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BOLETIM SEMANAL RESERVADO
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N° 41/15
SEMANA: 09/11/15 a 13/11/15
ASSUNTOS:
COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA
PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA
CUSTOS DE ENTRADA NA BANDA LARGA
NOVOS CABOS SUBMARINOS
COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL
OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA
LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015
IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV
MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM 2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E CONSOLIDAÇÃO
DO SETOR
EXPLICAÇÕES DA TELEFÓNICA PARA A QUEDA DAS RECEITA
TRUQUES PARA QUE A BATERIA DO CELULAR DURE MAIS
REDES SOCIAIS – NECESSIDADE OU “ONDA”
AS OTT ALCANÇARÃO 2 BILHÕES DE USUÁRIOS EM 2018AS
OS PERIGOS DE BAIXAR APLICATIVOS INDISCRIMINADAMENTE
NOTA: OS ITENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.
01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA
Índice
Leilão das Sobras
Interconexão Internacional Dificulta Redução de Preços de Acesso
Transição de Rio Verde deverá ser postergada Banda Larga Para Todos fica para o próximo ano Iniciativas para utilização do Fust IBGE divulga que 56,3% dos domicílios brasileiros só tem telefone celular Oi – Resultados do 3T15 deixam algumas preocupações... apesar da visão otimista da Companhia Problemas com a VimpelCom As Teles e a TV por Assinatura Reguladores punem a baixa qualidade do Serviço Telefônica vende Cabos Submarinos Telefónica tem dificuldades para repatriar fundos… da Argentina
Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo.
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Leilão das Sobras
O BS reproduz na sequência um conjunto de informações publicadas no Site da Anatel a respeito
do chamado Leilão das Sobras através do qual vai colocar à disposição dos interessados uma série
de Faixas do Espectro, em diferentes Bandas. O Leilão é fundamentalmente voltado para Empresas
que não tem atuação dominante no mercado móvel e para os Pequenos Provedores (Provedores
Regionais) aos quais estão sendo disponibilizadas, pela primeira vez, faixas tendo como área de
cobertura os Municípios do País.
Os interessados em participar da licitação das faixas de 1.8 GHz, 1.9 GHz e 2.5 GHz já podem efetuar
o cadastramento no Sistema de Acompanhamento de Processo de Licitação. Esse passo é
necessário para viabilizar a participação.
Nesta licitação, a Anatel oferece aos interessados a possibilidade de exploração do Serviço Móvel
Pessoal (telefonia móvel), do Serviço de Comunicação Multimídia (Banda Larga Fixa) e/ou do
Serviço Limitado Privado (Serviços de Comunicação como Rádio Táxi, por exemplo) em nível
municipal.
Com isso, os valores das faixas do espectro ficaram mais acessíveis: a maioria dos cerca de 9 mil
lotes municipais tem preços inferiores a R$ 10 mil.
O objetivo é incentivar a participação de pequenos e médios prestadores ou mesmo de pessoas
que ainda não atuam no setor de telecomunicações. As condições de pagamento também são
especiais, com oportunidades de parcelamento em até dez vezes com juros baixos, além de
carência de 36 meses.
Para a maioria dos lotes não será necessária a apresentação de garantias, e o vencedor será aquele
que oferecer maior lance inicial, sem repique (leilão presencial). A documentação dos interessados
em participar da licitação deverá ser entregue à Anatel até as 10h de 10 de dezembro. A abertura
das propostas ocorrerá no dia 17 do mesmo mês.
Para participar da licitação, é preciso seguir rigorosamente as instruções contidas no Edital nos
prazos nele estabelecidos. Todo pedido de esclarecimento sobre o conteúdo do Edital e de seus
anexos deverá ser dirigido ao presidente da Comissão Especial de Licitação, em requerimento a ser
protocolizado diretamente na sede da Anatel ou por meio de correspondência registrada, via meio
postal.
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O BS coloca o assunto para o conhecimento de seus leitores e para as providências daqueles que
decidirem participar, nas condições indicadas, do referido certame.
Documentos Relacionados
Apresentação sobre o edital de licitação : Neste documento, você pode ter uma visão resumida da
licitação.
Edital de licitação n° 2/2015-SOR/SPR/CD-ANATEL: Neste documento, você encontrará todas as
informações sobre procedimentos a serem cumpridos e prazos a serem respeitados para viabilizar
a participação na licitação.
Anexo II-A do Edital: lotes em licitação: Nesta planilha, você tem uma visão geral de todos os lotes
em disputa.
Link para planilhas com informações por Estado: Neste link, você pode visualizar os lotes oferecidos
por municípios nas Unidades da Federação.
Interconexão Internacional Dificulta Redução de Preços de Acesso
Durante a sua participação no Fórum de Governança da Internet (IGF 2015), Maximiliano Martinhão
(Max), Secretário de Telecomunicações do Minicom, chamou a atenção para as dificuldades de
universalização da prestação dos serviços (no caso envolvendo a Internet) devido aos elevados
custos da interconexão internacional, entre outros fatores. E, ressaltou o fato de as Bases de Dados
das OTTs de maior porte estarem alojados em pontos distantes do Brasil.
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Comentário do BS
Max, indiretamente, tocou em uma questão básica para a qual os formuladores das políticas e
estratégias da Internet têm passado ao largo, talvez por conveniência. Trata-se do fato de os Data
Centers das OTTs serem localizados internacionalmente por interesses diversos os quais,
certamente, divergem dos que seriam indicados para dispor-se de uma topologia otimizada das
Redes que fazem o transporte dos sinais (Pacotes).
É de conhecimento geral que os Data Centers das OTTs são instalados em pontos estratégicos por
razões diversas: segurança física; segurança lógica dos Dados; condições do local favoráveis para
reduzir o consumo de energia; disponibilidade de mão de obra qualificada; incentivos fiscais e
tributários; etc.
A questão do custo do Transporte dos Dados, de certa forma, passa ao largo de suas preocupações
imediatas, pois a “obrigação” é “transferida” para as Operadoras de Telecomunicações. Sem dúvida,
esta questão inadequadamente equacionada e resolvida está no âmago das discussões que se
travam entre o “mundo” das OTTs e o “mundo” das Teles.
É recorrente a reclamação das Teles de que elas são forçadas a fazer grandes investimentos para
atender à crescente demanda do tráfego de dados sem ter um retorno compatível com aquele
obtido pelas OTTs que utilizam suas Redes deixando de fazer investimentos, pelo menos neste nível.
Em algumas situações, ocorre a canibalização dos Serviços das Teles pela introdução de aplicativos
que proporcionam funcionalidades similares aos que oferecem reduzindo suas receitas (vide, por
exemplo, o caso do WhatsApp versus o Serviço de Voz – STFC ou SMP, no Brasil). Esta equação,
obviamente, fica difícil de fechar; investimentos aumentando e receitas em queda (vide item
”EXPLICAÇÕES DA TELEFÓNICA PARA A QUEDA DAS RECEITA” deste BS 41/15, envolvendo
questionamento da SEC à Telefónica.
Contudo, as OTTs, obviamente, também são obrigadas a fazer investimentos. O que, certamente,
se verifica é um nítido desequilíbrio entre os valores praticados por cada uma das Partes.
Conseguindo-se alcançar números da mesma ordem de grandeza talvez o “diálogo” fique mais fácil
de ser estabelecido. E, por que isto ocorre?
Retomando a questão levantada pelo Max, um dos pontos é a localização e a quantidade de Data
Centers de propriedade das OTTs. Centralizando suas Operações em determinado ponto ou
reduzido o número de pontos é óbvio que o fluxo de Dados ficará concentrado provocando a
sobrecarga das Redes, principalmente, as Internacionais (ver declarações do Presidente da
Internexa no item “Telefônica vende Cabos Submarinos”, deste BS : ”Estimamos que cerca de 40%
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do conteúdo distribuído no Brasil depende de cabos submarinos para chegar aos internautas” ).
Mas, o problema também é notável em termos das Redes Nacionais nos Países de grandes
dimensões como é o caso do Brasil, onde o tráfego inerno da Internet também é transportado em
Redes topologicamente não otimizadas.
Isto quer dizer que se houvesse uma quantidade maior de Data Centers, espalhados por todo o
mundo de forma que o tráfego de Dados fosse direcionado para os Centros mais próximos onde se
encontram os usuários, as Redes de Telecomunicações seriam, de modo geral, menos
sobrecarregadas. Isto envolve o permanente desejo de os Pontos de Presença (PoP) ficarem mais
próximos dos usuários que a eles têm acesso. Obviamente, isto exige investimentos muito mais
vultosos por parte de que detém tais PoP, no caso os proprietários dos Data Centers.
O BS não quer induzir os leitores a imaginarem que se está diante de um caso simples e que se trata
somente de questões financeiras. Mas, muito provavelmente, a forma como as coisas estão
evoluindo não é a mais satisfatória, pois, ao final uns tem vantagens em relação aos outros o que
não encontra uma explicação plausível para tal.
Como se pode tentar resolver o assunto. Primeiramente, reconhecendo que existe um problema
que deve ser superado; algo que, de certa forma, o Max levantou na sua apresentação ainda que
de uma forma indireta. Depois, fazendo estudos aprofundados que levem em consideração todos
os parâmetros envolvidos, com impactos nas posições de ambas as Partes (OTTs e Teles). Um fato,
por exemplo, que não pode ser desconsiderado é o aumento dos riscos quando se espalham os Data
Centers por diversos pontos, pois eles ficam muito mais vulneráveis em termos de segurança.
Esta é a situação típica que demandaria uma modelagem e estudos teóricos que, certamente,
seriam adequadamente pesquisados e avaliados no ambiente universitário. Algo, aliás, que o Brasil
insiste, de forma errônea, a deixar em um segundo Plano. A Academia, sem dúvida, poderia dar
excelentes contribuições teórcas e práticas a questões que no dia a dia tem sido tratadas de forma
empírica.
Por outro lado, este é um tema que não pode passar desapercebido nas decisões dos Reguladores
sobe pena de continuar se sobrecarregando uma das Partes o que, ao final, será prejudicial para
toda a sociedade, por não se alcançar todo o potencial de um Sistema que deve evoluir de forma
harmônica sem vantagens flagrantes para qualquer Partes.
Talvez seja o momento de esquecer um pouco o lado “romântico” das grandes Companhias que
surgiram do “nada” (ou, melhor dizendo, na garagem de uma casa num lugar emblemático de algum
país) para se enfrentar a realidade de que a sociedade as estimula e admira, mas não podem ficar
imunes a leis do mercado e aos regulamentos que, de modo geral, devem ser igualmente aplicáveis
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a todos. Elas crescem, dominam os mercados, mas continuam sendo tratadas no ambiente
regulatório como se continuassem sendo as Empresas de “fundo de quintal”, quase imunes a regras
ás quais são submetidas as Companhias “Dominantes” (as Teles) que, paradoxalmente, são por elas
(as OTTs) fortemente atacadas ficando, no entanto, o sentimento generalizado de que são “vítimas”
do processo.
Transição de Rio Verde deverá ser postergada
O Ministro das Comunicações sinalizou que o Projeto Piloto de Rio Verde da transição analógico –
digital da TV Aberta no Brasil poderá ser adiado por 60 dias. Como não foi publicada Portaria neste
sentido, não se sabe se tal adiamento será completo ou, eventualmente, serão ajustadas condições
da transição durante o período de 60 dias antes de a operação ser dada como completamente
realizada, ou, mesmo, se realmente ocorrerá. Uma situação indesejável considerando que faltam
duas semanas para a ocorrência do evento.
Continua em discussão e, aparentemente, sem um acordo entre as Partes a forma como será
contabilizado o porcentual de 93% dos domicílios da cidade aptos a receber o sinal digital.
Havia expectativa que na reunião do GIRED realizada em 12/11/2015 se chegasse a uma solução
entre os interessados, o que não ocorreu. A situação ficou um pouco mais indefinida após as
declarações do Ministro e a não publicação, atém o momento, das condições que serão
formalmente estabelecidas.
Em jogo está a “mobilização” da população de Rio Verde que poderá ser “relaxada” caso se confirme
a mudança da data. Como “sinalização” para a população o adiamento não é a alternativa mais
indicada. O BS considera que um certo nível de pressão deve ser colocado sobre os telespectadores
para que eles se sintam compelidos a participar do processo. Se sentirem que há a possibilidade de
os prazos serem seguidamente remanejados a tendência à acomodação pode se transformar em
uma prática com reflexos prejudiciais ao desenvolvimento do processo como um todo, inclusive,
em outras Regiões do País.
Banda Larga Para Todos fica para o próximo ano
O Programa Banda Larga Para Todos, um dos itens da campanha da Presidente Dilma, ficará para o
primeiro trimestre de 2016, segundo declarações do Ministro André Figueiredo por ocasião da
abertura do IGF 2015 – Fórum de Governança da Internet realizado em João Pessoa, Paraíba.
Na verdade, o Ministro, de forma pragmática, colocou a questão como uma meta fixada para a
discussão do Plano que deverá ocorrer no começo do ano que vem. É ótimo que o Ministro promova
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a discussão do BLPT. Não estão realmente claros os seus objetivos que devem ser colocados de uma
forma realista em um cronograma exequível. Há, sem dúvida, um número razoável de incertezas a
partir da forma como deve ser implementado e da origem dos recursos a serem empregados.
Em certo momento, considerou-se que o Programa levaria a Banda Larga para 90% dos domicílios
brasileiros até 2018. E se chegou, inclusive, a colocar a velocidade de 25 Mbps como um dos
objetivos a ser buscado.Números que, certamente, não serão alcançados de modo massivo, a não
ser em circunstâncias particulares e bem definidas, em pontos ou regiões localizadas
Claramente, o escopo do BLPT é a universalização da Banda Larga no País. O programa é
extremamente necessário, porém metas razoáveis do ponto de vista técnico e econômico devem
ser estabelecidas. Os investimentos são elevadíssimos considerando as necessidades do País como
um todo. Há carência de Banda Larga até em locais onde as pessoas tem suficiente poder aquisitivo,
mas as Operadoras não oferecem o serviço por insuficiência de investimentos. Isto leva a pensar
que suas prioridades estarão voltadas para os segmentos mais rentáveis deixando para um segundo
plano os projetos menos atrativos.
A recente notícia de que mais de 50% dos domicílios brasileiros somente dispõem de telefone
celular é uma “duxa fria” em relação à perspectiva de se ter a universalização da Banda Larga no
País, dentro de parâmetros atualmente estabelecidos (a universalização deve ocorrer através da
Rede Fixa!). Coloca-se, desta forma, um enorme desafio para os próximos anos no sentido de se
alcançarem níveis mínimos de atendimento para que o Brasil não se distancie de forma irreparável
daqueles que são desejáveis para os chamados “países emergentes”.
Iniciativas para utilização do Fust
Como o Executivo não tem conseguido deslanchar significativamente na utilização dos recursos do
Fust, cujo volume aumenta progressivamente em função de seu contingenciamento pelo Tesouro
Nacional, os Legisladores vão tentando iniciativas para o seu emprego, mais rapidamente. Nem
sempre, da melhor maneira possível, diga-se de passagem.
Um exemplo é o que acaba de acontecer na Comissão de Viação e Transportes, da Câmara dos
Deputados, onde foi aprovada uma proposta que obriga a implantação de acesso gratuito à Internet
em Aeroportos, Estações Rodoviárias, Portos e Gares (Estações de Trem).
As cidades com até 50.000 habitantes deverão implantar a medida até dezembro de 2017 e as
demais até dezembro de 2018. A ideia do autor da Proposta, o Deputado Hélio Leite, do DEM/BA, é
ampliar o leque de alternativas de utilização dos recursos do Fundo de Universalização em outros
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segmentos além dos previstos na Lei Nº 9.998/2000 (Lei do Fust) que prevê a utilização em pontos
tais como: Escolas Públicas, Bibliotecas, Postos de Saúde, Delegacias.
O PL está tramitando em caráter conclusivo e, uma vez aprovado na Comissão de Justiça e
Cidadania, segue para a tramitação no Senado Federal. A menos, que haja solicitação na Câmara
para que o assunto seja debatido em Plenário, o que é pouco provável de acontecer.
Comentário do BS
Os locais previstos no PL, provavelmente já estão atendidos por Prestadoras privadas na grande
maioria dos casos. Ou, então, através de Redes disponibilizadas pelos responsáveis pela
administração dos locais mencionados. Se isto não estiver ocorrendo, não é difícil imaginar que
possa haver interessados em explorar o serviço por iniciativa própria, independentemente dos
recursos do Fust. Dentro desta perspectiva o PL parece não fazer muito sentido.
Ademais, da maneira como a legislação do Fust está atualmente formulada, os seus recursos
somente podem ser utilizados em serviços explorados no Regime Público – por se tratar de
universalização dos serviços - que não é o caso da Internet. Desta forma, a legislação que está sendo
estabelecida pode ser inócua a menos que se introduza uma profunda alteração no texto da Lei do
Fust e, não somente, a agregação de mais algumas situações em que os recursos poderiam ser
utilizados.
Neste contexto, parece se estar diante de mais uma iniciativa legislativa meritória em suas
intenções, mas com grandes dificuldades para se implantar na prática caso venha a matéria venha
a ser aprovada e promulgada.
IBGE divulga que 56,3% dos domicílios brasileiros só tem telefone celular
Um dado inquietante acaba de ser divulgado pelo IBGE com os dados da PNAD – Pesquisa Nacional
por Amostragem – de 2014 indicando que 56,3% dos domicílios dos País nos quais há telefone
(93,6% do total) somente dispõem de telefone celular.
Isto significa que em mais da metade dos domicílios brasileiros não existe a disponibilidade de uma
linha de telefone fixo. O número deve causar preocupação em tempos nos quais são recorrentes as
discussões a respeito da universalização dos serviços de telecomunicações no País.
Evidentemente, com este porcentual o Brasil está longe de ter conseguido alcançar, em termos
práticos, a universalização daquele que é considerado, pela legislação atual, o Serviço Universal:
Serviço Telefônico Fixo Comutado – STFC.
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O BS coloca o tema à reflexão de seus leitores, pois entre as conclusões imediatas que se pode
alcançar está a de que o caminho mais indicado para a universalização dos serviços de
telecomunicações no País envolve necessariamente as Redes Móveis.
Oi – Resultados do 3T15 deixam algumas preocupações... apesar da visão otimista da Companhia
A Oi divulgou no dia 12/11 as informações relativas ao seu 3º Trimestre de 2015 (3T15). Informações
detalhadas podem ser obtidas por meio do link ri.oi.com.br/conteudo_pt.asp. Uma síntese das
informações pode ser obtida no Comunicado à imprensa divulgado na mesma data.
Alguns resultados da Companhia ficaram aquém das expectativas do mercado, mas, de modo geral,
estão em linha com a sua situação empresarial e as dificuldades econômico e financeiras pelas quais
passa o País com certo viés recessivo que impactam os resultados da Empresa.
Na sequência é reproduzido o Comunicado distribuído à imprensa no qual são assinalados alguns
pontos particularmente notáveis e pode ser percebida uma visão otimista da Direção da
Companhia. Os leitores que desejarem ter uma perspectiva mais aprofundada são convidados a
abrir o link antes indicado e acessar o item “Apresentação do Conference Call de Resultados 3T15”.
Oi - Comunicado à Imprensa
RESULTADOS DO 3T15 EM LINHA PARA ENTREGAR GUIDANCE DE 2015
Principais Destaques:
Mesmo com um cenário macroeconômico desafiador, a Oi entregou resultados consistentes por mais
um trimestre, e em linha para atingir o guidance para as operações brasileiras em 2015 de EBITDA
de rotina entre R$ 7,0 e 7,4 bilhões e melhoria no Fluxo de Caixa Operacional (FCO) entre R$ 1,2
e 1,8 bilhão.
Como resultado do foco contínuo em eficiência de custos, associado à rentabilização da base
existente de clientes, o EBITDA de rotina das operações brasileiras atingiu R$ 1.740 milhões no
trimestre, um aumento 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar do aumento da inflação acumulada em 12 meses para 9,5% (em 2T15 foi de 8,9%), a Oi
apresentou custos e despesas operacionais das operações brasileiras de R$ 4.775 milhões no
trimestre, uma queda de 7,5% na comparação anual, o que representa um ganho real de
aproximadamente 16%. Com isto, a margem EBITDA de rotina das operações brasileiras no
trimestre foi de 26,7%, um aumento de 3,4 p.p. em relação ao 3T14.
No 3T15, o FCO (EBITDA de rotina menos Capex) das operações brasileiras foi de R$ 790 milhões,
um aumento de 455% em relação ao 3T14, em função do aumento do EBITDA de rotina e do foco
em eficiência na alocação de capital. O Capex das operações brasileiras foi de R$ 950 milhões, uma
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redução de 33,6% em relação ao 3T14, sendo 85,6% deste total direcionado à rede. A Companhia
tem priorizado os projetos de infraestrutura e tem conseguido entregá-los com muita eficiência, fruto
de iniciativas como renegociação de contratos, projetos de otimização de rede e compartilhamento
de infraestrutura. Como resultado destas iniciativas, a Oi vem apresentado melhoria comprovada da
experiência do cliente. Na rede fixa, por exemplo, nos últimos doze meses, a velocidade média da
banda larga aumentou em 25% e hoje 53% das adições são feitas com velocidade a partir de 10
Mbps. Neste período, o trafego IP cresceu 43% e a taxa de congestionamento ADSL caiu 17%. Na
rede móvel, a contínua migração de clientes 2G para 3G tem impulsionado o tráfego de dados
enquanto os indicadores da Anatel de taxas de conexão e queda de dados continuaram evoluindo
positivamente.
No Brasil, a receita líquida de clientes, que exclui a venda de aparelhos e a receita de uso de rede,
atingiu R$ 6.066 milhões no trimestre, apresentando crescimento anual de 0,9%, apesar do cenário
macroeconômico desfavorável.
A receita líquida total do Brasil alcançou R$ 6.515 milhões no trimestre (-3,3% versus o 3T14),
basicamente devido ao impacto do corte nas tarifas de interconexão na móvel (VU-M) e à
terceirização da operação de aparelhos.
No segmento de Mobilidade Pessoal, a receita líquida de clientes, que exclui venda de aparelhos e
receita de VU-M, atingiu R$ 1.780 milhões, um crescimento de 8,1% na comparação anual e de
1,3% em relação ao trimestre anterior, apresentando o melhor desempenho do mercado em ambas
as comparações. Já a receita líquida de serviços, que exclui apenas receita de aparelhos, somou R$
1.997 milhões, apresentando aumento de 0,9% na comparação anual (2º maior crescimento do
mercado) e 2,4% em relação ao trimestre anterior (o maior crescimento do mercado). Tanto para a
receita de clientes quanto para a receita de serviços, a Oi foi a única operadora a manter de forma
consistente uma tendência positiva na evolução do crescimento ano-contra-ano nos últimos 5
trimestres.
O desempenho da Mobilidade Pessoal foi impulsionado pelo crescimento de 52,8% na receita de
dados (incluindo SVA), registrando a melhor performance do mercado. O mix de dados sobre a
receita de serviços atingiu 38,3%, um aumento de 13 p.p. nos últimos doze meses, apresentando
também a melhor evolução do mercado.
No segmento Residencial, o ARPU, que atingiu R$ 79,5 neste trimestre (+8,3% na comparação
anual), continua apresentando melhora em todos os produtos, como resultado do foco da Companhia
em rentabilização de sua base de clientes. A receita líquida do segmento alcançou R$ 2.437 milhões
(-0,6% em relação ao 3T14), reforçando a tendência positiva observada nos últimos trimestres,
devido ao aumento do ARPU combinado ao crescimento das adições brutas e taxas estáveis de
churn, reflexo da qualidade das vendas e a retomada comercial.
No 3T15, a receita líquida do segmento Corporativo / PMEs reduziu em 3,5% em relação ao mesmo
período do ano anterior, impactada, principalmente, pelo ambiente macroeconômico brasileiro.
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O caixa gerado pelas operações no Brasil atingiu R$ 686 milhões no trimestre, após vários trimestres
de consumo de caixa. Este resultado reflete o esforço da Companhia em busca pela eficiência
operacional.
A dívida líquida aumentou para R$ 37.241 milhões (+7,5% versus 2T15), principalmente impactada
pelo resultado financeiro e pelo efeito contábil e temporal de R$ 1,5 bilhão relacionado à marcação
a mercado de derivativos no período. Em outubro, aproximadamente R$ 1 bilhão deste efeito
contábil já foi revertido.
No contexto do plano de transformação, no início de novembro, a Oi lançou o Oi Livre, que
revoluciona o modelo de telecomunicações no país, eliminando o efeito comunidade e ampliando
significativamente a oferta de dados com liberdade de uso. Com o Oi Livre, o cliente tem muito
mais dados sem restrições de uso e minutos para ligar para qualquer operadora em qualquer lugar
do país. A Oi realiza assim, um movimento estratégico, tendo em vista a redução nas tarifas de
interconexão no país, e segue uma tendência mundial, adotando um modelo difundido em mercados
como os Estados Unidos e países europeus.
Problemas com a VimpelCom
No BS 39/15 e 40/15 foi comentado um item sob o título “A Oi e a Letter One” em cuja introdução
se dizia: A Oi publicou dois Fatos Relevantes relacionados com as tratativas que vem desenvolvendo
com a LetterOne Technology, sediada em Luxemburgo, ainda que seus escritórios sejam em Londres
(UK), através das quais a LetterOne poderia aportar até US$4,0 bilhões na Oi, em uma operação
“potencial” definida por duas condições: (i) exclusividade para transação com o fim específico de
possibilitar uma consolidação do setor de telecomunicações no mercado brasileiro; e, (ii)
combinação de negócios com a TIM Participações S.A.
Na sequência, foi mencionado que a Letter One controla a VimpelCom, com quase 50% de seu
capital social. Esta Companhia opera serviços de telecomunicações em diversos países entre eles:
Russia, Italy, Ukraine, Kazakhstan, Uzbekistan, Tajikistan, Armenia, Georgia, Kyrgyzstan, Laos,
Algeria, Bangladesh, Pakistan, and Zimbabwe.
Durante a semana, a imprensa internacional publicou que a “Telenor suspendeu Executivos em meio
a uma sindicância”. Tal sindicância está sendo conduzida pela Deloitte e estariam envolvidos dois
Gerentes e dois Executivos, incluindo o CFO. Também foram temporariamente suspensos outros
dois Gerentes indicados pela Telenor.
A causa da decisão da Telenor deve-se ao fato de a VimpelCom estar sendo investigada por
Autoridades Holandesas (Sede da Companhia) e americanas (a Companhia é listada na Bolsa de
Nova York) por supostos atos de corrupção nas suas operações no Uzbekistão.
O BS registra a notícia internacional sem fazer qualquer alusão ao mérito da questão, pois trata-e
de uma sindicância em andamento sobre supostos atos ainda não confirmados. No entanto, é
interessante um acompanhamento diante da posição da Letter One (controladora da VimpelCom)
nas negociações com a Oi.
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As Teles e a TV por Assinatura
Samuel Possebon repercutiu de forma sintética recente pesquisa da Ovum, dando conta de que as
“Teles já controlam 20% dos assinantes de TV paga no mundo”.
Com o devido crédito ao Samuel, o BS toma a liberdade de reproduzir seu texto o que dá uma boa
ideia de como as Operadoras de Serviços de Telecomunicações vêm se posicionando em relação a
este tema. Como se sabe, ele é sensível no contexto das discussões que permeiam o Setor
envolvendo a transmissão (transporte!) de sinais de vídeo nas redes de telecomunicações e o que
pode ser considerado como prestação de serviços associada a tal transmissão (transporte!).
Teles já controlam 20% dos assinantes de TV paga no mundo, diz Ovum
terça-feira, 10 de novembro de 2015 , 23h04
SAMUEL POSSEBON | [email protected]
As operadoras de telecomunicações devem chegar ao final deste ano como controladoras de 177
milhões de assinantes de TV paga no mundo, o que equivale a 19% da base global de pay TV,
segundo estimativas da empresa de pesquisa Ovum divulgadas nesta terça, 11. No ano passado, as
teles tinham 140 milhões de clientes de TV por assinatura. O crescimento médio estimado pela Ovum
para o negócio de TV por assinatura pelas teles tradicionais é de 4% ao ano até 2020, o que deve
elevar o mercado total a 210,4 milhões de clientes, contra um crescimento médio de 2% no mercado
de operações de cabo e DTH sem vínculo com empresas de telecomunicações. Esse número já inclui
a recente aquisição da DirecTV pela AT&T e as aquisições da Telefónica na Europa e Brasil (GVT).
Reguladores punem a baixa qualidade do Serviço
Foi divulgado na imprensa durante a semana que o Reguladora Mexicano (IFT) aplicou uma multa
recorde de quase 25 milhões de dólares na Pegaso PCS (subsidiária da Telefónica no México) pelo
“não cumprimento dos níveis mínimos de qualidade no Serviço Móvel”. O próprio Instituto, em
Comunicado, informou que se trata da maior sanção econômica que aplicou até os dias atuais e que
a Companhia pode recorrer dessa sanção.
As ocorrências principais ocorreram na cidade de Léon onde foi comprovado que a “Pegaso teve
uma proporção elevada de tentativas de chamadas sem sucesso” que resultaram na abertura de um
processo sancionatória no qual a Companhia tem o mais amplo direito de se defender.
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Aqui no Brasil, foi a TIM que sofreu uma multa milionária (R$ 50 milhões) por motivos similares,
aplicada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão ao acatar uma Ação Civil Pública da Promotoria de
Justiça de Defesa do Consumidor de 2013 pela suposta insuficiência de qualidade de serviço em 89
Municípios do Estado.
Além da multa, a TIM não poderá comercializar novas linhas em todo o Estado do Maranhão até
que atenda às Metas de Qualidade do SMP estabelecidas na regulamentação deste Serviço pela
Anatel. A Companhia também deverá devolver valores pagos pelo Plano Infinity. A Empresa
informou que irá recorrer da decisão.
Há algum tempo atrás, o BS comentou que a FCC aplicou uma multa também bastante alta na AT&T
pela insuficiência de qualidade. Então, pode-se observar por estes exemplos que se trata de uma
questão relativamente disseminada por todo mundo.
Naturalmente, tratam-se de procedimentos legais que não cabe ao BS questionar. Mas, há por trás
destas multas uma fundamentação negativa, ainda que possa ter um efeito “didático” nas
Empresas: “quando dói no bolso é possível que elas atuem de forma mais aderente aos
regulamentos”. Os maiores prejudicados, naturalmente, são os usuários. Assim, se as multas não
resultarem em algo que lhes seja diretamente favorável o processo acaba ficando vazio pois o seu
valor acaba beneficiando outras Partes – por exemplo o Governo – que pode não ter tido qualquer
prejuízo no processo.
Telefônica vende Cabos Submarinos
O ESTADO DE S. PAULO do dia 27/10/2015 traz reportagem assinada por Marina Gazzoni noticiando
que a Telefônica vendeu uma parte dos cabos submarinos de sua Subsidiária TIWS para a Empresa
Internexa, da Colômbia. O negócio está avaliado em cerca de $ 120 milhões.
Segundo a reportagem “A aquisição envolve 19 mil quilômetros de dois cabos submarinos da
empresa da Telefônica - o SAM1 e o PCCS-, que interligam o Brasil e a Colômbia com os Estados
Unidos. Além dessa estrutura, a Internexa já tinha 30 mil km de fibra óptica instalado em cabos
terrestres - cerca de 6,8 mil km no Brasil”.
A Internexa, através de seu Presidente, explicou a realização do negócio nos seguintes termos:
”Estimamos que cerca de 40% do conteúdo distribuído no Brasil depende de cabos submarinos para
chegar aos internautas. Até então, a Internexa não tinha uma estrutura própria e pagava para
utilizar a rede de terceiros. Agora temos uma conectividade direta com os Estados Unidos e não
estaremos mais sujeitos a saltos de qualidade no sistema".
O BS comenta o assunto chamando a atenção para alguns pontos:
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(i) a relevância dos cabos submarinos internacionais no tráfego da Internet devido à
localização de importantes Data Centers em locais específicos e não distribuídos de
forma otimizada por diversas partes do Planeta;
(ii) condições comerciais específicas levam as Empresas a procurar soluções particulares que
atendam da melhor forma suas necessidades técnicas, econômicas e financeiras, além,
de outras de ordem estratégica;
(iii) parecem mais do que justificados os movimentos para o lançamento de cabos
submarinos interligando diretamente o Brasil e a África, principalmente, numa visão de
longo prazo;
(iv) não deixa de ser uma surpresa saber que uma Empresa colombiana tenha cerca de 6,8
mil Km de Fibras Ópticas instaladas no Brasil;
(v) e, mais ainda, de que ela faz parte do grupo ISA que, no Brasil, controla a Cteep –
Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – cuja infraestrutura suporta as
redes de Fibras Ópticas;
(vi) pelo menos por enquanto, as Fibras Ópticas são ativos estratégicos para as Operadoras,
diferentemente da infraestrutura de torres nos sistemas móveis, e, assim, elas preferem
mantê-los, ainda que de forma compartilhada com outras Operadoras.
Telefónica tem dificuldades para repatriar fundos… da Argentina
São conhecidas as preocupações das empresas estrangeiras que atuam no Brasil com a depreciação
da moeda brasileira face às estrangeiras de maior peso, como é o caso do dólar e do euro. No
entanto, não se chega próximo do que acontece em alguns países da América Latina, como é o caso
da Venezuela e Argentina. Nestes, simplesmente as dificuldades de repatriar os recursos são quase
intransponíveis.
Na última conferência com analistas de mercado, foi perguntado se a Telefónica tinha conseguido
repatriar fundos da Argentina durante este ano. A resposta do Diretor Financeiro, Ángel Vilá foi
negativa. Ele informou que a posição é de 203 milhões de euros, com uma ressalva: 105 milhões
estão em pesos argentinos e quase a outra metade, da ordem de 98 milhões de euros, já está em
moeda estrangeira, portanto a salvo de uma eventual desvalorização da moeda argentina.
A questão cambial é uma das principais questões enfrentadas pelas Empresas estrangeiras pois os
níveis da rentabilidade dos investimentos e os seus resultados financeiros são fortemente
impactados quando há movimentos especulativos com as moedas dos países fruto de alguma
instabilidade política ou financeira, ou, de ambas. Isto acaba por impactar os investimentos na
modernização e expansão da planta o que se constitui em uma das principais razões para a queda
na qualidade e na oferta de novos serviços.
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02. PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA – BLPT
Não houve comentários específicos sobre este tema que chamassem a atenção durante a semana.
Sugere-se, ainda, a leitura do item 09 do BS 30/15 “O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE
TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS“ que trata
indiretamente do assunto. É um texto no qual se procura situar os investimentos na Rede brasileira
de telecomunicações e justificar o valor de $200 bilhões (200 bilhões de dólares americanos), uma
cifra estimada pelo BOLETIM SEMANAL com base em dados genéricos e algumas premissas que são
indicadas no referido texto.
03. NOVOS CABOS SUBMARINOS
Não houve alterações substanciais em relação ao RS 23/15. Conforme comentado no RS 21/15 o
Ministério da Fazenda aprovou a participação da Telebras na formação da joint venture que lançará
e operará o Cabo Submario Brasil – Europa, com terminações em Fortaleza e Lisboa. A Empresa está
em fase de criação e deverá ter sua Sede Social em S. Paulo. Ainda não foi anunciado o nome do
Executivo que irá Presidir a referida Empresa.
Sugere-se observar o item “Telefónica vende Cabo Submarino” que consta do COMENTÁRIO GERAL
DA SEMANA deste BS Nº 41/15.
Além disto, continuam válidos os comentários do BS 25/15.
04. COMPARTILHAMENTO DE POSTES – DIFICULDADES PARA NEGOCIAR O ALUGUEL
Este item é de importância relevante para as Concessionárias de Energia Elétrica e para as
Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, em particular, as que oferecem Serviço Fixo. Assim
mantém-se atual o texto do RS N° 18/15 com os comentários feitos nos RS 22/15 e RS 23/15.
Chama-se, no entanto, a atenção dos leitores para a leitura atenta do item 11 do BS 33/15
“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013”. E, também, se sugere a leitura
do item 11. “FIOS & POSTES – UMA SITUAÇÃO QUE INCOMODA”do BS 34/15.
05. OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA
A Anatel deverá se posicionar sobre o assunto agora que a Lei das Antenas foi aprovada. O
compartilhamento no rais de 500 m só é obrigatório, ressalvadas condições técnicas, para os sites
implantados de maio de 2009 em diante.
Espera-se para as próximas semanas a aprovação da regulamentação em que serão estabelecidas
as situações dispensadas do compartilhamento obrigatório previsto na Lei No. 11.934/2015,
conforme abordado no RELATÓRIO SEMANA No. 13/15.
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Ver item “Compartilhamento de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 32/15 e sugere-
se fortemente a leitura do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº
6.789/2013” bem como o item 11 do BS 34/5, já identificado no item 04 acima.
06. LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015
Não houve alterações em relação a este ítem durante a semana. Permanecem os comentários do
RELATÓRIO SEMANAL N° 13/15. Aguarda-se uma manifestação da Anatel (regulamentação da Lei
aprovada com os vetos da Presidente de República) que deverá colocar proposta de
regulamentação em Consulta Pública.
A expectativa é que o assunto evolua na medida em que se tenta envolver algumas Prefeituras que
já aprovaram legislação municipal aderente aos princípios desta legislação e outras que ainda têm
dificuldades em fazê-lo.
No entanto, sugere-se aos leitores atentarem para o texto do item 11 do BS 33/15
“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” no qual são feitas referências
relacionadas com a Lei das Antenas. Também se aconselha ler o item “Lei das Antenas - Mantido o
Veto Presidencial” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 34/15.
07. IMPLANTAÇÃO DO LTE NA FAIXA DE 700 MHz E DA TV DIGITAL
Sugere-se a leitura do item “Problemas à vista na transição para TVD” no COMENTÁRIO GERAL DA
SEMANA do BS 36/15, reforçado pela leitura do item “Rio Verde... Sinal Vermelho” inserido no
COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 38/15.
Como se pode verificar, com a aproximação das datas estabelecidas no cronograma inicial começam
a surgir problemas que induzem à necessidade de se prorrogar algumas datas e alterar ou adaptar
estratégias estabelecidas.
Ainda que tais medidas sejam possíveis em um processo cuja complexidade e abrangência nunca
foram desconsiderados, a intensidade e propósitos das reações das Partes, principalmente dos
radiodifusores, deixa no ar a possibilidade de divergências e conflitos que devem ser administrados
com a devida cautela de modo a não criar prejuízos para os usuários e para o desenvolviemtno
tecnológico do País.
Sugere-se a leitura do item “Continua o suspense sobre Rio Verde...” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA desta edição do BS nº 39/15 e Nº 40/15, bem como do item “Transição de Rio Verde deverá ser postergada”, inserida no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS nº 41/15. 08. MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM 2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E
CONSOLIDAÇÃO DO SETOR
Este item continua vivo nas discussões que permeiam o futuro do Setor de telecomunicações no
nosso País. Criam raízes as visões de que se faz necessária uma rápida mudança do Modelo de modo
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a incentivar a entrada de recursos para investimentos essenciais à expansão e modernização das
Redes e a tornar mais racional o processo de competição; e, ainda, proporcionar condições para
melhorar significativamente a prestação dos serviços aos usuários.
Iniciativas práticas estão surgindo como é o caso dos movimentos no Legislativo (Câmara dos
Deputados principalmente) e no Executivo. O ex-Ministro das Comunicações Ricardo Berzoini criou
um Grupo de Trabalho para estudar alterações nas Concessões atuais do STFC (Telefonia).
O BS considera que a manutenção do texto integral deste item não se faz mais necessária de forma
que a partir da edição 34/15 ele foi retirado. Fica, no entanto, considerado o item na forma do BS
33/15, como referência para aqueles leitores que, eventualmente, desejarem a qualquer momento
revisitá-lo.
Mantém-se a expectativa em relação à eventual manifestação dos Ministérios do Planejamento de
da Fazenda que, conforme foi mostrado, tomaram algumas iniciativas neste sentido. Contudo,
houve um certo recrudescimento nestas ações e é possível que o Ministério das Comunicações
retome as iniciativas.
Com a posse do novo Ministro das Comunicações, o Deputado André Figueiredo (PDT-CE), ficam as
expectativas em relação a possíveis mudanças neste Ministério que devem introduzir mudanças na
linha de ação até então adotada. Além de nomes, é possível que haja alteraçõs conceituais e uma
nova agenda possa ser criada para o Setor.
A posse do novo Ministro ocorrereu no dia 06/10. Sugere-se a leitura do item “Sob Nova Direção”
no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA da edição 35/15, do BS.
09. O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE
INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS
Conforme anunciado anteriormente o texto deste item foi retirado a partir da edição 33/15 do BS.
Para os leitores que se interessem a sua integra pode ser obtida no BS 32/15.
10. VoWiFI e VoLTE - UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA COM REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS
Observação: o título deste item será mantido com a sugestão de os leitores que desejarem revisitá-
lo tomar como referência o texto da edição Nº 39/15 e Nº 40/15.
11. EXPLICAÇÕES DA TELEFÓNICA PARA A QUEDA DAS RECEITAS
O jornal El País publicou reportagem noticiando a troca de informações entre a SEC – Securities and
Exchange Comission) dos USA e a Telefónica envolvendo dados incluídos na Form 20-F que,
anualmente, todas as Companhias listadas na Bolsa de Nova York são obrigadas a encaminhar ao
Órgão Regulador americano.
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No caso específico, os questionamentos dizem respeito à queda continua observada nas receitas da
Telefónica referentes ao período 2010 – 2014. A SEC vai além e pede à Companhia que “detalhe as
causas dessa tendência e as medidas específicas que está tomando para reverter essas quedas”.
O BS traz o assunto ao conhecimento de seus leitores por duas razões básicas: (a) a Telefónica opera
no Brasil através de sua subsidiária integral Telefônica do Brasil, portanto, o assunto tem um
interesse direto para o nosso mercado; (b) as informações de modo geral indicam uma preocupação
que se estende a diversas outras Companhias que atuam no Setor de Telecomunicações e as
explicações da Telefônica podem ser entendidas como válidas para uma avaliação geral.
O entendimento pode ficar mais completo se os leitores acessarem os links dos documentos
trocados entre a SEC e a Telefónica os quais estão indicados no texto da reportagem. Também são
indicados outros links subsidiários para um melhor entendimento dos questionamentos e dos
comentários e explicações encaminhados.
La SEC pide explicaciones a Telefónica por la caída continua de ingresos
La operadora justifica el descenso de rentabilidad entre 2010 y 2014 por la regulación, las devaluaciones
y la crisis
EL PAÍS, RAMÓN MUÑOZ, MADRID 9 NOV 2015
La comisión de valores estadounidense (Securities and Exchange Commission o SEC) ha pedido
explicaciones a Telefónica por la caída continúa de sus ingresos y resultados desde 2010 hasta
2014. El regulador, en una carta remitida a la multinacional española el pasado 24 de junio, le
indica que además de la evolución negativa de los tipos de cambio que apunta la operadora, detalle
las causas de esa tendencia y “las medidas específicas que está tomando para revertir los
descensos”.
El regulador evalúa cada tres años las cuentas de las empresas cotizadas en Wall Street
“Observamos que sus ingresos consolidados han disminuido cada año desde 2010 hasta 2014, y
también una tendencia general a la baja en varias de sus otras partidas de los estados financieros
(resultados de explotación, resultado del ejercicio y flujo de caja neta). Aunque usted arguye el
efecto que los tipos de cambio han tenido sobre sus resultados operativos y la situación financiera
en los últimos años (por ejemplo, 2013 versus 2014), debe ampliar su argumentación acerca de
abordar las tendencias adversas a largo plazo y las medidas específicas que está tomando para
revertir los descensos”, señala la SEC en la carta. El regulador evalúa cada tres años las cuentas de
las empresas cotizadas en Wall Street y les hace una serie de apreciaciones.
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Telefónica no ha tardado en contestar a esta última misiva. En su respuesta por escrito, con fecha
9 de julio pasado, el grupo que preside César Alierta apunta cinco razones que han contribuido a
una tendencia general a la baja en algunos de los indicadores clave de la rentabilidad de Telefónica
durante el período 2012-2014: las devaluaciones, la venta de activos, el cambio de
hábitos de consumo, la regulación y la mala situación económica.
Asimismo, la operadora argumenta que el cambio de hábitos de consumo ha dado lugar a una
menor demanda de telefonía fija y los servicios móviles de voz y a una mayor demanda de datos
móviles, como ver vídeos y navegar por Internet en un teléfono inteligente, “pero no a un ritmo
suficiente para compensar la disminución de fijo y los ingresos de voz móvil en una serie de
mercados clave de Telefónica”.
Demasiada regulación
La carta, firmada por el director financiero Miguel Escrig, recuerda a la SEC que “el negocio de
Telefónica está muy regulado”, lo que afecta a sus ingresos e impone costes en sus operaciones.
Pone como ejemplo las tarifas mayoristas que cobra por las llamadas recibidas desde las redes de
otras compañías ya que desde el regulador se han promovido políticas que permiten el acceso a
las redes de los operadores alternativos
Telefónica reconoce que estos hechos han contribuido a una tendencia general a la baja en algunos
de los indicadores clave de rendimiento de Telefónica durante el período 2012-2014, como la
disminución de los ingresos del 19,2%, del resultado de explotación o del beneficio de un 19,7%,
un 35,2% y un 26,1%, respectivamente, entre los ejercicios de 2012 y 2014.
En este contexto, la operadora asegura que ya ha tomado varias medidas destinadas a transformar
su negocio con el fin de volver a un “crecimiento rentable y sostenible” mediante el fortalecimiento
de su modelo de negocio, la mejora de su posición competitiva,
En primer lugar, ha desarrollado paquetes de servicios –fijos, móviles, datos y banda ancha- como
parte de una transformación digital de todo el grupo, de la mano de tecnologías como la fibra en
fijo y el LTE (4G) en móvil. En este sentido, ha aumentado significativamente su número de
accesos basados en datos, incluyendo 61,5 millones de nuevos planes de datos, 1,8 millones de
accesos de TV de pago y de 1,5 millones de fibra durante el período 2012-2014.
Mercados clave
También apunta que ha reforzado su posición competitiva con la consolidación en mercados clave
como Alemania (con la adquisición del E-Plus), Brasil (compra de GVT) y España (Canal +), junto
con desinversiones recientes en los mercados no estratégicos (O2). También asegura que ha
simplificado sus ofertas comerciales (Fusión); la modernización de sus procesos y el recorte de
costes comerciales y de atención al cliente, gracias al aumento de su externalización de funciones
de apoyo.
Por último, Telefónica confía en que se beneficiará de la recuperación del crecimiento del PIB en
Europa, que comenzó en 2014, así como el potencial de aplicación de la Comisión Europea del
recientemente anunciado paquete de mercado único digital.
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12. TRUQUES PARA QUE A BATERIA DO CELULAR DURE MAIS
Na edição do BS Nº 39/15 e BS Nº 40/15, foram dadas algumas informações relacionadas às baterias
dos aparelhos móveis sob a forma de mitos e verdades. Segue, abaixo, um texto do mesmo El País,
de 10/11/2015, com alguns truques para que a carga da bateria se mantenha por um tempo maior.
São medidas simples e, provavelmente, do conhecimento do leitor; mas, é interessante lembrar de
vez em quando, como forma de compensar o esquecimento pelo uso corriqueiro do aparelho e que
desvia as atenções de tais fatos.
Sob o título: “Seis truques para que a bateria do móvel dure todo o dia” reproduz-se abaixo a
mencionada reportagem do El País. De certa forma, este item é uma continuidade daquele
apresentado na semana passada.
Seis trucos para que la batería del móvil te dure todo el día
Reducir el brillo de la pantalla o activar el Wifi pueden mejorar el consumo de batería de los
'smartphones'
EL PAÍS, JOSÉ MENDIOLA ZURIARRAIN 10 NOV 2015 - 10:45 CET
Son las cuatro de la tarde y la batería del móvil está ya agonizando. Con la sofisticación de los
smartphones, más semejantes a un ordenador que a un móvil en sí, son muchos los factores que
intervienen en el consumo de la batería, pero ¿podemos hacer algo para lograr estirar su duración
y que dure la jornada completa? Lo cierto es que sí. Hay muchos mitos sobre el funcionamiento
de la batería que se arrastran del pasado, y hay bastante margen de maniobra por parte del usuario.
Estos seis sencillos trucos pueden ahorrarnos esa agonía de pasar buena parte de la jornada sin
móvil:
Brillo de pantalla
Las pantallas de alta resolución y vívidos colores de los móviles modernos representan el mayor
consumo de batería del dispositivo (pueden llegar a ser responsables del 50%), con lo que evitar
un brillo muy elevado puede reducir significativamente el consumo. En este sentido, el usuario
puede optar por reducir manualmente el brillo, o bien recurrir al sensor ambiental de luz presente
en la mayoría de los móviles de gama media-alta. Este sensor se encarga de regular de forma
automática el brillo de pantalla en función de la luz ambiental, optimizando su uso en función de
los factores externos y evitando consumos excesivos.
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Desactivar el uso en segundo plano de apps
Los móviles modernos son ordenadores de bolsillo, y sus aplicaciones exprimen los sensores que
estos incorporan, de forma que, en ocasiones, puede suceder que alguna app lleve a cabo un
consumo anormal o excesivo de la batería. En marzo del año pasado, un ex empleado de Apple
redactó un documento en el que sugería una serie de claves para mantener el consumo a raya, tras
atender a cientos de clientes en la Apple Store protestando por una duración muy corta de la
batería. Uno de los consejos que dio era desactivar las notificaciones push y la actividad en segundo
plano de todas aquellas aplicaciones que no sean estrictamente necesarias para nuestro día a día.
Por defecto, muchas aplicaciones solicitan permisos para enviar notificaciones y la ubicación del
usuario, lo que conlleva un consumo innecesario de la preciada batería. Por fortuna, este acceso
se puede limitar únicamente a las aplicaciones que realmente nos interesan.
El Wifi, mejor activado
En un afán por reducir al máximo el consumo de batería del dispositivo móvil, el usuario puede
verse tentado por desactivar el Wifi salvo en aquellas ocasiones en las que realmente lo necesita.
Sin embargo, la conexión mediante Wifi consume menos recursos que aquella mediante 3G/4G,
con lo que se recomienda mantenerlo siempre activado, considerando que será siempre menor la
pérdida al no haber una red inalámbrica activada, que la derivada de conectarnos por 3G pudiendo
hacerlo mediante Wifi. Apple lo recomienda expresamente para el iPhone, algo también aplicable
en Android.
Las pantallas de alta resolución pueden llegar a ser responsables del 50% del consumo
Cargar la batería incluso si no está descargada
Se trata de una tentación que tiene su lógica. ¿Para qué voy a poner a cargar el móvil por la noche
si todavía tiene la mitad de batería? En los móviles de antes el usuario temía el conocido “efecto
memoria”, por el cual si se cargaba cuando la batería no estaba del todo descargada, el móvil perdía
poco a poco capacidad de carga. Esto no sucede con las baterías actuales de iones de litio, pero los
expertos recomiendan mantener siempre la batería con algo de jugo antes de conectarla al
cargador, con el objeto de aumentar su vida útil.
Mantener actualizado el sistema operativo
¿Tiene algo que ver la versión del software con el consumo de batería? A priori, no, pero
puede suceder que en las actualizaciones sucesivas, los desarrolladores vayan afinando el
rendimiento de forma que el móvil sea más eficiente en sus consumos. Apple lo tiene tan claro que
su primera recomendación para aumentar el rendimiento de la batería es precisamente asegurarse
de contar siempre con la última versión del sistema operativo.
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Activar el modo ahorro (si se dispone de él)
Las versiones actuales, tanto de iOS como de Android, cuentan con un modo de ahorro de energía
que reduce toda la actividad a niveles mínimos, de forma que la batería no se pierda en elementos
innecesarios. Y en los móviles más modernos hay tantos sensores y animaciones que el ahorro
puede resultar considerable. Al activarse este modo (en ambas plataformas, el funcionamiento es
muy similar), el sistema operativo reduce o desactiva la comprobación automática de nuevos
correos, evita la actividad en segundo plano, así como algunos efectos visuales y de sonido que a
la postre no son imprescindibles y consumen una batería que necesitaremos para tareas más
importantes. Con este modo se logra estirar bastante la duración de la batería, con lo que en un
momento de apuro al final del día puede servir como último recurso ¿Cuánto tiempo adicional?
Apple, por ejemplo, lo estima en una hora extra para su iPhone.
13. REDES SOCIAIS – NECESSIDADE OU “ONDA”
O BS reproduz abaixo uma reportagem publicada no jornal El País, de 14/11/2015 com o título:
“Onde passam seu tempo os jovens na Internet?”. Isto, numa alusão à utilização das Redes Sociais
pelas pessoas que passam boa parte de seu tempo “ligadas” no seu smartphone acompanhando os
mais diversos assuntos, boa parte deles sem qualquer relevância para as suas vidas.
E, surge uma surpresa: o Facebook e o Twitter, se mantém os preferidos entre os “adultos”, mas,
não têm dominância entre os mais jovens. Para estes, o Twitter, por exemplo, tem quase um caráter
“jurássico”!
O fato denota quanto há de volubilidade na utilização destas denominadas Redes Sociais que se
apresentam como os Aplicativos de maior penetração entre aqueles que passaram a ser oferecidos
nos últimos anos aos usuários dos serviços de telecomunicações em função do intenso
desenvolvimento da capacidade de processamento das Redes Móveis e de seus dispositivos
terminais (Smartphones).
Uma das Redes que mais cresceu a partir de 2014 foi a chamada Snapchat. E qual é sua característica
principal? As informações que são enviadas se destroem automaticamente praticamente logo
depois que são enviadas! Já o Instagram se apresenta como o “paraíso dos selfies” para os
adolescentes. Por outro lado, o tradicional YouTube se reinventa com novidades que atraem a
atenção e ocupam o “ócio” dos jovens por longos períodos de tempo.
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Em uma pesquisa feita pelo Instituto Statista algumas declarações de jovens chamam a atenção;
por exemplo: “Está morto para nós”, fazendo referência ao Facebook, ou “sendo sinceros, a
maioria de nós não entende para que serve”, fazendo referência ao Twitter.
O BS convida seus leitores a lerem integralmente o texto pois outras “surpresas” do tipo podem ser
encontradas.
Dónde pasan su tiempo los jóvenes en Internet?
Snapchat e Instagram se consagran como las redes favoritas de los más jóvenes frente a Facebook y
Twitter, percibidas como herramientas para los adultos
EL PAÍS
JOSÉ MENDIOLA ZURIARRAIN 14 NOV 2015
Logotipo de Snapchat. / LIONEL BONAVENTURE ( AFP PHOTO)
El salto generacional es creciente. Para cualquiera que haya nacido en la década de los 60 o los 70,
explicar a un adolescente que en su juventud ni siquiera había móviles supone todo un reto, pero
tampoco podrá cantar victoria si cree que basta con tener cuenta en Facebook y en LinkedIn para
estar al día. Los más jóvenes tampoco comprenden realmente la utilidad de ciertas
redes, y la brecha generacional se mantiene a lo largo del tiempo. Los que han nacido
ya con un smartphone en la mano posiblemente ni se planteen encender el
ordenador. ¿Dónde pasan su tiempo los millenials? Es la pregunta del millón: toda la
información disponible se basa en mediciones que varían por continente y país, pero hay varias
tendencias claras.
Snapchat, momentos gamberros
Se trata sin duda de la app social con más proyección en todos los mercados y, de
hecho, según apunta Globalwebindex, fue la aplicación social con mayor
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crecimiento en 2014. Su uso es ya masivo en determinados rangos de edad. Con todo, la tasa
de penetración varía en función de los países. La app está más presente en aquellas regiones con
jóvenes habituados a utilizar de forma cotidiana las redes sociales.
¿Qué es Snapchat exactamente? Se trata de una aplicación móvil que permite el
envío de contenido multimedia, que luego se destruye de forma automática. Es decir,
lo que se comparte en esta red es efímero y ahí reside precisamente su gracia: los adolescentes
comparten de esta manera fotos y vídeos que pueden ir acompañados de textos o dibujos a mano
alzada. Una vez vistos, se esfuman de las pantallas de los destinatarios. La aplicación creció
además incorporando un sistema de mensajería interna y Discover, una extensión del servicio
mediante la cual los usuarios podrán disfrutar de vídeos y contenido de canales como Vice o
Buzzfeed, entre otros. La idea es retener al máximo al usuario dentro de la app. Y parece que lo
están consiguiendo.
Willow Smith posa para su cuenta en Instagram
con una camiseta de Jean Paul Gaultier. / INSTAGRAM
Instagram, la mejor cara
Se trata de la otra gran aplicación social que causa furor entre los más jóvenes, y parece que no de
una manera deliberada. Instagram es ya más conocido entre los usuarios de más edad:
esta aplicación social consiste básicamente en publicar fotos que podrán ser vistas y
comentadas por los seguidores. Instagram, que fue adquirida por Facebook, mantiene la
asimetría de seguidores y seguidos que emplea Twitter: es decir, un usuario puede seguir a 20
contactos, pero a él mismo seguirle 200 cuentas. Aquí entra en juego la popularidad de la cuenta
y cómo no, la vanidad, que se mide también a través de los “me gusta” que recibe cada foto, un
juego un tanto delicado para la psicología de un adolescente, cuya reafirmación o condena está a
un solo toque de distancia. Esta red social cuenta con la friolera de 400 millones de
usuarios activos al mes, según datos de Statista, y es el paraíso de los selfis para los
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adolescentes. Si en Snapchat se comparten momentos gamberros o divertidos, en
Instagram se pone siempre la mejor cara.
YouTube, el eterno filón
En realidad, en esto de las redes sociales y las aplicaciones móviles no existen los plazos: una recién
llegada puede arrasar desde su inicio, mientras que otra que ha reinado durante años puede
venirse abajo en cuestión de semanas. Los caprichos de las tendencias no respetan nada, pero un
veterano, YouTube, no solo resiste, sino que ha cobrado un nuevo impulso al mostrarse como una
de las opciones de entretenimiento más recurridas por parte de los adolescentes. Sus tasas de
consumo son muy superiores entre los adolescentes.
Una nueva 'app', Who's Down, permite a los adolescentes quedar a dar una vuelta
Lo más interesante del asunto es que los jóvenes no solo recurren a la plataforma de Google por
cuestiones de ocio, sino que YouTube juega un papel determinante entre los millenials en las
decisiones de compra. Si alguien observa a un adolescente con la mirada perdida en el móvil, lo
más probable es que se encuentre absorto viendo algún vídeo en este servicio, y es que los más
jóvenes recurren al móvil de una manera aplastante para disfrutar de YouTube. En este cambio de
paradigma, no solo el televisor ha quedado a varios cuerpos de distancia, sino que los adolescentes
también han relegado al ostracismo al ordenador para ver sus clips favoritos. El móvil reina en
solitario: el 98% de los adolescentes estadounidenses reconoce ver vídeos habitualmente en su
móvil frente a apenas un 56% que hacen lo propio en el ordenador.
Facebook y Twitter, jurásicas pero activas
El evidente salto generacional separado por apenas unos pocos años ha dejado a algunas redes
sociales tan populares como Facebook y Twitter en una extraña situación: ser consideradas casi
como jurásicas para los más jóvenes. Y hablamos de proyectos que, en perspectiva, tienen muy
pocos años de vida. ¿Quiere esto decir que los millenials no tienen cuentas en estas redes sociales?
No necesariamente, sobre todo en la red de Zuckerberg, en la que es posible que muchos tengan
un perfil abierto.
Los más jóvenes ya no comprenden la utilidad de ciertas redes
La pregunta clave entonces es saber quién las usa de forma cotidiana. A partir de los datos
derivados de los diferentes estudios y fijándonos en las tendencias, tanto Facebook como Twitter
son, en términos generales, consideradas por los más jóvenes como más carcas. Posiblemente la
mejor forma de comprender qué está sucediendo es leer este artículo publicado en Medium por
BOLETIM SEMANAL RESERVADO
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un estudiante de Arizona y dejó a muchos boquiabiertos. Andrew Watts, de 19 años, deja en
evidencia a los diferentes estudios sobre los hábitos de uso de las redes sociales por parte de los
adolescentes y con un lenguaje claro y descarnado pone a cada una en su sitio. Y algunas no salen
bien paradas precisamente: “Está muerta para nosotros”, en referencia a Facebook, o
“siendo sinceros, la mayoría de nosotros no entiende para qué sirve”, en alusión a
Twitter, son sólo algunos de los ejemplos. De hecho, las únicas que se salvan de la pira
y cuentan con popularidad según este estudiante son precisamente Instagram y
Snapchat, donde realmente se mueven los más jóvenes.
Pantallas de la aplicación Who's Down, de Google. / who's down
Lo que viene
En el ámbito de las redes sociales no hay foto fija que valga, y los movimientos caprichosos de las
tendencias hacen que el panorama sea completamente variable. Siguen surgiendo nuevos
contendientes probando fortuna. El último es un viejo conocido con muy malas experiencias en
redes sociales: Google, ni más ni menos. La firma capitaneada por Larry Page apuesta
fuerte por los más jóvenes con Who’s Down, una aplicación móvil de la que han
trascendido muy pocos detalles (se accede mediante invitación) y mediante la cual
los adolescentes podrán quedar y dar una vuelta. La idea es que el usuario muestre su
disponibilidad para hacer algún plan a sus contactos y de esta manera las citas sean más sencillas.
Por el momento, se encuentra en fase de test y es difícil si la apuesta de Google logrará hacerse un
hueco en el reñido espacio de los millenials.
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14. AS OTT ALCANÇARÃO 2 BILHÕES DE USUÁRIOS EM 2018
Em complementação ao item “REDES SOCIAIS – NECESSIDADE OU “ONDA”, o BS publica uma Nota
de Site internacional, repercutindo uma Pesquisa da eMareter, informando que os Serviços de
Mensagens através de Redes Móveis alcançarão mais de um quarto da população mundial no ano
2018.
Para os leitores do BS que se interessem pelo tema, a Nota é reproduzida na sequência.
OTT messaging to hit 2 billion users by 2018
11 November 2015
News
Mobile OTT messaging services will be used by more than a quarter of the world’s population by 2018, according to new forecasts by eMarketer.
A report from the market research firm claimed the number of mobile chat app users worldwide would hit
two billion in the next three years, representing 80 percent of smartphone users.
Additionally, eMarketer said that mobile messaging apps will be used by more than 1.4 billion users this
year, an increase of nearly 32 percent compared to last year.
The firm said it considered mobile phone messaging apps as services that provide one-to-one or one-to-
many communication between users, where messages and calls are transmitted via cellular and IP
connections.
This includes services like WhatsApp, Facebook Messenger, WeChat, Line and Snapchat.
Meanwhile, app users were defined by eMarketer as individuals who make use of such apps on at
least a monthly basis.
Latin America and Asia-Pac saw the heaviest usage of OTT apps in eMarketer’s report, with 68.1 percent
and 58 percent of individuals using a mobile messaging app once a month respectively.
Of those apps to have successfully monetised content, eMarketer identified Tencent’s WeChat to have
done particularly well and said it demonstrated “the most diverse and advanced methods for making
money”.
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Cathy Boyle, Senior Analyst, Mobile at eMarketer, said: ”Some of the key drivers of mobile messaging's
growth identified include consumers' growing interest in intimate forums for social sharing, the multiple
modes of communication offered by messaging apps and the growing number of features offered, including
peer-to-peer payments and m-commerce.”
According to a report from Juniper this year, approximately 428 billion messages will be sent via mobile
and online messaging apps daily by 2019.
15. OS PERIGOS DE BAIXAR APLICATIVOS INDISCRIMINADAMENTE
A Apple e o Google removeram de suas lojas online um dos mais populares clientes do Instagram
depois que se soube que os usuários estavam tendo suas senhas furtadas e enviadas a outros
servidores sem qualquer forma de criptografia. Trata-se do InstaAgent, um App de “terceira-parte”
que também postava fotos na Rede Social sem a permissão dos usuários.
O fato foi descoberto por David L-R um desenvolvedor do IOS que colocou o aviso no Twitter tão
logo detectou o problema. O Google retirou rapidamente o App de sua Play Store; a Apple demorou
um pouco mais para adotar idêntico procedimento em sua loja App Store.
O Aplicativo estava tendo sucesso particularmente no UK e no Canadá onde se estima que possa ter
havido o furto de 100.000 a 500.000. As pessoas estão sendo instruídas a alterarem suas senhas o
mais rapidamente possível.
O BS chama a atenção dos seus leitores para este caso lembrando para os perigos que se corre nesta
corrida insana dos últimos tempos em relação ao download de Aplicativos de toda a sorte que
aparecem nos “Stores online” das grandes OTTs que se pressupõe sejam seguros.
O que dizer, em relação a outras situações nas quais a segurança é incerta? Cabe lembrar que
qualquer Programa que se baixe pode trazer algo embutido que, sem saber, deixa as informações
das pessoas completamente escancaradas a desconhecidos. Um perigo que, obviamente, deve ser
evitado e que pressupõe todos os cuidados possíveis cada vez que se baixa qualquer Aplicativo.
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NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade
de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O
eventual uso das informações na tomada de decisões deve ser feita sob exclusiva responsabilidade de quem o
fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos
o BS não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma
informação do BOLETIM SEMANAL.