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    uma explicao da Conveno sobre osDireitos das Pessoas com Deficincia

    Todos podemos... disso que se trata

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    Apresentao da verso brasilera

    com enorme prazer que apresentamos esta verso em lngua portuguesa do livro Its about ability An explanation

    of the Convention on the Rights of Persons with Disabilities, publicado em 2008 pelo UNICEF e Fundao Victor Peneda,

    com o propsito de divulgar e conscientizar a sociedade, particularmente crianas e adolescentes, sobre os direitos

    humanos relativos s pessoas com deficincia.

    Em especial, esta publicao, aos nossos olhos, uma importante ferramenta para minimizarmos as barreiras atitudinais

    em relao participao plena das pessoas com deficincia em nossa sociedade, tendo como objetivo difundir as

    principais ideias da Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia e o seu Protocolo Facultativo.A Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia e o seu Protocolo Facultativo foram elaborados a partir

    da mobilizao de organizaes, ativistas de direitos humanos, representantes governamentais que atuam na rea

    de defesa e garantia dos direitos humanos relativos pessoa com deficincia. Suas ideias centrais so: a equidade

    de oportunidade, enfrentamento discriminao e o aumento do poder das pessoas com deficincia. Esse tratado

    internacional foi aprovado pela Assembleia Geral das Naes Unidas, em dezembro de 2006, e assinado por mais de 100

    pases, entre eles, o Brasil, em Nova Iorque em 30 de maro de 2007.

    A Conveno, de acordo com a Organizao das Naes Unidas (ONU), um instrumento de garantia de direitos

    humanos, com explcita dimenso de desenvolvimento social. Ela reafirma que todas as pessoas, com quaisquer tipos de

    deficincia, devem gozar de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais e esclarece exatamente como essas

    devem ser aplicadas. Alm disso, identifica especificamente reas em que so necessrias adequaes para permitir que

    as pessoas com deficincia exeram efetivamente seus direitos e afirma que, quando esses forem violados, sua proteo

    deve ser reforada.

    Assim, em 2009, a partir de parceria estabelecida entre o UNICEF e o RIOinclui - Obra Social da Cidade do Rio de

    Janeiro (OSCRJ), esta publicao foi traduzida, e posteriormente submetida a um grupo de trabalho composto por

    representantes de rgos governamentais e instituies no governamentais, com proficincia na rea dos direitos

    humanos relativos s pessoas com deficincia, para validao tcnica e adequaes necessrias.

    A Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia coloca no seu Artigo 1 - Pessoas com deficincia so

    aquelas que tm impedimentos de longo prazo de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em

    interao com diversas barreiras, podem obstruir sua participao plena e efetiva na sociedade em igualdades de

    condies com as demais pessoas.

    Compreendemos que as barreiras, em sua maioria, no so fsicas, mas construdas com base nas diversas concepes

    sobre as deficincias.O livro Todos podemos... disso que se trata ser um instrumento de conscientizao de crianas e adolescentes,

    alunos de escolas pblicas e particulares, visando mudar paradigmas nas concepes, atitudes e abordagens em relao

    s pessoas com deficincia.

    Todos podemos... disso que se trata!

    isso que todos precisamos saber!

    A mudana comea por ns!

    Boa leitura!

    Cristine de Souza Assed Paes Gary Stahl

    Diretora Presidente Representante do UNICEF no Brasil

    Obra Social da Cidade do Rio de Janeiro Fundo das Naes Unidas para a Infncia

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    AgradecimentosO texto para este livro foi elaborado por Victor Santiago Pineda, criador da Fundao Victor Pineda e o mais

    jovem delegado governamental do Comit Ad Hoc que esboou a Conveno sobre os Direitos das Pessoascom Deficincia.

    O projeto deste livro foi iniciado no UNICEF e, desde ento, tem sido liderado por Helen Schulte, do Setor deProteo Infncia do UNICEF, com o apoio de Maria Cristina Gallegos, coordenadora do Voices of Youth (Vozes

    dos Adolescentes) da unidade de Participao e Desenvolvimento de Adolescente do UNICEF.

    Esta publicao foi editada e produzida pela Diviso de Comunicao do UNICEF.

    O UNICEF agradece e reconhece o apoio do Save the Children do Reino Unido e Sucia, e do SpecialOlympics.

    Expressamos tambm nosso agradecimento aos escritrios do UNICEF na Armnia, China, Etipia,Nicargua, Tailndia e Uzbequisto, por suas importantes contribuies.

    Nosso agradecimento especial s crianas e aos adolescentes com deficincia, que dividiram suas ideiasem reunies organizadas pelo Save the Children e pela Fundao rabe de Direitos Humanos em Sanaa,no lmen, em outubro de 2007, e em uma Conferncia da Juventude organizada pela Special Olympics

    em Xangai, na China, paralelamente aos Jogos Mundiais de Vero, em outubro de 2007. O nosso muitoobrigado tambm queles que participaram das reunies on-line por meio do Vozes dos Adolescentes e aosadolescentes com deficincia, lderes da iniciativa A World Enabled da Fundao Victor Pineda.

    O UNICEF especialmente grato s crianas que contriburam com seus poemas e obrasde arte.

    Tambm gostaramos de agradecer aos membros do grupo tcnico consultivo do projeto por seus comentriosatenciosos sobre esboos sucessivos, em particular Saudamini Siegrist (UNICEF Florena), Gerison Lansdown(consultora independente), Alexandra Yuster, Daniel Seymour e Nadine Perrault (UNICEFNova Iorque), CatherineNaughton (Christian Blind Mission) e Cherie Tropet e Vanessa Anaya (Fundao Victor Pineda), que ajudaram areescrever os esboos iniciais.

    Reconhecemos e agradecemos o apoio generoso dado a este projeto pelo Comit Alemo para o UNICEF.

    Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF)Abril de 2008.

    necessria a permisso para reproduzir qualquer partedesta publicao. Entre em contato com o departamento deprofissionais de desenvolvimento, Diviso de Comunicao doUNICEF.

    3 UN Plaza, Nova Iorque, NY, 10017, EUATel: (+1-212) 326-7434Fax: (+1-212) 303-7985E-mail: [email protected]

    A permisso para reproduo ser concedida livremente paraorganizaes educacionais ou sem fins lucrativos. A outras, ser

    solicitado o pagamento de uma pequena taxa.

    Ilustrao de capa por Lisa Lavoie, inspirada em um desenho de

    Lea Nohem Hernndez.

    Projeto grfico de Christina Bliss.

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    Todos podemos... dissoque se tratauma explicao da Conveno sobre osDireitos das Pessoas com Deficincia

    SUMRIO

    A questo 2

    Aes para mudana 3

    Sobre este livro 3

    Sobre a Conveno 7

    Resumo da Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia 8

    Como os direitos se tornam reais 17

    Teste seu conhecimento 19

    Glossrio 21

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    A questoEu no tenho pernas,tenho sentimentos,Eu no posso ver,E penso o tempo todo,

    Sou surda,E quero me comunicar,Por que as pessoas me veem como intil, sem pensamentos,sem voz,Quando sou to capaz quanto qualquer outro,De refletir sobre o nosso mundo.

    Coralie Severs, 14 anos, Reino Unido

    Esse poema fala por milhes de crianas e adultos comdeficincia, que vivem em todas as partes do mundo. Muitosdeles enfrentam discriminao todos os dias. Suas habilidadesso negligenciadas e suas capacidades subestimadas. Elesno tm acesso educao, aos cuidados de sade deque necessitam e so excludos das atividades em suascomunidades.

    Contudo, as crianas e os adultos com deficincia tm osmesmos direitos que todas as outras pessoas.

    Incentive-me ... voc pode! Bismark Benavides, 13, Nicargua

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    Aes para mudanaEsse o motivo pelo qual a Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia foi criada.Esse acordo internacional exige que os governos em todo o mundo assegurem os direitos decrianas e adultos com deficincia.

    O UNICEF e seus parceiros esto trabalhando para incentivar todos os pases a que ratifiquem

    a Conveno, para proteger as crianas com deficincia contra a discriminao e promover suaincluso social. Todos ns temos um papel a cumprir. Continue lendo para saber como participar,garantindo que todos sejam tratados como devem.

    Sobre este livroEste livro foi criado com a participao de crianas para explicar a outras crianas a Convenosobre os Direitos das Pessoas com Deficincia, o porqu desse documento ter sido criado e comoele pode ajudar as pessoas com deficincia a exercer seus direitos. Esperamos que voc utilize estlivro visando ajudar a difundir essa ideia e, consequentemente, contribuindo para que as crianascom deficincia tenham oportunidades iguais para atingir seus objetivos.

    Pode ser que voc conhea pessoas com deficincia ou seja uma delas. Pessoas com deficinciapodem ter dificuldade em ver, ouvir, andar ou se lembrar. Mas elas tambm tm sonhos,esperanas e ideias que querem compartilhar como nos desenhos e poemas aqui publicados.

    Incentivamos voc a partilhar essas informaes com os seus pais, professores, amigos e comqualquer outra pessoa que voc ache que possa ter interesse.

    Neste livro, voc encontrar um resumo da Conveno sobre os Direitos das Pessoas comDeficincia e as razes pelas quais esse documento foi criado. Voc pode aprender sobre os

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    Entendendo a deficincia

    Voc j se sentiu excludo? Crianas e adultos que tm dificuldade em ver,aprender, andar ou escutar geralmente se sentem excludos. Existem vrias

    barreiras, em sua maioria construdas pela sociedade, que podem impedira plena participao das pessoas com deficincia na sua comunidade. Umacriana em cadeira de rodas, por exemplo, tambmquer ir escola, mas, se a escola no tem rampas deacesso e os diretores ou professores no do o apoionecessrio, essa criana talvez no consiga frequentara escola.

    Para que todos tenham acesso aos seus direitos,precisamos mudar as regras existentes, as atitudes eat mesmo as construes.

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    direitos e responsabilidades de todos e sobre as medidas e aesque os governos devem adotar para garantir os direitos das crianascom deficincia. Voc pode, ainda, descobrir quais atitudes devetomar para fazer a diferena.

    No final do livro, h uma lista de palavras e o que elas significam. Alista ou glossrio vai ajud-lo a compreender palavras que podem sernovas para voc.

    O que uma conveno

    Uma conveno um acordo entre pases paraque eles obedeam s mesmas leis sobre umassunto especfico. Quando um pas assina eratifica (aprova) uma conveno, esta se tornauma regra e orienta as aes do governo.Geralmente, o governo adapta ou cria suasprprias leis para apoiar os objetivos daconveno.

    O que so direitos humanos

    Todas as pessoas no mundo esto protegidas por leis quedefendem seus direitos e sua dignidade inerente (a dignidadecom a qual todas as pessoas nascem). Ningum pode serexcludo de ter acesso aos seus direitos. Por exemplo, todo serhumano tem direito vida e liberdade. Esses direitos estoafirmados na Declarao Universal dos Direitos Humanos,adotada por todos os pases-membros das Naes Unidas, em1948. Todas as crianas tm direito alimentao e a cuidadosde sade, direito de ir escola e de ser protegidas contra oabuso e a violncia. Crianas tambm tm o direito de dizer

    o que acham que deve acontecer quando os adultos estotomando decises que as afetam, e a ter sua opinio levadaem considerao. Os direitos das crianas esto declarados naConveno sobre os Direitos da Criana.

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    A mensagem CAPACIDADEpor Victor Santiago Pineda, presidente da Fundao Victor Pineda

    Quando eu tinha 5 anos de idade, parei de andar. medida que fui crescendo, meus msculosse tornaram muito fracos at mesmo para respirar. Eu pensava que ningum gostava de mim

    porque eu era diferente. Meus pais no sabiam o que fazer. Mas eles sempre fizeram com que eume sentisse amado. Eles acreditaram em mim, me deixaram correr riscos e tentar coisas novas. Eudesenvolvi autoconfiana.

    Minha famlia sabia que eu teria quelutar para trilhar meu prprio caminho.Durante minha infncia, precisei mudar asideias das pessoas sobre o que eu podia ecomo poderia fazer. Acabei descobrindoque existem leis que me protegem. Porcausa dessas leis, recebi o apoio de queeu precisava e pude ser um timo aluno.

    Eu cresci imaginando como teria sidominha vida se eu tivesse vivido em algumlugar que no protegesse os direitos decrianas como eu. Descobri que pessoascomo eu, de todas as partes do mundo, estavam se encontrando nas Naes Unidas para trabalhsobre essas questes, e eu me esforcei muito para unir-me a elas.

    Eu fui o mais jovem delegado do comit especial das Naes Unidas, que esboou a Convenosobre os Direitos das Pessoas com Deficincia. Fiz muitos amigos e partilhei minhas ideias e, juntocom os governos, criamos a Conveno.

    Cada pessoa no mundo diferente e tem ideias, experincias, tradies e capacidades diferentesEu aprendi que essas diferenas podem criar novas possibilidades, novas esperanas, novossonhos e novas amizades.

    Este livro um convite ao, para que crianas com e sem deficincia fiquem lado a lado e lutempelo que lhes de direito. As diferenas entre as pessoas do nosso mundo so um tesouro a servalorizado e partilhado por todos. Cada criana parte da famlia do mundo e contribui com suascapacidades nicas. Todas as crianas esto includas.

    Victor Santiago Pineda um educador e cineasta que trabalha com jovens com deficincia para inform-los sobre

    os seus direitos. Ele desenvolveu a iniciativa A World Enabled com a sua fundao, para educar o pblico sobre ascapacidades e o potencial de jovens com deficincia. Pineda trabalhou com as Naes Unidas, com o Banco Mundial elderes governamentais para promover respeito, oportunidades iguais e dignidade para todos. Ele tem distrofia muscue usa uma cadeira de rodas para se locomover.

    Ter uma deficincia no algo ruim. Pode at ser algo que se possa ter orgulho. Somos todos diferentes e todns temos diferentes CAPACIDADES. Cada criana podser uma embaixadora da questo da capacidade paranossas famlias, escolas e comunidades. Cada um de ntem ideias, experincias e habilidades que podem serva todos os outros. Este livro convoca todas as pessoas todas as naes a nos honrar e nos respeitar do jeito q

    somos.

    Victor Santiago Pineda

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    Eu sou feliz quando...Eu sou feliz com pequenas coisasEu sou feliz quando...As pessoas compreendem o que estou tentando dizerQuando eu falo com outra pessoa no mesmo nvelEu sou feliz porque sou orgulhosa de mim mesmaEu sou feliz quando eu estudo

    Estudando eu posso aprender novas informaesEu posso compreender notcias do mundo todoEu posso calcular quanto pagar quando estou comendoEu posso dizer se o que penso est certo ou erradoEu sou feliz porque eu posso fazer muitas coisas sozinhaEu sou feliz porque eu tenho uma coisa favorita para fazerEu sou feliz quando estou torcendo por jogadores de futebolPorque o entusiasmo deles to grandeEu sinto como se fosse um delesE tambm me encho de entusiasmoEu sou feliz porque eu tenho um sonho

    Ele pode parecer pequeno, masPlanejar e viver com f a cada diaFaz com que eu me sinta to feliz

    Kim Yoona, 15 anos, Repblica da Coreia

    Direito de brincar Javlon Rakmonberdiev, 12, Uzbequisto

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    Sobre a ConvenoA Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia um acordo entre pases detodo o mundo para que pessoas com e sem deficincia sejam tratadas em igualdade decondies. Convenes, s vezes chamadas de tratados, pactos, acordos internacionaisou instrumentos legais, dizem a seu governo o que ele deve fazer para ter certeza deque voc possa gozar de seus direitos. Todos os adultos e crianas com deficincia esto

    amparados pela Conveno; meninas e meninos, igualmente, esto includos.

    A Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia foi adotada em 13 dedezembro de 2006 e entrou em vigor em 3 de maio de 2008 (consulte as regras daConveno em ).

    Apesar de a Conveno ser para todas as pessoas com deficincia, independente deidade, este livro dedicado especialmente aos direitos que repercutem diretamente navida das crianas. Isso porque vocs, crianas, so importantes!

    Por que se importar com a Conveno?

    Se voc, seus pais ou outras pessoas na sua famlia tm uma deficincia, a Convenooferece informaes teis e incentivos. Ela orienta voc e sua famlia e amigos quequerem apoi-lo no exerccio dos seus direitos. Ela tambm define as medidas que osgovernos devem adotar para dar apoio a todas as pessoas com deficincia na realizaode seus direitos.

    Pessoas com deficincia de diversos pases trabalharam em parceria com seus governospara elaborar essa Conveno. Elas tiveram ideias observando as boas prticas e leis quegarantiam o direito de as pessoas com deficincia frequentar a escola, conseguir umemprego, se divertir e viver felizes em suas comunidades.

    Vrios regulamentos, atitudes e mesmo construes existentes devem mudar paragarantir que uma criana com deficincia possa frequentar a escola, brincar e estarinserida em atividades das quais toda criana gostaria de participar. Se o seu governoratificou a Conveno, ele concordou em fazer com que essas mudanas aconteam.

    importante lembrar que os direitos tratados nessa Conveno no so direitos novos.Eles so os mesmos direitos humanos reconhecidos na Declarao Universal dos DireitosHumanos, na Conveno sobre os Direitos da Criana e em outros tratados internacionaisde direitos humanos. A Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia garantetais direitos s pessoas com deficincia.

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    Resumo daConveno sobr

    os Direitos dasPessoas comDeficinciaOs 50 artigos da Conveno explicam claraquais so os direitos das pessoas com deficOnde dissermos governo nas pginas a seestaremos falando dos governos que ratificConveno (tambm chamados de

    Estado partes).

    O que significa ratificar

    Governos que ratificam uma Conveno concordam emadotar medidas para cumprir seus artigos. Verifique parasaber se o seu pas ratificou a Conveno. Caso ele tenha

    ratificado, voc pode lembrar aos representantes do seugoverno sobre as responsabilidades deles. A Organizaodas Naes Unidas publica uma lista de Estados partes queassinaram e concordaram com a Conveno. Para ver on-line se o seu pas ratificou a Conveno, consulte o site dasNaes Unidas: .

    Otimismo o nosso lema na vida

    Oua meu amigo, meus amigos

    Deixe seu lema ser amor e f

    A vida uma ddiva do nosso Senhor misericordioso

    A todas as criaturas no cu como na terra

    Se voc tem amigos com deficinciaFique prximo a eles para ajud-los a se

    sentir seguros

    Estimule-os a ser otimistas e a amar a vida

    Diga a eles que falta de esperana covardia

    E que a perseverana e a determinao so sinais de

    coragem

    A esperana o nosso objetivo na vida

    Um sorriso acolhedor nos une

    No h falta de esperana na vida e no h vida na falta

    de esperana

    Jwan Jihad Medhat, 13 anos, Iraque

    O que so leis

    Leis so regras que todos

    tm que seguir para que aspessoas se respeitem umass outras e vivam juntas emsegurana.

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    RESUMO DA CONVENO

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    Artigo 1:Propsito

    Este artigo resume o principal objetivo da Conveno que promover, proteger e asseguraro desfrute total e igual de todos os direitos humanos e liberdades, por todas as pessoas comdeficincia, incluindo crianas.

    Artiqo 2:Definies

    Este artigo lista palavras que tm uma definio especfica nessa Conveno. Por exemplo, lnguinclui lnguas faladas, de sinais ou outras lnguas no faladas. Comunicao inclui lnguas,monitores de texto, Braille (que usa pontos em relevo para letras e nmeros), comunicao pelotato, impresso aumentada e multimdia acessvel (como websites ou udio).

    Artigo 3:Princpios gerais

    Os princpios (convices principais) da Conveno so:

    (a) Respeito pela dignidade inerente a todos, liberdade de fazer as prprias escolhas eindependncia.

    (b) No discriminao (tratar todos igualmente).

    (c) Participao plena e incluso na sociedade (ser includo na sua comunidade).

    (d) Respeito pelas diferenas e aceitao das pessoas com deficincia como parte dadiversidade humana.

    (e) Igualdade de oportunidades.

    (f ) Acessibilidade (ter acesso a transporte, lugares e informaes, e no ter o acesso recusadoporque se tem uma deficincia).

    (g) Igualdade entre homens e mulheres (ter as mesmas oportunidades se voc for menina oumenino).

    (h) Respeito pela capacidade de desenvolvimento das crianas com deficincia e o direito de

    preservar a sua identidade (ser respeitado pelas suas capacidades e ter orgulho de quem voc).

    Artigo 4:Obrigaes gerais

    No devem existir leis quediscriminem pessoas com deficincia.Se necessrio, os governos devemcriar novas leis para proteger osdireitos das pessoas com deficinciae colocar essas leis em prtica. Seleis antigas ou tradies discriminam

    pessoas com deficincia, os governosdevem encontrar maneiras de mud-las.

    Para desenvolver novas leis epolticas, os governos devem buscaraconselhamento de pessoas comdeficincia, incluindo crianas.

    Se existem leis ou prtsociais que impedem qcrianas com deficincfaam as mesmas coisaque as outras crianas,essas devem ser mudaSeu governo deveconsultar organizaes

    crianas com deficincpara mudar essas leis epolticas.

    Lisa

    Lavoie

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    RESUMO DA CONVENO

    Artigo 5:Igualdade e no discriminao

    Os governos reconhecem que todas as pessoas tm o direito de ser protegidas pela lei e que asleis de um pas se aplicam a todos que vivem nele.

    Artigo 6:Mulheres com deficincia

    Os governos sabem que mulheres e meninas com deficincia enfrentam muitos tipos diferentesde discriminao e concordam em proteger seus direitos humanos e suas liberdades.

    Artigo 7:Crianas com deficincia

    Os governos concordam em adotar medidas necessrias para que as crianas com deficinciapossam desfrutar de todos os direitos humanos e liberdades em igualdade de condies comas demais crianas. Eles tambmconcordam em assegurar que ascrianas com deficincia possamexpressar livremente seus pontosde vistas sobre todas as decises

    que as afetam. O que melhorpara cada criana deve sempre serconsiderado prioritrio..

    Artigo 8:Conscientizao

    Os governos devem conscientizartodos os cidados sobre osdireitos e a dignidade das pessoascom deficincia, assim comosobre suas habilidades e conquistas.Eles concordam em combater esteretipos,preconceitos e atividades que possam prejudicar aspessoas com deficincia. Sua escola, por exemplo,deve promover uma atitude de respeito s pessoascom deficincia, inclusive entre crianas muitopequenas.

    Artigo 9:Acessibilidade

    Os governos concordam em tornar possvel que aspessoas com deficincia vivam com independnciae participem plenamente de suas comunidades.Qualquer local que seja aberto ao pblico, comoconstrues, estradas, escolas e hospitais, deve ser acessvel para pessoas

    com deficincia, incluindo crianas. Se voc est em local de atendimento aopblico e precisa de guia, leitor ou intrprete profissional de lngua de sinais,esses servios devem estar disponveis.

    Artigo 10:Direito vida

    Todo ser humano nasce com direito vida. Os governos garantem que isso seja igualmenteverdadeiro para pessoas com e sem deficincia

    Meninos e meninas com deficincia tm os mesmosdireitos que todas as crianas. Por exemplo, todacriana tem o direito de ir escola, de brincar, deser protegida contra a violncia e de estar envolvidaem decises que a afetem. Os governos devem daras informaes e o apoio necessrio para que ascrianas com deficincia exercitem os seus direitos.

    As mdias devem

    denunciarinjustias feitas acrianas e adultoscom deficincia.

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    E quanto tecnologia

    Telefones, computadores e outras tecnologiasdevem ser acessveis s pessoas com diferentescapacidades. Por exemplo, websites podem serprojetados de modo que pessoas que tenham

    dificuldades em utilizar teclados, visualizar ouescutar possam desfrutar das informaes em umformato adequado. Um computador pode ter umteclado em Braille ou usar um sintetizador de vozpara ler as palavras que aparecem na tela.

    Paz para cada criana Ani Verdyan, 8, Armnia

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    RESUMO DA CONVENO

    Artigo 11:Situaes de risco e emergncias humanitrias

    Pessoas com deficincia tm o mesmo direito que todas as outras de ser protegidas e de estarseguras durante uma guerra, uma emergncia ou um desastre natural, comouma tempestade. Legalmente, o fato de voc ter umadeficincia no pode ser motivo de excluso de umabrigo ou de ser abandonado enquanto outrosso resgatados.

    Artigo 12:Reconhecimento igual perante a lei

    Pessoas com deficincia tm o direito de desfrutarda capacidade legal da mesma maneira que outraspessoas. Isso significa que, quando voc crescer, se voctiver ou no deficincia, pode, por exemplo, obter umemprstimo para estudar ou assinar um contrato paraalugar o seu prprio apartamento. E voc pode herdar umapropriedade ou ser dono de uma.

    Artigo 13:Acesso justiaSe voc uma pessoa com deficincia e for prejudicado por um crime,presenciar outros sendo prejudicados ou se for acusado de fazer algo de errado, voc tem o direitode ser tratado de forma justa quando estiverem investigando e tratando do seu caso. Voc tem odireito de se expressar em todos os procedimentos legais.

    Artigo 14:Liberdade e segurana da pessoa

    Os governos devem garantir que pessoas com deficincia tenham sua liberdade protegida por lei,assim como acontece com todas as outras pessoas.

    Artigo 15: Preveno contra tortura ou tratamentos ou penas cruis, desumanos oudegradantes

    Ningum deve ser torturado, humilhado ou tratado com crueldade. E todos tm o direito derecusar experimentos mdicos ou cientficos.

    Artigo 16:Preveno contra a explorao, a violncia e o abuso

    Crianas com deficincia devem ser protegidas contra violncia e abuso. Elas no devem ser maltratadasou feridas dentro ou fora de suas casas. Se voc enfrentou violncia ou maus-tratos, tem direito de obterajuda para interromper o abuso e se recuperar.

    Artigo 17:Proteo da integridade da pessoa

    Ningum pode tratar uma pessoa com deficincia como um ser inferior por causa de sua condiofsica, intelectual ou sensorial. Voc tem o direito de ser respeitado pelos outros do jeito que voc!

    Artigo 18:Liberdade de movimentao e nacionalidade

    Toda criana tem direito a um nome registrado legalmente, uma nacionalidade e, na medida dopossvel, o direito de conhecer seus pais e de receber os cuidados deles.E as pessoas no podem ser impedidas de entrar ou sair de um pas por ter deficincia.

    Voc tem direito vida. suaddiva e, por lei,ningum podetir-la de voc.

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    RESUMO DA CONVENO

    Artigo 19:Vida independente e incluso na comunidade

    Todas as pessoas tm direito de fazer escolhas sobre onde viver, quer tenham ou no deficincia.Quando voc crescer, ter o direito de viver de maneira independente na sua comunidade. Voctambm deve ter acesso a servios de apoio, se precisar de ajuda para viver na sua comunidade,tais como atendimento em casa e assistncia pessoal.

    Artigo 20:Mobilidade pessoal

    Crianas com deficincia tm o direito de se locomover e ser independentes.Os governos devem promover esse direito.

    Artigo 21:Liberdade de expresso e de opinio e acesso informao

    Todas as pessoas tm o direito de expressar suas opinies, de buscar, receber e partilharinformaes e de receber informaes em formato que possibilite a compreenso e a suautilizao.

    Artigo 22:Respeito privacidade

    Ningum pode interferir nos assuntos particulares das pessoas, tenham ou no deficincia.Pessoas que tm informaes sobre outras, tais como suas condiesde sade, devem manter essas informaes em sigilo.

    Artigo 23:Respeito pelo lar e pela famlia

    As pessoas tm o direito de viver com suas famlias. Se voc tem deficincia, seu governo deve daapoio sua famlia, disponibilizando recursos financeiros, informaes e servios relacionados deficincia. Voc no deve ser separado dos seus pais porque tem uma deficincia. Se voc nopuder viver com a sua famlia imediata, o governo deve garantir-lhe condies para viver coma sua famlia mais ampla ou comunidade. Jovens com deficincia tm os mesmos direitos queoutros jovens, tais como: informaes sobre sade reprodutiva, se casar e formar uma famlia.

    Artigo 24:Educao

    As pessoas tm o direito de ir escola. Se voc tem deficincia, no pode ser excludo da educapor causa dela. Voc deve estar na escola regulare no em uma escola separada. Voc temdireito mesma educao e ao mesmo queas outras crianas, e seu governo devegarantir as condies necessrias paraassegurar esse direito. Por exemplo,ele deve prover maneiras adequadaspara voc se comunicar, assim os seusprofessores podero responder s suasnecessidades.

    Crianas comdeficincias tmdireitode se locomovee de serindependentes.

    Lisa

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    RESUMO DA CONVENO

    Artigos 25 e 26:Sade, habilitao e reabilitao

    As pessoas com deficincia tm direito mesma variedade e qualidade dos cuidados de sadegratuitos ou a preos acessveis como os que so prestados s outras pessoas. Se voc temdeficincia, tambm tem direito a servios de sade e de reabilitao.

    Artigo 27:Trabalho e emprego

    As pessoas com deficincia tm o igual direito de trabalhar em um emprego livremente escolhido,sem discriminao.

    Artigo 28:Padro de vida e proteo social adequados

    As pessoas com deficincia tm direito a alimentao, gua limpa, vesturio e acesso moradia,sem discriminao. O governo deve assegurar proteo s crianas com e sem deficincia quevivem na pobreza.

    Vida diria na minha comunidade Pedro Jos Rivera, 14, Nicargua

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    RESUMO DA CONVENO

    Artigo 29:Participao na vida poltica e pblica

    As pessoas com deficincia tm o direito de participar da poltica e da vida pblica. Quando vocchegar idade definida pelas leis do seu pas, ter o direito de formar um grupo, servir ao pblicoter acesso s urnas de votao, votar e ser eleito para um cargo no governo, tendo ou no umadeficincia.

    Artigo 30:Participao na vida cultural e em recreao, lazer e esporte

    As pessoas com deficincia tm os mesmos direitos que as outras de participar e desfrutar dasartes, dos esportes, de jogos, filmes e outras atividades de lazer. Portanto, teatros, museus, parqueinfantis e bibliotecas devem ser acessveis para todos, incluindo crianas com deficincia.

    Artigo 31:Estatsticas e coleta de dados

    Os pases devem coletar dados sobre as condies de vida das pessoas com deficincia paradesenvolver programas e servios mais adequados. As pessoas com deficincia que contribuemcom a pesquisa tm o direito de ser tratadas de maneira respeitosa e humana. Qualquerinformao particular que elas partilharem deve ser mantida em sigilo. Os dados estatsticos

    devem ser colocados disposio para toda a sociedade.

    Artigo 32:Cooperao internacional

    Os pases devem ajudar uns aos outros no cumprimento dos artigos dessa conveno. Isso incluipases com mais recursos (tais como informao cientfica e tecnologia) partilhando com outrospases, para que mais pessoas no mundo possam desfrutar dos direitos da conveno.

    Artigos 33 a 50:Regulamentaes sobre cooperao, monitoramento e implantao da Conveno

    A Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia tem um total de 50 artigos. Osartigos 33 a 50 so sobre como os adultos, especialmente as pessoas com deficincia e suasorganizaes, e os governos devem trabalhar juntos para que

    todas as pessoas com deficincia tenham todos os seus direitosassegurados. Veja o texto desses artigos em.

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    Dois Mundos...Divididos entre as orelhas deSons e Silncio,Incertos, incapazes de se unir...Lgrimas rolam...Inconscientemente ambos se afastam,Rejeitados, feitos para se sentirExcludos...Lgrimas rolam...Exceto certas mos,Puxam, empurram, encorajam, persistente...

    Lgrimas rolam, um sorriso cresce...Ainda dividido,Mas Amado...

    Sarah Leslie, 16 anos,Estados Unidos

    Estamos brincando Tatev Danielyan, 15, Armnia

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    Como os direitos se tornam reaisOs direitos das crianas com deficincia so iguais aos de todas as crianas. Depende de voccontar para o mundo sobre a Conveno. As pessoas devem falar e agir se quiserem que suassociedades incluam todos.

    Se voc tem deficincia, essa Conveno d a voc, ao seu governo e sua famlia as ferramentas

    para realizar seus direitos e sonhos. Voc deve ter a mesma chance de ir escola e de participarde outras atividades. Os adultos que participam de sua vida devem garantir o seu direito de selocomover, se comunicar e brincar com outras crianas, no importa que tipo de deficincia vocpossa ter.

    Voc um cidado, um membro da suafamlia e de sua comunidade, e voc temuma grande contribuio a fazer.

    O que voc pode fazer?

    importante mudar atitudes e regras

    para que as crianas com deficinciapossam ir escola, brincar e participar deatividades que toda criana quer participar.A sua escola inclui crianas com deficincianas aulas e em todas as outras atividades? Osseus professores ouvem e respondem aos estudantes com deficincia? Existe uma rampa, umintrprete de lngua de sinais ou recursos de tecnologia assistiva? timo! Ento sua escola trataas crianas com deficincia de maneira justa, dando a elas uma chance igual de aprender. A suaescola segue a Conveno.

    Infelizmente, muitas pessoas no tratam as crianas com deficincia de maneira justa. Voc temum papel a cumprir para tornar a sua comunidade mais inclusiva. Voc pode comear na sua

    prpria casa e escola para mudar as opinies dos seus pais e professores.Existem muitas coisas que voc pode fazer para ensinar os outros a respeito da Convenosobre os Direitos das Pessoas com Deficincia e sobre o potencial dos jovens com deficincia. Porexemplo, voc pode:

    l Envolver-se em uma organizao ou uma campanha. H fora nos nmeros. Para unir foras com outraspessoas, voc pode apoiar ou se unir a um comit local de uma organizao nacional ou internacional. Elepodem ter programas ou campanhas especficas para jovens.

    l Criar o seu prprio projeto. Comece uma campanha de conscientizao, levante recursos, faa umapesquisa: algum que voc conhece foi tratado de maneira injusta? A sua escola tem apenas escadas enenhuma rampa? Escreva uma petio para remover as barreiras que voc tiver encontrado.

    l

    Organizar um clube para promover a Conveno. Rena crianas com capacidades diferentes, realizeeventos sociais com todos os seus amigos e convide novas pessoas para que se unam a voc. Faa festascom filmes ou faam um jantar juntos. Apenas divirta-se e desfrute dos dons e habilidades nicos um dooutro.

    l Fazer apresentaes em sua escola e nas escolas vizinhas sobre os direitos das pessoas com deficincia.Seja criativo. Faa cartazes e peas de teatro para ajudar os seus colegas de escola a compreender osdireitos includos na Conveno. Pea o apoio de pais ou professores para organizar uma apresentaoe planejar onde e quando voc poder ensinar. Convide o(a) diretor(a) da sua escola para suasapresentaes.

    Defenda seus direitos e as outras pessoas ficarao seu lado. Todas as crianas PODEM ir escoPODEM brincar e PODEM participar de tudo. Aquesto no eu no posso, EU POSSO!

    Victor Santiago Pineda

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    l Fazer arte com um grupo de amigos sobre os direitos das pessoas com deficincia. Podem ser desenhos,pinturas ou esculturas o que voc quiser fazer para ajudar a espalhar a notcia. Veja se voc pode exibira sua obra de arte na sua escola, bibliotecas, galerias ou restaurantes locais em qualquer lugar em queas pessoas possam apreciar a sua arte. Voc pode mover a sua exposio para locais diferentes ao longodo tempo e compartilhar a Conveno com vrias pessoas.

    l Compartilhar suas experincias e as lies que voc aprendeu com os outros. O Vozes dos Adolescentesdo UNICEF um frum popular de discusso on-line para jovens.

    Banda de rock de crianas com deficincia Valeria DAvola, 13, Itlia

    Para um conjunto de materiais de ensino, veja o complemento deste livro intitulado Todos podemos... disso que se trata: guia deaprendizagem da Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia.

    Essas so apenas algumas ideias de coisas que voc pode fazer o cu o limite.Pea a um adulto de confiana para ajudar a organizar sua atividade e divirta-se!

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    Teste seu conhecimento

    (1) Preencha com a palavra que falta.

    a. Um dos princpios da Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia a

    participao total e _________________na sociedade.

    b. Vrias regulamentaes, atitudes e construes existentes precisam ser

    _________________ para garantir que uma criana com deficincia possa ir escola,

    brincar e participar de coisas que toda criana quer fazer.

    c. Toda pessoa tem direitos__________________ .

    d. As leis no devem __________________ as pessoas com deficincia.

    e. A__________________ se apresenta de diversas formas; pode ser escrita, falada ou de

    sinais.

    (2) Desembaralhe as palavras e forme uma frase com elas.

    doots ________________ sn _______________________ osmso _________________

    edtserifen ____________ sotod _____________________

    moets _______________ apacidecdas ________________ deienferts ______________

    E ____________________ tdoso _____________________ sn ___________________

    seomt ________________ so ________________________ msemso _______________

    dto i i res _____________

    _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

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    (3) O que estas crianas tm em comum?

    ____________________________________________________________________________

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    Respostas:

    1)incluso;b-mudadas;c-iguais;d-discriminar;e-lngua

    2)Todosnssomosdiferentes,todostemoscapacidadesdiferentesetodosnstemososmesmosdireitos.

    3)Todaselastmdireitosiguais.

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    GLOSSRIOAdotar:aprovar ou aceitar formalmente (porexemplo, uma conveno ou uma declarao).

    Artigo:um pargrafo ou seo em um documentolegal que numerado; esses nmeros facilitam o

    acesso a informaes, escrever e falar a respeitodele.

    Comit:um grupo de pessoas que so escolhidaspara trabalhar juntas e ajudar um grupo maior depessoas.

    Comunicao:partilhar informaes. Tambmsignifica uma maneira de ler, falar ou compreenderinformaes usando multimdia, impressoampliada, Braille, lngua de sinais ou ter algum paraler emvoz alta.

    Comunidade:um grupo de pessoas que vivem namesma rea. Tambm significa pessoas com osmesmos interesses ou preocupaes.

    Conveno:um tratado ou acordo entre um grupode pases para desenvolver e seguir as mesmas leis.Conveno sobre os Direitos da Criana: umacordo para garantir que todas as crianas possamdesfrutar de seus direitos como membros dasociedade e ter o cuidado e a proteo especial deque necessitam como crianas. Ela o tratado dedireitos humanos mais aceito na histria.A Conveno sobre os Direitos das Pessoas comDeficincia um acordo para garantir que todas aspessoas, incluindo crianas com deficincia, possamdesfrutar de seus direitos.

    Declarao Universal dos Direitos Humanos:assinada em 10 de dezembro de 1948 por todos osEstados partes das Naes Unidas. Esse acordo listaos direitos de todas as pessoas.

    Dignidade:seu valor e respeitabilidade inerentescomo um ser humano. Seu respeito prprio. Sertratado com dignidade significa ser tratado comrespeito por outras pessoas.

    Dignidade inerente:a dignidade com a qual todas as

    pessoas nascem.

    Discriminao:tratamento injusto de uma pessoa ougrupo por qualquer motivo: raa, religio, gnero oucondio fsica, intelectual ou sensorial.

    Distrofia muscular:uma condio clnica que causa oenfraquecimento dos msculos ao longo do tempo.

    Estados partes:pases que assinaram e concordaramcom a Conveno.

    Implementao: colocar algo em prtica. Implantaros artigos da conveno significa tornar seuscompromissos uma realidade.

    Legal:relacionado , baseado na ou exigido pela lei.

    Naes Unidas:uma organizao de quase todos ospases. Os governos se renem na sede das Naes

    Unidas em Nova Iorque e trabalham juntos pela paze por um mundo melhor.

    Ratificao (ratificar):quando uma conveno ouacordo assinado oficialmente aprovado por umpas e se torna lei naquele pas.

    Tecnologia Assistiva:rrecursos que lhe fornecemapoio para fazer para fazer coisas que voc nopoderia fazer sem eles. Por exemplo, uma cadeirade rodas para ajud-lo a se locomover ou uma letramaior em uma tela de computador para ajud-lo a

    ver.

    UNICEF:Fundo das Naes Unidas para a Infncia. a agncia do sistema das Naes Unidasque trabalha pelos direitos das crianas, suasobrevivncia, desenvolvimento e proteo, demodo a fazer do mundo um lugar melhor, maisseguro e mais amigvel para as crianas e para todosns.

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    Para mais informaes, entre em contato com:

    Fundo das Naes Unidas para a Infncia

    Escritrio do Representante do UNICEF no Brasil

    SEPN 510 - Bloco A - 2 andarBrasilia (DF)- [email protected]

    RIOinclui Obra Social da Cidade do Rio de JaneiroRua So Clemente, 360Botafogo - Rio de Janeiro (RJ) - 22260-000Telefone: 55 21 2976-9164www.rioinclui.org.br

    Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF)

    Agosto de 2013

    Agencia Brasileira do ISBN

    ISBN 978-85-67167-02-2