarda.

O Programa opera, basicamente, com recursos orçamentários do IPHAN e outros provenientes de parcerias e convênios estabelecidos com o MinC, através do Fundo

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Nacional de Cultura. Este fundo (FNC) é o mecanismo da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei 8.313/91, que possibilita ao Ministério da Cultura investir diretamente nos projetos culturais, mediante a celebração de convênios e outros instrumentos si-milares, como concessão de bolsas de estudo e o Programa de Intercâmbio Cultural.

O IPHAN estabelece as seguintes metas para o PNPI:- Implementação política de inventário, registro e salvaguarda de bens culturais

de natureza imaterial;- Contribuir para a preservação da diversidade étnica e cultural do país e para a

disseminação de informações sobre o patrimônio cultural brasileiro a todos os segmentos da sociedade;

- Captar recursos e promover a constituição de uma rede de parceiros com vistas à preservação, valorização e ampliação dos bens que compõem o patrimônio cultural brasileiro;

- Incentivar e apoiar iniciativas e práticas de preservação desenvolvidas pela so-ciedade.

O Programa Cultura VIVA, do Ministério da Cultura desenvolve ações com o objeti-vo principal de garantir o acesso aos meios de fruição, produção e difusão cultural, através de uma rede de Pontos de Cultura, dentre os quais destaca-se o Griôs- mes-tre de saberes que incentiva a transmissão dos saberes tradicionais, numa rede es-palhada , a partir da Bahia, por todo o país.

Ultimamente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – BNDES e o Mi-nistério da Cultura estabeleceram um Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural – PROMOART. O Programa foi concebido com a finalidade de apoiar produtores de artesanato de tradição cultural no Brasil, enfatizando seu pro-fundo enraizamento na cultura local e o valor identitário que assume para diferen-tes grupos sociais.

Realizado pela Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro, o programa tem gestão conceitual e metodológica direta do Centro Nacional de Fol-clore e Cultura Popular (CNFCP) / Departamento de Patrimônio Imaterial / Iphan.

Integrado ao Programa MAIS CULTURA, do Ministério da Cultura, o programa abrange 65 polos distribuídos em todas as regiões do país, selecionados, dentre mais de 150 opções, por uma comissão de especialistas composta por Lélia Coelho

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Frota, Janete Costa e Maureen Bizilliat. Entre os critérios que orientaram a seleção destacam-se a importância cultural e a alta qualidade do artesanato, além da varie-dade de tipologias e técnicas envolvidas na produção.

Nos seis polos indígenas que abrange, tem a parceria conceitual e de realização do Museu do Índio, da Funai.

Desde o início, vem estabelecendo inúmeras parcerias locais, visando a consolidar redes de coparticipação e corresponsabilidade que busquem a sustentabilidade das iniciativas empreendidas.

Em diferentes estágios de organização, os polos abrangidos nesta etapa serão es-tratégicos para o estabelecimento das bases de uma política nacional para o arte-sanato, a partir da qual esse universo poderá ser progressivamente ampliado.

Respeitando-se suas singularidades, em cada polo será desenvolvido um projeto específico, um plano de trabalho formulado com a participação de técnicos e ar-tesãos, a partir de diagnósticos detalhados de suas potencialidades e necessidades e da proposição conjunta de ações em busca da valorização cultural e da sustenta-bilidade econômica e social do artesanato.

No primeiro ano, o programa beneficiou grupos de artesãos com investimentos diretos nas esferas de produção, comercialização e divulgação de produtos do artesanato bra-sileiro de tradição cultural, com iniciativas de ampliação de sua presença em mercados qualificados, promovendo a dinamização cultural e econômica desse segmento.

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4. Inventário Nacional de Referências Culturais

O Inventario Nacional de Referencias Culturais - INRC foi concebido no âmbito das comemorações dos 500 anos do Brasil para atender a uma demanda nacional já identificada e indicada no “Seminário Patrimônio

Imaterial: Estratégias e Formas de Proteção”, realizado em 1997, para comemorar os 60 anos de criação do IPHAN. Teve por objetivo fazer um levantamento de ideias e sugestões que permitissem a retomada das questões relacionadas à dimensão simbólica do patrimônio cultural.

Sua concepção final foi do antropólogo Antonio Augusto Arantes e equipe a partir das experiências já existentes no Iphan e do entendimento de que o instrumen-to deveria, além do projeto piloto do Museu Aberto do Descobrimento, atender a uma demanda nacional.

O desenvolvimento do Inventário Nacional de Referencias Culturais – INRC signifi-ca a disponibilização de um instrumento essencial para a identificação e documen-tação de bens culturais e, consequentemente, para as possibilidades de preser-vação desses bens. Vale enfatizar que o INRC é um instrumento de identificação de bens culturais tanto imateriais quanto materiais. A indicação de bens para Registro (Decreto 3551/2000) e/ou Tombamento (decreto lei 25/37) pode resultar de sua aplicação, mas não obrigatoriamente.

“ (.. )a construção de uma metodologia de inventário teria que considerar, especialmente, tanto os sistemas referenciais dos vários segmentos sociais que estiveram, historicamente, à margem das políticas de preservação do patrimônio cultural quanto aqueles que, pela mesma razão, foram objeto dessas políticas como os sítios tombados. A par disso, esse instrumento teria que levar em conta os processos de construção de identidades datadas, his-toricamente, e resultantes do manejo e do remanejamento dos elementos existentes no interior das tradições que lhe dão sentido.

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Célia Maria Corsino e Maria das Dores Freire

(...) o inventário constitui instrumento organizador dos conhecimentos lo-cais em nexos regionais e nacionais realizando também a síntese da dicoto-mia, já superada, entre o material e o imaterial, referida na Constituição Fe-deral de 1988. Vale lembrar, porém, que essa dicotomia traduziu-se, durante as décadas de 70 e 80, em uma tensão estruturante do campo patrimonial. O INRC propõe a sua superação. Ele permite ainda entender a abrangência dos processos culturais definidores desses bens, do poder transformador dos padrões culturais em curso, identificando as transformações no interior das tradições a que pertencem. (Ana Gita de Oliveira-2009)

O inventário antecede então a legislação brasileira do Registro dos bens culturais de natureza imaterial e o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial estabelecidos pelo Decreto 3.551/2000.

4.1 Metas

As metas estabelecidas para o inventário, quando de sua formulação, atendem ao disposto na legislação e foram fortalecidas pela Convenção do Patrimônio Imate-rial/UNESCO de 2003, que reconheceu a importância dos inventários e recomen-dou em seu artigo 12:

“Para assegurar a identificação, com fins de salvaguarda, cada Estado Parte es-tabelecerá um ou mais inventários do patrimônio cultural imaterial presente em seu território, em conformidade com seu próprio sistema de salvaguarda do patrimônio.” (...)

São elas:1. Identificar e documentar os bens culturais que abriguem os sentidos de identidade

formadores da cultura brasileira em sua diversidade, em localidades específicas.  2. Produzir registros textuais e audiovisuais sensíveis aos aspectos dinâmicos e

contextuais das realidades consideradas.  3. Contribuir para a incorporação do patrimônio às políticas sociais (cultura, edu-

cação, meio-ambiente, emprego e geração de renda).    4. Incentivar a interlocução entre os profissionais, técnicos e acadêmicos, de vá-

rias especialidades em torno da problemática do patrimônio.

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O critério adotado no inventário piloto foi que seriam inventariados os bens que, sendo referência para a vida contemporânea, enquanto prática corrente ou como memória:1. São destacados de forma reiterada por determinada coletividade como de sig-

nificação diferenciada;2. Foram identificados pelo conhecimento especializado sobre o sítio e seus habitantes;3. Mostram-se relevantes comparativamente, por semelhança ou por contraste

com o que ocorre nas varias localidades formadoras do sítio ou no seu entorno.

Entre os bens inventariados os excepcionais serão identificados e poderão ser pro-postos para registro.

Durante a implementação do Inventário diversos desafios tiveram que ser enfren-tados. Estes desafios estão presentes em toda ação de inventário, mesmo sem o uso da metodologia do INRC. Destacamos entre eles:• História:manterovínculoentreas referênciasculturaiseosgrupossociaisa

que eles dizem respeito num tempo-espaço específico.• Sistema:explicitaraassociaçãoentreosbensculturaiseosconjuntosmaiores

de que eles fazem parte.• Dinâmica:produzirregistrosquecontemplemocaráterdinâmicodacultura.• Teoria:problemasquenãoobedecemalimitesdisciplinaresestritoseexigem

um esforço de criatividade e flexibilidade intelectual.• Metodologia:devendosermanejadospornão-especialistas,osprocedimentos

de investigação adotados devem ser simples, diretos, claros e, principalmente,completos.

4.2 Processo de trabalho

• LevantamentoPreliminar• Definidoouniversoaserinventariado,dá-seinícioaostrabalhospelareunião

e organização de todo o material disponível e ao preenchimento dos seguintesformulários:- ficha de identificação do Sítio- ficha de identificação da localidade- ficha de campo levantamento preliminar- Bibliografia

Patrimônio cultural imaterial brasileiro

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Célia Maria Corsino e Maria das Dores Freire

• Identificação• Entreosbensinventariados,serãoidentificadososqueforemindicadoscomo

estando particularmente associados à singularidade de uma localidade ou gru-po social.

• A identificação sedesenvolveprincipalmenteatravésdeentrevistaseobser-vação direta, podendo se realizar a qualquer tempo, independentemente doscalendários culturais das localidades. As informações produzidas são sintetiza-das em fichas de identificação. Ela inclui a produção de registros fotográficos,sonoros ou videográficos.

São objetivos específicos da identificação:- Descrição sistemática do sítio e suas sub-divisões, bem como dos bens culturais

selecionados, através das fichas específicas ; - Mapeamento das relações entre os itens identificados e destes com outros bens

e práticas relevantes;

• DocumentaçãoA documentação das referências culturais identificadas é feita através da obra de especialistas, segundo as normas de cada gênero e linguagem. . Ela implica criação e autoria individual do pesquisador ou artista e deve resultar necessariamente da observação direta dos bens inventariados em seu contexto de ocorrência, incluin-do particularmente: 1. estudos etnográficos, históricos, arquitetônicos e outros desenvolvidos a partir

de perspectivas disciplinares específicas.2. obras artísticas (desenho, literatura, fotografia, vídeo, filmes, registros

sonograficos,etc.)

Quanto ao desenvolvimento dessa etapa, recomenda-se:• Recuperaresistematizarinformaçõesparaalocalizaçãodeobraseacervosde

registros audiovisuais, bem como teses, dissertações, relatórios técnicos, livrose outras publicações.

• Estimularaproduçãodeobraseestudosrelevantes.• Atualizarperiodicamenteessasinformaçõesereferências.

Os objetos escolhidos para o inventário piloto foram depois assumidos pela legis-lação de Registro. São eles:• Celebrações.Ritosefestividadesassociadosàsmaisdiversasesferasdavidaso-

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cial como a religião, o trabalho, a memória social, entre outros, e que participam fortemente da produção de sentidos específicos de lugar e de território.

• Formasdeexpressão.Aexecuçãodemodalidadesnão-lingüísticasdecomuni-cação por especialistas da comunidade.

• Ofíciosemodosdefazer.Aproduçãodeobjetoseaprestaçãodeserviçoscomsentidos práticos ou rituais modalidades por parte de especialistas da comunidade.

• Lugares.Espaçosquepossuemsentidoculturaldiferenciadoparaapopulação,sendo apropriados por práticas e atividades de naturezas variadas, tanto coti-dianas quanto excepcionais, tanto vernáculas quanto oficiais.

Além destes, no INRC existe o item Edificações (Estruturas de pedra e cal associadas a determinados usos, a significações históricas e de memória ou às imagens que se tem de certos lugares) que indica o que pode ser levado a Tombamento.

Quando da formulação do inventário destacamos quatro recomendações importantes:• NecessidadedeAtualizaçãoperiódicadosinventários.• ParticipaçãoeDevolução:propiciaroamploacessodapopulaçãolocalaosre-

sultados do INRC, promovendo, na medida do possível, a sua participação noprocesso de pesquisa e elaboração dos dados, bem como o uso dessas infor-mações em atividades educacionais.

• Responsabilidade social: a reflexividade do inventário poderá criar impactossobre estratégias políticas e de mercado associadas ao patrimônio nos meiossociais envolvidos. É necessário prever e mitigar esses efeitos.

• Direitossobrepropriedadeintelectual:osbensinventariadosresultamdacriaçãoe experimentação desenvolvidas pôr um trabalho social de acumulação de con-hecimento que se realizou ao longo de gerações. Pertencem às comunidadesdetentoras desses saberes os direitos patrimoniais e morais a eles associados.

No estabelecimento de uma política nacional o IPHAN realiza inventários direta-mente por meio de suas 27 regionais (uma para cada estado da federação) utili-zando a metodologia do INRC e disponibiliza através de convênios a metodologia para utilização de entidades públicas e privadas de todo o país, inclusive com trei-namento, como, por exemplo, o inventário realizado pela Prefeitura de Belo Hori-zonte para os fotógrafos populares de rua conhecidos como lambe-lambe.

Os inventários têm sido utilizados diretamente para a instrução dos Processos de Registro, fugindo um pouco de sua proposta primeira, que se baseava no sentido

Patrimônio cultural imaterial brasileiro

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de território. Na formulação inicial, o bem a ser registrado era identificado poste-riormente ao inventário. Atualmente a metodologia é utilizada apara a instrução dos processos de registro dos bens previamente definidos

Adaptações na metodologia ou a utilização de outras metodologias são acatadas pelo IPHAN quando das solicitações de Registro.

A complexidade do INRC e a urgência de identificação e registro das várias mani-festações do Patrimônio Cultural Imaterial fizeram com que fossem adotados por diversas prefeituras, como por exemplo, a de Porto Alegre, no sul do país, proces-sos mais expeditos que pudessem atender as demandas de inventário sem atingir aos altos custos do INRC.

O primeiro bem registrado em Minas Gerais – o queijo do Serro – quando de seu registro estadual também não usou a metodologia e sim uma adaptação. A meto-dologia foi retomada quando o Iphan decidiu pelo Registro Nacional e financiou o aprofundamento dos estudos.

O próprio Departamento do Patrimônio Imaterial ultimamente tem optado e reali-zado editais para a elaboração de inventário, tipo mapeamento, praticamente co-rrespondendo à fase do levantamento preliminar do INRC. Estes inventários dão conta da abrangência territorial e da diversidade cultural brasileira.

Devemos destacar ainda a proposta de Inventário Nacional da Diversidade Lin-güística – INDL instrumento de levantamento e registro das línguas faladas pelas comunidades lingüísticas brasileiras. Estas línguas devem ser entendidas com refe-rencias culturais da nação, pois são constitutivas da história e da cultura brasileiras. O inventário visa dar visibilidade à pluralidade lingüística brasileira que pode ser classificada em cinco categorias histórico-sociológicas:• Indígenas;• deImigração;• decomunidadesAfro-Brasileiras• desinais;• Crioulas;• LínguaPortuguesaesuasvariaçõesdialetais

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5. Levantamento da situação atual de inventário, registro do patrimônio imaterial.

O estabelecimento de uma política federal de Patrimônio Imaterial mobi-liza estados e municípios ( principalmente capitais ) no sentido de pro-mover legislações semelhantes em seu âmbito de atuação.Esta adesão

aparece também nos projetos de lei formulados e encaminhados para aprovação ou regulamentação nos legislativos estaduais ou municipais.

Tramitam cada um ao ritmo de cada lugar.

Alguns estados, no entanto, partiram para a criação do Livro dos Mestres, que pos-sibilitaria de imediato o reconhecimento dos mestres de ofício, que já não tinham condições de manter suas oficinas, com a exigência da comprovação de pobreza e carência para justificar a ajuda financeira paga pelo poder público e exigência da transmissão dos conhecimentos do ofício. Este tipo de apoio já está sendo revisto em alguns Estados.

Em anexo, apresentamos um panorama geral da situação dos inventários realiza-dos e em andamento no Brasil. Não temos a pretensão de ter esgotado o assunto, pois muitos inventários são realizados por grupos independentes, ONGS, vincu-lados a universidades ou não, o que dificulta o acesso às informações num curto espaço de tempo. A atualização do banco de dados do DPI/IPHAN é feita somente com aqueles inventários que usaram a metodologia do INRC e não deve então ser considerando como o que existe atualmente no Brasil. Este trabalho já alertou para a necessidade de uma pesquisa ampla e mais aprofundada sobre metodologias e inventários em andamento no país.

Quanto ao Registro, em âmbito federal, temos hoje 19 bens registrados conforme quadro abaixo:

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Levantamento de registros do patrimônio imaterial

Fonte: IPHAN

M E N SIM* NÃO SIM NÃO

1 X Ofício das Paneleiras de Goiabeiras

Livro de Registro dos Saberes – 1º Registro 20/12/2002 IPHAN

Dossiê IPHAN 3: Ofício das

Paneleiras de Goiabeiras

X

2 X Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi

Livro de Registro das Formas de Expressão

– 1º Registro20/12/2002 IPHAN Dossiê IPHAN 2:

Wajápi X

3 X Círio de Nossa Senhora de Nazaré

Livro das Celebrações – 1º Registro 05/10/2005 IPHAN

Dossiê IPHAN 1: Círio de Nazaré +

CD ROOM

4 X Samba de Roda do Recôncavo Baiano

Livro de Registro das Formas de Expressão 05/10/2004 IPHAN

Dossiê IPHAN 4: Samba de roda do Recôncavo Baiano

X

5 X Modo de fazer Viola-de-Cocho Livro de Registro dos Saberes 14/01/2005 IPHAN

Dossiê IPHAN 8: Modo de fazer Viola-de-cocho

X

6 X Ofídio das Baianas de Acarajé Livro de Registro dos Saberes 14/01/2005 IPHAN

Dossiê IPHAN 6: Ofício das Baianas

de AcarajéX

7 X Jongo no Sudeste Livro das Formas de Expressão 15/12/2005 IPHAN Dossiê IPHAN 5 :

Jongo no Sudeste X

8 XCachoeira de Iauaretê – Lugar sagrado dos povos indígenas

dos Rios Uaupés e Papuri

Livro de Registro dos Lugares – 1º Registro 16/10/2006 IPHAN

Dossiê IPHAN 7: Cachoeira de

IauaretêX

9 X Feira de Caruaru Livro de Registro dos Lugares 08/02/2007

Prefeitura Municipal

de CaruaruX X

10 X Frevo Livro de Registro das formas de Expressão 28/02/2007 IPHAN X X

11 X Tambor de Crioula Livro de Registro das Formas de Expressão 20/11/2007 IPHAN Dossiê IPHAN: Os

Tambores da Ilha X

12 XMatrizes do Samba no Rio de Janeiro: Partido Alto, Samba de Terreiro e Samba -Enredo

Livro de Registro das Formas de Expressão 29/11/2007 IPHAN

Dossiê IPHAN: Dossiê das Matrizesdo Samba no Rio de

Janeiro

X

13 X

Modo artesanal de fazer Queijo de Minas, nas regiões

do Serro e das serras da Canastra e do Salitre

Livro de Registro dos Saberes 13/06/2008 IPHAN X X

14 X Roda de Capoeira Livro das Formas de Expressão 20/11/2008 IPHAN X X

15 X Ofício dos Mestres de Capoeira

Livro de Registro dos Saberes 20/11/2008 IPHAN X X

16 XO modo de fazer Renda

Irlandesa produzida em Divina Pastora (SE)

Livro de Registro dos Saberes 28/01/2009 IPHAN X X

17 X Toque dos Sinos em Minas Gerais

Livro das Formas de Expressões 03/12/2009 IPHAN X X

18 X Ofício dos Sineiros Livro de Registro dos Saberes 03/12/2009 IPHAN X X

19 X Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis - GO Maio 2010 IPHAN X X

Item Abrangên-cia Denominação Livro Data do registro Quem solicitou Publica-

çãoPlano de

salvaguarda

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Podemos avaliar a adesão da sociedade brasileira à política do patrimônio imaterial pela quantidade de solicitações encaminhadas ao IPHAN conforme atesta a lista-gem abaixo, de 2009, dos processos em andamento:

Patrimônio cultural imaterial brasileiro

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Festa de São Benedito de Aparecida- SP

Paróquia de Nossa Srª da Conceição Aparecida - Aparecida

- SP

Em fase de análise preliminar.

Clubes Sociais Negros

Sociedade 13 de Maio; Museu Treze de Maio; Renascença

Clube; Instituto Mundo Velho; Clube 28 de Setembro;

Sociedade Cultural Beneficente Floresta Aurora.

A Câmara do Patrimônio Imaterial recomendou solicitar mais informações e verificar a viabilidade de aplicação do tombamento.

Festa do Divino Espirito Santo do Vale

do Guaporé

Conselho Geral da Irmandade do Divino Espírito Santo do Vale do

Guaporé/ MT

Necessidade de complementação da documentação.

Samba Reggae Associação Carnavalesca Bloco Afro Olodum

Não atende ao critério de continuidade histórica para a abertura do processo de Registro.

Festa de Atiradores - Schützenfest

Associação dos Clubes de Caça e Tiro de Blumenau/SC Em análise preliminar

Modo de fazer polenta pelos

descendentes de imigrantes italianos

Circolo Trentino di Blumenau/SC

O objeto do pedido deve ser reformulado para dar conta da memória da ocupação italiana na região. Segundo a Câmara Técnica do Patrimônio Imaterial, a polenta perdeu a função abordada no texto do pedido, ou seja, de elemento principal da subsistência da comunidade.Sugeriu-se verificar a possibilidade de incorporar o assunto ao projeto das rotas de imigração, em andamento no Depam.

Chimarrão Canal Produção e Eventos Ltda. /Pampa e Cerrado

Inadequação do pedido de Registro à legislação em vigor por ilegitimidade da parte proponente

Choro Sarau Agência de Cultura Brasileira

Inadequação do pedido de Registro à legislação em vigor por ilegitimidade da parte proponente

Pequi Canal Produção e Eventos Ltda. /Pampa e Cerrado

Inadequação do pedido de Registro à legislação em vigor por ilegitimidade da parte proponente

Espetáculo da Paixão de Cristo de Nova

Jerusalém – PE

Dep. Alberto Feitosa (Assembléia Legislativa do Estado)

Inadequação do pedido de Registro à legislação em vigor por ilegitimidade da parte proponente

FESTIVALE - Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha

Deputado Federal José Fernando Aparecido de Oliveira

Inadequação do pedido de Registro à legislação em vigor por ilegitimidade da parte proponente

Umbanda e Candomblé Dep. Vicentinho Inadequação do pedido de Registro à legislação

em vigor por ilegitimidade da parte proponenteProdução de Doces

Tradicionais de Pelotenses

Câmara dos Dirigentes Lojistas de Pelotas/ RS

Em análise preliminar para emissão de Nota Técnica.

Marabaixo do Amapá Instituto Cultura Brasileira – Brasília/DF

Em análise preliminar para emissão de Nota Técnica.

Técnica de Laçar, reiterada através do

Tiro de Laço e do Esporte de Laço

Eduardo Fonseca Alves – Pesquisador e Laçador

Inadequação do pedido de Registro à legislação em vigor por ilegitimidade da parte proponente

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Grandes desafios deverão ser enfrentados para o aprimoramento das polí-ticas e da gestão da preservação do patrimônio cultural imaterial:

• Maior articulação interinstitucional e intergovernamental.Ou seja,nasaçõesde salvaguarda do PCI devem ser considerados tantos aspectos que somente a leitura pelas instituições de cultura não é suficiente. Outros gestores e agentes das áreas econômica, social, ambiental e até da saúde devem se fazer presen-tes no desenvolvimento das ações de salvaguarda do patrimônio cultural. No aspecto dos níveis governamentais, também o entrosamento é importante. O Estado Federal, o poder estadual e o municipal devem unir esforços nas ações de salvaguarda e se responsabilizar, cada um, pelo desenvolvimento de ações substantivas que possibilitem a permanência do fato cultural respeitando sua dinâmica.

• Investimentossignificativosnaformaçãodequadrostécnicoscapazesdepro-mover ações de identificação, documentação e análises de conteúdo que re-metam a preservação do bem cultural sempre observando sua relevância para a memória, a identidade e a formação da identidade brasileira. Neste sentido o curso à distância é um caminho, a curto prazo, mas que necessita de investi-mento. No Brasil, na consolidação das ações de gestão, tem sido pontuada a ne-cessidade de treinamento, daí o esforço da UNESCO em promover um primeiro curso. A segunda turma, já sem o financiamento da UNESCO, demonstrou que há uma demanda bastante grande, mas que precisa de financiamento que tor-ne o treinamento acessível a todos.

• Melhorgestãodosrecursospúblicosdescentralizadospormeiodeeditaisouconvênios, para dar conta de um mapeamento geral básico nacional e de pro-mover o fluxo de informações e atualizações de dados sobre o Patrimônio Cul-tural Imaterial. Igualmente importante, é o acompanhamento da continuidade

6. Outras Considerações

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do bem cultural registrado como Patrimônio Nacional, sua ligação com o pas-sado e sua reiteração, transformação e atualização permanentes, mantendo-se, ou não, como referência cultural para as comunidades que o vivenciam.

A referência cultural é um conceito chave na formulação e na prática da política brasileira de salvaguarda.

Patrimônio cultural imaterial brasileiro

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RELATÓRIOS DE ATIVIDADES do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular de 2006, 2007 e 2009.

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RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS PESQUISADOS PARA A LEGIS-LAÇÃO BRASILEIRA:

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BERRYMAN, Cathryn A. Toward More Universal Protection os Intangible Cultural Property. Birmingham: Vanderbilt University, 1991.

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DELPHIN, Carlos Fernando de Moura. Língua Portuguesa. Memorando DEPROT n°489/98 de 28/07/1998. Rio de Janeiro: IPHAN.

ESTANISLAU, Lidia Avelar. “Aspectos Político-institucionais e Territoriais na Consti-tuição da Memória Brasileira ou Memória Brasileira: este insaciável objeto de desejo.” In: Perspectivas da Administração Pública Brasileira Hoje. Ciclo de De-bates. Brasília, 1993.

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3 – Legislação Estrangeira

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5 – Recomendações Internacionais – OMPI

UNESCO-WIPO. World Fórum on the Protection ok Folklore. (1997 apr. 8-10 Phuket, Thailand) Consultoria Regional OMPI-UNESCO sobre la Protección de lãs Expres-

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siones Del Folclore para países de América Latina y el Caribe. (1999 junio 14-16, Quito, Ecuador).

6 – Recomendações Internacionais – MERCOSUL

Centro Internacional para La conservación Del Patrimônio. Carta de Mar Del Plata. Primeiras Jornadas Del Mercosur – Patrimônio Intangible. Mar Del Plata, 1997.

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8. Anexos

ANEXO 1 – CRONOLOGIA DO PATRIMÔNIO IMATERIAL NO BRASIL

1922 1936 1937 1947 1958 1975

Semana da ArteModerna. Primeiramanifestação das ideias de Mario de Andrade a respeito do tema Patrimônio Cultural Imaterial, primeiro contato com o assunto até então“desconhecido”.

Proposta de implantação da política de preservação do patrimônio culturalbrasileiro,elaborada por Mario de ndrade, a pedido de Gustavo Capanema, então Ministro de Educação e Saúde Pública.

É criado o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), primeira instituição do governo brasileiro voltada para a proteção do patrimônio cultural do país.

É criada a ComissãoNacional de Folclore, ponto de partida para o estudo do Folclore e dasmanifestações culturais do país.

É instalada a Campanhade Defesa do FolcloreBrasileiro, vinculada ao Ministério de Educação e Cultura.

Aloísio Magalhães cria o Centro Nacional deReferência Cultural (CNRC).

1976 1979 1988 1991 1997 1997

Transformação daCampanha em Instituto Nacional do Folclore,vinculado à FundaçãoNacional de Arte(Funarte).

É criada a FundaçãoNacional PróMemória,instituição incumbida de implementar a política de preservação da entãoSecretaria do PatrimônioHistórico e ArtísticoNacional, incorporandoo Programa de Cidades Históricas (PCH) e o CNRC.

Constituição Federal. O Patrimônio Cultural é definido de modoamplo. Nos artigos 215 e 216, o direito ao reconhecimento das manifestações das culturas populares, indígenas e afro brasileiras,e dos outros grupos que participam do processo civilizatório nacional é estabelecido.

É instituído o ProgramaNacional de Apoio àCultura (Pronac),mediante a Lei n° 8313, para promover a captação e a canalização de recursos e, entreoutros objetivos,fomentar a preservaçãodos bens culturaismateriais e imateriais.

O Instituto Nacional de Folclore é transformadoem Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), vinculado à Funarte.

Realização do SeminárioPatrimônio Imaterial:estratégias e formas de proteção, em Fortaleza, quando são discutidos osinstrumentos legais eadministrativos depreservação dos bensculturais de naturezaimaterial.

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1998 2000 2002 2003 2004 2005

São criados a Comissão Interinstitucional para elaborar proposta deregulamentação doRegistro do Patrimôniocultural imaterial e oGrupo de TrabalhoPatrimônio Imaterial (GTPI) para assessorar esta Comissão.

Desenvolvimento doinstrumento técnico de Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), metodologia voltada à produção de conhecimento sobre bens culturais visando a subsidiar a formulação de políticas patrimoniais.

Instituição do Registrode Bens Culturais deNatureza Imaterial e do Programa Nacional dePatrimônio Imaterial(PNPI), mediante oDecreto n° 3551, de 4 de aosto desse ano.

Primeiro Registro deBem Cultural Imaterial no Brasil: Ofício das Paneleiras de Goiabeiras/Vitória /ES. Em seguida, em dezembro, foi registrado a Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi.

O CNFCP passa aintegrar a estrutura do Iphan, mediante oDecreto n° 4.811, de 19 d e agosto de 2003.DOU 20

2003 – Convenção paraSalvaguarda doPatrimônio CulturalImaterial, aprovada na32ª Sessão daConferência Geral das Nações Unidas, em Paris, em 17 de outubro

No mês de novembro,em Paris, a arte gráfica dos índios Wajãpi é proclamada pela Unesco Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial daHumanidade.

Decreto n° 5040, criou o Departamento doPatrimônio Imaterial doIphan (DPI) ao qual foi agregado o Centro Nacional de Folclore eCultura Popular(CNFCP). Em outubro, registrou-se o Samba de Roda do Recôncavo Baiano

Em Janeiro, fio registrado o Modo de Fazer Viola-de-Cocho e o Ofício das Baianas de Acarajé. No mês de setembro, em Brasília, é lançado o 1° Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Em outubro, foi registrado o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Em dezembro, o Jongo no Sudeste foi incluído na lista de bens registrados.

No mês de novembro,em Paris, o Samba deRoda no RecôncavoBaiano é proclamadopela Unesco Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial daHumanidade.

2006 2007 2008 2009 2010

Em abril, por meio do Decreto n° 5753, o Brasil ratificou aConvenção da Unesco sobre a Salvaguarda doPatrimônio CulturalImaterial. Em outubro, a Cachoeira de Iauaretê se tornou bem registrado do patrimônio imaterial.

Em Fevereiro, a Feira de Caruaru e o Frevo foram incluídos na lista de bens registrados. Em novembro, foram registrados o Tambor de Crioula e Matrizes do Samba no Rio de Janeiro: Partido Alto, Samba de Terreiro e Samba-Enredo.

Em junho foi registrado o Modo artesanal de fazer o Queijo de Minas. Em novembro foram registrados a Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira.

Em janeiro, o Modo de fazer Renda Irlandesa produzida em Divina Pastora (SE), foi adicionado à lista de bens registrados. Em dezembro, foram registrados o Toque dos Sinos em Minas Gerais e o Ofício dos Sineiros

Foi registrada a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis (GO).

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Dados obtidos a partir de consulta telefônica e eletrônica aos órgãos de Cultura dos estados e das capitais e ao IPHAN.

Patrimônio cultural imaterial brasileiro

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ANEXO II – TABELA DO INVENTÁRIO NACIONAL

1 Jongo do Sudeste RJ / SP / MG / ES CNFCP X X2 Farinha de Mandioca PA CNFCP X X

3 Samba do Rio RJ Centro Cultural Cartola X X

4 Conhecimentos Fitoterápicos RJ Rede Fito Vida X X

5 Capoeira BA Laced / UFRJ X X

5 Cuias de Santarém AM CNFCP / PACA X X

6 Celebrações do Município de Macaé RJ Prefeitura de Macaé / RJ X X

7 Ofício das Tacacazeiras no Norte do Brasil PA CNFCP X X

8 Bumba meu Boi do Maranhão MA CNFCP X X

9 Festas maranhenses do Divino Espírito Santo no Rio de Janeiro RJ CNFCP X X

10 Povos indígenas do Alto Rio Negro – São Gabriel da Cachoeira/AM AM X X

11 Referências culturais da Região do Arari – Ilha de Marajó/PA PA IPHAN X X

12 Congo de Nova Almeida – Serra ES IPHAN X X

13 Identificação para Registro do patrimônio imaterial do Estado de Sergipe SE IPHAN X X

14 Referências culturais junto à população Guarani, em São Miguel das Missões RS IPHAN X X

15 Referências culturais em Porongos, Município de Pinheiro Machado RS IPHAN X X

16 Referências culturais de Natividade TO IPHAN X X

17 Referências culturais de São Luís MA IPHAN X X

18 Região do Cariri CE IPHAN X X19 Comunidades Quilombolas de Pernambuco PE IPHAN X X20 Rio de Contas BA IPHAN X X

21Multiculturalismo em situação urbana – Referências

culturais do Bom Retiro SP IPHAN X X

22 Referências Culturais Lapa RS IPHAN X X23 Sertão dos Valongos SC IPHAN X X24 Referências culturais das Feiras do DF DF IPHAN X X

25 Rotas da Alforria – trajetórias da população afro-descendente na região de Cachoeira BA IPHAN X X

26 População do assentamento São Francisco oriundo do Parque Nacional Grande Sertão Veredas – Formoso MG IPHAN X X

27 Mestres e Ofícios Abrangência Nacional DPI / DEPAM X X

28 Construção Naval Abrangência Nacional DPI / DEPAM X X

29 Comunidades impactadas pela Usina Hidroelétrica de Irapé MG CEMIG X X

Item Denominação Estado Inst. Resp. Metodologia INRC RegistroSIM* NÃO SIM NÃO

E N

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Célia Maria Corsino e Maria das Dores Freire

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30 Comunidades das Populações Tradicionais de Xapuri AC IPHAN X X31 Referências Culturais de Porto Nacional TO IPHAN X X

32 Mestres Ártífices de Técnicas Tradicionais da Construção e da Arquitetura no Brasil

Abrangência Nacional

DPI / DEPAM / Programa

MonumentaX X

33 Feira de Caruaru PE IPHAN X X

34 Festas do Largo de Salvador BA IPHAN X X

35 Cerâmica de Rio Real BA IPHAN X X

36 Vila Bela da Santíssima Trindade MT IPHAN X X

37 Cerâmica de Candeal MG IPHAN X X

38 Viola Caipira do Alto e Médio São Francisco MG IPHAN X X

39 Sertão do Valongo SC IPHAN X X

40 Festa de São Tiago, Magazão AP IPHAN X X

41 Referências Culturais do Município de Alcântra MA IPHAN X X

42 Mapeamento dos terreiros de Candomblé do Estado do Rio de Janeiro RJ IPHAN X X

43 Referências Culturais de Mucugê BA IPHAN X X

44 Referências Culturais de Laranjeiras SE IPHAN X X

45 Referências Culturais de Natureza Imaterial de Paranaguá PR IPHAN X X

46 Comunidades Negras de Santa Catarina SC IPHAN X X

47 Vale do Amanhecer DF IPHAN X X

48 Região do Bolsão do Mato Grosso do Sul MS IPHAN X X49 Região do Erval Sul-Matogrossense MS IPHAN X X50 Arte Santeira do Piauí PI IPHAN X X51 Região do Seridó RN IPHAN X X52 Comunidades Quilombolas do Norte do Espírito Santo ES IPHAN X X53 Comunidade M’byá Guarani em São Niguel Arcanjo RS IPHAN X X54 Quilombo Invernada dos Negros SC IPHAN X X55 Quilombo São Roque SC IPHAN X X56 Complexo Ver-o-Peso PA IPHAN X X57 Carimbó na Microregião do Salgado Paraense PA IPHAN X X58 Povo Tembé do Alto Rio Guamá PA IPHAN X X59 Capoeira PE IPHAN X X60 Marechal Deodoro AL IPHAN X X61 Lugares de Culto de Matriz Africana do DF e entorno DF IPHAN X X62 Feira de São Cristóvão RJ IPHAN X X63 Região do SAARA RJ IPHAN X X64 Mercado Central de Belo Horizonte MG IPHAN X X65 Culinária Italiana RS IPHAN X X

66 Complementação da Trava-Miri com vistas à instrução do processo de registro RS IPHAN X X

67 Comunidades Quilombolas de 17 municípios do Piauí PI IPHAN X X

68 Linguagem dos Sinos nas Cidades Históricas de Minas Gerais MG IPHAN X X

69 Mapeamento Documental do Estado de Minas Gerais MG IPHAN X X70 Produção dos doces tradicionais pelotenses RS IPHAN X X71 Estado do Amapá AP IPHAN X X

Page 46: Brasil - CRESPIAL · de Natureza Imaterial, em 2000, além do estabelecimento de parâmetros de inven- tário e uma ação mais presente e eficiente junto aos organismos internacionais

Patrimônio cultural imaterial brasileiro

118

72 Festas Religiosas do Alto do Rio Negro AM IPHAN X X73 Manifestações culturais Ribeirinhas AM IPHAN X X

74

Projeto Piloto INDL – Levantamento sócio-linguístico e documentação da língua e das tradições culturais das comunidades indígenas nahukwa e matipu do

Alto-Xingu

AM IPHAN X X

75 Ofícios Tradicionais do Cento Histórico de Belém PA IPHAN X X

76 Estado do Pará PA IPHAN X X

77Projeto Piloto INDL – Centro de Documentação

Permanente de Línguas e Culturais Indígenas da Amazônia no Museu Goeldi – INDL da língua Ayuru

PA IPHAN X X

78 Estado de Rondônia RO IPHAN X X

79 Bloco Tradicional do Maranhão MA IPHAN X X

80 Pesca Artesanal RN IPHAN X X

81 Ciclo da Cana-de-Açúcar PE IPHAN X X

82 Penedo AL IPHAN X X

83 Roteiros de Devoção em Goiás GO IPHAN X X

84 Projeto-Piloto INDL – A língua asuriní do Tocantins TO IPHAN X X

85 Mapeamento Documental do Patrimônio Imaterial do Estado do Mato Grosso MT IPHAN X X

86 Projeto-Piloto INDL – Para um inventário da língua juruna MT IPHAN X X

87 Festa do Divino em Paraty RJ IPHAN X X

88 Festa de Nossa Senhora da Conceição RJ IPHAN X X

89 Ubanda no Rio de Janeiro RJ IPHAN X X

90 Quilombolas do Vale do Rio Ribeira de Iguape / SP SP Instituto Socioambiental X X

91 Oficio do Fotógrafo Lambe-Lambe de BH MG IPHAN X X

92 Projeto-Piloto INDL – Levantamento etnolinguístico de comunidades afro-brasileiras: Minas Gerais e Pará MG / PA IPHAN X X

93 Paranguá PR IPHAN X X94 Queijo Kochkäse SC IPHAN X X

95 Projeto-Piloto INDL – Inventário da Língua Guarani-Mbyá SC IPHAN X X

96 Clubes Sociais Negros RS IPHAN X X97 Museu Aberto do Descobrimento BA IPHAN X X98 Cerâmica do Rio Real BA CNFCP X X99 Festa de Santa Bárbara BA CNFCP X X

100 Mapeamento da Caçada da Rainha e outras culturas tradicionais GO PNPI X X

101 Venerável Irmandade de São Benedito do de Angra dos Reis RJ IPHAN X X

102 Base Luso-Açoreana no Litoral Catarinense SC IPHAN X X

103 Dossiê de Registro do Modo de Fazer Cajuína Artesanal PI IPHAN X X

104 Tambor de Crioula do Oeste dos Cocais PI IPHAN X X105 Celebração do Tooro Nagashi SP IPHAN X X

106 Ribeirão Preto – Projeto Café com Açúcar SP Prefeitura de Ribeirão Preto X X

107 Cultura do Boi Bumbá de Parintins MA IPHAN X X108 Gambá MA IPHAN X X

Page 47: Brasil - CRESPIAL · de Natureza Imaterial, em 2000, além do estabelecimento de parâmetros de inven- tário e uma ação mais presente e eficiente junto aos organismos internacionais

Célia Maria Corsino e Maria das Dores Freire

119

109 Encomendadores de almas MA IPHAN X X110 Artesanato Tikuna MA IPHAN X X111 Grupo de Teatro de Bonecos Giramundo MG DIPC / FMC X X112 Quilombo dos Luízes (Bairro Grajaú) MG DIPC / FMC X X

113 Ofício de Calceteiro MG DIPC / FMC X X

114 Pedreira Prado Lopes MG DIPC / FMC X X

115 Ofício das Paneleiras de Goiabeiras ES CNFCP X X

116 Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi AP CNFCP X X

117 Círio de Nossa Senhora de Nazaré PA CNFCP X X

118 Samba de Roda do Recôncavo Baiano BA CNFCP X X

119 Modo de Fazer Viola-de-Cocho MT / MS CNFCP X X

120 Ofídio das Baianas de Acarajé BA CNFCP X X

121 Cachoeira de Iauaretê – Lugar sagrado dos povos indígenas dos Rios Uaupés e Papuri MA CNFCP X X

122 Frevo PE CNFCP X X

123 Modo artesanal de fazer Queijo de Minas, nas regiões do Serro e das serras da Canastra e do Salitre MG CNFCP X X

124 Ofício dos Mestres de Capoeira BA CNFCP X X

125 O modo de fazer Renda Irlandesa produzida em Divina Pastora SE CNFCP X X

126 Festa do divino Espírito Santo de Pirenópolis GO CNFCP X X

127 Contos Populares Fluminenses – Vol. 1 RJ Divisão de Folclore / INEPAC / SEC X X

128 A Presença Mítica Do Jumento Na Literatura De Cordel RJ Divisão de Folclore / INEPAC / SEC X X

129 FOLIAS DE REIS CENTENÁRIAS (1ª Fase) RJ

Inst. Resp. Divisão De Folclore/INEPAC/SEC E Comissão

Fluminense De Folclore

X X

130 FOLIAS DE REIS FLUMINENSES: Peregrinos Do Sagrado RJ Divisão de Folclore / INEPAC / SEC X X

131 Festas Religiosas de Ouro Preto MG X X

132 Festa de Santa Bárbara BA CNFCP X X133 Paisagem Cultural Caeté AL IPHAN X X134 Ourivesaria e, Natividade TO IPHAN X X

135 Festa de Nossa Senhora dos Navegantes RS

Secretaria municipal de

Cultura de Porto Alegre

X X

136 Feria do livro de Porto Alegre RS

Secretaria municipal de

Cultura de Porto Alegre

X X

137 Projeto Lambe-Lambe RJ IPHAN X X