brasil 10 anos - unodc.org · assaltos e outros crimes que ocorrem dia-riamente tanto em países...
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10 ANOS DE COMPROMISSO33333 UN
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UNDCP é a sigla para United Nations International Drug Control Programme, ou
Programa das Nações Unidas para o Controle Internacional de Drogas.
O UNDCP é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) cujo mandato
é orientar e operacionalizar o controle internacional de drogas e crimes correlatos,
monitorando as tendências de produção, consumo e tráfico ilícito.
O UNDCP promove o cumprimento dos tratados internacionais de controle de
drogas, apoiando o fortalecimento institucional dos governos e auxiliando na formulação
de leis e políticas sobre o problema, de acordo com os compromissos assumidos pela
comunidade internacional.
O UNDCP atua, também, como centro mundial de informações sobre o proble-
ma e as alternativas para superá-lo.
• O UNDCP coordena as atividades da ONU no campo do controle de drogas, o
que inclui: 1) a prevenção contra o uso indevido; 2) a implementação de estratégias
de tratamento e reinserção social; 3) a fiscalização da produção e do consumo de
medicamentos; 4) o combate ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e à produ-
ção ilegal de drogas, assim como 5) o apoio ao controle do narcotráfico.
• Observa o cumprimento de tratados e convenções internacionais firmados na
área, auxiliando no estabelecimento de políticas globais de controle e fortalecendo a
cooperação entre os países.
• Realiza atividades de controle nos níveis local, regional e mundial por meio de
uma rede de escritórios de campo, os quais são responsáveis pela assistência técnica
aos países e servem como centro de referência para informações que vão desde
dados estatísticos até a legislação existente.
O UNDCP ajuda a identificar carências na área de controle de drogas, a partir das
quais são desenhados e implementados projetos em qualquer das frentes de trabalho:
controle da produção e do tráfico ilícito, bem como prevenção e tratamento do uso
indevido de drogas.
O apoio do UNDCP pode acontecer por meio de suporte técnico a um programa
nacional ou a projetos específicos. Paralelamente, o UNDCP ajuda a monitorar e
avaliar os resultados dos projetos implementados.
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A história do UNDCP pode ser encontrada na página 7.A história do UNDCP pode ser encontrada na página 7.A história do UNDCP pode ser encontrada na página 7.A história do UNDCP pode ser encontrada na página 7.A história do UNDCP pode ser encontrada na página 7.
Outros aspectos de cooperação podem ser vistos na página 16.Outros aspectos de cooperação podem ser vistos na página 16.Outros aspectos de cooperação podem ser vistos na página 16.Outros aspectos de cooperação podem ser vistos na página 16.Outros aspectos de cooperação podem ser vistos na página 16.
Para mais informações sobre as atividades do UNDCP, veja a página 17.Para mais informações sobre as atividades do UNDCP, veja a página 17.Para mais informações sobre as atividades do UNDCP, veja a página 17.Para mais informações sobre as atividades do UNDCP, veja a página 17.Para mais informações sobre as atividades do UNDCP, veja a página 17.
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Prefácio 5Sistema de controle 6Cooperação internacional 7Políticas globais 9Escritórios do UNDCP no mundo 10Uma pauta com múltiplas possibilidades 12Prevenção: questão-chave 13Drogas, violência e mulheres: a dura realidade do preconceito 14Investindo no Brasil 16Trabalho em parceria 17Brasil – 10 anos de compromisso 18Drogas e exclusão social 20Buscando alternativas 21A perigosa combinação drogas e Aids 22Novos desafios 23Comportamento de risco 24Jovens, drogas e Aids 25Um projeto, muitas empresas 26Desenvolvendo estratégias 27Uso indevido de drogas no Brasil 28Políticas nacionais de controle 30Abordagem integrada 31Lavagem de dinheiro 31Modernizando estruturas 32Glossário 34
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Nações Unidas. Programa das Nações Unidas para oControle Internacional de Drogas.
Brasil - 10 anos de compromisso / ONU.– Brasil:UNDCP, 1999.
34p. : il. color. ; 21 cm.
1. Drogas – Abuso – Brasil. 2. Drogas – Prevenção – Brasil. 3.Tráfico de drogas – Brasil. I. Título.
CDD 362.2930981CDU 362.8-056.834
N125b
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Com uma década de cooperação no Brasil,
o Programa das Nações Unidas para o Controle
Internacional de Drogas orgulha-se de colabo-
rar com o país na busca de soluções para a ques-
tão das drogas.
A tarefa do UNDCP é vasta, mas funda-se no
compromisso sério de auxiliar as nações a lidar
com esse que é um dos problemas mais com-
plexos do mundo contemporâneo, não impor-
ta em que lugar do planeta.
Nossos esforços têm estado voltados, em pri-
meiro lugar, para a compreensão da sociedade
brasileira, as peculiaridades de seu povo, os as-
pectos culturais que norteiam comportamentos
e suas necessidades estruturais.
Essa sensibilidade tem sido essencial ao de-
senvolvimento de estratégias capazes de abor-
dar o problema de forma abrangente e coeren-
te com as políticas internacionais e nacionais
de controle de drogas.
O investimento feito no Brasil tem demons-
trado resultados expressivos. As parcerias estabe-
lecidas com o governo brasileiro, iniciativa pri-
vada e sociedade civil atestam o nível de com-
prometimento do país. Embora o problema das
drogas esteja longe de uma solução definitiva,
os esforços têm valido a pena.
Esta publicação, marcando os dez anos do
UNDCP no Brasil ,,,,, quer mostrar que é possível
um controle integrado das drogas. Isso depen-
de de cada um de nós, de nosso compromisso
e de nosso esforço.
UNDCP – Brasil
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LE Estima-se que perto de 300 milhões
de pessoas em todo o mundo – 4% da
população global – usam drogas indevi-
damente, sem se considerarem os depen-
dentes de álcool e tabaco.
Pergunta-se: Elas não teriam o direito
de consumir drogas, cabendo, assim, aos
governos e organismos de controle deixá-
las livres para se entregarem aos efeitos
nocivos que sua utilização ilícita traz à
saúde?
O UNDCP entende que não, por
acreditar que os direitos individuais devem
ser compatíveis com a segurança e o bem-
estar de toda a comunidade. Nenhum
indivíduo tem o direito de se comportar de
uma forma que venha a se revelar destrutiva
para os demais e para si mesmo. É
exatamente o caso do uso indevido de
drogas.
O problema não afeta apenas osapenas osapenas osapenas osapenas os
usuáriosusuáriosusuáriosusuáriosusuários, mas também...
... as suas famílias... as suas famílias... as suas famílias... as suas famílias... as suas famílias, diretamente
atingidas ao serem privadas de uma
convivência sadia com filhos, pais e
parentes que embarcam numa viagem às
vezes sem volta;
... os seus empregadores... os seus empregadores... os seus empregadores... os seus empregadores... os seus empregadores, que arcam
com os custos decorrentes do absenteísmo,
da queda de produtividade e da elevação
dos gastos com saúde;
... o conjunto da sociedade... o conjunto da sociedade... o conjunto da sociedade... o conjunto da sociedade... o conjunto da sociedade, para a
qual o uso indevido de drogas constitui
uma permanente ameaça, na cidade e no
campo, nos bairros mais abastados e nas
comunidades mais carentes, na rua e no
ambiente de trabalho.
O tráfico ilegal de substâncias psicoa-
tivas, que movimenta no mundo algo pró-
ximo de US$ 450 bilhões por ano, é con-
trolado em escala internacional por gru-
pos igualmente envolvidos com a venda
ilícita de armas e outras atividades crimi-
nosas, como a lavagem de dinheiro, a cor-
rupção, o contrabando e o terrorismo.
O uso indevido de drogas está por trás
de milhares de casos de homicídios,
assaltos e outros crimes que ocorrem dia-
riamente tanto em países desenvolvidos
como em nações em desenvolvimento,
além de contribuir para o aumento dos
acidentes fatais de trânsito.
Como se não bastasse, o uso indevido
de drogas obriga toda a comunidade a fi-
nanciar, com impostos, os recursos neces-
sários tanto ao controle do tráfico ilícito e
à repressão às organizações criminosas que
o dominam – aí incluídas as despesas com
o aparelho jurídico-policial – como ao tra-
tamento e à recuperação de usuários. Esse
custo representa, apenas para os governos,
um montante estimado em US$ 120
bilhões por ano.
Ademais, a produção de drogas apre-
senta graves conseqüências ambientais.
Na Amazônia, tem provocado a destrui-
ção de florestas nativas para o plantio
de culturas ilícitas. Na América Latina,
onde se produzem 98% da cocaína
consumida mundialmente, os laborató-
rios de refino dessa droga são, em algu-
mas regiões, os principais agentes de
poluição dos rios.
Por isso o UNDCP existePor isso o UNDCP existePor isso o UNDCP existePor isso o UNDCP existePor isso o UNDCP existe. O seu
objetivo não é promover o alarmismo, nem
travar uma guerra surda contra inimigos
imaginários, mas, sim, auxiliar as nações a
enfrentarem um problema real.
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Os primeiros esforços feitos pelos governos
para promover a cooperação no campo das dro-
gas remontam a 1909, quando a preocupação
dominante era estabelecer critérios para contro-
lar a produção, o comércio e o uso de ópio. Essas
discussões resultaram na Convenção Internacio-
nal do Ópio, firmada em Haia em 1912.
Três tratados em vigor, todos ratificados
pelo Brasil, consolidam as normas consagra-
das pelo direito internacional na área do con-
trole de drogas:
Convenção Única de 1961 sobre Entor-Convenção Única de 1961 sobre Entor-Convenção Única de 1961 sobre Entor-Convenção Única de 1961 sobre Entor-Convenção Única de 1961 sobre Entor-
pecentespecentespecentespecentespecentes, modificada pelo Protocolo de 1972,
que enfatizou a importância do tratamento dos
usuários de drogas. Essa convenção classificou
116 drogas com efeitos psicoativos, regulando
a utilização de várias delas para fins médicos e
adotando mecanismos para evitar o uso ilícito.
Os países signatários são obrigados a controlar
a fabricação e o comércio dessas substâncias e
a manter informada, a esse respeito, a Junta
para o Controle Internacional de Drogas , órgão
independente formado por especialistas de re-
nome mundial, criado para acompanhar e sub-
sidiar a ação dos governos no controle de tais
drogas;
Convenção de 1971 sobre Substâncias Psi-Convenção de 1971 sobre Substâncias Psi-Convenção de 1971 sobre Substâncias Psi-Convenção de 1971 sobre Substâncias Psi-Convenção de 1971 sobre Substâncias Psi-
cotrópicascotrópicascotrópicascotrópicascotrópicas, que acrescentou às disposições já
existentes a questão da prevenção primária, ou
seja, destinada a evitar o contato inicial com a
droga. Essa convenção ampliou a lista de drogas
incluídas no tratado anterior – acrescentando o
LSD, a mescalina, as substâncias psicotrópicas e
os estimulantes, como as anfetaminas e os
barbitúricos; fixou, também, novas diretrizes para
a prevenção e o tratamento do uso indevido de
drogas em geral;
Convenção das Nações Unidas contra oConvenção das Nações Unidas contra oConvenção das Nações Unidas contra oConvenção das Nações Unidas contra oConvenção das Nações Unidas contra o
Tráfico Ilícito de Entorpecentes e SubstânciasTráfico Ilícito de Entorpecentes e SubstânciasTráfico Ilícito de Entorpecentes e SubstânciasTráfico Ilícito de Entorpecentes e SubstânciasTráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias
PsicotrópicasPsicotrópicasPsicotrópicasPsicotrópicasPsicotrópicas, de 1988, que criou novos instru-
mentos de cooperação para reprimir o crescente
tráfico ilícito de drogas. Enfatizando os aspectos
políticos do controle, a Convenção de 1988 deu
especial destaque à redução de demanda com
base na cooperação internacional. A lavagem de
dinheiro e a produção e comercialização de subs-
tâncias usadas para fabricar drogas (os chamados
precursores químicos) passaram a ser encaradas
como atividades diretamente ligadas ao tráfico
ilícito de drogas, cabendo aos países signatários
rever suas legislações nacionais para fazer as adap-
tações pertinentes. Com o objetivo de dar maior
Conferência de Xangai, 1909.
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efetividade à repressão ao tráfico, os governos tor-
naram-se responsáveis pela implementação de uma
série de medidas, como a apreensão dos bens
dos traficantes; a promoção do intercâmbio com
outros países; a integração entre as autoridades
judiciais, policiais e alfandegárias; e a suspensão
do sigilo bancário de narcotraficantes.
No início dos anos 90, no entanto, ficou claro
que seria necessário aprimorar os mecanismos de
cooperação adotados para deter o uso indevido.
O narcotráfico transformara-se em uma po-
derosa indústria multinacional, organizada em ba-
ses empresariais e com uma divisão de trabalho
própria, envolvendo desde agricultores e especia-
listas em comunicações até laboratoristas, enge-
nheiros químicos, contadores, advogados, asses-
sores financeiros e outros profissionais. Transfor-
mara-se ainda, em várias nações, em uma amea-
ça à estabilidade dos governos, pondo em risco
alguns dos objetivos fundamentais da ONU, que
são os de manter a paz e a segurança no mundo,
e apoiar o desenvolvimento sustentável. Ao mes-
mo tempo, crescera em todos os países o núme-
ro de usuários de drogas.
Foi assim que a Assembléia Geral das Nações
Unidas decidiu criar, em 21 de dezembro de
1990, o Programa das Nações Unidas para oPrograma das Nações Unidas para oPrograma das Nações Unidas para oPrograma das Nações Unidas para oPrograma das Nações Unidas para o
Controle Internacional de DrogasControle Internacional de DrogasControle Internacional de DrogasControle Internacional de DrogasControle Internacional de Drogas, cuja sigla,
UNDCPUNDCPUNDCPUNDCPUNDCP, vem do inglês: United Nations
International Drug Control Programme.
Desde então, o UNDCP vem auxiliando na
formulação de políticas nacionais e no fortaleci-
mento institucional das estruturas de controle de
drogas em todo o mundo, assegurando a adesão
dos países às convenções internacionais e pro-
pondo soluções para o problema.
Foi por meio do UNDCP que, em 1998, os
estados-membros da ONU reuniram-se em Nova
Iorque para discutir a questão das drogas e traçar
estratégias globais de controle visando à próxima
década. A Sessão Especial da Assembléia Geral
das Nações Unidas sobre o Problema Mundial
das Drogas, cuja sigla em inglês é UN GASS, mais
do que atrair a atenção da comunidade internacio-
nal para a gravidade do problema, mostrou os
avanços alcançados e apontou caminhos a seguir.
Em junho de 1998, a Sessão
Especial da Assembléia Geral das
Nações Unidas sobre o Problema
Mundial das Drogas (UN GASS),
realizada em Nova Iorque, tratou de
alguns dos temas mais polêmicos so-
bre a questão do controle de dro-
gas. Dela participaram mais de 150
nações, que reafirmaram seu com-
promisso com a superação do pro-
blema por meio da redução do for-
necimento e da demanda.
A participação de representantes
do Brasil na UN GASS ajudou a avaliar
e discutir os avanços alcançados no país e no
mundo nos últimos anos. A reunião foi uma
oportunidade para consolidar a participação
que o país tem tido, na última década, em
projetos e discussões internacionais.
Como resultado da Sessão, foi assinada
uma declaração política com a participação
plena dos estados-membros, organismos
especializados e observadores. Essa declara-
ção reconheceu que a redução da demanda
é indispensável para o controle do problema
e anunciou o compromisso dos países signa-
tários de colaborarem estreitamente com o
CCCCCONTROLEONTROLEONTROLEONTROLEONTROLE DEDEDEDEDE DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS – – – – – PREOCUPAÇÃOPREOCUPAÇÃOPREOCUPAÇÃOPREOCUPAÇÃOPREOCUPAÇÃO MUNDIALMUNDIALMUNDIALMUNDIALMUNDIAL
UNDCP na consecução desses
objetivos. Os países ainda esboça-
ram um plano de ação sobre
cooperação internacional para a
erradicação de cultivos ilícitos e o
desenvolvimento alternativo.
Segundo o documento, as polí-
ticas devem observar resultados de
pesquisas e a experiência adquiri-
da, sendo necessárias avaliações
sistemáticas e periódicas para de-
terminar as tendências emergentes.
Os programas de redução de de-
manda devem abarcar todas as
esferas da prevenção, desde a tarefa de
desestimular o uso primário até a de minorar
as conseqüências sociais negativas do uso
indevido de drogas, buscando a integração
social do toxicômano e alternativas ao
sistema punitivo.
Entretanto, a eficácia das convenções in-
ternacionais depende da atuação dos pró-
prios países. Além disso, para se desenvol-
verem atividades de impacto, deve-se esti-
mular a cooperação internacional, adaptan-
do-se as experiências bem-sucedidas ao
contexto de cada país.
UUUUUMMMMM PROBLEMAPROBLEMAPROBLEMAPROBLEMAPROBLEMA
GRAVEGRAVEGRAVEGRAVEGRAVE, , , , , COMCOMCOMCOMCOM
DIMENSÕESDIMENSÕESDIMENSÕESDIMENSÕESDIMENSÕES MUITOMUITOMUITOMUITOMUITO
AMPLASAMPLASAMPLASAMPLASAMPLAS, , , , , NÃONÃONÃONÃONÃO SÓSÓSÓSÓSÓ
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DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS ÉÉÉÉÉ UMUMUMUMUM
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MUNDIALMUNDIALMUNDIALMUNDIALMUNDIAL NESTANESTANESTANESTANESTA
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A partir da discussão de experiências
apresentadas pelas nações participantes da
UN GASS, foi produzida uma declaração
política sobre as iniciativas globais de con-
trole para a próxima década, enfocando os
seguintes temas:
RRRRREDUÇÃOEDUÇÃOEDUÇÃOEDUÇÃOEDUÇÃO DADADADADA DEMANDADEMANDADEMANDADEMANDADEMANDA
Para enfrentar o desafio de diminuir o consu-
mo de drogas, os países participantes adotaram,
de comum acordo, políticas e programas inova-
dores para o controle da demanda.
A crescente preocupação dosz países-mem-
bros da ONU com o problema do uso indevido
de drogas levou à elaboração do primeiro acordo
internacional cujo único objetivo é examinar os
problemas individuais e coletivos das nações: a
Declaração de Princípios de Redução de Deman-
da. Além de um importante passo em direção a
uma estratégia equilibrada de controle, o docu-
mento aborda sistematicamente todos os aspec-
tos do uso indevido de drogas.
Algumas das linhas mestras da Declaração são
as seguintes:
Os esforços de redução de demanda de-
vem ser integrados em programas de bem-
estar social mais amplos, políticas de promoção
da saúde e programas de educação preventiva,
garantindo um ambiente em que escolhas
saudáveis de vida possam tornar-se atraentes e
acessíveis.
Todo empenho deve ser feito no sentido de
veicular mensagens eficientes, que evitem
o sensacionalismo e promovam a confiança do
público-alvo. Em cooperação com a mídia, os paí-
ses devem buscar a conscientização da socieda-
de sobre os riscos do uso de drogas e veicular
mensagens preventivas para conter sua promo-
ção pela cultura popular.
Os programas de redução de demanda têm
que cobrir todas as áreas de prevenção, desde
o desencorajamento do uso inicial até a redução
das conseqüências negativas, sociais e sanitárias,
do uso indevido de drogas.
EEEEESTIMULANTESSTIMULANTESSTIMULANTESSTIMULANTESSTIMULANTES ANFETAMÍNICOSANFETAMÍNICOSANFETAMÍNICOSANFETAMÍNICOSANFETAMÍNICOS
Os estimulantes anfetamínicos são as princi-
pais drogas sintéticas produzidas clandestinamente
hoje. Apesar de relativamente recentes, esses
produtos assumiram um papel preponderante na
cultura do consumo de drogas. Uma onda de abu-
so de estimulantes sintéticos foi relatada nos últi-
mos anos, registrando-se 16% de crescimento
anual das quantidades apreendidas entre 1978 e
1993. Hoje, cerca de 30 milhões de pessoas de
todo o mundo consomem anfetaminas. Esse nú-
mero é maior do que o de usuários de heroína e,
possivelmente, de cocaína.
CCCCCONTROLEONTROLEONTROLEONTROLEONTROLE DEDEDEDEDE PRECURSORESPRECURSORESPRECURSORESPRECURSORESPRECURSORES QUÍMICOSQUÍMICOSQUÍMICOSQUÍMICOSQUÍMICOS
Em anos recentes, o desvio de certas subs-
tâncias químicas usadas para a produção de dro-
gas ilícitas (precursores químicos) tornou-se um
dos mais sérios fenômenos no campo da produ-
ção de drogas ilícitas. Para evitá-lo, os países têm
concordado em monitorar deslocamentos domés-
ticos e internacionais de substâncias químicas que
podem ser usadas para esse fim.
LLLLLAVAGEMAVAGEMAVAGEMAVAGEMAVAGEM DEDEDEDEDE DINHEIRODINHEIRODINHEIRODINHEIRODINHEIRO
A lavagem do dinheiro proveniente do tráfico
de drogas e outros crimes tem se alastrado pelo
mundo. Os países signatários da Convenção das
Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Entorpe-
centes e Substâncias Psicotrópicas, de 1988, reafir-
maram, durante o encontro, o seu comprometi-
mento com as cláusulas relativas aos procedimen-
tos contra esse crime, destacando princípios que
nortearão as medidas de controle da lavagem de
dinheiro.
EEEEELIMINAÇÃOLIMINAÇÃOLIMINAÇÃOLIMINAÇÃOLIMINAÇÃO DEDEDEDEDE PLANTAÇÕESPLANTAÇÕESPLANTAÇÕESPLANTAÇÕESPLANTAÇÕES ILÍCITASILÍCITASILÍCITASILÍCITASILÍCITAS
Resultados significativos foram alcançados na
última década, em virtude da elaboração de
metodologias centradas na eliminação de planta-
ções ilegais, por meio de atividades alternativas
para geração de renda. No entanto, o problema
do cultivo ilegal continua em níveis alarmantes.
Um plano de ação global visando à erradicação
das culturas de papoula, de maconha e de arbus-
to de coca nos próximos dez anos foi proposto
pelo UNDCP. Abordagens inovadoras para pro-
gramas de desenvolvimento alternativo foram ela-
boradas, destacando a importância de sua adap-
tação às condições culturais, econômicas, sociais
e legais específicas de cada região.
CCCCCOOPERAÇÃOOOPERAÇÃOOOPERAÇÃOOOPERAÇÃOOOPERAÇÃO JUDICIALJUDICIALJUDICIALJUDICIALJUDICIAL
O fortalecimento da estrutura legal, contri-
buindo com a aplicação da legislação de drogas
e crimes correlatos, é essencial para o sucesso
da luta mundial contra o problema. Os repre-
sentantes dos países participantes da reunião em
Nova Iorque buscaram formas de aperfeiçoar a
cooperação judicial por meio de troca de expe-
riências e da discussão de tratados de extradi-
ção e de técnicas de combate ao tráfico inter-
nacional.
P P P P PO
LÍTI
CA
SO
LÍTI
CA
SO
LÍTI
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LÍTI
CA
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As fronteiras exibidas neste mapa não sãoAs fronteiras exibidas neste mapa não sãoAs fronteiras exibidas neste mapa não sãoAs fronteiras exibidas neste mapa não sãoAs fronteiras exibidas neste mapa não são
necessariamente reconhecidas como tais pelasnecessariamente reconhecidas como tais pelasnecessariamente reconhecidas como tais pelasnecessariamente reconhecidas como tais pelasnecessariamente reconhecidas como tais pelas
Nações Unidas.Nações Unidas.Nações Unidas.Nações Unidas.Nações Unidas.
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BARBADOSBARBADOSBARBADOSBARBADOSBARBADOS
Bridgetown – Barbados
ESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONAL
BOLÍVIABOLÍVIABOLÍVIABOLÍVIABOLÍVIA
La Paz – Bolívia
ESCRITÓRIOESCRITÓRIOESCRITÓRIOESCRITÓRIOESCRITÓRIO
NACIONALNACIONALNACIONALNACIONALNACIONAL
BRASILBRASILBRASILBRASILBRASIL
Brasília – Brasil
ESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONAL
COLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIACOLÔMBIA
Bogotá – Colômbia
ESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DE
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LÍBANOLÍBANOLÍBANOLÍBANOLÍBANO
Beirute – Líbano
ESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONAL
MÉXICOMÉXICOMÉXICOMÉXICOMÉXICO
México – México
ESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DE
LIGAÇÃOLIGAÇÃOLIGAÇÃOLIGAÇÃOLIGAÇÃO
NOVA IORQUENOVA IORQUENOVA IORQUENOVA IORQUENOVA IORQUE
Nova Iorque – EUA
ESCRITÓRIOESCRITÓRIOESCRITÓRIOESCRITÓRIOESCRITÓRIO
NACIONALNACIONALNACIONALNACIONALNACIONAL
NIGÉRIANIGÉRIANIGÉRIANIGÉRIANIGÉRIA
Lagos – Nigéria
ESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONAL
PERUPERUPERUPERUPERU
Lima – PeruESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONAL
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Dacar – Senegal
A sede do UNDCP está situada emA sede do UNDCP está situada emA sede do UNDCP está situada emA sede do UNDCP está situada emA sede do UNDCP está situada emViena, Áustria. Conta, hoje, com 24 es-Viena, Áustria. Conta, hoje, com 24 es-Viena, Áustria. Conta, hoje, com 24 es-Viena, Áustria. Conta, hoje, com 24 es-Viena, Áustria. Conta, hoje, com 24 es-critórios espalhados pelo mundo.critórios espalhados pelo mundo.critórios espalhados pelo mundo.critórios espalhados pelo mundo.critórios espalhados pelo mundo.
SEDESEDESEDESEDESEDE
UNDCP - ODCCPUNDCP - ODCCPUNDCP - ODCCPUNDCP - ODCCPUNDCP - ODCCP
Viena – Áustria
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
10 ANOS DE COMPROMISSO1 11 11 11 11 1 UN
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Islamabad – Paquistão
ESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DEESCRITÓRIO DE
LIGAÇÃOLIGAÇÃOLIGAÇÃOLIGAÇÃOLIGAÇÃO
BÉLGICABÉLGICABÉLGICABÉLGICABÉLGICA
Bruxelas – Bélgica
ESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONAL
EGITOEGITOEGITOEGITOEGITO
Cairo – Egito
ESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONAL
ÍNDIAÍNDIAÍNDIAÍNDIAÍNDIA
Nova Delhi – Índia
ESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONAL
QUÊNIAQUÊNIAQUÊNIAQUÊNIAQUÊNIA
Nairóbi – Quênia
ESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONAL
REPÚBLICA DEMOCRÁTICAREPÚBLICA DEMOCRÁTICAREPÚBLICA DEMOCRÁTICAREPÚBLICA DEMOCRÁTICAREPÚBLICA DEMOCRÁTICA
DO LAOSDO LAOSDO LAOSDO LAOSDO LAOS
Vientiane – República Demo-
crática do Laos
ESCRITÓRIO DE LIGAÇÃOESCRITÓRIO DE LIGAÇÃOESCRITÓRIO DE LIGAÇÃOESCRITÓRIO DE LIGAÇÃOESCRITÓRIO DE LIGAÇÃO
LETÔNIALETÔNIALETÔNIALETÔNIALETÔNIA
Riga – Letônia
ESCRITÓRIOESCRITÓRIOESCRITÓRIOESCRITÓRIOESCRITÓRIO
NACIONALNACIONALNACIONALNACIONALNACIONAL
UNIÃO DE MIANMARUNIÃO DE MIANMARUNIÃO DE MIANMARUNIÃO DE MIANMARUNIÃO DE MIANMAR
Yangon – União de
Mianmar
ESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONAL
PAQUISTÃOPAQUISTÃOPAQUISTÃOPAQUISTÃOPAQUISTÃO
Islamabad – Paquistão
ESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONAL
ÁFRICA DO SULÁFRICA DO SULÁFRICA DO SULÁFRICA DO SULÁFRICA DO SUL
Pretória – África do Sul
CENTRO REGIONALCENTRO REGIONALCENTRO REGIONALCENTRO REGIONALCENTRO REGIONAL
TAILÂNDIATAILÂNDIATAILÂNDIATAILÂNDIATAILÂNDIA
Bangcoc – Tailândi aaaaa
ESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONALESCRITÓRIO REGIONAL
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Tashkent – Uzbequistão
ESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONAL
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Hanói – Vietnã
ESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONALESCRITÓRIO NACIONAL
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Irã –Teerã
10 ANOS DE COMPROMISSO 1 21 21 21 21 2UN
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Aqueles que trabalham na área de controle
de drogas – seja em instituições públicas, em
ONGs, em organizações privadas ou em organis-
mos internacionais – são unânimes em procla-
mar a importância dos meios de comunicação
como força fundamental em qualquer ação desti-
nada a reduzir ou evitar o consumo indevido de
substâncias psicoativas. Igual consenso se perce-
be entre profissionais e proprietários de empresas
de comunicação quanto ao reconhecimento do
caráter educativo da atividade à qual se dedicam,
papel que, no caso brasileiro, é inclusive objeto
de disposições constitucionais e legais explícitas.
Mesmo assim, um exame mais cuidadoso do
assunto leva à inevitável conclusão de que as dro-
gas são ainda uma pauta a ser descoberta pela
mídia. Não que o tema não apareça com
freqüência em jornais e revistas, na programação
de rádio e TV, em filmes e outros produtos do
diversificado segmento de produção de bens cul-
turais. Mas parece inevitável constatar que há muito
a fazer nesse terreno em benefício da sociedade.
DDDDDADOSADOSADOSADOSADOS
Pesquisa desenvolvida por uma organização
não governamental, a Agência de Notícias dos
Direitos da Infância (ANDI), a respeito do mate-
rial veiculado sobre a infância e a adolescência
por 52 jornais diários e nove revistas do país, ofe-
rece uma idéia razoavelmente ampla de como a
questão das drogas tem aparecido na mídia.
O levantamento, iniciado em abril de 1996,
mostra que poucas foram as vezes em que o as-
sunto figurou entre os dez temas mais abordados
pelos veículos analisados. O maior número de
matérias se verificou no primeiro semestre de 1998,
quando as drogas apareceram em quinto lugar na
lista das questões tratadas com maior freqüência.
Não é só um problema de quantidade. Con-
forme concluem os responsáveis pelo estudo,
embora seja possível notar melhoras na qualidade
da abordagem do assunto, a estigmatização do uso
de drogas, a ênfase no lado espetacular da questão
e o sentimentalismo exacerbado ainda marcam
boa parte das matérias, em detrimento da infor-
mação equilibrada e amparada tecnicamente.
Outra pesquisa da ANDI, feita apenas com
revistas e suplementos de jornais voltados para o
público adolescente, sugere que a situação pode
estar mudando para melhor. No período de maio
a outubro de 1998, as inserções sobre o tema
“drogas” aumentaram 121% em relação aos seis
meses anteriores. As matérias a respeito do as-
sunto, no entanto, representaram 1,7% do total.
Por quê? Para os técnicos da ANDI, a resposta é
uma só: a maioria dos editores da mídia jovem
considera o tema espinhoso demais.
LLLLLINGUAGEMINGUAGEMINGUAGEMINGUAGEMINGUAGEM
De fato, as ações de prevenção ao uso
indevido de drogas sempre enfrentaram um pro-
blema central – como encontrar a maneira certa
de se dirigir ao público-alvo. Primeiro, porque esse
público é bastante diversificado no que diz res-
peito a perfil educacional, grau de conhecimen-
to das drogas, padrão socioeconômico, convic-
ções religiosas, etc. Segundo, porque também é
variado e contraditório o fluxo de informações
disponíveis. De um lado, a propaganda comer-
cial de cigarros e bebidas ou incontáveis sites na
Internet convidam abertamente as pessoas para
o uso de drogas, lícitas ou não. De outro, os dis-
cursos preventivos em circulação podem assumir
desde um tom de convocação para o debate fran-
co e democrático até o caráter impositivo que se
verifica em certas mensagens de fundo moralista
ou terrorista, comprovadamente ineficazes.
Há, sem dúvida, muitas possibilidades para
tratar o tema de maneira interessante e educativa,
desde que os técnicos e instituições da área de
drogas saibam trabalhar em conjunto com a mídia.
A orientação sobre os riscos das anfetaminas,
usadas em larga escala no Brasil por meninas que
tentam moderar o apetite para se conformar ao
padrão de beleza da moda; a divulgação de ex-
periências de prevenção bem-sucedidas; o ino-
vador trabalho comunitário desenvolvido por inú-
meras ONGs ou escolas; ou mesmo o treinamen-
to de profissionais de comunicação e a oferta de
informações que lhes permitam ampliar e
sofisticar a cobertura do assunto são apenas algu-
mas dessas possibilidades. O fato é que, provo-
cados por uma boa pauta, os meios de comuni-
cação tendem a responder positivamente aos ape-
los por um mundo sem drogas.
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EReduzir a demanda é parte fundamental de qualquer programa de controle do uso
indevido de drogas. A experiência nessa área está longe de apresentar caminhos
infalíveis que possam servir de base para ações preventivas, mas permite alinhar algumas
observaçõesobservaçõesobservaçõesobservaçõesobservações que devem ser levadas em conta por todos aqueles que se entregam à
desafiadora missão de desestimular o consumo indevido de substâncias psicoativas.
AAAAAOOOOO CRIARMOSCRIARMOSCRIARMOSCRIARMOSCRIARMOS UMUMUMUMUM
AMBIENTEAMBIENTEAMBIENTEAMBIENTEAMBIENTE EMEMEMEMEM QUEQUEQUEQUEQUE
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NECESSIDADESNECESSIDADESNECESSIDADESNECESSIDADESNECESSIDADES DADADADADA
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QUEQUEQUEQUEQUE CORREMCORREMCORREMCORREMCORREM
ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL PERIGOPERIGOPERIGOPERIGOPERIGO.....
Programas abertos à discus-
são livre e descontraída dos
assuntos que interessam às pes-
soas às quais se dirigem e que
substituam palestras e aulas
expositivas por instrumentos
pedagógicos mais dinâmicos (jo-
gos, teatro, concursos de re-
dação, produção de vídeos e
cartazes, etc.) tendem a atrair
mais facilmente a participação
dos jovens.
A avaliação permanente das
ações desenvolvidas, desde
a fase de planejamento até o fi-
nal de sua implementação e o es-
tudo do seu impacto, é tarefa im-
portante de qualquer programa.
As organizações criativas, ou
seja, grupos autônomos e
orientados a objetivos comuns,
são, nesse sentido, uma forma
de ocupar o tempo e levar os
jovens a esforçar-se, produzir,
sentir-se úteis e satisfeitos. É o
caso de grêmios e clubes, que
podem oferecer desde ativi-
dades esportivas até oficinas de
pintura, dança e outras formas
de expressão artística, sem pre-
conceito de estilo ou tendência.
Evitar o início do uso deve
ser o objetivo prioritário de
qualquer ação preventiva. Está
demonstrado que, quanto mais
cedo o ser humano experimen-
ta drogas, mais probabilidade
tem de tornar-se um usuário pe-
sado ou freqüente.
Os usuários de drogas não
podem ser negligenciados.
Devem ser estimulados a inter-
romper o uso e, quando for o
caso, fazer tratamento específi-
co para a dependência, com vis-
tas a sua reinserção social.
Ajudar os jovens a desenvol-
verem a auto-estima, esti-
mulando-os, assim, a assumirem
plenamente a responsabilidade
por sua saúde, é a missão essen-
cial do trabalho de prevenção.
Transmitir idéias exageradas
sobre o perigo das drogas,
além de não contribuir para a di-
minuição do consumo, põe em
risco a credibilidade das ações
preventivas.
Embora campanhas de mas-
sa tenham o mérito de abrir
espaço para futuras intervenções
(na escola, na família ou na co-
munidade), as ações de preven-
ção mais bem-sucedidas são em
geral localizadas e direciona-
das a um público específico.
A prevenção ao uso inde-
vido de drogas tem maior
êxito quando é parte de políti-
cas mais amplas, voltadas para a
valorização e a plena incorpora-
ção da população jovem à socie-
dade.
O desenvolvimento social e
afetivo é outro fator impor-
tante para o fortalecimento do
sentido de limites dos jovens,
pois ajuda no estabelecimento
de objetivos de vida e responsa-
bilidades.
Impulsionar o desenvolvi-
mento organizacional e ocu-
pacional dos jovens, assim como
sua vinculação a questões comu-
nitárias, amplia o sentimento de
“pertencer” a um grupo social.
É preciso estimular a parti-
cipação comunitária em pro-
gramas de prevenção e apoiar a
criação de centros de informa-
ção e orientação sobre questões
de cidadania.
Resumindo: é importante,
para o equilíbrio dos jovens,
o desenvolvimento de sua auto-
estima, responsabilidade e fun-
cionalidade, estimulando a con-
vivência em grupo, a disciplina
e o esforço visando ao sucesso
coletivo, mais do que meramen-
te à satisfação pessoal.
Discriminação e drogas an-
dam juntas no universo femini-
no, dificultando uma discussão
aberta sobre o tema. Julgamen-
tos morais, políticos e econômi-
cos tornam as conseqüências ain-
da mais estigmatizantes entre as
usuárias de drogas: pelo fato de
serem usuárias e por serem
mulheres.
As dúvidas e a pressão da
sociedade de consumo em de-
trimento dos laços familiares e
das satisfações pessoal e profis-
sional também pesam sobre as
mulheres. Na luta pela igualda-
de com os homens, elas entra-
ram no mesmo universo de
competitividade, fazendo com
que também fossem atingidas
pelos fatores estressantes da vida
moderna, acrescentando-se a
isso a dupla jornada de trabalho
para cuidar dos filhos.
Não é por acaso que há, en-
tre as brasileiras, um elevado
uso de tranqüilizantes. Dos 35
milhões de pílulas calmantes
comercializadas em 1994 no
Brasil, 75% foram consumidos
por mulheres, principalmente na
faixa entre 30 e 40 anos. O cul-
to ao corpo, que elegeu a ma-
greza como conceito de beleza,
também faz com que elas abu-
sem de moderadores de apeti-
te. Os anorexígenos, as anfeta-
minas e outras substâncias esti-
mulantes do sistema nervoso
central são utilizados como dro-
gas milagrosas para o emagreci-
mento rápido. Esses medicamen-
tos podem provocar dependên-
cia e efeitos colaterais graves
sobre o organismo.
A dependência começa
cedo. O levantamento sobre o
uso não-médico de drogas psi-
cotrópicas por estudantes em
dez capitais brasileiras, realiza-
do pelo Centro Brasileiro de In-
formações sobre Drogas Psico-
trópicas (Cebrid), da Universida-
de Federal de São Paulo, em
1997, apontou os ansiolíticos em
terceiro lugar na preferência ge-
ral, sendo o uso mais intenso
entre meninas do que entre
meninos. As jovens muitas ve-
zes têm na bolsa da mãe e no
armário de casa uma fonte aces-
sível de comprimidos.
Os especialistas começaram
a notar também um aumento da
procura pelos programas de de-
pendentes químicos por mulhe-
res alcoolistas. Até pouco tem-
po, elas sequer buscavam trata-
mento, por medo ou vergonha
de se expor. Nas delegacias de
polícia, a relação com o álcool
aparece ainda de forma indireta,
quando as mulheres são espan-
cadas ou abusadas sexualmente
pelos maridos ou namorados
alcoolizados.
Entre as profissionais do sexo,
o uso de drogas frenqüente-
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mente é mascarado como fonte
de prazer e satisfação. Muitas ve-
zes acontece a troca do ato se-
xual pela droga. Em alguns casos,
o cliente é usuário e fornece.
O ciclo de violência perpe-
tua a marginalização desse seg-
mento da população, tornando-
o mais suscetível à Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida
(Aids) e a outras doenças sexual-
mente transmissíveis.
O número de mulheres com
Aids é crescente: a média
atualmente é de três homens
para cada mulher, chegando a
um por um entre 15 e 24 anos.
Em 1986, a relação era de 16
casos masculinos para um femi-
nino. Segundo o Ministério da
Saúde, até novembro de 1998,
38,2% dos casos de Aids entre
mulheres estavam associados ao
uso de drogas injetáveis.
Nem sempre os parceiros
obrigam as mulheres ao uso de
drogas. Mas é comum elas ade-
rirem para se sentirem mais pró-
ximas de seus companheiros ou
incluídas em seus mundos. Ou-
tras usam os entorpecentes em
ambientes exclusivamente femi-
ninos, para garantir a inclusão em
um “universo de mulheres”.
O preconceito cultural mui-
tas vezes as impede de pedir aju-
da. A figura da mulher sob o efei-
to de drogas foge dos padrões
ideais a que costuma estar asso-
ciada, como mãe e esposa. As
usuárias de drogas enfrentam ain-
da outros problemas. Têm medo
de serem denunciadas e perde-
rem a guarda dos filhos.
Dados do IBGE indicam que,
desde a década de 80, vem
crescendo o número de domicí-
lios chefiados por mulheres. Em
1985, a proporção era de
18,2%; dez anos depois, passou
para 22,9%. Sendo a cabeça de
boa parte dos lares no
Brasil, as mulheres são respon-
sáveis pelo sustento das crian-
ças. Tal fato faz com que as
mulheres tenham menos tem-
po para buscar atendimento de
saúde. Essa é uma das razões
pelas quais a adesão ao tratamen-
to torna-se mais difícil.
A constatação dessa realida-
de levou o Subgrupo sobre Mu-
lheres do Fórum Nacional Anti-
drogas, organizado em novem-
bro de 1998 pela Secretaria Na-
cional Antidrogas em Brasília, a
concluir pela necessidade de se
elaborarem programas de pre-
venção e tratamento específi-
cos para o público feminino. “As
mulheres diferem dos homens
na motivação, padrão, fatores
de risco e razões para iniciar o
uso de drogas e nas experiên-
cias psicológicas e sociais rela-
cionadas às substâncias psicoa-
tivas”, diz o relatório do
Subgrupo.
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O apoio do UNDCP pode
acontecer por meio de suporte
técnico a um programa nacional
ou a projetos específicos.
Quando o problema a ser
enfocado por meio da coopera-
ção técnica envolve diferentes
setores da sociedade e áreas
temáticas, quando cobre regiões
geográficas extensas ou quando
mobiliza instituições de nature-
zas diversas, é necessário um
enfoque de programa para
equacionar soluções.
Se a cooperação tem um es-
copo temático de menor abran-
gência, com atividades definidas
em função de objetivos especí-
ficos e público-alvo delimitado,
então a intervenção mais apro-
priada é a de projeto.
Uma forma alternativa de co-
operação é a concessão de sub-
venções a propostas de organi-
zações não governamentais para
o desenvolvimento de atividades
FFFFFORMASORMASORMASORMASORMAS DEDEDEDEDE COOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃO
PPPPPRINCÍPIOSRINCÍPIOSRINCÍPIOSRINCÍPIOSRINCÍPIOS DEDEDEDEDE COOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃO
A cooperação prestada pelo UNDCP
visa a identificar, em conjunto com as es-
feras governamentais, carências na área de
controle de entorpecentes, a partir das
quais são desenhados e implementados
projetos nas áreas de prevenção e trata-
mento do uso indevido de drogas, assim
como na área de controle da produção e
do tráfico ilícito de drogas. Paralelamente,
o UNDCP ajuda a monitorar e avaliar os
resultados dos projetos implementados.
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UN
DC
P
B RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
Uma das contribuições do UNDCP, en-
quanto agência especializada das Nações
Unidas, é otimizar a cooperação, apoian-
do o desenvolvimento e oferecendo a seus
parceiros serviços estratégicos. Nesse sen-
tido, o UNDCP dá suporte à mobilização
de recursos adicionais para a elaboração
de novos projetos e aplica a experiência
acumulada em outros países para garantir
que a assessoria prestada seja bem funda-
mentada. Outra preocupação tem sido as-
segurar o acompanhamento técnico e fi-
nanceiro dos projetos.
O UNDCP está empenhado em cooperar para que o governo brasileiro e
a sociedade civil estabeleçam políticas e ações de controle de drogas,
sendo sua estratégia fundamental:
específicas, de abrangência lo-
cal e por um curto período de
tempo.
CCCCCICLOICLOICLOICLOICLO DEDEDEDEDE PROJETOPROJETOPROJETOPROJETOPROJETO
Desde a apresentação de
uma idéia, para suprir uma de-
manda específica em termos de
controle de drogas, um projeto
passa por várias etapas: formula-
ção, aprovação, implementação,
monitoramento e avaliação. Esse
processo tem início com a iden-
tificação de parcerias entre o
UNDCP e outras organizações.
Para ser aprovado, um proje-
to depende da definição da pro-
posta, que deve ser detalhada,
consistente e bem delimitada. A
definição dos objetivos, do pú-
blico-alvo, do escopo do proje-
to e de seu orçamento é feita
por meio de reuniões técnicas
com a equipe do UNDCP.
Depois de aprovado, o proje-
to começa a ser implementado,
isto é, iniciam-se as atividades
previstas no documento de pro-
jeto. O UNDCP apóia diretamen-
te a implementação: por meio de
assistência operacional, consul-
torias, orientação a investimen-
tos e desenvolvimento de estra-
tégias. Nessa etapa, o UNDCP
pode oferecer uma série de ou-
tros serviços: apoio técnico e
logístico, coordenação auxiliar,
articulação com o Sistema das
Nações Unidas, desenvolvimen-
to de capacidades (fortalecimen-
to institucional, construção de
capacidade tecnológica e coope-
ração técnica com outros países)
e estudos de viabilidade (proje-
tos-piloto e pesquisa).
Reuniões conjuntas de moni-
toramento são uma constante na
cooperação com o UNDCP, seja
no caso de projetos desenvolvi-
dos pelo governo, pela iniciativa
privada ou por organizações não
governamentais.
Apoiar os esforços nacionais de controle de drogas, facilitando suas ações;
Atuar como coordenador na assistência multilateral para o controle de drogas; e
Estimular e viabilizar atividades inovadoras na área de controle de drogas.
111112222233333
10 ANOS DE COMPROMISSO1 71 71 71 71 7 UN
DC
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CP
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RA
SIL
RA
SIL
SSSSSUBPROGRAMAUBPROGRAMAUBPROGRAMAUBPROGRAMAUBPROGRAMA DODODODODO UNDCP UNDCP UNDCP UNDCP UNDCP DEDEDEDEDE
RRRRREPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃO ÀSÀSÀSÀSÀS D D D D D ROGASROGASROGASROGASROGAS
Já em outra linha de atua-
ção, o Governo brasileiro e o
UNDCP estão realizando um
programa de cinco anos para tor-
nar mais eficiente o sistema de
controle de drogas no país. Ao
todo, são cinco projetos assina-
dos em 1998 que visam à mo-
dernização das estruturas brasi-
leiras de controle. Esses proje-
tos têm como objetivo desde o
fortalecimento institucional da
Academia Nacional de Polícia e
o treinamento de profissionais da
área de segurança do cidadão
até a criação de um sistema in-
tegrado de informações sobre
justiça e segurança pública.
PPPPPROJETOSROJETOSROJETOSROJETOSROJETOS
• C• C• C• C• C OORDENAÇÃOOORDENAÇÃOOORDENAÇÃOOORDENAÇÃOOORDENAÇÃO DASDASDASDASDAS
EEEEESTRUTURASSTRUTURASSTRUTURASSTRUTURASSTRUTURAS B B B B B RASILEIRASRASILEIRASRASILEIRASRASILEIRASRASILEIRAS DEDEDEDEDE
RRRRREPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃO
• F• F• F• F• F ORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTO DODODODODO
CCCCCONTROLEONTROLEONTROLEONTROLEONTROLE DEDEDEDEDE P P P P P RECURSORESRECURSORESRECURSORESRECURSORESRECURSORES
QQQQQUÍMICOSUÍMICOSUÍMICOSUÍMICOSUÍMICOS
• • • • • FFFFFORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTO I I I I I NSTITUCIONALNSTITUCIONALNSTITUCIONALNSTITUCIONALNSTITUCIONAL
DADADADADA A A A A A CADEMIACADEMIACADEMIACADEMIACADEMIA N N N N N ACIONALACIONALACIONALACIONALACIONAL DEDEDEDEDE
PPPPPOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIA
• T• T• T• T• T REINAMENTOREINAMENTOREINAMENTOREINAMENTOREINAMENTO PARAPARAPARAPARAPARA
PPPPPROFISSIONAISROFISSIONAISROFISSIONAISROFISSIONAISROFISSIONAIS DADADADADA Á Á Á Á Á REAREAREAREAREA DEDEDEDEDE
SSSSSEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇA DODODODODO C C C C C IDADÃOIDADÃOIDADÃOIDADÃOIDADÃO
• S• S• S• S• S ISTEMAISTEMAISTEMAISTEMAISTEMA I I I I I NTEGRADONTEGRADONTEGRADONTEGRADONTEGRADO N N N N N ACIONALACIONALACIONALACIONALACIONAL
DEDEDEDEDE I I I I I NFORMAÇÕESNFORMAÇÕESNFORMAÇÕESNFORMAÇÕESNFORMAÇÕES DEDEDEDEDE J J J J J USTIÇAUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇA EEEEE
SSSSSEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇA P P P P P ÚBLICAÚBLICAÚBLICAÚBLICAÚBLICA – – – – –IIIII NFOSEGNFOSEGNFOSEGNFOSEGNFOSEGGINAGINAGINAGINAGINA ... ... ... ... ...
PPPPPROJETOROJETOROJETOROJETOROJETO DEDEDEDEDE P P P P P REVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃO AOAOAOAOAO
UUUUUSOSOSOSOSO I I I I I NDEVIDONDEVIDONDEVIDONDEVIDONDEVIDO DEDEDEDEDE D D D D D ROGASROGASROGASROGASROGAS ENTREENTREENTREENTREENTRE
CCCCCRIANÇASRIANÇASRIANÇASRIANÇASRIANÇAS EEEEE A A A A A DOLESCENTESDOLESCENTESDOLESCENTESDOLESCENTESDOLESCENTES EMEMEMEMEM
SSSSSITUAÇÃOITUAÇÃOITUAÇÃOITUAÇÃOITUAÇÃO DEDEDEDEDE R R R R R UAUAUAUAUA
O UNDCP é parceiro da
Coordenação de Saúde Mental
do Ministério da Saúde num
projeto que busca maneiras de
interpretar e trabalhar o proble-
ma das drogas e a situação de
rua.
PPPPPROJETOROJETOROJETOROJETOROJETO DEDEDEDEDE P P P P P REVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃO ÀSÀSÀSÀSÀS
DST/HIV/ADST/HIV/ADST/HIV/ADST/HIV/ADST/HIV/A IDSIDSIDSIDSIDS EEEEE AOAOAOAOAO U U U U U SOSOSOSOSO
IIIII NDEVIDONDEVIDONDEVIDONDEVIDONDEVIDO DEDEDEDEDE D D D D D ROGASROGASROGASROGASROGAS
Também com o Ministério da
Saúde, mais especificamente
em parceria com a Coordenação
Nacional de Doenças Sexual-
mente Transmissíveis e Aids, o
UNDCP coopera num programa
de prevenção ao uso indevido
de drogas e à transmissão da Aids
e de outras doenças.
mais informações sobre
o projeto, veja página...
PPPPPROJETOROJETOROJETOROJETOROJETO DEDEDEDEDE P P P P P REVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃO AOAOAOAOAO
UUUUUSOSOSOSOSO DEDEDEDEDE D D D D D ROGASROGASROGASROGASROGAS NONONONONO T T T T T RABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO
EEEEE NANANANANA F F F F F AMÍLIAAMÍLIAAMÍLIAAMÍLIAAMÍLIA
Outro exemplo de parceria
foi a implementação, no Rio
Grande do Sul, de um projeto
de prevenção que alcançou
mais de 48 mil trabalhadores da
indústria gaúcha. O modelo de-
senvolvido está sendo imple-
mentado no Mercosul e em
outros estados do Brasil.
TTTT TR
AB
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AB
ALH
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AB
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SSSSSUBVENÇÕESUBVENÇÕESUBVENÇÕESUBVENÇÕESUBVENÇÕES
OOOOOUTROUTROUTROUTROUTRO TRAÇOTRAÇOTRAÇOTRAÇOTRAÇO
MARCANTEMARCANTEMARCANTEMARCANTEMARCANTE DODODODODO TRABALHOTRABALHOTRABALHOTRABALHOTRABALHO
DODODODODO UNDCP UNDCP UNDCP UNDCP UNDCP TEMTEMTEMTEMTEM SIDOSIDOSIDOSIDOSIDO
AAAAA CONCESSÃOCONCESSÃOCONCESSÃOCONCESSÃOCONCESSÃO DEDEDEDEDE SUBVENSUBVENSUBVENSUBVENSUBVEN-----ÇÕESÇÕESÇÕESÇÕESÇÕES AAAAA PROJETOSPROJETOSPROJETOSPROJETOSPROJETOS DEDEDEDEDE
CURTACURTACURTACURTACURTA DURAÇÃODURAÇÃODURAÇÃODURAÇÃODURAÇÃO,,,,,COMCOMCOMCOMCOM UMUMUMUMUMAAAAA PARCELAPARCELAPARCELAPARCELAPARCELA
SUPLEMENTARSUPLEMENTARSUPLEMENTARSUPLEMENTARSUPLEMENTAR DEDEDEDEDE
RECURSOSRECURSOSRECURSOSRECURSOSRECURSOS PARAPARAPARAPARAPARA AAAAA
REALIZAÇÃOREALIZAÇÃOREALIZAÇÃOREALIZAÇÃOREALIZAÇÃO DEDEDEDEDE
ATIVIDADESATIVIDADESATIVIDADESATIVIDADESATIVIDADES PONTUAISPONTUAISPONTUAISPONTUAISPONTUAIS,,,,,ESPECIALMENTEESPECIALMENTEESPECIALMENTEESPECIALMENTEESPECIALMENTE NASNASNASNASNAS
ÁREASÁREASÁREASÁREASÁREAS DEDEDEDEDE PREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃO EEEEE
TRATAMENTOTRATAMENTOTRATAMENTOTRATAMENTOTRATAMENTO.....EEEEENTRENTRENTRENTRENTRE ASASASASAS VÁRIASVÁRIASVÁRIASVÁRIASVÁRIAS
ENTIDADESENTIDADESENTIDADESENTIDADESENTIDADES QUEQUEQUEQUEQUE
RECEBERAMRECEBERAMRECEBERAMRECEBERAMRECEBERAM SUBVENÇÕESSUBVENÇÕESSUBVENÇÕESSUBVENÇÕESSUBVENÇÕES
DODODODODO UNDCP UNDCP UNDCP UNDCP UNDCP DURANTEDURANTEDURANTEDURANTEDURANTE
AAAAA PRIMEIRAPRIMEIRAPRIMEIRAPRIMEIRAPRIMEIRA DÉCADADÉCADADÉCADADÉCADADÉCADA DEDEDEDEDE
COOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃO COMCOMCOMCOMCOM OOOOO
BBBBBRASILRASILRASILRASILRASIL, , , , , DESTACAMDESTACAMDESTACAMDESTACAMDESTACAM----- SESESESESE:::::
SSSSSERVIÇOERVIÇOERVIÇOERVIÇOERVIÇO A A A A A SSISTENCIALSSISTENCIALSSISTENCIALSSISTENCIALSSISTENCIAL
SSSSSALÃOALÃOALÃOALÃOALÃO DODODODODO E E E E E NCONTRONCONTRONCONTRONCONTRONCONTRO
(B(B(B(B(B ETIMETIMETIMETIMETIM – MG), – MG), – MG), – MG), – MG),
CCCCCRUZRUZRUZRUZRUZ V V V V V ERMELHAERMELHAERMELHAERMELHAERMELHA DODODODODO
RRRRRIOIOIOIOIO G G G G G RANDERANDERANDERANDERANDE DODODODODO S S S S S ULULULULUL
(P(P(P(P(P ORTOORTOORTOORTOORTO A A A A A LEGRELEGRELEGRELEGRELEGRE – RS), – RS), – RS), – RS), – RS),
VVVVVIVAIVAIVAIVAIVA R R R R R IOIOIOIOIO (R (R (R (R (R IOIOIOIOIO DEDEDEDEDE
JJJJJANEIROANEIROANEIROANEIROANEIRO – RJ), – RJ), – RJ), – RJ), – RJ),AAAAASSOCIAÇÃOSSOCIAÇÃOSSOCIAÇÃOSSOCIAÇÃOSSOCIAÇÃO B B B B B RASILEIRARASILEIRARASILEIRARASILEIRARASILEIRA
DEDEDEDEDE P P P P P ARCEIROSARCEIROSARCEIROSARCEIROSARCEIROS DASDASDASDASDAS
AAAAAMÉRICASMÉRICASMÉRICASMÉRICASMÉRICAS EEEEE G G G G G RUPORUPORUPORUPORUPO DEDEDEDEDE
EEEEESCOTEIROSSCOTEIROSSCOTEIROSSCOTEIROSSCOTEIROS DODODODODO L L L L L AGOAGOAGOAGOAGO
NNNNNORTEORTEORTEORTEORTE (B (B (B (B (B RASÍLIARASÍLIARASÍLIARASÍLIARASÍLIA – DF), – DF), – DF), – DF), – DF),DDDDDESAFIOESAFIOESAFIOESAFIOESAFIO J J J J J OVEMOVEMOVEMOVEMOVEM P P P P P ENIELENIELENIELENIELENIEL
(P(P(P(P(P ORTOORTOORTOORTOORTO V V V V V ELHOELHOELHOELHOELHO – RO), – RO), – RO), – RO), – RO),
AAAAASSOCIAÇÃOSSOCIAÇÃOSSOCIAÇÃOSSOCIAÇÃOSSOCIAÇÃO C C C C C ASAASAASAASAASA
FFFFFAMÍLIAAMÍLIAAMÍLIAAMÍLIAAMÍLIA R R R R R OSETTAOSETTAOSETTAOSETTAOSETTA (P (P (P (P (P ORTOORTOORTOORTOORTO
VVVVVELHOELHOELHOELHOELHO – RO) – RO) – RO) – RO) – RO) EEEEE P P P P P ROJETOROJETOROJETOROJETOROJETO
TTTTTURMAURMAURMAURMAURMA DADADADADA P P P P P AZAZAZAZAZ
(A(A(A(A(A RACAJURACAJURACAJURACAJURACAJU – SE). – SE). – SE). – SE). – SE).
Atualmente, o escritório do UNDCP no Brasil é parceiro em sete projetos em dife-
rentes áreas de atuação. Entre os parceiros do Programa no país estão o próprio Gover-
no, seus ministérios e agências, a iniciativa privada e organizações não governamentais.
Informações sobre o projeto na pág. 21Informações sobre o projeto na pág. 21Informações sobre o projeto na pág. 21Informações sobre o projeto na pág. 21Informações sobre o projeto na pág. 21
Informações sobre o projeto na pág. 22Informações sobre o projeto na pág. 22Informações sobre o projeto na pág. 22Informações sobre o projeto na pág. 22Informações sobre o projeto na pág. 22
Informações sobre o projeto na pág. 26Informações sobre o projeto na pág. 26Informações sobre o projeto na pág. 26Informações sobre o projeto na pág. 26Informações sobre o projeto na pág. 26 Informações sobre o programa na pág. 32Informações sobre o programa na pág. 32Informações sobre o programa na pág. 32Informações sobre o programa na pág. 32Informações sobre o programa na pág. 32
10 ANOS DE COMPROMISSO 1 81 81 81 81 8UN
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SO
O UNDCP temO UNDCP temO UNDCP temO UNDCP temO UNDCP tem
desenvolvidodesenvolvidodesenvolvidodesenvolvidodesenvolvido
projetos comprojetos comprojetos comprojetos comprojetos com
resultadosresultadosresultadosresultadosresultados
expressivosexpressivosexpressivosexpressivosexpressivos
nestes 10 anosnestes 10 anosnestes 10 anosnestes 10 anosnestes 10 anos
de Brasil.de Brasil.de Brasil.de Brasil.de Brasil.
Entre osEntre osEntre osEntre osEntre os
parceirosparceirosparceirosparceirosparceiros
do Programado Programado Programado Programado Programa
estão o próprioestão o próprioestão o próprioestão o próprioestão o próprio
Governo, porGoverno, porGoverno, porGoverno, porGoverno, por
meio de seusmeio de seusmeio de seusmeio de seusmeio de seus
ministériosministériosministériosministériosministérios
e agências,e agências,e agências,e agências,e agências,
a iniciativaa iniciativaa iniciativaa iniciativaa iniciativa
privada eprivada eprivada eprivada eprivada e
organizaçõesorganizaçõesorganizaçõesorganizaçõesorganizações
nãonãonãonãonão
governamentais.governamentais.governamentais.governamentais.governamentais.
Entre 1987 e 1992, cerca de US$8 milhões
foram investidos no Brasil. A cooperação do
UNDCP nas áreas de pesquisa, prevenção e trata-
mento materializou-se por meio do apoio a quatro
projetos: Centro Brasileiro de Informações sobre Dro-
gas Psicotrópicas – Cebrid (elaboração de estudos e
pesquisas, coleta de dados e treinamento), Técnicas
de Intervenção Breve (treinamento para identificação
precoce da dependência de drogas, aplicando um mé-
todo desenvolvido no Canadá), Projeto Esperança (ela-
boração e execução de plano de prevenção para aproxi-
madamente 150 mil soldados do Exército, no Rio de Janeiro) e Serviço de Infor-
mação de Substâncias Psicoativas – Sisp (estabelecimento, em Porto Alegre, de
um serviço de informações, via telefone, sobre substâncias psicoativas lícitas e
ilícitas, dirigido à comunidade profissional, aos dependentes de drogas e à socieda-
de em geral ).
Em 1991, o Projeto de Desenvolvimen-
to Social e Rural por meio da Prevenção do
Abuso de Tráfico de Drogas foi desmem-
brado em três projetos específicos: Apoio à
Divisão de Repressão a Entorpecentes – DRE
(para seguimento ao fortalecimento da ca-
pacidade operacional da DRE), Capacitação
de Instrutores na Implementação de Cursos
de Treinamento sobre Repressão para a
Polícia Brasileira (voltado para a organização
de cursos para a força policial em 23 esta-
dos brasileiros e no Distrito Federal, desta-
cando questões específicas da área de en-
torpecentes), e Cooperação de Pesquisa com Países para Reduzir a Demanda de
Drogas Geradoras de Dependência – apoio ao Programa Nacional de Saúde para o
Controle de Drogas (como continuidade às atividades de pesquisa do Cebrid).
A partir de 1993, atividades para a conscienti-
zação da população em geral sobre o problema das
drogas começaram a ser desenvolvidas. Foi naque-
le ano, no Dia Internacional contra o Abuso de
Drogas – 26 de Junho, que o UNDCP lançou o
Projeto de Conscientização Pública , implementado
por meio de um concurso artístico para crianças e
adultos e da disseminação de cartazes reproduzin-
do as obras vencedoras.
Também em 1993, foi prestada assis-
tência preparatória ao Ministério da Saúde
relativamente ao Projeto de Prevenção ao
Abuso de Drogas com Ênfase na Prevenção
do HIV entre Usuários de Drogas Intra-
venosas no Brasil.
Essa assistência foi o ponto de partida do
projeto em parceria com a Coordenação
Nacional de Doenças Sexualmente Transmis-
síveis – DST e Aids, assinado em 1995. Com
duração de quatro anos e um orçamento
próximo de US$10 mi-
lhões, o Projeto de Pre-
venção ao Abuso de Dro-
gas com Ênfase Especial
na Prevenção do HIV
entre Usuários de
Drogas Intraveno-
sas no Brasil teve
grande alcance.
10 ANOS DE COMPROMISSO 1 81 81 81 81 8UN
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SIL
RA
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10 ANOS DE COMPROMISSO1 91 91 91 91 9 UN
DC
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P
B RA
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RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
Em 1998, as atividades de mo-
bilização social já contavam com a ini-
ciativa do próprio governo do Brasil,
que transformou o 26 de Junho no
Dia Nacional Antidrogas. Uma das
atividades daquele ano foi a elabora-
ção de um mural por crianças de
Goiânia, sob a supervisão do artista
plástico Siron Franco, para tratar do
tema Um Mundo Livre das Drogas: nós
podemos! O mural representou a men-
sagem dos jovens brasileiros durante
a Sessão Especial da Assembléia Ge-
ral da ONU sobre o Problema Mun-
dial das Drogas, em Nova Iorque.
O primeiroO primeiroO primeiroO primeiroO primeiro
projeto deprojeto deprojeto deprojeto deprojeto de
assistênciaassistênciaassistênciaassistênciaassistência
técnica dotécnica dotécnica dotécnica dotécnica do
UNDCP noUNDCP noUNDCP noUNDCP noUNDCP no
Brasil foiBrasil foiBrasil foiBrasil foiBrasil foi
iniciado eminiciado eminiciado eminiciado eminiciado em
1987. Na1987. Na1987. Na1987. Na1987. Na
época,época,época,época,época,
o o o o o Projeto deProjeto deProjeto deProjeto deProjeto de
DesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimento
Social e RuralSocial e RuralSocial e RuralSocial e RuralSocial e Rural
por meio dapor meio dapor meio dapor meio dapor meio da
Prevenção aoPrevenção aoPrevenção aoPrevenção aoPrevenção ao
Abuso e aoAbuso e aoAbuso e aoAbuso e aoAbuso e ao
Tráfico deTráfico deTráfico deTráfico deTráfico de
DrogasDrogasDrogasDrogasDrogas
consistiu emconsistiu emconsistiu emconsistiu emconsistiu em
apoio àapoio àapoio àapoio àapoio à
redução daredução daredução daredução daredução da
demanda edemanda edemanda edemanda edemanda e
da oferta deda oferta deda oferta deda oferta deda oferta de
drogas no país.drogas no país.drogas no país.drogas no país.drogas no país.
Outra assistência prepa-
ratória foi prestada em 1994,
dessa vez para o Projeto de
Prevenção ao Abuso de
Drogas no Trabalho e na
Família , implementado em
parceria com o SESI do Rio
Grande do Sul a partir de
1995.
Em 1995, foi assinado o Projeto Nacional de Treinamento
para Prevenção ao Abuso de Drogas, Tratamento, Reabilitação
e Reinserção Social do Usuário , com a Federação Brasileira
de Comunidades Terapêuticas – Febract. Esse Projeto pro-
porcionou o treinamento de líderes comunitários, técnicos
sociais e educadores de rua para programas de prevenção
integrados em vários municípios, com um custo total de US$
340 mil, financiado pelo UNDCP com recursos do governo
dos Estados Unidos da América..
MMMMMOBILIZAÇÃOOBILIZAÇÃOOBILIZAÇÃOOBILIZAÇÃOOBILIZAÇÃO SOCIALSOCIALSOCIALSOCIALSOCIAL
Realizadas a partir de 1996, as Campanhas
Nacionais de Prevenção ao Abuso de
Drogas ampliaram as atividades de
mobilização social no Brasil.
Naquele ano, um show realizado
em Brasília, em frente ao
Congresso Nacional, foi um dos
eventos mais marcantes. Reuniu
cerca de 20 mil pessoas no dia 26
de Junho e contou com nomes famosos do cenário
artístico brasileiro, mobilizando jovens e adultos. Ou-
tras atividades foram: a realização de uma exposição
no Ministério das Rela-
ções Exteriores com tra-
balhos do artista plásti-
co Siron Franco, o lan-
çamento de um selo
comemorativo da luta
contra as drogas, a or-
ganização de uma
corrida de rua e de uma
gincana escolar com o
apoio do setor privado.
10 ANOS DE COMPROMISSO1 91 91 91 91 9 UN
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RA
SIL
RA
SIL
A partir de 1997, vários eventos,
voltados para o público em geral,
enfatizaram a importância da preven-
ção primária para o controle das dro-
gas. Ainda com o suporte do setor pri-
vado, da Petrobras e do Governo, vá-
rias atividades foram desenvolvidas,
entre elas um Concurso de Cartazes,
um Prêmio de Jornalismo e o Peda-
lando contra as Drogas , uma viagem
realizada por dois ciclistas por quase
15 mil km e 175 municípios brasilei-
ros, oportunidade em que proferiram
palestras para mais de 50 mil jovens
sobre alternativas saudáveis de vida.
Outro evento marcante foi a realiza-
ção de um seminário internacional so-
bre o tema das drogas em parceria com
o Superior Tribunal de Justiça.
10 ANOS DE COMPROMISSO 2 02 02 02 02 0UN
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DC
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B RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
Se há algum consenso quanto às razões que
levam ao uso indevido de drogas, ele diz respei-
to ao peso do ambiente social no desenvolvimen-
to da dependência química. Entrevistas com usuá-
rios e levantamentos quantitativos e qualitativos
realizados em inúmeros países tendem sempre a
associar o uso indevido de drogas com algum tipo
de desconforto social.
Problemas familiares, desinteresse ou
ceticismo em relação ao destino que a socieda-
de lhes reserva, a falta de oportunidades para o
desenvolvimento pessoal e a intenção delibera-
da de transgredir aparecem, com extrema
freqüência, nos relatos de usuários sobre as cir-
cunstâncias que os levaram a consumir substân-
cias psicoativas. Também a ruptura com valores
tradicionais pode ter contribuído para a elevação
dos padrões de consumo indevido de drogas.
Nesse sentido, a realidade social torna o país
vulnerável ao uso indevido de drogas.
O rápido processo de urbanização ocorrido
nas últimas décadas em todo o mundo trouxe do
campo para as grandes cidades milhões de famí-
lias que, em busca de bons empregos, encontra-
ram a pobreza e a marginalização. No Brasil, ve-
rificou-se o mesmo fenômeno migratório.
As baixas condições socioeconômicas de boa
parte da população das metrópoles aumentaram
a sua exposição aos riscos do uso indevido de
drogas. Muitas vezes, nas favelas, o tráfico ilícito
é, ao mesmo tempo, a principal fonte de renda
para algumas famílias e uma permanente amea-
ça para o conjunto dessas comunidades. Em mui-
tas delas, os traficantes formam um poder para-
lelo que suplanta até mesmo a autoridade de go-
vernos e demais instituições.
DDDD DR
OG
AS
RO
GA
SR
OG
AS
RO
GA
SR
OG
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EX
CLU
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OC
IAL
SO
CIA
LS
OC
IAL
SO
CIA
L
Os meninos e meninas que perambulam pe-
las ruas das principais cidades do país são a prova
viva da íntima relação existente entre exclusão
social e uso indevido de drogas.
Levantamento feito em 1997 pelo Cebrid,
entidade ligada à Universidade Federal de São
Paulo – demonstrou que, de uma amostra de 530
crianças e adolescentes em situação de rua
pesquisados, 88,1% já haviam experimentado
drogas (fora tabaco e álcool) e 71,7% as consu-
miam com freqüência.
Realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto
Alegre, Fortaleza, Recife e Brasília, a pesquisa
chegou a conclusões extremamente preocu-
pantes. Embora o universo pesquisado incluísse
apenas meninos assistidos por instituições públi-
cas ou organizações não governamentais (ONGs),
somente 6,1% dos entrevistados em São Paulo –
a maior e mais rica cidade do país – estavam
freqüentando a escola. Muitos dos jovens
pesquisados em Porto Alegre, no Rio, em São
Paulo e no Recife já havia perdido os vínculos
familiares. E muitos relataram experiências trau-
máticas, como maus tratos físicos, castigos vio-
lentos e tentativas de suicídio.
Os responsáveis pelo estudo observaram
que, em geral, o uso de drogas foi posterior à
situação de rua, configurando, na maioria das
vezes, uma condição obrigatória para a aceita-
ção do jovem por aqueles que já viviam nessa
situação.
As condições de vida dos meninos em situa-
ção de rua, por exemplo, retratam uma história
em que o uso indevido de drogas, mais do que a
busca de prazer, reflete uma tentativa de ameni-
zar a marginalização social.
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Área absoluta:Área absoluta:Área absoluta:Área absoluta:Área absoluta:
8.547.403 km8.547.403 km8.547.403 km8.547.403 km8.547.403 km 22222
População:População:População:População:População:
157.070.163 hab.157.070.163 hab.157.070.163 hab.157.070.163 hab.157.070.163 hab.
DensidadeDensidadeDensidadeDensidadeDensidade
populacional:populacional:populacional:populacional:populacional:18,38 hab./km18,38 hab./km18,38 hab./km18,38 hab./km18,38 hab./km 22222
Taxa deTaxa deTaxa deTaxa deTaxa deurbanização:urbanização:urbanização:urbanização:urbanização:78,4%78,4%78,4%78,4%78,4%
PopulaçãoPopulaçãoPopulaçãoPopulaçãoPopulaçãoeconomicamenteeconomicamenteeconomicamenteeconomicamenteeconomicamente
ativa:ativa:ativa:ativa:ativa:75,2 milhões de hab.75,2 milhões de hab.75,2 milhões de hab.75,2 milhões de hab.75,2 milhões de hab.
PIB PIB PIB PIB PIB per capitaper capitaper capitaper capitaper capita :::::US$ 5US$ 5US$ 5US$ 5US$ 5 ,,,,, 029 029 029 029 029 milmilmilmilmil
Esperança deEsperança deEsperança deEsperança deEsperança devida ao nascer:vida ao nascer:vida ao nascer:vida ao nascer:vida ao nascer:64,4 anos64,4 anos64,4 anos64,4 anos64,4 anos
70,9 anos70,9 anos70,9 anos70,9 anos70,9 anos
MortalidadeMortalidadeMortalidadeMortalidadeMortalidade
infantil:infantil:infantil:infantil:infantil:44,444,444,444,444,4 / mil/ mil/ mil/ mil/ mil
Analfabetismo:Analfabetismo:Analfabetismo:Analfabetismo:Analfabetismo:14,7%14,7%14,7%14,7%14,7%
Média de estudo:Média de estudo:Média de estudo:Média de estudo:Média de estudo:5,3 anos5,3 anos5,3 anos5,3 anos5,3 anos
Fonte: IBGE, 1996Fonte: IBGE, 1996Fonte: IBGE, 1996Fonte: IBGE, 1996Fonte: IBGE, 1996
As razões que levam al-
guém a se transformar em
usuário de drogas são um
tema ainda aberto para
investigação. Pesquisas
têm demonstrado que o
processo de iniciação
pode ter a influência de fa-
tores como a curiosidade
ou a busca de prazer e
aventura. Outra linha de
estudos tenta provar que
a predisposição genética
pode induzir ao uso
indevido de drogas.
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A A A A A SITUAÇÃOSITUAÇÃOSITUAÇÃOSITUAÇÃOSITUAÇÃO DEDEDEDEDE RUARUARUARUARUA
Contexto eminentemente
desagregador, a rua tem seus
próprios códigos, que não estão
acessíveis à maioria da popu-
lação. Utilizar o espaço de rua
como cenário de interação social
– e, portanto, como parte da
esfera pública –, é diferente de
se transferir para a rua o espaço
privado. Meninos e meninas em
situação de rua estão justamente
sujeitos a isso, isto é, à utilização
da rua como espaço de subsis-
tência, lazer ou moradia.
O sentimento de marginali-
zação, de não-identificação com
o ambiente cultural é freqüen-
temente a base para um uso
mais amplo de drogas. Podería-
mos dizer que a situação de rua
aliena ou desorganiza o indiví-
duo, já que nesse espaço se
enfraquecem as regras de con-
duta que mantêm a solidarie-
dade social e o indivíduo passa
a sentir-se incapaz de alcançar
os objetivos sociais pelos meios
mais aceitáveis de conduta.
Mesmo porque, em situações
de miséria extrema, alguns indi-
víduos tendem a encarar a vida
de tal forma que o conceito de
risco não tem mais significado.
Quando não se tem nada a per-
der, não existe sentido em ava-
liar o perigo.
Por outro lado, a busca da
experimentação é considerada
normal na adolescência como
um meio de alcançar indepen-
dência, maturidade e identi-
dade. Correr riscos pode ser um
meio de conquistar aprovação ou
acesso a determinados grupos.
E os adolescentes costumam ter
um sentimento de imortalidade,
que, junto a essa vontade de
correr riscos, leva-os a superes-
timar a própria capacidade de
evitar padrões de conduta auto-
destrutivos.
Trabalhar a situação de rua é
lidar com uma vasta gama de
fatores inter-relacionados, vulne-
rabilidades, marginalização. A
experiência da Cosam e do
UNDCP no Projeto de Prevenção
ao Uso Indevido de Drogas entre
Crianças e Adolescentes em Situa-
ção de Rua foi justamente a bus-
ca por maneiras de interpretar e
trabalhar o problema.
MMMMMODELOSODELOSODELOSODELOSODELOS
O projeto foi assinado em
fevereiro de 1996. Com dura-
ção inicial de dois anos, visava
a produzir modelos testados de
prevenção ao uso indevido de
drogas para essa população es-
pecífica em cinco capitais –
Brasília, São Paulo, Rio de Ja-
neiro, Recife e Porto Alegre, que
foram escolhidas a partir de cri-
térios epidemiológicos para a
criação e o fortalecimento da
rede de assistência, capacitação
de recursos humanos e estímu-
lo a mudanças de atitudes em
relação às drogas.
Para se atingir esse objetivo
imediato, sete mil crianças e
adolescentes foram informados
e orientados sobre o uso inde-
vido de drogas e suas conse-
qüências por meio de 100 cen-
tros de assistência. Além disso,
foram capacitados 800 técnicos
e trabalhadores sociais de insti-
tuições especializadas em assis-
tência a crianças e adolescentes
em situação de rua.
Em 1996, um projeto em parceria com a Coordenação de Saúde Mental
– Cosam, do Ministério da Saúde, começou a produzir resultados no tra-
balho junto a crianças e adolescentes em situação de rua. Com um orça-
mento de US$410 mil, o Projeto de Prevenção ao Abuso de Drogas entre
Crianças e Adolescentes em Situação de Rua desenvolveu modelos de pre-
venção específicos em cinco capitais brasileiras.
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Fonte: Cebrid - Unifesp, 1998.
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RA
SIL
A Aids trouxe preocupações inteiramente
novas para a redução da demanda por drogas.
Isso se deve sobretudo ao impacto do uso
injetável de cocaína e outras substâncias
psicoativas na disseminação da epidemia.
Em 1998, 108 países já haviam relatado à
Organização Mundial de Saúde (OMS) casos de
transmissão do HIV por uso injetável de drogas.
Segundo dados da OMS e do Programa Conjunto
das Nações Unidas para o HIV/Aids (Unaids), tais
casos representam quase a metade dos novos diag-
nósticos de Aids registrados a cada ano nos Esta-
dos Unidos. Na Argentina, eles correspondem a
36% do total das infecções de HIV/Aids já notifi-
cadas. Na China, a 50%. No Vietnã e na Malásia,
a 75%. E no Cazaquistão, a 80%.
A transmissão de HIV/Aids pelo uso de drogas
injetáveis pode acontecer basicamente de duas
formas: por meio do compartilhamento de serin-
gas e agulhas ou pela prática do sexo desprotegido
entre usuários já infectados e outras pessoas. Ela
oferece riscos, indistintamente, para heterossexuais
e homossexuais, homens e mulheres, adolescen-
tes e adultos – sem falar das crianças, vítimas cres-
centes da chamada transmissão vertical (da mãe
para o feto).
IIIII MPACTOMPACTOMPACTOMPACTOMPACTO NONONONONO B B B B B RASILRASILRASILRASILRASIL
O problema assume contornos extremamente
graves no Brasil, onde haviam sido registrados, até
1998, cerca de 4 mil óbitos por Aids apenas na
população com idade entre 13 e 24 anos na cate-
goria de uso de drogas injetáveis. Mais que isso, a
utilização injetável de drogas contribuiu de maneira
expressiva para alterar o perfil da epidemia .
Os novos casos de Aids no país apresentam
nítida diferenciação em relação à fase inicial da
epidemia, na qual predominou a transmissão se-
xual entre homens adultos – homossexuais e
bissexuais – de escolaridade elevada e residen-
tes nas grandes cidades da região Sudeste.
Nos últimos anos, têm sido infectados, prin-
cipalmente, heterossexuais. Além disso, vem
aumentando a incidência da doença entre mu-
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A A A A AID
SID
SID
SID
SID
S lheres, jovens e crianças, sobretudo na popula-
ção de baixa escolaridade e em cidades de mé-
dio porte.
Todas essas tendências recentes de crescimen-
to da epidemia estão associadas de alguma forma
ao uso de drogas injetáveis, cujos efeitos chamam
atenção pela rapidez com que contribuem para a
propagação do HIV.
As infecções de Aids por uso de drogas
injetáveis passaram em apenas cinco anos, entre
1984 e 1989, de 3% para 20% do total dos diag-
nósticos da doença registrados no Brasil, percentual
em que se mantêm até hoje. São ainda a princi-
pal forma de transmissão do HIV na população
jovem, respondendo por aproximadamente 35%
dos casos identificados no grupo etário de 13 a
24 anos. Sintomaticamente, para essa faixa da po-
pulação, a expansão da epidemia de Aids coinci-
de com a rota do tráfico de drogas. Ela ocorreu
sobretudo em cidades portuárias do Sul e Sudes-
te e, mais recentemente, em municípios das re-
giões Centro-Oeste e Norte.
Cidades como Santos (SP) e Itajaí (SC), nas
quais o uso de drogas injetáveis prevalece como
principal fator de propagação do HIV, estão entre
os municípios brasileiros com mais alto coeficien-
te de incidência de Aids.
Pesquisa feita em 1998 com usuários de dro-
gas injetáveis nos estados de São Paulo, Rio Gran-
de do Sul e Santa Catarina demonstrou que eram
soropositivos 87,4% 87,4% 87,4% 87,4% 87,4% dos entrevistados que fizeram
testes de HIV. O estudo mostrou, ainda, que a
maior parte dos usuários tinha uma vida sexual
bastante ativa e vivia em condições de extrema
marginalização. No último ano, 81,8% ficaram de-
sempregados, 28,4%, sem lugar para morar e
70,1% já foram presos alguma vez.
O levantamento fez parte do Projeto de Pre-
venção ao Abuso de Drogas com Ênfase Especial
na Prevenção do HIV entre Usuários de Drogas
Intravenosas no Brasil, implementado entre 1994
e 1999 pela Coordenação Nacional de Doenças
Sexualmente Transmissíveis (CN DST-Aids) do Mi-
nistério da Saúde em parceria com o UNDCP.
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Distribuição de preservativos e material informativo.
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SIL
RA
SIL
Com um orçamento total próximo de US$ 10
milhões, o projeto – financiado pelo governo bra-
sileiro e pelo UNDCP, com recursos oriundos do
governo italiano – compreendeu um amplo con-
junto de ações concebidas para prevenir o uso
indevido de drogas e as infecções por HIV e ou-
tros agentes de transmissão sexual entre usuários
de drogas injetáveis e junto à população em geral.
As atividades realizadas incluíram:
– a prevenção às DST/Aids e ao uso indevido de
drogas no ambiente escolar;
– o treinamento de profissionais e agentes de
saúde;
– o fortalecimento de três centros de referência
nacional, em especial na área de capacitação
para a prevenção e assistência ao uso indevido
de drogas e às DST-Aids;
– o apoio a subprojetos de prevenção desenvolvi-
dos por organizações da sociedade civil;
– a realização de estudos e pesquisas;
– a educação e a assistência social;
– a redução dos danos causados pelo uso indevido
de drogas, estimulando-se a adoção de proce-
dimentos seguros na utilização injetável de dro-
gas e na prática sexual e provendo-se assistên-
cia para os usuários interessados em tratar da
dependência química.
Como o tempo entre a infecção
inicial pelo HIV e a manifestação da
doença costuma variar entre oito e
dez anos, é cedo para avaliar o im-
pacto epidemiológico do projeto.
Mas é certo que ele já serviu para
colocar o Brasil na vanguarda dos paí-
ses latino-americanos na prevenção à Aids e ao
uso indevido de drogas.
O Projeto de Prevenção ao Abuso de Drogas
com Ênfase Especial na Prevenção do HIV entre
Usuários de Drogas Intravenosas no Brasil, em pri-
meiro lugar, aumentou consideravelmente o co-
nhecimento da influência do uso indevido de dro-
gas na disseminação de DST e Aids e da popula-
ção por ele afetada, mobilizando em torno de 130
mil pessoas por meio de uma rede de agentes e
instituições. Um dos estudos patrocinados pelo
projeto possibilitou demonstrar, por exemplo, que
mesmo o uso não injetável de substâncias
psicoativas é um fator de risco para a transmissão
do HIV e outras doenças, ao contribuir para a prá-
tica do sexo inseguro, sem preservativos.
Em segundo lugar, o projeto permitiu testar
várias ações de prevenção. O uso do teatro, da
dança e das artes plásticas como instrumentos para
reflexão sobre as questões das drogas e da Aids;
intervenções criativas em comunidades carentes;
e o envolvimento ativo dos usuários de drogas
injetáveis nas ações preventivas foram algumas das
experiências bem-sucedidas nesse campo.
Em 1999, a CN DST-Aids iniciou a segunda fase do projeto, novamente em parceria com o
UNDCP.
Bem mais abrangente do que o projeto-piloto desenvolvido entre 1994 e 1998, quando a
maior parte das ações se concentrou em dez estados, essa nova etapa prevê a extensão do
trabalho a todos os 26 estados e ao Distrito Federal. O orçamento também é maior: US$ 33
milhões para um período de quatro anos.
A expectativa é de que, até o ano de 2002, sejam apoiados mais de cem subprojetos
desenvolvidos por organizações não governamentais (ONGs), atingidas 54 mil escolas por meio
de atividades preventivas e treinadas 2 mil equipes de saúde.
Foram definidas, também, de maneira mais abrangente, as populações-alvo prioritárias do ponto
de vista da sua maior vulnerabilidade à infecção do HIV/Aids em relação ao uso indevido de drogas:
– jovens de comunidades de baixa renda, especialmente adolescentes que podem ser atingidos
em escolas da rede pública;
– grupos vulneráveis ou com comportamentos de risco em relação ao uso indevido de drogas ou
à transmissão de HIV, como profissionais do sexo, caminhoneiros, garimpeiros e presidiários;
– mulheres, sobretudo usuárias de drogas, parceiras de usuários, adolescentes e profissionais do
sexo;
– usuários de drogas e UDIs, assim como seus parceiros sexuais, amigos e familiares;
– pacientes de Aids e usuários de drogas infectados pelo HIV;
– profissionais e mediadores, como educadores de rua, professores, agentes comunitários,
monitores e trabalhadores de saúde e de serviços sociais.
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ÊÊÊÊÊNFASENFASENFASENFASENFASE E E E E E SPECIALSPECIALSPECIALSPECIALSPECIAL NANANANANA P P P P P REVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃO DODODODODO HIV HIV HIV HIV HIV ENTREENTREENTREENTREENTRE
UUUUUSUÁRIOSSUÁRIOSSUÁRIOSSUÁRIOSSUÁRIOS DEDEDEDEDE D D D D D ROGASROGASROGASROGASROGAS I I I I I NTRAVENOSASNTRAVENOSASNTRAVENOSASNTRAVENOSASNTRAVENOSAS NONONONONO B B B B B RASILRASILRASILRASILRASIL
10 ANOS DE COMPROMISSO 2 42 42 42 42 4UN
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Pesquisa realizada com
1.056 usuários de drogas do
sistema de saúde de São Pau-
lo (perto de 50% com idade
inferior a 25 anos) pelo Pro-
grama de Orientação e Aten-
dimento a Dependentes
(Proad) revelou que a depen-
dência de drogas é altamen-
te associada ao comporta-
mento de risco para o HIV/
Aids. O estudo, publicado
em 1999, revelou que 3,8%
deles são soropositivos para
HIV. Destes, um percentual
considerável (37,5%) não foi
infectado através do uso de
drogas injetáveis (UDI), o
que parece ocorrer em função do comportamen-
to sexual inseguro que é associado ao uso de
drogas. Em muitos casos, o comportamento se-
xual de risco está relacionado à falta de consciên-
cia provocada pelo uso de drogas.
Especialistas que analisavam as taxas de
soropositividade em dependentes de cocaína no
Rio de Janeiro encontraram uma alta prevalência
do HIV tanto entre os usuários de drogas
injetáveis como entre os usuários de drogas não
injetáveis. Segundo o Núcleo de Estudos e Pes-
quisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad 1
– – – – – Universidade do Rio de Janeiro. Rio de Janei-
ro, 1998), 7% dos 1.223 usuários de cocaína
inalada entrevistados em 1997 eram HIV-positi-
vos. O nível de contaminação por HIV entre
usuários de drogas não injetáveis levou os pes-
quisadores a estabelecer uma conexão entre o
comportamento de risco para o HIV e
o uso de drogas em geral. Um total de
30,1% da amostra (1.369 usuários de
cocaína) estava na faixa etária dos 18
aos 24 anos.
Também no âmbito do projeto, o
Departamento do Sistema Penitenciá-
rio do Rio de Janeiro (Desipe) realizou
um levantamento do perfil dos inter-
nos quanto ao uso de drogas e suas
vias de administração e quanto ao com-
portamento de risco para as doenças
sexualmente transmissíveis (DST) e
Aids. Os dados da pesquisa chamam
atenção para o número de internos en-
volvidos de alguma forma com o uso
de drogas e também para a relação en-
tre drogas e comportamento de risco
para as DST/Aids: 88% dos soropositivos para
HIV haviam usado drogas pelo menos uma vez
na vida.
Outros dados significativos da pesquisa:
• Mais de 50% dos presos usuários de drogas
têm entre 18 e 30 anos.
• Cerca de 60% dos usuários foram considerados
problemáticos, ou seja, relataram dificuldades
com a família e a polícia, crises emocionais e/
ou de saúde associadas ao uso de drogas.
• Dos usuários problemáticos, mais de 70%
tentaram parar de usar drogas, antes ou
após a prisão.
• Destaca-se o consumo de três drogas antes
da prisão – 80% álcool, 70% maconha e 60%
cocaína.
CCCC CO
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1 Pesquisa da Universidade de Miami financiada pela NIDA, EUA.
O uso indevido de drogasO uso indevido de drogasO uso indevido de drogasO uso indevido de drogasO uso indevido de drogas
parece estar fortementeparece estar fortementeparece estar fortementeparece estar fortementeparece estar fortemente
relacionado com práticasrelacionado com práticasrelacionado com práticasrelacionado com práticasrelacionado com práticas
sexuais arriscadas, como asexuais arriscadas, como asexuais arriscadas, como asexuais arriscadas, como asexuais arriscadas, como a
não utilização de preserva-não utilização de preserva-não utilização de preserva-não utilização de preserva-não utilização de preserva-
tivos, o elevado número detivos, o elevado número detivos, o elevado número detivos, o elevado número detivos, o elevado número de
parceiros sexuais e a pros-parceiros sexuais e a pros-parceiros sexuais e a pros-parceiros sexuais e a pros-parceiros sexuais e a pros-
tituição, entre outras. Rela-tituição, entre outras. Rela-tituição, entre outras. Rela-tituição, entre outras. Rela-tituição, entre outras. Rela-
tos de comportamento se-tos de comportamento se-tos de comportamento se-tos de comportamento se-tos de comportamento se-
xual de risco têm sidoxual de risco têm sidoxual de risco têm sidoxual de risco têm sidoxual de risco têm sido
comuns tanto entre usuárioscomuns tanto entre usuárioscomuns tanto entre usuárioscomuns tanto entre usuárioscomuns tanto entre usuários
de drogas injetáveis (UDIs)de drogas injetáveis (UDIs)de drogas injetáveis (UDIs)de drogas injetáveis (UDIs)de drogas injetáveis (UDIs)
como entre usuários de dro-como entre usuários de dro-como entre usuários de dro-como entre usuários de dro-como entre usuários de dro-
gas não injetáveis.gas não injetáveis.gas não injetáveis.gas não injetáveis.gas não injetáveis.
Fonte: DESIPE, 1999.
*****
**********
* Pacientes psiquiátricos
** Uso na vida
10 ANOS DE COMPROMISSO2 52 52 52 52 5 UN
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SIL
No final de 1998, havia 33,4
milhões de portadores de HIV
em todo o mundo. Segundo o
Unaids, pelo menos um terço
desse total tinha entre 10 e 24
anos. Pertencem a essa faixa
etária 50% das aproximadamen-
te 8.500 pessoas que são infec-
tadas a cada dia, número que
corresponde a seis novas infec-
ções por minuto.
No Brasil, o grupo etário de
13 a 24 anos concentrava 19.216
dos 145.327 diagnósticos de Aids
oficialmente registrados até no-
vembro de 98, ou seja, mais de
13%. Na faixa etária de 20 a 44
anos, essa porcentagem era de
82%. Considerando-se o longo
tempo de incubação do HIV (em
geral, entre oito e dez anos), é
fácil concluir que grande parte dos
portadores da doença no país foi
infectada na juventude.
O consumo indevido de
substâncias psicoativas, certa-
mente, contribui para o fenôme-
no. Dos usuários de drogas
injetáveis infectados no país,
54% tinham entre 15 e 29 anos
e 78,3%, entre 15 e 34 anos,
JJJJ J OVE
NS
OVE
NS
OVE
NS
OVE
NS
OVE
NS , , , , ,
DR
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ASD
RO
GAS
DR
OG
ASD
RO
GAS
DR
OG
AS EEEE E A A A A A
IDS
IDS
IDS
IDS
IDS
no momento da notificação.
A alta incidência de HIV/
Aids entre jovens está ligada a
pelo menos três fatores:
1. O primeiro é o peso
demográfico desse segmento
populacional, principalmente em
países em desenvolvimento.
2. O segundo são as experi-
mentações próprias da adoles-
cência, que favorecem compor-
tamentos de risco tanto em re-
lação à prática sexual como ao
uso indevido de drogas.
3. Em terceiro lugar, na maio-
ria das nações do mundo e tam-
bém no Brasil, ser jovem é uma
experiência difícil e arriscada: é
limitada a oferta de serviços de
saúde e assistência social; faltam
oportunidades de educação, tra-
balho e lazer; meninos e meni-
nas iniciam precocemente a vida
sexual, muitas vezes sem terem
informações mínimas sobre higie-
ne e saúde sexual; e é grande a
exposição dos jovens a abusos se-
xuais e a outras violências.
1982 2 - 1 - - - - 3
1983 5 1 1 - - 1 - 8
1984 9 3 - 3 1 4 5 25
1985 41 14 5 12 - 4 9 85
1986 90 26 9 15 8 19 17 184
1987 127 67 23 30 13 140 39 439
1988 189 80 47 44 12 286 85 743
1989 224 99 89 37 18 406 109 982
1990 246 138 148 35 25 725 193 1.510
1991 260 187 235 52 27 917 224 1.902
1992 303 182 361 23 30 897 344 2.140
1993 273 139 481 20 34 901 406 2.254
1994 245 147 535 25 38 775 450 2.215
1995 245 132 536 25 41 632 466 2.077
1996 192 134 644 21 33 533 437 1.994
1997 180 129 575 12 17 428 483 1.824
1998 115 63 380 3 - 138 132 831
Total 2.746 1.541 4.070 357 297 6.806 3.399 19.216
Diag-Diag-Diag-Diag-Diag-
nósticonósticonósticonósticonósticoHomos-Homos-Homos-Homos-Homos-
sexual
sexual
sexual
sexual
sexual Bissexu
alBissexu
alBissexu
alBissexu
alBissexu
al Heteros-
Heteros-
Heteros-
Heteros-
Heteros-
sexual
sexual
sexual
sexual
sexual
Hemo-Hemo-Hemo-Hemo-Hemo-
fíl icofíl icofíl icofíl icofíl icoTrans
fu-Trans
fu-Transfu-
Transfu-
Transfu-
sãosãosãosãosãoUDIUDIUDIUDIUDI Ignora
-Ignora
-Ignora
-Ignora
-Ignora
-
dododododo TotalTotalTotalTotalTotal
DDDDDISTRIBUIÇÃOISTRIBUIÇÃOISTRIBUIÇÃOISTRIBUIÇÃOISTRIBUIÇÃO DOSDOSDOSDOSDOS CASOSCASOSCASOSCASOSCASOS DEDEDEDEDE A A A A A IDSIDSIDSIDSIDS ENTREENTREENTREENTREENTRE INDIVÍDUOSINDIVÍDUOSINDIVÍDUOSINDIVÍDUOSINDIVÍDUOS DEDEDEDEDE 13 13 13 13 13 AAAAA 24 24 24 24 24 ANOSANOSANOSANOSANOS, , , , , SEGUNDOSEGUNDOSEGUNDOSEGUNDOSEGUNDO AAAAA CATEGORIACATEGORIACATEGORIACATEGORIACATEGORIA DEDEDEDEDE EXPOSIÇÃOEXPOSIÇÃOEXPOSIÇÃOEXPOSIÇÃOEXPOSIÇÃO
EEEEE OOOOO ANOANOANOANOANO DEDEDEDEDE DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
BBBBBRASILRASILRASILRASILRASIL – 1982/1998* – 1982/1998* – 1982/1998* – 1982/1998* – 1982/1998*
* Não houve casos notificados em 1980 e 1981 nessa faixa etária. Os dados correspondem ao total de diagnósticos comunicados até a 47ª semanade 1998, encerrada em 28 de novembro.
Fonte: Coordenação Nacional de DST e Aids/Ministério da Saúde.
10 ANOS DE COMPROMISSO2 52 52 52 52 5 UN
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SIL
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SIL
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SIL
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SIL
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SIL
AAAAASSSSS PESSOASPESSOASPESSOASPESSOASPESSOAS
TERIAMTERIAMTERIAMTERIAMTERIAM OOOOO DIREITODIREITODIREITODIREITODIREITO
DEDEDEDEDE CONSUMIRCONSUMIRCONSUMIRCONSUMIRCONSUMIR
DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS? O? O? O? O? O
UNDCP UNDCP UNDCP UNDCP UNDCP ENTENDEENTENDEENTENDEENTENDEENTENDE
QUEQUEQUEQUEQUE NÃONÃONÃONÃONÃO, , , , , PORPORPORPORPOR
ACREDITARACREDITARACREDITARACREDITARACREDITAR QUEQUEQUEQUEQUE
OSOSOSOSOS DIREITOSDIREITOSDIREITOSDIREITOSDIREITOS
INDIVIDUAISINDIVIDUAISINDIVIDUAISINDIVIDUAISINDIVIDUAIS DEVEMDEVEMDEVEMDEVEMDEVEM
SERSERSERSERSER COMPATÍVEISCOMPATÍVEISCOMPATÍVEISCOMPATÍVEISCOMPATÍVEIS
COMCOMCOMCOMCOM AAAAA SEGURANÇASEGURANÇASEGURANÇASEGURANÇASEGURANÇA
EEEEE OOOOO BEMBEMBEMBEMBEM----- ESTARESTARESTARESTARESTAR
DEDEDEDEDE TODATODATODATODATODA AAAAA
COMUNIDADECOMUNIDADECOMUNIDADECOMUNIDADECOMUNIDADE.....NNNNNENHUMENHUMENHUMENHUMENHUM INDIVÍDUOINDIVÍDUOINDIVÍDUOINDIVÍDUOINDIVÍDUO
TEMTEMTEMTEMTEM OOOOO DIREITODIREITODIREITODIREITODIREITO DEDEDEDEDE
SESESESESE COMPORTARCOMPORTARCOMPORTARCOMPORTARCOMPORTAR
DEDEDEDEDE UMAUMAUMAUMAUMA FORMAFORMAFORMAFORMAFORMA
QUEQUEQUEQUEQUE VENHAVENHAVENHAVENHAVENHA AAAAA
SESESESESE REVELARREVELARREVELARREVELARREVELAR
DESTRUTIVADESTRUTIVADESTRUTIVADESTRUTIVADESTRUTIVA PARAPARAPARAPARAPARA
OSOSOSOSOS DEMAISDEMAISDEMAISDEMAISDEMAIS.....
É É É É É EXATAMENTEEXATAMENTEEXATAMENTEEXATAMENTEEXATAMENTE OOOOO
CASOCASOCASOCASOCASO DODODODODO ABUSOABUSOABUSOABUSOABUSO
DEDEDEDEDE DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS.....
10 ANOS DE COMPROMISSO 2 62 62 62 62 6UN
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P
B RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
Cerca de 48 mil trabalhadores de 50 empre-
sas espalhadas por 25 municípios do Sul do Brasil
e cinco escolas profissionalizantes foram alcan-
çados em quatro anos. Com esses resultados, a
equipe do Projeto de Prevenção ao Uso de Dro-
gas no Trabalho e na Família , fruto de uma parce-
ria entre o UNDCP e o Serviço Social da Indús-
tria do Rio Grande do Sul (SESI-RS), entra, agora,
numa nova fase de trabalho.
“Os dados da avaliação final do projeto são
reveladores”, explicam os coordenadores do tra-
balho. “Em uma das empresas que adotaram o
modelo de prevenção, depois de dois anos e
meio de projeto, reduziu-se de 27% para 11% o
número de funcionários que consumiam algum
tipo de psicotrópicos ou anfetaminas. No caso
do consumo de álcool, nessa mesma empresa, o
número de bebedores sistemáticos caiu de 67%
U U U U UMMMM M P
RO
JETO
PR
OJE
TOP
RO
JETO
PR
OJE
TOP
RO
JETO, , , , ,
MU
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SE
MP
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SA
SE
MP
RE
SA
SE
MP
RE
SA
SE
MP
RE
SA
Spara 59% dos funcionários, e o
de abstêmios cresceu de 4%
para 12%”, revela.
Tendo como principal ingre-
diente a valorização de hábitos
saudáveis e de atividades de
integração envolvendo todos
os trabalhadores, dependentes
ou não de álcool e outras
drogas, o projeto está sendo
multiplicado em 18 estados
brasileiros, além de outros paí-
ses do Cone Sul. Enquanto téc-
nicos da Argentina e do Uru-
guai implementam a tecnologia
de prevenção desenvolvida
pelo SESI em seus países, o re-
passe do modelo para o Chile,
Paraguai e Bolívia, também in-
teressados no projeto, está sen-
do negociado.
AAAAATENÇÃOTENÇÃOTENÇÃOTENÇÃOTENÇÃO: : : : : PAREPAREPAREPAREPARE ! ! ! ! !“A proposta do projeto, que
muda o enfoque curativo dos
programas de controle e ame-
niza o estigma da droga, leva
indiretamente a uma melhoria
dos indicadores de desempe-
nho das empresas”, explicam
os técnicos do projeto. Por
meio de uma analogia com as
cores do semáforo, que são as-
sociadas aos vários graus de
envolvimento com álcool e
drogas ( verde verde verde verde verde para a preven-
ção primária, amarelo amarelo amarelo amarelo amarelo para pre-
venção secundária e vermelho vermelho vermelho vermelho vermelho para prevenção
terciária), o modelo encoraja mudanças positi-
vas de atitude entre os funcionários.
As medidas destinadas às pessoas que se
encontram na área verde, consideradas saudá-
veis, objetivam evitar seu envolvimento com
drogas ou, pelo menos, que se tornem usuárias
habituais. O nível intermediário, ou área ama-
rela, é composto por trabalhadores que sofrem
de problemas considerados reversíveis. Nesse
caso, a intervenção visa a facilitar a mudança e
a impedir a progressão do consumo de drogas.
Na área vermelha, de pessoas que enfrentam
alterações de comportamento em função da
dependência, estratégias especiais buscam a re-
cuperação: desintoxicação, acompanhamento
pós-terápico e apoio à reintegração na vida pro-
fi ssional .
EEEEEMMMMM 1997, 1997, 1997, 1997, 1997,CERCACERCACERCACERCACERCA DEDEDEDEDE 50% 50% 50% 50% 50%DOSDOSDOSDOSDOS TRABALHADORESTRABALHADORESTRABALHADORESTRABALHADORESTRABALHADORES
DEDEDEDEDE INDÚSTRIASINDÚSTRIASINDÚSTRIASINDÚSTRIASINDÚSTRIAS DODODODODO
RRRRRIOIOIOIOIO G G G G G RANDERANDERANDERANDERANDE DODODODODO
SSSSSULULULULUL BEBIAMBEBIAMBEBIAMBEBIAMBEBIAM
SISTEMATICAMENTESISTEMATICAMENTESISTEMATICAMENTESISTEMATICAMENTESISTEMATICAMENTE,,,,,ENQUANTOENQUANTOENQUANTOENQUANTOENQUANTO 31%, 31%, 31%, 31%, 31%,OCASIONALMENTEOCASIONALMENTEOCASIONALMENTEOCASIONALMENTEOCASIONALMENTE.....EEEEESSASSSASSSASSSASSSAS ESTATÍSTICASESTATÍSTICASESTATÍSTICASESTATÍSTICASESTATÍSTICAS,,,,,QUEQUEQUEQUEQUE TRAÇARAMTRAÇARAMTRAÇARAMTRAÇARAMTRAÇARAM
UMUMUMUMUM PERFILPERFILPERFILPERFILPERFIL DODODODODO
CONSUMOCONSUMOCONSUMOCONSUMOCONSUMO DEDEDEDEDE ÁLCOOLÁLCOOLÁLCOOLÁLCOOLÁLCOOL
EEEEE DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS ENTREENTREENTREENTREENTRE
TRABALHADORESTRABALHADORESTRABALHADORESTRABALHADORESTRABALHADORES NONONONONO
ESTADOESTADOESTADOESTADOESTADO, , , , , FIZERAMFIZERAMFIZERAMFIZERAMFIZERAM
PARTEPARTEPARTEPARTEPARTE DADADADADA
CONSOLIDAÇÃOCONSOLIDAÇÃOCONSOLIDAÇÃOCONSOLIDAÇÃOCONSOLIDAÇÃO DEDEDEDEDE
UMUMUMUMUM TRABALHOTRABALHOTRABALHOTRABALHOTRABALHO DEDEDEDEDE
PESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISA REALIZADOREALIZADOREALIZADOREALIZADOREALIZADO
PELOPELOPELOPELOPELO SESI SESI SESI SESI SESI NONONONONO
ÂMBITOÂMBITOÂMBITOÂMBITOÂMBITO DODODODODO PROJETOPROJETOPROJETOPROJETOPROJETO
DEDEDEDEDE PREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃO,,,,,DESENVOLVIDODESENVOLVIDODESENVOLVIDODESENVOLVIDODESENVOLVIDO DESDEDESDEDESDEDESDEDESDE
1994 1994 1994 1994 1994 EMEMEMEMEM PARCERIAPARCERIAPARCERIAPARCERIAPARCERIA
COMCOMCOMCOMCOM OOOOO UNDCP. UNDCP. UNDCP. UNDCP. UNDCP.
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SIL
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SIL
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SIL
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SIL
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SIL
10 ANOS DE COMPROMISSO2 72 72 72 72 7 UN
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ND
CP
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P
B RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
São várias as etapas de implementação des-
de a assinatura do convênio com as empresas.
Por meio de centros regionais de atendimento
espalhados no estado, assistentes sociais do SESI
identificam a demanda por esse trabalho de pre-
venção e estabelecem um contato com os em-
presários interessados em aderir ao Projeto.
“Quando o convênio é assinado, as condições
mínimas de trabalho são estabelecidas”, explica
Leda Pereira, indicando questões como transpa-
rência, envolvimento de todos os setores da
empresa, dedicação de parte do horário de tra-
balho de funcionários ao desenvolvimento de
atividades de prevenção e comprometimento da
empresa como essenciais à implementação do
modelo.
Quando a campanha de prevenção está de-
finida, é feito um grande evento de mobilização
chamado de “deflagração”. A partir daí, a em-
presa realiza as atividades de prevenção propria-
mente ditas. Essa fase tem uma duração média
de 18 meses. Ao fim da implementação, a em-
presa realiza nova pesquisa para avaliar os resul-
tados. Entre os objetivos buscados pelo modelo
estão o aumento do número de funcionários si-
tuados na área verde, diminuição do número
de funcionários nas áreas amarela e vermelha,
redução de gastos com medicamentos, diminui-
ção do volume de faltas e de acidentes de tra-
balho.
PPPPPROGRESSOROGRESSOROGRESSOROGRESSOROGRESSO
Segundo o Atlas do Desenvolvimento Huma-
no no Brasil 1, no município de Carlos Barbosa
(20 mil habitantes), onde ficam a American Tool
e a Tramontina, duas empresas que aderiram ao
Projeto de Prevenção, a renda familiar per capita
média era de 1,76 salários mínimos em 1991.
Esse índice é superior à média brasileira (1,31), o
que, em termos de
indicadores sociais,
reflete uma ten-
dência geral do Rio
Grande do Sul.
Além de uma
qualidade de vida
superior à média
dos demais esta-
dos, dados como a
taxa de analfabetis-
mo (9,6% da popu-
lação com mais de
15 anos) e a expec-
tativa de vida ao
nascer (66,10 anos)
no Rio Grande do Sul refletem o progresso
econômico que tem feito prosperar um dos par-
ques industriais mais promissores do país, para-
lelamente a uma forte tradição dos imigrantes
europeus.
VVVVVIVAIVAIVAIVAIVA NONONONONO V V V V V ERDEERDEERDEERDEERDE
A American Tool , uma fábrica de ferramentas
manuais que faz parte de um grupo americano,
tem boas razões para avaliar positivamente o
impacto da campanha de prevenção ao abuso de
drogas e álcool.
“Nós percebemos bons resultados, mas não
se devem avaliar apenas os números. O mais
importante é a possibilidade de repassar esses
conhecimentos adquiridos durante o projeto para
as famílias e para a comunidade”, explica Adir
Zandonai, diretor industrial da empresa, a pri-
meira empresa a aderir ao projeto em Carlos
Barbosa. “A procura por informações acabou se
tornando uma constante. Jornais, escolas e mes-
mo a secretaria municipal de saúde costumam
pedir nosso apoio para eventos e atividades de
prevenção”, relata.
MMMMMASCOTEASCOTEASCOTEASCOTEASCOTE FAZFAZFAZFAZFAZ CAMPANHACAMPANHACAMPANHACAMPANHACAMPANHA
Desde novembro de 1997, a Tramontina vem
trabalhando na elaboração da campanha de pre-
venção. Antes do início da campanha, foi reali-
zada uma avaliação inicial junto aos trabalhado-
res para detectar a realidade da empresa em
termos de qualidade de vida, especialmente
com relação ao uso de álcool e drogas. A mão-
de-obra da empresa representa 35% do efetivo
de trabalhadores do município de Carlos Barbo-
sa. Esse percentual fica ainda maior quando se
consideram as famílias dos funcionários, que
mantêm um vínculo indireto com a empresa.
DDDD DE
SE
NV
OLV
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ES
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A A A A A ORIGINALIDADEORIGINALIDADEORIGINALIDADEORIGINALIDADEORIGINALIDADE
TEMTEMTEMTEMTEM SIDOSIDOSIDOSIDOSIDO AAAAA
PRINCIPALPRINCIPALPRINCIPALPRINCIPALPRINCIPAL
FERRAMENTAFERRAMENTAFERRAMENTAFERRAMENTAFERRAMENTA
DASDASDASDASDAS EMPRESASEMPRESASEMPRESASEMPRESASEMPRESAS
QUEQUEQUEQUEQUE ADEREMADEREMADEREMADEREMADEREM AOAOAOAOAO
PPPPPROJETOROJETOROJETOROJETOROJETO PARAPARAPARAPARAPARA
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TRABALHADORESTRABALHADORESTRABALHADORESTRABALHADORESTRABALHADORES
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PREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃO. A. A. A. A. A
TTTTTRAMONTINARAMONTINARAMONTINARAMONTINARAMONTINA,,,,,OPTANDOOPTANDOOPTANDOOPTANDOOPTANDO PELOPELOPELOPELOPELO
MASCOTEMASCOTEMASCOTEMASCOTEMASCOTE DADADADADA
EMPRESAEMPRESAEMPRESAEMPRESAEMPRESA PARAPARAPARAPARAPARA
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MENSAGENSMENSAGENSMENSAGENSMENSAGENSMENSAGENS DEDEDEDEDE
PREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃO, , , , , FEZFEZFEZFEZFEZ
COMCOMCOMCOMCOM QUEQUEQUEQUEQUE UMUMUMUMUM
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PERCORRESSEPERCORRESSEPERCORRESSEPERCORRESSEPERCORRESSE ASASASASAS
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FABRISFABRISFABRISFABRISFABRIS USANDOUSANDOUSANDOUSANDOUSANDO ASASASASAS
CORESCORESCORESCORESCORES DODODODODO PROJETOPROJETOPROJETOPROJETOPROJETO.....
10 ANOS DE COMPROMISSO2 72 72 72 72 7 UN
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B RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
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RA
SIL
Deflagração da Campanha de Prevenção na Tramontina.
1 Fonte: PNUD, 1998.
10 ANOS DE COMPROMISSO 2 82 82 82 82 8UN
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RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL Uma das rotas da cocaína produzida em
nações vizinhas e destinada aos mercados nor-
te-americano e europeu, o Brasil é o maior
produtor latino-americano de éter e acetona,
substâncias também usadas na fabricação clan-
destina de drogas. Além disso, é significativa a
produção brasileira de maconha, sobretudo em
áreas localizadas do Nordeste.
Apesar das expressivas apreensões realiza-
das pelas forças policiais brasileiras nos últi-
mos anos, o país continua apresentando índi-
ces crescentes de consumo
de drogas ilícitas. Isso mostra
um aumento da oferta, o que
pode estar associado à inten-
sificação do norcotráfico no
país. O fortalecimento dos
grupos criminosos locais seria
uma das conseqüências da uti-
lização cada vez maior do ter-
ritório brasileiro para o tráfico
de drogas e a “lavagem” de
dinheiro.
CCCCCUSTOSUSTOSUSTOSUSTOSUSTOS
No Brasil, não é conheci-
do o volume exato do con-
sumo das drogas psicoativas,
mas se conhece claramente o custo econô-
mico do uso indevido de drogas. Segundo da-
dos do Ministério da Saúde, cerca de 7,9%
do PIB (US$ 28 bilhões ao ano) são gastos
em função da perda de produtividade e de
mortes prematuras em decorrência do uso de
drogas psicoativas. De 1993 a 1997, o núme-
ro de internações na rede pública de saúde
(SUS) em decorrência da dependência de
drogas triplicou, pulando de US$ 900 mil ao
ano para quase US$ 3 milhões.
10 ANOS DE COMPROMISSO 2 82 82 82 82 8UN
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B RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
Nos últimos
quatro anos, as
apreensões de
maconha quase
triplicaram e as
de cocaína
mantiveram-se
num patamar
elevado.
AAAAAPREENSÕESPREENSÕESPREENSÕESPREENSÕESPREENSÕES DEDEDEDEDE COCAÍNACOCAÍNACOCAÍNACOCAÍNACOCAÍNA EEEEE MACONHAMACONHAMACONHAMACONHAMACONHA
Fonte: Polícia Federal - DRE, 1999.
10 ANOS DE COMPROMISSO2 92 92 92 92 9 UN
DC
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B RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
RA
SIL
O uso indevido de drogas é
responsável por 50% dos casos
de absenteísmo e licenças médi-
cas e está relacionado com 15 a
30% dos acidentes de trabalho,
demonstrou trabalho desenvolvi-
do em 1993 pela Federação das
Indústrias do Estado de São Pau-
lo (Fiesp).
Um estudo realizado em
1997 pela Associação Brasileira
dos Departamentos de Trânsito
(Abdetran) detectou a presença de
álcool em 61% das vítimas dos aci-
dentes de trânsito ocorridos em
Salvador, Recife, Brasília e Curitiba.
Segundo os dados, em Recife,
10% das vítimas de acidentes ha-
viam consumido maconha.
MMMMMULTIPLICAÇÃOULTIPLICAÇÃOULTIPLICAÇÃOULTIPLICAÇÃOULTIPLICAÇÃO DOSDOSDOSDOSDOS RISCOSRISCOSRISCOSRISCOSRISCOS
Levantamentos recentes
mostram a tendência de cresci-
mento do consumo das drogas
de uso ilícito no país.
Segundo o Cebrid, de 1987
a 1997, cresceu sete vezes o uso
freqüente de cocaína e quatro
vezes o de maconha entre estu-
dantes de escolas públicas de 1º
e 2º graus.
Também teve expressivo au-
mento o uso indevido de drogas
legais. Dobrou no período o uso
freqüente de ansiolíticos (tranqüi-
lizantes como o Diazepam, o
Valium e o Lexotan), enquanto o
consumo de anfetaminas (prin-
cipalmente remédios para ema-
grecer) cresceu 150%.
Dos mais de 15 mil jovens
entrevistados pelo Cebrid em
1997, 24,7% já haviam experi-
mentado drogas (fora álcool e
tabaco). Confirmando uma ten-
dência verificada desde 1987, os
solventes – inalantes como a cola
e o loló – lideraram a relação das
drogas mais consumidas, segui-
dos da maconha, ansiolíticos,
anfetamínicos e cocaína.
São bem mais elevados os ín-
dices de consumo observados
entre universitários. Pesquisa con-
cluída em 1997 pelo Grupo
Interdisciplinar de Estudos de Ál-
cool e Drogas da Universidade de
São Paulo (GREA) mostrou que
38,1% dos alunos da USP já ha-
viam usado drogas – exceto taba-
co e álcool – pelo menos uma vez.
Dois aspectos tornam espe-
cialmente grave o problema do
uso indevido de drogas no Bra-
sil, multiplicando os seus riscos:
a relação entre o uso de subs-
tâncias psicoativas e a incidên-
cia de Aids e outras doenças se-
xualmente transmissíveis (DST);
e a interface drogas/violência.
A questão das drogas se con-
funde, finalmente, com o pro-
blema da violência. É decisivo
o peso do uso indevido de subs-
tâncias psicoativas e da indús-
tria do narcotráfico sobre o au-
mento ocorrido nos últimos
anos nas mortes por homicídio.
Segundo dados do Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM)
do Ministério da Saúde, em 1980
as mortes por homicídio repre-
sentavam 25,6% dos óbitos pro-
vocados pelas chamadas causas
externas (que também incluem
suicídios, acidentes de trânsito,
afogamentos e outros acidentes)
entre os jovens brasileiros. Em
1995, elas já correspondiam a
44,4% do total.
As estatísticas do SIM apon-
tam acidentes e violência como
a principal causa de óbito para a
população de 5 a 39 anos, mas
é na faixa de 15 a 24 anos que o
fenômeno revela maior gravida-
de. Atingindo predominante-
mente o sexo masculino, a vio-
lência é responsável por cerca
de 70% dos óbitos nesse grupo
etário. Os mais altos coeficien-
tes de mortalidade concentram-
se no Sudeste, exatamente a
região onde guerras entre qua-
drilhas de traficantes, o aumen-
to do consumo de crack e con-
flitos entre traficantes e a polí-
cia tornaram, nos últimos anos,
mais visível a explosiva combi-
nação existente entre drogas e
criminalidade.
Segundo o Cebrid,Segundo o Cebrid,Segundo o Cebrid,Segundo o Cebrid,Segundo o Cebrid,de 1987 a 1997, cresceu setede 1987 a 1997, cresceu setede 1987 a 1997, cresceu setede 1987 a 1997, cresceu setede 1987 a 1997, cresceu setevezes o uso freqüente de cocaínavezes o uso freqüente de cocaínavezes o uso freqüente de cocaínavezes o uso freqüente de cocaínavezes o uso freqüente de cocaínaquatro vezes o de maconha entrequatro vezes o de maconha entrequatro vezes o de maconha entrequatro vezes o de maconha entrequatro vezes o de maconha entreestudantes de escolas públicas deestudantes de escolas públicas deestudantes de escolas públicas deestudantes de escolas públicas deestudantes de escolas públicas de1º e 2º graus1º e 2º graus1º e 2º graus1º e 2º graus1º e 2º graus.
A A A A A REORGANIZAÇÃOREORGANIZAÇÃOREORGANIZAÇÃOREORGANIZAÇÃOREORGANIZAÇÃO
GEOPOLÍTICAGEOPOLÍTICAGEOPOLÍTICAGEOPOLÍTICAGEOPOLÍTICA
QUEQUEQUEQUEQUE CRIOUCRIOUCRIOUCRIOUCRIOU
OSOSOSOSOS ESPAÇOSESPAÇOSESPAÇOSESPAÇOSESPAÇOS
TRANSNACIONAISTRANSNACIONAISTRANSNACIONAISTRANSNACIONAISTRANSNACIONAIS
DEDEDEDEDE CIRCULAÇÃOCIRCULAÇÃOCIRCULAÇÃOCIRCULAÇÃOCIRCULAÇÃO
PODEPODEPODEPODEPODE LEVARLEVARLEVARLEVARLEVAR,,,,,TAMBÉMTAMBÉMTAMBÉMTAMBÉMTAMBÉM, , , , , AAAAA UMUMUMUMUM
AUMENTOAUMENTOAUMENTOAUMENTOAUMENTO DODODODODO
NARCOTRÁFICONARCOTRÁFICONARCOTRÁFICONARCOTRÁFICONARCOTRÁFICO.....IIIII SSOSSOSSOSSOSSO OBRIGAOBRIGAOBRIGAOBRIGAOBRIGA
ASASASASAS NAÇÕESNAÇÕESNAÇÕESNAÇÕESNAÇÕES NÃONÃONÃONÃONÃO
SÓSÓSÓSÓSÓ AAAAA FORTALECERFORTALECERFORTALECERFORTALECERFORTALECER
OSOSOSOSOS CONTROLESCONTROLESCONTROLESCONTROLESCONTROLES
INTERNOSINTERNOSINTERNOSINTERNOSINTERNOS, , , , , MASMASMASMASMAS
TAMBÉMTAMBÉMTAMBÉMTAMBÉMTAMBÉM AAAAA
ESTREITARESTREITARESTREITARESTREITARESTREITAR AAAAA
COOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃOCOOPERAÇÃO
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DEDEDEDEDE INFORMAÇÕESINFORMAÇÕESINFORMAÇÕESINFORMAÇÕESINFORMAÇÕES
COMCOMCOMCOMCOM OSOSOSOSOS
DEMAISDEMAISDEMAISDEMAISDEMAIS PAÍSESPAÍSESPAÍSESPAÍSESPAÍSES.....
DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS 19871987198719871987 19891989198919891989 1993 1993 1993 1993 1993 19971997199719971997
SolventesSolventesSolventesSolventesSolventes 1,71,71,71,71,7 2,12,12,12,12,1 1,81,81,81,81,8 2,02,02,02,02,0
MaconhaMaconhaMaconhaMaconhaMaconha 0,40,40,40,40,4 0,50,50,50,50,5 0,60,60,60,60,6 1,71,71,71,71,7
AnsiolíticosAnsiolíticosAnsiolíticosAnsiolíticosAnsiolíticos 0,70,70,70,70,7 0,80,80,80,80,8 0,60,60,60,60,6 1,41,41,41,41,4
AnfetamínicosAnfetamínicosAnfetamínicosAnfetamínicosAnfetamínicos 0,40,40,40,40,4 0,50,50,50,50,5 0,50,50,50,50,5 1,01,01,01,01,0
CocaínaCocaínaCocaínaCocaínaCocaína 0,10,10,10,10,1 0,20,20,20,20,2 0,20,20,20,20,2 0,80,80,80,80,8
TTTTTENDÊNCIAENDÊNCIAENDÊNCIAENDÊNCIAENDÊNCIA DEDEDEDEDE USOUSOUSOUSOUSO FREQÜENTEFREQÜENTEFREQÜENTEFREQÜENTEFREQÜENTE DASDASDASDASDAS CINCOCINCOCINCOCINCOCINCO DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS MAISMAISMAISMAISMAIS CONSUMIDASCONSUMIDASCONSUMIDASCONSUMIDASCONSUMIDAS ( ( ( ( ( EXCETOEXCETOEXCETOEXCETOEXCETO TABACOTABACOTABACOTABACOTABACO EEEEE
ÁLCOOLÁLCOOLÁLCOOLÁLCOOLÁLCOOL) ) ) ) ) ENTREENTREENTREENTREENTRE ESTUDANTESESTUDANTESESTUDANTESESTUDANTESESTUDANTES DEDEDEDEDE 1º 1º 1º 1º 1º EEEEE 2º 2º 2º 2º 2º GRAUSGRAUSGRAUSGRAUSGRAUS EMEMEMEMEM DEZDEZDEZDEZDEZ CAPITAISCAPITAISCAPITAISCAPITAISCAPITAIS BRASILEIRASBRASILEIRASBRASILEIRASBRASILEIRASBRASILEIRAS – – – – – EMEMEMEMEM % % % % %
Fonte: Cebrid (Fonte: Cebrid (Fonte: Cebrid (Fonte: Cebrid (Fonte: Cebrid (GaldurózGaldurózGaldurózGaldurózGalduróz , 1997, p. 95)., 1997, p. 95)., 1997, p. 95)., 1997, p. 95)., 1997, p. 95).
10 ANOS DE COMPROMISSO 3 03 03 03 03 0UN
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Evidências de preocupações do poder pú-
blico com a questão das drogas no Brasil vêm
de longe. Coincidindo com a percepção soci-
al da tendência de agravamento do uso
indevido de drogas, foi a partir dos anos 60,
no entanto, que surgiram quase todas as ini-
ciativas nacionais no campo do controle de
drogas.
É possível distinguir três momentos nas ações
feitas pelas autoridades brasileiras para controlar
a produção, a comercialização e o uso de dro-
gas e os seus efeitos danosos à saúde individual
e coletiva.
Na primeira fase, prevaleceu o enfoque
prioritariamente repressivo. Tratava-se, em sínte-
se, de controlar o tráfico e o consumo de subs-
tâncias psicoativas, mandando para a prisão tan-
to traficantes como usuários. Intervenções des-
se tipo encontravam fundamento teórico na as-
sim denominada redução da oferta , cujo objetivo
é inibir o uso indevido de tais substâncias pela
restrição do acesso às drogas.
A Lei 6.368, publicada em outubro de
1976, fez uma abordagem predominantemen-
te criminal do problema. Elaborada com a pre-
tensão de estabelecer uma política nacional
de drogas, estabeleceu algumas medidas nas
áreas de prevenção e tratamento, mas se ca-
racteriza sobretudo pela rigidez com que en-
quadrou o uso de substâncias psicoativas.
A segunda fase foi marcada pelo esforço para
incorporar a prevenção e o tratamento às
atividades de controle de drogas . Essa etapa,
que se fez notar a partir da década de 80, teve
como marco a criação dos conselhos federal,
estaduais e municipais de entorpecentes
(Confen, Conens e Comens).
A crescente atenção dada à prevenção e ao
tratamento do uso indevido de drogas refletiu
duas mudanças fundamentais. Em primeiro lu-
gar, tinha como ponto de partida a constatação
de que a simples tentativa de diminuir a oferta
se revelara incapaz de evitar o progressivo cres-
cimento do consumo. Passou-se, assim, a com-
binar a repressão com a chamada redução da
demanda por drogas.
Em segundo lugar, essa fase trouxe para o
centro das ações grupos organizados da socie-
dade. Se até então as drogas eram um assun-
to primordialmente afeto às forças policiais,
deu-se nesse momento maior engajamento
de uma gama bem mais ampla de instituições,
como escolas, entidades de pesquisa, grupos
de auto-ajuda, comunidades terapêuticas e
organizações não governamentais.
Também ocorreram duas alterações impor-
tantes no campo normativo: a criação, em 1986,
do Fundo de Prevenção, Recuperação e Com-
bate às Drogas de Abuso (Funcab), constituído
pelos recursos apreendidos na repressão ao trá-
fico ilícito e destinado a financiar priorita-
riamente projetos de prevenção e tratamento
propostos por instituições governamentais e não
governamentais; e a promulgação da nova
Constituição, em 1988.
A nova Carta definia o tráfico de drogas como
crime inafiançável, previa o confisco dos bens
de traficantes, autorizava a expropriação de ter-
ras usadas para plantio ilícito e obrigava o Estado
a manter programas de prevenção e assistência
para crianças e adolescentes.
A terceira e atual fase distingue-se pela adoção
de um conjunto de intervenções que apontam
para a busca de uma abordagem global da ques-
tão das drogas . Diferentes estratégias, coloca-
das em prática a partir de meados dos anos 90,
caracterizam essa etapa, cujo ponto culminan-
te é a criação, em 1998, da Secretaria Nacio-
nal Antidrogas (Senad) e do Conselho Nacional
Antidrogas (Conad).
P P P P PO
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Durante a Sessão Especial da Assembléia Geral da ONU sobre o Problema Mundial das Dro-
gas (UN GASS), em Nova Iorque, o Presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou a criação da
Secretaria Nacional Antidrogas, reafirmando o compromisso do Brasil com as políticas internacio-
nais de controle.
Por meio da Medida Provisória 1.669, de 19 de junho de 1998, a nova estrutura responsável por
propor e acompanhar a política nacional de controle de drogas foi definida: Secretaria Nacional Antidrogas
(Senad) e Conselho Nacional Antidrogas (Conad).
Subordinada à Casa Militar da Presidência da República, a Senad tem a responsabilidade de
planejar, coordenar e supervisionar todas as atividades de prevenção e repressão ao uso indevido
de drogas, além de fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo Nacional Antidrogas – Funad,
que substituiu o antigo Funcab – e secretariar o Conad, ao qual cabe aprovar a política nacional
antidrogas e avaliar a sua implementação.
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10 ANOS DE COMPROMISSO3 13 13 13 13 1 UN
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O Brasil, dando prossegui-
mento aos compromissos in-
ternacionais assumidos após a
ratificação da Convenção con-
tra o Tráfico Ilícito de Entor-
pecentes e de Substâncias
Psicotrópicas, de 1988, apro-
vou a Lei 9.613, de 3 de mar-
ço de 1998, que introduziu o
crime de “lavagem” de dinhei-
ro como crime autônomo.
Criou ainda o Conselho de
Controle de Atividades Finan-
ceiras – COAF, no âmbito do
Ministério da Fazenda, com a
incumbência de (I) coordenar
mecanismos de cooperação
e de troca de informações
que viabilizem ações rápidas
e eficientes no combate à
prática de “lavagem” de di-
nheiro, (II) disciplinar e apli-
Trazendo novos desafios para a
implementação de políticas efetivas de
controle do uso indevido de drogas, a
violência associada ao consumo inde-
vido de substâncias psicoativas e à Aids
foi responsável pela adoção de algumas
linhas de ação inteiramente novas.
Uma delas procura desenvolver
uma política ampla de enfrentamento
da produção e do tráfico ilícitos de dro-
gas e das grandes organizações crimi-
nosas que os dominam por meio de
várias iniciativas. Duas leis merecem ser
citadas especialmente.
Lei 9.017, de 30 de março de 1995, que
introduziu novos mecanismos de controle dos
insumos usados na fabricação de cocaína e outras
substâncias psicoativas (precursores químicos).
Lei 9.613, de 3 de março de 1998, que
criou o Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (COAF), ao qual é conferida a atri-
buição de coordenar as ações de repressão à
“lavagem” de dinheiro e à ocultação de bens,
direitos e valores.
Ao mesmo tempo, a importância do uso
indevido de drogas como fator de transmissão do
HIV e de outros agentes infecciosos permitiu que
fosse testada no país, em meados dos anos 90, a
estratégia de redução de danos causados pela uti-
lização indevida de substâncias psicoativas.
No passado, discutiu-se muito se o problema
do uso indevido de drogas seria criminal ou sanitá-
rio. O conjunto de iniciativas adotadas no Brasil
nos últimos anos parece apontar para o reconhe-
cimento, que vai se tornando consensual em qua-
se todo o mundo, de que essa é uma falsa
polêmica. As dimensões social, econômica, cultu-
ral e criminal da questão mostram que ela não
pode ser enfrentada com eficácia a não ser que
sejam considerados todos esses aspectos.
car penas administrativas, (III)
receber, examinar e identificar
ocorrências suspeitas dessa
atividade criminosa.
A lei 9.613 representa um
avanço na luta contra a “lava-
gem” de dinheiro no Brasil, pois
institui medidas que agilizam os
procedimentos de investigação
e punição do crime, conforme
as mais recentes recomenda-
ções dos organismos internacio-
nais que tratam do assunto. O
crime de “lavagem” é toda
atividade que visa a ocultar ou
dissimular a natureza, origem,
localização, disposição, movi-
mentação ou propriedade de
bens, direitos e valores ou re-
cursos provenientes, direta ou
indiretamente, de crimes ante-
cedentes.
AAAA AB
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DA
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GR
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LLLLLAVAGEMAVAGEMAVAGEMAVAGEMAVAGEM DEDEDEDEDE DINHEIRODINHEIRODINHEIRODINHEIRODINHEIRO
São considerados, segundo
a legislação brasileira, crimes
antecedentes da “lavagem” de
dinheiro: narcotráfico, contra-
bando de armas, terrorismo,
seqüestro, crimes contra a ad-
ministração pública (corrupção),
contra o sistema financeiro na-
cional e aqueles praticados por
organização criminosa.
Essa lei determina, como
medida de prevenção à “lava-
gem” do dinheiro, que todas
as entidades, financeiras ou
não, se obriguem a: (I) identi-
ficar seus clientes e manter ca-
dastros atualizados, (II) regis-
trar todas as transações acima
de determinado valor e (III)
comunicar à autoridade com-
petente as operações suspei-
tas de prática de “lavagem”.
A complexidade da questão dasA complexidade da questão dasA complexidade da questão dasA complexidade da questão dasA complexidade da questão das
drogas tornou necessário discu-drogas tornou necessário discu-drogas tornou necessário discu-drogas tornou necessário discu-drogas tornou necessário discu-
tir alternativas de controle em vá-tir alternativas de controle em vá-tir alternativas de controle em vá-tir alternativas de controle em vá-tir alternativas de controle em vá-
rios níveis: local, regional erios níveis: local, regional erios níveis: local, regional erios níveis: local, regional erios níveis: local, regional e
internacional. Hoje, é precisointernacional. Hoje, é precisointernacional. Hoje, é precisointernacional. Hoje, é precisointernacional. Hoje, é preciso
pensar estratégias múltiplas depensar estratégias múltiplas depensar estratégias múltiplas depensar estratégias múltiplas depensar estratégias múltiplas de
ação, envolvendo todos os seg-ação, envolvendo todos os seg-ação, envolvendo todos os seg-ação, envolvendo todos os seg-ação, envolvendo todos os seg-
mentos da sociedade.mentos da sociedade.mentos da sociedade.mentos da sociedade.mentos da sociedade.
HHHHHÁÁÁÁÁ UMAUMAUMAUMAUMA
CORRELAÇÃOCORRELAÇÃOCORRELAÇÃOCORRELAÇÃOCORRELAÇÃO
PERVERSAPERVERSAPERVERSAPERVERSAPERVERSA ENTREENTREENTREENTREENTRE
DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS EEEEE
EXCLUSÃOEXCLUSÃOEXCLUSÃOEXCLUSÃOEXCLUSÃO, , , , , QUEQUEQUEQUEQUE
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SUBMUNDOSUBMUNDOSUBMUNDOSUBMUNDOSUBMUNDO
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DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS EEEEE OOOOO CRIMECRIMECRIMECRIMECRIME
ORGANIZADOORGANIZADOORGANIZADOORGANIZADOORGANIZADO CRIAMCRIAMCRIAMCRIAMCRIAM
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MEDOMEDOMEDOMEDOMEDO QUEQUEQUEQUEQUE TEMTEMTEMTEMTEM
IMPLICAÇÕESIMPLICAÇÕESIMPLICAÇÕESIMPLICAÇÕESIMPLICAÇÕES
TANTOTANTOTANTOTANTOTANTO ECONÔMICASECONÔMICASECONÔMICASECONÔMICASECONÔMICAS
QUANTOQUANTOQUANTOQUANTOQUANTO SOCIAISSOCIAISSOCIAISSOCIAISSOCIAIS.....
10 ANOS DE COMPROMISSO 3 23 23 23 23 2UN
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O governo brasileiro e o UNDCP já
iniciaram um programa de cinco anos
para tornar mais eficientes as estratégias
de repressão às drogas no país. Ao todo,
são cinco projetos que visam à moder-
nização das estruturas brasileiras de con-
trole, possibilitando desde o forta-
lecimento institucional da Academia
Nacional de Polícia e o treinamento de
profissionais da área de segurança do
cidadão até a criação de um sistema in-
tegrado nacional de informações de jus-
tiça e segurança pública.
Outra preocupação dos projetos é o
fortalecimento do controle de precur-
sores químicos, substâncias que podem
ser utilizadas na fabricação de drogas.
Essas substâncias transitam pelo Brasil
em direção aos locais de produção.
Mais de US$20 milhões serão inves-
tidos no âmbito do Subprograma de Re-
pressão às Drogas, que consta dos se-
guintes projetos: 1) Coordenação das
Estruturas Brasileiras de Repressão, 2)
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SFortalecimento Institucional da Aca-
demia Nacional de Polícia, 3) Treina-
mento para Profissionais da Área de
Segurança do Cidadão, 4) Fortaleci-
mento do Controle de Precursores
Químicos, 5) Sistema Integrado Na-
cional de Informações de Justiça e
Segurança Pública – Infoseg.
CCCCCOORDENAÇÃOOORDENAÇÃOOORDENAÇÃOOORDENAÇÃOOORDENAÇÃO DASDASDASDASDAS E E E E E STRUTURASSTRUTURASSTRUTURASSTRUTURASSTRUTURAS
BBBBBRASILEIRASRASILEIRASRASILEIRASRASILEIRASRASILEIRAS
DEDEDEDEDE R R R R R EPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃO
A parceria do UNDCP foi solicita-
da para apoio técnico-administrativo e
para a coordenação e o monito-
ramento dos projetos que compõem
o Subprograma de Estratégias de Pre-
venção e Repressão à Criminalidade
no Brasil. Para esse fim foi criado pelo
UNDCP, em setembro de 1998, um
projeto de coordenação, com duração
prevista de cinco anos, para orientar a
implementação dos projetos no âmbi-
to do Subprograma.
É fundamental conferir a todos os
projetos um caráter integrado e
atualizado tecnicamente de acordo
com normas internacionais. Visto que
todos os quatro projetos coordenados
incluem importantes componentes de
treinamento, é crucial que se evite,
por exemplo, a duplicação de atividades, para que
sejam asseguradas a efetividade e a eficiência.
Além de coordenar e monitorar as atividades
dos quatro projetos, o projeto de Coordenação
tem por objetivos providenciar a assistência téc-
nica do UNDCP aos órgãos brasileiros de repres-
são a drogas; controlar e avaliar o processo de
modernização das estruturas de repressão; e dar
assistência às autoridades brasileiras no desen-
volvimento de uma futura estratégia integrada de
repressão a drogas.
FFFFFORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTO I I I I I NSTITUCIONALNSTITUCIONALNSTITUCIONALNSTITUCIONALNSTITUCIONAL DADADADADA A A A A A CADEMIACADEMIACADEMIACADEMIACADEMIA
NNNNNACIONALACIONALACIONALACIONALACIONAL DEDEDEDEDE P P P P P OLÍCIAOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIA
O projeto visa à modernização dos equipa-
mentos e materiais e à atualização e padroniza-
ção dos currículos e métodos pedagógicos relacio-
nados ao controle de drogas da Academia Nacio-
nal de Polícia (ANP).
Por meio de tecnologia e métodos pedagógi-
cos atualizados, serão transmitidos módulos de
treinamento a todas as regiões do país, de for-
ma a integrar os esforços da ANP com os das
academias estaduais. Além disso, o projeto visa
10 ANOS DE COMPROMISSO3 33 33 33 33 3 UN
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aumentar a eficiência das forças
policiais existentes. Entretanto,
devido à natureza autônoma do
treinamento policial ministrado
pelos estados, verifica-se um cer-
to desequilíbrio nas atividades
desenvolvidas nesse sentido em
diferentes regiões do país.
Entre as atividades previstas
no projeto estão: a elaboração
de materiais e instrumentos de
treinamento; a criação de um
programa de currículo mínimo
comum, a ser aplicado nas aca-
demias de treinamento policial
participantes do projeto; e a
integração de todos os profissio-
nais de segurança do país por
meio de uma rede de aprendi-
zado a distância. Serão 54 aca-
demias participantes.
FFFFFORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTOORTALECIMENTO DODODODODO C C C C C ONTROLEONTROLEONTROLEONTROLEONTROLE
DEDEDEDEDE P P P P P RECURSORESRECURSORESRECURSORESRECURSORESRECURSORES Q Q Q Q Q UÍMICOSUÍMICOSUÍMICOSUÍMICOSUÍMICOS
Com duração prevista de
cinco anos, este projeto visa ao
controle descentralizado de
precursores químicos em todo
o país e à redução do desvio
de tais substâncias para mer-
cados ilícitos. Fortalecer as es-
truturas que garantem o con-
trole desses precursores e pro-
dutos químicos é fator determi-
nante para que a lei seja efeti-
vamente aplicada.
Entre as principais atividades
a serem desenvolvidas estão a
criação de um sistema informa- sistema informa- sistema informa- sistema informa- sistema informa-
tizado de controle de precur-tizado de controle de precur-tizado de controle de precur-tizado de controle de precur-tizado de controle de precur-
sores, sores, sores, sores, sores, coordenado entre as 26
superintendências regionais e
suas 54 respectivas unidades des-
centralizadas; treinamento de treinamento de treinamento de treinamento de treinamento de
pessoal pessoal pessoal pessoal pessoal em atividades de con-
trole, assim como elaboração de
material pedagógico; facilitação
de troca de informações troca de informações troca de informações troca de informações troca de informações den-
tro do Brasil e com países vizi-
nhos; modernização da frota modernização da frota modernização da frota modernização da frota modernização da frota
de veículos e dos equipamen-de veículos e dos equipamen-de veículos e dos equipamen-de veículos e dos equipamen-de veículos e dos equipamen-
tostostostostos de laboratório utilizados nas
atividades das superintendências
da Polícia Federal e suas unida-
des descentralizadas.
a introduzir um programa de
treinamento contínuo, que per-
mita a atualização do conheci-
mento entre as organizações
pol iciais.
A ANP foi fundada em 1979,
em Brasília, e faz parte do De-
partamento de Polícia Federal do
Ministério da Justiça. As instala-
ções e programas de treinamen-
to da Academia estiveram entre
os melhores da América Latina,
porém, recursos financeiros limi-
tados durante a última década re-
sultaram na defasagem da estru-
tura. Hoje, a ANP necessita subs-
tituir seus instrumentos e meto-
dologias de treinamento e atua-
lizar seus currículos.
O objetivo da Academia é
treinar permanentemente os
policiais federais e oferecer trei-
namento especializado para ou-
tras polícias. Nesse sentido, o
projeto desempenhará um papel
importante no desenvolvimento,
treinamento e atualização do
pessoal de segurança pública nos
níveis federal e estadual.
O projeto, que tem duração
prevista para três anos a partir
de abril de 1998, beneficiará
diretamente 2.000 novos poli-
ciais, além dos 6.000 funcioná-
rios da Polícia Federal e dos
1.900 integrantes do pessoal de
apoio do Departamento de
Polícia Federal.
TTTTTREINAMENTOREINAMENTOREINAMENTOREINAMENTOREINAMENTO PARAPARAPARAPARAPARA
PPPPPROFISSIONAISROFISSIONAISROFISSIONAISROFISSIONAISROFISSIONAIS DADADADADA Á Á Á Á Á REAREAREAREAREA DEDEDEDEDE
SSSSSEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇA DODODODODO C C C C C IDADÃOIDADÃOIDADÃOIDADÃOIDADÃO
O projeto visa à moderniza-
ção de equipamentos, programas
e materiais de treinamento, para
que as forças policiais tenham ca-
pacidade uniforme e efetiva na
área de segurança pública,
incluindo a repressão às drogas.
Outro dos objetivos do projeto
é a uniformização do treinamen-
to policial de acordo com os pa-
drões internacionais.
O treinamento é a ferramen-
ta imediata mais acessível para
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O projeto visa a apoiar o Mi-
nistério da Justiça no desenvol-
vimento do Infoseg. Primeiro sis-
tema computadorizado para o
registro nacional integrado de in-
formações criminais e referên-
cias cruzadas, o Infoseg permiti-
rá a compilação de dados de
todo o país sobre mandados de
prisão, armas de fogo, popula-
ções carcerárias, penitenciárias,
veículos, passaportes e estrangei-
ros. Esses dados serão usados
pelas polícias federal, militar e
civil, bem como pela alfândega
e autoridades portuárias e de
trânsito, além de outros agentes
de segurança pública no país.
Assegura que o sistema seja
instalado e funcione em todos
os estados, incluindo o acompa-
nhamento de delitos relaciona-
dos a drogas e tráfico, acessando
sistemas internacionais de infor-
mações criminais, especialmen-
te nos países que fazem frontei-
ra com o Brasil.
Desenvolvido pelo Ministério
da Justiça com a participação de
todos os governos estaduais, o sis-
tema assegura a autonomia das
polícias estaduais quanto ao aces-
so, uso e compartilhamento do
banco de dados para fins de se-
gurança pública.
O Infoseg permitirá que au-
toridades estaduais façam con-
sultas sobre um indivíduo de ou-
tro estado, economizando tem-
po e dinheiro. Futuramente, será
feita a conexão com outros paí-
ses, inicialmente no âmbito do
Mercosul, de modo a aumentar
o intercâmbio de informações
sobre o crime organizado em
geral e o tráfico de drogas.
Mais de 470 mil policiais se-
rão diretamente beneficiados
pelo projeto, que proporcionará
um melhor acompanhamento
das atividades na área criminal.
10 ANOS DE COMPROMISSO3 33 33 33 33 3 UN
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ABDETRAN – Associação Brasileira dos
Departamentos de Trânsito
AIDS – Acquired Immunodeficiency
Syndrome, isto é, Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida
ANDI – Agência de Notícias dos Direitos da
Infância
ANP – Academia Nacional de Polícia
CEBRID – Centro Brasileiro de Informações
sobre Drogas Psicotrópicas
CETAD – Centro de Estudos e Terapia do
Abuso de Drogas
CN DST-Aids/MS – Coordenação Nacional
de Doenças Sexualmente Transmissíveis e
Aids/Ministério da Saúde
COAF – Conselho de Controle de Atividades
Financeiras
COMEM – Conselho Municipal de
Entorpecentes
CONAD – Conselho Nacional Antidrogas
CONEN – Conselho Estadual de
Entorpecentes
CONFEN – Conselho Federal de
Entorpecentes (extinto)
COSAM – Coordenação de Saúde Mental da
Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério
da Saúde
DESIPE – Departamento do Sistema
Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro
DRE – Divisão de Repressão a Entorpecentes
da Polícia Federal
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis
EPM – Escola Paulista de Medicina, UNIFESP
FEBRACT – Federação Brasileira de
Comunidades Terapêuticas
FIESP – Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo
FUNAD – Fundo Nacional Antidrogas
FUNCAB – Fundo de Prevenção,
Recuperação e de Combate às Drogas de
Abuso (extinto)
GREA – Grupo Interdisciplinar de Estudos de
Álcool e Drogas da Universidade de São
Paulo
HIV – Human Immunodeficiency Virus, isto é,
Vírus da Imunodeficiência Humana
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
NEPAD – Núcleo de Estudos e Pesquisas em
Atenção ao Uso de Drogas
OMS – Organização Mundial de Saúde
ONGs – Organizações não governamentais
ONU – Organização das Nações Unidas
PANAD – Programa Nacional Antidrogas
PIB – Produto Interno Bruto
PNUD – Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento
PROAD – Programa de Orientação e
Atendimento a Dependentes - EPM
SENAD – Secretaria Nacional Antidrogas
SESI – Serviço Social da Indústria
SISP – Serviço de Informação de Substâncias
Psicoativas
SUS – Sistema Único de Saúde
UDIs – Usuários de Drogas Injetáveis
UNAIDS – Programa Conjunto das Nações
Unidas para o HIV/Aids
UNDCP – Programa das Nações Unidas para
o Controle Internacional de Drogas
UNFDAC – Fundo das Nações Unidas para o
Controle do Abuso de Drogas (extinto)
UN GASS – Sessão Especial da Assembléia
Geral das Nações Unidas
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo
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