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Artigo BNB: afastamento de diretores é reforçado durante Congresso dos Funcionários Próxima edição do projeto, que deve acontecer no dia 28/6, terá tema junino (pág. 2) Derrotar a lei da terceirização A mais recente ameaça contra a CLT é representada pelo Projeto de Lei 4330, sobre terceirização, que tramita no Congresso Nacional. Se for aprovado, esse projeto vai promover um radical, e nefasto, retrocesso nas relações trabalhistas no Brasil, prejudicando os trabalhadores e deixando os patrões de mãos livres para burlar todos os direitos dos assegurados em lei, através da chamada terceirização. O projeto favorece patrões e está eivado de medidas que os trabalhadores e sindicalistas já anunciaram que não aceitam. O projeto escancara a terceirização. As empresas poderão usar a terceirização inclusive em sua atividade-fim, o que hoje é proibido pela Súmula 331 do TST, que regula a terceirização e só permite seu uso para a chamada atividade-meio (como segurança, limpeza, ou alimentação). A terceirização foi criada pelos patrões e aceita pelos governos neoliberais desde a década de 1980 para eliminar a proteção legal e social aos trabalhadores. Ela é usada pelos patrões para baixar salários, dividir os trabalhadores (dentro da empresa passam a existir duas categorias, os contratados e os terceirizados, com salários mais baixos e sem direitos, sendo objeto de desprezo pelos demais), e enfraquecer a atividade sindical. Os patrões usam e abusam deste recurso para burlar a legislação trabalhista. Segundo a própria Confederação Nacional da Indústria (CNI), mais de 50% das indústrias brasileiras usam a terceirização, que representa 14% do número de empregados no setor (isto é, um em cada sete trabalhadores da indústria). Segundo o Ministério Público do Trabalho, existem hoje cerca de oito milhões de trabalhadores e 31 mil empresas terceirizadas. Terceirização é sinônimo de precarização das relações trabalhistas. Os trabalhadores e as centrais sindicais não aceitam mudanças na legislação que coloquem em risco a CLT e os direitos sociais, que foram conquistados depois de lutas intensas. As centrais querem regulamentar a terceirização, mas no sentido oposto ao pretendido pelo patronato. É fundamental consolidar, em lei, o entendimento que prevalece desde a Súmula 331, que proíbe o uso da terceirização na atividade-fim da empresa. As lideranças sindicais querem ainda que a empresa contratante seja também responsável pelas obrigações trabalhistas, que os direitos dos trabalhadores sejam iguais em relação às condições de trabalho e à representação sindical, e querem o reconhecimento do direito da categoria a informações prévias que justificam a terceirização. Neste sentido, as centrais exigem que a tramitação de qualquer projeto de lei sobre terceirização no Congresso Nacional seja paralisada, sendo retomada apenas depois de negociações entre o governo e as lideranças sindicais para construir uma proposta alternativa ao projeto de lei 4330. O governo concordou, tendo sido marcada uma reunião para o mês de junho. Ponto a favor da luta dos trabalhadores e das centrais. Toda vigilância é fundamental para derrotar a ofensiva capitalista contra os direitos dos trabalhadores. Toda mobilização é necessária para que a legislação que protege os trabalhadores seja consolidada e para que novos direitos sejam alcançados. Editorial do portal O Vermelho Foto: Drawlio Joca Botequim dos Bancários levanta o público em sua segunda edição Delegados eleitos para o XIX Congresso Nacional dos Funcionários do BNB aprovaram recomendação cobrando o pronto afastamento dos quatro diretores da gestão Roberto Smith que estão sob suspeição de práticas de irregularidades, a fim de garantir isenção ao processo de apuração das denúncias e para que esses não possam usar de suas influências para atrapalhar as investigações (pág. 3) • Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários do Bradesco já dá resultado e banco apresenta calendário prévio de negociações (pág. 3) • Funcionários do BB elegem representante para o Caref entre os dias 3 e 7/6. Sindicato apoia Rafael Matos – matrícula F8369846 (pág. 4) • Assinado o aditivo da nova estrutura salarial dos profissionais da Caixa. A nova tabela contempla aproximadamente 3.500 trabalhadores (pág. 5) • Assembleia de prestação de contas aprova balanço da entidade do exercício 2012. Reunião aconteceu no último dia 28/5 (pág. 6)

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Page 1: Botequim dos Bancários levanta o público em sua segunda …e “Lobas, Deusas e Ninfetas”, livro de contos inspirados e epigrafados por versos de canções populares. Recentemente,

Artigo

BNB: afastamento de diretores é reforçado durante Congresso

dos Funcionários

Próxima edição do projeto, que deve acontecer no dia 28/6, terá tema junino (pág. 2)

Derrotar a lei da terceirização

A mais recente ameaça contra a CLT é representada pelo Projeto de Lei 4330, sobre terceirização, que tramita no Congresso Nacional. Se for aprovado, esse projeto vai promover um radical, e nefasto, retrocesso nas relações trabalhistas no Brasil, prejudicando os trabalhadores e deixando os patrões de mãos livres para burlar todos os direitos dos assegurados em lei, através da chamada terceirização. O projeto favorece patrões e está eivado de medidas que os trabalhadores e sindicalistas já anunciaram que não aceitam.

O projeto escancara a terceirização. As empresas poderão usar a terceirização inclusive em sua atividade-fi m, o que hoje é proibido pela Súmula 331 do TST, que regula a terceirização e só permite seu uso para a chamada atividade-meio (como segurança, limpeza, ou alimentação).

A terceirização foi criada pelos patrões e aceita pelos governos neoliberais desde a década de 1980 para eliminar a proteção legal e social aos trabalhadores. Ela é usada pelos patrões para baixar salários, dividir os trabalhadores (dentro da empresa passam a existir duas categorias, os contratados e os terceirizados, com salários mais baixos e sem direitos, sendo objeto de desprezo pelos demais), e enfraquecer a atividade sindical.

Os patrões usam e abusam deste recurso para burlar a legislação trabalhista. Segundo a própria Confederação Nacional da Indústria (CNI), mais de 50% das indústrias brasileiras usam a terceirização, que representa 14% do número de empregados no setor (isto é, um em cada sete trabalhadores da indústria). Segundo o Ministério Público do Trabalho, existem hoje cerca de oito milhões de trabalhadores e 31 mil empresas terceirizadas.

Terceirização é sinônimo de precarização das relações trabalhistas. Os trabalhadores e as centrais sindicais não aceitam mudanças na legislação que coloquem em risco a CLT e os direitos sociais, que foram conquistados depois de lutas intensas. As centrais querem regulamentar a terceirização, mas no sentido oposto ao pretendido pelo patronato. É fundamental consolidar, em lei, o entendimento que prevalece desde a Súmula 331, que proíbe o uso da terceirização na atividade-fi m da empresa. As lideranças sindicais querem ainda que a empresa contratante seja também responsável pelas obrigações trabalhistas, que os direitos dos trabalhadores sejam iguais em relação às condições de trabalho e à representação sindical, e querem o reconhecimento do direito da categoria a informações prévias que justifi cam a terceirização.

Neste sentido, as centrais exigem que a tramitação de qualquer projeto de lei sobre terceirização no Congresso Nacional seja paralisada, sendo retomada apenas depois de negociações entre o governo e as lideranças sindicais para construir uma proposta alternativa ao projeto de lei 4330. O governo concordou, tendo sido marcada uma reunião para o mês de junho. Ponto a favor da luta dos trabalhadores e das centrais. Toda vigilância é fundamental para derrotar a ofensiva capitalista contra os direitos dos trabalhadores. Toda mobilização é necessária para que a legislação que protege os trabalhadores seja consolidada e para que novos direitos sejam alcançados.

Editorial do portal O Vermelho

Foto: Drawlio Joca

Botequim dos Bancários levanta o público em sua segunda edição

Delegados eleitos para o XIX Congresso Nacional dos Funcionários do BNB

aprovaram recomendação cobrando o pronto afastamento dos quatro diretores da gestão

Roberto Smith que estão sob suspeição de práticas de irregularidades, a fi m de

garantir isenção ao processo de apuração das denúncias e para que esses não possam usar de suas infl uências para atrapalhar as

investigações (pág. 3)

• Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários do Bradesco já dá resultado e banco apresenta calendário prévio de negociações (pág. 3)

• Funcionários do BB elegem representante para o Caref entre os dias 3 e 7/6. Sindicato apoia Rafael Matos – matrícula F8369846 (pág. 4)

• Assinado o aditivo da nova estrutura salarial dos profi ssionais da Caixa. A nova tabela contempla aproximadamente 3.500 trabalhadores (pág. 5)

• Assembleia de prestação de contas aprova balanço da entidade do exercício 2012. Reunião aconteceu no último dia 28/5 (pág. 6)

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Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Aurélio Saraiva Holanda – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

DICA CULTURAL

CONVÊNIO

O ano era 1987, e as rádios foram toma-das por uma canção que fug ia em tudo dos padrões da i n d ú s t r i a musical. Em nove minu-tos e quatro segundos e 161 versos, “Faroeste Caboclo” le-vou a todo o País a saga de um ho-mem negro e pobre que gostaria de “falar com o presidente para ajudar toda essa gente que só faz so-frer” – mas que morre antes dis-so, no duelo mais famoso do rock brasileiro. Vinte e seis anos depois, a música mais cinematográfi ca do pop nacional chega à tela grande. “Faroeste Caboclo” estreou em todo o Brasil no último dia 30/5.

O longa do diretor René Sam-paio nasce cercado de expectativas dos milhões de fãs da Legião Ur-bana, que sabem de cor e salteado a jornada de João de Santo Cristo, do interior da Bahia até o tiro fatal do arqui-inimigo Jeremias no lote 14 da Ceilândia, cidade-satélite da capital federal.

Mais do que uma adaptação literal das estrofes de Renato Russo, o diretor buscou entender o cerne da canção para então transformá-la em imagens. “Tentei amplifi car as emoções que a música traduz”, afi rma Sampaio. Para ele, o confl ito entre personagens, mais do que denúncias sociais, é a alma

“Faroeste Caboclo”, adaptação da música da Legião Urbana,

chega aos cinemas

de “Faroeste Caboclo” e apostou todas as fi chas nisso.

“Qual a parte principal da mú-sica?”, questiona Sampaio. “É o duelo fi nal. O que eu tenho que fazer para construir isso? Tudo que não contribuísse para isso não deveria estar no fi lme”.

“Faroeste Caboclo” é sobre o triângulo amoroso entre João, Maria Lúcia e Jeremias, entre-meado por drogas, crimes e, é claro, Brasília. “Esses são os eventos mais importantes: o duelo, Maria fi car com o Jeremias, João querer mudar, a história pregressa dele, como eles se conhecem”, enumera Sampaio.

O diretor afi rma que não quis fazer um videoclipe da música. “Para quem curte Legião, é melhor ver uma adaptação dessas do que uma coisa fi el, mas, ao mesmo tempo, capenga”, afi rma o diretor.

O Sindicato dos Bancários do Ceará acaba de firmar parceria com a Óptica Visualy. O convê-nio garante descontos especiais e facilidades de pagamento na aquisição de produtos e serviços. Os beneficiados pela parceria são bancários sindicalizados, parentes diretos e dependentes.

Os descontos são de 30% nas compras à vista e de 15% nas com-pras parceladas (em até 10 vezes sem juros) com cheque pré-datado,

Óptica Visualy é a mais nova parceira do Sindicato e oferece

vantagens aos bancáriosboleto bancário, carnê ou cartão de crédito. Essas vantagens valem para: lentes corretivas de refração, armações de óculos de grau, óculos e armações solares, lentes de contato, serviços de conserto e manutenção de óculos.

Óptica VisualyRua Barão de Aratanha, 1485

Bairro de Fátima – Fortaleza/CE(85) 3022 0415

www.opticavisualy.com

Mais uma noite de muita anima-ção, com música diversifi cada para todos os gostos. Esse é o resumo ideal para defi nir a segunda edição do Botequim dos Bancários, que aconteceu no dia 29/5, véspera do feriado.

O secretário de Cultura do Sindi-cato, Tomaz de Aquino, anunciou as atrações da noite durante a abertura da segunda edição que iniciou com o jornalista e bancário Thiago de Góes, em um animado bate-papo com o também jornalista Luciano Almeida, no “Conversa de Botequim”.

Além de jornalista e bancário do BNB, Thiago é apreciador da música brega e passou a escrever alguns contos inspirados nesse universo popular. É autor de “Contos Bregas” e “Lobas, Deusas e Ninfetas”, livro de contos inspirados e epigrafados por versos de canções populares. Recentemente, foi lançada cole-tânea com os melhores contos dos dois livros, intitulada “Contos Bregas – Volume de Bolso”, da editora potiguar Jovens Escribas. Thiago revelou que sempre gostou muito de música. Quando criança, ouvia muito Caetano Veloso, Gil, Gal Costa, Maria Bethânia. Após a adolescência, conheceu a obra de Reginaldo Rossi e se identifi cou com sua irreverência, passando a pesquisar sobre a música brega e seus intérpretes. “Para mim, essa é a verdadeira música popular”, afi rmou.

Em seguida, apresentou-se o talento bancário Wheliton Sabino, do Banco do Brasil, com um repertório da MPB romântica, como Fagner, The Fevers, Roberto Carlos, Roupa Nova, Fernando Mendes, entre outros.

Logo após, o grupo Robson Barros & Banda, comandado pelo empregado da CEF Antonio Robson Barros, tocou um repertório eclético, da música romântica ao forró pé de serra, levantando o público.

Por fi m, a noite foi encerrada pela banda Rubber Soul, que trouxe o rock clássico dos Beatles e levantou a plateia com músicas marcantes e históricas da banda inglesa.

Ao fi nal, quatro bancários que se cadastraram no site do Sindicato foram contemplados com o sorteio de vales de R$ 100,00 que foram abati-dos nas despesas de cada sorteado.

Edição de maio do Botequim dos Bancários teve repertório

eclético e muita animação

Bancult – O secretário de Cultu-ra, Tomaz de Aquino, convocou todos os bancários a continuarem se cadas-trando no Bancult, banco de talentos do projeto, que visa incrementar a programação do Botequim. Para se cadastrar é simples: basta acessar o link www.bancariosce.org.br/bancult.php e preencher o formulário. Uma comissão escolhe a cada edição o talento da noite. “Até agora, a grande

maioria dos cadastrados é oriunda de bancos públicos. Queremos ver aqui também os talentos de bancos privados. O Sindicato deseja abrir espaço para todos”, convocou.

Tomaz fi nalizou anunciando que na próxima edição, no mês de junho, teremos o Botequim Junino. Aguar-dem a programação nas próximas Tribunas Bancárias e informes da entidade.

Fotos: Drawlio Joca

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BRADESCO

PROJETO DE LEI

BANCO DO NORDESTE DO BRASIL

ESTUDO

Funcionários do BNB reforçam luta do Sindicato pelo

afastamento de diretores

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) mostrou de que forma os transtornos mentais podem estar ligados a pressões impostas no ambiente de trabalho. Esta é a terceira razão de afastamento de trabalhadores pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O coordenador da pesquisa, o médico do trabalho João Silvestre da Silva-Júnior, trabalha como perito da Previdência Social há seis anos e, tendo observado a grande ocor-rência de afastamentos por causas ligadas ao comportamento, decidiu investigar o que tem provocado distúrbios psicológicos. O cientista notou que a violência no trabalho ocorre pela humilhação, persegui-ção, além de agressões físicas e verbais e listou quatro razões princi-pais que prejudicam a saúde mental no ambiente corporativo.

A primeira delas é a alta de-manda de trabalho. “As pessoas têm baixo controle sob o seu ritmo de trabalho; elas são solicitadas a várias e complexas tarefas”, disse

Pesquisa aponta que pressão no trabalho causa transtornos mentais

o pesquisador. O outro aspecto são os relacionamentos interpessoais ruins, tanto verticais (com os che-fes), quanto horizontais (entre os próprios colegas).

A terceira razão é o desequilíbrio entre esforço e recompensa. “Você se dedica ao trabalho, mas não tem uma recompensa adequada à dedicação. A gente não fala só de dinheiro. Às vezes, um reconhecimento, um elogio ao que você está desempenhando”, explica Silvestre. O último aspecto ci-tado pelo pesquisador é a dedicação excessiva ao trabalho, que também pode afetar a saúde mental.

Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2011, mais de 211 mil pessoas foram afastadas em razão de transtornos mentais, gerando um gasto de R$ 213 mi-lhões em pagamentos de benefícios. “Quando você entende o que gera os afastamentos, você pode estabelecer medidas para evitar os gastos”, disse. As doenças mentais só perderam, naquele ano, para afastamentos por sequelas de causas externas, como acidentes, e por doenças ortopédicas.

A pesquisa apontou que o perfi l predominante entre os afastamentos foi o feminino e alta escolaridade (mais de 11 anos de estudo). Mas Silvestre alerta para uma distorção, porque as mulheres têm maior cuidado com a saúde, o que aumenta a pre-sença feminina nas estatísticas. De acordo com o cientista, os homens demoram a ir ao médico e, quando vão, encontram-se em situação mais grave.

O fator escolaridade, segundo o estudo, pode afetar a percepção da existência das doenças. A maioria dos afastamentos ocorre com indi-víduos de alta escolaridade, pois eles são mais esclarecidos.

Para melhorar o clima no tra-balho e prevenir doenças, Silvestre recomenda que os profi ssionais ligados à saúde e segurança do trabalho das empresas tenham consciência sobre onde estão os fatores de risco. Ele sugere também uma melhora da fi scalização por parte dos ministérios do Trabalho e da Saúde.

Em negociação ocorrida na terça-feira (28/5) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, o Bradesco apresentou um calendário prévio para aprofundar os debates sobre temas que compõem a pauta específica de reivindicações da Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários.

Temas como, reabilitação profi s-sional, parcelamento do adiantamen-to de férias e do vale-cultura estão previstos para serem debatidos com o banco nos dias 6, 14 e 19 de junho, respectivamente.

O Plano de Cargos e Salários (PCS) e a auxí l io educação também foram ressaltados pelos dirigentes sindicais durante a reunião. A diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Elaine Cutis, destaca que o banco resiste em aprofundar o debate. “Esperamos que o banco reveja sua postura

Campanha de Valorização obtém calendário de reuniões

referente a estes temas e amplie a discussão para que possamos avançar”, enfatiza.

“A ideia é intensifi car as ativida-des e assim conquistarmos o aten-dimento das reivindicações”, afi rma Gabriel Motta, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e funcionário do Bradesco. “Bancário não é lata. É gente como você, gente de verdade”, diz o slogan da campanha.

“Precisamos continuar fazen-do mobilizações mostrando ao Bradesco que chegou a hora de valorizar de verdade os funcioná-rios, que são os principais respon-sáveis pelos lucros astronômicos que vêm alcançando trimestre a trimestre”, salienta o diretor do SEEB/CE e funcionário do banco, Telmo Nunes, que completa: “con-sideramos importante as discus-sões por temas e acreditamos ser possível construir uma proposta que atenda de fato o anseio dos trabalhadores”.

Foi suspensa a reunião ordinária da Comissão de Constituição e Justi-ça e de Cidadania (CCJC) da Câmara Federal, que deveria ter ocorrido na terça-feira (28/5), às 14h30, no Anexo II, Plenário 01, em Brasília. O anúncio foi feito pelo presidente da CCJC, deputado Décio Lima (PT-SC).

Desta forma, todos os projetos que estavam em pauta serão discu-tidos na próxima reunião ordinária, nesta semana, dentre eles o projeto de lei (PL) nº 4330/2004, do deputa-do Sandro Mabel (PMDB-GO), que regulamenta a terceirização e que já recebeu parecer favorável pela cons-titucionalidade do relator, deputado Arthur Maia (PMDB-BA).

CCJC da Câmara suspende reunião que tinha PL 4330 da

terceirização em pauta“Fomos surpreendidos no fi nal

da tarde de segunda-feira (27/5) com a inclusão do projeto na pauta da CCJC, uma vez que esse assunto será discutido na reunião entre as centrais sindicais e o governo, que está agendada para o próximo dia 11”, afi rma o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.

Com a suspensão, a CUT pre-para uma grande mobilização na CCJC. “Esse projeto escancara a terceirização, precariza as condições de trabalho e enfraquece a represen-tação sindical”, salienta Miguel, que integra o Grupo de Trabalho (GT) de Terceirização da CUT.

Direção do Banco impõe reestruturação ao estilo Byron Queiroz

Colegas eleitos delegados para o XIX Congresso Nacio-nal dos Funcionários do BNB aprovaram recomendação pelo imediato afastamento dos quatro diretores do BNB remanescentes da gestão Roberto Smith. A justi-ficativa é de que esses dirigentes encontram-se sob suspeição de práticas de irregularidades na gestão da Instituição.

Para os funcionários congres-sistas, reunidos em Teresina-PI, nos dias 24 e 25 de maio últimos, mesmo não havendo ainda a comprovação das denúncias, o afastamento é uma norma histo-ricamente seguida pelo Banco, a fim de garantir isenção ao processo de apuração e evitar que, no exercício do cargo, esses diretores usem do poder para atrapalhar as investigações.

A apuração das denúncias, iniciada pela Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Tribunal de Contas da União, chega agora ao Ministério Públi-co Federal. O MPF está apurando

possíveis irregularidades prati-cadas no âmbito da Diretoria Financeira e de Mercado de Capitais. O Ministério Público será acionado pelo Sindicato dos Bancários do Ceará para investigar também as ações do Instituto Nordeste Cidadania (INEC), onde há indícios de práticas administrativas ilícitas e de fraudes em operações do Crediamigo.

Outro flanco que está sen-do investigado pelos órgãos competentes é o que explora a terceirização no BNB e demais bancos públicos com indícios de favorecimento a figurões da República, a partir da in-terferência de diretores desses bancos, principalmente o BNB. O “nicho” dos escritórios de projetos é outro campo minado por denúncias do envolvimento de diretores que utilizam esses escritórios para ter como certa a aprovação de vultosas ope-rações no âmbito do Banco do Nordeste do Brasil, em benefício

de grupos econômicos de inte-resse desses dirigentes.

Para o Sindicato dos Ban-cários do Ceará, uma cadeia avassaladora de irregularidades está ameaçando não só a credi-bilidade, mas a própria solvência do BNB, pois o que se propala é que os prejuízos causados à Instituição, quando estourarem, alcançarão valores acima do seu patrimônio líquido.

O SEEB/CE empenha-se como sempre fez na busca de esclarecer todos esses males e conclama todo o funcionalismo e demais instâncias de repre-sentação do corpo funcional (AFBNB, AABNB) a entrarem nessa verdadeira guerra, voltada a combater a corrupção dentro do BNB. Somente assim se poderá preservar a Instituição Banco do Nordeste, patrimônio da socieda-de nordestina que muito precisa dos recursos operacionalizados pelo Banco, principalmente aqueles voltados aos micros e pequenos empreendedores.

A Direção do Banco do Nordes-te do Brasil está adotando métodos bastante parecidos com os da ex-administração Byron Queiroz ao implementar reestruturação da Direção Geral e Centrais. Assim como na época do neoliberalismo, os superintendentes de cada área foram orientados pela alta cúpula da Instituição a reunir seus subor-dinados e simplesmente comunicar que, a partir desta semana, deze-nas deles teriam que procurar para onde ir, pois não fariam mais parte de sua atual lotação.

É dessa forma cruel e desuma-na que chegam as denúncias ao Sindicato dos Bancários do Ceará, colocando em polvorosa todo um grupo de funcionários dispensa-dos de suas funções. O SEEB/CE está tomando todas as providên-cias para combater tais abusos. Articula-se com o parlamento para realizar audiências públicas denun-ciando os desmandos e reforça sua atuação na área jurídica, con-vocando a todos os prejudicados com perda ou rebaixamento de função e transferência arbitrária a ingressarem imediatamente com ação judicial pela manutenção de seus direitos.

Para o SEEB/CE, a atual es-trutura do BNB é fruto de decisões dessa mesma Diretoria que hoje está provocando o desmonte, prejudicando, de início, dezenas de colegas na DIRGE,CENOP’S e CRO’S. Portanto, o mínimo que essa Diretoria – com membros questionados por diversos órgãos de fiscalização pela prática de irregularidades – deveria fazer era tratar com transparência e humanidade aqueles que integram o seu corpo funcional.

O Sindicato reivindica a ime-diata paralisação do processo de reestruturação vigente no BNB e se propõe a discutir com a Direção do Banco alternativas que possam viabilizar uma reorganização dos processos administrativos sem causar tanta celeuma. É inadmis-sível, pensa o Sindicato, que uma Empresa do porte e da importân-cia do BNB repasse para cada funcionário a tarefa de ele próprio procurar um lugar para ficar. Isso é responsabilidade da administra-ção da Instituição que está sendo questionada pelo SEEB/CE junto aos órgãos que fiscalizam e nor-matizam as relações de trabalho em nosso País.

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CORRESPONDENTES

Cerca de 40% da população brasileira não tem conta em banco

Funcionalismo do BB elege representante para Conselho de Administração.

Sindicato apoia Rafael Matos F8369846Entre os próximos dias 3 e 7/6,

os funcionários do Banco do Brasil irão eleger, pelo voto direto, seu representante para o Conselho de Administração da empresa (Caref). O Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) apoia Rafael Matos (ma-trícula F8369846), bancário do BB há 13 anos e ex-diretor do Sindicato de São Paulo por dois mandatos.

“Rafael Matos tem o apoio da maioria dos sindicatos e tem histórico de atuação em defesa do funciona-lismo. Entendemos que os bancários precisam de um candidato que possa fazer frente aos candidatos ligados à direção da empresa”, explica Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato.

“Essa eleição é uma conquista do movimento sindical, capitaneada pela CUT. Os trabalhadores escolhem um representante para atuar na instância máxima do Banco do Brasil, onde são tomadas todas as decisões estratégi-cas da empresa, por isso é importante eleger uma pessoa comprometida com os interesses do funcionalismo”,

completa o pre-sidente.

Perfil do candidato – Graduado em História pela USP e espe-cializado em Economia do Trabalho e Sin-dicalismo pela Unicamp, Ra-fael Matos tam-bém fez MBA em Gestão de Pessoas pela FGV-RJ, MBA em Meio Ambiente e Sociedade pela Fesp-SP e em Ges-tão de Previdência Complementar pelo Instituto Ideias em parceria com a Universidade Federal Fluminense. Trabalhou ainda na área de Gestão de Pessoas do BB, em São Paulo, e atua na Previ.

A eleição – Os bancários votarão via SisBB, pelo número de matrícula funcional do candidato. A matrícula de Rafael Matos é F8369846. Se ne-

nhum candidato conseguir a maioria absoluta dos votos, os dois primeiros colocados disputarão o segundo tur-no, de 24 a 28 de junho. Têm direito a voto todos os 120 mil funcionários em atividade no BB.

O Conselho de Administração do Banco do Brasil é composto de sete membros: três indicados pelo governo federal, o presidente do banco, dois indicados pelos acio-nistas minoritários (que hoje são indicados pela Previ) e um eleito pelos funcionários.

Em visita ao Sindicato dos Bancários do Ceará, na quarta-feira 29/5, Rafael Matos falou sobre sua candidatura, o papel do Conselho de Administração e a importância da participação dos funcionários na eleição. Confi ra a entrevista:

Qual a importância dessa eleição para os funcionários e por que sua candidatura deve ser apoiada?

Essa eleição é muito signifi -cativa porque pode, de fato, trazer consequências positivas para vida do trabalho no nosso dia a dia. Eu tenho conversado com os colegas e tenho afi rmado com toda a con-vicção que, com esse quadro de muitos candidatos inscritos – nós temos mais de 650 inscritos – é importante a gente ter uma candida-tura que não seja uma candidatura de impulso individual, um pleito individual – sem demérito nenhum às outras candidaturas, de maneira nenhuma a gente quer desqualifi car as outras candidaturas. Mas a gente entende que, para defender os in-teresses dos bancários, tem de ter uma candidatura representativa de um projeto em sintonia com todos os sindicatos do País, um projeto que possa levar a visão do trabalhador para o Conselho de Administração, que tenha força e representatividade para discutir o que é importante para a vida do bancário nessa esfera que é importante para a gestão do banco.

Quais são os compromissos e principais propostas da sua candidatura?

A gente precisa estabelecer um processo de interlocução com o Banco do Brasil. A interlocução com o banco está muito ruim. Essa esfera de participação dos funcionários no Conselho de Administração já é um começo para ajudar a fortalecer a interlocução dos funcionários com a representação. Além disso, a gente precisa começar a debater a gestão de pessoas do banco. A alçada do conselheiro eleito – que é uma a alçada de fi scalização, de debate de macropolíticas, que tem uma limitação legal para a discussão do funcionalismo – ela precisa ser usadar, nesse projeto de defesa dos interesses dos funcionários, de maneira a fortalecer a interlocução e debater a gestão de pessoas do banco. O banco precisa olhar para o funcionário no longo prazo, precisa investir no funcionário no longo prazo. Então, uma candida-tura que tenha a força do Sindicato

com ela precisa levar a frente, no banco, uma discussão sobre qual o banco que a gente quer: um banco que olhe pros funcioná-rios, que invista em capacitação, que envolva o funcionário na construção das metas, que não coloque metas absurdas e ina-tingíveis. O ban-co precisa envol-ver o funcionário na construção dos seus objetivos, precisa dar condições de trabalho para os funcionários atingirem os objetivos e precisa começar a olhar mais pras pessoas.

Muitos trabalhadores não compreendem direito o papel do Conselho de Administração do Banco do Brasil. Como é com-posto esse Conselho e a que interesses cada representação está envolvida?

Acho que é o cerne do debate está nessa pergunta. Essa é uma lei que foi sancionada no fi nal do governo Lula, em 2010, no Ministério do Planejamento. Os trabalhadores ganharam o direito de eleger um representante no Conselho de Admi-nistração das empresas estatais. O Banco do Brasil se adequou e, agora, a gente pode eleger um funcionário para o Conselho de Administração. O Conselho do Banco do Brasil tem oito componentes: um representante indicado e orientado pelo próprio banco; quatro representantes indi-cados e orientados pelo Governo Federal – ou seja eles representam o Governo e a sua linha política –; dois representantes dos acionistas mino-ritários – no caso, a Previ; e, agora, tem mais um assento lá: o assento dos representantes dos funcionários. Cada componente desse conselho recebe a orientação e a indicação de voto desses membros, ou seja, cada um defende os interesses daqueles que os indicaram. O Conselho de Administração do banco é a esfera

máxima da gestão da empresa. Lá, é onde se defi ne as macropolíticas do Banco do Brasil, a política de crédito, de investimentos, de gestão de pessoas. O conselheiro de admi-nistração está regido pela lei das SA, ou seja, tem um papel também, de fi scalização da gestão da empresa. É no Conselho onde se defi nem os nomes dos executivos, é onde valida os números da empresa, então, é a esfera máxima da gestão, é onde se defi nem o planejamento estratégico e os rumos do banco no médio e longo prazo.

Como o trabalhador deve fazer para votar?

A votação ocorre pelo SisBB, aplicativo pessoal 48, todos os funcionários da ativa votam, sem exceção, e votam com a matrícula do candidato – a minha matricula é F8369846. Ao digitar a matrícula, vai aparecer o nome e confi rma a votação. Não tem aquele pop-up que aparece nas votações que a gente participa de Cassi e Previ, por exemplo, então o funcioná-rio tem que procurar o caminho da votação. É muito importante participar porque é um espaço de participação do trabalhador na gestão, uma via de mão dupla pra levar a visão do trabalhador e dividir com o trabalhador a gestão do BB, uma oportunidade pra gente ter uma campanha representativa em defesa dos interesses dos funcionários. Por isso é muito importante que todos participem.

Estima-se que R$ 665 bilhões serão movimentados em 2013 por brasileiros que estão à margem das instituições fi nanceiras. Montante que corresponde ao Produto Interno Bruto (PIB) da Colômbia. Os dados são de pesquisa do Data Popular, divulgada no início do mês de maio pela Folha de S.Paulo. O levantamento aponta que o total de brasileiros adultos que não têm conta em bancos chega a 55 milhões, o que representa 39,5% da população do País nessa faixa etária (18 anos ou mais).

Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, os números são mais uma comprovação de que a implantação de correspondentes bancários no País, que cresce em ritmo vertiginoso, não cumpre a fun-ção de aumentar a bancarização. “Os correspondentes não bancarizam a população, na verdade são uma es-tratégia dos bancos para economizar gastos, inclusive com mão de obra, e precarizar o atendimento à população e o emprego bancário”, avalia.

Dados do Banco Central (BC) mostram que nos últimos cinco anos, o número de correspondentes bancários cresceu 247%, passando de 95.849 em 2007, para 332.263 em 2012.

Distribuição – Os correspon-dentes bancários foram criados na década de 1970 com o objetivo de possibilitar a cidadãos de municípios e localidades pequenas e distantes dos grandes centros urbanos o acesso a serviços bancários. Mas não foi o que aconteceu. Atualmente, os correspondentes concentram-se justamente nos grandes centros

urbanos, onde não há limitação al-guma para a prestação de serviços bancários.

Só o estado de São Paulo abriga 28% dos correspondentes. A região Sudeste, a mais industrializada, tem 48% e a Sul, 21%, apesar de cada uma delas ter apenas 30% de sua população fora dos bancos. No Nordeste estão só 19% do total de correspondentes do País, sendo que 53% dos moradores não tem acesso a banco. O Centro-Oeste vai na mesma toada, com 8% dos correspondentes e 31% de não bancarizados. No Norte, a maior discrepância: 8% dos correspondentes do País para metade de locais sem banco.

O principal motivo que leva as pessoas a não ter conta em banco, segundo a pesquisa, é justamente a razão, pelo menos em teoria, da existência dos correpondentes: a di-fi culdade de acesso à rede bancária. O levantamento faz ainda recortes de gênero e raça: 60% deles são mulheres e 61% são negros (39% não negros). Mostra ainda que 62% estão empregados, ou seja, possuem renda.

Potencial – O valor estimado de recursos que não passarão pelos bancos (R$ 665 bi) também reforça o potencial que o setor fi nanceiro tem para crescer em volume de clientes e de transações de crédito. Em um cenário onde a taxa básica de juros, a Selic, está em queda e os bancos estão tendo de baixar juros e tarifas, as instituições fi nanceiras estão sen-do forçadas a apostar no crescimento do volume de crédito.

A pesquisa do Data Popular ouviu 2.006 brasileiros em 53 cidades, entre fevereiro e março deste ano.

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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GRUPOS DE TRABALHO

RECLAMAÇÕES

O Santander liderou em abril pelo terceiro mês o ranking de re-clamações contra os bancos com mais de um milhão de clientes. Na lista aparecem, em seguida, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, HSBC e Bradesco, segundo dados divul-gados na quarta-feira (15/5) pelo Banco Central.

“Não surpreende que o San-tander continue liderando o ranking das queixas dos clientes, na medida em que o banco segue demitindo e cortando postos de trabalho, con-forme aponta o balanço do primeiro trimestre”, afi rma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

“Para sair dessa posição incômoda não adianta gastar

A Contraf/CUT, sindicatos e federações assinaram na segunda-feira (27/5), em Bra-sília, o aditivo ao acordo cole-tivo 2012/2103, que estabelece a nova estrutura salarial (NES 2013) da carreira profissional da Caixa Econômica Federal. A cerimônia contou com a participação dos representan-tes das entidades sindicais, membros da Comissão Exe-cutiva de Empregados (CEE/Caixa) e gestores da empresa, entre eles o vice-presidente de Gestão de Pessoas, Sérgio Rodrigues.

A nova tabela salarial con-templa aproximadamente 3.500 profissionais, entre engenheiros, arquitetos, advogados, médicos, dentistas e outras categorias. A proposta, que abrange 36 níveis, prevê reajuste no teto da tabela salarial, contemplando, inclusive, o Adicional por Tempo de Ser-viço (ATS), embutido na tabela. Os salários passam a variar de R$ 7.445,00 até R$ 17.523,00.

Foi mantida a discrimi-nação do REG/Replan não-saldado, fato criticado pelo coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, durante a assinatura do aditivo.

A proposta da Caixa, que foi aprovada em assembleias reali-zadas nas bases onde a empresa tem empregados da carreira profissional, contempla diversas reivindicações deste segmento e valorização na carreira.

Para ver o documento na íntegra basta acessar o site do Sindicato, procurar a aba “Acor-do Coletivo” e clique em “Caixa Econômica Federal”.

“A proposta apresentada para carreira profissional con-templa diversos itens pendentes desde 2006 e ajuda na unifica-

Assinado aditivo da nova estrutura salarial da carreira

profi ssional

ção a partir de agora, além de incorporar em sua tabela item importante de Adicional por Tempo de Serviço”, afirmou Jair Pedro Ferreira.

Modelo de gestão – A Caixa Econômica Federal apresentou aos dirigentes de entidades sindicais e do movi-mento associativo dos empre-gados o projeto de atualização do modelo de gestão que a empresa está implantando. A apresentação foi reivindicada pela Contraf/CUT – CEE/Cai-xa e sindicatos, por conta do clima de insegurança existente nas filiais e agências, mediante a possibilidade de uma nova reestruturação. A reunião acon-teceu em Brasília, dia 27/5. A Fenae foi representada pelo diretor vice-presidente, Jair Pedro Ferreira, e pela diretora de Administração e Finanças, Fabiana Matheus.

Segundo a Caixa, as medi-das, no momento, atingem a Ma-triz, mas não foram descartadas mudanças nas filiais e agências. O vice-presidente de Gestão de Pessoas, Sérgio Rodrigues, disse que a implantação do projeto está seguindo o cronograma

determinando pela presidên-cia da empresa. Em relação às demais áreas, ele afirmou que está sendo feito estudo e não tem condições de informar o que vai ser feito.

A atualização do modelo de gestão da Caixa está sendo elaborado por uma empresa de consultoria e deverá ser implan-tado em etapas, no período de 18 meses. O objetivo, segundo os representantes da empresa, é mudar sua estrutura organiza-cional visando tornar o fluxo de trabalho mais ágil.

Os dirigentes das entidades sindicais cobraram transparên-cia no processo de mudanças na empresa e que possam ser ou-vidas sobre a questão. O coor-denador da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, lembrou que as entidades têm recebido queixas dos empregados que temem ser prejudicados com a reestruturação. A falta de co-municação adequada da Caixa tem gerado grande insegurança entre os empregados, que não sabem qual será o impacto de uma possível reestruturação em seus setores.

A terceirização no setor público pode ser considerada uma prática contrária ao direito à sindicalização, avalia o juiz do Trabalho e presidente da Associação Nacional dos Magis-trados da Justiça do Trabalho (Ana-matra), Renato Henry Sant'Anna, du-rante o seminário “A Democratização do Estado e a Participação dos Atores Sociais”, ocorrido dia 9/5.

O encontro discutiu a regu-lamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), promulgada em março deste ano, que trata sobre direito de sindicalização e relações de trabalho na administração públi-ca. Atualmente, o tratado é válido por estabelecer princípios, mas não há lei que regulamente, de fato, os direitos relacionados à sindicalização dos servidores públicos brasileiros.

“A terceirização quebra a espi-nha do sindicato do trabalhador, na medida em que coloca no ambiente de trabalho vários empregadores e acaba por esfacelar a unidade que poderia unir os trabalhadores no sindicato”, explicou o juiz.

Segundo ele, a contratação de funcionário por meio de servi-ços terceirizados é uma forma de enfraquecer o movimento sindical, considerando que os empregados estão vinculados legalmente, a dife-rentes patrões, o que acaba difi cul-tando a unidade dos trabalhadores e, consequentemente, a obtenção de vantagens que o movimento organizado poderia oferecer. Para o magistrado, essa certa obstrução

Terceirização enfraquece movimento sindical, avalia juiz do Trabalho

da liberdade sindical – isto é, uma prática antissindical, – contraria a própria premissa do movimento, que é a melhoria da condição social do trabalhador.

“Estão criando uma massa de trabalhadores que não terão forma de se sindicalizar de forma efetiva”, disse o juiz.

Práticas condenadas – Uma das reclamações dos trabalhadores sobre práticas antissindicais foi o uso do interdito proibitório para impedir manifestações. O interdito é uma medida prevista no Código de Processo Civil que prevê uma espé-cie de mandado de segurança para afastar os manifestantes do local, com o argumento de evitar prejuízos fi nanceiros.

O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Manoel Messias Melo, reconheceu o uso da medida judicial e que o Brasil ainda tem uma agenda inconclusa sobre a sindicalização de servidores públicos. “O uso do interdito é feito para impedir piquete em greve. O instrumento é usado em negociação coletiva não para proteger a propriedade, mas para impedir o piquete. O motivo real é esse. Ainda não temos uma agenda de trabalho da organização sindical no Brasil que permita o exercício completo dessa ação. Não conse-guimos estabelecer a organização sindical no local do trabalho, por exemplo, somente da porta para fora”, disse Messias.

Pelo terceiro mês, Santander lidera ranking de queixas de clientes no BC

milhões de reais em propaganda na TV nem patrocinar a Copa Liberta-dores e a Fórmula 1. O melhor ca-minho é negociar com o movimento sindical, que reivindica o fim das demissões e da rotatividade, mais contratações e melhoria das con-dições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral. Isso certamente trará qualidade no atendimento aos clientes e reduzirá as reclamações no BC”, defende o dirigente sindical. “Queremos que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros”, reitera.

Maior nível de reclamações contra bancos em abril – O número de reclamações contra bancos no BC subiu pelo quarto mês consecutivo e

fechou abril 20,7% acima do núme-ro de março. Foram constatadas 2.843 queixas procedentes no mês passado, a maior quantidade de queixas absolutas em um único mês em quatro anos. As principais queixas referem-se a débitos não autorizados (498), seguidas por prestação de serviços de forma irregular em contas salário (360). Também foram computadas 328 reclamações por cobranças irregu-lares de serviços não contratados.

No mês passado, o Santander teve 758 reclamações procedentes. O BB, que aparece em segundo no ranking. Itaú Unibanco, HSBC e Bradesco completam o Top 5 das instituições que tiveram mais reclamações em abril.

Em Brasília, durante os dias 23 e 24/5, os GTs Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa realizaram a primeira reunião do ano.

Logo de início, Plínio Pavão, representante da Contraf/CUT nesse fórum, levantou o questionamento de que as políticas na área de saúde não podem fi car à mercê de problemas administrativos da Caixa, propondo que sejam marcadas novas reuniões.

No debate sobre Saúde do Tra-balhador, realizado dia 23/5, foram verifi cados alguns avanços, notada-mente em relação ao normativo RH 003, que trata do Programa de Con-trole Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), previsto na Norma Regu-lamentadora (NR-7) do Ministério do Trabalho e do Emprego.

Foi feito o debate em torno da rediscussão do PCMSO, sobretudo porque a Caixa insiste em “confundir” um instrumento legal, cujo objetivo é a proteção e preservação da Saúde do Trabalhador, com processo de se-leção, atribuindo caráter eliminatório no exame admissional e naquele de mudança de função. O GT Saúde fez uma discussão abrangente em torno de todo o RH 003, revendo todas as partes do manual onde fi ca evidente a “confusão” entre saúde do trabalhador e processo de seleção. Plínio Pavão explica que, dada a complexidade, o debate sobre esse tema terá continuidade na próxima reunião do GT Saúde, a ser agendada dentro dos próximos 30 dias.

Ainda em relação à Saúde do Trabalhador, foi debatida também a recente alteração no RH 025 (licença para tratamento de saúde), para que o registro dos afastamentos inferiores a 15 dias sejam efetuados na própria unidade de lotação pelo agente RH. Ocorre que esse procedimento viola

Negociações avançam no GT Saúde e travam em relação ao Saúde Caixa

o sigilo médico e, em decorrência disso, o GT Saúde realizou um debate exaustivo, dado que esse entendi-mento existia na versão anterior do manual, pois o registro de qualquer afastamento se dava no âmbito das Gipes, cujo pedido era encaminhado em envelope lacrado, sendo aberto somente pelo médico da Caixa.

Houve consenso em torno da questão de que o manual deve ser alterado e que o novo procedimento seja opcional, cabendo ao empre-gado decidir se abre mão de seu sigilo em troca de um procedimento simplifi cado. Esse assunto, contudo, será encaminhado à Geret (gestora do normativo) para procedimento de alterações.

Foi proposto pelos representan-tes da Contraf/CUT mudança no RH 196, que consolida os programas de qualidade de vida, com a retomada do Programa de Reabilitação Ocu-pacional (PRO).

Saúde Caixa – Já sobre as ques-tões relativas ao Saúde Caixa, cujo debate ocorreu dia 24/5, foi frustrante. Na ocasião, lamentavelmente, não houve o registro de nenhum avanço. Os itens pautados pelos represen-tantes dos trabalhadores não foram aceitos pela Caixa. O banco impõe impedimento para manutenção do Saúde Caixa após aposentadoria aos empregados que contribuíram com o plano por menos de 10 anos. Devido a isso, será levada para a mesa de negociação permanente.

Os representantes da Caixa também se recusaram a discutir a destinação do superávit, alegando para isso que ampliação de cobertu-ras e melhorias gerais no plano são ações de gestão, uma prerrogativa do banco.

Foto: Augusto Coelho

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Assembleia SEGURANÇA BANCÁRIASindicato dos

Empregados em Estabelecimentos

Bancários no Estado do Ceará

Rua 24 de Maio, 1289 – Centro – CEP

60.020-001

“O professor diante de seus alunos fazendo demonstrações

com o meu corpo... Eu acho que a gente está colocando uma

sementinha nessa

caminhada em prol de um País mais justo, mais humano e mais

solidário”Historiadora Dulce Pandolfi

que, emocionada, em depoimento à Comissão da Verdade, contou que serviu

de cobaia em aulas para torturadores.

Esporte e LazerO Sindicato dos Bancários do Ceará tem tradição na realização de diversos torneios e campeonatos na modalidade do futebol (salão e soçaite). Agora, a entidade está solicitando aos bancários adeptos de outras atividades esportivas – como vôlei, vôlei

de praia, natação, futvolêi, basquete, ciclismo, motociclismo, corrida rústica, xadrez, sinuca, surf,

kitesurf etc. – que entrem em contato para fazer um pré-cadastro visando a implementação de outros

torneios. Os interessados devem entrar em contato com a Secretaria de Esporte e Lazer, através do

telefone (85) 9155 3632, falar com Ribamar Pacheco ou através do e-mail: [email protected].

Tratamento pelo planoA partir de janeiro de 2014, planos de saúde que atuam no País terão que

ofertar 36 medicamentos orais indicados em terapias contra o câncer, usados por pacientes em tratamento domiciliar. A mudança faz parte da ampliação do rol de procedimentos obrigatórios a serem ofertados pelas operadoras.

Pelo rol atual, os planos de saúde só são obrigados a conceder o tratamento oral contra o câncer em locais de serviço de saúde (hospitais e salas de

quimioterapia). Ainda de acordo com as novas regras, a operadora não poderá limitar a quantidade de medicamentos usada pelo paciente.

Bolsa com micróbioO professor do Instituto de Microbiologia da UFRJ,

Maulori Cabral, confi rmou à Agência Brasil que bolsas femininas têm mais micróbios do que na maioria dos

vasos sanitários, como é apontado por estudo da empresa Initial Washroom Hygiene, do Reino Unido. O estudo feito pela companhia britânica revela que o creme de mãos, batons e estojos de maquiagem são os itens mais sujos que as mulheres carregam nas

bolsas. Cabral descartou, entretanto, que o fato de as bolsas femininas apresentarem mais micróbios que a superfície de vasos sanitários põe em risco a saúde

humana. Os micróbios fazem parte do cotidiano.

PLR Sem ImpostoO plenário do Senado aprovou dia 28/5 a Medida Provisória (MP) 597/2012, ou Projeto de Lei de Conversão (PLV) 7/2013, sobre tributação de Imposto de Renda no pagamento de participação nos lucros ou resultados (PLR).

Aprovada na Câmara no último dia 22/5, a MP garante isenção para PLR de até R$ 6 mil e fi xa uma tabela progressiva para prêmios acima desse valor. Agora, a MP segue para sanção presidencial. A tabela fi xa alíquota de 7,5% para PLRs de R$ 6.000,01 a R$ 9.000,00, 15% de R$ 9.000,01 a R$ 12.000,

22,5% de R$ 12.000,01 a R$ 15.000 e de 27,5% acima de R$ 15 mil.

Reunidos em assembleia na última terça-feira, dia 28/5, os bancários aprovaram o balanço do exercício 2012 do Sindicato dos Bancários do Ceará.

“Dando sequência ao pro-cesso de transparência e democracia, o Sindicato, em uma assembleia bastante re-presentativa, apresentou via o escritório de Contabilidade Ábaco, responsável pela con-tabilidade da entidade, dados e informações referente ao exer-cício do ano de 2012 e que após amplo debate, os bancários deliberaram pela aprovação das contas do Sindicato, ficando constatada a responsabilidade com que a direção prima em gerir os recursos da entidade”, afirmou o atual secretário de Finanças, Ribamar Pacheco.

Para o diretor do Sindica-to, Marcos Saraiva, que geriu a Secretaria de Finanças até agosto/2012, a atual diretoria procura deixar clara a sua preocupação com os recursos do Sindicato. “Nós procuramos trabalhar sempre de forma a manter a situação financeira da entidade em dias, e atribuímos isso à participação dos asso-ciados da nossa entidade, que de forma efetiva contribuem com o fortalecimento finan-ceiro e político do SEEB/CE, o que significa acreditar que o Sindicato os representa e os defende”, disse.

Antes da deliberação da assembleia, o diretor José Eduardo Marinho, represen-tando o Conselho Fiscal da entidade, leu parecer favorável ao balanço do exercício 2012.

Na próxima edição da Tri-buna Bancária, estaremos pu-blicando o parecer, bem como toda a prestação de contas do Sindicato.

Bancários aprovam prestação de contas do exercício 2012

Fotos: Drawlio Joca

No último dia 24/5, o Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) esteve em Acaraú (a 255 km de Fortaleza) para apresentar o projeto de lei de segurança bancária na Câ-mara Municipal da cidade. O projeto é similar ao Estatuto de Segurança Bancária da capital cearense e foi sancionado recentemente, também por iniciativa do Sindicato, pela pre-feitura de Tianguá.

Durante audiência na Câmara de Acaraú, os dirigentes sindicais en-tregaram formalmente o projeto de lei para os vereadores e expuseram a importância de uma legislação dessa natureza. “Os vereadores recebe-ram bem a iniciativa do Sindicato. Agora é esperar um retorno deles e acompanhar os trâmites para a

Sindicato apresenta projeto de lei na Câmara Municipal de Acaraú

provação do projeto”, afi rma Ricardo de Paula, diretor do Sindicato.

“Não estamos querendo prote-ger só os bancários. A lei de segu-rança é uma demanda dos clientes, usuários e de toda a população do município. Queremos proteger a vida e o dinheiro de todos”, completa o diretor.

O Sindicato tem a intenção de levar a iniciativa para todas as cida-des do Ceará, inicialmente aquelas com mais de 50 mil habitantes, além de todas cujos vereadores demonstrarem interesse. A entidade já está com reuniões agendadas nas Câmaras Municipais de Horizonte (dia 7/6), Limoeiro do Norte (dia 5/6), Maracanaú (dia 12/6) e Quixadá (dia 5/6).

Foto: SEEB/CE