book ifrs bradesco 2011

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  d ezem bro 2011 12008 Ges t ão, Elaboração e Divulgação de Relat órios de Análise Econômica Financeira e Demonstrações Financeiras Consolidadas da Organização Bradesco Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo “Int ernat i on al Accoun t i ng S t and ards Board   IASB”

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d ezem b r o 201112008

Ge st o, Elab o r ao e Div ulg a o d e Re lat r io s d e An lise Eco n m ica Fin an ce ir a e De m on st r ae s Fin an ce ir a s Con solid ad as d a Or g an iz a o Br ad e sco

Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatrio financeiro (IFRS) emitidas pelo In t ern at io n al Acco u n t in g St an d ard s Bo ard IASB

Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

SumrioRelatrio dos Auditores Independentes .............................................................................................................................. 3 Relatrio do Comit de Auditoria ........................................................................................................................................ 4 Demonstrao Consolidada do Resultado .......................................................................................................................... 5 Demonstrao Consolidada do Resultado Abrangente ...................................................................................................... 6 Balano Patrimonial Consolidado ....................................................................................................................................... 7 Demonstrao Consolidada das Mutaes do Patrimnio Lquido .................................................................................. 8-9 Demonstrao Consolidada dos Fluxos de Caixa ........................................................................................................ 10-11 Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadas 1) Informaes gerais ................................................. 12 2) Principais polticas contbeis.................................. 12 3) Gerenciamento de riscos ........................................ 36 3.1. Risco de crdito........................................... 37 3.2. Risco de mercado ....................................... 48 3.3. Risco de liquidez ......................................... 55 3.4. Valor justo de ativos e passivos financeiros 59 3.5. Gerenciamento de capital ........................... 63 3.6. Risco de seguro .......................................... 67 4) Uso de estimativas e julgamentos .......................... 73 5) Segmentos operacionais ........................................ 75 6) Resultado lquido de juros ...................................... 79 7) Resultado lquido de servios e comisses ............ 80 8) Ganhos/(perdas) lquidos de ativos financeiros para negociao ............................................................. 80 9) Ganhos/(perdas) lquidos de ativos financeiros disponveis para venda ........................................... 80 10) Ganhos/(perdas) lquidos de operaes em moeda estrangeira.............................................................. 80 11) Resultado de seguros e previdncia ...................... 81 12) Perda por reduo ao valor recupervel de emprstimos e adiantamentos................................ 82 13) Despesas de pessoal ............................................. 82 14) Outras despesas administrativas ............................ 82 15) Depreciao e amortizao .................................... 83 16) Outras receitas/(despesas) operacionais ............... 83 17) Imposto de renda e contribuio social .................. 83 18) Lucro por ao........................................................ 87 19) Caixa e disponibilidades em bancos ...................... 87 20) Ativos e passivos financeiros para negociao ...... 88 21) Ativos financeiros disponveis para venda ............. 92 22) Investimentos mantidos at o vencimento ............. 93 23) Ativos cedidos em garantia .................................... 93 24) Emprstimos e adiantamentos a instituies financeiras .............................................................. 94 25) Emprstimos e adiantamentos a clientes ............... 94 26) Ativos no correntes mantidos para venda ............ 95 27) Investimentos em coligadas ................................... 96 28) Joint ventures ......................................................... 98 29) Imobilizado de uso ................................................. 99 30) Ativos intangveis e gio....................................... 101 31) Outros ativos ........................................................ 102 32) Recursos de instituies financeiras .................... 103 33) Recursos de clientes ............................................ 103 34) Recursos de emisso de ttulos ........................... 104 35) Dvidas subordinadas ........................................... 106 36) Provises tcnicas de seguros e previdncia ...... 108 37) Planos fechados de previdncia complementar ... 115 38) Outras provises .................................................. 118 39) Outros passivos.................................................... 120 40) Patrimnio lquido................................................. 121 41) Transaes com partes relacionadas................... 123 42) Itens no registrados no balano patrimonial ....... 125 43) Recentes aquisies ............................................ 126 44) Normas, alteraes e interpretaes de normas que ainda no esto em vigor ..................................... 127 45) Eventos subsequentes ......................................... 128

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IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Relatrio dos Auditores IndependentesRelatrio dos Auditores Independentes sobre as Demonstraes Contbeis Consolidadas Conselho de Administrao e aos Acionistas do Banco Bradesco S.A. Osasco - SP Examinamos as demonstraes contbeis consolidadas do Banco Bradesco S.A. (Bradesco), que compreendem o balano patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstraes consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutaes do patrimnio lquido e dos fluxos de caixa para o exerccio findo naquela data, assim como o resumo das principais prticas contbeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administrao sobre as demonstraes contbeis A Administrao do Bradesco responsvel pela elaborao e adequada apresentao dessas demonstraes contbeis consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatrio financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board IASB e pelos controles internos que ela determinou como necessrios para permitir a elaborao de demonstraes contbeis livres de distoro relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade a de expressar uma opinio sobre essas demonstraes contbeis consolidadas com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigncias ticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurana razovel de que as demonstraes contbeis esto livres de distoro relevante. Uma auditoria envolve a execuo de procedimentos selecionados para obteno de evidncia a respeito dos valores e divulgaes apresentados nas demonstraes contbeis consolidadas. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliao dos riscos de distoro relevante nas demonstraes contbeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliao de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaborao e adequada apresentao das demonstraes contbeis consolidadas do Bradesco para planejar os procedimentos de auditoria que so apropriados nas circunstncias, mas no para fins de expressar uma opinio sobre a eficcia desses controles internos do Bradesco. Uma auditoria inclui, tambm, a avaliao da adequao das prticas contbeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contbeis feitas pela Administrao, bem como a avaliao da apresentao das demonstraes contbeis consolidadas tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidncia de auditoria obtida suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinio. Opinio Em nossa opinio, as demonstraes contbeis consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posio patrimonial e financeira consolidada do Bradesco em 31 de dezembro de 2011, o desempenho consolidado de suas operaes e os seus fluxos de caixa consolidados para o exerccio findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatrio financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board IASB. Outros assuntos Auditoria dos valores correspondentes a exerccios anteriores Os valores correspondentes aos exerccios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, apresentados para fins de comparao, foram anteriormente auditados por outros auditores independentes que emitiram relatrio datado de 14 de abril de 2011, que no continha qualquer modificao. Osasco, 29 de maro de 2012

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Cludio Roglio Sertrio Contador CRC 1SP212059/O-0Bradesco

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Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Relatrio do Comit de AuditoriaRelatrio do Comit de Auditoria do Conglomerado Financeiro Bradesco sobre as demonstraes contbeis elaboradas de acordo com os princpios internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards IFRS)

Adicionalmente ao relatrio deste Comit de Auditoria relativo s demonstraes contbeis consolidadas do Banco Bradesco S.A. em 31 de dezembro de 2011, emitido em 30 de janeiro de 2012, analisamos tambm as demonstraes contbeis elaboradas de acordo com princpios internacionais de contabilidade. Em nossa anlise, como mencionado em nosso relatrio acima citado, levamos em considerao os trabalhos efetuados pelos auditores independentes e a avaliao dos sistemas de controles internos mantidos pelas diversas reas financeiras do conglomerado financeiro Bradesco, principalmente as reas de Auditoria Interna, de Gesto de Riscos e de Compliance. So de responsabilidade da Administrao a definio e implementao de sistemas de informaes contbeis e gerenciais que produzem as demonstraes contbeis das empresas que compem a Organizao Bradesco, em observncia s prticas contbeis brasileiras e internacionais. A Administrao tambm responsvel por processos, polticas e procedimentos de controles internos que assegurem a salvaguarda dos ativos, o tempestivo reconhecimento de passivos e o gerenciamento dos riscos das operaes da Organizao Bradesco. A Auditoria Independente responsvel por examinar as demonstraes contbeis e emitir relatrio sobre sua aderncia aos princpios contbeis aplicveis. A Auditoria Interna (Departamento de Inspetoria Geral) tem como atribuies aferir a qualidade dos sistemas de controles internos da Organizao Bradesco e a regularidade das polticas e dos procedimentos definidos pela Administrao, inclusive daqueles adotados na elaborao dos relatrios contbeis e financeiros. Compete ao Comit de Auditoria avaliar a qualidade e a efetividade das Auditorias Interna e Independente, a efetividade e a suficincia dos sistemas de controles internos da Organizao Bradesco e analisar as demonstraes contbeis, emitindo, quando aplicvel, as recomendaes pertinentes. Com base nas revises e discusses acima mencionadas, o Comit de Auditoria recomenda, ao Conselho de Administrao, a aprovao das demonstraes contbeis auditadas, relativas ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2011, elaboradas de acordo com os princpios internacionais de contabilidade. Cidade de Deus, Osasco, SP, 29 de maro de 2012

CARLOS ALBERTO RODRIGUES GUILHERME (Coordenador) JOS LUCAS FERREIRA DE MELO ROMULO NAGIB LASMAR OSVALDO WATANABE

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IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Demonstrao Consolidada do ResultadoR$ mil Exerccios findos em 31 de dezembro Nota Receita de juros e similares Despesa de juros e similares Resultado lquido de juros Receita de servios e comisses Despesa de servios e comisses Resultado lquido de servios e comisses Ganhos/(perdas) lquidos de ativos e passivos financeiros para negociao Ganhos/(perdas) lquidos de ativos financeiros disponveis para venda Ganhos/(perdas) lquidos de operaes em moeda estrangeira Resultado de seguros e previdncia Perdas por reduo ao valor recupervel de emprstimos e adiantamentos Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Depreciao e amortizao Outras receitas/(despesas) operacionais Resultado antes dos impostos e participaes em coligadas Resultado de participao em coligadas Resultado antes da tributao sobre o lucro Imposto de renda e contribuio social Lucro lquido do exerccio 17 27 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 6 2011 82.367.272 (46.755.986) 35.611.286 10.868.311 (33.978) 10.834.333 (608.270) 365.302 2.625.813 3.076.175 (8.296.151) (11.150.970) (11.477.134) (2.120.335) (4.858.702) 14.001.347 682.122 14.683.469 (3.594.027) 11.089.442 2010 63.772.183 (31.000.892) 32.771.291 9.421.485 (26.947) 9.394.538 2.212.733 754.416 (682.961) 2.577.730 (5.756.125) (8.794.017) (9.761.445) (1.966.433) (6.002.663) 14.747.064 577.053 15.324.117 (5.271.924) 10.052.193 2009 55.165.229 (27.974.717) 27.190.512 7.866.601 (19.219) 7.847.382 5.983.781 757.255 (897.638) 1.778.016 (10.809.611) (7.334.164) (8.138.058) (1.516.529) (3.024.640) 11.836.306 728.867 12.565.173 (4.264.330) 8.300.843

Atribuvel a acionista: Controladores No controladores Lucro bsico e diludo por ao em nmero mdio ponderado de aes atribuvel aos acionistas (expresso em R$ por ao): Lucro por ao ordinria Lucro por ao preferencial 18 18 2,74 3,01 2,52 2,77 2,12 2,34 10.958.054 131.388 9.939.575 112.618 8.283.007 17.836

As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis Consolidadas.

Bradesco

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Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Demonstrao Consolidada do Resultado AbrangenteR$ mil Exerccios findos em 31 de dezembro 2011 Lucro lquido do exerccio Ganhos/(perdas) no realizados de ativos financeiros disponveis para venda Ajuste de converso de subsidiria no exterior Efeito dos impostos Total do resultado abrangente do exerccio 11.089.442 2010 10.052.193 2009 8.300.843

(763.425) 389 294.823 10.621.229

651.063 (11.708) (255.742) 10.435.806

3.486.555 (1.394.623) 10.392.775

Atribuvel aos acionistas: Controladores No controladores 10.489.841 131.388 10.323.188 112.618 10.374.939 17.836

As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis Consolidadas.

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IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Balano Patrimonial ConsolidadoR$ mil 31 de dezembro Nota Ativo Caixa e disponibilidades em bancos Ativos financeiros para negociao Ativos financeiros disponveis para venda Investimentos mantidos at o vencimento Ativos cedidos em garantia Emprstimos e adiantamentos a instituies financeiras Emprstimos e adiantamentos a clientes, lquido de proviso para perdas Ativos no correntes mantidos para venda Investimentos em coligadas Imobilizado de uso Ativos intangveis e gio Impostos a compensar Impostos diferidos Outros ativos Total do ativo 19 20a 21 22 23 24 25 26 27 29 30 17g 17c 31 93.777.577 96.597.077 45.248.398 4.110.987 97.122.080 72.663.890 245.874.949 445.351 2.390.466 4.267.218 7.216.697 4.572.927 17.093.388 30.705.887 722.086.892 80.960.127 75.234.191 40.179.144 3.394.307 79.700.612 64.715.412 210.280.182 412.142 2.298.200 3.669.281 5.412.088 1.590.297 12.733.792 22.374.249 602.954.024 2011 2010

Passivo Recursos de instituies financeiras Recursos de clientes Passivos financeiros para negociao Recursos de emisso de ttulos Dvidas subordinadas Provises tcnicas de seguros e previdncia Outras provises Impostos correntes Impostos diferidos Outros passivos Total do passivo 17c 39 32 33 20b 34 35 36 38 204.290.176 216.320.938 747.210 41.630.969 26.910.091 99.112.321 17.926.450 2.758.978 2.246.508 50.761.157 662.704.798 171.920.917 192.475.948 732.967 17.809.765 26.314.946 83.493.046 13.327.866 1.923.372 1.980.544 41.816.088 551.795.459

Patrimnio lquido Capital social Aes em tesouraria Reservas de capital Reservas de lucros Capital integralizado adicional Outros resultados abrangentes Lucros acumulados Patrimnio lquido atribudo aos acionistas controladores Participao de acionistas no controladores Total do patrimnio lquido

40 30.100.000 (183.109) 35.973 26.732.531 70.496 1.751.059 632.096 59.139.046 243.048 59.382.094 28.500.000 (10.049) 87.146 19.481.986 70.496 2.219.272 702.383 51.051.234 107.331 51.158.565

Total do passivo e patrimnio lquido As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis Consolidadas.

722.086.892

602.954.024

Bradesco

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Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Demonstrao Consolidada das Mutaes do Patrimnio LquidoR$ milReservas de lucros Capital social Aes em tesouraria Reservas de capital Legal Estatutria Outros Patrimnio Participao resultados Lucros lquido dos dos acionistas Capital acionistas no integralizado abrangentes acumulados (1) controladores controladores adicional

Total

Saldo em 1 de janeiro de 2009 Lucro lquido Ativos financeiros disponveis para venda Lucro abrangente Aquisies de aes em tesouraria Aumento de participao de acionistas no controladores Incorporao de aes da Odontoprev Constituio de reservas Aumento de capital com reservas Aumento de capital (2) Juros sobre o capital prprio e dividendos Saldo em 31 de dezembro de 2009 Lucro lquido Ativos financeiros disponveis para venda Ajuste de converso de moeda de subsidiria no exterior Lucro abrangente Reduo de participao de acionistas no controladores Aquisies de aes em tesouraria Cancelamento de aes em tesouraria Constituio de reservas Aumento de capital com reservas Aumento de capital (5) Capital a integralizar (5) Juros sobre o capital prprio e dividendos Saldo em 31 de dezembro de 2010(4) (2) (3)

23.000.000 2.131.817 1.368.183 26.500.000 2.000.000 1.500.000 (1.500.000) 28.500.000

(4.853) (184.021) (188.874) (14.789) 193.614 (10.049)

62.614 24.532 87.146 87.146

1.853.688 400.614 2.254.302 501.083 2.755.385

10.006.599 4.893.586 (2.131.817) 12.768.368 (193.614) 6.151.847 (2.000.000) 16.726.601

150.032 150.032 (79.536) 70.496

(256.273) 2.091.932 1.835.659 390.638 (7.025) 2.219.272

630.748 8.283.007 (5.294.200) (2.834.734) 784.821 9.939.575 (6.652.930) (3.369.083) 702.383

35.292.523 8.283.007 2.091.932 10.374.939 (184.021) 150.032 1.392.715 (2.834.734) 44.191.454 9.939.575 390.638 (7.025) 10.323.188 (79.536) (14.789) 1.500.000 (1.500.000) (3.369.083) 51.051.234

240.070 17.836 17.836 19.131 185.780 (7.564) 455.253 112.618 112.618 (429.571) (30.969) 107.331

35.532.593 8.300.843 2.091.932 10.392.775 (184.021) 19.131 335.812 1.392.715 (2.842.298) 44.646.707 10.052.193 390.638 (7.025) 10.435.806 (509.107) (14.789) 1.500.000 (1.500.000) (3.400.052) 51.158.565

As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis Consolidadas.

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IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Demonstrao Consolidada das Mutaes do Patrimnio Lquido (continuao)R$ milReservas de lucros Capital social Aes em tesouraria Reservas de capital Legal Estatutria Outros Patrimnio Participao resultados Lucros lquido dos dos acionistas Capital acionistas no integralizado abrangentes acumulados (1) controladores controladores adicional

Total

Saldo em 31 de dezembro de 2010 Lucro lquido Ativos financeiros disponveis para venda Ajuste de converso de moeda de subsidiria no exterior Lucro abrangente Aquisies de aes em tesouraria Aumento de participao de acionistas no controladores gio na subscrio de aes Constituio de reservas Aumento de capital com reservas Integralizao de capital (5) Juros sobre o capital prprio e dividendos Saldo em 31 de dezembro de 2011(6) (5)

28.500.000 100.000 1.500.000 30.100.000

(10.049) (173.060) (183.109)

87.146 11.441 (62.614) 35.973

2.755.385 551.413 (37.386) 3.269.412

16.726.601 6.736.518 23.463.119

70.496 70.496

2.219.272 (468.447) 234 1.751.059

702.383 10.958.054 (7.287.931) (3.740.410) 632.096

51.051.234 10.958.054 (468.447) 234 10.489.841 (173.060) 11.441 1.500.000 (3.740.410) 59.139.046

107.331 131.388 131.388 42.483 (38.154) 243.048

51.158.565 11.089.442 (468.447) 234 10.621.229 (173.060) 42.483 11.441 1.500.000 (3.778.564) 59.382.094

(1) Consiste, basicamente, em ganhos/perdas no realizados de ttulos e valores mobilirios, classificados como disponveis para venda (Notas 21 e 23), cujo efeito acumulado dos impostos totalizam R$ 1.184.692 mil(2010 R$ 1.479.515 mil e 2009 R$ 1.223.773 mil);

(2) Em 29 de outubro de 2009, a Assembleia Geral Extraordinria deliberou pela incorporao do Banco Ibi S.A, mediante a emisso de 45.662.775 novas aes, sendo 22.831.389 aes ordinrias e 22.831.386 aespreferenciais, atribudas aos acionistas do Banco Ibi S.A., no valor de R$ 1.368.183 mil e aumento de capital mediante a transferncia de reserva, sem emisso de aes, no valor de R$ 131.817 mil, sendo R$ 65.909 mil em aes ordinrias e R$ 65.908 mil em aes preferenciais;

(3) Em 18 de dezembro de 2009, a Assembleia Geral Extraordinria deliberou a bonificao das aes representativas do Capital Social, de modo que os acionistas tiveram sua posio acionria acrescida,gratuitamente, de uma nova ao para cada 10 possudas da mesma classe. Desse modo, todas as quantidades de aes, apresentadas em exerccios anteriores foram ajustadas para refletir o desdobramento de aes na proporo de uma nova ao para cada 10 possudas. A mesma Assembleia deliberou o aumento de capital mediante a transferncia de reservas, no valor de R$ 2.000.000 mil, sendo R$ 1.000.000 mil de aes ordinrias e R$ 1.000.000 mil de aes preferenciais;

(4) Em 10 de junho de 2010, a Assembleia Geral Extraordinria deliberou a bonificao das aes representativas do Capital Social, de modo que os acionistas tiveram sua posio acionria acrescida, gratuitamente,de uma nova ao para cada 10 possudas da mesma classe. Desse modo, todas as quantidades de aes, apresentadas em exerccios anteriores, foram ajustadas para refletir o desdobramento de aes na proporo de uma nova ao para cada 10 possudas. A mesma Assembleia deliberou o aumento do Capital Social mediante a transferncia de reservas, no valor de R$ 2.000.000 mil, sendo R$ 1.000.000 mil de aes ordinrias e R$ 1.000.000 mil de aes preferenciais;

(5) Em 17 de dezembro de 2010, a Assembleia Geral Extraordinria deliberou o aumento do Capital Social, no valor de R$ 1.500.000 mil, elevando-o de R$ 28.500.000 mil para R$ 30.000.000 mil, mediante a emissode 62.344.140 novas aes, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 31.172.072 ordinrias e 31.172.068 preferenciais, mediante subscrio particular pelos acionistas no perodo de 29 de dezembro de 2010 a 31 de janeiro de 2011, na proporo sobre a posio acionria que cada um possua na data da Assembleia, com integralizao vista em 18 de fevereiro de 2011. O excedente da importncia destinada formao de Capital Social, no valor de R$ 11.441 mil, apurado pela diferena entre o preo de emisso e o de venda das aes em leilo, foi contabilizado na conta Reserva de Capital; e

(6) Em 10 de maro de 2011, a Assembleia Geral Extraordinria, deliberou o aumento de Capital Social, no valor de R$ 100.000 mil, elevando-o de R$ 30.000.000 mil para R$ 30.100.000 mil, mediante a utilizao departe do saldo das contas Reserva de Capital e Reserva de Lucros Legal, sem emisso de aes.

As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis Consolidadas.

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Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Demonstrao Consolidada dos Fluxos de CaixaR$ mil Exerccios findos em 31 de dezembro 2011 Atividades operacionais Lucro antes da tributao sobre o lucro Ajustes para reconciliar o lucro antes da tributao ao caixa lquido das atividades operacionais: Perda por reduo ao valor recupervel reconhecido decorrente de perda de crdito Variao de provises tcnicas de seguros e planos de previdncia Ganhos realizados lquidos nos ttulos disponveis para venda Depreciao Amortizao de ativos intangveis Perdas por reduo ao valor recupervel de ativos intangveis Resultado de participao em coligadas Perdas na alienao de ativos no correntes mantidos para venda Perdas na alienao do imobilizado de uso, lquido Ganhos na venda de investimentos em coligadas Variaes em ativos e obrigaes: Aumento em depsitos compulsrios no Banco Central Aumento em emprstimos e adiantamentos a instituies financeiras Aumento em emprstimos e adiantamentos a clientes (Aumento)/reduo em ativos financeiros para negociao (Aumento)/reduo em outros ativos Aumento lquido em recursos de instituies financeiras Aumento lquido em recursos de clientes Aumento/(reduo) em passivos financeiros mantidos para negociao Reduo em provises tcnicas de seguros e previdncia Aumento em outras provises Aumento/(reduo) em outros passivos Juros recebidos Juros pagos Imposto de renda e contribuio social pagos Outras variaes de impostos Caixa lquido proveniente de/(aplicado em) atividades operacionais (Revisado Veja Nota 2 (z)) Atividades de investimento Aquisio de subsidirias, lquida de caixa e equivalentes de caixa pagos Aquisies de ativos financeiros disponveis para venda Baixas de ativos financeiros disponveis para venda Aquisies de investimentos mantidos at o vencimento Resgates pelo vencimento de investimentos mantidos at o vencimento Alienao de ativos no correntes mantidos para venda Aquisio de investimentos em coligadas Alienao de investimentos em coligadas Dividendos recebidos de investimentos em coligadas (Revisado Veja Nota 2 (z)) Aquisio de imobilizado de uso Alienao de imobilizado de uso Aquisio de ativos intangveis Dividendos recebidos (214.676) (19.055.607) 32.753.402 105.722 228.958 (111.826) 489.200 (1.698.704) 102.079 (3.232.620) 126.696 (226.765) (41.287.204) 9.405.730 89.844 327.377 (786.688) 496.698 (1.356.856) 123.876 (1.695.177) 109.200 35.779 (15.854.009) 754.251 (14.554) 62.828 324.246 (339.902) 2.519.272 560.965 (1.299.292) 252.150 (1.058.075) 208.217 (6.013.739) (25.693.398) (88.088.656) (75.106.993) (6.508.618) 50.571.306 38.975.249 14.243 (2.593.130) 4.598.584 8.852.270 64.161.337 (33.332.306) (5.383.283) (4.156.577) (37.060.630) (47.273.389) (29.473.272) (81.584.730) (36.900.513) (1.578.591) 62.708.679 32.148.572 200.545 (3.398.827) 2.475.383 9.209.750 52.844.025 (20.474.472) (3.196.072) (500.862) (28.343.156) (4.722.952) (22.935.353) (44.996.235) 2.166.148 18.752.963 26.705.387 14.716.268 (1.523.248) (2.739.259) 893.781 (8.749.105) 48.030.114 (15.892.066) (3.791.506) (1.551.228) 38.702.085 14.683.469 15.324.117 12.565.173 2010 2009

8.296.151 18.212.405 (238.606) 990.092 1.130.243 5.126 (682.122) 237.727 8.596 -

5.756.125 14.294.976 (645.216) 956.092 1.010.341 26.493 (577.053) 292.595 12.148 -

10.809.611 12.768.473 (549.038) 824.899 691.630 36.511 (728.867) 315.248 14.355 (2.409.619)

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IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Demonstrao Consolidada dos Fluxos de Caixa (continuao)R$ mil Exerccios findos em 31 de dezembro 2011 Juros recebidos Caixa lquido proveniente de/(aplicado em) atividades de investimento (Revisado Veja Nota 2 (z)) Atividades de financiamento Emisso de recursos de emisso de ttulos Pagamento de recursos de emisso de ttulos Emisso de dvidas subordinadas Pagamento de dvidas subordinadas gio na subscrio de aes Aumento de capital em dinheiro Aquisio de aes prprias Aumento/(reduo) da participao dos acionistas no controladores Juros pagos Juros pagos sobre o capital prprio e dividendos Caixa lquido proveniente de/(aplicado em) atividades de financiamento Aumento/(reduo) de caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa No incio do exerccio No encerramento do exerccio Aumento/(reduo) de caixa e equivalentes de caixa Transaes no de caixa Operaes de crdito transferidas para ativos no correntes Dividendos e juros sobre o capital prprio declarados, ainda no pagos Ganhos/perdas no realizados em ttulos disponveis para venda Troca de aes da aquisio da Odontoprev As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis Consolidadas. 758.757 2.519.378 468.447 988.702 2.029.222 (390.638) 1.054.613 1.548.141 (2.091.932) 327.302 36.265.611 36.853.126 587.515 89.359.152 36.265.611 (53.093.541) 65.207.621 89.359.152 24.151.531 28.212.490 (5.679.892) 9.505.799 (6.542.624) 11.441 1.500.000 (173.060) 42.483 (2.342.856) (3.568.337) 20.965.444 587.515 12.815.608 (3.725.745) 1.282.600 (828.351) (14.789) (448.060) (1.611.252) (2.914.982) 4.555.029 (53.093.541) 3.565.694 (3.705.243) 2.628.271 (184.021) 19.131 (2.933.162) (2.829.871) (3.439.201) 24.151.531 7.190.077 16.682.701 2010 5.494.551 (29.305.414) 2009 2.736.771 (11.111.353)

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadas1) Informaes gerais O Banco Bradesco S.A. (o Bradesco, o Banco, a Companhia ou a Organizao) uma companhia aberta constituda de acordo com as leis da Repblica Federativa do Brasil, com sede na Cidade de Osasco, Estado de So Paulo, Brasil. O Bradesco um banco mltiplo, presente em todos os municpios brasileiros, constitudo nos termos da regulamentao bancria brasileira, operando principalmente em dois segmentos: financeiro e de seguros. O segmento financeiro inclui diversas reas do setor bancrio, atendendo a clientes pessoas fsicas e jurdicas, atuando como banco de investimentos em operaes bancrias nacionais e internacionais, administrao de fundos de investimento e administrao de consrcio. O segmento de seguros contempla os seguros de automveis, sade, vida, acidentes, propriedades, planos de previdncia complementar e ttulos de capitalizao. Os produtos bancrios de varejo incluem depsitos vista, em poupana, a prazo, fundos mtuos, servio de cmbio e diversas operaes de crdito, inclusive cheque especial, cartes de crdito e concesso de crdito com pagamento parcelado. Os servios prestados a pessoas jurdicas incluem a administrao de recursos e servios de tesouraria, operaes de cmbio, corporate finance e servios de banco de investimento, operaes de hedge e operaes de financiamento, inclusive financiamento de capital de giro, arrendamento mercantil e concesso de crdito com pagamento parcelado. Esses servios so realizados, principalmente, nos mercados locais, mas tambm incluem, em menor escala, servios internacionais. O Bradesco foi originalmente registrado na Bolsa de Valores de So Paulo (BM&FBovespa) passando tambm, posteriormente, a ser registrado na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE). As demonstraes contbeis consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administrao em 29 de maro de 2012. 2) Principais polticas contbeis As demonstraes contbeis consolidadas da Organizao foram preparadas de acordo com as International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). As demonstraes contbeis consolidadas incluem o balano patrimonial consolidado, a demonstrao consolidada do resultado, a demonstrao consolidada do resultado abrangente, a demonstrao consolidada das mutaes do patrimnio lquido, a demonstrao consolidada dos fluxos de caixa e as notas explicativas. Estas demonstraes contbeis consolidadas foram preparadas com base no custo histrico, exceto para os seguintes itens materiais no balano patrimonial: ativos financeiros disponveis para venda avaliados ao valor justo, ativos e passivos mantidos para negociao mensurados ao valor justo, e instrumentos financeiros designados ao valor justo por meio do resultado, que so mensurados ao valor justo e, o passivo das obrigaes por benefcio definido reconhecido pelo valor presente da obrigao do benefcio definido menos o total lquido dos ativos do plano, mais os ganhos atuariais no reconhecidos, menos o custo dos servios passados no reconhecido e menos as perdas atuariais no reconhecidas. A Organizao classifica suas despesas pelo critrio de natureza. A demonstrao consolidada dos fluxos de caixa apresenta as alteraes no caixa e equivalentes de caixa ocorridas no exerccio, oriundas das atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos. Caixa e equivalentes de caixa incluem investimentos de alta liquidez. A Nota 19 apresenta a classificao dos itens de caixa e equivalentes de caixa nas contas do balano patrimonial consolidado. A demonstrao consolidada dos fluxos de caixa foi elaborada utilizando o mtodo indireto. Portanto, o saldo de lucro antes dos impostos e da parcela de participao dos acionistas no controladores foi ajustado por transaes que no afetam o caixa, tais como, provises, depreciaes, amortizaes e perdas por valor no recupervel de emprstimos e adiantamentos. Os juros recebidos e pagos so classificados como fluxos de caixa de atividades operacionais. A preparao das demonstraes contbeis consolidadas requer a adoo de estimativas e premissas12IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadasque afetam os valores divulgados para ativos e passivos, bem como as divulgaes de ativos e passivos contingentes na data das demonstraes contbeis e da divulgao das receitas e despesas durante o exerccio. As demonstraes contbeis consolidadas incluem vrias estimativas e premissas, incluindo, mas no limitado adequao da proviso para perdas por valor no recupervel de emprstimos e adiantamentos, estimativas de valor justo de instrumentos financeiros, depreciao e amortizao, perdas por valor no recupervel dos ativos, vida til dos ativos intangveis, avaliao para realizao de ativos fiscais, premissas para o clculo das provises tcnicas de seguros, planos de previdncia complementar e capitalizao, provises para contingncias e provises para potenciais perdas originadas de incertezas fiscais e tributrias. Aquelas reas que requerem maior nvel de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as reas nas quais premissas e estimativas so significativas para as demonstraes contbeis consolidadas esto divulgadas na Nota 4. As polticas contbeis descritas a seguir foram aplicadas em todos os perodos apresentados e por todas as empresas da Organizao. a) Base de consolidao As demonstraes contbeis consolidadas incluem as demonstraes contbeis do Bradesco e de suas controladas diretas e indiretas, incluindo aquelas de controle compartilhado, bem como os fundos de investimento exclusivos e as sociedades de propsito especfico. Destacamos as principais empresas controladas includas nas demonstraes contbeis consolidadas:Participao no capital (%) 31 de dezembro 2011 2010 100,00 99,95 100,00 100,00 100,00 99,99 96,23 100,00 98,35 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 43,50 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 99,95 100,00 100,00 100,00 99,99 100,00 98,35 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 43,50 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Ramo de atividade Alvorada Cartes, Crdito Financiamento e Investimento S.A. Banco Alvorada S.A. Banco Bradesco Financiamentos S.A. Banco Bankpar S.A. Banco Boavista Interatlntico S.A. Banco Bradesco Argentina S.A. Banco BERJ S.A.(1) Banco Ibi S.A. Banco Bradesco BBI S.A. Banco Bradesco Cartes S.A. Bradesco Administradora de Consrcios Ltda. Bradseg Participaes S.A. Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros Bradesco Capitalizao S.A. Odontoprev S.A.(2) Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil gora Corretora de Ttulos e Valores Mobilirios S.A. Bradesco S.A. Corretora de Ttulos e Valores Mobilirios Bradesco Sade S.A. Bradesco Seguros S.A. Bradesco Vida e Previdncia S.A. Bradesplan Participaes Ltda. BRAM Bradesco Asset Management S.A. DTVM Tempo Servios Ltda. Unio Participaes Ltda. (1) (2) Bancria Bancria Bancria Bancria Bancria Bancria Bancria Cartes Banco de Investimentos Cartes Adm.de Consrcios Holding Seguradora Capitalizao Sade Dental Arrendamento Corretora Corretora Seguradora/Sade Seguradora Previdncia/Seguradora Holding Adm.de Ativos Prestao de Servios Holding

Acordo assinado em maio de 2011, sendo consolidada a partir de novembro de 2011, quando da aprovao do Banco Central do Brasil, o qual foi a data da efetiva aquisio; e Empresa consolidada em decorrncia do controle atravs de acordo de acionistas.

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadasi.Controladas So classificadas como controladas as empresas sobre as quais a Organizao exerce controle, ou seja, quando detm o poder de exercer a maioria dos direitos de voto. Poder ainda existir controle quando a Organizao possuir, direta ou indiretamente, preponderncia de gerir as polticas financeiras e operacionais de determinada empresa para obter benefcios de suas atividades, mesmo que a porcentagem que detm sobre o seu capital prprio for inferior a 50%. A existncia e o efeito de potenciais direitos de voto, que so atualmente exercveis, so levados em considerao ao avaliar se a Organizao controla outra entidade. As controladas so integralmente consolidadas a partir da data em que o controle transferido para a Organizao e deixam de ser consolidadas a partir da data em que o controle cessa. O resultado das controladas adquiridas ou vendidas durante os exerccios includo nas demonstraes contbeis consolidadas a partir da data efetiva de aquisio ou at a data em que o controle deixa de existir. Para aquisies que se enquadrem na definio de negcio, ser aplicado o mtodo do custo de aquisio. O custo de uma aquisio mensurado como o valor justo da contraprestao, incluindo os ativos ofertados, dos instrumentos patrimoniais emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data da troca. Ativos identificveis adquiridos e obrigaes e passivos contingentes assumidos em uma combinao de negcios so mensurados inicialmente ao valor justo na data da aquisio, independentemente da extenso de qualquer participao de no controlador. A contraprestao transferida que exceder ao valor justo da participao da Organizao nos ativos lquidos identificveis e a participao dos acionistas no controladores adquiridos so registradas como gio. Qualquer gio resultante da combinao de negcio testado para determinar se h alguma indicao de reduo ao valor recupervel pelo menos uma vez ao ano e sempre que eventos ou mudanas nas circunstncias indicarem a necessidade de reduo desse valor, sendo baixado caso necessrio. Se o custo da aquisio for inferior ao valor justo da participao da Organizao nos ativos lquidos adquiridos, a diferena ser reconhecida diretamente na demonstrao do resultado consolidado. Para aquisies que no se enquadrem na definio de negcio, a Organizao aloca o custo entre os ativos e passivos individuais identificveis. O custo dos ativos e passivos adquiridos determinado (a) pela contabilizao de ativos e passivos financeiros ao seu valor justo na data da aquisio, e (b) pela alocao do saldo remanescente do custo de compra dos ativos e passivos para os ativos e passivos individuais, que no sejam instrumentos financeiros, com base no valor justo na data da aquisio.

ii.

Coligadas So classificadas como coligadas todas as empresas sobre as quais a Organizao possui influncia significativa nas polticas financeiras e operacionais, embora no detenha o seu controle. Normalmente, presumida influncia significativa quando a Organizao detm entre 20% e 50% dos direitos de voto. Mesmo com menos de 20% do direito de voto, a Organizao poder ter uma influncia significativa, atravs de participao na administrao da investida ou participao no Conselho de Administrao, com poder de voto. Os investimentos em coligadas so registrados nas demonstraes contbeis consolidadas da Organizao pelo mtodo da equivalncia patrimonial e so reconhecidos inicialmente ao custo. As participaes em coligadas incluem o gio (lquido de qualquer perda por valor no recupervel) identificado na aquisio.

iii. Empreendimento controlado em conjunto (joint venture)A Organizao participa de acordo contratual em que duas ou mais partes se comprometem realizao de atividade econmica, que est sujeita ao controle conjunto. Controle conjunto o compartilhamento do controle, contratualmente estabelecido, sobre uma atividade

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Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadaseconmica e que existe somente quando as decises estratgicas, financeiras e operacionais relativas atividade exigirem o consentimento unnime das partes que compartilham o controle (os empreendedores). Os investimentos em empreendimento controlado em conjunto so registrados nas demonstraes contbeis consolidadas da Organizao pelo mtodo de consolidao proporcional. Para informaes financeiras sumarizadas dos empreendimentos controlados em conjunto, veja Nota 28.

iv. Entidades de propsito especficoMesmo que no haja relao entre os acionistas, as entidades de propsito especfico (SPE) so consolidadas de acordo com a SIC-12 (Consolidao de Entidades de Propsito Especfico), caso a Organizao as controle sob uma perspectiva econmica. Ao avaliar se a Organizao controla ou no uma SPE, alm dos critrios da IAS 27, a Organizao considera uma srie de fatores, entre os quais: (a) Se as atividades da SPE so conduzidas em nome da Organizao de acordo com suas necessidades comerciais especficas, de modo que a Organizao beneficie-se das operaes da SPE; ou (b) Se a Organizao tem o poder de tomar a deciso de obter a maioria dos benefcios das atividades da SPE ou se a Organizao delegou esse poder de deciso ao acionar um mecanismo de piloto automtico; ou (c) Se a Organizao possui os direitos para obter a maioria dos benefcios das atividades da SPE e, portanto, pode estar exposta a riscos incorridos pelas atividades da SPE; ou (d) Se a Organizao retm a maioria dos riscos residuais ou de propriedade relacionados SPE ou a seus ativos de modo a beneficiar-se de suas atividades. Sempre que ocorrer uma mudana na forma de relacionamento entre a Organizao e a SPE, a Organizao reavaliar a consolidao. Os indicadores da necessidade de reavaliar a consolidao so, em sua maioria, mudanas na estrutura acionria da SPE, em termos contratuais e na estrutura financeira.

v.

Transaes e participaes de no controladores A Organizao contabiliza a parte relacionada aos acionistas no controladores dentro do patrimnio lquido no balano patrimonial consolidado. Nas transaes de compras de participao com acionistas no controladores, a diferena entre o valor pago e a participao adquirida registrada no patrimnio lquido. Ganhos ou perdas na venda para acionistas no controladores tambm so registrados no patrimnio lquido. Lucros ou prejuzos atribudos aos acionistas no controladores so apresentados nas demonstraes consolidadas de resultado na rubrica de mesmo nome.

vi. Saldos e transaes eliminadas na consolidaoSaldos e transaes entre empresas da Organizao (exceto ganho e perda com variao cambial), incluindo quaisquer ganhos ou perdas no realizadas resultantes de operaes entre as empresas, so eliminados no processo de consolidao, exceto nos casos em que as perdas no realizadas indiquem a existncia de perda ao valor no recupervel, que deva ser reconhecida nas demonstraes contbeis consolidadas. Prticas contbeis consistentes, bem como mtodos de avaliao similares para transaes, eventos e circunstncias similares, so utilizadas para todas as empresas da Organizao para fins de consolidao.

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadasb) Converso de moeda estrangeira

i.

Moeda funcional e de apresentao Os itens includos nas demonstraes contbeis de cada empresas da Organizao so mensurados utilizando-se a moeda do ambiente econmico primrio no qual cada empresa atua (moeda funcional). As demonstraes contbeis consolidadas esto apresentadas em Reais (R$), que a moeda de apresentao da Organizao. As subsidirias locais e estrangeiras adotam o Real como suas moedas funcionais, exceto para a subsidiria do Mxico que adota o Peso Mexicano como moeda funcional.

ii.

Transaes e saldos As transaes em moeda estrangeira, que so transaes expressas ou liquidadas em moeda estrangeira, so convertidas moeda funcional utilizando a taxa de cmbio em vigor na data da transao. Os ativos e passivos monetrios denominados em moeda estrangeira so convertidos com base na taxa de cmbio de fechamento em vigor na data do balano. Os ativos e passivos no monetrios registrados ao custo histrico, expressos em moeda estrangeira, so convertidos taxa de cmbio data da transao. Ativos e passivos no monetrios expressos em moeda estrangeira registrados pelo valor justo so convertidos taxa de cmbio em vigor na data em que o valor justo foi determinado. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidao dessas transaes e da converso pelas taxas de cmbio do final de cada perodo, referentes a ativos e passivos monetrios em moedas estrangeiras, so reconhecidos na demonstrao consolidada do resultado Ganhos/(perdas) lquidos de operaes em moeda estrangeira. No caso de alteraes no valor justo dos ativos monetrios denominados em moeda estrangeira, classificados como disponveis para venda, uma separao efetuada entre as variaes cambiais relacionadas ao custo amortizado do ttulo e outras variaes no valor contbil do ttulo. As variaes cambiais do custo amortizado so reconhecidas no resultado, e as demais variaes no valor contbil do ttulo, exceto perdas por reduo ao valor recupervel, so reconhecidas no patrimnio lquido.

iii. Empresas controladas no exteriorOs resultados e a posio financeira de todas as empresas controladas no exterior (nenhuma das quais tem moeda de economia hiperinflacionria), cuja moeda funcional diferente da moeda de apresentao, so convertidos na moeda de apresentao, como segue: Os ativos e passivos para cada balno patrimonial consolidado apresentados so convertidos pela taxa cambial de fechamento na data de divulgao; As receitas e despesas para cada demonstrao consolidada de resultado so convertidas em reais pelas taxas mdias cambiais (a menos que essa mdia no seja uma aproximao razovel do efeito cumulativo das taxas em vigor na data da transao, caso em que as receitas e despesas so convertidas nas datas das operaes); e Todas as diferenas de cmbio resultantes so reconhecidas como um componente separado no patrimnio lquido, em outros resultados abrangentes. As diferenas de cmbio decorrentes do processo acima so relatadas no patrimnio lquido como "ajuste de converso de moeda de subsidiria no exterior. Na consolidao, as diferenas de cmbio originadas na converso do investimento lquido em empresas no exterior so classificadas em "Outros resultados abrangentes. Entretanto, se a controlada no for uma controlada integral, a parte proporcional de diferena de16IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadasconverso atribuda aos acionistas no controladores. Quando uma operao no exterior parcialmente alienada ou vendida, as diferenas de cmbio que foram registradas no patrimnio lquido so reconhecidas na demonstrao consolidada do resultado como parte de ganho ou perda sobre a venda. c) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem: caixa, depsitos bancrios, reserva bancria junto ao Banco Central sem restries e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais em at trs meses, e que apresentem risco insignificante de mudana de valor justo. Estes instrumentos so utilizados pela Organizao para gerenciar os seus compromissos de curto prazo. Veja Nota 19 (b) Caixa e equivalentes de caixa. Caixa e equivalentes de caixa so mantidos pelo custo amortizado no balano patrimonial. d) Operaes compromissadas Ativos financeiros vendidos com compromisso de recompra so classificados nas demonstraes contbeis como Ativos cedidos em garantia, quando o adquirente tem o direito de revenda ou repasse desse ativo. O passivo desta transao registrado como Recursos de instituies financeiras Captaes no mercado aberto. Ativos financeiros adquiridos com compromissos de revenda so registrados como emprstimos e adiantamentos a instituies financeiras ou clientes, conforme apropriado. A diferena entre o preo de venda e de recompra tratada como juros na demonstrao consolidada de resultado e reconhecida ao longo do prazo do contrato com base na taxa efetiva de juros. e) Ativos e passivos financeiros i. Ativos financeiros A Organizao classifica seus ativos financeiros nas seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado, disponveis para venda, mantidos at o vencimento e emprstimos e recebveis. A classificao depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administrao determina a classificao de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

Mensurados a valor justo por meio do resultadoOs ativos financeiros so registrados e avaliados pelo valor justo, sendo as respectivas modificaes subsequentes do valor justo reconhecidas imediatamente no resultado. Estes ativos podem ser subdivididos em duas classificaes distintas: ativos financeiros designados a valor justo por meio do resultado; e ativos financeiros para negociao (quando do reconhecimento inicial). Ativos financeiros designados a valor justo por meio do resultado A Organizao no possui nenhum ativo financeiro designado a valor justo por meio do resultado. Ativos financeiros para negociao Os ativos financeiros para negociao so ativos mantidos pela Organizao com o propsito de vender no curto prazo ou mantidos como parte de uma carteira administrada em conjunto para lucro no curto prazo ou para tomada de posies. Os instrumentos financeiros derivativos tambm so categorizados como mantidos para negociao, a menos que tenham sido designados como instrumentos de hedge. Os ativos financeiros mantidos para negociao so inicialmente reconhecidos e avaliados pelo valor justo no balano e, os custos de transao so registrados diretamente no resultado do perodo.Bradesco

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Ganhos e perdas realizados e no realizados decorrentes de mudanas no valor justo so reconhecidos diretamente no resultado em Ganhos e perdas lquidos de ativos e passivos financeiros para negociao. As receitas e despesas de juros e variao cambial de ativos financeiros mantidos para negociao so reconhecidas em Resultado lquido de juros. Ativos financeiros disponveis para venda Ativos financeiros disponveis para venda so ativos financeiros no derivativos, para os quais existe a inteno de mant-los por um perodo de tempo indefinido e que podem ser vendidos em resposta a mudanas nas taxas de juros, taxas de cmbio, preos de ttulos de patrimnio ou necessidades de liquidez ou que no so classificados em mantidos at o vencimento, emprstimos ou recebveis ou a valor justo por meio do resultado, . So reconhecidos inicialmente a valor justo, os quais correspondem ao valor pago incluindo os custos de transao e so mensurados, subsequentemente, a valor justo com os ganhos e perdas reconhecidos no patrimnio lquido, em reserva de lucro abrangente, com exceo das perdas por valor no recupervel e dos ganhos e perdas cambiais de converso, at que o ativo financeiro deixe de ser reconhecido. Se um ativo financeiro disponvel para venda apresentar uma perda por valor no recupervel, a perda acumulada registrada no lucro abrangente reconhecida na demonstrao do resultado. A receita de juros reconhecida no resultado utilizando-se do mtodo da taxa efetiva de juros. A receita de dividendos reconhecida na demonstrao consolidada do resultado quando a Organizao passa a ter direito ao dividendo. As variaes cambiais ativas ou passivas em investimentos de ttulos de dvida classificadas como disponveis para venda so reconhecidas na demonstrao consolidada do resultado, exceto quando forem oriundas de controladas no exterior, que possuam moeda funcional diferente da moeda da Organizao. Investimentos mantidos at o vencimento Os investimentos mantidos at o vencimento so ativos financeiros no derivativos, com pagamentos fixos ou determinveis e vencimento fixo, que a Organizao tem inteno e capacidade de manter at o vencimento e que no so designados no reconhecimento inicial como ao valor justo por meio do resultado, ou como disponveis para venda e que no atendem a definio de emprstimos e recebveis. So reconhecidos inicialmente a valor justo incluindo os custos diretos e incrementais, e contabilizados, subsequentemente, pelo custo amortizado, utilizando-se do mtodo da taxa efetiva de juros. Os juros sobre os investimentos mantidos at o vencimento esto includos na demonstrao consolidada do resultado como Receita de juros e similares. No caso de deteriorao, a perda por valor no recupervel reconhecida como uma deduo do valor contbil do investimento e reconhecida na demonstrao consolidada do resultado. Emprstimos e recebveis Os emprstimos e recebveis so ativos financeiros no derivativos com pagamentos fixos ou determinveis, que no so cotados em um mercado ativo e que a Organizao no tem a inteno de vender imediatamente ou no curto prazo. So mensurados inicialmente pelo valor justo mais os custos diretos de transao e, subsequentemente, avaliados pelo custo amortizado, utilizando o mtodo da taxa efetiva de juros. Os emprstimos e recebveis so reconhecidos no balano patrimonial como emprstimos18IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadase adiantamentos a instituies financeiras ou a clientes. Os juros sobre emprstimos so includos no resultado como Receita de juros e similares. No caso de deteriorao, a perda por valor no recupervel relatada como uma reduo do valor contbil dos emprstimos e adiantamentos, e reconhecida na demonstrao do resultado, como perda por reduo ao valor recupervel de emprstimos e adiantamentos. ii. Passivos financeiros A Organizao classifica seus passivos financeiros nas seguintes categorias: mensurados a valor justo por meio do resultado e a custo amortizado.

Mensurados a valor justo por meio do resultadoSo registrados e avaliados pelo valor justo, sendo as respectivas modificaes do valor justo reconhecidas imediatamente no resultado. Estes passivos podem ser subdivididos em duas classificaes distintas: passivos financeiros designados a valor justo por meio do resultado e passivos financeiros para negociao. Passivos financeiros a valor justo por meio do resultado A Organizao no possui nenhum passivo financeiro designado a valor justo por meio do resultado. Passivos financeiros para negociao Os passivos financeiros para negociao reconhecidos pela Organizao correspondem aos instrumentos financeiros derivativos, a menos que sejam designados e efetivos como instrumentos de hedge. So inicialmente reconhecidos pelo valor justo no balano e, seus custos de transao so registrados diretamente no resultado do perodo. Todas as mudanas realizadas e no realizadas no valor justo so reconhecidas na demonstrao do resultado em Ganhos e perdas lquidos de ativos e passivos financeiros para negociao. As despesas de juros e variao cambial destes passivos so reconhecidos em Resultado lquido de juros.

Passivos financeiros a custo amortizadoSo os passivos financeiros que no so avaliados pelo valor justo por meio do resultado. Eles so, inicialmente, registrados pelo seu valor justo e, subsequentemente, mensurados ao custo amortizado. Incluem, dentre outros, recursos de instituies financeiras e de clientes, recursos de emisso de ttulos de dvida e ttulos de dvidas subordinadas. iii. Instrumentos financeiros derivativos e operaes de hedge Derivativos so inicialmente reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos celebrado e so, subsequentemente, remensurados aos seus valores justos com as variaes reconhecidas na demonstrao do resultado em Ganhos e perdas lquidos de ativos financeiros para negociao. Na determinao do valor justo, so considerados os riscos de crdito da contraparte. Os valores justos so obtidos a partir de preos de mercado cotados em mercados ativos (por exemplo, opes negociadas em bolsa), incluindo transaes recentes no mercado e tcnicas de avaliao (valuation por exemplo, swaps e transaes em moeda), modelos de fluxos de caixa descontado e modelos de precificao de opes, conforme apropriado. A Organizao no pratica operaes de hedge accounting (hedge contbil).

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis ConsolidadasCertos derivativos embutidos em outros instrumentos financeiros so tratados como derivativos separados, quando suas caractersticas econmicas e riscos no forem fortemente relacionados com aqueles do contrato principal e o contrato no for contabilizado pelo valor justo por meio do resultado. Esses derivativos embutidos so contabilizados separadamente pelos valores justos, com as alteraes nos valores justos sendo includas na demonstrao consolidada do resultado. iv. Reconhecimento Inicialmente, a Organizao reconhece os emprstimos e adiantamentos, depsitos, ttulos emitidos e passivos subordinados na data em que so originados. Todos os demais ativos e passivos financeiros so reconhecidos na data da negociao, na qual a Organizao venha a ser parte, conforme as disposies contratuais do instrumento. v. Baixa realizada a baixa do ativo financeiro quando os direitos contratuais de seus fluxos de caixa expiram, ou quando se transferem os direitos de recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre o ativo financeiro e, substancialmente, todos os riscos e benefcios da propriedade do ativo financeiro tambm so transferidos. A Organizao efetua a baixa de um passivo financeiro quando suas obrigaes contratuais so pagas, resgatadas, canceladas ou expiradas. vi. Compensao de instrumentos financeiros Os ativos e passivos financeiros so confrontados e o valor lquido apresentado no balano patrimonial quando, e somente quando, a Organizao possui a inteno e o direito legal de compensar os valores e liquid-los em bases lquidas ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente. vii. Determinao do valor justo A determinao dos valores justos da maioria dos ativos e passivos financeiros baseada nos preos de cotaes do mercado ou cotaes de preos de distribuidoras para os instrumentos financeiros negociados em mercados ativos. Para os demais instrumentos financeiros, o valor justo determinado utilizando-se de tcnicas de avaliao, as quais incluem tcnicas de valor presente lquido, mtodo de fluxos de caixa descontados, comparao com instrumentos similares para os quais existam preos observveis no mercado e modelos de avaliao. A Organizao utiliza modelos de avaliao conhecidos para determinar o valor justo de instrumentos financeiros, que consideram dados observveis no mercado. Para instrumentos mais complexos, a Organizao utiliza modelos prprios, que usualmente so desenvolvidos com base em modelos de avaliao reconhecidos. Algumas informaes includas nesses modelos podem no ser observveis no mercado e so derivadas de preos ou taxas de mercado, ou ainda, so estimadas com base em premissas. O valor produzido por um modelo ou por uma tcnica de avaliao ajustado para refletir diversos fatores, uma vez que as tcnicas de avaliao podem no refletir adequadamente todos os fatores que os participantes do mercado consideram quando realizam uma transao. Os ajustes de avaliao so registrados para levar em conta os riscos dos modelos, as diferenas entre o preo de compra e venda, riscos de liquidez, bem como outros fatores. Na opinio da Administrao, tais ajustes de avaliao so necessrios e apropriados para a correta demonstrao do valor justo dos instrumentos financeiros registrados no balano patrimonial.

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadasviii. Reduo ao valor recupervel de ativos financeiros (a) Ativos financeiros reconhecidos a custo amortizado Em cada data de balano, a Organizao avalia se h evidncias objetivas de que os ativos financeiros estejam sofrendo a perda de seu valor recupervel. Os ativos financeiros sofreram perda de seu valor recupervel e as perdas por reduo ao valor recupervel so incorridas apenas se, existirem evidncias objetivas que demonstrem a ocorrncia de uma perda aps o reconhecimento inicial do ativo financeiro e que a perda provoca um impacto nos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro ou de grupo de ativos financeiros, que podem ser estimados de modo confivel. Os critrios que a Organizao utiliza para determinar se h evidncia objetiva de uma perda por reduo ao valor recupervel incluem: Dificuldade financeira relevante do emitente ou tomador; Uma quebra de contrato, como inadimplncia ou mora no pagamento dos juros ou principal; Razes econmicas ou jurdicas relativas dificuldade financeira do tomador de emprstimo, garante ao tomador uma concesso que o credor no consideraria; Torna-se provvel que o tomador declare falncia ou outra reorganizao financeira; O desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido s dificuldades financeiras; ou Dados observveis indicando que h uma reduo mensurvel nos fluxos de caixa futuros estimados, a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuio no possa ainda ser identificada nos ativos financeiros individuais na carteira, incluindo: (i) mudanas adversas na situao do pagamento dos tomadores de emprstimo; e (ii) condies econmicas nacionais ou locais que se correlacionam com a inadimplncia sobre os ativos. A Organizao considera evidncias de perda por reduo ao valor recupervel tanto para ativos individualmente significativos quanto para ativos em nvel coletivo. Todos os ativos financeiros significativos so avaliados para se detectar perdas especficas. Todos os ativos significativos, que a avaliao indique no serem especificamente deteriorados, so avaliados coletivamente para detectar qualquer perda por reduo ao valor recupervel incorrido, porm ainda no identificado. Os ativos financeiros, contabilizados pelo custo amortizado, que no so individualmente significativos, so avaliados coletivamente para detectar perda por reduo ao valor recupervel, agrupando-os conforme caractersticas de risco similares. Os ativos financeiros, que so individualmente avaliados quanto perda por reduo ao valor recupervel e que seja reconhecida uma perda, no so includos na avaliao coletiva de perda por reduo ao valor recupervel. O montante da perda mensurado como a diferena entre o valor contbil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuzos de crdito futuro que no foram incorridos), descontados taxa de juros original dos ativos financeiros em vigor. O valor contbil do ativo reduzido por meio de provises e o valor da perda reconhecida na demonstrao do resultado. O clculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um ativo financeiro garantido reflete os fluxos de caixa, que podem resultar da execuo do ativo deduzido dos custos de obteno e venda da garantia. Para efeitos de uma avaliao coletiva da perda por reduo ao valor recupervel, os ativos financeiros so agrupados com base em caractersticas semelhantes de risco deBradesco

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadascrdito (isto , com base no processo, a Organizao classifica o tipo de ativo, segmentos de atuao, localizao geogrfica, tipo de garantia, vencimento e outros fatores relacionados). Essas caractersticas so relevantes para a estimativa dos fluxos de caixa futuros para grupos de tais ativos, por serem indicativos da capacidade do devedor de pagar todas as quantias devidas, de acordo com os termos contratuais dos ativos a serem avaliados. Os fluxos de caixa futuros em um grupo de ativos financeiros, testados conjuntamente para determinar se h alguma reduo ao valor recupervel so estimados com base nos fluxos de caixa contratados dos ativos do Grupo e no histrico de perdas para os ativos com caractersticas de risco de crdito similares as dos ativos do Grupo. O histrico de perdas ajustado de acordo com dados atuais observveis para refletir os efeitos das condies atuais, que no afetaram o perodo no qual o histrico de perda se baseia e para remover os efeitos das condies existentes no perodo histrico e que no existem atualmente. A metodologia e as premissas usadas para estimar fluxos de caixa futuros so revisadas regularmente para reduzir quaisquer diferenas entre as estimativas de perda e a perda real. Aps a reduo ao valor recupervel, a receita financeira reconhecida usando a taxa de juros efetiva, que foi usada para descontar os fluxos de caixa futuros, a fim de mensurar a perda por reduo ao valor recupervel. Quando no for possvel receber um crdito, este baixado contra a respectiva proviso para perda por reduo ao valor recupervel de crditos. Esses crditos so baixados aps a finalizao de todos os procedimentos necessrios de recuperao para a determinao do valor da perda. Recuperaes subsequentes de valores previamente baixados so creditadas na demonstrao do resultado. (b) Ativos financeiros classificados como disponveis para venda A Organizao avalia, ao final de cada perodo de apresentao de relatrios, se h evidncia objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros est deteriorando. Para os instrumentos de dvida, a Organizao usa os critrios mencionados no item (a) acima. Se, em um perodo subsequente, o valor justo de um instrumento de dvida classificado como disponvel para venda aumentar, e o aumento puder ser objetivamente relacionado a um evento que ocorreu aps a perda por reduo ao valor recupervel ter sido reconhecida, a perda por reduo ao valor recupervel revertida da demonstrao do resultado. No caso de instrumentos de capital classificados como disponveis para venda, uma queda relevante ou prolongada no valor justo do ttulo abaixo de seu custo tambm uma evidncia de que os ativos incorrem perda de seu valor recupervel. Se qualquer evidncia desse tipo existir para ativos financeiros disponveis para venda, o prejuzo acumulado - mensurado como a diferena entre o custo de aquisio e o valor justo atual, menos qualquer perda por reduo ao valor recupervel sobre o ativo financeiro reconhecido anteriormente - ser baixado do patrimnio e reconhecido na demonstrao do resultado. Perdas por reduo ao valor recupervel de instrumentos de capital reconhecidas na demonstrao do resultado no so revertidas. Aumento no valor justo dos instrumentos de capital, aps a reduo ao valor recupervel, reconhecido diretamente no patrimnio lquido outros resultados abrangentes. f) Ativos no correntes mantidos para venda Em alguns casos, uma propriedade reintegrada aps a execuo dos crditos inadimplentes. Propriedades reintegradas so mensuradas pelo valor contbil ou pelo seu valor justo o que for menor deduzidos os custos de venda, e o montante registrado em Ativos no correntes mantidos para venda.

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadasg) Operaes de resseguros A cesso de resseguros efetuada no curso normal das atividades com o propsito de limitar uma perda potencial, por meio da diversificao de riscos. Os passivos relacionados s operaes de resseguros so apresentados brutos de suas respectivas recuperaes, as quais encontram-se registradas no ativo, uma vez que a existncia do contrato de resseguro no exime as obrigaes para com os segurados. Conforme determinado pelos rgos reguladores, as empresas de resseguro sediadas no exterior devem possuir rating mnimo, de acordo com agncia classificadora de risco, para operar no pas, sendo as demais operaes efetuadas com resseguradores locais. Desta forma, os riscos de reduo ao valor recupervel so reduzidos. No caso de serem identificados indcios de que os valores no sero realizados pelos montantes registrados, estes ativos sero ajustados ao seu valor recupervel. h) Custos de aquisio diferidos Compem os custos de aquisio diferidos, os montantes referentes a comisses, agenciamentos e angariaes relativos comercializao de aplices de seguros sendo a apropriao das despesas de comisso realizadas pelo perodo de vigncia das respectivas aplices e contratos de previdncia, e as despesas com agenciamentos e angariaes so diferidas no perodo de doze meses. i) Imobilizado de uso i. Reconhecimento e avaliao Os imobilizados de uso so avaliados pelo custo menos a depreciao acumulada e perdas acumuladas por reduo ao valor recupervel, quando aplicvel. O custo inclui as despesas diretamente atribuveis aquisio do ativo. O custo de ativos gerados internamente inclui o custo de materiais e mo-de-obra direta, bem como quaisquer outros custos diretamente atribuveis necessrios sua funcionalidade. Software adquirido, que seja necessrio funcionalidade do equipamento relacionado, registrado como parte do equipamento. Quando as partes de um item possuem diferentes vidas teis, e for praticvel seu controle em separado, estas so contabilizadas como itens separados (principais componentes) do imobilizado de uso. A vida til e os valores residuais dos bens so reavaliados e ajustados, se necessrios, em cada data do balano ou quando aplicveis. No houve indicativo de perdas por reduo ao valor recupervel nos exerccios reportados. Ganhos e perdas com a venda de imobilizado de uso so registrados (pela diferena entre os recursos advindos da alienao e o valor contbil do imobilizado) na demonstrao do resultado, na rubrica Outras receitas/(despesas) operacionais. ii. Custos subsequentes O custo de reparo ou manuteno de um item do imobilizado de uso reconhecido no valor do bem, quando for provvel que os benefcios econmicos futuros incorporados ao bem fluam para a Organizao, por mais de um ano, e o seu custo puder ser mensurado de maneira confivel. O valor contbil dos itens substitudos no reconhecido. Demais custos de reparos e manuteno do imobilizado de uso so reconhecidos no resultado medida que so incorridos.

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iii. Depreciao A depreciao reconhecida no resultado pelo mtodo linear, considerando a vida til estimada dos ativos. Ativos de arrendamento financeiro so depreciados considerando o prazo mais curto entre o de arrendamento e sua vida til. Terrenos no so depreciados. Ativos de leasing financeiro so depreciados pelo menor valor entre o tempo contratual do leasing e a vida til do bem. Vida til e valores residuais so reavaliados a cada data do balano e ajustados, quando aplicveis. j) Ativos intangveis Ativos intangveis so compostos por itens no monetrios, sem substncia fsica e separadamente identificveis. So decorrentes de combinaes de negcios, licenas de software e outros ativos intangveis. Esses ativos so reconhecidos pelo custo. O custo de um ativo intangvel, adquirido em uma combinao de negcios, o seu valor justo na data da aquisio. Ativos intangveis com vida til definida so amortizados durante sua vida til econmica estimada, que no ultrapassa 20 anos. Ativos intangveis com vida til indefinida no so amortizados. No geral, os ativos intangveis identificados da Organizao possuem vida til definida. Na data de cada exerccio social, os ativos intangveis so testados para detectar indcios de reduo ao seu valor recupervel ou mudanas nos benefcios econmicos futuros estimados. Caso existam tais indcios, os ativos intangveis so analisados para avaliar se seu valor contbil pode ser recuperado por completo. Uma perda por reduo ao valor recupervel reconhecida se o valor contbil exceder o valor recupervel. i. gio (Goodwill) O gio (ou ganho por compra vantajosa) originado no processo de aquisio de controladas e joint ventures. O gio representa o excesso do custo de aquisio, em razo da participao da Organizao, sobre o valor justo lquido dos ativos e passivos identificveis adquiridos de uma controlada ou joint venture na data da aquisio. O gio originado na aquisio de controladas reconhecido em Ativos Intangveis e o gio da aquisio de coligadas includo no valor dos investimentos de coligadas. Veja Nota 2(a)(ii). Quando a diferena for negativo (ganho por compra vantajosa), este reconhecido imediatamente no resultado como ganho na data de aquisio. O gio alocado s Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) ou grupos de UGCs para fins de teste de perda por reduo ao valor recupervel (impairment). A alocao feita para as UGCs ou para os grupos de UGCs, que devem se beneficiar da combinao de negcios da qual o gio se originou. O gio testado anualmente e sempre que for observado um evento que cause a reduo ao valor recupervel, comparando o valor recupervel da UGC com o valor contbil de seus ativos lquidos, contabilizado ao custo deduzido das perdas acumuladas por reduo ao valor recupervel. Perdas por reduo ao valor recupervel de gio no podem ser revertidas. Ganhos e perdas auferidos na venda de uma entidade incluem a considerao do valor contbil do gio em relao entidade vendida. ii. Software Software adquirido pela Organizao registrado ao custo, deduzido da amortizao acumulada e perdas acumuladas por reduo ao valor recupervel (impairment), quando aplicvel. Despesas de desenvolvimento interno de software so reconhecidas como ativo quando a Organizao consegue demonstrar sua inteno e capacidade de concluir o desenvolvimento,24IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadase utilizar o software de modo a gerar benefcios econmicos futuros. Os custos capitalizados de software desenvolvido internamente incluem todos os custos diretamente atribuveis ao desenvolvimento e so amortizados durante sua vida til. Os softwares desenvolvidos internamente so registrados pelo seu custo capitalizado, deduzidos da amortizao acumulada e das perdas por reduo ao valor recupervel (impairment). Gastos subsequentes com software so capitalizados somente quando aumentam os benefcios econmicos futuros incorporados no ativo especfico a que se referem. Todos os demais gastos so contabilizados como despesas medida que so incorridos. A amortizao reconhecida no resultado pelo mtodo linear durante a vida til estimada do software, a partir da data da sua disponibilidade para uso. A vida til estimada de um software varia de dois a cinco anos. A vida til e os valores residuais so revisados a cada data de balano e ajustados, quando aplicvel. iii. Outros ativos intangveis Outros ativos intangveis referem-se, basicamente, carteira de clientes e aquisio de direito de prestao de servios bancrios. So registrados ao custo menos amortizao e as perdas por reduo ao valor recupervel, se existir, e amortizados em um perodo no qual o ativo dever contribuir direta ou indiretamente para o fluxo de caixa futuro. Esses ativos intangveis so revisados anualmente, ou sempre que ocorrer eventos ou mudanas em circunstncias que possam indicar ao irrecuperabilidade do valor contbil dos ativos, sendo que nesse caso sua baixa reconhecida imediatamente no resultado. k) Arrendamento mercantil A Organizao possui arrendamento mercantil financeiro e operacional, participando tanto como arrendador quanto como arrendatrio. Os arrendamentos, nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefcios da propriedade retida pelo arrendador, so classificados como arrendamentos operacionais. No caso dos arrendamentos em que a parcela significativa dos riscos e benefcios da propriedade retida pelo arrendatrio, os arrendamentos so classificados como arrendamentos financeiros. Os arrendamentos, cuja Organizao assume os riscos e benefcios inerentes a propriedade, so classificados como arrendamentos financeiros. No reconhecimento inicial, o ativo arrendado mensurado pelo menor valor entre o seu valor justo e o valor presente dos pagamentos mnimos do arrendamento mercantil. Aps o reconhecimento inicial, o ativo registrado de acordo com a poltica contbil aplicvel ao ativo. Como arrendatrio, a Organizao classifica seus arrendamentos, substancialmente, como arrendamentos operacionais, sendo que os pagamentos mensais so reconhecidos na demonstrao do resultado pelo mtodo linear, durante o perodo do arrendamento. Os incentivos de arrendamentos recebidos so reconhecidos como uma parte integrante das despesas totais de arrendamento pelo prazo de vigncia do arrendamento. Quando um arrendamento operacional encerrado antes do vencimento contratual, qualquer pagamento a ser efetuado ao arrendador sob a forma de multa reconhecido como despesa no perodo. Como arrendador, a Organizao possui, substancialmente, contratos de leasing financeiro. Os pagamentos mnimos de arrendamento efetuados sob arrendamentos financeiros so alocados entre despesas financeiras e reduo do passivo em aberto. As despesas financeiras so alocadas a cada perodo durante o prazo do arrendamento visando a produzir uma taxa peridica constante de juros sobre o saldo remanescente do passivo.

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Demonstraes Contbeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)

Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis ConsolidadasOs pagamentos contingentes so contabilizados, por meio de reviso dos pagamentos mnimos de arrendamento sobre o prazo remanescente da operao quando o ajuste do arrendamento for confirmado. i. Concesso de arrendamento mercantil financeiro O reconhecimento inicial dos ativos mantidos em um arrendamento financeiro no balano patrimonial realizado na conta de emprstimos e adiantamentos a clientes a um valor equivalente ao investimento lquido do arrendamento. Os custos diretos iniciais so geralmente incorridos pela Organizao e includos na mensurao inicial do recebvel do arrendamento, reduzindo o valor da renda reconhecida pelo prazo do arrendamento. Tais custos iniciais incluem valores de comisses, honorrios legais e custos internos. Os custos incorridos com relao negociao, estruturao e vendas de arrendamentos mercantis so excludos da definio de custos diretos iniciais e, desta forma, so reconhecidos como despesa quando do reconhecimento do lucro na venda do arrendamento, no incio do prazo do arrendamento. O reconhecimento da receita financeira reflete a taxa de retorno constante sobre o investimento lquido feito pela Organizao. Os valores residuais no garantidos estimados, utilizados no clculo do investimento bruto do arrendador no arrendamento, so revisados no mnimo anualmente. Caso ocorra reduo no valor residual no garantido estimado, a alocao da receita pelo prazo do arrendamento revisada periodicamente e qualquer reduo em relao aos valores acumulados reconhecida no resultado imediatamente. ii. Concesso de arrendamento mercantil operacional Os ativos mantidos em um arrendamento operacional no balano patrimonial, quando a Organizao atua como arrendador, so contabilizados nas contas do ativo, de acordo com a natureza do bem arrendado. Os custos diretos iniciais incorridos pela Organizao so adicionados ao valor contbil do ativo arrendado e reconhecidos como despesa, pelo prazo do arrendamento e na mesma base do reconhecimento da receita. A receita do arrendamento reconhecida pelo mtodo linear, pelo prazo do arrendamento, mesmo que os recebimentos no estejam na mesma base. Os custos, incluindo a depreciao, incorridos na realizao da receita, so reconhecidos como despesa. A poltica de depreciao para ativos arrendados depreciveis consistente com a poltica de depreciao utilizada pela Organizao para ativos similares. l)

Reduo ao valor recupervel de ativos no financeiros (impairment), exceto imposto derenda e contribuio social diferidos Os ativos, que tm uma vida til indefinida, como o gio, no esto sujeitos amortizao e so testados anualmente, na mesma data, para a verificao da existncia de perdas por reduo ao valor recupervel (impairment). Os ativos, que esto sujeitos amortizao, so revisados para verificar seu valor recupervel sempre que eventos ou mudanas nas circunstncias indicarem que o valor contbil pode no ser recupervel. Uma perda pela reduo ao valor recupervel reconhecida pelo excesso do valor contbil do ativo ou o valor contbil da sua Unidade Geradora de Caixa (UGC) sobre seu valor recupervel estimado. O valor recupervel de um ativo ou UGC o maior entre o seu valor em uso e o seu valor justo deduzido os custos de venda. Para finalidade de testar o valor recupervel, os ativos que no podem ser testados

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IFRS International Financial Reporting Standards Dezembro 2011

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadasindividualmente so aglutinados ao menor grupo de ativos que gera entrada de caixa de uso contnuo, que so em grande parte independentes dos fluxos de caixa de outros ativos ou grupo de ativos (UGC). Para finalidade de testar o valor recupervel do gio, sujeito a um teste de teto de segmento operacional, as UGCs para as quais o gio foi alocado so agregadas de maneira que o nvel no qual o teste de valor recupervel aplicado, reflete o nvel mais baixo no qual o gio monitorado para fins de reporte interno. O montante de gio apurado em uma combinao de negcios alocado a UGC ou ao grupo de UGCs para o qual o benefcio das sinergias da combinao esperado. Ao avaliar o valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados so descontados ao valor presente utilizando-se uma taxa de desconto antes dos impostos, que reflete avaliaes no mercado corrente do valor do dinheiro no tempo e os riscos especficos do ativo ou UGC. Perdas por reduo ao valor recupervel so reconhecidas no resultado. Perdas reconhecidas referentes as UGCs so inicialmente alocadas na reduo de qualquer gio alocado a esta UGC (ou grupo de UGC) e, subsequentemente, na reduo dos outros ativos desta UGC (ou grupo de UGC) de modo pro-rata. Uma perda por reduo ao valor recupervel em relao ao gio no pode ser revertida. No tocante a outros ativos, as perdas por reduo ao valor recupervel reconhecidas em perodos anteriores so avaliadas a cada data de balano para detectar indicaes de que a perda tenha diminudo ou no exista mais. Uma perda por reduo ao valor recupervel revertida se houver mudana nas estimativas utilizadas para se determinar o valor recupervel. Uma perda por reduo ao valor recupervel revertida somente na extenso em que o valor de contabilizao do ativo no exceda o valor de contabilizao que teria sido determinado, lquido de depreciao e amortizao, caso nenhuma perda por reduo ao valor recupervel tivesse sido reconhecida. m) Depsitos, ttulos emitidos e passivos subordinados Os depsitos, ttulos emitidos e passivos subordinados so as principais fontes de captao utilizadas pela Organizao para financiamento de suas operaes. So inicialmente mensurados a valor justo mais custos de transao e, subsequentemente, mensurados por seu custo amortizado, utilizando-se do mtodo da taxa efetiva de juros. n) Provises, passivos contingentes e ativos contingentes Uma proviso reconhecida quando, como resultado de um evento passado, a Organizao tem uma obrigao presente, legal ou construtiva, que pode ser estimada de modo confivel, e provvel que uma sada de benefcios econmicos ser requerida para liquidar uma obrigao. Provises so determinadas pela expectativa de fluxos de caixa futuro descontado a uma taxa prefixada a qual reflete a avaliao atual de mercado do valor monetrio no tempo e os riscos especficos ao passivo. Na constituio das provises, a Administrao leva em conta: a opinio dos assessores jurdicos, a natureza das aes, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento dos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provvel. Passivos contingentes so divulgados, caso exista uma possvel obrigao futura resultante de eventos passados ou caso exista uma obrigao presente resultante de um evento passado. Ativos contingentes so reconhecidos contabilmente somente quando h garantias reais ou decises judiciais favorveis definitivas, sobre as quais no cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes, cuja expectativa de xito seja provvel, so apenas divulgados nas demonstraes contbeis. o) Classificao dos contratos de seguro e de investimento Um contrato de seguro aquele em que a Organizao aceita um risco de seguro significativo do segurado, aceitando compens-lo no caso de um acontecimento futuro incerto, especfico eBradesco

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Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis Consolidadasadverso ao segurado. Os contratos de resseguro tambm so tratados sob a tica de contratos de seguros por transferirem risco de seguros significativo. Os contratos classificados como contratos de investimento so produtos relacionados aos ttulos de capitalizao uma vez que estes no transferem risco de seguro significativo e so contabilizados como instrumentos financeiros, de acordo com a IAS 39. p) Provises tcnicas de seguros e previdncia i. Seguros de danos A proviso de prmios no ganhos (PPNG) calculada pro-rata dia, com base nos prmios lquidos de cesso de cosseguros e contemplando as operaes de transferncia em resseguro, e constituda pela parcela correspondente aos perodos de riscos no decorridos dos contratos de seguros. A parcela desta proviso correspondente estimativa para os riscos vigentes mas no emitidos constituda na PPNG-RVNE. A proviso de sinistros a liquidar (PSL) constituda com base nas estimativas de pagamentos de indenizaes, considerando todos os sinistros administrativos e judiciais existentes na data do balano e os custos relacionados, tais como despesas com regulao de sinistros, honorrios de sucumbncia, entre outros. A proviso para sinistros ocorridos mas no avisados (IBNR) relativa s operaes prprias calculada atuarialmente para quantificar o montante dos sinistros ocorridos e que no foram avisados pelos segurados/beneficirios. A metodologia tem como fundamento a projeo, com base no comportamento histrico observado, dos futuros pagamentos de sinistros relacionados com ocorrncias anteriores data-base do clculo. Ao deduzir do valor projetado o total de proviso de sinistros a liquidar (PSL) estimada caso a caso, obtm-se a proviso IBNR. A proviso de insuficincia de prmios (PIP) deve ser constituda, caso constatado dficit na PPNG referente aos riscos em curso, para fazer face s indenizaes a ocorrer e despesas relacionadas futuras. Para a data-base, no foi identificada necessidade de constituio. ii. Seguros de pessoas, exceto vida individual A proviso de prmios no ganhos (PPNG) calculada pro rata dia, com base nos prmios lquidos de cesso de cosseguros e contemplando as operaes de transferncia em resseguro, sendo constituda pela parcela correspondente aos perodos de riscos no decorridos dos contratos de seguros e contempla estimativa para os riscos vigentes mas no emitidos (RVNE). A proviso de insuficincia de prmios (PIP) constituda para fazer face s diferenas resultantes entre o valor presente esperado de indenizaes e despesas relacionadas futuras e o valor presente esperado dos prmios futuros. A proviso calculada atuarialmente e leva em considerao a tbua biomtrica AT-2000 Male para homens e AT-2000 Female para mulheres, improvement de 1,5% ao ano, taxas decrementais especficas para as demais coberturas de risco e taxa real de juros de 4% ao ano. A proviso matemtica de benefcios a conceder (PMBaC) calculada pela diferena entre o valor atual dos benefcios futuros e o valor atual das contribuies futuras, correspondentes s obrigaes assumidas. A proviso de resgates e outros valores a regularizar (PROV